Revista Plástico Nordeste #21

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Conceitual - Publicações Segmentadas

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Expediente www.plasticonordeste.com.br Av. Ijuí, 280 CEP 90.460-200 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticonordeste@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Redação: Brigida Sofia e Gilmar Bitencourt Consultor de Redação: Júlio Sortica Marketing Digital: Izabel Vissotto

“Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer.”

(Mahatma Gandhi)

Departamento Financeiro: Letícia Dias Departamento Comercial: Débora Moreira e Magda Fernandes Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação Plástico Nordeste é uma publicação da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Nordeste e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Nordeste. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 3.000 exemplares. Filiada à

06 – Da Redação

Por Melina Gonçalves

08 - Plast Vip

Holger Herbst, Diretor Industrial da BASF

12 - Especial

Polo da Bahia retoma investimentos

20 - Tendências / PET Talk

A PET vai além do refrigerante

24 - Mercado / UD

A importância no segmento plástico

27 - Foco no Verde

Ações voltadas à sustentabilidade

28 - Evento

Plástico é destaque na Embala Nordeste

32 - Destaque / Sopro

Mais tecnologia disponível

39 - Giro NE

As notícias da Região Nordeste

40 - Bloco de Notas ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas 4 >04Plástico < Plástico Nordeste Nordeste > Mai/Jun < de 2013

As últimas do plástico no Brasil

42 - Anunciantes + Agenda

Eventos e parceiros da edição


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ARQUIVO

Editorial

Festa e negócios no Nordeste

“O Governo da Bahia decidiu ampliar o PIC, praticamente dobrando a área e promovendo um processo industrial integrado.”

É

bem verdade que a economia brasileira não está lá essas maravilhas nesta primeira parte de 2013, mas isso não significa que está ruim para todos. Vamos nos concentrar no Nordeste, por exemplo, e conferir o que de bom acontece no setor petroquímico plástico. Aí nos damos conta que há muitas ações, iniciativas e projetos movimentando a roda dos negócios. Começamos pelo Polo Plástico da Bahia, que mesmo com algumas queixas do presidente Luiz Oliveira, do Sindiplasba, é um segmento com possibilidades de crescimento. O Pólo Industrial de Camaçari, um dos sustentáculos do setor, comemora 35 anos de atuação com dados incríveis: Com investimento total (ativo atual, exclusive infraestrutura) de US$ 16 bilhões, tem um faturamento anual de aproximadamente US$ 15 bilhões, as vendas para o mercado externo correspondem a 30% do total das exportações baianas e sua contribuição em ICMS para o Estado da Bahia é da ordem R$ 1 bilhão/ano. O Polo Industrial de Camaçari responde ainda por cerca de 90% da arrecadação tributária do município de Camaçari e por mais de 20% do Produto Industrial Bruto (PIB) do Estado da Bahia, gerando 16 mil empregos diretos e 30 mil indiretos. O Governo da Bahia decidiu ampliar o PIC, praticamente dobrando a área e promovendo um processo industrial integrado, do qual fazem parte projetos como o importante Complexo Acrílico da BASF, o parque automotivo com a JAC Motors e Foton, além de abrigar empresas que usam o plástico como a Kimberly-Clark e O Boticário. Enfim, a retomada dos investimentos na Bahia garantem um futuro promissor. Falta agora os governos olharem para o setor de transformação do plástico, que também precisa de incentivos. Da Bahia para Pernambuco. É no Centro de Convenções em Olinda que a Greenfield promove a Embala Nordeste, uma feira integrada no qual o setor plástico é um dos destaques. O evento cresce a cada ano e contempla os visitantes com as novidades tecnológicas em máquinas, equipamentos, matérias-primas e processos. Sem dúvida, um evento marcante para o setor, que conta com o apoio do Simpepe – Sindicato das Indústrias de Material Plástico de Pernambuco. Isso só já valeria pela edição, mas ainda contemplamos os leitores com reportagens sobre o mercado de sopradoras, o setor de resinas PET e o mercado de UDs. Ah! Recomendo a entrevista de Holger Herbst, Diretor Industrial da BASF em Camaçari. Boa leitura! Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br

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PLAST VIP NE Holger Herbst

Complexo Acrílico BASF é avanço tecnológico

D

epois de um longo período de estagnação no anos 90, o Polo de Camaçari, na Bahia, vive um excepcional momento de retomada de investimentos, desenvolvimento tecnológico e econômico. Nesse contexto, além da ampliação da área para abrigar novas indústrias e ampliações, um dos projetos mais importantes para o setor químico-plástico brasileiro é o Complexo Acrílico da BASF, um verdadeiro salto tecnológico no setor, colocando o Brasil em um novo patamar. Holger Herbst, Diretor Industrial do Complexo Acrílico em Camaçari, revela 8 > >Plástico 08 PlásticoNordeste Nordeste> >Mai/Jun Mai/Junde de2013 2013

nesta entrevista que o objetivo é a produção de ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes (SAP). Será a primeira fábrica de ácido acrílico e superabsorventes da América do Sul, considerado o maior aporte ao longo de sua história de 100 anos da empresa na América do Sul. O executivo confirma que o início das atividades produtivas está previsto para o quarto trimestre de 2014, gerando 230 empregos diretos e 600 indiretos. Com o novo complexo de ácido acrílico, a BASF vai assegurar o fornecimento de matéria-prima para produtos como fraldas, químicos para construção, resinas acrílicas para

tintas, tecidos e adesivos. Além do upgrade tecnológico e da atração de novas indústrias, o impacto econômico é fantástico. Segundo Holber Herbst, o Complexo Acrílico da BASF poderá beneficiar a balança comercial em cerca de US$ 300 milhões, sendo que US$ 200 milhões serão advindos da substituição de importações e US$ 100 milhões da criação de exportações das matérias-primas. Na esteira desse processo, a Braskem será parceira estratégica no fornecimento de matérias-primas (propeno) e utilidades e informou que investirá cerca de US$ 30 milhões.


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Revista Plástico Nordeste - O Polo de Camaçari passou por um período de estagnação na década passada, com falta de investimentos e atraso tecnológico, mas conseguiu se recuperar. O que levou a Basf a implantar o Complexo Acrílico na Bahia? Holger Herbst - A BASF está presente no Polo Industrial de Camaçari desde a sua criação em 1978. A localidade apresenta alguns benefícios claros à instalação de um Complexo desta magnitude: • Disponibilidade de infraestrutura extensiva e conhecimento da cadeia química no Polo Industrial. • Presença da BASF no Polo há mais de 30 anos. • Acesso a matérias-primas e utilidades essenciais. • Parceria estratégica com a Braskem. Plástico Nordeste - O Complexo Acrílico da Basf é um dos projetos mais ambiciosos dos últimos anos. O que pode representar para o Polo de Camaçari e para a economia baiana em termos de atração de novas indústrias? Herbst - O Complexo Acrílico da BASF representa, para o Polo Industrial de Camaçari, a possibilidade da chegada das indústrias de transformação, já que é quem traz a primeira fábrica de ácido acrílico da região, além da de polímeros superabsorventes. Esta tendência já é realidade com o anúncio do investimento da Kimberly+Clark em uma fábrica de produtos para higiene íntima, que utilizarão,

entre outras matérias-primas, o polímero superabsorvente da BASF. Plástico Nordeste - Pelo projeto, o Complexo Acrílico iniciaria a sua fase de teste e produção no segundo semestre de 2014. Esse cronograma está mantido? Herbst - Sim. O cronograma de obra está dentro do que programamos no início. O start-up das fábricas em Camaçari será no último trimestre de 2014. Plástico Nordeste - Em que fase o projeto se encontra e qual o número de empregos gerados em cada etapa? Herbst - Hoje temos cerca de 1400 pessoas trabalhando na construção do Complexo. O pico de funcionários na construção será de cerca de 2000 pessoas. Já na operação teremos 230 colaboradores diretos e 600 indiretos. Plástico Nordeste - Para a fase operacional, como a Basf está recrutando os funcionários? Existem profissionais qualificados na região ou será preciso “importar”? Herbst - A BASF faz contratações de acordo com o perfil esperado para desempenhar certa função. Temos uma particularidade importante na Bahia, pois estamos realizando atividade de treinamento e desenvolvimento de pessoal com parceira do SENAI-BA (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), que é vinculado ao SENAI Nacional. O SENAI irá capacitar os candidatos de >>>> Mai/Jun de 2013 < Plástico Nordeste < 9


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PLAST VIP NE Holger Herbst Herbst diz que a Braskem fornecerá matéria-prima para a demanda de escala global

Plástico Nordeste - Uma das características do projeto é ser integrado, tendo a Braskem como parceira no fornecimento da matéria-prima, o propeno. Algum outro produto? Como funcionará esse acordo? Herbst - A Braskem irá nos fornecer matéria-prima para a demanda de escala global do nosso Complexo em Camaçari. O contrato com a Braskem é de longo prazo e inclui o fornecimento de propileno e utilidades. formação técnica (química, petroquímica, mecânica, elétrica, instrumentação, automação, etc) para atuação em processo produtivo e manutenção da BASF. Plástico Nordeste - Como é o relacionamento com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB)? Houve um evento recente relacionado à indicação de fornecedores. Haverá algum benefício, preferência por fornecedores locais? Herbst - A BASF trabalha com alguns requisitos básicos para participação nas concorrências para os prestadores de serviço. Como em qualquer outro projeto da BASF, não há benefícios para os fornecedores, trabalhamos com a competência e qualidade das propostas. O sistema FIEB é um parceiro importante, pois tem mecanismos de qualificação e capacitação de fornecedores. Durante a fase de construção, por exemplo, a maioria dos fornecedores contratados foi baiana. Plástico Nordeste - E o Governo da Bahia, tem cumprido sua parte em termos de infraestrutura e benéficos? A questão do fornecimento de energia para o Polo está resolvida? Herbst - Existe uma pauta de melhorias no Polo Industrial de Camaçari como um todo. Estas otimizações fazem parte das demandas do Cofic (Comitê de Fomento do Polo Industrial de Camaçari) para aumentar a atratividade e produtividade do Polo. O Governo do Estado tem demonstrado in10 > Plástico Nordeste > Mai/Jun de 2013

teresse e se empenhado para resolver os problemas de infraestrutura do Polo. Alguns exemplos: privatização do Sistema BA-093, que integra principais rodovias de acesso ao Complexo Industrial; reforço no sistema de policiamento, por meio da implantação de três bases da Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE), em Camaçari (em funcionamento desde julho de 2008), Simões Filho e Candeias (esta últimas instaladas mais recentemente); recuperação , já assegurada, da Via Atlântica, que passa; definição da nova área de expansão do Polo, transformada em área de utilidade de pública através de Decreto assinado pelo Governador Jaques Wagner. Além disso, o Governo do Estado vem trabalhando com um novo plano de recuperação da infraestrutura do Polo, por meio da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração, que contempla a recuperação definitiva das vias internas, melhorias nos sistemas portuário e ferroviário, dentre outros itens importantes. É importante ressaltar a importância e caráter de urgência na implementação das medidas necessárias para revitalização da infraestrutura do Polo, como forma de manter a competitividade do Complexo Industrial e atrair novos investimentos. Plástico Nordeste - Como vai funcionar o Complexo e seu relacionamento com algumas indústrias do Polo? Herbst - Como a BASF está há mais de 30 anos presente na Bahia, estamos habituados com as tratativas e as formas de trabalho do Polo.

