Plástico Sul 153

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Editorial DIVULGAÇÃO

Expediente Ano XIII - # 153 - Maio de 2014

Conceitual - Publicações Segmentadas www.revistaplasticosul.com.br R. Vicente da Fontoura, 2629 - Sala 03 CEP: 90640-003 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticosul@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Redação: Brigida Sofia Consultor de Redação: Júlio Sortica Departamento Comercial: Clarice Fernandes, e Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação Plástico Sul é uma publicação da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares. Filiada à

ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas Marca Registrada:

Trabalho e investimentos

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á muitas críticas à política econômica do Governo Federal, principalmente pela falta de investimento em setores estratégicos. É consenso até mesmo entre os economistas mais otimistas com o potencial de consumo do Brasil, que mesmo tendo esse grande exército de consumidores, o crescimento baseado nesse processo esgotou-se. Esta na hora de investir em eficiência, competitividade e tecnologia. O Brasil corre o risco de parar no tempo e perder o bom fôlego que conseguiu em 2009. Sempre é hora de trabalhar, mas há um momento em que não é mais possível adiar o investimento. Quem faz parte da cadeia petroquímica-plástica sabe bem como isso funciona. Vamos tomar como exemplo dois setores: um estado, o Paraná, e seu foco no Polo Plástico regional. Geograficamente bem situado, no que considera o “centro do Mercosul”, o Paraná aposta na diversidade de sua indústria, que vai do setor de embalagens, passando pelo alimentício, automotivo e de peças técnicas, para vencer os desafios do crescimento. E precisa tomar atitudes porque está colocado entre São Paulo e Santa Catarina, justamente o primeiro e o segundo estado no ranking da Abiplast. Pois o Paraná está sabendo resolver seus problemas e encontrar espaços para crescer. A presidente do Simpep (Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Estado do Paraná) destaca que as empresas do setor são diversificadas e emprenhadas nos quesitos qualidade e atendimento, já que atendem mercados importantes e exigentes. A indústria de materiais plásticos localiza-se nas regiões de Curitiba, São José dos Pinhais, Cascavel, Londrina e Maringá, sendo composta por 968 empresas, as quais representam 8,3% do setor no Brasil, o terceiro no número de companhias e o quarto em geração de empregos. Isso mostra que o estado tem potencial e está sabendo crescer. Mas todos os setores produtivos precisam evoluir e para isso é preciso investir, seja em eficiência, competitividade como fazem os fabricantes de sopradoras. Confira de que forma as principais indústrias nacionais desse setor estão se comportando para oferecer máquinas melhores e mais produtivas, competindo com as importadas. Mas o processo evolutivo também pressupõe investimentos em segurança. E aí continua um debate acirrado e uma polêmica em torno da aplicação da NR12, a norma que determina as diretrizes de segurança das máquinas. Nossa edição também traz uma entrevista interessante com Alexandre Fix, presidente da Polimold, e um líder no setor de ferramentaria no Brasil. Ele comenta sobre o sucesso da sua empresa, mas não poupa críticas ao Governo Federal pela falta de uma política industrial. Outras seções com boas notícias fecham o bloco desta edição. Confira Boa leitura!

Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 6 > Plástico Sul >>> 6 > Plástico Sul >>>


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PlastVipAlexandre Fix

CUCA JORGE

Em defesa das ferramentarias

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undada em 1971 e com sede em São Bernardo do Campo (SP), a Polimold é a maior fabricante de porta moldes da América Latina. Nesses mais de 40 anos no mercado conquistou conceito e alcançou números relevantes em sua trajetória pioneira e bem sucedida. Líder no seu segmento, preza pela qualidade dos seus produtos e durante sua caminhada investiu em tecnologia de última geração no parque fabril. “Conquistamos credibilidade, ditamos tendências e nos tornamos referência em acessórios para injeção plástica e estamparia no país”, afirma o presidente Alexandre Fix. Ciente de estar disputando share em um mercado competitivo, desde o início de sua atividades busca a excelência na fabricação, através do foco em todos os detalhes do projeto. O executivo afirma que a Polimold visa o conceito de qualidade em seus produtos e serviços e, desde 2000, é reconhecida pelo Sistema de Gestão de Qualidade ISO 9001. Quem comenta sobre estes e outros temas é o engenheiro Alexandre Fix, um líder setorial que comanda a empresa e divide seu tempo com outras atividades, como a presidência da Comissão Setorial da Ferramentarias da Abimaq e a vice-presidência do complexo hospitalar Albert Einsten, em São Paulo. Ele conta sobre as estratégias vencedoras da Polimold, mas mostra seu inconformismo com a falta de uma política industrial no Brasil e critica a gestão econômica da presidenta Dilma Rousseff. Revista Plástico Sul - A Polimold está a mais de 40 anos no mercado e hoje é a maior fabricante de porta moldes da América Latina. Qual foi a estratégia desenvolvida ao longo dos anos para 8 > Plástico Sul >>>

conquistar este espaço? Alexandre Fix - Somos líder no nosso segmento por oferecer e fabricar os melhores produtos e serviços do mercado, prezando sempre pela qualidade. Durante toda nossa caminhada, investimos em tecnologia de última geração em nosso parque fabril. Conquistamos credibilidade, ditamos tendências e hoje nos tornamos referência em acessórios para injeção plástica e estamparia no país. Desde o início de nossas atividades, buscamos a excelência em nossa fabricação, através do foco em todos os detalhes do projeto. Plástico Sul - Quais as linhas de produtos que a empresa oferece ao setor de injeção plástica? Alexandre Fix - São os sistemas de câmara quente, porta moldes, extratores, componentes para moldes, acessórios para moldes, filtro para injetoras, desmoldante / protetivo, acessórios de polimento, sequenciadores de injeção e controladores de temperatura. Plástico Sul - A empresa destaca em seu novo e moderno site detalhes destes produtos e dá ênfase à qualidade. O que diferencia a Polimold dos concorrentes? Alexandre Fix - Nossa empresa oferece atendimento personalizado, confiabilidade e é 100% nacional. Para a equipe da Polimold, os laços de confiança com seus clientes são a base do sucesso da empresa. Somos comprometidos em entender a necessidade do cliente e superar as expectativas desde o primeiro atendimento até a entrega do produto. Nossa equipe de vendas e assistência técnica abrange todo o território nacional. A Polimold é uma referência no mercado de injeção plástica, buscando sempre estar à frente em soluções tecnológica. Toda a experiência e profissionalismo de nossa equipe têm conquistado a confiança do mercado e traçado uma trajetória de sucesso. A Polimold apoia e incentiva a produção e tecnologia


nacional. Valorizando o mercado, a indústria e a mão de obra local. Sempre a frente e com um olhar no futuro, preza pela qualificação e credibilidade de seus colaboradores e produtos. Exportamos para os cinco continentes, consolidando o sucesso de uma empresa brasileira em todo o mundo. Plástico Sul - Cite alguns dados físicos da empresa. Alexandre Fix - A Polimold é líder na fabricação de Porta Molde e Sistema de Câmara Quente da América Latina. Seu polo industrial localizado no ABC Paulista possui mais de 20.000 m² de área construída, com mais de 400 colaboradores qualificados e competentes. São mais de 60 máquinas CNC de última geração. Mensalmente são processados uma média de 350 toneladas de aço. Mais de 18.000 Sistemas de Câmara Quente fornecidos ao mercado Plástico Sul - Em termos de desempenho, como se comportou o mercado para o setor de ferramentaria e moldes em 2013? E como a Polimold se inseriu neste contexto? Alexandre Fix - A despeito das grandes dificuldades da desindustrialização, a Polimold ainda conseguiu um bom desempenho em 2013. A esse respeito, das dificuldades da indústria, recentemente o jornal Estado de São Paulo fez uma reportagem na qual destaca que voltamos aos anos 50. A indústria teve uma queda tão grande que não consegue se equilibrar. A Polimold, mesmo assim, teve um crescimento maior do que a indústria como um todo. Plástico Sul - A Polimold é uma empresa 100% brasileira de atuação mundial nos cinco continentes. Como é atender a tantos mercados diferentes e com moedas distintas?

Alexandre Fix - Empresa brasileira presente no mundo, com representantes em todas as regiões brasileiras e nos cinco continentes (AL-AN Europa/ Asia/África/Oceania). O câmbio não é o principal problema. A ineficiência é em função do alto custo. Temos o Custo Brasil que influencia. É 30 a 35% mais caro produzir aqui do que na Alemanha. Assim perdemos em competitividade. A Polimold vai bem no panorama mundial. Somos respeitados, pois temos boa qualidade, preço razoável e somos agressivos no mercado com entrega boa. Na verdade existem duas moedas no mercado: o dólar e o ouro. Plástico Sul - Como a Polimold encara a concorrência externa, principalmente dos fornecedores asiáticos? Alexandre Fix - A Polimold, no passado, era líder de mercado, mesmo que estivesse quase sozinha no setor. Depois no segmento de câmaras quentes a partir da década de 90 foram surgindo novas empresas atuando de forma mais intensa e hoje já são cerca de 14. São grandes multinacionais que vendem ou se instalaram aqui, mas lutam contra as mesmas dificuldades e são igualmente afetadas por uma concorrência muito efetiva. Hoje, além de todos os problemas citados, temos que enfrentar a concorrência do mercado fornecedor chinês, que faz com que nossos preços fiquem ainda mais comprimidos. A concorrência asiática preocupa porque a qualidade chinesa está cada vez melhor. Plástico Sul - A Abinfer sinaliza que o setor de ferramentaria brasileiro ainda está distante da realidade de exportação por não estar adequadamente preparado para competir globalmente. Mas a Polimold exporta desde o ano 2000 para os

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PlastVipAlexandre Fix EUA. É uma exceção ou questão de qualidade e estratégia? Alexandre Fix - Estamos por completar 15 anos desde a primeira exportação de Porta Molde Polimold para os EUA, no ano 2000. A empresa é certificada pelo Sistema de Gestão de Qualidade ISO 9001. Nós exportamos mais que os chineses porque os Estados Unidos confiam no nosso produto, pela qualidade, atendimento e continuidade. Eles oferecem porta moldes de todas as qualidades e o mercado norte-americano não acredita nos produtos chineses: o mercado é exigente. Plástico Sul - Quais foram os melhores mercados para a Polimold em 2013 no Exterior? E no Brasil? Alexandre Fix - Na exportação, 10% do volume produzido vai para os Estados Unidos, depois o México e a América Latina. Há ainda a Itália e outros países, mas a China nos tirou da Espanha. Para o setor em geral a exportação é mais difícil porque são empresas de pequeno e médio porte e que encontram dificuldades para entrar no mercado. No Brasil os melhores mercados são aqueles onde a indústria automotiva é forte. E o segmento de tampas. Plástico Sul - O atual momento econômico brasileiro é favorável ou desfavorável ao crescimento do setor? Alexandre Fix - A Polimold tem conseguido bom desempenho, mas existe inadimplência das empresas, pois há problemas de crédito, o BNDES demora a liberar o financiamento e as indústrias que estão em débito sentem as restrições à liberação dos empréstimos a juros mais favoráveis. A situação de caixa da Polimold é boa, mas percebemos o problema de inadimplência, em torno de 2,5%. Não é recurso perdido, mas vem aumentando ano a ano. Outro problema é que as montadoras não pagam em dia e a empresas também ficam sem recursos para honrar seus compromissos. Assim, as pequenas e médias ferramentarias não conseguem crédito porque existem as restrições. Plástico Sul - É possível fazer alguma previsão para 2014, um ano onde se intercalam uma Copa do Mundo e as Eleições? Alexandre Fix - A Polimold avalia que o mercado como um todo vem melhorando muito, a concorrência também, mas o setor não cresce. Plástico Sul - Qual a causa (ou as causas) dessa retração? Alexandre Fix - A Dilma está acabando com a indústria nacional. Os concorrentes dela, o Aécio Neves e o Eduardo Campos vão bater pesado nessa questão. O problema? Não existe uma política 10 > Plástico Sul >>>

