Plástico Sul 161

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Editorial DIVULGAÇÃO

Expediente Ano XV - # 161 - Janeiro/Fevereiro de 2015

Conceitual - Publicações Segmentadas www.revistaplasticosul.com.br Rua João Abbott, 257 - Sala 404 CEP: 90460-150 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticosul@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Redação: Brigida Sofia Departamento Comercial: Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação Plástico Sul é uma publicação da Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.

Filiada à

Para frente é que se anda

O

ano mal começou, mas já se passaram três meses. Depois de um 2014 difícil para as empresas, este novo período também parece seguir com muitos desafios. A presidente Dilma e sua equipe tentam fazer os ajustes, mas não é fácil colocar o país no caminho. As medidas não trazem efeitos imediatos e é preciso lidar com a insatisfação já, todas elas, que transbordam pelas ruas. Nossa matéria principal fala justamente dos desafios desse novo ano, que nem é mais novo, na economia e em nosso setor. Ouvimos especialistas e representantes da cadeia do plástico para vislumbrar o que nos espera e também definir como agir. Além dos desafios que já são naturais, neste momento temos que lidar com questões de água e energia, vitais na produção. Apesar disso, o presidente da ABIPLAST, José Ricardo Roriz Coelho, diz que a indústria parece confiante em uma retomada no segundo semestre, após os ajustes. Não podemos desconsiderar que antes, em maio, temos a maior feira nacional do setor, a FEIPLASTIC, que deve trazer bons resultados para todos. Confiante também está o diretor-presidente da FIMEC-Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes, Elivir Desiam, nosso entrevistado na seção Plast Vip. Além da marcante alta do dólar na véspera da mostra este ano, ele acredita em outros fatores que podem impulsionar este produto. Em nossa matéria sobre a avaliação do mercado de commodities, o leitor verá que não houve surpresas diante do todo da economia. De forma geral, o consumo de resinas caiu em 2014. Em nossa pauta dedicada à aplicação do plástico no agronegócio, destacamos o anúncio pela EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária de um plástico comestível. Mas será plástico mesmo? À primeira vista, ficamos em dúvida. Mas os pesquisadores explicam. Além de um balanço geral do desempenho das aplicações no campo. Também destacamos os primeiros resultados do PICPlast- Plano de Incentivo à Competitividade da Cadeia do Plástico. No balanço inicial, 45 empresas aderiram e mais de 200 se beneficiaram diretamente das capacitações. Isso mostra que acima de tudo seguimos confiantes no nosso setor e vamos em frente. Boa leitura!

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Brigida Sofia / Interina brigida.sofia@conceitualpress.com.br 44 > Plástico Sul >>> > Plástico Sul >>>


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PlastVipElivir Desiam

Cenário é positivo B em na véspera da FIMEC - Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes, entre 17 e 20 de março, o dólar chegou aos 3 reais e, em seguida, disparou alcançando 3,28, a maior cotação em 12 anos. Poderia haver notícia melhor para organizadores e expositores de uma mostra internacional? O diretor-presidente da feira, Elivir Desiam, concorda, claro, que a notícia foi favorável, mas não se ilude com o que considera especulação. Aliás, ele afirma nesta entrevista especial à Revista Plástico Sul que é melhor parar de considerar tanto as especulações de agências e confiar mais na realidade e no trabalho. Para o setor de calçados, pelo menos, as expectativas são positivas. Os calçadistas brasileiros já iniciaram março com uma boa notícia. Foi publicado no Diário Oficial da União no dia 2 a circular da Secretaria de Comércio Exterior relativa à abertura de investigação para a revisão do direito antidumping aplicado sobre as importações de calçados da China. A medida estava por vencer. Conforme

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a circular, a investigação deverá ser concluída em dez meses, sendo que o direito atualmente aplicado continuará em vigor durante este período. O direito antidumping foi, provisoriamente, aplicado em setembro de 2009. Na época a sobretaxa ao produto chinês ficou em US$ 12,47 por par importado, valor corrigido para US$ 13,85 a partir de março de 2010, na adoção definitiva do mecanismo de defesa comercial. Tradicional nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo, a FIMEC transforma o espaço em um centro das atenções mundiais do setor coureiro-calçadista. A mostra reúne o que há de mais moderno por meio de aproximadamente 1.200 marcas, representadas por cerca de 600 empresas do Brasil e de vários países, entre eles Alemanha, Argentina, Chile, China, Colômbia, Estados Unidos, França, Inglaterra, Índia, Itália, México, Peru, Taiwan e Uruguai. Desiam destaca que mesmo com todo o avanço e mudanças nas relações comerciais, é importante o contato direto entre compradores, vendedores, diretores, estilistas, designers, técni-


Sobre a a crise: "calçados e produtos de menor valor podem surpreender positivamente"

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cos e tantos outros profissionais do setor. A interação comercial, a observação in loco do produto, a negociação caso a caso, tudo isto se torna mais eficiente num ambiente de feira. A FIMEC, segundo maior evento mundial do setor, é uma realização da Fenac e da Prefeitura de Novo Hamburgo e conta com o patrocínio da Transduarte e Sicoob/Ecocredi. O evento tem a parceria das principais entidades do setor. Revista Plástico Sul - Fale sobre a edição 2015 da FIMEC, por favor. Quantos são os expositores e qual a expectativa de público? Elivir Desiam - Em torno de 600 expositores e mais de 1000 marcas. São esperados 35 mil visitantes. Ano passado, tivemos delegações de 40 países, todos os estados brasileiros. Temos a mesma expectativa, predominando a participação da América Latina, do México para baixo. Plástico Sul - Dentre os expositores, qual a participação do plástico na FIMEC? Qual o percentual de expositores de aplicações em plástico? Desiam - São 50 expositores diretos, fornecedores diretos, e os indiretos passam de 100. O plástico está em vários componentes do calçado. Hoje, 20 por cento do calçado produzido no Brasil é couro, o restante é sintético. Há 20 anos, 80% era couro. Plástico Sul - Qual o papel do plástico na composição dos calçados brasileiros atualmente? Quais as principais aplicações? Há perspectiva de mais mercado para o material no setor calçadista brasileiro? Desiam - As aplicações são variadas, solados, enfeites/adornos, saltos, o próprio sapato sintético. No sapato de couro, o plástico está no salto, na

fivela. Sapato de salto, 90% tem plástico. Houve uma queda do couro nos últimos anos, como mostram os números, conforme a tendência, moda, e custos. Sobre mais mercado, já vem crescendo. O couro é irregular, tem custo por metro quadrado, problemas da produção de um material natural, como carrapato. No plástico o aproveitamento é 100%; o plástico é homogêneo, o couro tem descarte, por ser natural. Plástico Sul - É sabido que o calçado gaúcho

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PlastVipElivir Desiam

Sobre o dólar a R$ 3: "é claro que isso é bom para a feira. Mas esse valor é especulação."

perdeu espaço para o Nordeste e também para outros países por questões de tributos já há alguns anos. Como avalia o cenário hoje? Como a feira sente esses impactos? Desiam - Na década de 1990, se perdeu toda a produção do calçado de baixo valor agregado. Hoje as empresas trabalham com produtos de maior valor agregado, com design, marca própria, exportando suas marcas. Antes se produzia e exportava outras marcas. Os grandes volumes perdemos. Mas

Fábrica Conceito e Estúdio FIMEC

Entre as atrações da feira, novamente a Fábrica Conceito e o Estúdio FIMEC. Em sua sexta edição, a Fábrica Conceito tem como objetivo demonstrar, na prática, os produtos em exposição durante a feira. São cerca de 60 empresas e aproximadamente 50 profissionais atuando na linha de produção. O projeto é resultado de uma parceria entre o Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC), a Coelho Assessoria Empresarial e a Fenac. Na linha de calçados masculinos integram a produção dois modelos de sapato social e outros dois de modelo esportivo, da marca Pegada, empresa produtora de calçados masculinos que tem sede em Dois Irmãos/RS. No feminino, dois modelos de sapatilhas e dois de scarpins da empresa Mulher Sofisticada, com sede em Três Coroas. A projeção de produção da Fábrica Conceito 2015 era de 1.400 pares. Visitantes e empresários podem circular entre a produção e questionar os gestores e operadores sobre o funcionamento de equipamentos e o uso de matérias-primas e insumos Já o Estúdio FIMEC busca neste ano a consolidação dos conceitos do projeto que teve início na edição 2014 da feira, deixando-o ainda mais atrativo, moderno e eficiente, correspondendo e superando as expectativas. O espaço tem a coordenação dos profissionais Luís Coelho, da Coelho Consultoria, e Christian Thomas, do Studio 10. 8 >8 Plástico > Plástico SulSul >>> >>>