Plástico Nordeste - Em termos de tecnologia, o que a Basf traz de novo para o setor? O que foi aproveitado da Unidade de Nanjing, na China? Herbst - Os dois projetos se assemelham pelas fábricas de Ácido Acrílico e Superabsorventes, que são bastante parecidas em estrutura e implantação. Plástico Nordeste - Quais os principais mercados do Complexo Acrílico, em termos de segmentos (aplicações) e destinos (interno ou externo? Ou ambos?). Qual a expectativa de negócios? Herbst - Os produtos da cadeia acrílica são usados, por exemplo, em tintas, resinas, fraldas descartáveis, adesivos, químicos para construção e tecidos. O Complexo Acrílico da BASF poderá beneficiar a balança comercial em cerca de US$ 300 milhões, sendo que US$ 200 milhões serão advindos da substituição de importações e US$ 100 milhões da criação de exportações das matérias-primas. Plástico Nordeste - A sustentabilidade é um fator em evidência na cadeia petroquímica-plástico atualmente. Como a Basf se comporta nesse sentido em relação ao Complexo? Herbst - Este conceito deve permear todas as atividades e passar pelos campos ambiental, social e econômico. Tanto na construção e na escolha dos equipamentos e matérias-primas, quanto na operação das fábricas, a BASF sempre prima pelo desenvolvimento sustentável em produtos e processos. PNE


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MANU DIAS/GOVBA

Polo Plástico da Bahia

Investimentos e expansão nos 35 anos de Camaçari Inaugurado em 29 de junho de 1978, o Polo Industrial de Camaçari comemora 35 anos de atuação. É considerado o maior complexo industrial do Hemisfério Sul, e conta com 90 empresas, 35 delas químicas e petroquímicas. As demais são voltadas para metal-mecânica, automotiva, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas, celulose, energia eólica. O Polo responde por 20% do PIB da Bahia. Conforme Marcelo Cerqueira, presidente do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), o Polo tem uma cadeia integrada importante para o estado. “Esses 35 anos são de sucesso e provocam inveja a muitos outros países. É um local de atração e está fazendo com que outras cadeias produtivas se integrem, a exemplo da automobilística e da

N

o discurso, o governador Jaques Wagner destacou que, nos últimos seis anos, o governo estadual impulsionou o desenvolvimento do Polo, com a gestão voltada para a atração de novas indústrias, proporcionando uma nova configuração no perfil das

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eólica, complementando o conjunto e fortalecendo ainda mais o Polo”. Um novo cenário industrial ganha contornos definidos na Bahia. O sucesso da política de atração de novos investimentos está mudando o perfil das empresas que se instalam no município de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador (RMS). Este foi o principal ponto destacado pelo governador Jaques Wagner, em solenidade na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), em comemoração aos 35 anos do Polo Industrial de Camaçari. Esse conjunto é responsável por abastecer boa parte da cadeia de indústrias do setor de transformação de plástico, que ainda precisa encontrar alternativas para se desenvolver de forma competitiva e eficiente.

empresas. E citou o Complexo de Acrílico da BASF como exemplo. Wagner também falou sobre a ampliação da fábrica da Ford, que passará a produzir motores na Bahia, a instalação das montadoras de veículos JAC Motors e Foton, além de empresas do porte da Kimberly-Clark e Boticário, e da

cadeia de geração de energia eólica. “Na comemoração dos seus 35 anos, o Polo se mostra revigorado com a retomada do seu crescimento nesse novo momento econômico e social do estado”, ressaltou o governador. Ele disse que o PIC experimenta novo ciclo de expansão,


com a ampliação da área física, atração de novas empresas e diversificação do parque produtivo. Durante o encontro foi apresentado o plano diretor da nova área de expansão. O documento aponta estratégias de crescimento e de atração de novos investimentos para o estado, oferecendo um leque de infraestrutura para novas empresas se instalarem na Bahia. O secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, declarou que houve a necessidade de se fazer um remanejamento de ocupação do espaço físico, de evitar uma ocupação que não fosse compatível com a indústria. “São 140 milhões de metros quadrados. Só para ter ideia, um campo de futebol tem dez mil metros quadrados, uma área maior até que a área original do Polo. Assim foi possível atrair empresas para posições que antes seriam inviáveis na instalação, como a da JAC Motors”. Marcelo Cerqueira, presidente do Cofic, explicou que com esta área que está sendo agregada ao Polo vai ser possível a organização dentro de uma mesma cadeia produtiva integrada, além de permitir a atração de novos investimentos. “Se possui área, água, energia e pessoas para trabalhar, o empresário vem”. Segundo o governador, o plano é necessário para localizar melhor as empresas e ter um planejamento adequado. “Vai designar áreas para cada natureza, cada tipo de empresa, e, se se trata de uma proposta, teremos um conselho para acompanhar a implantação deste plano. Temos vários desafios agora: a ferrovia, praticamente decidida, que vai acompanhar o canal de tráfego até o Porto de Aratu, a nova área de expansão, e estamos diversificando o Polo, temos a duplicação da Via Parafuso e da BA-093. Então, há um dinamismo muito grande”.

Atração de investimentos

O maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul é um exemplo de sucesso na sua capacidade de superar adversidades, concretizar expansões relevantes e definir um perfil de gestão moderno e

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O polímero superabsorvente fornecido pela BASF atenderá a demanda da Kimberly-Clark

inovador com uma trajetória baseada na competitividade, diversificação industrial e complementação de suas cadeias produtivas. Os números ilustram bem essa performance: o ativo total do Polo, que era de US$ 12 bilhões até 2008, saltou para US$ 16 bilhões em 2011, devendo superar os US$ 22 bilhões até 2015, excluindo os aportes realizados pelo Governo para infraestrutura e considerando um montante de aproximadamente US$ 6,5 bilhões em novos investimentos. Estes dados demonstram o potencial de atratividade do Polo, ao longo do tempo vem ampliando suas atividades e contribuindo para o desenvolvimento da Bahia, com a geração de mais emprego e renda para Estado e municípios vizinhos ao Complexo Industrial. Os novos empreendimentos são uma realidade, a exemplo do Polo Acrílico, em implantação pela BASF. Na ponta dessa nova rota da produção em Camaçari estarão indústrias de transformação como a Kimberly-Clark, fabricante de fraldas descartáveis e produtos de higiene pessoal a partir dos polímeros superabsorventes fornecidos pela BASF. A nova fábrica de Motores da Ford (a primeira do gênero no Norte/Nordeste), a JAC Motors, Foton, Knauf e Boticário. A previsão é de que todas essas indústrias juntas possam gerar, nos próximos cinco anos, mais de 17 mil empregos diretos e indiretos na área de influência do Complexo Industrial. O Polo tem sido um importante ve-

tor de desenvolvimento para a Bahia e para o país. Com investimento total (ativo atual, exclusive infraestrutura) de US$ 16 bilhões, tem um faturamento anual de aproximadamente US$ 15 bilhões, as vendas para o mercado externo correspondem a 30% do total das exportações baianas e sua contribuição em ICMS para o Estado da Bahia é da ordem R$ 1 bilhão/ano. O Polo Industrial de Camaçari responde ainda por cerca de 90% da arrecadação tributária do município de Camaçari e por mais de 20% do Produto Industrial Bruto (PIB) do Estado da Bahia.

BASF em evidência

A BASF é o agente de destaque no cenário industrial da Bahia e do Polo Industrial de Camaçari. A empresa faz parte do conjunto de indústrias desde sua inauguração, em 1978. “Hoje, estamos em fase de construção de nosso principal investimento na América do Sul, o Complexo Acrílico, que irá gerar 230 empregos diretos e 600 indiretos durante a operação, além de cerca de 2000 postos de trabalho durante a construção”, ressalta Holger Herbst, Diretor Industrial do Complexo Acrílico. O complexo consiste em três fábricas, ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes. “Na BASF trabalhamos com o conceito de integração total prezando a eficiência energética. Com o Complexo, conseguiremos focar o fornecimento e uso de algumas matérias-primas internamente (ácido acrílico, por >>>> Mai/Jun de 2013 < Plástico Nordeste < 13


A Kimberly-Clark,que fabrica fraldas, foi atraída pelas vantagens e inaugura sua unidade no Polo

exemplo)”, completa o executivo. Assim vai disponibilizar ao mercado os produtos da cadeia acrílica que serão usados, por exemplo, em tintas, resinas, fraldas descartáveis, adesivos, químicos para construção e tecidos, ressalta Herbst. O investimento da BASF, na ordem de R$ 1,2 bilhão, é o maior da história da companhia no Brasil, e está entrando em uma de suas principais fases – a logística dos transportes de equipamentos especiais, que teve início com a chegada de quatro silos – diretamente da China para a Base Naval de Aratu, de onde foram transportados até o Polo de Camaçari. São máquinas de grande porte e com dimensões expressivas. Os quatro silos têm alturas entre 4,9 e 5,8 metros e fazem parte da fábrica de superabsorventes, componentes ativos para uso em fraldas de bebês e outros itens de higiene. Esta etapa aconteceu em três fases: a primeira com a chegada dos silos, a segunda entre julho e setembro, com a chegada de uma coluna de 68 metros e 480 toneladas e os reatores, e a última etapa entre fevereiro e março de 2014, com a chegada de outros equipamentos.

Cromex vê setor fortalecido

A Cromex S.A, uma das mais importantes fabricantes de masterbatches e aditivos para plásticos também está atenta às novas ações no setor petroquímico plástico baiano. Operando na Bahia desde setembro de 2000, a empresa tem unidade no Centro Industrial de Aratu-CIA, na cidade de Simões Filho, informa o diretor Industrial da Cromex, José Roberto Nardim. A capacidade instalada da Planta da Bahia está em cerca de 115.000 toneladas/ano. A produção é de masterbaches brancos, aditivos, pretos e cargas minerais, que são materiais que conferem excelente poder de cobertura e dispersão, para atender as mais exigentes aplicações, bem como são modificadores de propriedades específicas dos polímeros em geral. Segundo Nardim, a Cromex avalia a retomada de investimentos com uma ação 14 > Plástico Nordeste > Mai/Jun de 2013

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Polo Plástico da Bahia

extremamente positiva. “A recuperação do Polo Petroquímico por meio da retomada de investimentos é de fundamental importância, pois será um atrativo para novas industrias, bem como o fortalecimento das empresas já existentes na região. Preocupada em manter-se atualizada em termos estruturais e tecnológicos, a Cromex leva a cabo seus projetos.Nardim destaca as últimas ações nesse sentido, bem como planos futuros. “Foram a instalação de silos para do recebimento automatizado de resina da Braskem, por meio de caminhão tanque; Automação das Unidades Produtivas para abastecimento das matérias primas. E os Planos de Investimento a curto prazo são: instalação de mais uma unidade de produção com capacidade de 18.000 toneladas/ano, bem como toda a automação de todo ensaque do produto final.

Braskem vai investir alto

Em reportagem de Gabriel Serravalle, o jornal Tribuna da Bahia destaca que o crescimento do consumo de produtos feitos à base de plástico na sociedade moderna tem feito as empresas do ramo aumentarem os investimentos e a produção. Como reflexo disso, a Braskem anunciou na Feiplastic 2013, em São Paulo, a parceria com o Governo do Estado para uma maior produtividade no setor. “A Braskem apresentou uma série de investimentos que pretende fazer. De acordo com o que ocorrer nas negociações, a

empresa poderá fazer um investimento de mais de R$ 1 bilhão em projetos”, disse o secretário da Indústria, Comércio e Mineração do Estado da Bahia, James Correia, quando visitava o estande da Braskem e de outras empresas, na feira, que operam no Pólo Petroquímico de Camaçari. O Brasil atualmente é o sexto país do mundo em faturamento pela indústria do plástico, o que é responsável pela geração de 350 mil empregos. Já na Bahia são abrigados 2,5% das 11.524 empresas de transformados plásticos. “Mas há no estado um potencial de crescimento ainda maior neste setor. O Pólo Petroquímico é uma prova disso”, observou o vice presidente executivo da área de vinílicos da Braskem, Marcelo Cerqueira. Por parte do governo, a intenção é atrair outras companhias do setor.