industrial no país. As regras mudam a toda hora, o câmbio oscila... não há investimento. A situação na Abimaq é ainda pior. A importação cresce, ferramentarias fecham. Há também uma diminuição nas ferramentarias porque as montadoras já trazem muitos produtos prontos de fora. Plástico Sul - Como se organizar para garantir rendimento positivo? Alexandre Fix - O mercado como um todo foca no segundo semestre e, se for como no ano passado, será ótimo, mas os custos estão altos. Na Polimold aumentaram entre 15 e 20%, envolvendo salários, energia elétrica e matéria-prima. Plástico Sul - Que medidas podem ajudar a impulsionar o setor. A Abinfer cita o Inovar-Auto, que vale até dezembro de 2017. O sr. concorda? Alexandre Fix - O Inovar-Auto é um bom programa. Criou-se um negócio espetacular, mas não existe uma data para ser regulamentado. Era para ser no ano que passou. É o lobby das montadoras. Outra questão é a falta de uma Reforma Tributária. Isso atrapalha a todos. O número de impostos, que nem sei quantos são agora, é muito grande. Lá fora a legislação é mais simples. Causas da ineficiência? O câmbio é problema, mas o que realmente traz desvantagens é o Custo Brasil. Sai muito mais caro produzir aqui do que na Alemanha, de 30 a 35%. E não é só isso, mas os altos salários também. Plástico Sul - Como tem sido sua atuação como dirigente setorial na Abimaq? Animado com os resultados ou existe alguma frustração? Alexandre Fix - Temos lutado muito, mas não estamos conseguindo os resultados que precisamos. Nosso vice da setorial, o Paulo Braga, viaja constantemente a Brasília no papel de um grande lutador. Plástico Sul - Além de ser presidente de uma empresa do porte da Polimold e da Câmara Setorial na Abimaq, o Sr. também é vice-presidente de um renomado hospital, o Albert Einsten, em São Paulo. Como consegue conciliar e gerir com eficiência atividades tão diferentes? Alexandre Fix - Sei delegar poderes e tenho uma boa equipe. O Paulo Braga cuida da Câmara Setorial eu faço a coordenação. E na Polimold são quatro executivos que dão andamento às atividades do dia-a-dia. No Albert Einsten a estrutura é enorme, existe um CEO e uma diretoria, onde sou um dos vice-presidentes.


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MáquinasNR12

Polêmica:

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Por Brígida Sofia

Na produção, a segurança é fundamental. Da mesma maneira, nos negócios a viabilidade econômica também. No setor plástico, a questão da NR12, norma que trata da segurança de máquinas, vem mobilizando empresários, fornecedores e entidades em busca de uma solução que garanta os processos industriais adequados sem prejudicar a vida das empresas diante de custos excessivos para a adaptação.

segurança ou insegurança?

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NR12 causa polêmica por várias razões. Já foi apontada como rígida demais em relação a regulações para máquinas europeias, reconhecidas mundialmente por qualidade e eficiência. Quem atua no setor comenta que a regulação exige que o fabricante previna todo e qualquer erro, inclusive os que são causados por desobediência do operador. Outros pontos polêmicos são a transferência da responsabilidade pela adequação para o transformador e a própria obrigação de adequação de máquinas 12 > Plástico Sul >>>

antigas, o que traz custos altos. A Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) diz que toda preocupação com segurança é muito bem vinda, afinal se trata de vida e qualidade de vida. No entanto, deve-se ter bom senso na implementação e na aplicação do tema. “A situação é extremamente preocupante não só para o setor de transformação de material plástico,mas para todo o setor industrial e produtivo do País. O nível de exigência da NR12 é tão alto e complexo que as grandes e médias


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MáquinasNR12

Roriz alerta: alto custo para adaptar máquinas usadas se a NR12 e o Anexo IX não forem alterados

empresas, bem estruturadas, têm dificuldades para se adequarem. A maior preocupação é com a micro e pequena empresa, que representa cerca de 87% do segmento e que muitas vezes não tem condições técnicas, financeiras e linhas de crédito acessíveis para implementarem as adaptações necessárias. Se fossem exigidas medidas como as constantes nas Convenções Coletivas de segurança para máquinas injetoras, sopradoras e moinhos de São Paulo haveria maior segurança nas máquinas pois são eficazes e simples de serem implementadas”, afirma o presidente da Abiplast José Ricardo Roriz Coelho. A Abiplast participou de inúmeras reuniões para a confecção do Anexo IX de máquinas injetoras. O texto baseado na NBR 13536 e na Convenção coletiva de segurança em máquinas injetoras de São Paulo foi concluído em agosto de 2010 de forma tripartite, com a aprovação do MTE, sindicatos profissionais e pela representação empresarial. “Infelizmente, ele foi modificado tecnicamente pelo MTE e publicado com erros técnicos e com a adição de inúmeras exigências que tornou inviável a adequação das máquinas e o cumprimento dos prazos que haviam sido negociados com base no texto tripartite”, diz o dirigente. A Associação não concorda com a adoção para máquinas já instaladas de normas que foram feitas para aplicação em relação aos equipamentos novos. Tais normas não consideram as características do projeto construtivo da época de fabricação, nem mesmo a viabilidade técnica e econômica da implantação. “Seria análogo a exigir a instalação de Airbags e freios ABS em todos os veículos em circulação no Brasil, o que tornaria 99% da frota nacional ilegal e mesmo com o cumprimento da exigência não haveria necessariamente garantia da integridade do motorista”, compara Roriz. “Se a NR12 e o Anexo IX não forem alterados, as máquinas usadas sem dúvida terão que ser adaptadas. Porém não sabemos quando ou como, pois o investimento necessário é altíssimo. Nas comissões técnicas de elaboração do anexo, mesmo com a Abiplast argumentando sobre sua importância, a viabilidade econômica para aplicação da norma e anexo nunca foi discutida”, explica.

Convenção do Sindiplast/SP

Roriz comenta que a Abiplast tem no

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Sindiplast – Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo uma convenção coletiva de trabalho para segurança nas máquinas injetoras de plástico e assinada com 39 sindicatos profissionais desde 1995, ou seja, durante 19 anos, que tem atendido as expectativas dos trabalhadores e das empresas. Esta convenção foi criada sobre quatro pilares: Segurança Mecânica, Segurança hidráulica, Segurança elétrica e Treinamento, que são e devem ser sempre tratados em conjunto, garantindo desta forma a redundância dos sistemas de segurança. A Abiplast acredita que é um exemplo a ser aplicado a todas máquinas injetoras já em funcionamento. Máquinas importadas também têm que atender a NR12, não importando se passaram ou não por uma certificação. “Deve ser considerado também que o Brasil não possui entidade regulamentada e reconhecida para a certificação de máquinas, equipamentos e dispositivos eletrônicos de segurança. A falta de bom senso é tanta que atualmente uma máquina injetora conforme a normativa europeia (EN 201 - mesma norma utilizada como base para o Anexo IX da NR12), para ser colocada em funcionamento no Brasil, necessita de adequações às exigências de redundância dos sistemas de proteção, com custo aproximado de 30% do valor total”, afirma Roriz. O tema e atualização de status são frequentes pautas nas reuniões com os sindicatos estaduais do setor. Diversas palestras já foram ministradas, todos os textos em consulta são encaminhados para o conhecimento e participação das empresas do setor. Necessidades pontuais são tratadas pela Abiplast através de orientações aos sindicatos ou empresas. Quando o texto revisado e aprovado da NR12 e seus anexos forem definidos, a Associação realizará um trabalho de conscientização e orientação dos empresários.

CNI propôs mudança

A mudança ocorrida em 2013 foi a postura da bancada patronal comandada pela CNI – Confederação Nacional da Indústria, que apresentou ao MTE proposta de alteração da NR12 e está discutindo estas mudanças na CNTT – NR12 (Comissão Nacional Tripartite Temática). A proposta empresarial que contou com a colaboração de empresas e entidades patronais de diversos setores, inclusive da Abiplast, Sindiplast/SP, Simplast/AM e Sinplast/RS, foi elaborada considerando: Diferenciação de obrigações entre usuários e fabricantes de máquinas; Tratamento diferenciado para as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte; Diferenciação de obrigações para máquinas usadas e máquinas novas; Novos prazos


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MáquinasNR12

Dottori, do CSMAIP: máquinas novas dentro da Norma, e usadas devem passar por avaliação

para o cumprimento das exigências normativas. Conforme o seminário de esclarecimento da NR12, ocorrido em São Paulo no último dia 23 de maio, o MTE vai publicar na primeira quinzena de junho, uma Instrução Normativa que permitirá as superintendências regionais do trabalho assinarem termos de compromisso individual, regional ou setorial com novos prazos para o cumprimento da norma. Este tipo de ação é resultado da mobilização empresarial bem como o comprometimento do MTE, de considerar nas próximas reuniões da CNTT três textos, o em vigor, o revisado e a proposta empresarial, além do tratamento diferenciado para as micro e pequenas empresas.

CSMAIP: bom senso e apoio

O vice-presidente CSMAIP (Comissão Setorial de Máquinas para a Indústria do Plástico) da Abimaq, Antonio Dottori, aponta o dilema: a norma está aí e é lei, mas se aplicada à risca em todas as máquinas instaladas no Brasil nos dias de hoje deveriam ser interditadas grande quantidade delas. “Então o que fazer? Parar o país? Não, vamos ser coerentes e sensatos. As máquinas novas devem sair de fábrica de acordo com a NR12, sem dúvida. E as máquinas usadas? Usando o bom senso, existem máquinas usadas com péssima condição de segurança no trabalho, causando dados aos operadores e custo para a União, visto que as consequências sociais deverão ser pagas pela nossa seguridade social, então nós pagamos o custo desta insegurança. Existem casos, de máquinas usadas que devem ser adequadas o mais breve possível”, destaca E Dottori traz o tema para a realidade 16 > Plástico Sul >>>

e pergunta: “quais as maiores causas de acidentes no trabalho e percurso hoje? 1/3, ou seja 33,33%, acidente de percurso com motocicleta, 25%, 1/4, quedas de altura, então somando-se, perto de 58 / 59% dos acidentes não são com máquinas em operação... Claro que NORMAS melhoram a vida dos trabalhadores, mas deveremos antes de mais nada ter o bom senso de avaliação dos casos mais graves e das fontes mais eminentes de acidentes, dai atacá-las. Mas reiterando, máquinas novas, todas dentro da NR12”. O executivo diz que os fabricantes nacionais estão empenhados em oferecer aos clientes o maior número de informações possíveis para que se tenha total domínio da implantação da norma NR12 em suas máquinas mais antigas. Por exemplo, a Pavan Zanetti, fabricante de sopradoras, situada em Americana, SP, realizou recentemente um Open House onde foram ministrados cursos de capacitação para operadores em injetoras e sopradoras dentro da NR12. Foram perto de 80 técnicos, profissionais, especialistas presentes, de São Paulo e de outros estados do Brasil que estiveram junto com especialistas do Senai, da fábrica, fabricante de insumos de segurança, esclarecendo dúvidas, buscando capacitação. Aliada a esta ação de fabricantes, é preciso o apoio do governo para o sucesso da questão, segundo Dottori. “O Brasil hoje é um país que possui uma forte indústria de máquinas e equipamentos industriais, auto-suficiente, mas como toda indústria, a "matéria-prima de todas elas" são os incentivos governamentais e financiamentos. Veja por exemplo, foi ‘restringir’ crédito para indústria automotiva entrar em declínio de vendas. Da mesma forma, a indústria de máquinas e equipamentos industriais no Brasil precisa de apoio governamental, redução dos indiretos, facilidade de financiamento para os clientes. Temos capacidade técnica, capacidade instalada e demais recursos, dependemos somente de boas ações governamentais e financeiras para uma indústria forte e soberana”, afirma.