com esse dólar seremos competitivos. Plástico Sul - Como está a questão das importações chinesas? Desiam - Foi prorrogado por dez meses o antidumping. Acredito que será mantido, por que é concorrência desleal. Plástico Sul - Fale sobre o frágil momento econômico e político e a indústria calçadista brasileira, por favor. Como esse cenário influenciou o mercado em 2014 e quais as perspectivas para 2015? Desiam - Calçados e produtos de menor valor podem surpreender positivamente. Numa crise, a pessoa não trocará de carro, imóvel, TV. Vai se satisfazer com itens menores, sapatos roupas. Setores que bateram no topo vão sentir, já estão sentindo. Alguns setores cresceram além do PIB, imobiliário, linha branca, celulares, aviação. Nos últimos cinco anos, o calçado foi regulado pelo PIB, crescimento baixo. Desde a crise de 2008, o mercado interno pegou, foi voltado para mercado interno. Na macroeconomia o cenário é um, teu setor pode ser diferente. A perspectiva é com o dólar, o crescimento se dará pela exportação. Interno será estável, mas pode surpreender positivamente. Plástico Sul - Como o cenário influenciou a organização e as expectativas para a FIMEC 2015? Desiam - É uma feira internacional, a segunda maior do mundo. Começamos a organizar quando terminamos a outra edição. As cinco feiras nacionais e internacionais recentes tiveram boas avaliações, bons resultados. O que é positivo para nós. Plástico Sul - O dólar ultrapassou 3 reais depois de anos bem na véspera da feira. Como isso deve influenciar nos negócios? Desiam - É claro que isso é bom, sendo uma feira internacional, com muitos visitantes estrangeiros. Mas esse valor é especulação. O adequado para nós, e que será até o fim do ano, é R$ 2,95. Mas esse aumento veio em boa hora, diante de compradores estrangeiros. Plástico Sul - Algo a acrescentar? Desiam - Lembro que FIMEC é uma feira completa para o setor. Como dizemos, tem tudo que tu precisas, do insumo à tecnologia.


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EspecialDesafios 2015

Tá difícil melhorar E

star na pele da presidente Dilma Rousseff não é algo que alguém almeje atualmente. A maior administradora do país enfrenta dia após dia desafios de todos os lados, como resposta a medidas impopulares para resolver os cofres públicos e a alterações adiadas em função do calendário eleitoral que neste ano chegam com força, como inflação, gasolina e energia. As manifestações de insatisfação aparecem no mundo real – no bloqueio de estradas, panelaço nas janelas, vaias em eventos e protestos nas ruas. Os empresários que já vinham numa onda de pessimismo com as dificuldades para produzir no Brasil enxergam tantos desafios que mesmo medidas favoráveis e há muito desejadas, como regras mais firmes para o seguro desemprego, não reanimaram a categoria. Em uma análise neste início de ano, o economista chefe da Federasul- Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul, André Azevedo, diz que em 2015 teremos crescimento próximo a zero, inflação acima do teto da meta de 6,5% e desemprego crescente. “As medidas recentemente anunciadas pelo governo federal sepultaram qualquer expectativa mais otimista que alguém ainda pudesse alimentar. Os aumentos de impostos e a elevação da taxa básica de juros se, de um

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lado, confirmaram o compromisso da equipe econômica com a recuperação das contas públicas e com o combate à inflação, de outro, trouxeram a certeza de mais um ano perdido para a nossa economia”, avalia. Para Azevedo, infelizmente o Brasil não apresenta condições de retomar o crescimento mais elevado, como experimentado até alguns anos. A aposta recente do governo federal no incremento do consumo não deu certo; a expansão do crédito e o mercado de trabalho aquecido não estão provocando mais crescimento; o aumento do endividamento das famílias, após anos de gastos acelerados, acabou inibindo a expansão das compras, mesmo com a oferta abundante de crédito. “Somente um choque de produtividade, que tem crescido muito pouco na última década, poderia reverter essa situação”. Em relação aos dois primeiros meses - e as medidas- do novo mandato da presidente Dilma, ele diz que a busca do equilíbrio fiscal, especialmente por meio da redução de despesas, é bem-vinda e a busca do controle da inflação via elevação dos juros era inevitável, “mas se espera que o remédio amargo aplicado na população surta os efeitos desejados o mais rápido possível, permitindo que a economia volte a crescer”. Já o setor produtivo brasileiro demanda, na sua opinião, além da redução


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dos gastos públicos, a ampliação dos investimentos em infraestrutura, reduzindo o enorme gargalo logístico que existe no país. “Além disso, é preciso que se faça uma reforma tributária, reduzindo o peso dos impostos no setor produtivo. Com a atual carga tributária e as condições de infraestrutura, a competitividade do setor produtivo brasileiro fica em grande desvantagem com seus concorrentes externos”, avalia Azevedo. Tão grandes são as demandas que uma mudança há muito reclamada pelos empresários parece não ter trazido o ânimo. A questão da alteração no seguro- desemprego, que desagrada sindicatos e trabalhadores, mas era uma insatisfação do empresariado em razão de distorções, como trabalhadores que forçavam a demissão para conseguir o benefício e mesmo a dificuldade em achar e manter empregados. Azevedo estima que as medidas anunciadas, especialmente o corte de benefícios de alguns programas sociais, como o abono salarial, seguro-desemprego, pensão por morte, auxílio-doença e seguro-pescador, deverão gerar uma economia em torno de r$ 18 bilhões em 2015. “Essa decisão, embora possa configurar para alguns uma espécie de estelionato eleitoral, é necessária e merece apoio. Em uma medida exemplar, o governo elevou o período de carência de seis para 18 meses no caso da primeira solicitação do seguro-desemprego”, opina. “Atualmente, 74% dos valores pagos deste benefício são para aquelas pessoas que estavam em seu primeiro emprego. Além da redução das despesas, a ação do governo pode estreitar o vínculo dos jovens com a sua primeira empresa, redu-

zindo a rotatividade no emprego, extremamente acentuada nesta fase da vida”. A ABIPLAST- Associação Brasileira da Indústria do Pástico destaca entre os desafios para 2015 a necessidade de se realizar uma travessia de forma serena durante o ajuste que está sendo feito na economia brasileira em busca da retomada da confiança e de um melhor ambiente de negócio. “A retração da indústria de transformação, que ocorre desde 2011, tem impactado sobremaneira na demanda por plásticos. Por exemplo, a baixa dinâmica tem gerado em alguns setores ajustes que tem afetado o emprego e o consumo de nossos produtos, como o que vem ocorrendo na indústria automotiva, uma das principais demandantes dos produtos da indús-

Sacolas - polêmica em São Paulo continua

O ano começa com um antigo debate em São Paulo, a questão das sacolas plásticas nos supermercados. Na mais recente decisão, ficou estabelecida a aplicação de multa a partir de fevereiro. Confira abaixo a posição do presidente da ABIPLAST, José Ricardo Roriz Coelho. “A questão das sacolas plásticas em São Paulo é um problema iminentemente de segurança jurídica. E é por isto que estamos contestando a Lei. A prefeitura de São Paulo, não deixa claro qual é objetivo do governo com essa Lei ou com o seu Decreto e nem como ele funcionará, os consumidores não têm certeza se terão direito a sacolas plásticas para carregar suas compras, e nem os comerciantes sabem como planejar e estão aguardando as decisões da prefeitura, causando grande insegurança. Outro exemplo de insegurança é o fato que a prefeitura exige que se utilize 51% de plástico verde (de fonte renovável) na produção das sacolas, porém não avaliou se a produção desta

Azevedo "As medidas recentemente anunciadas pelo governo federal sepultaram o otimismo"

matéria-prima consegue atender a demanda para a produção das sacolas “verdes”. As opções de usos e tipos de matérias primas nos negócios são decisões de mercado do transformador e seu cliente e tentar arbitrar isto gera ineficiência no mercado e não contribui com o objetivo da lei. A sacola plástica tem que ser enxergada como uma solução prática que o consumidor tem para levar seu produto da loja até a sua residência e, mais que isto, ela é utilizada pelo cidadão para transportar seus resíduos pós-consumo recicláveis até os recicladores, colaborando com a Logística Reversa prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Um ponto positivo nessa questão é que a prefeitura parece ter entendido este ponto, inserindo as sacolas no seu programa de Coleta Seletiva, e também reconheceu a insegurança jurídica existente no mercado e chamou os setores envolvidos criando um grupo de trabalho. Estamos muito confiantes nos resultados do trabalho deste amplo diálogo”. <<< Plástico Sul < 11


EspecialDesafios 2015 DIVULGAÇÃO

Roriz "Indústria parece confiante em uma retomada no segundo semestre, após os ajustes"

de valor de forma competitiva. Para a ABIPLAST, os primeiros passos de Dilma neste ano indicam que 2015 tende ater um primeiro semestre de ajustes e reformas, com o intuito de recuperar a confiança do empresário. Espera-se que esta confiança volte no segundo semestre, após as políticas surtirem efeito.