Polo Automotivo atrai chineses e cresce

Dois investimentos estimados em cerca de R$ 1,6 bilhão chegaram ao Polo de Camaçari, com previsão de gerar dois mil empregos. O anúncio foi feito pelo governador da Bahia, Jaques Wagner, no retorno de sua viagem à China, início do ano. Uma das empresas é a Foton Motors, que confirmou investimentos para constrruir uma unidade de montagem, em parceria com o grupo Mater, representante da empresa chinesa no Brasil. A montadora vai produzir, inicialmente, veículos co- >>>>


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A JAC Motors lançou a pedra fundamental da fábrica no novo Complexo Automotivo

merciais leves, como vans e ônibus, evoluindo, posteriormente, para a fabricação de caminhões. A outra é a Baoji Oilfield Machinery (Bomco), unidade da PetroChina, maior companhia petrolífera chinesa e subsidiária da China Natrional Petroleum Corporation (CNPC). “As duas empresas estão com terrenos escolhidos”, afirmou o governador Jaques Wagner, informando, ainda, que iniciou as negociações para a instalação de outra fábrica automotiva. “Fizemos contato com a Beiqi, uma empresa automobilística da capital, Pequim, que tem planos para se instalar no Brasil em 2015. Nós colocamos a Bahia na dianteira desse processo", disse o governador. Wagner diz que os investimentos chineses são fundamentais para a consolidação do polo automotivo em Camaçari. “Eu diria que estamos consolidando o parque automotivo baiano. Esse é um passo extremamente importante para a geração de emprego e desenvolvimento do nosso estado.” Os investimentos no setor para os próximos anos são da ordem de US$ 2,5 bilhões, segundo a Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração do Estado, incluindo a implantação da primeira montadora da JAC Motors fora da China, que produzirá 100 mil carros/ ano. Mas a JAC Motors também planeja produzir caminhões. O presidente do Conselho de Administração, An Jin, anunciou recentemente que, além de automóveis, a empresa vai fabricar caminhões em Camaçari. “Além de carros de passeio, vamos fabricar caminhões leves. É um mercado muito grande”, disse o executivo chinês. Com essa decisão, o investimento previsto da fábrica passa de R$ 900 milhões para R$ 1,2 bilhão. A capacidade produtiva também aumentará para 110 mil veículos/ ano, com geração de 3500 empregos. O projeto também prevê a chegada de doze empresas sistemistas. E para completar a diversificação do parque automotivo em Camaçari, o governo baiano informou que a Foton Motors do Brasil e a Jonny Motos têm acordos assinados para produzir micro-ônibus e 16 > Plástico Nordeste > Mai/Jun de 2013

MANU DIAS/GOVBA

Polo Plástico da Bahia

motos, respectivamente. Maior fabricante de caminhões do mundo, a chinesa Foton Motors vai investir R$ 600 milhões para a instalação de uma unidade para fabricação inicial de duas linhas de produção paralelas, lançando dois modelos de veículos comerciais. Já a Jonny Motos vai investir R$ 20 milhões para produzir, inicialmente, 80 mil unidades/ano de motocicletas e bicicletas elétricas, mas sua capacidade total será de 240 mil unidades Além disso, a presença de grandes empresas de produção de pneus na Bahia fazem do estado o maior polo produtor da peça, com produção de 40% do que é consumido no país.

Qualificação preocupa Abiplast

Ao avaliar a importância do Polo Petroquímico de Camaçari, o presidente da Abiplast – Associação Brasileira das Indústrias de Plastico, José Roriz Coelho, diz que é “um dos principais polos fornecedores de matérias primas plásticas no Brasil, posicionado estrategicamente para melhor fornecer não só para o Nordeste, quanto para o Sudeste e Centro Oeste, além de ser um referencial quando se trata do estudo de viabilidade de instalação de uma planta produtiva de transformação de plástico no Nordeste, considerando além dos incentivos fiscais o aspecto da proximidade do polo produtor de matérias primas”. Segundo Roriz, o montante previsto de investimento de mais de R$ 22 bilhões até 2015 para ampliação e buscar manter

a vantagem e a diversificação do mix de produtos é fundamental para garantir fornecimento de matérias primas plásticas das mais diversas para o mercado de transformados plásticos. Ele comentou sobre os pontos positivos e negativos do setor. “O principal ponto positivo é o potencial de expansão da demanda por conta do melhor posicionamento de renda da população nordestina e consequente aumento no consumo de produtos processados/embalados e no consumo de itens que utilizam plástico em sua composição (eletrodomésticos, eletrônicos, UDs, etc)” Quanto a um ponto considerado negativo, refere-se à formação e qualificação da mão de obra, um gargalo para indústria brasileira de transformados plásticos de forma geral e também muito citada como um problema no Nordeste. “Nesse sentido a Abiplast junto ao Senais e ABDI trabalham no estabelecimento de um currículo único brasileiro para formação do técnico em plástico em conformidade com as necessidades das empresas e também trabalhamos com o Pronatec para levar qualificação e requalificação profissional para a indústria”.

As queixas do Sindiplasba

Um dos players mais importantes no processo de desenvolvimento do setor plástico na Bahias é o Sindiplasba – Sindicato das Indústrias de Material Plástico da Bahia que, sob a liderança do economista Luiz Oliveira, não compartilha dos anún- >>>>


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Polo Plástico da Bahia cios com tal entusiasmo. Ele tem buscado alternativas para fortalecer o segmento, mas a postura é crítica. Atualmente o sindicato conta com 36 empresas associadas de um total superior a 180 indústrias. O dirigente destacou o atual momento do setor plástico no estado: “Em 2012 houve um crescimento de 5% e esperamos um índice de 4% em 2013”, resume. Mesmo sem dispor de dados sobre consumo de matérias-primas, Oliveira informa que atualmente o processo de transformação “que mais consome resina é a extrusão de filmes”. De uma forma geral existem projetos de expansão ou atualização do parque industrial e segundo o dirigente, com investimentos de aproximadamente R$ 50 milhões. No momento, na Bahia, o segmento com melhor desempenho, de acordo com o presidente do Sindiplasba, é o de embalagens. Sobre as vantagens da ampliação do Polo de Camaçari, Oliveira diz que “o foco é o fornecimento da Braskem, não havendo importância nas demais empresas. É importante que a Braskem volte a gerar lucros e que se solidifique como uma forte petroquímica no cenário mundial, entretanto não pode dar um tiro no pé com preços aviltantes a seus clientes nacionais. Entendemos que a mesma deva rever seu critério de fornecer CIF”, questiona Oliveira. “Nada significa para o setor que seja fora de abrangência da Braskem”, ressalta com pesar, sem acreditar que o setor como um todo seja beneficiado. Quanto aos benefícios de projetos em andamento, como o do Complexo de Acrílico da BASF, em movimentar a cadeia do plástico, ele acha que têm efeito restrito. “Pode provocar maior demanda para este tipo de resina, o que não afeta os transformadores da Bahia que não a utilizam”, resume. No caso do Polo Automotivo, avalia que beneficia principalmente o setor de injeção mas limitado aos sistemistas. Ele finaliza comentando sobre as dificuldades do setor. “O desafio é obter redução de impostos estaduais federais e estaduais para os produtos fabricados com resinas originadas de reciclagem com vistas a viabilizar este setor”, completa.

O alerta da Abiquim

A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), tem uma posiçao bastante clara sobre a retomada dos investi18 > Plástico Nordeste > Mai/Jun de 2013

mentos no Polo de Camaçari. Segundo a diretora de Economia e Estatística Fátima Giovanna Coviello Ferreira, o Polo da Bahia é muito importante e tem um papel relevante no desenvolvimento econômico brasileiro. “Principalmente no setor petroquímico-plástico. Foi importante e vai continuar sendo”. Ela enfatiza que depois da retomada dos investimentos, hoje existe um grande projeto, o Complexo de Acrílico da BASF, um dos mais importantes no segmento, no Brasil. “Exceto algumas grandes iniciativas que envolvem a Petrobras, como em Suape e no Comperj, é o projeto mais representativo”, afirma. Para a executiva, o projeto da BASF vai fazer com que o Brasil deixe de importar determinados produtos e coloca o país em outro patamar. Porém Fátima Giovanna faz um alerta. “No entanto, no Brasil ainda existe um problema, o desenvolvimento da Indústria Química. Temos muitas oportunidades, mas temos problemas. O gás natural usado como matéria-prima tem um preço três vezes maior que nos Estados Unidos. Em Camaçari a Dow parou de usar, mas a Unigel, a Elekeiroz e a Columbia dependem do gás”, lembra. Segundo Giovanna, Camaçari poderia atrair um número maior de empresas, mas isso não acontece por falta de estímulo, como a Desoneração de Impostos sobre

máquinas; um Regime Especial para atrair investimentos em pesquisas. Recentemente, em maio, houve a divulgação de desoneração de PIS/Cofins para matéria-prima de 1ª e 2ª Geração. “Isso afeta de forma positiva Camaçari, mas é uma Medida Provisória que está próxima de vencer, em setembro.Então, existe uma batalha para que a MP seja convertida em lei.Essas três medidas são fundamentais para melhorar o rendimento do setor”, alerta. A questão envolvendo uma certa estagnação no Polo de Camaçari nos anos 90, em parte se deu porque surgiram outros pólos, como Triunfo e Riopol e essa mudança de rota foi um movimento natural. “O fechamento de plantas de produtos químicos ocorreu, em sua maioria, por falta de competitividade, e o setor foi prejudicado no Brasil, pois outros países foram em direção contrária, como a índia e a China. Nesses 20, 30 anos estivemos na contramão do processo. O custo da logística, no caso do transporte de matérias-primas, tira a competitividade”, explica Fátima Giovanna. A executiva ressalta que hoje o momento é de retomada de investimentos, mas passa por paradigmas. “Na Agenda da Abiquim, existem questões de curto prazo a resolver para colocar a Indústria Química em outro patamar. É preciso dar um salto, fazer investimentos”, aconselha. PNE


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& MercadosPET

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Tendências

PETtalk traz novos dados do setor O

PETtalk 2013 – Conferência Internacional da Indústria do PET aconteceu nos dias 26 a 27 de junho, no Hotel Holiday Inn, em São Paulo com a presença de aproximadamente 250 participantes de 11 países, além dos representantes das entidades argentinas Asociación Civil Argentina Pro Reciclado del PET (Arpet) e Câmara de la Industria Del PET Argentina (Cipetar). O evento teve entre os destaques de sua programação a divulgação dos resultados do 9.º Censo da Reciclagem do PET - que demonstrou forte crescimento, superior a 12% no ano - e a apresentação sobre os impactos da Política Nacional de Resíduos Sólidos sobre o setor. Com o tema Leite e Lácteos, a Conferência apresentou as diversas soluções e as mais atuais tecnologias disponíveis para o envase desses produtos nas embalagens de PET, que demonstram poder para longa vida na gôndola. Também foram destaques as apresentações sobre design e números do mercado. No total, foram 20 palestras de conteúdo altamente relevante do ponto de vista técnico e informativo.Confira parte da entrevista com o presidente da ABIPETAssociação Brasileira da Indústria do PET, Auri Marçon, sobre o este mercado. 20 > Plástico Nordeste > Mai/Jun de 2013

Revista Plástico Nordeste - O PET é muito ligado à garrafas de bebidas. Quais são as principais aplicações no mercado brasileiro ? Como ocorre essa divisão? Auri Marçon - Realmente, o refrigerante ainda é o principal produto a utilizar o PET (58,3%). No mundo todo, as bebidas carbonatadas são preponderantes no uso das garrafas de PET, uma vez que o material foi criado, em princípio, para esse tipo de produto. Por outro lado, ainda que no exterior os refrigerantes tenham uma fatia menor no gráfico, outros produtos vêm utilizando cada vez mais as embalagens de PET graças às suas características de transparência, leveza e capacidade para ser usada em qualquer circunstância de consumo. Elas atendem o consumidor em geral, mas também a indústria e as exigências ambientais, oferecendo uma reciclagem garantida por meio da indústria estabelecida. Assim, no Brasil, a água mineral também ocupa uma boa posição nesse ranking (16,5%), seguida pelo óleo de cozinha (10,7%). Essas são as principais aplicações, mas notamos crescimento constante em sucos de frutas, produtos de limpeza,

cosméticos e farmacêuticos. Bebidas energéticas têm adotado o PET para atender às mudanças no perfil do consumo (que passou a ser feito em grupo) e, como demonstrado no PETtalk, o leite já adotou garrafas de PET em marcas importantes e de alto consumo. É um segmento promissor. Por outro lado, as embalagens de PET são extremamente importantes para diversos produtos. Elas envasam 80% dos refrigerantes e óleos de cozinha. Mas os três primeiros colocados nesse ranking são isotônicos (100%), vinagre (95%) e água (87%). Plástico Nordeste - Quais são as tendências para novas aplicações do material hoje e no futuro? Marçon - Quando comparamos com mercados mais maduros, vemos que a participação dos tradicionais mercados de refrigerante, água e óleo comestível, não são tão marcantes como no Brasil, e outros segmentos se mostram mais maduros e com ritmo de crescimento mais atrativos. Com o avanço tecnológico superando questões importantes como shelf life, proteção ao oxigênio (crítico para alguns


produtos), envase asséptico, HotFill e com o avanço no uso de material reciclado nas novas embalagens (como foi demonstrado pelo Censo da Reciclagem), há tendência de substituição de outros materiais em segmentos como o de leite, produtos de limpeza (onde alguns nichos ainda não aderiram em massa ao PET) e até cerveja, tema da edição anterior do PETtalk. Fora do Brasil esta é uma aplicação bastante comum. As substituições nesses segmentos visam usufruir das citadas características da embalagem de PET, que atende perfeitamente às necessidades atuais de consumo, o que inclui conveniência e segurança para o consumidor, alta produtividade e agilidade para a indústria e o pleno atendimento às atuais exigências ambientais trazidas pela

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Marçon, da Abipet, destaca pontos positivos do evento e fala sobre novas aplicações do PET

Política Nacional de Resíduos Sólidos. Plástico Nordeste - O mercado de PET recente. Quais os avanços na qualidade neste período?