Fabricantes apostam na informação

Os fornecedores de máquinas estão atentos à evolução na discussão e, ao mesmo tempo, tentando contornar possíveis resultados negativos oferecendo treinamentos. Mas os pontos negativos são inevitáveis. “Do nosso ponto de vista, a NR12 é uma boa idéia para criar um padrão de segurança brasileiro. No entanto, ainda vemos algumas desafios no cumprimento do regulamento. Máquinas Netstal e KraussMaffei de moldagem por injeção já estão sendo produzidas em um alto nível de segurança, de acordo com as normas eu-


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MáquinasNR12 ropeias. Por este motivo, existem algumas outras adaptações necessárias que podem ser resolvidas de uma maneira diferente”, explica Klaus Jell da KraussMaffei. Objetivo, o executivo cita um exemplo: “Há algumas válvulas que são necessárias para cumprir os regulamentos NR12. Temos de integrar estas válvulas em nossas máquinas, mesmo que não venhamos a precisar delas efetivamente, porque já estamos controlando essas funções com soluções de software. Isto, infelizmente, aumenta os custos de produção e os preços por unidade”, compara. Assim, a empresa oferece treinamento básico durante de instalação das máquinas e pode oferecer cursos feitos sob medida. “A Norma NR12 é ainda um pouco polêmica por não ter saído a revisão prevista para o

ano passado. Assim existem ainda inseguranças e interpretações. A Arburg oferece hoje um kit para adaptação das máquinas antigas à norma NR12 e as novas vem já atualizadas”, comenta o diretor da Arburg, Kai Wender. “Mas para o cliente e produtor de peças plásticas a nova norma significa um aumento de custos sem resultar em maior produtividade, isto significa que ele perde competitividade para o concorrente fora do país”, afirma. A Arburg possui um amplo programa de treinamentos para clientes da manutenção, operacional, processo até controle da qualidade. Existe um calendário de treinamentos programados regularmente na sede em São Paulo, mas os mesmos módulos podem ser realizados junto ao cliente. William dos Reis, Diretor da Divisão de Máquinas para Plásticos da Romi destaca que a questão segurança é muito importante para o mercado de plástico, visto “o dano causado em inúmeros acidentes graves, ocorridos no passado, em máquinas sem sistemas de segurança. A norma NR12 eliminou totalmente os riscos que as injetoras e sopradores ofereciam. As máquinas Romi sempre estiveram devidamente adequadas à cada nova edição da NR12, garantindo o máximo de segurança sem causar nenhuma perda de desempenho para o processo produtivo”. Em abril deste ano, a empresa inaugurou um moderno Centro de Difusão de Tecnologia visando reforçar a formação técnica de profissionais do setor de máquinas para plásticos e máquinas ferramentas. Este empreendimento visa também promover workshops, receber visitas técnicas e institucionais, realizar demonstrações e elaborar testes de processos especiais.

Caminho sem volta

Norma vale para máquinas nacionais e importadas

Assim como as máquinas nacionais, as importadas deverão estar dentro da NR12 TAMBÉM. A norma É CLARA: As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83) Se aplicam as fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos, e ainda à sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas as atividades econômicas. Entende-se como fase de utilização a construção, transporte, montagem, instalação, ajuste, operação, limpeza, manutenção, inspeção, desativação e desmonte da máquina ou equipamento. Os trabalhadores envolvidos na operação, manutenção, inspeção e demais intervenções em máquinas e equipamentos devem receber capacitação, que aborde os riscos a que estão expostos e as medidas de proteção existentes e necessárias, para a prevenção de acidentes e doenças. 18 > Plástico Sul >>>

Newton Zanetti diz que “A Norma está aí. É lei. Tem de ser cumprida. A Pavan Zanetti saiu na frente, todas as nossas máquinas estão totalmente dentro da Norma, sem exceção. O mercado pode questionar, pode tentar driblar a lei, mas ela esta aí e deverá perpetuar visto o alto grau de acidentes gerados pelas máquinas para plásticos”, afirma. “Gastamos mais em relação a introduzir estes quesitos de segurança em nossas máquinas, temos hoje uma máquina segura dentro da lei, tanto que instituições de ensino padrão nacional, Senai por exemplo, já especificam máquina informalmente como “padrão Pavan Zanetti” ou seja, padrão ideal de norma de segurança e NR12. É um caminho sem volta”, comenta. A Pavan Zanetti desenvolve junto aos clientes, sempre que necessário, opções de treinamento, máquinas, processos, etc. para buscar melhores resultados operacionais e ter condições


Produtividade e custos

Evandro Didone, da KIE, fabricante de extrusoras, ressalta que alguns itens da norma para serem cumpridos causam impacto na produtividade dos equipamentos. “Como fabricante temos o conceito de que o equipamento tem que dar segurança ao operador, mas a norma nos obriga a fabricar equipamentos para o mais irresponsável dos operadores, como aquele que desobedece, por exemplo, as instruções nas etiquetas de segurança. Em um workshop a respeito do assunto, escutamos de um palestrante que a NR12 é mais

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de ser altamente competitivos na transformação de plásticos no Brasil, seja por sopro, sopro com acumulação, injeção, PET, injection blow. “Estamos sempre evoluindo, temos em breve novidade no lançamento de máquinas totalmente elétricas, “all electric machines”, tipo de máquinas que deverá preencher as fábricas dos transformadores num futuro próximo. Esta proximidade ao cliente e as necessidades do mesmo nos direciona para um futuro melhor e mais adequado ao mercado”, diz Zanetti. Recentemente a empresa fez um “open house”, quando convidou e levou à fábrica cerca de 70 técnicos especialistas em injetoras e sopradoras para cursos em NR12. “Estamos ministrando cursos em clientes e orientando a melhor forma de adequação de máquinas dentro da NR12, além de que nossas máquinas atuais estão totalmente dentro da norma. Além da NR12 nossa preocupação na formação de mão-de-obra qualificada é grande, temos sempre técnicos de clientes em nossa planta em treinamento nas nossas máquinas, seja em segurança, processo e regulagens, ou seja, total apoio ao cliente”, informa o dirigente.

rígida que a CE porque o operador brasileiro é mais irresponsável que o europeu. Não seria mais fácil, então, as empresas capacitarem os colaboradores com relação à segurança do que somente responsabilizar o equipamento por algum tipo de acidente?”, questiona. O diretor comenta que o impacto que a NR12 tem nos preços depende do valor dos equipamentos; em extrusoras, que é um equipamento mais caro, o impacto foi em média de 3%, mas em moinhos 10% e em granuladores de espaghetti até 20%. “Os clientes reagiram espantados com o aumento dos preços. O problema é que a norma apesar de em alguns pontos absurda, existe, e alguns fabricantes ainda insistem em fabricar os equipamentos fora da norma, obtendo vantagem econômica (momentânea, até serem co-responsáveis em um acidente, por exemplo) sobre os fabricantes sérios”. Tecnicamente, ele aponta que, em equipamentos com partes rotativas, as proteções que restringem o acesso do operador são muito importantes, assim como dispositivos que impedem a partida com estas partes desprotegidas. Para a Multipet, uma das principais fabricantes nacionais de sopradoras, com sede em Toledo (PR), a questão é mesmo muito polêmica e os equipamentos devem ser tratados

William dos Reis: as máquinas Romi sempre estiveram adequadas à cada nova edição da NR12

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A diretoria da KIE entende que os operadores também são responsáveis e devem fazer manuseio seguro

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de forma diferenciada. Equipamentos novos, de uma forma e usados deveriam ser de outra. “A proposta da Abimaq apresentada em fevereiro e, em avaliação, contempla essa dicotomia. No caso de equipamentos muito usados e, pior ainda, nas muito antigas a questão torna-se complexa. De um lado são equipamentos muitas vezes quase que obsoletos e de baixa produção tornando a adaptação à NR12 cara e transformado o equipamento inoperável”, comenta o diretor Guilherme Hofstaetter. O executivo completa sua avaliação com uma sugestão interessante: “Por outro lado com as taxas de juros praticadas pelo BNDES seria um bom momento para a substituição destes equipamentos por novos que contemplam mais tecnologia, produção quase sempre muito maior e riscos operacionais praticamente nulos”, opina. ”Nossos equipamentos estão rigorosamente dentro das prerrogativas da NR12 e temos desenvolvido adaptação para equipamentos usados por nós fabricados. Todos os nossos clientes podem com nosso suporte para resolver esta questão”, informa o executivo. Para atender à norma brasileira, a Wittmann Battenfeld também complementa os equipamentos com os componentes segundo a legislação vigente. Assim, todas as máquinas comercializadas pela empresa no Brasil estão em conformidade com a NR12. A empresa tem a preocupação em oferecer cursos ou treinamentos mais específicos aos clientes antigos e atuais porque entende que o alto grau de automação e tecnologia integrada exige conhecimento para operação das

máquinas, para que se alcance o máximo de desempenho do equipamento. “A Wittmann Battenfeld do Brasil oferece todo o suporte necessário a clientes, incluindo uma central de treinamentos para atender às necessidades de capacitação do mercado. Além dos treinamentos ‘in-company’, a empresa oferece cursos para pequenos grupos em um centro montado dentro da sua sede, em Campinas (SP). Estes cursos visam não apenas orientar a operação dos equipamentos, mas também aprofundar um pouco mais a teoria e a utilidade de cada máquina dentro do processo de produção”, explica Reinaldo Carmo Milito, Diretor Geral da Wittmann Battenfeld do Brasil. Theogil Dias, Gerente de Vendas da Área de Equipamentos Especiais da Sunnyvale, diz que as máquinas seguem padrão europeu e são modificadas para atender a NR12. “No nosso portfólio de atendimento, incluímos cursos de treinamento que podem ser operacionais, de manutenção e atualização”.

Apoio da Normatec

Para algumas empresas com atuação mais recente no mercado o tema é de vital importância, segundo Gustavo Müller, Gerente Comercial da IMMAC do Brasil. Ele destaca que em 2013, com o plano de fabricar máquinas injetoras especiais para indústria plástica, a Normatec projetou e fabricou a injetora rotativa, modelo NR8 1000-800, de 8 a 12 postos, com 100 toneladas de força de fechamento, ideal para injeção de PVC microexpandido, TPU, PVC e TR. “Neste momento atuamos apenas no sul do Brasil, um mercado que investiu muito em máquinas para injeção de enfeites, uma tendência para baratear os enfeites de metal. Segundo o executivo, houve muitos investimentos em máquinas com servomotor, pois muitas empresas verificaram que elas podem reduzir em mais de 50% o consumo de energia. “No caso das injetoras para enfeites, a injetora que vendemos Borchê, é líder de mercado. Podemos afirmar que muitos são os clientes que não querem mais comprar máquinas usadas, pois o consumo de energia é bem mais alto e elas não estão adequadas a norma NR12. O que fez o mercado de máquinas usadas piorar em número de vendas e valor de mercado”, explica. Em relação à polêmica da segurança das máquinas e a norma NR 12, a Normatec ressalta que segurança sempre é importante. “Se uma norma foi criada para resguardar a integridade física dos operadores e para proteger os empresários de futuros processos


trabalhistas, ela é válida. Desde 2011 todas as empresas sabem que é necessária a adequação das máquinas já existentes no parque fabril. No início foi um choque pois para máquinas mais antigas, o valor a ser investido na adequação à NR 12 podia chegar ao próprio valor de mercado do equipamento. No entanto, os valores dos itens de segurança exigidos na NR12, que alguns acreditavam que podiam baixar de preço, ainda não baixaram, mesmo depois do alto consumo da indústria”, comenta Gustavo Müller. O executivo da IMMAC ressalta que hoje em dia, todas as máquinas novas do mercado, não só as voltadas para indústria plástica, estão vindo de fábrica já com a NR12. Mas faz uma observação importante: “A principal questão é que em alguns itens da norma existe a questão da interpretação de quem a lê. Isso traz uma insegurança aos empresários que estão sendo exigidos a investir em NR12. Até por isso, sabemos que haverá uma nova revisão, provavelmente em 2015”, explica. Com o objetivo de ajudar os transformadores nesse processo de adaptação, muitas empresas oferecem cursos, treinamentos ou

prestam assistência aos clientes, como ressalta o gerente da IMMAC. “Hoje a Normatec trabalha forte na adequação à NR12 de máquinas injetoras de todas as marcas. Além de visitas constantes a clientes, por nosso diretor-técnico Marcos Guilherme Feiten, estamos tentando dia-a-dia, junto com nossos representantes, explicar aos clientes o que pede a NR12. Dar treinamento sobre segurança em uma máquina que está sendo adequada,é algo normal no trabalho da Normatec”, ressalta. Gustavo Müller enfatiza a preocupação com os clientes. “Além disso, desde que a NR12 entrou em vigor, estamos tentando passar aos nossos clientes, todas as informações sobre a NR12, para que eles saibam o que precisa ser alterado nas máquinas já instaladas e que não é uma norma que veio para prejudicar o empresário e sim para protegê-lo de futuros problemas”, completa.