Água e luz na berlinda

tria de plástico”, diz o presidente da entidade José Ricardo Roriz Coelho. A ABIPLAST vê com certo temor a iminência de crises energética e hídrica, o que agrava ainda mais a situação da indústria brasileira em 2015. No entanto, a indústria parece confiante em uma retomada no segundo semestre, diz Roriz, após os ajustes e quando se espera que haja um cenário mais positivo à retomada dos investimentos. Até porque é fundamental que o ajuste fiscal seja feito rápido para causar o menor impacto possível à indústria. A entidade vê com apreensão a questão cambial, que é uma variável importante, haja visto o impacto que tem nos insumos. “Acreditamos que a demanda principal de todos os brasileiros é que voltemos a ter um ambiente de negócios que incentive os investimentos e o crescimento. Estamos todos apreensivos com a velocidade desta mudança”. Diante deste cenário em que é preciso cautela e serenidade nas decisões estratégicas das empresas não se pode perder o foco na agenda setorial, como por exemplo qualificação constante da mão de obra; equilíbrio entre o prazo de pagamento dos impostos e recebimento das vendas diminuindo o impacto no capital de giro da empresa; discussão e implementação de barreiras não tarifárias, tornando as barreiras hegemônicas aos países com quais concorremos; promover melhores condições para a indústria de plástico nacional poder atuar como fornecedoras das cadeias globais 12 > Plástico Sul >>>

Elementos vitais na indústria, a água e a luz são as principais pautas deste início de ano. Maquiados durante as eleições regionais e nacional, os efeitos agora caem como uma bomba. Roriz lembra que com o cenário da crise hídrica em São Paulo, o setor do plástico poderá ser impactado negativamente, assim como a indústria paulista no geral. “Caso haja falta no abastecimento de água, isto prejudica a produção, resultando produtos finais com problemas de qualidade. Assim, é preciso reiniciar o processo, até que este seja estabilizado e peças em perfeitas condições sejam produzidas, o que acarreta maior consumo de energia e também da própria água”. Com a possível falta de abastecimento de água, as alternativas à queda de fornecimento, como compras de caminhões pipa ou troca de torneiras e válvulas por outras mais eficientes exigem investimentos e mais custos. Dado o momento de estagnação e ajuste, nem todas as empresas têm capital suficiente para se adequar e passar por essa crise, o que compromete o setor de transformados plásticos, principalmente as pequenas e médias empresas, as quais possuem menos recursos no curto prazo. Isso poderá levar à diminuição da produção e até o fechamento de empresas menores. Logo, a probabilidade de uma crise hídrica afeta a competitividade do setor de transformadores de plásticos e assim acabam perdendo espaço para os produtos importados. Além do mais, na possibilidade de falta d’água, as empresas demandantes de plástico são afetadas também, muitas já tem diminuído suas linhas de produção, demandando menos produtos dos transformadores plásticos. O setor do plástico é um grande consumidor de energia elétrica, pelas suas máquinas e equipamentos de alta potência para as etapas de moagem e processamento. O custo com energia do transformado plástico representa cerca de 5% da composição total, assim, um aumento da tarifa de energia tem grande impacto. “Com o aumento das tarifas de energia, o setor de transformados plásticos poderá ser impactado negativamente, pois perde competi-


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tividade frente aos produtos importados, como pode ser observado pelo aumento do coeficiente de importação, que em 2010 era 9% e atualmente atinge11%”, lembra Roriz. Soma-se a esta questão o fato de que o setor plástico está presente em toda a matriz insumo-produto brasileira, assim, vários setores são consumidores de produtos de plástico e se a demanda dessas indústrias cai o consumo de transformados plástico também diminui. “Com a crise energética e hídrica afetando os setores demandantes de transformado plástico, o que já vimos observando, muitos já vem diminuindo as linhas de produto, impactando o setor de transformados plásticos diretamente”, afirma Roriz. A indústria de transformados plásticos é composta majoritariamente por pequenas e médias empresas e, devido às dificuldades destas, a atualização do seu parque industrial é mais lenta do que o das grandes, assim, não possuem máquinas tão eficientes, o que gera maior consumo de energia, avalia o dirigente. “Devido às dificuldades de investir em máquinas, as PME’s brasileiras investem em planejamento e controle de produção, em layout, ou seja, basicamente em gestão da produção. Sendo assim, existe pouca margem de manobra para novas melhorias, pois estas se limitam ao processo produtivo. Adiciona-se a essa questão o fato que as pequenas e médias empresas têm direcionado seus investimentos para adaptar suas máquinas nas normas de segurança NR12, comprometendo outros investimentos para a melhorar a eficiência energética”. Em suma, para a ABIPLAST, o ano de 2015 descortina-se como um período que exige

do empresário brasileiro grande atenção quanto às suas decisões e estratégias, pois o cenário está bastante desafiador e é necessário mais do que nunca ter foco na gestão do negócio para evitar o comprometimento do futuro. "A economia vive um momento de estagnação, sem crescimento do PIB, de queda da produção industrial, aumento de tarifas, ajustes pesados no seu rumo e incerteza quanto ao fornecimento de recursos hídricos e energia, fatores que desfavorecem a volta da confiança por parte do industrial sobre o ambiente de negócios e o retorno do crescimento." Em cenários de turbulência como este, é papel da associação e dos sindicatos promoverem um ambiente propício às empresas para que estas permaneçam em um processo de

Aumento da energia é mais um fator na contramão da competitividade

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EspecialDesafios 2015

Setor está atento à variação do dólar em função dos insumos

espera ativa. “Neste processo é preciso realizar uma série de ajustes e planejamentos para que se possa retomar com toda força quando as oportunidades de negócios voltarem e estarmos preparados para sair na frente de nossos concorrentes”, diz Roriz.

Sindicatos orientam e apontam planos para o ano

Edilson Deitos, do Sinplast - Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul, diz que com sinais de desaquecimento na economia, crise dos recursos hídricos e energia, os desafios para o setor plástico são ter foco na gestão dos negócios, busca de eficiência energética, melhoria de produtividade e busca constante pela redução de custos. “A redução dos preços das matérias primas foram anuladas com os aumentos dos custos de energia, mão de obra, custos de logística e insumos atrelados ao dólar”, comenta. As demandas dos associados são relativas à NR-12, PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), capacitação de mão de obra e programas de aumento da aplicação do plástico em cadeias produtivas. Sobre os planos do sindicato, ele diz que para 2015 a implementação do PICPlast- Programa de Incentivo à Cadeia do Plástico, iniciativa da Braskem e da Abiplast, com participação ativa do Sinplast, prevê incentivos às exportações, qualificação de gestores via Fundação Dom Cabral e SEBRAE, qualificação em custos com a empresa contratada ADVISA, com a disponibilização de um software específico para os setores de filmes, injeção e sopro, programa de ben14 > Plástico Sul >>>

chmarking pela empresa Townsend Soluctions para o setor de filmes na busca de indicadores internacionais de produtividade e o programa de divulgação das vantagens do plástico destacando a sua versatilidade, reciclabilidade, leveza, baixo consumo de energia no seu ciclo produtivo, frente aos sucedâneos. “Após a Consulta Pública da proposta de acordo setorial PNRS, na qual a Abiplast é o guarda chuva das empresas associadas aos Sindicatos, estamos no aguardo da aprovação, para a implementação via CEMPRE, associação empresarial dedicada à promoção da reciclagem e gestão integrada dos resíduos sólidos”, diz Deitos. Com relação à NR-12, o Sinplast acompanha junto com a FIERGS-Federação das Indústrias do RS e CNI- Confederação Nacional da Indústria, todas as movimentações e propostas para que se possa viabilizar a competitividade das empresas e garantir a segurança dentro de padrões internacionais, buscando corrigir distorções da atual norma em vigor, buscando alertar os filiados da necessidade do acompanhamento e da adequação. Com relação à capacitação de mão de obra, o Sinplast encaminhou no final de 2014 ao MDIC-Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, conforme solicitação dos filiados, vários cursos específicos para operador de injetoras, extrusoras e sopradoras ministrados pelo SENAI via PRONATEC. Outro projeto é a busca por agregar valor a produtos que atualmente são exportados em seu grande volume a granel. “Nossa proposta é o desenvolvimento sustentável de forma integrada, e para isto o Estado possui todos os agentes da cadeia, um Polo petroquímico produtor de PE e PE Verde, transformadores qualificados na fabricação de embalagens, maior produtor de arroz do País e um porto próximo aos produtores, a relação Co²/t produto Carbon Footprint , pegada de carbono da cadeia podem ser diferenciais competitivos em produtos de valor agregado”. Para Jaime Lorandi, do Simplás-Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho, o que se desenha é um ano com muitos desafios em várias frentes, uma vez que a economia demora a apresentar reação, o governo está corrigindo suas questões fiscais, reduzindo crédito e reajustando preço de insumos como petróleo, diesel e energia elétrica, que impactam diretamente na indústria. “O empresário deverá estar muito atento para aproveitar todas as oportunidades que aparecerem. Por outro lado, também sabemos que, quanto maiores os desafios, maiores as oportunidades”, lembra.