Marçon - O PET está presente no Brasil há 20 anos e cerca de 40 no mundo. De fato, é o material para embalagens mais novo do mercado. Entretanto, essa é uma indústria que pesquisa sem cessar e inves- >>>>

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Tendências

& MercadosPET

te alto em tecnologia. Ganhos podem ser observados no formato das garrafas, que passou de uma "cápsula de gás" para algo de formas variadas - até radicais - e muito mais funcionais. Mais que o design, isso revela um intenso trabalho de engenharia, que passou a aproveitar melhor as características do material para distribuí-lo pelo corpo da garrafa de acordo com as exigências de cada produto, ou cliente, que exige um formato customizado da garrafa para criar sua identidade própria. As garrafas estão cada vez mais leves. O desenvolvimento dos sistemas de injeção e sopro permitem pré-formas de alto desempenho - que é perfeitamente acompanhado pela performance das sopradoras. Essa leveza, por outro lado, foi acompanhada por uma resistência mecânica maior das embalagens. Avanços em Hotfill, envase asséptico e capacidade de barreira ampliaram o uso para produtos alimentícios de forma que praticamente qualquer produto, hoje, pode beneficiar-se das características do material. Naturalmente, esses avanços são possíveis pelo desenvolvimento, também, das resinas. Se antigamente havia apenas um tipo de PET Grau Garrafa, hoje há resinas para usos específicos. Não podemos esquecer ainda das resinas que têm parte de sua composição feita com matérias-primas de origem renovável - alvo do desenvolvimento das principais fabricantes. Tudo isso foi amplamente demonstrado no PETtalk. Plástico Nordeste - Como o Brasil se posiciona no mercado mundial de PET? Marçon - O consumo de PET no Brasil está em torno de 3,14 kg percapita/ano. Não temos o número exato, mas como referência os EUA consomem 8,35kg, Portugal e Espanha 7,26, Japão, 7,14, México 6,14, Argentina 5,94 e Venezuela 3,57. Assim, ainda temos um consumo relativamente baixo no Brasil, com espaço para crescer. Segundo o 9º Censo da Reciclagem do PET, que aponta índice de 59%, o Brasil está entre os maiores recicladores do mundo, superando os EUA e até mesmo a média na Europa. Plástico Nordeste - Qual o volume transformado em 2012 no Brasil? Marçon - Cerca de 93% do consumo de resina, de um total de 605 mil toneladas, 22 > Plástico Nordeste > Mai/Jun de 2013

foram transformados em frascos e garrafas, ou seja, cerca de 562 mil toneladas. O crescimento do volume transformado em 2012 em comparação com 2011 foi de 6%. Plástico Nordeste - Qual o faturamento desta indústria? Marçon - Conforme dados de 2012, a indústria do PET apresentou um faturamento de R$ 4,47 bilhões, sendo R$ 1,65 bilhões oriundos da reciclagem. Plástico Nordeste - Qual foi o crescimento médio no consumo de resina PET nos últimos anos? Marçon - Os dados apontam um crescimento médio de 10% nos últimos dez anos, e de 5% nos últimos cinco anos. Plástico Nordeste - Quais os últimos números da reciclagem? Marçon - De acordo com o 9º Censo da Reciclagem do PET, divulgado no PETtalk 2013, a reciclagem de embalagens de PET no Brasil deu um salto em 2012 e cresceu 12,6% em volume, ao passar das 294 mil toneladas que tiveram destinação adequada em 2011, para 331 mil toneladas em 2011. Com esse resultado, o País atingiu um índice de reciclagem de 59%, mantendo seu excelente posicionamento como um dos maiores recicladores de PET do mundo Comparativamente, nos últimos anos a reciclagem de PET foi a que mais evoluiu, colocando o Brasil em destaque no cenário mundial, com números que vêm atraindo multinacionais para esse mercado. Plástico Nordeste - Quais as principais características e aplicações de material reciclado? O setor têxtil ainda lidera? Marçon - Interessante observar que a diversificação no uso do material e o crescimento de outros segmentos, especialmente de embalagens diversas, está diminuindo a proporção da participação do setor têxtil, que continua, apesar disso, sendo o principal consumidor do PET reciclado, com 38,2% de participação, seguido das resinas insaturadas e alquídicas, com 23,9%. Outras embalagens (alimentos e não-alimentos) consomem 18,3% do volume reciclado. Laminados e chapas (6,4%), fitas de arquear (5,5%) e tubos (1,5%) são os outros principais mercados. Os 6,1% res-

tantes ainda abastecem uma lista ampla de pequenas aplicações. Plástico Nordeste - Como se dá a divisão de participação entre fabricantes da resina PET, fabricantes das embalagens de PET e seus recicladores? Marçon - Entre os associados da entidade, temos uma representatividade significativa em todos os elos da cadeia produtiva. Cerca de 70% a 75% das pré-formas produzidas no Brasil são fabricadas por transformadores associados da ABIPET e no caso da resina, temos representatividade de 100%. Os principais (e maiores) recicladores do Brasil também fazem parte da ABIPET e recentemente criamos um grupo de Tecnologia com as principais empresas de cada segmento de mercado. Isso mostra um setor integrado e preparado para oferecer aos clientes, usuários finais das embalagens PET, soluções adequadas às suas demandas. Plástico Nordeste - Como a ABIPET tem orientado os empresários sobre impactos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)? Marçon - A ABIPET faz parte da Coalizão da Indústria de Embalagem já que, segundo a Lei, as embalagens como um todo formam um "pacote" de resíduos, que terão tratamento e destinação especificamente descritos na PNRS. Os transformadores de PET estão bastante protegidos, pois além de estarmos engajados e apresentando as soluções para a PNRS, o PET é o plástico mais reciclado no Brasil e no mundo, portanto as nossas embalagens já têm uma logística reversa muito bem desenvolvida e, na prática, as embalagens PET já estão tendo uma destinação que atende em alto nível as exigências de sustentabilidade, técnica, econômica e ambientalmente correta, incluindo nesses argumentos a forte contribuição social, pois movimentam cooperativas e trazem renda adicional para os catadores.È importante observarmos também que, por estar muito presente na mesa do consumidor - embalagens de refrigerante, água e óleo comestível (quase todas de PET) -, temos a impressão que o PET é a embalagem mais utilizada. Quando, na verdade, toda a produção de PET no Brasil, não representa 15% da produção nacional de plásticos. PNE


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Utilidades Domésticas

Evolução e foco no consumidor

O

mercado de utilidades domésticas, mais conhecido pela sigla UDs, desempenha um papel importante no segmento da indústria de transformação do plástico, justamente por ter como principal objetivo facilitar a vida do consumidor final, oferecendo produtos para as mais variadas necessidades do dia-dia. Em face disso, a Abiplast (Associação Brasileira das Indústrias do Plástico) criou um setor específico para essa área: ACOFAUD – Câmara Setorial dos Fabricantes de Utilidades Domésticas, que tem foco na defesa da imagem e da qualidade da utilidade doméstica plástica oferecida ao consumidor brasileiro e para tanto, atua na padronização e qualidade do produto, com a criação e acompanhamento da norma Técnica ABNT para potes conservadores. Os integrantes da Câma24 > Plástico Nordeste > Mai/Jun de 2013

ra também estudam formas de reduzir a entrada de produtos importados fora dos padrões mínimos de qualidade da ANVISA (para contatos com alimentos) e ABNT, buscando dessa forma garantir que os produtos de utilidades domésticas plásticas sejam reconhecidos como uma solução de qualidade e excelência para equipar os lares brasileiros. “Não temos o recorte regional do setor, no caso específico do Nordeste. As informações são estimadas e compõem o perfil geral do fabricantes de utilidades domésticas plásticas no Brasil”, destaca a entidade. Segundo a Câmara Setorial, “o mercado de utilidades domésticas brasileiro tem muitas similaridades à industria geral de transformados plásticos, que conta com grandes players que são os principais fornecedores de utilidades domésticas plásti-

cas, porém existem muitas empresas menores que atendem mercados regionais”. Uma característica diferenciada dessa indústria, ressaltam, é que ela está muito mais voltada ao consumo final do que outras atividades da indústria do plástico que são fortemente fornecedoras de insumos para outras cadeias produtivas. Com o aumento da demanda, o consumo de resinas utilizadas na produção de UDs já é representativa. A Abiplast informa que do total de resinas consumidas no Brasil são direcionados cerca de 8% do volume total para essa indústria. “Um mercado significativo em termos de transformação de resinas em plásticos” confirma a fonte. Em termos de vendas, a participação do plástico também pode ser considerada expressiva. Segundo a Câmara, “o setor de utilidades domésticas plásticas representa


PE e PP predominam

De acordo com a análise da Câmara Setorial da Abiplast, as resinas que se destacam como matérias—primas na fabricação das UDS são o PE e PP. “São utilizados predominantemente o polietileno e o polipropileno na produção das utilidades domésticas de plástico, pois são as matérias que proporcionam melhores características de desempenho para esse tipo de uso, além de serem atóxicas e 100% reciclável”, explica. Quanto à produção de utilidades domésticas para abastecer o mercado do Nordeste, a Abiplast revela que existe uma espécie de “compartilhamento”, conforme o tipo de produto. “Os grandes players que abastecem o mercado brasileiro estão concentrados nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, porém a exemplo do restante do setor de transformados plásticos brasileiro, existem muitas as empresas instaladas em praticamente todos os estados brasileiros, que atendem demandas locais”, afirma.

Braskem: mercado potencial atraente

Do ponto de vista do maior fabricante de poliolefinas das Américas, o segmento de UDS no Brasil, e especificamente no Nordeste, revela-se um mercado atraente. Conforme Marcus Vinícius Trisotto, Coordenador de Marketing Estratégico da Braskem “o setor brasileiro de utilidades domésticas é um grande mercado consumidor de artigos à base de poliolefinas, em função da versatilidade que

Trisotto, Coordenador de Marketing Estratégico da Braskem: bom mercado para poliolefinas

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3% do total de vendas da indústria brasileira de transformados plásticos”. Mesmo sem ter dados específicos, a ACOFAUD destaca a importância do Nordeste no consumo atual e as tendências que marcam a região. “Com a melhoria no perfil de renda do consumidor nordestino, e a maior propensão ao consumo, nota-se uma demanda por produtos mais sofisticados em termos de usabilidade e design para armazenamento de alimentos ou uso em casa. Essa é uma tendência para o Brasil e mais concentrada no Nordeste, considerando que lá foi onde tivemos o maior impacto como um todo e por isso o foco e a preocupação em oferecer produtos com cada vez mais qualidade”, destaca a Câmara Setorial.

este tipo de produto proporciona com o uso desta família de termoplásticos. Dentre as poliolefinas, o destaque é o polipropileno (PP), de fácil moldagem e que confere características de transparência e rigidez quando injetado, bem como pelo fato de poder ser levado ao microondas”. O executivo explica que a maioria das empresas transformadoras estão localizadas no Sul e Sudeste, com poucas empresas atuando na região Nordeste, comparativamente ao potencial mercado consumidor local. “Cabe citar que uma parcela da demanda nacional é suprida por produtos importados, destacando-se a China como principal origem”, acrescenta. Trisotto destaca a importância que o segmento representa para a Braskem - inclusive o Nordeste – e a variedade oferecida no catálogo “O segmento de utilidades domésticas é um demandante de resinas termoplásticas e, principalmente, de PP. Dentre os tipos de PPs, destacam-se as resinas homopolímeros e copolímeros randômicos, com características que realçam as propriedades óticas dos produtos finais, e com um balanço de propriedades mecânicas interessante à aplicação”. Ele ressalta que a agregação de valor do produto acabado começa pela escolha de resinas com características específicas, e a Braskem entende esta necessidade e oferta ao mercado um amplo portfólio de resinas para as mais diversas soluções em UDs, que vão desde resinas de PP com altíssima transparência até resinas de PE para potes que podem ser levados

ao congelador, por exemplo. Quanto às tendências desse mercado, o executivo foi extremamente técnico e preciso em seu comentário. “A característica de transparência continua forte, bem como design, porém um aspecto que tem crescido ano após ano é o da questão sustentável, tomando uma parte cada vez maior no peso das decisões dos consumidores. Este tipo de tendência norteia desenvolvimentos de produtos e também de resinas na cadeia do plástico, o que ajuda a diferenciar o produto brasileiro de produtos de outras origens cuja tendência de sustentabilidade não esteja ainda tão definida”, explica. Como empresa voltada à constantes pesquisas de produtos e aprimoramentos, frequentemente a Braskem apresenta novidades ao mercado. “A grande novidade é sem dúvida o selo Braskem Maxio®, cujo maior segmento consumidor é exatamente o de utilidades domésticas. O selo busca atender aos anseios dos consumidores por produtos mais sustentáveis, deixando ao mesmo tempo o transformador mais competitivo comparativamente às soluções convencionais de resinas, e ao final, comparativamente ao produto acabado importado” explica Trisotto. “Desta maneira, utilidades domésticas produzidas com resinas que levam o selo Braskem Maxio® geram benefícios indiretos ao meio ambiente pela possibilidade, no processo de transformação, de um menor consumo de energia, aumento de produtividade ou até redução de peso do produto final”, completa o executivo.