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EspecialPolo Plástico do Paraná

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Superando o desafio

Denise Dias, do Simpep, destaca que o Paraná emprega 25.343 funcionários no setor plástico 22 > Plástico Sul >>>


de crescer

O Paraná é o estado que liga o Sul ao resto do Brasil e tem muito a crescer e a oferecer ao mundo plástico. Esta condição geográfica é um diferencial na região, mas os transformadores locais tem mais a destacar. As empresas da cadeia plástica são diversificadas e emprenhadas nos quesitos qualidade e atendimento, já que atendem mercados importantes e exigentes. Entre os primeiros do ranking da Abiplast, o Paraná está em terceiro lugar no número de companhias, atrás apenas de São Paulo e Rio Grande do Sul, e em quarto em geração de empregos. <<< Plástico Sul < 23


EspecialPolo Plástico do Paraná

H

oje, a indústria de materiais plásticos está localizada nas regiões de Curitiba, São José dos Pinhais, Cascavel, Londrina e Maringá, sendo composta por 968 empresas, as quais representam 8,3% do setor no Brasil, informa o Simpep - Sindicato da Indústria de Material Plástico. “Em Curitiba e região metropolitana estão abrigados 423 estabelecimentos. Nas microrregiões de Londrina e Maringá estão 125 e 94 empresas, respectivamente seguidos por Cascavel, com 54 indústrias”, informa a presidente Denise Dybas Dias. A dirigente comenta que a indústria plástica caracteriza-se por uma grande diversificação e diferenciação de produtos. A maior concentração

Atenção à logística reversa

Para o Simpep, o Paraná deverá ser um dos primeiros estados da federação a avançar efetivamente na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Com investimentos na ordem de R$ 20 milhões, até 2015, o modelo já beneficia 70 municípios, com o processamento anual de 1,8 mil toneladas de resíduos. Trata-se do projeto da Central de Valorização de Materiais Recicláveis (CVMR), uma iniciativa pioneira no Brasil, que surgiu da parceria entre o instituto Lixo e Cidadania, Ministério Público do Trabalho no Paraná, Ministério Público Estadual, Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis e Sindicato das Indústrias de Bebidas do Estado do Paraná, representando empresas de diversos segmentos industriais, com plantas tanto no Paraná como em outros estados. “O projeto tem um grande impacto social e ambiental, pois envolve a participação ativa dos catadores de materiais recicláveis, com a criação da cooperativa Cataparaná. Até o primeiro semestre de 2016, serão implantadas 6 CVMRs nas cidades de Londrina, Maringá , Carambeí, Cascavel, Francisco Beltrão e Guarapuava”, diz Denise. O Simpep integra o grupo de entidades e empresas que financiam e apoiam o projeto da CVMR, desenvolvido para profissionalizar o processo de logística reversa das indústrias paranaenses. As centrais estão contribuindo para resolver questões ambientais e sociais, gerando renda para os catadores, agregando valor à matéria prima, bem como estimulando o cumprimento da Lei. Além disso é forma das indústrias se adequarem à Política Nacional de Resíduos Sólidos. Em dezembro de 2013, a CVMR de Pinhais incorporou ao seu parque de máquinas uma usina de beneficiamento PET, que realiza a transformação de garrafas PET em flake, insumo utilizado nas indústrias dos setores plástico e têxtil. O equipamento tem a capacidade para produzir até 150 quilos de flake/hora. A usina aprimora as condições de trabalho dos catadores que atuam na CVMR, além de agilizar o processamento dos materiais. Com uma produção diária maior, a renda dos deve aumentar proporcionalmente nos próximos meses. 24 > Plástico Sul >>>

está nos segmentos de embalagens, respondendo a 32,64% da produção. No Paraná esse segmento engloba desde embalagens industriais, como big bags em ráfia para minérios, até embalagens menores, como sacolas e saquinhos, potes, frascos, garrafas e bobinas técnicas. Também são produzidas embalagens em ráfia para fertilizantes, embalagens flexíveis de até cinco camadas, redes para embalagens de aves, copos e chapas para termoformagem. O segmento da construção civil fica em segundo lugar. “Entretanto o valor do segmento é superior ao divulgado oficialmente (2,27%), visto que não é possível ter acesso ao número de empresas de Fabricação de artefatos de material plástico para uso na construção, exceto tubos e acessórios porque está incluída na CNAE 2229-3”, diz Denise. A construção civil tem como produtos principais os tubos e conexões para redes de abastecimento de água e esgoto e instalações elétricas e de telefonia residenciais e industriais. Outros produtos importantes são forros, janelas e portas, tubos e mangueiras flexíveis para eletrodutos e telas de proteção para prédios em construção.

Futuro promissor

“Por isso, a indústria de produtos de matérias plásticas foi uma das que mais cresceu nos últimos vinte e cinco anos no mundo, sendo superada somente pela indústria de equipamentos para processamento de dados”, avalia Denise, destacando que atualmente o Paraná é o quarto estado brasileiro em número de empregados no setor: são 25.343 funcionários formais, representando 7,2% do total de profissionais no setor do país. “Curitiba ocupa a segunda posição em número de funcionários com 3.390, atrás de São José dos Pinhais com 3.995, acompanhado por Londrina (2.925), Maringá (1.034) e Cascavel com 962 empregados. Em 2012, a indústria paranaense do plástico movimentou R$ 37,7 milhões em salários, o que significa 6,4% total de salários pagos pelo setor no Brasil. Assim, a massa salarial gerada pela indústria do Paraná fica atrás apenas de São Paulo com R$ 290 milhões ou 49,4%, Santa Catarina R$ 64 milhões ou 10,9% e Rio Grande do Sul R$ 45 milhões ou 7,8%”. Para Denise, o futuro do plástico é promissor. “Devido às suas características técnicas e por ser relativamente barato, ele tem substituído produtos e materiais tradicionais como madeira, metais, papel, vidro, couro, fibras naturais e outros. Esta é uma das indústrias que mais cresce no mundo, pois o mercado brasileiro é uma das maiores fronteiras mundiais de consumo. A empresa paranaense é uma das melhores em termos de localização para acolher investimentos. Estamos inseridos na economia regional mais dinâmica do Mercosul e uma das que mais vai ampliar o mercado local”, aposta.


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EspecialPolo Plástico do Paraná Simpep e Fiep em reunião com representantes da Copel para reduzir custos da energia elétrica

empresa paranaense, em especial a pequena empresa, tem diante de si o imenso desafio de inserir-se em um mundo competitivo a que não está acostumada”, explica Denise. “Este tipo de configuração empresarial tem poucas chances de sobreviver no futuro, pois a concorrência globalizada, o progresso técnico e os investimentos nas redes de infraestrutura tendem a reduzir em muito a proteção natural conferida aos mercados locais onde opera a pequena empresa. É preciso evoluir em termos de capacitação gerencial, produção, inovação e recursos humanos”.

Custo da energia preocupa

Expectativas: crescimento

O setor de transformados plásticos tem como projeção de crescimento para 2014 1,8% na produção física, que significa um aumento nominal de 8% e real de 2% na produção em valores, o crescimento deve ser de 9% no consumo aparente de transformados plásticos e de 2% no nível de emprego. Entretanto, o setor espera que a balança comercial, a produção e o faturamento aumentem em 2014. O setor alimentício e a produção de embalagens para esse segmento sempre é o mais representativo da indústria de transformados plásticos e a expectativa é de crescimento de 2,5% a 3,5% no consumo industrial. Outro segmento expressivo é, como já dito, o da construção civil, que consome diversos componentes de plástico e estima crescer de 3,5% a 4% em 2014. Além disso, está em discussão o Plano Nacional de Saneamento que prevê aportes de aproximadamente R$ 25 bilhões/ano. Os desafios para 2014 envolvem o fortalecimento da indústria para que ela consiga atender a demanda nacional, que cresceu 8% em 2013, diz Denise. “A busca pela competitividade também se tornou um desafio em meio a tantos fatores desfavoráveis de cunho estrutural, que só devem ser solucionados no longo prazo. Apesar da economia ter crescido 2,52% em 2013, segundo dados divulgados pelo Banco Central, a produção física do setor de produtos plásticos fecha 2013 com crescimento de 1,6%, passando de 6,66 milhões de toneladas em 2012 para 6,76 milhões, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast)”, comenta. É preciso também investir mais em capacitação por parte das empresas, tanto nas áreas de inovação como nas de produção da pequena empresa. “A 26 > Plástico Sul >>>

Para discutir alternativas de redução do custo energia elétrica e criar uma agenda de negociação que beneficie o segmento de transformação de material plástico no Paraná, a presidente Denise Dias e representantes da sua diretoria participaram em fevereiro de reunião com o presidente da Companhia Paranaense de Energia (Copel), Lindolfo Zimmer, e o Presidente da Copel Distribuição S.A, Vlademir Santo Daleffe. O encontro contou também com a presença do presidente da Fiep - Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Edson Campagnolo. A reunião serviu para mostrar a realidade da indústria de material plástico – importante fornecedora de produtos e soluções para praticamente todos os segmentos da economia brasileira – que vem sofrendo com tarifas elevadas de energia elétrica, impactando negativamente na estabilidade dos mercados. Na pauta do encontro, a principal reivindicação foi a redução do preço de fornecimento do serviço no período noturno, viabilizando assim a produção das indústrias de plástico entre as 22h e 6h da manhã. Na ocasião, apesar de considerar justa a solicitação, o presidente da Copel, Lindolfo Zimmer, reforçou o fato de que a definição de tarifas diferenciadas é estabelecida única e exclusivamente pelo Governo Federal, respeitando o princípio da isonomia para com os outros segmentos industriais e ficando a cargo de regulamentação por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O dirigente se colocou à disposição para, juntamente com o Simpep e a Fiep, criar agendas conjuntas em outras instâncias, de forma a montar uma pauta de reivindicação mais ampla, incluindo o mix de interesses de outros segmentos. A ideia é sensibilizar representantes do governo e Congresso Nacional tentando oferecer soluções possíveis para a