Santa Catarina

Para Albano Schmidt, do Simpesc - Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado de Santa Catarina, o ano de 2015 descortina-se como um período que exige do empresário brasileiro grande atenção quanto às suas decisões e estratégias, pois o cenário está bastante desafiador e decisões neste ambiente devem ter foco na gestão do negócio para evitar o comprometimento do futuro. “A economia vive um momento de estagnação, sem crescimento do PIB, de queda na indústria, altas anunciadas e incerteza quanto ao fornecimento de recursos hídricos e energia, fatores que favorecem o alto

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Em termos de demandas, num âmbito mais particular, o Simplás considera urgentes investimentos na infraestrutura de energia do país. Já, de modo geral, a demanda é que não ocorram aumentos de custos nos próximos anos, nas esferas federal, estadual e municipal. “Esperamos pelo fim das surpresas. A expectativa é de que não haja novos movimentos tributários e trabalhistas, por exemplo, que incorram em novos custos, difíceis de serem repassados. As empresas já carregam um grande fardo que todos sabem qual é. E a competitividade do setor produtivo brasileiro em relação aos mercados internacionais praticamente inexiste, em função deste fardo”. Os associados também esperam que todos os casos de corrupção que vão se sucedendo pelo país sejam apurados até o fim e os responsáveis, punidos no rigor da lei. Para Lorandi, os primeiros passos de Dilma indicam mesmo um ano muito difícil, de correção de rotas. Um ano de resgate da política fiscal para dentro do governo, novamente, o que deverá impactar muito no desempenho das empresas como um todo e que já se pode observar neste início de ano. Ao mesmo tempo, 2015 promete ser de colheitas para o Simplás, que vai realizar, de 25 a 28 de agosto, em Caxias do Sul (RS), a quinta edição da Plastech Brasil. Uma feira agora ampliada para contemplar os segmentos de plásticos, borracha, compósitos, reciclagem e transformados automotivos (partes e peças) com áreas específicas. O sindicato também prepara um plano de trabalho muito forte voltado à capacitação dos associados. Paralelamente, age no desenvolvimento de ações de promoção comercial com o intuito de auxiliar a impulsionar as vendas. E para completar, está promovendo a implantação do planejamento estratégico, que irá racionalizar muito o trabalho do sindicato e gerar possibilidades de mais ações em benefício do próprio setor.

grau de pessimismo por parte do industrial sobre o ambiente de negócios e o retorno do crescimento. As nossas associadas trabalham com planejamento e sempre com o pé no chão. O mesmo já aconteceu em 2008 e as ações preventivas conseguiram se sobrepujar ao período de crise”. Ele diz que em 2015 algumas ações já presentes devem continuar, principalmente com relação à atuação dos Grupos de Profissionais de Recursos Humanos, Relações do Trabalho e Segurança e Saúde no Trabalho. Os grupos se reúnem mensalmente e desenvolvem ações de atualização de procedimentos legais, melhores práticas e desenvolvimento de líderes. “Iniciamos um novo ciclo (o quarto do Simpesc) do Programa de Encadeamento Produtivo para a Competitividade – PECPC. Este é o 5º ciclo do desenvolvido pelo IEL / SC. As novidades deste projeto em relação aos anteriores é o prazo, que passou de 18 meses para 24 meses e os trabalhos que se desenvolverão em 20 horas para treinamentos coletivos e 120 horas para consultorias efetivas em cada uma das empresas participantes. O diagnóstico consolidado remeteu os esforços para o módulo de PRODUÇÃO e a meta definida pelo SIMPESC é um crescimento da média de 53,9 para 70 de resultado”. Ainda para 2015 estão agendadas consultorias nas empresas para que o consultor possa conhecer a situação atual e traçar estratégias.

Água: nem todas as empresas podem lidar com gastos extras em caso de desabastecimento

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DestaqueCommodities

Sem surpresas De forma geral, o consumo de resinas caiu em 2014. As importações de commodities apresentaram pequeno aumento e as exportações ficaram estáveis. Confira os números.

S

egundo estimativas da consultoria MaxiQuim, o consumo de cada uma das resinas em 2014 foi o seguinte: PE’s, 2562 mil toneladas; PP, 1495 mil toneladas; PVC, 1200 mil toneladas; PS, 366 mil toneladas; e PET, 862 mil toneladas (incluindo grau garrafa, filme e fibra). Analisando o mercado, Marta Loss Drummond, da Maxiquim, diz que de uma forma geral o consumo de resinas caiu em 2014, pois foi um ano difícil, muitos setores acreditavam em um consumo impulsionado pela Copa do Mundo, porém, isso não foi observado. Setores como o de descartáveis, que deveriam apresentar desempenho bastante superior, não observaram esse comportamento. “Muitos segmentos tiveram seu consumo prejudicado, desde o de alimentos, importante consumidor de embalagens plásticas, até o automotivo, responsável pelo consumo de peças plásticas mais robustas e que demandam plásticos com propriedades especiais”. Marta aponta que enquanto os preços de PP negociados em reais aumentaram 8%, os de PE subiram 10%. Os preços de PVC aumentaram 4%. Já os preços de PS apresentaram leve queda na comparação com 2013, de 1% e os de PET apresentaram queda de 2%. Porém, em dólares, os preços de PE e PP ficaram relativamente estáveis, com aumento de somente 0,4% em relação 16 > Plástico Sul >>>

a 2013. Os de PE aumentaram 1% enquanto os de PP apresentaram queda de 0,8%. Em média, as importações de resinas commodities em 2014 apresentaram pequeno aumento, de 1%, na comparação com 2013. As importações de PE foram as que mais aumentaram em 2014, cerca de 10% e as de PP, 7%. As importações de PET apresentaram a maior queda, de 21%. PS e PVC também foram importadas em menor volume, com quedas de 3% e 11%, respectivamente. As exportações de resinas ficaram estáveis em 2014, de uma forma geral. Considerando os PE, as exportações em 2014 foram 10% menores. Já o PP esteve entre as resinas com maior aumento, de 24%, assim como PET, que cresceu 32%. As exportações de PS caíram 29% e as de PVC aumentaram 3%.

No Sul

Marta comenta que PE e PP são muito fortes no RS, em aplicações como filmes, BOPP, não tecido. Da mesma forma que o Brasil em 2014, o mercado no RS também não apresentou bom desempenho. “Nossas estimativas são de uma queda de cerca de 5% no consumo de resinas no Rio Grande do Sul em 2014, na comparação com 2013”. A produção de PE e PP no Brasil apresentou variação negativa de

5%, somando 4 milhões de toneladas em 2014, isso ocorreu em razão de paradas programadas ocorridas nas produtoras de resinas, inclusive no estado do RS. A importação dessas mesmas resinas por empresas do RS foi de 21 mil toneladas, uma queda de 3% na comparação com o realizado em 2013. As empresas de SC importaram em 2014 627 mil toneladas dessas resinas, 30% de aumento em relação ao realizado em 2013. Esse grande volume ocorre em razão da presença do Porto de Itajaí e empresas distribuidoras e traders ali localizadas. O PR importou 2% mais em 2014, somando 75 mil toneladas.

Tendências 2015

O ano de 2015 será difícil para a economia brasileira e logicamente isso irá se refletir na indústria plástica, produtora de itens existentes em quase todo o nosso dia-a-dia, relembra a analista. “A indústria está cautelosa. Além disso, está observando altas tarifas de energia elétrica, risco de apagão, desabastecimento de água e aumento de impostos. Nesse sentido, a conjuntura não permite que sejam realizados investimentos em capacidade ou em novos produtos. As empresas devem focar-se na produção de itens que agreguem maior margem aos seus negócios, otimizar e, se for necessário, diversificar”.


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DestaqueCommodities

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Braskem: venda de resinas totaliza 3,6 mi de toneladas

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Braskem operou suas centrais petroquímicas a uma taxa de utilização média de 86% em 2014. Esse índice recuou quatro pontos percentuais em relação ao ano anterior, justificado pela empresa pelas paradas programadas de manutenção dos crackers de Triunfo (RS) e Mauá (SP) e por restrição de fornecimento de gás no polo de Duque de Caxias (RJ), no primeiro semestre. A demanda brasileira de resinas (PE, PP e PVC), utilizadas pela indústria de transformação de plástico, atingiu 5,3 milhões de toneladas, um recuo de 1% em relação a 2013. No quarto trimestre de 2014, a queda foi de 5% na comparação com o trimestre anterior, explicada pela sazonalidade normal do fim do ano. As vendas da Braskem dessas resinas acompanharam a dinâmica do mercado, totalizando 850 mil toneladas no quarto trimestre e 3,6 milhões de toneladas no ano. O melhor desempenho dos setores ligados ao varejo e bens de consumo não compensou a retração dos segmentos relacionados a bens duráveis, como automotivo, linha branca, industrial, além de infraestrutura e construção civil. No exterior, o desempenho da Braskem foi positivo. As vendas de PP registradas na unidade de negócio Estados Unidos e Europa atingiram 1,9 milhão de toneladas, alta de 4% em relação a 2013. A melhora é explicada

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pelo bom comportamento dos setores automotivo, industrial e bens de consumo, refletindo a recuperação da economia norte-americana e a discreta reação da economia europeia. A Braskem alcançou receita líquida de R$ 46 bilhões em 2014, alta de 12%, por conta da depreciação do real, recuperação dos preços das resinas a nível global e pelo maior volume de vendas em sua unidade Estados Unidos e Europa. O EBITDA da Companhia foi de R$ 1,4 bilhão no quarto trimestre e de R$ 5,6 bilhões em 2014. A Braskem fechou o ano com um lucro líquido de R$ 726 milhões. No quarto trimestre, registrou prejuízo de R$ 24 milhões.