Cromex destaca mercados distintos

Com uma avaliação um pouco diferente daquela feita pela Braskem, e com foco no Nordeste, a Cromex S.A, uma das principais fabricantes de masterbatches e aditivos da América do Sul, reforça a tese de que a ascensão das camadas C e D é uma realidade e isso se transporta para o mercado. “Os produtos são diversos para esse nicho de mercado especí- >>>> Mai/Jun de 2013 < Plástico Nordeste < 25


Utilidades Domésticas

Tendências no segmento

Quanto às tendências do mercado, Anderson Maia faz uma projeção mais global. “De um modo geral, a tendência segue para toda categoria e não distintamente por mercados específicos. Não vejo mais tendências somente em falar de cores icônicas, tal como a Electrolux fez no ano de 1999 na feira UD com a série apresentando sua série “colours” com fornos elétricos, microondas e aspiradores de pó disponíveis em cores azul, amarelo e vermelho”, compara. 26 > Plástico Nordeste > Mai/Jun de 2013

Maia, Gerente de Projetos e Produtos da Cromex: mudanças econômicas influenciam padrões

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fico e isto engloba todos os produtos possíveis para oferecer mais conforto para lar”, ressalta o Gerente de Projetos e Produtos da empresa, Anderson Maia. O executivo pondera também que os incentivos criados pelo governo também impulsionam vendas. “O desconto do IPI - Imposto Sobre Produtos Industrializados - para eletrodomésticos da linha branca (fogões, geladeiras, máquinas de lavar e tanquinhos) e o de GTD, com os investimentos na geração e transmissão de energia elétrica, ocorridos nos últimos anos possibilitou que as empresas estabelecessem um melhor posicionamento de seus produtos”, acrescenta. Segundo Anderson Maria, as empresas que aliam esse tipo de benefício às estratégias de vendas, dão um passo a frente – e cita um case específico do Nordeste. “A Whirlpool, por exemplo, tem um Centro de Distribuição em Jaboatão dos Guararapes (PE) e acredito que isto facilita sua logística para que seus produtos estejam disponíveis com maior velocidade nas casas e também no comércio varejistas”, comenta. O gerente da Cromex vai além na sua análise, dizendo que estar com olhar atento ao estilo e à necessidade do consumidor torna-se vetor para se ampliarem as vendas. “A Electrolux, por exemplo, se atentou ao mercado nordestino - que tem mostrado desenvolvimento significativo - e alavancou a venda de fogões na região (obteve aumento de 11,4% no volume de vendas dessa categoria de produto enquanto o Brasil crescia 8,8%). Do mesmo modo, a Arno, empresa do Grupo SEB, alavancou enormemente sua vendas de ventiladores possibilitando que sua planta também em Pernambuco aumentasse a produtividade em mais de 10%”, revela.

O executivo da Cromex revela que hoje, o gosto dos consumidores tem sido fator de pesquisa por parte das empresas, por ser fator decisivo de compra. “O som dos eletrodomésticos, por exemplo, é importante por ter efeito benéfico no marketing sensorial. A transparência com cor também é uma tendência. Por exemplo, a dona de casa gosta de poder saber o que acontece com a roupa no momento que ela esta sendo lavada. Os próprios tanquinhos estão mais bonitos e deixaram de ser simplesmente um produto com a idéia do menos”, explica Anderson Maia. “A Cromex, sempre atenta a isto, oferece suporte as diferentes áreas de designer para que pontos fundamentais como a estética e funcionalidade tenham sempre a melhor comunicação”, acrescenta. Diz o ditado que gosto e cor não se discute, simplesmente se escolhe. No entanto, quando se trata de avaliar as principais exigências do segmento, Anderson Maia explica como funciona. “Estética e beleza são fundamentais sempre. Hoje a busca é por tecnologias mais sustentáveis, que aliem o visual agradável ao menor consumo de materiais diversos e de energia na produção. Para isto existem possibilidades diversas de aditivação”, esclarece. E conta como os profissionais se comportam sobre esse tema. “Trabalhamos na busca de soluções completas: desenvolver e oferecer produtos com lindo design e materiais bem selecionados, adequados às normas e regulatórios diversos e tudo que pode ser visto pelo consumidor como algo de diferencial. Hoje, somente cor e

aditivação não fazem sozinhas o completo diferencial para esta categoria, mas se bem trabalhadas e conjunto com outros detalhes podem ser fatores de decisão na hora da compra”, afirma. “Mas é claro que cor é sempre será importante, pois ela mexe com algo mais abstrato nas emoções humanas, mesmo se extrapolarmos para os efeitos de transparência”, diz. Anderson Maria também explica que as mudanças sócio-econômicas influenciam o segmento porque os padrões são alterados e as pessoas querem produtos tipo “premium”, com cores mais marcantes. “O aumento do poder de compra das classes C e D gera o fenômeno da inclusão pelo 'TER', pelos produtos de marca e de boa qualidade. Acredito que o produto não precisa ser o mais elaborado, mas sim o mais bem planejado em detalhes que podem ser escolhidos a dedo e que dão ao consumidor o sentimento de sentir único". A Cromex tem como característica estar atenta ao mercado e, muitas vezes também se antecipar às exigências apresentando novidades. No caso específico do mercado de UD, Anderson Maia destaca que a maior novidade está por vir e a empresa atua diariamente para buscar soluções inovadoras a seus clientes. “Buscamos conhecer a necessidade dos clientes e estabelecer, assim, melhores parcerias. Hoje temos trabalhado com diversos deles mostrando a possibilidade de modificar os mais diferentes tipos de materiais plásticos, objetivando a cor mais adequada para determinado produto, assim como moldabilidade e produtividade em suas linhas”, esclarece. Ele considera que hoje um diferencial da empresa é participar dos processos dos diferentes grupos criativos. “É importante podermos mostrar aos parceiros os melhores caminhos para o desenvolvimento dos produtos, assim como podermos entender de perto as demandas. Temos uma estrutura comercial, P&D, e Projetos Estratégicos para clientes bem como as unidades de fabricação capacitadas a oferecer as soluções”, completa. PNE


Foco no Verde Braskem divulga Pegada de Carbono

A Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, tem foco definido na questão da sustentabilidade. Com o objetivo de dar mais um passo em direção ao desenvolvimento sustentável, a empesa será a primeira do setor a tornar pública a Pegada de Carbono de seus produtos, com a divulgação dos dados de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) das resinas polipropileno, polietileno – baixa densidade, baixa densidade linear e alta densidade, e PVC. A Pegada de Carbono permite a avaliação do total de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), ou seja, demonstra a quantidade de dióxido de carbono equivalente liberado na produção de um determinado produto ou na realização de uma atividade. Desta forma, torna-se uma informação importante para o consumidor final, no apoio à decisão por produtos e processos com menor impacto nas mudanças climáticas. Benefícios - Para a Braskem, a divulgação da Pegada de Carbono é uma maneira de demonstrar o impacto ambiental de seus principais produtos, compará-los a outras alternativas e identificar oportunidades para redução das emissões. Esta ferramenta irá fornecer informações importantes para os processos decisórios da companhia no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável de seu negócio ao identificar as etapas responsáveis pelas maiores emissões de GEE na cadeia. Os dados também trarão benefícios diretos aos clientes. Com estas informações, eles poderão calcular a pegada de carbono dos seus produtos e, dessa forma, demonstrar um dos maiores benefícios do uso dos plásticos, que pela sua leveza evitam emissões de gases de efeito estufa quando comparados com materiais sucedâneos. Multinacional ERM - Para a análise da Pegada de Carbono, a Braskem considerou a extração da matéria prima, seu transporte e o processo produtivo na empresa. Os cálculos foram realizados com a consultoria da empresa multinacional ERM e auditados pela KPMG. O resultado mostra que os números da Braskem são melhores do que os equivalentes da indústria química na Europa e EUA. Por exemplo, a emissão do polietileno de baixa densidade da Braskem é de 1,31 tonelada de CO2 equivalente por tonelada de produto, enquanto nos Estados Unidos a média é 1,48 t CO2e / t produto e na Europa de 2,10 t CO2e / t produto. De acordo com Jorge Soto, diretor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem, a divulgação destes resultados está alinhada com transparência da companhia na gestão das emissões GEE. ‘Incentivamos a cultura de baixo carbono e queremos que a população tenha cada vez mais acesso a este tipo de informação, para que seja capaz de decidir pelo consumo de produtos que tenham menor impacto no meio ambiente’, reforça.

produtos indispensáveis à vida moderna, seja harmoniosa. “É com o apoio de todos – sociedade, indústria, varejo e poder público que conseguiremos ampliar a educação ambiental e caminhar para o desenvolvimento sustentável”, afirma Bahiense.

Nestlé Waters em garrafa de PET reciclado

A Nestlé Waters, fabricante das marcas Arrowhead, Viladrau Aquarel, Gerber e Pure Life, se comprometeu a utilizar 50% de PET reciclado em suas garrafas. Os testes de aceitação de mercado varejista foram realizados na Califórnia (EUA). A Nestlé Waters considera a reutilização do plástico uma meta importante, pois o plástico reciclado é símbolo de uma mensagem ambiental de sustentabilidade. A empresa possui 41% market share de água engarrafada nos EUA, nas embalagens de 700mL e 1L. A importância está no fato de que utilizar 50% de PET reciclado para a produção da garrafa exige 15% menos energia. Assim, a Nestlé vem fazendo investimentos significativos na reciclagem, o que deverá gerar impactos positivos sobre os consumidores, economia e meio ambiente. A Califórnia recolhe cerca de 70% das garrafas de plástico utilizadas para reciclagem, mas pode aumentar esse número. O PET reciclado pode ser utilizado por tempo indeterminado, sem prejudicar a qualidade das garrafas. A Nestlé, visando à sustentabilidade, realizou estudos que mostram que 65% dos consumidores buscam ativamente comprar embalagens feitas a partir de material reciclável, a partir disso, afirma ter o objetivo futuro de utilização de 75% a 100% do PET reciclado em suas garrafas. PNE

Presidente da Frente Parlamentar visita Plastivida

O deputado federal Vanderlei Siraque, presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Competitividade da Cadeia Produtiva do Setor Químico, Petroquímico e Plástico do Brasil, fez uma visita ao Instituto Plastivida. Ele foi conhecer as ações e os programas de educação ambiental da entidade. O deputado reconhece a importância da atuação da Plastivida no que diz respeito à promoção das boas práticas de consumo e descarte dos plásticos e fez questão de conhecer pessoalmente as ações da entidade para dar sequência ao seu trabalho de divulgação da sustentabilidade ambiental dos produtos plásticos. Para Miguel Bahiense, presidente da Plastivida, todo apoio é importante para que cada vez mais a convivência com os plásticos, Mai/Jun de 2013 < Plástico Nordeste < 27