Paraguai busca investidores paranaenses

Em março, empresários associados e diretoria do Simpep receberam representantes da Rede de Atração de Investimentos e Exportação do Paraguai (Rediex), órgão do Governo Paraguaio para Promoção Internacional e Investimentos, que estiveram em Curitiba em missão oficial buscando parcerias de negócios. O encontro, direcionado aos empresários do setor de Plásticos do Paraná, aconteceu na sede do Simpep, onde foram apresentados diversos incentivos que hoje são oferecidos pelo governo paraguaio. O adido comercial do Paraguai no Brasil, Sebastian Bogado, representando a Rediex, apresentou dados econômicos atualizados sobre o seu país e elencou as principais ferramentas de investimento oferecidas para indústria nacional. Segundo ele, o Paraguai tem como interesse se tornar um braço da produção industrial brasileira, contribuindo para a elevação da produção nacional em diversos segmentos. Em sua apresentação, Bogado ressaltou a competitividade do Paraguai, com baixos custos de mão-de-obra, energia elétrica, logística e impostos, além dos acordos tarifários com a União Europeia, EUA e outros países. De acordo com a presidente Denise Dias, o encontro serviu para conhecer melhor os diferenciais da política de incentivos do Paraguai. “Futuramente podemos organizar uma missão técnica dos empresários do setor plástico do Paraná, em visita ao Paraguai, para avaliar melhor este cenário e conhecer os prós e contras deste modelo de investimento”, ressaltou a dirigente. A presidente do Simpep lembrou também que o papel da entidade é buscar alternativas para a criação de um ambiente mais competitivo no setor de transformação do plástico no Paraná, principalmente em um cenário de dificuldades com distorções tributárias, preço elevado da matéria prima e diversos problemas associados ao custo Brasil. “Conhecer melhor estas ferramentas de investimento pode ser uma alternativa para sensibilizarmos os Governos federal e estadual na busca de soluções mais eficazes para o setor”, completou Denise.

A aposta da Químicos & Plásticos

A Químicos & Plásticos (Q&P), fundada em 1996, atua há 18 anos no mercado de polímeros de engenharia e alto desempenho, distribuindo e desenvolvendo produtos especiais para atender a

demanda dos diversos segmentos de mercado. Dentre os produtos do seu portfolio conta com POM , PA66 , PA6 , PBT , PPS etc. A gerente de vendas regional, Rita Rodrigues, aponta que o mercado do Paraná tem uma importância relevante no contexto nacional, suas indústrias consolidadas em todo os segmentos, como por exemplo automotivo, eletrodomésticos, ferramentas industriais, oil&gas, agrícola etc. A executiva também destaca a importância do porto de Paranaguá e a proximidade com o porto de Itajai, que são estratégicos para uma logística eficiente com os parceiros internacionais da empresa. E a logística rodoviária com SP, SC e RS igualmente contribui para manter o Estado do Paraná como polo importante para a empresa. “O mercado do Paraná tem importância estratégica nos nossos negócios e atualmente representa 40% de nossas vendas da Região Sul. Com o extenso portfólio da Q&P, temos atuação em todos os segmentos de mercados, sendo que para Plásticos de Engenharia os segmentos automotivo, eletrodomésticos, embalagens e agrícola têm se destacado nos últimos trimestres”, comenta.

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redução da tarifa energética em nível nacional. “Estamos buscando uma diferenciação do custo de energia no horário noturno, uma solução que vem sendo discutida no Paraná. Com apoio da Fiep, o Simpep está criando agenda com a Copel para apresentar esta demanda e buscar soluções”, diz Denise.

Importância do Paraná no contexto nacional é destacada por Rita Rodrigues, da Químicos & Plásticos

Portfólio extenso

O vasto portfólio de polímeros de engenharia e alto desempenho permite manter uma venda equilibrada entre a maioria dos polímeros. POM, PA66, PC, PBT, ABS ainda lideram em vendas, mas linhas de produtos como PPS, PVDF e COC ganham relevância trimestre a trimestre. “Com a parceria estratégica com a Albis, a Q&P disponibiliza uma série de novos produtos customizados para o mercado, também acrescentamos o PA6.10, Acetato de Celulose e um importante aditivo para o mercado de embalagens para alimentos (SHELFPLUS 02) que tem como principal característica aumentar a vida útil do produto final”, destaca Rita. Sobre setores específicos, ela diz que o mercado automotivo continua muito promissor para os polímeros de engenharia e alto desempenho. Com consumidores cada vez mais exigentes, novos itens de segurança e conforto tornam- se mandatórios e com isso geram mais oportunidades para produtos de alto desempenho. Os segmentos de cosmético e médico também tem criado novas oportunidades de negócios. “A Químicos & Plásticos atuando em todo o território brasileiro, nesses 18 anos tem mantido seu DNA de desenvolvedora de mercados, buscando sempre junto com seus parceiros (fornecedores e clientes) desenvolver novas formulações e produtos que contribuam para o melhor desempenho do produto final. A nossa equipe de mercado é orientada a buscar soluções de engenharia que permitam aos nossos clientes encontrar o melhor produto para aplicação e custos competitivos”, completa Rita Rodrigues. <<< Plástico Sul < 27


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EspecialPolo Plástico do Paraná Segmento de masterbatches e aditivos tem na Colorfix um representante forte para o setor plástico

econômico brasileiro que é a região Sudeste e, além disso, ponte fácil para os negócios do Mercosul”, explica o superintendente Francielo Fardo. Com a matriz na região metropolitana de Curitiba, a participação no estado ultrapassa os 40% do total faturado na Região Sul. “Vale ressaltar que transformador paranaense é muito exigente na qualidade de seus produtos, pois atende a grandes mercados consumidores como, por exemplo, São Paulo, tendo também seus produtos exportados para regiões como a do Mercosul, EUA e União Europeia. Além disso, atendemos ainda às indústrias de ponta nacional e local, exigentes em qualidade, repetibilidade e pontualidade, como é o caso da indústria automobilística, informática e hardware, linha branca, floor care, cosméticos e medicamentos, entre tantos outros”, diz Fardo. “Visando o atendimento destes mercados com valor agregado aos seus produtos, prezamos pela confiança e qualidade e o respeito e a satisfação dos nossos clientes”.

Customização

A Multipet, com sede em Toledo, é um dos mais conceituados fabricantes nacionais de sopradoras

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Colorfix destaca vantagens

Outro player importante é a Colorfix Masterbatches, empresa com 24 anos de atuação no mercado, que oferece produtos e serviços diversificados para o mercado de transformação de plástico (injeção, sopro, extrusão, termoformagem, rotomoldagem, entre outros). Com sede em Colombo (Região Metropolitana de Curitiba), atualmente emprega cerca de 200 pessoas nas unidades de Colombo-PR, São Paulo (São Caetano) e Pernambuco (Distrito Industrial de Recife). “O Paraná tem uma localização privilegiada, o que facilita muitas negociações. É um estado central muito próximo a São Paulo (Norte), com acesso pela Rodovia Régis Bittencourt/BR-116; Santa Catarina (Sul), pelo BR-376; Porto de Paranaguá (Leste), pela BR-277; Mato Grosso do Sul (Noroeste), Argentina (Sudoeste) e Paraguai (Oeste). Essa geografia privilegiada também ajuda a estar próximo a um forte polo

Fardo diz que a Colorfix apresenta ao mercado inovações constantes. Geralmente, o cliente traz a demanda e cria-se a cor ou efeito conforme a necessidade. A empresa tem disponível um catálogo com mais de 40 mil cores que dão ‘vida’ ao plástico transformado. Esse é um grande diferencial neste setor, além da flexibilidade comercial, priorizando a qualidade no atendimento e a entrega no prazo, e prezando também pelo limite mínimo de compra. Recentemente, a empresa lançou o Process fix HP (high performance), aditivo nucleante de alta performance. Específico para polipropileno (PP), ao utilizá-lo, o ciclo de produção pode ser reduzido em até 15%, o que gera, consequentemente, custo-benefício, pois aumenta a peça/hora e melhora a performance do produto final. Segundo estudos do laboratório de Desenvolvimento da companhia, isso ocorre porque o aditivo atua por nucleação, aumentando a temperatura e qualidade de cristalização do PP. Isto significa que ele age no molde, permitindo um menor resfriamento. Desta forma se obtém um controle dimensional estável do produto final. Fardo pontua que o mercado da transformação do plástico é bastante diversificado, mas a companhia aposta em alguns segmentos como Utensílios Domésticos (UD), brinquedos e cosméticos/ higiene. “Para buscar aperfeiçoamento, inovação, novos processos e tecnologias, a Colorfix já está se


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preparando para participar das feiras Embala Nordeste, de 12 a 15 de agosto, e Interplast, em Joinville, de 18 a 22 de agosto”.

Multipet exige políticas públicas consistentes

A Multipet, fabricante de máquinas sopradoras e acessórios, com sede em Toledo (PR), explica que atua de forma sistêmica no Paraná, assim como no Brasil todo. “A evolução do mercado paranaense está intimamente alinhada com a brasileira”, afirma o diretor Guilherme Hosstaetter. A quantidade de máquinas/ano fabricadas varia muito pela demanda de tipos ou tamanhos dos equipamentos; a produção se situa na faixa de 60 equipamentos/ano o que pode representar, eventualmente, um acréscimo de até 1,5 bilhão de embalagens/ano ao mercado. Apesar da localização, o executivo comenta que os demais estados da Região Sul são ligeiramente mais consistentes que o paranaense. “Temos mais negócios com eles individualmente que com o Paraná. Isso é reflexo também das condições e desenvolvimento econômico”, explica o diretor da Multipet. Hosstaetter comenta um modelo de atuação brasileira que inibe saltos tecnológicos e mais clientes para as empresas de máquinas. “Não só para a Multipet, mas para as indústrias de modo geral deveríamos ter políticas públicas consistentes e perenes. Não podemos (não deveríamos) conviver com linhas de financiamento que todo ano precisam se renovados (PSI do BNDES); essa metodologia cria um hiato nas vendas num determinado momento do ano e muita procura em outro dificultando planejamentos e o alinhamento de produção. O salto tecnológico adviria da constância de investimentos e perenidade de políticas públicas adequadas”, afirma.

MCV estuda joint venture com portuguesa

A MVC, de São José dos Pinhais, anunciou em abril a assinatura de um contrato de intenções com a Inapal Plásticos, fabricante europeu reconhecido pela tecnologia, modernidade das suas plantas fabris e diferenciação em soluções no desenvolvimento e fabricação de componentes em materiais compósitos termoplásticos e termofixos para a indústria automobilística. O acordo tem como objetivo avaliar a formação de uma joint venture no Brasil para produzir componentes automotivos pelo processo de compressão a quente (SMC - Sheet Moulding Compound). O estudo será realizado até junho e envolve investimento inicial de cerca de US$ 5 milhões. “Há muitos anos estudávamos o desenvolvimento do processo de compressão a quente (SMC) e a melhor estratégia de implantá-lo. Queríamos entrar nesse segmento com uma tecnologia diferenciada e

com a possibilidade de desenvolver o processo mais adequado para o mercado brasileiro. O objetivo dessa nova empresa, que poderá ser criada entre a MVC e Inapal Plásticos é atender a crescente demanda do mercado brasileiro e latino-americano", explica Gilmar Lima, diretor-geral da MVC. Segundo o executivo, a intenção da joint venture será focar nos mercados automotivo, transporte, agronegócio e construção civil. “O objetivo é termos uma planta em operação no primeiro trimestre de 2015. Ainda este ano, o primeiro produto que iremos desenvolver aqui no Brasil será um capô para máquinas agrícolas da CNH. O fornecimento deverá ter inicio no segundo semestre, por intermédio de importação da unidade da Inapal, de Portugal. Em um primeiro momento, o foco será o processo de SMC de alta pressão, em seguida estaremos complementando a nossa gama de soluções competitivas com um sistema diferenciado em relação ao que existe no mercado de SMC, com baixa pressão (LP-SMC)”, explica Lima. A MVC escolheu a Inapal Plásticos pelo nível de tecnologia e posicionamento similar da empresa, focado em inovação, diferenciação e relacionamento excepcional com seus clientes. “A MVC está entrando neste mercado com o objetivo de ampliar e qualificar as suas soluções em plásticos de engenharia. Esta aliança terá mão dupla, pois a Inapal Plásticos poderá levar para a Europa processos, tecnologia e produtos da MVC. A projeção é chegarmos em 2017 com uma empresa de US$ 40 milhões de receita e gerar mais de 200 postos de trabalho”, finaliza Gilmar Lima.