Química forte para um Brasil forte

A produção industrial brasileira registrou queda de 3,4% em 2014, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com dados da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), a taxa média de utilização da indústria química brasileira, que ainda ocupa a sexta posição entre as maiores indústrias químicas mundiais, ficou em 79% em 2014, o índice mais baixo dos últimos anos. Contribuiu para esse resultado o aumento no ingresso de químicos importados, que representaram 35,6% do consumo interno. “Ao mesmo tempo em que são anunciadas importantes medidas de

ajuste macroeconômico, é fundamental que simultaneamente o governo federal promova e implemente iniciativas estruturantes a fim de resgatar os fatores de competitividade da indústria brasileira”, disse o presidente da Braskem, Carlos Fadigas, em fevereiro. “Essa agenda é primordial se quisermos reverter o processo de desindustrialização brasileiro e estimular o crescimento e a produtividade do setor industrial.” No fim de fevereiro, vencia o aditivo do contrato de fornecimento de nafta da Petrobras. Em função da crise da Petrobrás, por um momento a Braskem chegou a ficar sem interlocutor e temeu pela possibilidade de conseqüências à produção. Mas nos últimos dias do mês a empresa celebrou com a Petrobras um novo aditivo ao contrato com vigência de seis meses, até 31 agosto de 2015, sendo que o preço será ajustado retroativamente a 1º de março de 2015, na assinatura de um novo contrato. Com esse aditivo, evitou-se a interrupção da produção dos polos petroquímicos, o que provocaria graves prejuízos ao setor e à indústria brasileira. A Braskem informou que permanece empenhada para, em conjunto com a Petrobras e o governo, encontrar uma solução estrutural que permita a assinatura de um contrato de fornecimento de nafta de longo prazo que assegure a competitividade da indústria química e petroquímica brasileira.


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PET conquista bom resultado

O principal mercado atendido pelo PET ainda é o de refrigerantes, onde o material envasa cerca de 80% de toda a bebida produzida, o que significa quase 16 bilhões de litros em 2014. Essa participação representa 58% das embalagens de PET produzidas no Brasil. Esses percentuais vêm se mantendo estáveis nos últimos anos, situação que deve se repetir em 2015, uma vez que se trata de um setor maduro, informa o diretor executivo da ABIPET-Associação Brasileira da Indústria do PET, Auri Marçon. Muito embora o setor de refrigerantes ainda seja o alvo das atenções, essa concentração, vem diminuindo, graças à aceitação cada vez maior da embalagem de PET em segmentos diversos. “Podemos citar, neste caso, as bebidas lácteas, inclusive leite UHT, que foram importantes destaques em 2013, 2014 e continuarão sendo neste ano de 2015. Trata-se de um mercado que utiliza grande volume de embalagens e a plena aceitação do PET demonstra que o consumidor está em busca de opções que atendam melhor às suas necessidades, tanto em termos de praticidade quanto às de segurança. Além disso, o uso do PET garante a destinação adequada no pós-consumo, graças a uma cadeia industrial de reciclagem bem desenvolvida, que facilita o fluxo reverso e remunera o material reciclado”. Também pode-se citar o forte avanço em setores como sucos concentrados, produtos de limpeza e cosméticos. No caso dos energéticos, a mudança no modelo de consumo fez com que embalagens de maior volumetria passassem a ser requeridas. Essa é uma das especialidades do PET e, assim, o produto passou a ter um maior alcance e as embalagens de PET passaram a ser preferidas do segmento. Para 2015, as perspectivas são de um crescimento semelhante ao de 2014, mas já começou bem o ano para o setor, como resultado do forte calor registrado nas regiões de alta densidade demográfica, aumentando consideravelmente o consumo de líquidos, como água,por exemplo. Em junho, está previsto o PETtalk. Esta conferência é a maior do setor na América do Sul e reuniu cerca de 300 pessoas em sua última edição. Lá se encontram todas as grandes empresas e os profissionais ligados às embalagens de PET. Na ocasião, além das novidades tecnológicas e de mercado, serão divulgados números atualizados para a indústria brasileira e mundial, tendências e o que já se tornou tradicional, um forte networking. “O Brasil conta com um parque industrial dos mais atualizados no mundo, tanto em termos de resinas como de pré-forma. Além disso, os nossos índices de reciclagem do PET, da ordem de 60%, nos posiciona entre os mais avançados internacionalmente”, comenta o dirigente. <<< Plástico Sul < 19


DestaqueCommodities

Distribuidor fala sobre o sobe e desce dos preços

A

parecido Luis Camacho Gomes, gerente comercial da Mais Polímeros, diz que diante da grande flutuação nos preços em 2014, com queda no 1º trimestre, elevação nos 2º e 3º trimestre e nova queda no 4º trimestre, fica complexo e difícil arbitrar sobre o tema. “Sob a ótica do faturamento, baseado nos estudos e indicadores de mercado, em relação a 2013, deveremos ter um aumento nos 12 meses de 2014, entre 10-15% a depender da resina. Qualificando um pouco, podemos dizer que a maior elasticidade preço-demanda ficou por conta do PE, seguida de PP e posteriormente por PS. Em nossa opinião, o PE é mais sensível, pois trata-se do maior mercado, com grande volume e que está vinculado aos segmentos de embalagens flexíveis e rígidas para os mais variados usos e aplicações”. Ele acredita que com o baixo crescimento no mundo e no setor em específico, com o recuo nos preços do petróleo, nafta e derivados, deve-se ter uma flutuação menor em preços em 2015, porém alinhando-se às sazonalidades de cada região, país e mercados em geral. “Isso não significa que não teremos aumentos, mas as oscilações deverão ser mais previsíveis e com picos mais brandos”, adverte. Particularmente em nosso país, frisa Camacho, a situação é mais diversa, pois o ambiente interno apresenta “o Governo, querendo recuperar a credibilidade e fazendo uma lição de casa dura para o mercado como um todo, com aumento nas taxas de juros, câmbio, produtos e custos em geral; o maior fornecedor de matérias-primas, a Petrobrás, com um grande problema e, portanto, a meu ver, mais rigorosa na gestão dos contratos e negociações; as Petroquímicas, pressionadas pelo alto custo

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de fabricação e limitações de competitividade para exportar; a Indústria, com grandes dificuldades e desafios; a Distribuição Oficial, numa super competição”. Assim, no primeiro bimestre se viu uma queda acentuada nos preços, com estabilização em março e tendência de elevação a partir de abril. “Sempre com o viés de alinhamento aos preços internacionais, porém nacionalizados e ‘tropicalizados’ com as peculiaridades de nosso mercado, economia e segmentos”, afirma. A MaisPolímeros trabalha com as seguintes resinas: Polipropileno, PP - famílias de Homopolímeros, Copolímeros Heterofásicos e Copolímeros Random; Polietileno, PE – famílias de Baixa Densidade, Alta Densidade e Baixa Densidade Linear (Buteno, Hexeno, Octeno e Metaloceno); Etileno Acetato de Vinil, EVA – aplicações em Placas, Hot melt, Filmes e geral; Poliestireno, PS – famílias Cristal, GPPS e Alto Impacto, HIPS; Off-grades de PP e PE em geral, além de algumas especialidades em Acrilonitrila de Estireno, SAN e Acrílico, PMMA. Sobre aplicações e mercados para 2015, Camacho acredita que será o ano das embalagens descartáveis em PE, PE verde, PP e PS. “E, as crises de energia, água, recursos, etc, estão fortalecendo essa percepção associada com a maior conscientização dos consumidores que estão buscando embalagens práticas, sustentáveis, conscientes e inteligentes em termos de uso x custos. O grande desafio é com relação ao descarte, coleta seletiva e reciclagem/reutilização - mas esse é um outro capítulo”.