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EVENTO Embala Nordeste 2013

Novas tecnologias impulsionam o setor Q uando o assunto é embalagem, o universo é amplo, mas naturalmente, o plástico fica em evidência. Por isso, a Expo Plast é um dos destaques da Embala Nordeste, junto à Alimentécnica e Promoprint e Graphium Show. A feira terá em torno de 460 expositores, sendo 280 do segmento plástico. Os expositores se dividem em 60 % Maquinas; 20 % resinas e matérias primas; 10 % Periféricos, Moldes e Acessórios; e 10% Fabricantes de Embalagens e Utilidades Domésticas. “O papel do plástico em geral no segmento de embalagens é muito importante e no Nordeste, em especial, tem grande relevância, pois 90 % dos produtos da cesta básica são embalados pelo plástico e com o crescimento da renda na região ampliou-se bastante a demanda. Este fato, somado ao grande número de fabricantes de produtos de utilidades domésticas plásticas e a vinda de fabricantes de automóveis para a região, aqueceu ainda mais este setor”, comenta Luiz Fernando de Oliveira Pereira, diretor da Greenfield. O executivo diz que são esperados industriais de todos os setores econômicos que buscam inovações para modernizar os seus negócios. “Neste ano teremos em torno de 25 mil visitantes compradores. A Expo Plast / Embala Nordeste 2013 está pronta para receber visitantes compradores dos nove estados do Nordeste, região que nos últimos anos cresce acima da média brasileira, que é três vezes maior que a Espanha, 12 vezes maior que a Inglaterra. É

28 > Plástico Nordeste > Mai/Jun de 2013

a China do Brasil. O Nordeste é o segundo mercado consumidor do Brasil, e não é à toa que vem recebendo importantes investimentos estruturadores e industriais”.

integram a programação. A Arena do Conhecimento contará com palestras da Braskem, Abiplast e Simpepe.

Villa UD

A Embala Nordeste iniciou em 2006 e neste ano, em sua 8 ª Edição, registra uma grande expansão, tanto em número de expositores como de visitantes. Diante do grande número de indústrias que estão na região, tornou-se o mais importante encontro industrial realizado no Nordeste e neste ano deverá ter mais de 300 equipamentos em pleno funcionamento. Mesmo que o Brasil passe por um momento econômico frágil, em que a euforia e as melhores notícias passaram, as expectativas para a feira não foram abaladas. “Como todos sabem, o Nordeste tem crescimento que se descola do crescimento brasileiro, cresce 4,2% ao ano, o dobro da média nacional. 100% dos equipamentos que estarão funcionando na feira já estão vendidos, fato que confirma a posição compradora do nordeste brasileiro, portanto mesmo com a situação brasileira atual, a feira promete excelentes negócios”, afirma Pereira. A feira acontece exatamente no mesmo período da feira gaúcha Plastech Brasil, sendo o Rio Grande do Sul um importante estado na cadeia plástica. “Sabemos que não é produtivo para ninguém a realização de duas feiras do mesmo segmento simultaneamente, infelizmente neste ano está acontecendo novamente”, comenta. PNE

Um dos destaques é a Villa UD, espaço totalmente dedicado aos fabricantes de Utilidades Domésticas, com forte presença de indústrias expositoras do estado do Ceará e a Casa do Plástico, espaço para os associados das entidades Abiplast – Associação Brasileira da Indústria do Plástico, ABIEF – Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis e AFIPOL- Associação Brasileira dos Produtores de Fibras Poliolefínicas. Concentrando grandes fabricantes de Utilidades Domésticas, a região Nordeste do Brasil apresenta vocação em manufatura de cadeiras, mesas, brinquedos, cabides, canecas, squeezes, bacias, balde, mangueiras, peças automotivas, entre outros. A estreia da Villa UD na Expo Plast 2013 amplia as oportunidades de negócios com os tradicionais expositores da feira, gerando mais canais de relacionamentos e negócios. A Expo Plast 2013 apresenta também o espaço GREEN EXPO com expositores focados em sustentabilidade e meio ambiente, conferências e muitos outros atrativos. No dia 29 de agosto na parte da manhã, em um dos auditórios do Centro de Convenções, acontece uma palestra direcionada ao segmento plástico e também durante a feira alguns workshops

Expansão e otimismo


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EVENTO Embala Nordeste 2013

Simpepe confiante no papel do plástico na feira DIVULGAÇÃO

Walter Câmara, presidente do Simpepe, diz que importante mostrar a capacidade da região

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alter Câmara, presidente do Simpepe – Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de Pernambuco, diz que os associados esperam uma grande feira, com bons negócios e contando com visitantes dos outros estados da região. “Temos uma grande expectativa, pois a intenção é fazer desta feira de plásticos uma das grandes feiras do Nordeste. O que falta é os empresários regionais e do Brasil acreditarem no potencial do Nordeste e que Recife tem capacidade para abrigar uma feira de grande porte para o setor plástico, que tem uma participação ativa na Embala Nordeste”, afirma. Sobre o mercado de embalagens plásticas no Nordeste, ele diz que “está como em todo o Brasil, com grandes dificuldades

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em função dos aumentos nas matérias-primas e clientes não aceitando os repasses em sua totalidade, além da concorrência predadora de outros estados que invade nosso mercado devido à carga tributária que temos dentro do estado. Alguns clientes têm isenções, portanto comprando

fora do estado têm um ganho financeiro. Isto prejudica as empresas locais”, afirma. Câmara destaca que o Simpepe tem uma boa parceria com a Braskem e fará palestras técnicas durante a feira, inclusive um grande encontro com empresários da região e o executivo Luciano Guidolin. “Também faremos palestras sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos com a equipe da Abiplast, entre outras palestras previstas. Contamos com a presença de todos de nossa região nesta feira”. Entre os expositores do segmento plástico presentes ao Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, estão a Polimáquinas, Cristal Master, Eteno, LGMT, Mainard Netzsch do Brasil, Shini, Pavan Zanetti, Pro-Color Nordeste, Seibt, Romi, Valmart e outros. Na edição de cobertura da feira, a revista Plástico Nordeste vai contar o que cada uma delas apresentou. PNE


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DESTAQUE Sopro O crescimento vegetativo da população e o aumento do poder aquisitivo das classes mais populares têm provocado mudanças nos hábitos de consumo, principalmente de produtos acondicionados em embalagens sopradas. Esse segmento está em constante mudança, não apenas para atender às exigências dos consumidores, mas também pelo próprio sistema de aprimoramento técnico de máquinas, equipamentos e

matérias-primas e aditivos. Desta forma, cresce a responsabilidade da indústria de transformação, que precisa acompanhar esse processo evolutivo. Para isso, entram em cena os avanços tecnológicos desenvolvidos pelos fabricantes de sopradoras que investem em pesquisas e testes de aprimoramento. Várias indústrias apresentam novidades em feiras e eventos como a Feiplastic e a Embala Nordeste.

Fabricantes oferecem mais tecnologia

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DIVULGAÇÃO

Silvio Rotta, diretor da Krones, diz que a nova sopradora C3 tem menor gasto de ar e energia

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ustamente durante a Feiplastic 2013, realizada no final de maio, no Parque Anhembi, a Romi foi uma das fabricantes que investiu pesado no setor, lançando a sopradora ROMI C 5TS, que dispõe de projeto hidráulico de alta performance e novo conceito de cabeçotes, com múltiplas zonas de aquecimento e fluxo otimizado. “Ela é destinada à fabricação de frascos com até 5 litros para as indústrias de embalagem em geral. Neste novo modelo de máquina aplicamos hidráulica proporcional para todos os movimentos, abertura/fechamento, transferência e descida e subida dos pinos de sopro. Apresentamos a máquina em seu lançamento com o processo In Mould Labelling (IML) para 03 frascos de óleo lubrificante com visor de nível”, ressalta William dos Reis, Diretor de Máquinas para Plástico do grupo. O executivo acrescenta que este equipamento possui ainda painel colorido com tecnologia touch screen, com programador de parison para até 512 pontos e ainda sistema de extrusão com acionamento direto da rosca. Novidades tecnológicas também são motivos de satisfação para a Pintarelli Industrial Ltda, de Blumenau (SC), como revela o Diretor Comercial Carlos André Pintarelli, ao comentar sobre as qualidades de um modelo lançado recentemente. “Estamos com uma sopradora modelo Starmaq 6000-S / 6000 - D e 1000 – S / 10000 – D, com capacidade de 6 e 10 litros, em mesas simples e duplas. A Starmaq 6000 tem capacidade de soprar duas bombonas de 5 litros por mesa com força de fechamento de 17T, compostas componentes de ultima geração – cito o motor W- Magnet da Weg, que tem permite uma sensível redução energética.” A evolução em tecnologia também na Krones do Brasil - a indústria alemã tem uma unidade em São Paulo. O mais novo lançamento da empresa é a Sopradora C3. “A grande novidade dessa máquina e o sistema de estiramento eletromagnético. Esse sistema primeiramente é livre de manutenção e forças de atrito. O sistema de esti-

ramento mecânico usado anteriormente, limitava a máquina, não permitindo que a sopradora trabalhasse uma cadência muito menor que a velocidade nominal a qual ela foi projetada, ou seja, uma sopradora que tinha uma velocidade nominal de 20.000 gph, a velocidade mínimaque ela poderia trabalhar, seria por volta 12 – 14.000 gph. Menos que isso não era possível”, informa o Diretor Comercial Silvio Rotta. O executivo explica que a sopradora anterior tinha somente tinha 2 fases de aproveitamento de ar (pré sopro e sopro final). “A atual tem mais um sistema de recuperação intermediário de ar. Isso implica em menor gasto de ar e energia”, revela. O sistema de acionamento agora também é com SERVOMOTOR e tem muito mais espaço para acesso de manutenção, completa Rotta. A velocidade pode chegar 2.250 gph por estação de sopro. “O novo desenho da estação de sopro tem uma abertura e fechamento do molde mais veloz que a máquina anterior”, acrescenta. Segundo Rotta, as proteções da máquina agora são fornecidas em alumínio e o sistema de isolamento acústico é de fácil limpeza, pois o revestimento é de chapa lisa, diferentemente de outros modelos onde ainda se utiliza materiais porosos que permite a impregnação de sujeira. “Num âmbito geral a nova Sopradora C3 é um equipamento com um Design bem mais higiênico”, ressalta o executivo da Krones. Com sede em Gravataí (RS), a MaqSopro – Máquinas Sopradoras, também se posicio-

na positivamente no mercado e tem novidades, segundo o Consultor Técnico Gilvan Santos de Oliveira. “Lançamos a máquina Sopradora MQS 20, que entre as novidades tecnológicas para o transformador, tem o Controle Digital de cabeçotes por acumulação”, informa o executivo. Ele acrescenta outras informações sobre a empresa e produtos. “Somos uma empresa fabricantes de máquinas sopradoras, totalmente voltada para o sopro de embalagens e periféricos. Através de estudos, aperfeiçoamentos e depoimentos de produtores de embalagens plásticas produzimos máquinas de acordo com a necessidade”, informa o executivo, que destaca como melhores mercados para o sopro os segmentos de cosméticos e higiene. Gilvan de Oliveira acrescenta detalhes técnicos interessantes sobre os modelos da MaqSopro. “As máquinas são construídas com cilindros e válvulas hidráulicos, cilindros e válvulas pneumáticos, aparelhos eletrônicos, CLPs de empresas conceituadas. Temos uma fabricação diferenciada de cabeçotes para máquinas de sopro, por extrusão contínua, e acumulador, e todos os cabeçotes saem de fábrica com sistema de limpeza rápida, muito útil para as empresas que usam mais de uma cor”, explica. A empresa apresenta uma linha nova de cabeçotes para produção de embalagens com visor, muito utilizado na fabricação embalagens para óleo e produtos químicos. “Mas além de tudo isto, ainda temos o melhor preço, custo beneficio, fácil nego- >>>> Mai/Jun de 2013 < Plástico Nordeste < 33


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Segundo Reis, da Romi, as máquinas estão acompanhando a necessidade de gerar novos materiais