Gilmar Lima: joint venture com a portuguesa Inapal é para atender à demanda continental

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Tendências

Houve crescimento nos três segmentos: grau garrafa, têxtil e filme. Abipet destaca as novas aplicações.

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Pet

& Mercados

Consumo cresce N os últimos anos o consumo de resina PET vem crescendo no Brasil, não apenas por conta do aumento vegetativo da população consumidora, mas pela conquista de novos mercados, aplicações em segmentos antes ocupadas por outras resinas. Segundo dados da Maxiquim Consultoria de Mercado a Produção Total PET virgem 2013 foi de 537 mil toneladas (inclui grau garrafa, têxtil e filme) e a Importação Total PET virgem 2013 alcançou 448 mil toneladas (garrafa, têxtil e filme). Quanto aos dados sobre volume de PET processado pela indústria nacional no último ano, a Maxiquim revela que o Consumo Aparente foi de 942 mil toneladas (inclui grau garrafa, têxtil e filme), crescimento próximo de 6% em relação a 2012. Conforme a engenheira química e consultora Solange Stumpf o mercado de PET se segmenta em três tipos: grau garrafa, grau têxtil e filme. “As estimativas apontam para um consumo aparente de grau garrafa em 2013 de 551 mil toneladas, um aumento de 7,5% em relação a 2012; consumo de PET grau têxtil de 340 mil toneladas, aumento próximo a 5% em relação ao ano anterior. E as estimativas para o mercado de PET filme são de um consumo aparente de 50 mil toneladas em 2013, com crescimento de 4,9% em relação a 2012. Quanto as principais aplicações Solange Stumpf explica que em grau garrafa, as principais aplicações são em garrafas de bebidas e frascos de alimentos, como óleo vegetal, vinagre, maionese, entre outros. “Bebidas e alimentos são responsá-

veis por mais de 50% do consumo do PET e cerca de 95% do consumo de PET grau garrafa. Além dessas aplicações, o PET grau garrafa é também usado em frascos de higiene pessoal, cosméticos e limpeza doméstica”, acrescenta. A consultora também informa que o setor têxtil, segundo maior demandante de PET no Brasil, faz uso desse insumo em aplicações como vestuário, automotivo (carpetes, estofamento, entre outros), calçados, estofamentos, cerdas de vassouras, escovas, entre outras aplicações. “O PET filme, ou BOPET, é utilizado principalmente em embalagens flexíveis de alimentos, como café, massas, balas, entre outros”, esclarece. Solange Stumpf informa que muitas das aplicações citadas anteriormente podem ser elaboradas também em PET reciclado, sendo que o principal destino desse ainda é o mercado têxtil. “Há liberação por parte da Anvisa para o uso de PET reciclado em embalagens de alimentos e bebidas e espera-se que o consumo aumente nos próximos anos, porém o processo é lento”, explica. O PET reciclado também é usado em tintas, embalagens, fitas de arquear, entre outros, complementa a consultora da Maxiquim.

Avanços setoriais

O panorama do setor de PET em 2013, conforme Auri Marçon, presidente da Abipet (Associação Brasileira da Indústria do PET) registrou um aumento no consumo total de resina. “Embora os principais mercados para a resina permane-


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Auri Marçon, da Abipet, diz que um mercado bastante promissor para o PET é o de sucos e chás

em novos nichos çam os de refrigerante, água e óleos comestíveis, podemos perceber avanços em outros segmentos. Leite e lácteos vêm respondendo muito bem. Além da perfeita adequação técnica do material, os consumidores perceberam que as embalagens de PET trazem a conveniência que procuram através de uma garrafa prática que pode ser tampada com facilidade”, ressalta o dirigente. Segundo Marçon, para atender a todos os segmentos, a indústria investe no aumento de capacidade e variedade no portfólio, entregando resinas adequadas a cada necessidade. “Tem sido um diferencial importante a reciclabilidade das garrafas de PET, com ampla aceitação no mercado de sucata graças às demandas excelentes pela matéria-prima reciclada. A reciclagem de PET brasileira é uma das mais fortes do mundo, com índice próximo de 60%”, informa.

Perspectivas e tendências

Quanto às perspectivas para o mercado neste ano, Marçon explica que não há como citar números, mas o desempenho comercial veio muito bem, em crescimento, até março. “A partir daí as forças sazonais entraram em ação, derrubando o consumo de líquidos, o que é esperado. Num ano normal, poderíamos esperar um fechamento bem superior ao PIB - como vem sendo nos últimos anos. Entretanto, num ano de Copa no Brasil, esperamos que haja aumento no consumo de líquidos num período que normalmente é mais fraco, beneficiando o mercado e, acreditamos, trazendo

números melhores ao final do exercício”, avalia.. Sobre as principais oportunidades do mercado, o presidente da Abipet é otimista sobre novos nichos. “Um mercado bastante promissor é o de sucos e chás. Mais uma vez temos a resina perfeitamente adequada às necessidades dinâmicas de cada produto, mas, também, a tendência de consumo saudável favorece o crescimento do PET. Isso porque as garrafas são bastante leves, facilitando o consumo on-the-go, apreciado pelos esportistas (e também pelos apressados!)”, ressalta. E acrescenta: “Além disso, o aumento na demanda por esses produtos torna a embalagem de PET perfeita para entregar a volumetria mais alta. Essa tendência se confirmou, por exemplo, no mercado de energéticos, que passou a ser consumido em grupo, exigindo embalagens maiores”, comenta. Segundo Marçon, a característica leveza das garrafas de PET, que representam cerca de 2% - apenas - no peso total a ser transportado também é fator decisivo quando a indústria de sucos passa a distribuir seus produtos para cada vez mais longe. “Um bom exemplo pode ser dado com o suco de uva que sai do sul do Brasil para as demais regiões”, complementa.

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DestaqueSopradoras

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Novidades e evolução

A cadeia do plástico é dinâmica por natureza, mas busca cada vez mais evoluir tecnologicamente para melhorar a competitividade e eficiência dos processos. É assim que se comporta o segmento industrial das sopradoras. Três grandes fabricantes nacionais que dominam o mercado destacam lançamentos recentes e novidades tecnológicas que proporcionam uma melhor relação custo-benefício em eficiência e redução de custos. Executivos comentam sobre mercados e dificuldades gerenciais.

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Indústrias Romi, de Santa Bárbara d’Oeste (SP), um dos principais fornecedores nacionais de vanguarda no setor de máquinas para plásticos, recentemente apresentou novidades em sopradoras na Mecânica 2014. William dos Reis, Diretor da Divisão de Máquinas para Plásticos da Romi destaca a nova linha de sopradoras por acumulação MX que, segundo o executivo, possui ótimo desempenho para produção de peças técnicas sopradas para o segmento automotivo. “Esta linha possui o novo comando CM10, que melhorou muito a interatividade do operador com a máquina e agora permite 512 pontos de programação de parison, proporcionando maior precisão e controle do peso das peças sopradas”, ressalta. Conforme o executivo, este modelo vem equipado com um moderno cabeçote com sistema FIFO, que permite troca de cores mais rápidas, além de possuir um conjunto de moldagem com grande área de molde e força de fechamento elevado para o sopro de peças maiores. A disputa pelo mercado faz com que as indústrias de máquinas invistam forte em novas tecnologias, como ocorre com a Pavan Zanetti, com sede em Indaiatuba (SP). O diretor comercial Newton Zanetti comenta com satisfação o lançamento da Série HPZ de sopro por acumulação com os modelos HPZ 200, HPZ 300 e HPZ 500 que atendem volumes desde 10 litros a 200 litros de sopro com muitas novidades tecnológicas e vantagens ao transformador. “São máquinas concebidas dentro de tecnologias atuais, com saída lateral do produto soprado e que possibilita instalar um sistema integrado para rebarbação do produto soprado. Comandos de ultima geração, sistemas de sopro a vácuo em 3D com a tecnologia TBM e recursos de acionamentos elétricos, pneumáticos e hidráulicos para


Competindo com as importadas

A escolha de um ou outro modelo está diretamente vinculada ao tipo de produto a ser fabricado, mas também ao nível de eficiência. Nesse aspecto, a Romi considera-se bem posicionada na comparação com modelos importados, segundo o diretor William dos Reis. “Nossas máquinas estão mais competitivas que a grande maioria dos modelos importados. Nosso sistema “Stop and Go”, equipado nas máquinas da linha EN, elevou muito o desempenho e eficiência do equipamento, trazendo resultados superiores à máquinas de alta tecnologia importadas”, comenta o dirigente. O executivo da Romi comprova a afirmação. “Temos inúmeros cases e depoimentos de clientes que comprovam essa diferença, com a redução do consumo da matéria prima, devido ao baixo desvio padrão do peso do produto injetado, proporcionado pela precisão da injeção deste sistema, e também, pela economia de energia que pode alcançar até 60% em aplicações mais críticas”, destaca. Uma das formas de melhorar o processo está no relacionamento com os fornecedores de matérias-primas e aditivos. “Estamos iniciando algumas parcerias com o objetivo de aprimorar o desenvolvimento de máquinas visando otimizar a relação entre a máquina ideal e as matérias-primas especiais, a fim de obter o máximo de desempenho em processos de transformação mais exigentes”, comenta William dos Reis. Avaliação semelhante faz Newton Zanetti,

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serviços durante o tempo de sopro e extração tornam essa maquina ideal para peças técnicas e bombonas de volumes variados”, explica. O executivo completa essa apresentação com mais detalhes sobre outro modelo. “Em complemento a essa série também foi lançado o modelo HPZ 202, com dupla extrusão e dois cabeçotes acumuladores que possibilita fabricar dois produtos ao mesmo tempo ou até mesmo produtos diferentes com volumes e comprimentos parecidos, em materiais e cores diferentes para cada cavidade do molde”, ressalta, Outra fabricante nacional com liderança no mercado de sopradora para PET, a Multipet, de Toledo (PR), também destaca lançamentos recentes com novidades e benefícios aos transformadores, como informa o diretor Guilherme Hofstaetter. “Em 2013 tivemos o lançamento de dois modelos de equipamentos simultaneamente que são a Sopradora Multipet8000 e a Sopradora Multipet 2/10. A primeira tem alto rendimento por cavidade soprada tendo como limite 2000 garrafas/ hora por cavidade de sopro em 4 cavidades. A segunda é uma sopradora para embalagens de água mineral de até 10 litros descartável. Ambas tem seu ponto forte na eficiência energética pois tem o mais alto rendimento de produção para suas respectivas categorias do mercado brasileiro. Temos como adicional a possibilidade de sopro de preformas de baixas gramaturas”, revela.