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Tendências

Plástico no Agronegócio

& Mercados

O movimento de urbanização caracteriza o Brasil nas últimas décadas. Este distanciamento da terra talvez nos faça não valorizar o suficiente as questões da agricultura, da produção. Mas mesmo que nunca coloque os pés em uma plantação, ninguém escapa deste ciclo já que a alimentação está entre as necessidades mais básicas e nos acompanha do primeiro ao último dia. Nesse caminho, o plástico está aliado para questões de fabricação, distribuição, conservação, etc. 22 > Plástico Sul >>>

FOTOS: DIVULGAÇÃO

No campo M

ensagens nas redes sociais nos lembram frequentemente a importância do Agro em qualquer sociedade. São textos como “Você almoçou hoje? Agradeça a um agricultor” ou “Alguma vez na vida precisamos de um advogado, um arquiteto, mas três vezes por dia precisamos de um agricultor”. O plástico já está consolidado nesta indústria, mas mesmo assim é alvo de melhoramentos para lidar com as novas necessidades que as mudanças sociais impõem. A atuação da Braskem no agronegócio se dá pela parceria com clientes que transformam a resina plástica em soluções para a agricultura. Ana Paiva, especialista em desenvolvimento de mercado da Braskem, lembra que o plástico traz benefícios como redução de perdas durante armazenagem e transporte, aumento de produtividade e redução de custo de manejo. Alguns exemplos de aplicações são silo bolsa para armazenagem de grãos e ração animal; tubos para sistema de irrigação por gotejamento; bombonas para agroquímicos; embalagens de rafia para fertilizantes, sementes etc. “Uma das principais novidades de 2014 foi a aplicação de mulching plástico para cultura de citros. O mulching é um filme


do são sempre buscar solução para aumentar a competitividade desta atividade no Brasil. Estes objetivos somente serão alcançados com o uso de tecnologia no campo. Neste sentido, as aplicações de plástico tem sido um grande aliado do produtor. A Braskem oferece um portfolio bastante amplo e atende a maioria das aplicações do agronegócio. Se uma nova aplicação exigir uma resina que não está disponível no portfolio, a Braskem tem equipe qualificada, tecnologia e infra estrutura para que este gap seja eliminado rapidamente. “A Braskem enxerga no agronegócio várias oportunidades para desenvolvimentos de novas aplicações e geração de negócios. A empresa trabalha com um pipeline de projetos para o setor muito robusto para o curto, médio e longo prazo”,explica a especialista. DIVULGAÇÃO

plástico de polietileno que é instalado sobre o solo para barrar os raios solares e evitar o crescimento de ervas daninhas que acabam competindo com a planta que se está cultivando pelos nutrientes disponíveis. Além disto, o mulching retém maior umidade no solo, garantindo a água para a planta em momentos de estiagem ou permitindo a economia de água por irrigação”, explica Ana. O uso de mulching é conhecido e bastante empregado em produção de hortifruti, porém em culturas perenes esta tecnologia não era utilizada. Segundo a especialista, o último ano pode ser considerado aquele de consolidação de várias tecnologias de aplicação do plástico no agronegócio. “O volume de resina que a Braskem comercializa para aplicações ligadas ao setor cresce de forma consistente a cada ano. Em 2014, o crescimento de vendas para estas aplicações foi acima do crescimento de mercado. A expectativa para 2015 é que o setor continue crescendo, já que o plástico traz para o produtor redução de custo e aumento de competitividade”. Além do mulching para citros, o silo bolsa se destacou e é reconhecido no Brasil como uma solução acessível e de fácil manejo para armazenagem de grãos. Outra aplicação que teve bastante destaque no ano de 2014, segundo Ana, foi o uso de estufas plásticas para secagem de cacau. Com o uso de estufas, a secagem das amêndoas de cacau se dá de forma controlada gerando um produto de excelente qualidade, que pode então, ser comercializado com o preço diferenciado, já que é usado como matéria prima para chocolate gourmet. As vendas da Braskem para o agronegócio ainda são pequenas, quando comparadas a outros segmentos como o de embalagens. Porém, considerando a importância do agronegócio para a economia brasileira e o potencial de crescimento que o setor ainda tem no país, a Braskem tem investido recurso para desenvolver soluções que agreguem valor para o homem do campo. “O Brasil ocupa uma posição de destaque no agronegócio mundial. Somos o maior produtor e exportador de açúcar, café, suco de laranja; somos o segundo maior produtor de soja e carne bovina e também temos papel muito relevante na produção de carne de frango e de milho. Para manter esta posição, o produtor brasileiro tem sido desafiado a buscar formas de maximizar sua produtividade e reduzir custos continuamente”, comenta. Portanto, as demandas do merca-

Qualidade na produção de uvas

Na produção de uvas para consumo in natura, as lonas plásticas são usadas na cobertura dos parreirais evitando o contato de folhas e frutas e ramos com chuva, granizo e ventos fortes. “Para o produtor há uma redução considerável na aplicação de insumos que pode chegar em até 70% em alguns anos. Além disso, é uma segurança de que não terá perdas com intempéries. Para o produto, a qualidade é evidente, com uvas mais doces e bagas e cachos mais uniformes”, explica o produtor do Rio Grande do Sul Charles Venturin, da Venturin Uvas Finas. Ele diz que as uvas finas de mesa são totalmente cultivadas sob plásticos na Serra Gaúcha. “É inviável a sua produção ao ar livre”. O material é produzido de forma industrial com ilioses e nas dimensões determinadas pelo produtor. “O futuro da agricultura será sob cultivo protegido e o plástico terá um papel fundamental nesse processo. O sucesso do meu negócio se deu pela cobertura dos parreirais, a qual sob pioneiros no Brasil”, afirma. <<< Plástico Sul < 23


Tendências

Plástico no Agronegócio

& Mercados

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EMBRAPA anuncia plástico comestível

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E

m janeiro deste ano, a EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária anunciou a criação de películas comestíveis para embalar alimentos. O material foi desenvolvido por pesquisadores da Embrapa Instrumentação (SP) que usaram diferentes alimentos como espinafre, mamão, goiaba, tomate e informaram que pode-se utilizar muitos outros como matéria-prima. O trabalho de pesquisa foi desenvolvido no âmbito da Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio (AgroNano) e recebeu investimentos da ordem de R$200 mil. É possível utilizar rejeitos da indústria alimentícia para fabricar o material, o que garante duas características de sustentabilidade: este aproveitamento e a substituição de uma embalagem sintética que seria descartada. O material tem características físicas semelhantes aos plásticos convencionais, como resistência e textura, e tem igual capacidade de proteger alimentos. Porém, o fato de poder ser ingerido abre um imenso campo

a ser explorado pela indústria de embalagens. Aves envoltas em sacos que contêm o tempero em sua composição, sachês de sopas que podem se dissolver com seu conteúdo em água fervente e muitas outras possibilidades. A diferença está na matéria-prima. O plástico comestível é feito basicamente de alimento desidratado misturado a um nanomaterial que tem a função de dar liga ao conjunto Os alimentos usados como matéria-prima passam pelo processo de liofilização. Trata-se um tipo de desidratação na qual, após o congelamento, toda a água contida se transforma do estado sólido diretamente ao gasoso, sem passar pela fase líquida. O resultado é um alimento completamente desidratado com a vantagem de manter suas propriedades nutritivas. Ela pode ser aplicada aos mais diferentes alimentos como frutas, verduras, legumes e até alguns tipos de temperos, o que explica a grande diversidade de matérias-primas comestíveis, o que imprime o sabor e a cor da embalagem.


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O plástico comestível também poderá contribuir para reduzir o desperdício de alimentos. Além de resíduos em condições de uso que a indústria alimentícia não utiliza, há muitos vegetais que deixam de ser comercializados por não apresentar bom aspecto visual mesmo estando em condições de consumo. A nova embalagem também pode receber matéria-prima de um mercado em franca expansão, o de alimentos prontos. Esse é um ramo que produz muitos resíduos como cascas e pequenos pedaços. Um exemplo é a chamada cenouretes, que são esculpidas em pequenos pedaços de cenoura. As sobras desse processo poderiam virar matéria-prima para um plástico com a leguminosa. O pesquisador José Manoel Marconcini, um dos responsáveis pela pesquisa com filmes comestíveis, reafirma que o material foi denominado plástico comestível mesmo que sua matéria-prima seja alimento em função das características alcançadas. “São filmes produzidos de maneira que tenham plasticidade e resistência mecânica semelhantes aos plásticos, sendo constituídos de polímeros de origem natural”.

Aplicação

Para que os filmes sejam ingeridos, é importante que não fiquem expostos a sujidades, neste caso eles viriam como em embalagens duplas, em que o plástico comestível fica em contato com o alimento e a embalagem externa

Pesquisas duraram 20 anos e iniciaram no aproveitamento de fibras vegetais em plásticos convencionais

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Tendências

Plástico no Agronegócio

& Mercados

fica para o manuseio e proteção. Os processos de preparação deste filme são, em geral, de natureza industrial, podendo ser adaptados para agroindústrias. As etapas envolvem a formulação em água das suspensões de alimentos, ajustes de viscosidade, secagem e embobinamento dos filmes. “A viabilidade técnica de produção está demonstrada e dentro das escalas industriais. A viabilidade econômica é possível, e depende da aplicação do produto final, do tipo de mercado escolhido e da escala de produção. Para isto, deve ser feito um estudo específico para o tipo de mercado”, afirma Marconcini. As pesquisas duraram 20 anos e iniciaram no aproveitamento de fibras vegetais como reforço de materiais plásticos convencionais, como fibras de sisal aplicadas a polipropileno, reduzindo a quantidade de material vindo do petróleo (polipropileno) e obtendo um novo material com maior resistência ao impacto.