DIVULGAÇÃO

ciação e menor custo de energia elétrica.”, complementa A MaqSopro também atua em outra área vital para as empresas que possuem máquinas usadas de todas as marcas e muitas vezes fora da garantia: conserto, reforma e automatização de qualquer modelo. “Vendemos e reformamos qualquer produto de sopradoras e periféricos, reformamos roscas, cilindros, cabeçotes e em geral”, informa Gilvan de Oliveira. Ainda dentro do contexto de novidades em tecnologia, a Meggplástico, empresa do Grupo MEGGA, possui uma completa linha de Sopradoras para termoplástico de diversos modelos e tamanhos, que permite adequar às necessidades de seus clientes do setor de transformação de plásticos. A diretoria destaca um modelo de grande porte e de alto rendimento, da marca Invex, modelo TDB 25A, que é equipada com sistema de monitoramento Moog para operação e supervisão do processo, podendo produzir em uma ou mais cavidades, por extrusão continua ou com acumulação, permite também a utilização de cabeçotes de múltiplas camadas (CO-EX). O sistema de fechamento possui uma estrutura construtiva com duas colunas em ângulo de 45º permite uma fácil e rápida troca de moldes, fazendo com que a máquina seja utilizada para uma ampla gama de produtos. Com um generoso espaço livre debaixo do molde do sopro para a instalação de todos os acessórios e dispositivos de sopro necessários para o processo produtivo. A empresa informa que no conjunto da extrusora, a plataforma para colocação tem ajuste de altura automático, permitindo a combinação de um cabeçote com duas extrusoras. O valor teórico da capacidade de plastificação da rosca é calculado com a utilização de 70% de material virgem e 30% material reciclado. O cabeçote acumulador tem dois estágios no núcleo perfilado curvo, tipo “first in/first out” com controle axial de espessura de parede, no pré-sobro do parison pelo cabeçote ou pino de sopro, com controle de pressão, de 0-8 bar, e volume de ar por meio de válvulas. Na unidade hidráulica separada para controle axial da espessura da parede para o cabeçote acumulador disposta na plataforma da extrusora, permitindo um fácil acesso e economia de espaço. Entre as principais características téc-

nicas destacam-se: O PCL da máquina marca Mitshubishi, o volume máximo do produto é 25 litros, e o diâmetro da rosca é de 80 mm, a relação cumprimento x diâmetro é 25:1 L/D. A capacidade de plastificação é 110 Kg/h com cabeçote acumulador FIFO, e volume de 4,0 litros, com o diâmetro do núcleo do cabeçote de 300 mm. O aquecimento da rosca possui 4 zonas. A pressão de sopro é de 0,8 mpa e o curso do esticador de parison é de 355-400 mm. O consumo de ar é de 0,8 m³/min, e a pressão da água de refrigeração é 0,3 mpa, com consumo de água de 60 l/min. A distância entre as placas é 350x780mm com curso de abertura do molde de 430 mm, e dimensões de 550x650 mm (CxL) e a altura do molde é 260-335 mm com força de fechamento de 215 KN e velocidade de 600 mm/sce por 42 m/min. E, por fim, a potência de aquecimento da extrusora é de 5,28 KW, e da rosca é 6,2-8,2 KW, e a potencia do motor é de 30 KW. A potencia do motor da bomba hidráulica é de 22 KW. A potencia instalada total é de 64 KW. A TD25A tem as dimensões (LxWxH): 4,1x2,2x3,5m com peso total de 11 ton.

Máquinas e resinas: integração positiva

As indústrias de transformação do setor plástico já sabem que uma máquina supermoderna pode não trazer os benefí-

cios desejados ao produto se a matéria-prima e os aditivos utilizados também são passarem por etapas de aprimoramento de suas qualidades. Essa integração, segundo William dos Reis, da Romi, está acontecendo, com a apresentação de novidades ao mercado. “O desenvolvimento de novos materiais e aditivos sempre somam qualidade ao produto final. As máquinas estão acompanhando bem essa necessidade de gerar novos materiais, exemplo nos casos de melhor processabilidade, onde as máquinas são mais exigidas na capacidade de extrusão em Kg/h, refletindo assim, no aumento da produtividade”, explica. É evidente que a existência de um sistema interativo traz benefícios para o segmento e mereceu de Silvio Rotta, da Krones, um comentário oportuno de valorização, mas também sobre a necessidade de novos avanços. “Após o Black Toner não acredito que tenha tido nenhum grande lançamento nesse sentido, a menos das resinas Green”, diz. Sobre este mesmo tema, Pintarelli faz algumas observações, mas sem entrar em detalhamentos. “Os clientes tem nos procurado sobre alguns tipos de matérias-primas: PETG, Policarbonato, Santoprene, mas não temos como dar continuidade as estes questionamentos”, explica. Gilvan de Oliveira, da MaqSopro, destacou que essa integração existe sim, “principalmente na área de pigmentos”.

Boas perspectivas para 2013

Para que “olha de fora”, mesmo com um crescimento pequeno, o Brasil teve desempenho econômico superior a muitos países europeus. No entanto, no ano passado, para o setor de máquinas de sopro o reflexo nas vendas não foi espetacular. Segundo William dos Reis, diretor da Romi, poderia ter sido melhor, mas ele confia na recuperação. “Em 2012, o número de vendas de sopradoras se manteve estável, mas abaixo de um ano normal. Já em 2013 tivemos um início mais animador e por isso, mantemos uma expectati>>>> va positiva para o ano”, avalia.


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DESTAQUE Sopro Segundo William dos Reis, todos os segmentos estão contribuindo para o crescimento do setor de sopro. “Destacamos o setor automobilístico, com inovações nos processos mais técnicos, que exigem moldes mais complexos. Já a indústria de cosméticos precisa de frascos mais sofisticados e alta complexidade de acabamento. Por fim, a indústria de higiene e limpeza que necessita de alto volume de produção, buscando cada vez mais o aumento de produtividade”, informa o executivo.. Apesar do crescimento do PIB brasileiro ter sido considerado um tanto “tímido”, em 2012, os consultores do setor enfatizam que a demanda por embalagens sopradas cresce em vários segmentos como alimentação, higiene e cosméticos em boa parte pelo aumento do poder aquisitivo das classes E, D e aumento da Classe C. As diversidades geográficas também influenciam nas vendas de produtos... e das máquinas utilizadas para fabricá-los. Newton Zanetti, empresário com grande experiência à frente de uma das principais fabricantes nacionais de máquinas para o segmento de sopro, concorda do o executivo da Romi sobre o comportamento do mercado. “Como em outros setores de máquinas para plásticos, o setor de sopro sofreu um decréscimo de vendas em 2012 em relação a 2010, que foi considerado o grande ano. Já vínhamos sofrendo decréscimo em 2011 e em 2012 o ano foi muito parecido com o anterior. Iniciamos 2013 com perspectivas positivas, que até agora vem se concretizando com boas vendas inclusive antes da Feiplastic”, avalia o empresário. A feira, realizada em maio, no Parque do Anhembi, em São Paulo, é uma das cinco maiores do mundo e terminou com resultados animadores para a maioria dos expositores. Zanetti explica os motivos do otimismo. “Com o bom resultado da feira nossos prazos e entrega se alongaram e continuamos com boas perspectivas para fechar também o segundo semestre. Acreditamos que 2013 será melhor entre 15 a 20% em relação a 2012, o que será um ótimo resultado”, complementa. Os comentários sobre o comportamento do mercado indicam quase uma unanimidade de avaliação positiva. Para a Pintarelli este ano houve recuperação, segundo o Diretor Comercial Carlos An36 > Plástico Nordeste > Mai/Jun de 2013

dré. “Em 2012 tivemos um mercado pouco aquecido, em contrapartida, 2013 começamos a todo vapor, e esperamos que permaneça assim até o final do ano. Inclusive já temos consulta e projetos para inicio do próximo ano”, admite o executivo. Para a MaqSopro esse é o ano da recuperação.” No ano passado foi muito difícil, o ano teve altos e baixos e este ano apresenta melhorias para o setor. As empresas já começam a procurar mais”, alerta o consultor Gilvan de Oliveira. No entanto, Silvio Rotta, da Krones, não tem o mesmo entusiasmo. “O mercado segue aquecido, porem mais retraído em 2013”.

Brasil cria novos nichos

No caso do Nordeste, onde o clima e o fator turismo também favorecem o consumo de muitos itens soprados, o crescimento é concreto. “Com o aumento do poder aquisitivo das classes citadas anteriormente, o consumo de cosméticos e produtos de limpeza estão em visível avanço. Segmentos da indústria de frascaria são muito significativos para o mercado de plásticos”, ressalta William dos Reis. “O aquisição destes itens vem crescendo na região Nordeste e com isso, influenciando diretamente no consumo de frascos da região. A Romi está presente neste mercado e conta com projetos em andamento para aumentar a participação da empresa nesta região”, acrescenta. Também em relação aos mercados a análise da Pavan Zanetti tem pontos coincidentes. “Na verdade, diria que o Nordeste cresceu mais que as outras regiões seguramente. Nossas vendas no Nordeste foram maiores comparativamente à própria região Sudeste, que é a região de maior densidade de vendas”, informa Newton Zanetti. Ele diz que esse fato vem acontecendo desde o segundo governo Lula, provavelmente devido aos investimentos na região, a melhoria do poder de compra da classe C e ao Bolsa Família. “Os empresários locais, entendendo o fenomeno, investiram maciçamente em máquinas sopradoras e injetoras aproveitando a redução de juros no programa do BNDES, o Finame PSI, com juros de 3% ao ano hoje e que subirá para 3,5% até o final desse ano”, revela. Parece existir um consenso sobre o desempenho dos fornecedores em re- >>>>


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DESTAQUE Sopro lação à região citada. “O Nordeste há vários anos tem sido um mercado com alto valor para empresas fabricantes de sopradoras, pois é um mercado que esta em plena ascensão, onde abrem-se novas empresas e as que já existem tem crescido gradativamente, a procura máquinas de sopro cada vez mais produtivas”, informa Pintarelli. Esse otimismo é compartilhado pela MaqSopro, conforme depoimento do consultor Gilvan de Oliveira. “Posso afirmar por experiência própria que é o melhor ano MaqSopro em vendas para o Nordeste e em orçamentos”, destaca. Silvio Rotta, executivo da Krones concorda. “O Nordeste é uma das regiões que mais cresce no país em todos os sentido e não é diferente para máquinas e equipamentos”, afirma Silvio Rotta.

Câmbio muda e Pavan vai à K

Qualquer empresário sabe que a instabilidade cambial é mais prejudicial do que um aumento ou queda constante, porém sem sobressaltos. William dos Reis explico porque as oscilações do câmbio tem afetado o setor. “O câmbio afeta diretamente a competitividade do setor de máquinas e bens de capital no Brasil. Os equipamentos importados ficam mais "caros", e, além disso, todo conteúdo importado das máquinas também sofrem alterações”, ressalta. O comentário de Newton Zanetti, que até maio era vice-presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Equipamentos para a Indústria do Plástico, revela os reflexos desta questão na atual conjuntura. “Isso não tem refletido muito em nossas exportações ainda, a oscilação para cima do câmbio, pois os custos internos têm levado os preços das máquinas brasileiras às alturas, reduzindo em muito nossa capacidade de competir, principalmente com maquinas chinesas e mesmo as européias, que estão hoje com preços muito próximos aos nossos”, explica. “Não sentimos ainda reflexos positivos e tampouco, por sorte, reflexos negativos. Mas acreditamos que se o cambio permanecer nesse patamar teremos melhores condições de vender no exterior e isso nos motivou a tomar medidas mais corajosas, que comento no 38 > Plástico Nordeste > Mai/Jun de 2013

item subseqüente”, acrescenta. Justamente para acrescentar nova luz sobre esse assunto, Newton Zanetti completa sua avaliação de forma objetiva. “Para tentar aproveitar a alta momentanea do dólar e que esperamos se estabilize nesse patamar e também para afirmar nossa marca no exterior, pela primeira vez estaremos participando do maior feira do setor plástico do mundo, a feira K em Dusseldorf, onde levaremos para a exposição um de nossos produtos mais vendidos hoje, a sopradora de dupla estação. modelo BMT 5.6D/H, com comando de ultima geração alemão da Beckhoff, cabeçote de extrusão continua com 4 cavidades da conceituada marca alemã Mueller, onde esperamos marcar presença com uma boa exposição e firmar nossa marca a nível mundial. Com essa ação, seguramente aparecerão oportunidades em regiões onde ainda não temos atuação, com novos representantes . Estamos muito confiantes”, completa. Para a Pintarelli, a questão cambial e suas implicações nas vendas revelam outro cenário, como explica o Diretor Comercial Carlos André Pintarelli. “Há algum tempo não temos exportado, mas temos percebido que a oscilação da taxa cambial, tem afetado a continuidade nas vendas de outras empresas, abrindo o mercado para entrada de maquinas chinesas com preços muito atrativos. No Brasil temos visto que todas os segmentos tem crescido, onde damos destaque para área alimentícia e de produtos de limpeza. Nestes segmentos, todos estão a procura de equipamentos mais velozes e produtivos”, esclarece. Os efeitos do câmbio ao que tudo indica, ainda não se fizeram sentir por completo e variam de uma empresa para outra, conforme seu foco. No caso da Krones do Brasil, o diretor Silvio Rotta, explica como está sendo avaliado. “Na verdade ainda não sentimos essa variação cambial, este efeito acredito que vamos começar sentir daqui por diante. Para venda de equipamentos importados, pior que ter um cambio alto, é não ter previsibilidade, ou seja o cambio ficar subindo e descendo rapidamente e com grandes variações”, ressalta. Para Gilvan de Oliveira, da MaqSopro, a análise é bem direta, com foco nas desvantagens para as empresas nacionais. “Isto é um problema, pois com as variações, os produtos importados cada vez ficam mais presentes”, finaliza. PNE