da Pavan Zanetti. Segundo o dirigente, em termos de competitividade o nível difere pouco. “Hoje estamos muito mais próximos dos concorrentes europeus em termos de tecnologia aplicada inclusive no preço das máquinas (o que não é favorável) devido ao custo Brasil. Temos máquinas capazes de competir em produtividade, com os mesmos elementos de comando aplicados às europeias, mesmos equipamentos periféricos, etc... o que nos garante a competitividade em relação à eles”, explica. Zanetti, porém, faz uma observação pertinente. “Temos grandes problemas em relação aos asiáticos, principalmente os chineses como é de conhecimento geral. É praticamente impossível competir no preço, mas por sorte ainda temos a “proteção” do serviço técnico que aplicamos em nossos equipamentos de forma rápida e segura. Hoje uma sopradora parada traz consequências séria e prejuízo certo ao setor, dado às margens cada vez menores nos produtos soprados”, ressalta o dirigente. Quanto ao relacionamento com outros players, como fornecedores de insumos, Zanetti ressalta que a estratégia é diferenciada. “Nosso relacionamento com os fornecedores de resinas se restringe ao aspecto técnico. O contato comercial para negociação de preços está a cargo de nossos parceiros na Abiplast, que são os consumidores finais da matéria-prima e aditivos. Nos restringimos ao desenvolvimento técnico de resinas nos colocando à disposição para testes e aprovações de novos grades”, esclarece. O diretor Guilherme Hofstaetter, da Multipet, também avalia a comparação com as máquinas importadas de forma positiva levando em consideração a relação custo-benefício. “Os equipamento nacionais

Nível tecnológico da sopradoras nacionais, como da Pavan Zanetti, está mais próximo das europeias

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DestaqueSopradoras possuem custo relativamente baixo quando analisamos produtividade, custo operacional e manutenção. Por isso, os equipamentos nacionais eram preferencia dentre os pequenos e médios sopradores. Confiança, proximidade, baixo custo de reposição e agilidade se tornaram fundamentais”, revela. O executivo igualmente ressalta a importância do relacionamento com os demais parceiros. “Existe sim. O relacionamento com fornecedores de matérias primas tem foco constante na busca de embalagens mais eficientes, práticas e sempre buscando menor gramatura”, destaca Hofstaetter.

Mercado positivo

Apesar das queixas de alguns setores quanto às oscilações da economia brasileira, pelos comentários dos executivos o setor de sopro vai bem, conforme ressalta William dos Reis, das Indústrias Romi. “Houve crescimento nas vendas de máquinas sopradoras Romi, principalmente no segundo semestre de 2013, para todos os modelos de sopro convencional, sopro por acumulação e sopro de PET. Para a Romi, todos os segmentos tiverem algum crescimento, porém com maior destaque para os segmentos de embalagens e peças técnicas”, explica. Sentimento semelhante tem a Pavan Zanetti, citando inclusive as principais aplicações. “Tivemos um ano bom, bem superior a 2012 com o faturamento superior em aproximadamente 20% e entrega de máquinas com incremento de 12% em unidades entregues. Tivemos o mercado de domissanitários como o principal comprador durante 2013 e o emergente mercado de bombonas para o produto ARLA (ureia liquida) utilizado nos novos caminhões para redução da poluição do ar. Os restantes segmentos de mercado como higiene e beleza, alimentícios tiveram também um bom ano sem o destaque dos citados anteriormente”, informa o diretor Newton Zanetti. Para a paranaense Multipet houve um equilíbrio no desempenho, segundo o diretor Guilherme Hofstaetter. “O mercado se mostrou estável em 2013 e todos os segmentos se mantiveram da mesma forma. Há uma consistente e gradual migração de embalagens, antes de outros plásticos, para o PET inclusive para o mercado de óleo lubrificante automotivo”, acrescenta o executivo. Quanto aos mercados regionais mais promissores e a influência da Copa do Mundo, as avaliações são interessante, como destaca William dos Reis, da Romi. “O mercado do Nordeste tem apresentando um crescimento mais promissor que as demais regiões do Brasil, devido à forte e crescente industrialização desta região. A Copa do Mundo influenciou no aumento de vendas de máquinas para o segmento de brindes, especialmente no segundo semestre de 2013”. Newton Zanetti, da Pavan Zanetti, por

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sua vez, comenta tendo como base a questão dos custos. “Eu sempre considerei que o sopro tem uma forte tendência à regionalização, pelo fato de o transporte de embalagens vazias por longo percurso ser caríssimo e desnecessário. Unidades menores e regionais seriam uma solução para a redução do custo do frete, inclusive unidades ágeis e produtivas para o atendimento das demandas regionais muitas vezes de pequenas quantidades e muita diversidade de formatos e volumes. Um dos mercados que tem se sobressaído é o Nordeste, graças ao aumento do poder aquisitivo dos investimentos feitos na região, ao Bolsa Família e outros benefícios levados as regiões mais carentes do país”, enfatiza o dirigente. Quanto a Copa do Mundo, Zanetti acredita que o efeito não será tão significativo quanto se esperava, talvez reflita um pouco mais no setor de injeção. “Os grandes beneficiados serão hotéis, restaurantes, transportes e vestuário”, diz. Já a Multipet fez uma avaliação bem mais direta, geral e objetiva quanto à segmentação regional. “O mercados regionais acompanham o desenvolvimento econômico e oscilam conforme esse. A Copa do Mundo terá influencia bem sazonalizada”, afirma Guilherme Hofstaetter.

Custo Brasil preocupa

Outros fatores, como itens do Custo Brasil, como câmbio, logística, juros etc, que não estão diretamente ligados à fabricação, eficiência e processos, mas influenciam no preço de qualquer produto, também foram avaliados. Newton Zanetti acha que o país tem sérios problemas em relação ao chamado custo Brasil, pois é um dos poucos países do mundo que cobram impostos sobre investimentos. “Nossos governantes deveriam estar preocupados com a complexa malha que somos obrigados a montar em nossas empresas para recolher esses inúmeros impostos, taxas e contribuições. Está cada vez mais difícil administrar isso e é praticamente impossível passar por uma Auditoria Fiscal sem que apareça um erro de lançamento, um equívoco e tome multas. Isso tem que mudar e infelizmente há ouvimos isso de políticos que ao assumir esquecem rapidamente”, diz. Guilherme Hofstaetter, da Multipet também destaca os prejuízos paralelos: “Acreditamos que todos os aspectos citados têm influencia negativa na competitividade das indústrias de equipamentos e, ultimamente, a demora nos financiamentos (bancos/BNDES) tem criado dificuldades cada vez maiores”, finaliza.


no Verde

Sustenplást comemora Semana do Meio Ambiente

Para festejar a semana comemorativa ao Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), o Programa Sustenplást RS – Plástico com Inteligência, do Sinplast – Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do RS, preparou uma programação especial desenvolvida no Shopping Total, na capital gaúcha, com uma série de atividades educativas e recreativas. No final de semana dos dias 31/05 e 01/06, no vão central do Shopping, junto à escada rolante, o Sustenplást recebeu os pequenos em um espaço alusivo à Copa do Mundo, onde houve chute a gol, tablets para brincar com o Recycle Game, jogo eletrônico do Sustenplást que ensina sobre separação do lixo e revalorização do material plástico, e espaço para ler e colorir a terceira edição da Revista “A Turma dos R´s – É Brincando que se Aprende”. A publicação, temática à Copa do Mundo, é editada pelo próprio Sustenplást com o objetivo de ensinar os pequenos acerca dos cuidados com o meio ambiente com foco nos três R´s – reduzir, reutilizar e reciclar. Essa terceira edição lançada no evento do Shopping Total conta com o apoio da Braskem. “Aproveitamos o mote da Copa do Mundo para passar informações às crianças sobre a importância da destinação correta do lixo, da reciclagem e do reaproveitamento do material plástico, que é 100% reciclável”, comenta a coordenadora do Programa Sustenplást, Jamille Etges. Segundo o vice-presidente Administrativo do Sinplast, Gustavo Eggers, o programa Sustenplást surgiu no Sindicato a partir da necessidade de transformar a percepção da sociedade sobre o plástico, sua relevância e utilidade no conforto e na praticidade da vida moderna. “O foco principal do Sustenplást está na conscientização da sociedade e na educação das crianças para o conceito dos três R´s. Para isso, realizamos palestras em instituições de ensino e eventos recreativos e educativos em diversos locais na capital e no interior do Estado”, ressalta Eggers.

Sustenplást nas Escolas – Durante o final de semana, no Shopping Total, as escolas interessadas em receber gratuitamente as atividades educativas do Sustenplást terão a oportunidade de se inscrever. Nas instituições de ensino, o programa realiza palestras e atividades educativas, de acordo com a faixa etária dos participantes: crianças, jovens ou adultos. Recycle Game – Também durante o evento, os pequenos tiveram a oportunidade de conhecer o “Recycle Game”, um jogo eletrônico educativo do Programa Sustenplást, compatível

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Foco

com celulares e tablets Apple e Android, além de computadores PC via website. O jogo é 100% gratuito e tem o propósito de levar a educação e a conscientização acerca dos cuidados com o meio ambiente por meio da brincadeira. A partir dos três pilares do programa - utilidades do plástico, descarte adequado e reciclabilidade - o jogo foi elaborado no estilo “junta-três”, sendo as peças objetos de plástico. Ao juntar peças iguais, o jogador estará fazendo a separação do material para a reciclagem. Quando a quantia de material separado é suficiente, acontece a reciclagem, a qual gera um novo objeto de plástico e promove a revalorização do material. O game conta com seis fases – Casa, Escola, Praia, Pracinha, Fazenda e Parque de Diversões - mostrando que em cada um destes locais, se o lixo for separado, é possível reciclá-lo e transformá-lo em novos objetos de plástico.

Dados - De acordo com a última pesquisa do Ipea, a reciclagem atinge apenas 8% dos municípios brasileiros. O setor movimenta cerca de R$ 12 bilhões por ano e o País perde em torno de R$ 8 bilhões anualmente por deixar de reciclar resíduos. Além disso, conforme a Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), somente em 2012, foram descartados 24 milhões de toneladas de resíduos em lugares inadequados. “A partir destes dados, vemos a importância de ensinar as futuras gerações a reduzir, reciclar, reutilizar e compartilhar valores de preservação e sustentabilidade”, diz Eggers. Mais informações sobre o Programa Sustenplást podem ser obtidas no site www. sinplast.org.br.

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Evento7º Enafer

Ferramentarias se antecipam a tendências mundiais S

Bloco de ações proativas prevê salto de demanda com parque automotivo entre os três maiores do planeta

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e as projeções derem certo o Brasil vai experimentar um salto de demanda histórico, que consolidará o país entre os três maiores clusters mundiais de ferramentaria, a partir de um parque automotivo que crescerá de 17 para 25 fábricas – igualmente posicionado na tríade planetária do setor. A expectativa é de que a atual capacidade instalada de seis milhões de horas de atividade ao ano terá de praticamente triplicar até 2018. Um legado do 7º Encontro Nacional de Ferramentarias (Enafer), organizado pela Plastech Brasil Eventos em Caxias do Sul (RS) é a forma como a indústria brasileira de ferramentais pretende se antecipar e atender a estas tendências de mercado. O Arranjo Produtivo Local (APL) de Ferramentaria do Grande ABC paulista elaborou quatro ações proativas e está gestionando junto ao governo federal na esfera do programa Inovar-Auto. Em paralelo, um birô de engenharia com supercomputação está sendo implantado pela mesma organização e será o Núcleo de Apoio à Inovação (Nais), no Instituto Mauá de Tecnologia. O secretário executivo da Agência de DesenvolvimentoEconômico do Grande ABC, Giovani Rocco Neto explica os objetivos. “Queremos desenvolver um hub tecnológico nos moldes do Vale do Silício, para trazer inteligência de fora para dentro do país e estimular a criação de novas startups”, revela. Para completar, também está aberta no ABC paulista, por meio de parceria entre o APL e a Caixa Econômica Federal, uma linha de financiamento para capital de giro de até R$ 100 mil.