“Há nove anos, caminhou-se no sentido aliar o aproveitamento de resíduos de alimentos na obtenção de plásticos comestíveis. As primeiras formulações não tinham resistência mecânica adequada e demoravam até 14 dias para ficarem prontas. Atualmente, os plásticos comestíveis tem resistência mecânica boa, podem ser manuseados, podem ser produzidos em escala industrial e o tempo de preparo é inferior a 30 minutos”, explica.

Outras Pesquisas

Atualmente, a EMBRAPA tem pesquisas na modificação de plásticos, como uso de antimicrobianos em embalagens para aumentar o tempo de prateleira em alimentos e uso de fibras vegetais e de nanocelulose em materiais plásticos, para aumento de resistência mecânica de plásticos. Os plásticos modificados podem ser aplicados em estufas,filmes mulchen, plasticultura, pesca e aquicultura (redes), por exemplo.

AFIPOL comenta destaques de 2014

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A AFIPOL – Associação Brasileira dos Produtores de Fibras Poliolefínicas aponta que em 2014 houve significativo aumento do uso de contentores flexíveis em substituição parcial aos sacos de 50 kg, principalmente no segmento para acondicionamento de fertilizantes. “A produção de ráfia teve um crescimento de 2,1% quando comparada a 2013, puxado principalmente pelo crescimento do segmento de contentores flexíveis para acondicionamento de fertilizantes e pelo segmento de sacaria para acondicionamento de 50 kg, para farinha/ farelo”, diz o diretor-presidente da AFIPOL Ricardo Vívolo. Ele comenta que 2014 foi um ano difícil, com importantes variáveis, tais como os eventos da Copa do Mundo, das Eleições e dos efeitos naturais, como pouca chuva em regiões de alta tecnologia de plantio, mas ainda assim com demanda positiva nos meses de pico de safra. As novidades em 2014 foram sacos soldados valvulados para envase automático, com canais de desaeração e nano-micro perfurações, que apresentam uma desenvoltura melhor do que

Em 2014 houve significativo aumento do uso de contentores flexíveis, os big bags

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seu concorrente, os sacos de papel valvulado; e Mistura BOPP para impressão em rotogravura de alta definição, laminado com ráfia, apresentando melhoria na qualidade da apresentação, sem perder a praticidade e resistência. Sobre resinas, as mais vantajosas são Polipropileno, por apresentar resistência, e Polietileno, por apresentar flexibilidade. Ambos aceitam aditivação de anti-UV e apresentam baixa densidade. A AFIPOL tem 18 empresas associadas, que representam aproximadamente 90% do mercado de produtores de ráfia, sendo quatro na região Nordeste, uma na região Centro-Oeste, sete na região Sudeste e seis na região Sul.

Produtos utilizados pelo agronegócio • Sacos de ráfia; • Contentores flexíveis (big bags) • Tecidos para cortinas avícolas • Tecidos para cobertura de solo – ground cover; • Tecidos para contentores flexíveis para acondicionamento de fertilizantes.

(Fonte: AFIPOL)


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Setorial

Segunda e terceira gerações da cadeia produtiva do plástico criam plano de incentivo para estimular o setor O Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico, iniciativa conjunta da Braskem e ABIPLAST, tem como uma de suas metas dobrar a exportação de transformados brasileiros em dois anos.

O

plástico tornou-se ao longo dos anos elemento indispensável na rotina das pessoas, contribuindo de forma significativa para o bem-estar e a qualidade de vida,desenvolvimento social, econômico e, consecutivamente, para o fortalecimento da indústria brasileira. Sua aplicação é destinada aos mais diferenciados setores, muito em função de suas características, como versatilidade, competitividade, inovação, além de ser um material reciclável, que promove leveza, higiene, segurança. Mesmo em um momento difícil vivido pela indústria nos últimos meses, o setor, na contramão dessa dificuldade,se movimenta para estimular a cadeia produtiva do plástico a seguir no rumo do desenvolvimento e atender às demandas do mercado.

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Com foco em um novo olhar pra essa indústria, a Braskem, maior petroquímica das Américas e a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) têm trabalhado na ampliação do Plano de Incentivo à Competitividade da Cadeia do Plástico (PICPlast), lançado em 2013, e que desenvolve projetos estruturais que contribuem para o aumento da competitividade e crescimento da indústria brasileira de transformação plástica. Pioneiro, o PICPlast une a segunda e a terceira gerações da cadeia produtiva dos plásticos em um projeto ousado com foco no reconhecimento da importância do plástico no desenvolvimento do segmento no Brasil. O Plano foi desenvolvido tendo como base três pilares de atuação. O primeiro deles é o estímulo à exportação brasileira de transformados em polietileno e polipropileno, focado na meta de dobrar os números em dois anos. A conscientização de que a exportação é importante para tornar uma empresa competitiva mundialmente é o ponto fundamental nesse processo. Por meio desse pilar, o plano instrui os transformadores de plástico a atuarem com mais assertividade no mercado exterior, de forma a ampliar a sua capacidade de entender outros contextos de mercado e agregar valor à pauta de exportações do País. Em 2013, a indústria brasileira exportou 246 mil toneladas de transformados plásticos, equivalente a US$ 1,39 bilhão. Os valores são uma evolução no comparativo com


Primeiros resultados

Desde o lançamento do PICPlast até o momento, a iniciativa já mostra seus primeiros resultados: ao todo são 45 empresas de todas as regiões do Brasil que aderiram ao plano. Até dezembro de 2014, o volume acumulado de transformados plásticos exportados chegou a quase 35 mil toneladas, com R$ 42 milhões investidos ao longo do período. Já as capacitações beneficiaram diretamente mais de 200 empresas. Outras 83 estiveram presentes em eventos para promover os seus produtos em diferentes segmentos de mercado.

Fundo Setorial para promoção da imagem do plástico

Para ampliar esse trabalho foi criado, em dezembro de 2014, o Fundo Setorial para a promoção da imagem do plástico com o objetivo de desenvolver ações de estímulo à inovação, competitividade e desenvolvimento sustentável da indústria brasileira de transformação plástica. O Fundo Setorial recebe aportes financeiros dos produtores de resinas e da cadeia de transformação, que é revertido em ações de promoção das vantagens do plástico, de educação ambiental, promoção do consumo responsável e suporte para ampliação da reciclagem dos plásticos no Brasil. De acordo com o vice-presidente de Poliolefinas e Renováveis da Braskem, Luciano

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2012, quando o setor comercializou no exterior 238 mil toneladas de produtos, que resultaram em US$ 1,34 bilhão. Contudo, as importações também aumentaram no período, passaram de 708 mil toneladas, em 2012, para 732 mil toneladas em 2013. Outro pilar de atuação do PICPlast é voltado para o desenvolvimento da competitividade e inovação dessas empresas. Para alcançar esse objetivo, capacitações específicas para estimular a competitividade do setor têm sido implementadas, como por exemplo: ações de desenvolvimento empresarial, gerencial e de mercado, custos e rentabilidade para empresários com foco em gestão, apoio à inovação, e mapeamento do desempenho da empresa. Já o terceiro pilar é voltado para ações que promovem e valorizam as vantagens do plástico como uma solução sustentável para as necessidades da sociedade atual, baseando-se em pontos como: difusão e consolidação de ações que fortaleçam suas vantagens de utilização, união de todos os elos da cadeia e arrecadação recursos para a promoção de sua imagem.

Guidolin, esta parceria visa apoiar as empresas de transformação a se prepararem, tanto do ponto de vista estratégico, quando do tecnológico, para atenderem às novas demandas da sociedade, e atingirem uma atuação mais representativa no mercado global. “É fundamental que mais empresas participem destas ações e juntas possam estabelecer um novo patamar de competitividade para o setor de transformação”, afirma o executivo. Para o presidente da ABIPLAST, José Ricardo Roriz Coelho, a indústria brasileira de transformação plástica, que conta com 11.670 empresas e gera cerca de 360 mil postos de trabalho diretos, tem um papel fundamental na economia. “Nossos esforços contemplam uma agenda de modernização do setor e acreditamos que o Fundo Setorial será decisivo para nortear uma nova visão empresarial no campo do desenvolvimento sustentável”, afirma Roriz. Para o caso das empresas que aderem ao Fundo Setorial é incluído à nota fiscal a contribuição de R$ 1,00 líquido por tonelada de resina adquirida de fornecedores participantes do mercado brasileiro. Já os fornecedores de resinas contribuem com R$ 2,00 líquidos por tonelada adquirida na mesma transação. O Fundo Setorial é gerido por um Comitê Gestor composto por seis membros (eleitos por dois anos) sendo três indicados pelo grupo dos produtores e três pelos transformadores. Esse grupo é responsável por gerir o fundo e decidir as ações que serão desenvolvidas ao longo do período.