Giro NE Alagoas Bauducco inaugura fábrica

Alagoas continua em fase de crescimento no setor plástico. Agora foi a vez da Bauducco, uma das maiores marcas no ramo de produtos forneados do Brasil, anunciar a inauguração da sua unidade fabril em estado, no próximo dia 17 de junho, na sede da empresa em Rio Largo, na rodovia BR-104, Km 85. O anúncio foi confirmado por executivos do grupo Pandurata Alimentos, empresa que detém a marca da produtora de biscoitos, ao secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes. O empreendimento teve o apoio do Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande). Para a instalação da empresa, foram concedidos incentivos fiscais, creditícios e locacionais, previstos no Programa de Desenvolvimento Integrado do Estado de Alagoas (Prodesin). Para o secretário Luiz Otavio Gomes, a inauguração da fábrica é mais uma prova do trabalho realizado pelo Governo do Estado, no que se refere ao crescimento industrial. A projeção é que 250 empregos diretos sejam gerados durante a fase inicial das operações. “O início das operações da empresa só comprova o grande momento que a economia local atravessa. Estamos trabalhando firme na atração de novos empreendimentos. A chegada da Bauducco a Alagoas, além de contribuir com o desenvolvimento econômico do nosso Estado, oferece à população novos empregos, e consequente renda para milhares de pessoas”, destacou o Luiz Otavio Gomes. A fábrica vai produzir 900 kg/h de wafer, 1,2 mil kg/h de mini-bolo e 3,2 mil kg/h de biscoitos recheados e amanteigados, totalizando o valor de três mil toneladas em produtos por ano. As duas primeiras linhas de produção da fábrica atenderão a demanda da região Nordeste, em especial os estados da Bahia e Pernambuco, além de algumas localidades no Norte do país.

de 30 alunos cada, compostas por jovens com formação técnica em automação/ instrumentação, eletrotécnica, mecânica, eletromecânica/ mecatrônica e análises químicas/operação de processos. O curso, iniciado em outubro, tem previsão de conclusão para março de 2013. A capacitação é oferecida gratuitamente pelo Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic). Com esta é a quinta edição do Programa de Formação de Operadores 740 horas/aulas, é ministrado pelo Senai/Cetind, em Lauro de Freitas. As empresas do Polo, através do Cofic, também garantem bolsa auxílio de R$ 540,00 por mês, além da possibilidade de estágio e posterior aproveitamento. A expectativa, de acordo com o coordenador da Comissão de RH do Cofic, Bertrand Carneiro, líder de RH na Millennium, é que, “ao final desse processo, as empresas possam ter em suas equipes jovens profissionais com competências técnicas e comportamentais capazes de contribuir nos esforços necessários para aumento da competitividade em seus respectivos merca-

dos”. Segundo ele, o aproveitamento desses jovens no primeiro ano após a conclusão do curso é superior a 80%”. Cerca de 270 jovens participaram da formação nas quatro edições anteriores.

Pernambuco Governo aprova projetos

O Conselho Estadual de Política Industrial, Comercial e de Serviços (Condic), aprovou, durante a 82º análise, 22 projetos, sendo 16 indústrias, duas Centrais de Distribuição e quatro importadoras, de incentivos fiscais para empreendimentos interessados na implantação ou ampliação de seus efetivos em Pernambuco. Para fomentar os projetos, o setor industrial receberá um aporte de R$ 92,4 milhões, sendo que R$ 73,6 milhões serão destinados para o Interior. Estima-se que esta aprovação gere 1.061 postos de trabalho, e que 82% das vagas concentrem-se nos municípios fora da Região Metropolitana do Recife. Ao todo, 13 cidades foram contempladas.

Bahia Programa qualifica novos operadores para o Polo

Está em curso a quinta edição do Programa de Formação de Operadores de Processos Petroquímicos. São duas turmas Mai/Jun de 2013 < Plástico Nordeste < 39


FOTOS: DIVULGAÇÃO

Bloco de Notas

Lacre de plástico em lata de cerveja

Novidade no setor de embalagens: a Cervejaria Colônia lança no mercado as primeiras latas de cervejas do mundo com lacre plástico. A solução inovadora, desenvolvida pela CBE Companhia Brasileira de Embalagens e Braskem, garante a vedação completa da parte superior da lata da cerveja, mantendo a superfície limpa, além de ser totalmente reciclável. O lacre plástico, que chega aos supermercados a partir do 2º semestre, foi aprovado em testes laboratoriais por institutos no Brasil e na França. A solução será aplicada às latas na linha de envase, sem perda de produtividade, após os processos de lavagem e secagem da embalagem. As etapas vão garantir um produto totalmente seguro, limpo e pronto para o consumo em qualquer ocasião, já que a vedação é completa. Isso vai proporcionar a proteção da parte superior da lata nos percursos de deslocamento do produto, desde a fabricação até as mãos do cliente final. De acordo com pesquisas de mercado, a ideia de uma lata totalmente protegida é uma necessidade, que aguardava a disposição da indústria para produção em larga escala.

40 > Plástico Nordeste > Mai/Jun de 2013

Cresce 9,2% demanda por resinas

Segundo dados da Abiquim, a demanda interna por resinas termoplásticas cresceu 9,2% no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual intervalo de 2012. Na comparação com o quarto trimestre do ano passado, a alta foi de 11%. As informações são da equipe de Economia e Estatística da entidade e baseados nos dados de Consumo Aparente Nacional (CAN), calculados a partir da soma entre produção e importações, descontado o total de exportações no período. Importados - O levantamento mostra que a forte recuperação da demanda não foi acompanhada pela indústria nacional. A produção de termoplásticos no período cresceu apenas 2,4% - o que evidencia a maior participação dos importados no mercado doméstico. O principal destaque do trimestre foi o mercado de policloreto de vinila (PVC), com acréscimo de 19,3% na produção. A alta é explicada pelo início das operações de uma nova fábrica da Braskem em Alagoas, em meados de 2012. Além da Braskem, o mercado é atendido localmente pela Solvay Indupa, empresa que teve seu controle colocado à venda pela controladora Solvay. Números discretos - A produção de polietilenos (PE) e polipropileno (PP), ambas as resinas fabricadas exclusivamente pela Braskem, apresentaram números mais discretos. A produção de PEs encolheu 3,9%, frente a um aumento de 7,8% na demanda. No caso do PP, o consumo cresceu 8,9% e a produção, apenas 1,1%. "Como a ociosidade é generalizada nos diferentes grupos acompanhados, no curto prazo, teríamos espaço para ampliar a produção, caso ela tivesse uma condição mais competitiva, podendo reduzir parte considerável do volume atual de importações", destaca em nota a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira. A participação dos produtos importados no mercado de resinas termoplásticas alcançou 25% no início do ano, número cinco vezes superior ao patamar do início da década de 90. Já a taxa de utilização da indústria brasileira tem oscilado ao redor de 80%.

Termocolor amplia parque fabril

Uma das mais tradicionais fabricantes de masterbatches do Brasil, A Termocolor, anunciou a ampliação do seu parque fabril, em Diadema (SP), onde está instalada há 30 anos. A empresa inaugurou uma nova filial de 8 mil m², com três máquinas de alta capacidade, laboratório de análise e testes e uma ampla área dedicada a estoque. A ampliação possibilitou elevar em 10% a capacidade instalada, expandida para 55 mil toneladas anuais. Para justificar os investimentos a direção da empresa informou que no ano passado os negócios cresceram 30% em relação a 2011, resultado que motivou a aquisição de duas novas extrusoras importadas e a ampliação do espaço físico. Trata-se de mais uma injeção de recursos, dentre as outras realizadas nos últimos dois anos e revertidas em quatro extrusoras de alta capacidade, treinamento de pessoal e desenvolvimento de novos produtos. A Termocolor destaca o lançamento da linha de aditivos com ação antimicrobiana e da família de masterbatches perolizados de alta performance.


DIVULGAÇÃO

Krones forma técnicos de campo no Brasil

Após um longo e criterioso processo de seleção, em que foram avaliados aspectos técnicos e comportamentais, um grupo de 10 jovens passou a fazer parte de um importante programa de trainee da Krones do Brasil para a formação de futuros técnicos de campo. Este programa de capacitação interna, com aulas teóricas e experiência prática, trará benefícios para esses novos técnicos e para a Krones. “Após o treinamento, os jovens poderão seguir trabalhando na Krones, uma empresa que faz grandes investimentos em tecnologia. O curso também vai ajudar a Krones a contar com mão-de-obra qualificada, com o perfil adequado para atuar em nossos produtos”, afirma Marcelo Renzo, coordenador do Service Training Center da Krones do Brasil. Do grupo de jovens técnicos, dois são estagiários. Os demais foram contratados pela Krones como consultores técnicos trainee, com 40 horas semanais de treinamento na sede da empresa, em Diadema. Antes do início do curso, todos passaram por um período de integração na Krones e conheceram procedimentos de segurança e de viagem para atuação em campo, trabalho que é realizado com todos os profissionais contratados para a área de Serviços Externos. Este programa de capacitação interna, inédito no Brasil, teve início em março deste ano. Foram três meses de aulas teóricas, além de 50 horas intensivas de estudos de Inglês. O curso foi voltado às tecnologias de inspeção e automação, subsídios fundamentais para a parte prática do curso.

1º Congresso Brasiltec & Viniltec

A SPE Brasil (Society of Plastics Engineers - Seção Brasil) realizará, em São Paulo, nos dias 14 e 15 de agosto de 2013, os Congressos Brasiltec & Viniltec, respectivamente. O Brasiltec divugará recentes conhecimentos Técnicos e Tecnológicos da área de plásticos, através de palestras com renomados representantes da Indústria e Universidades e no Viniltec serão apresentadas informações sobre o mercado brasileiro e global do PVC, visão geral sobre plastificantes, índice de reciclagem mecânica, além de oportunidades e potencialidades que envolvem o PVC. Confira a programação preliminar. Associados da Plastivida têm desconto. Selecionar na ficha de inscrição: Associado.

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Agende-se para 2013 Chinaplas Asia’s No. 1 plastics & rubber trade fair 20 a 23 de maio China import and export fair complex, Pazhou, Guangzhou, PR China www.chinaplasonline.com Feiplastic 2013 Feira Internacional do plástico 20 a 24 de maio Anhembi – SP www.feiplastic.com.br Plastech Feira de tecnologias para termoplásticos e termofixos, moldes e equipamentos 27 a 30 de agosto Pavilhões da Festa da Uva – Caxias do Sul/RS www.plastechbrasil.com.br

Mercopar Feira de subcontratação e inovação industrial 1 a 4 de outubro Centro de feiras e eventos Festa da Uva – Caxias do Sul/RS www.mercopar.com.br Embala Nordeste 27 a 30 de agosto Centro de convenções de Pernambuco – Olinda/RE www.embalanordeste.com.br K 2013 International trade fair No. 1 for plastic and rubber worldwide 16 a 23 de outubro Düsseldorf/Alemanha www.k-online.de


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