“Pode ser pouco em alguns casos, mas muitas vezes ajuda. E acredito que seja um modelo que poderia ser copiado por outros APLs, em outros lugares do Brasil, como em Caxia s do Sul”, comenta o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo do Campo, Jefferson José da Conceição. O dirigente também anunciou no encontro realizado na segunda quinzena de maio a minuta de um protocolo de cooperação estratégica entre os representantes da ferramentaria do ABC e o município de São José dos Campos, que por sua vez possui um APL dedicado a Sistemas de Defesa. “A ferramentaria é o suprassumo doconhecimento na indústria. Há muita gente nessa cadeia. E onde se puder compor uma unidade, cresce a nossa força”, destaca Conceição. Compra de ferramental como P&D – A fim de ampliar e tornar mais efetivas as oportunidades oferecidas pelo Inovar-Auto ao setor, o APL de Ferramentaria doABC trabalha com quatro eixos de propostas junto ao governo federal. Uma delas já surge como a de maior impacto imediato: Consiste em propor que os gastos com desenvolvimento e construção de ferramental possam ser abatidos totalmente das despesas em pesquisa e desenvolvimento (P&D) pelas montadoras automotivas enquadradas no programa. Na prática, as fábricas passariam a comprar diretamente ferramental brasileiro, gerando uma expansão imediata estimada pelo setor em 200%. Como as montadoras têm represado recursos na casa-matriz, a possibilidade de desenvolver novos produtos com baixo investimento seria


uma solução para atualizar o portfólio local e não perder vendas”, assinala um dos coordenadores do APL, Carlos Manoel de Carvalho. Entre os dirigentes do segmento, já se trabalha com uma sinalização favorável por parte daAssociação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Ainda no quesito custos, também se sugere a extinção de ex-tarifário para ferramentas de embutir/estampar/puncionar e de moldes para borracha ou plástico por injeção. No que tange a financiamento de produção, a ideia é efetivar o Proferramentaria, baseado em carimbar o dinheiro tomado pela montadora junto ao BNDES para investimentos em ferramental. Uma linha de crédito voltada aos sistemistas, com amortização por peça estampada. Em outra instância atacam-se os chamados gargalos de produção, com o objetivo de que ferramentarias estrangeiras interessadas em atuar no Brasil possam ser enquadradas no regime de entrantes. “Nos mesmos moldes das montadoras entrantes”, compara Carvalho. Traduzindo: enquanto a planta está sendo construída no Brasil (em torno de18 meses), a ferramentaria entrante pode trazer ferramental e moldes de sua planta-matriz e

a montadora poderá utilizar este gasto para abater no crédito presumido do IPI extra. Finalmente, também está prevista a criação de um observatório de ferramentaria, incumbido de apresentar um relatório bimestral ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). “Queremos organizar as informações para fiscalizar a aplicação de recursos públicos”, explica o secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Giovani Rocco Neto”. Segundo os idealizadores do projeto, serão controlados e avaliados os acordos feitos com as montadoras, a fim de evitar fraudes ou vícios que prejudiquem a cadeia produtiva de ferramentaria. “O Inovar-Auto deu a todo o setor a oportunidade de discutir políticas industriais. Paramos de discutir coisas pontuais e passamos a discutir política industrial. E você só insere política industrial numa economia que deseja mudar”, conclui Carlos Manoel de Carvalho.

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EventoArgenplás O espaço de discussão no Centro Costa Salguero é o encontro para debater os temas de maior transcendência para o setor plástico

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Um feira para espantar a crise

Polo Petroquímico de Bahia Blanca não deslanchou e continua com poucas indústrias

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Argentina vive momentos de incertezas econômicas e políticas, mas o processo de desenvolvimento não pode parar. Por isso, o setor de transformação do plástico vive a expectativa de mais edição da uma feira setorial. A Argenplás – XV International Plastic Exibhitio, de 16 a 19 de junho, é sem dúvida o maior encontro de negócios de e para o setor plástico, que a cada dois anos é realizado em Buenos Aires atraindo os países de fala espanhola. E por essa razão merecia ser a sede do 3° Congresso do Setor Plástico das Américas e o 1° Congresso Ibero-americano do Setor Plástico, organizado pela Aliplast - Associação Latino-americana do Setor. Neste ano a exposição tem o lema “Esta nova e renovada edição da Argenplás marcará um antes e um depois na história do evento”. Este espaço de discussão no Centro Costa Salguero, será o encontro para debater os temas de maior transcendência para o setor plástico: A situação atual do Setor Plástico das

Américas; Sustentabilidade do Setor Plástico, Meio Ambiente e Reciclagem; O setor Plástico e a Globalização; Matérias-Primas - Máquinas e Equipamentos - Tecnologia e a Competitividade do Setor Plástico Transformador. Especificamente no setor plástico, dados da MaxiQuim Assessoria de Mercado apontam que, em 2013, as importações brasileiras de resinas oriundas da Argentina foram de 293 mil toneladas, uma alta de 2% em relação ao observado em 2012. Estão inclusos os polietilenos, polipropileno, poliestireno, PET e PVC. Considerando-se as mesmas resinas, as exportações brasileiras para a Argentina em 2013 foram de 267 mil toneladas. “Os polietilenos são as principais resinas exportadas do Brasil para a Argentina, a Braskem abastece parte do mercado do país vizinho. Além disso, há muita importação brasileira de polietilenos da Argentina, realizadas principalmente pela Dow, produtora de polietilenos no país vizinho. A troca comercial de polipropileno também é significativa”, aponta a consultora Marta Loss Drummond. Além das resinas, observa-se também importação entre Brasil e Argentina de produtos plásticos transformados. O Brasil importou em 2013 cerca de 10 mil toneladas de filmes e chapas da Argentina. O BOPP também é muito importado do país vizinho, porém o volume vem apresentando queda, informa Marta. “Em 2013, o Brasil importou 3 mil toneladas de BOPP da Argentina, uma queda de cerca de 60% em relação ao observado em 2012. Além desses, outros artigos contendo plásticos, como tubos e acessórios, peças de automóveis e não tecido estão entre os principais produtos importados do Brasil com origem na Argentina”.


Plast

Mix

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Bloco

de Notas

Um dos principais fabricantes mundiais de equipamentos utilizados no processo de fabricação das indústrias de plásticos, a Wittmann Battenfeld vem reforçando sua atuação no Brasil, onde tem sede em Campinas (SP). Com a unificação administrativa e comercial de ambas as empresas, no início deste ano, a companhia tornou-se a única fornecedora no mundo a oferecer soluções completas para o segmento de injeção, integrando no mesmo portfólio injetoras e periféricos. Tradicional no setor, o Grupo Wittmann, com nove fábricas, 30 subsidiárias e 26 agências em diferentes países, realiza investimentos para ampliar ainda mais os diferenciais ao mercado brasileiro. Para isso, além da vasta gama de produtos, que permitem a composição de pacotes específicos para cada aplicação, aliará fatores fundamentais para o atendimento das necessidades dos transformadores: qualidade e tecnologia de ponta, força de vendas e serviços especializados. O crescimento da participação da companhia no mercado nacional tem como ponto de partida a reestruturação finalizada em janeiro de 2014, marcada, especialmente, pela maior sinergia comercial e o reforço da equipe de vendas, que facilita as transações comerciais e o apoio pós-venda. A meta é duplicar a participação da marca no mercado em cinco anos.

Setor de compósitos fatura R$ 850 milhões no 1º trimestre

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Wittmann Battenfeld investe no Brasil

O setor brasileiro de materiais compósitos faturou R$ 850 milhões no primeiro trimestre de 2014, alta de 11,2% em comparação a igual período do ano passado e 0,5% acima do resultado dos últimos três meses de 2013. Os números são da Maxiquim, consultoria contratada pela Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (ALMACO). De janeiro a março deste ano, foram produzidas no país 53,7 mil toneladas de compósitos, volume 8% superior ao registrado no primeiro trimestre de 2013, mas 1,2% abaixo do montante transformado entre outubro e dezembro passados. “A redução notada agora é consequência da má fase vivida por praticamente todos os segmentos em que os moldadores de compósitos atuam, como transportes, implementos rodoviários, agronegócio e náutico. Os únicos mercados que estão se mantendo estáveis são o eólico e a construção civil”, afirma Gilmar Lima, presidente da ALMACO.

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Romi inova com aplicativo para iPad

MVC lança novo site

A MVC, líder brasileira no desenvolvimento de produtos e soluções em plásticos de engenharia e pertencente às Empresas Artecola e à Marcopolo, acaba de lançar o seu novo website. Com visualização mais objetiva e design renovado, o novo portal proporciona maior clareza e facilita a busca sobre informações da marca e sua atuação no Brasil e no exterior. O objetivo da remodelação do site é facilitar e melhorar a interatividade com clientes, colaboradores, público em geral, imprensa e integrantes dos segmentos de atuação da empresa. Outro destaque é o foco no mercado internacional, com conteúdo também em inglês e espanhol, para acompanhar o crescimento e maior presença da MVC no exterior.

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Com 84 anos de história e destaque em inovação, a Indústrias Romi acaba de disponibilizar ao mercado brasileiro, um aplicativo para iPad com informações técnicas e visuais, de suas linhas de máquinas-ferramenta e máquinas para plástico. Essa plataforma tecnológica visa oferecer ao cliente, rápido acesso a informações e identificar a melhor solução de manufatura para a sua necessidade. Para usar o app da Romi, basta que o usuário entre e baixe, sem custos, o aplicativo pela App Store. Por meio desta ferramenta tecnológica e inovadora, os usuários interessados pelas máquinas da companhia terão acesso a: informações técnicas das máquinas disponibilizadas de forma objetiva e interativa; catálogos técnicos dos produtos Romi em pdf, com possibilidade de envio de forma rápida por e-mail; fotos com exemplos de aplicações das máquinas; comparativos entre os modelos da mesma linha; vídeos das máquinas em processos de manufatura; encontrar os contatos comerciais da Romi e endereços no Brasil e no mundo.

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Anunciantes

Agenda Buenos Aires (Argentina)

AX Plásticos / Página 41 Brasfixo / Página 41 Cong. Br. do Plástico / Página 25 Cristal Master / Página 11 Cromocil / Página 39 Detectores Brasil / Página 19 Digitrol / Página 40 Help Injetoras / Página 37 Innova / Página 13 Interplast / Página 15 Kie / Página 39 Matripeças / Página 23 Multi União / Página 37 Plastech Brasil / Página 17 Químicos & Plásticos / Página 7

Agende-se para 2014 Argenplás 2014 - XV Exposição Internacional de Plásticos 16 a 19 de junho de 2014 Costa Salguero Exhibition Center Buenos Aires - Argentina www.argenplas.com.ar/pt Embala Nordeste 2014 De 12 a 15 de agosto de 2014 Centro de Convenções de Pernambuco Recife - Olinda - PE (Brasil) www.greenfield-brm.com/ embalaweb.com.b r Interplast 2014 Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico De 18 a 22 agosto de 2014 Pavilhões da Expoville, Joinville - SC (Brasil) www.interplast.com.br Colombiaplast 2014 29 de setembro a 3 de outubro de 2014 Bogotá /Colômbia www.colombiaplast.com

Replas / Página 5 Shini / Páginas 2 e 3 Simpep / Página 44 Tec Engineering / Página 39 Teck Trill / Página 9 Thormaq / Página 41 Valmart / Página 39

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1º Congresso Brasileiro do Plástico 5 de novembro de 2014 FIERGS, Porto Alegre – RS (Brasil) www.plastechbrasil.com.br Feiplar Composites & Feipur 2014 Feira e Congressos Internacionais de Composites, PU e Plásticos de Engenharia De 11 a 13 de novembro de 2014 Expo Center Norte – Pavilhão Verde São Paulo - SP (Brasil) http://www.feiplar.com.br/


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