Ações que evidenciam a sustentabilidade do material estão no pacote

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no Verde

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Foco

Entre os principais desafios da jornada, está o voo ininterrupto de cinco dias e noites da China para o Havaí

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Solvay embarca no Solar Impulse 2, primeiro avião tripulado movido exclusivamente a energia solar

A Solvay anunciou em 9 de março que tem orgulho de estar lado a lado com o Solar Impulse 2 (Si2) e seus dois pilotos, que decolaram naquela ocasião de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, para iniciar volta ao mundo sem a utilização de qualquer gota de combustível fóssil. "A aventura Solar Impulse representa a inovação sem limites e a capacidade da Solvay de demonstrar sua força na busca de soluções para desenvolver e promover tecnologias de baixo carbono", disse Jean-Pierre Clamadieu, presidente do Comitê Executivo e CEO da Solvay. "Desejamos aos pilotos Bertrand Piccard e André Borschberg um voo seguro e grande sucesso em sua volta ao mundo." Viajando a velocidades entre 50 e 100 quilômetros por hora, o Si2 voará 25 dias distribuídos por cinco meses, equipado com 15 produtos Solvay aplicados em mais de 6.000 componentes, incluindo os seus plásticos e polímeros de alto desempenho, fibras, filmes, lubrificantes e revestimentos. A inovação brasileira também

está a bordo com Emana, microfibra têxtil criada pela Rhodia, que faz parte do uniforme oficial de viagem dos pilotos. Espécie de segunda pele, a roupa age para melhorar a microcirculação sanguínea, contribuindo para o retardamento da fadiga muscular dos pilotos durante o voo. O Si2 tem previsão de parar em 12 locais, incluindo escalas na Índia, China, Estados Unidos e Europa ou na África do Norte, antes de retornar para Abu Dhabi. André Borschberg está pilotando a primeira parte da viagem de 400 km, que deverá durar 12 horas, a partir de Abu Dhabi até Muscat, em Omã. Entre os principais desafios da jornada está o voo ininterrupto de cinco dias e noites da China para o Havaí. Desde o início desse projeto e durante 12 anos a Solvay tem sido parte desta iniciativa pioneira, transformando desafios em oportunidades de mercado quanto ao desenvolvimento de soluções que significam redução de peso, armazenamento de energia e eficiência. Com este “laboratório voador”, a Solvay tem provado a sua especialização em materiais avançados e energia sustentável, que permitem ao Solar Impulse voar ao redor do mundo excluvisamente com a energia do Sol.


Concluída primeira fase do Programa ALMACO de Logística Reversa

Com a formatação de um plano de ações que será apresentado à Secretaria do Meio Ambiente (SEMA) do Paraná no dia 26/03, a Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos concluiu a primeira fase do Programa ALMACO de Logística Reversa (PALR). A iniciativa visa à criação de uma estratégia que viabilize a logística reversa de peças de compósitos no Paraná, estado pioneiro na implantação desse tipo de acordo entre o governo e a iniciativa privada. Até agora, além do apoio da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (FABUS), o PALR conta com a participação das seguintes empresas: Ashland, CPIC, Jushi, LORD, Marcopolo, Mascarello, Morquímica, MVC, Neobus, O-tek, Owens Corning, Reichhold, Royal Química e Tecnofibras. “Essas empresas estão, de fato, comprometidas com a questão da sustentabilidade, diferente de muitas outras que usam esse tema apenas como mera propaganda”, afirma Paulo Camatta, gerente executivo da ALMACO. A segunda fase do programa, detalha

Camatta, será a definição da companhia responsável pela gestão da logística reversa. A seguir, acontecerá a implantação propriamente dita do PALR – estima-se que isso deva ocorrer no final de 2015. “A responsabilidade pelo pós-consumo passará a ser dos fabricantes das peças de compósitos. Caso eles não façam parte do PALR, estarão sujeitos a multas pesadas, a exemplo do que vem acontecendo nos segmentos de pneus e filtros de óleo”, alerta o gerente executivo da ALMACO. Já foram registradas no Paraná autuações de mais de R$ 150 mil para as empresas que descumpriram o acordo de logística reversa. Em 2012, a ALMACO, em conjunto com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), concluiu o Programa Nacional de Reciclagem. Com um investimento de R$ 2 milhões e a participação de um consórcio formado por 23 empresas, o programa apontou soluções para a reutilização de resíduos de compósitos no próprio processo produtivo.

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de Notas FOTOS: DIVULGAÇÃO

Bloco

Carlos Fadigas assume a presidência da Abiquim

O executivo Carlos Fadigas (foto ao lado), presidente da Braskem, foi eleito presidente do Conselho Diretor da Abiquim – Associação Brasileira da Indústria Química para um mandato de dois anos, até março de 2017. Como presidente do Conselho da Abiquim, Fadigas tem o desafio de lutar pelo aumento da competitividade do setor, que vem sendo comprometida por fatores externos como deficiência da infraestrutura, alta carga tributária, juros elevados, além dos altos custos de insumos e de matérias-primas estratégicas. “A indústria química e petroquímica tem uma importância inequívoca no desenvolvimento do Brasil, com a presença de produtos químicos em várias cadeias produtivas. Entretanto o setor vem enfrentando nos últimos anos um processo de desindustrialização que precisa ser revertido”, diz Carlos Fadigas. “Para isso, é necessário um esforço estruturado e consistente de resgate dos fatores que afetam a competitividade da indústria.” A Assembleia Geral Ordinária também promoveu alterações no Conselho Diretor da Abiquim. O novo Conselho é composto pelos presidentes e principais executivos de 37 empresas químicas brasileiras e multinacionais com atuação no País. Foram eleitos também os novos integrantes do Conselho Fiscal da entidade para os próximos dois anos.

Bayer anuncia descontinuação da MaterialScience no RJ

A Bayer anunciou que decidiu descontinuar a produção da MaterialScience (isocianatos, poliól e matérias-primas para revestimentos), localizada em Belford Roxo, no Estado do Rio de Janeiro. O encerramento da produção local está planejado para julho de 2015 e o processo de fechamento deverá ser concluído em 2017. A Bayer mantém seu compromisso com Belford Roxo e continuará a operar as linhas de produção da Bayer CropScience (foto ao lado) e Bayer HealthCare, além de manter os serviços destinados às outras companhias localizadas no Parque Industrial. A decisão foi tomada com base em análise frequente da MaterialScience de suas operações e abastecimento ao mercado e segue uma estratégia global de concentrar suas unidades de produção e otimizá-las de uma forma mais competitiva. No futuro, os investimentos de produção do Grupo Bayer no Brasil serão focados nas divisões CropScience e HealthCare.

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BMW Série 1 passa a ser produzido no Brasil

Seguindo o cronograma proposto para a produção na sua primeira fábrica nacional de automóveis, em Araquari (SC), o BMW Group Brasil iniciou em março a produção do BMW Série 1 (foto), com os modelos BMW 120i ActiveFlex (versões Sport e Sport GP) e BMW 125i M Sport ActiveFlex. Os modelos chegam para complementar a gama de produtos feitos localmente, que já conta com os modelos Série 3 e X1, e ampliam as opções de modelos do line-up com motorização ActiveFlex.“A produção nacional do BMW Série 1 marca mais uma etapa no cronograma proposto para a nossa nova fábrica, trazendo um dos modelos mais vendidos do nosso line-up, além de disponibilizar mais opções de motorização flex para o nosso mercado. Seguimos o nosso planejamento de produção com muita determinação“, comenta Arturo Piñeiro, presidente e CEO do BMW Group Brasil. Com uma área total de 1,5 milhão de metros quadrados, dos quais 500 mil metros quadrados de área pavimentada, essa fábrica do BMW Group é a 30ª unidade fabril da empresa no mundo, em 14 países. Com investimento de mais de R$ 600 milhões, a unidade em Araquari tem capacidade para produzir até 32 mil carros por ano.

COIM é referência em sistema contra incêndio

Visando preservar a segurança de seus colaboradores e a comunidade do entorno, a COIM – Chimica Organica Industriale Milanese, fabricante de especialidades químicas localizada em Vinhedo, interior de São Paulo, investiu no último ano U$D 1.600 milhões na compra do novo sistema contra incêndios. Um dos grandes diferenciais do projeto é o proporcionador da espuma proveniente do equipamento alemão Firedos, garantindo confiabilidade e precisão na sua dosagem, caso ocorra algum indício de incêndio. Segundo Paulo Rogério de Souza, gerente de engenharia e manutenção da COIM, o sistema é acionado pela alta temperatura, no qual a água de combate sai através do sprinkler com espuma na proporção correta de aplicação. “A dosagem da espuma é fundamental para o sucesso no combate ao incêndio, pois esta tem a função de suprimir o fogo, separando o combustível do ar”, complementa. A gestão do sistema e execução foi realizada pela área de Engenharia da multinacional, com apoio da área de suprimentos e EHS – Meio Ambiente, Saúde e Segurança. “O conceito do projeto e o sistema que temos hoje implantado na empresa é o que há de mais moderno no Brasil e no Grupo COIM. Sendo, inclusive, citado como referência pelo Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo”, afirma Mario Cerullo, gerente de EHS e serviços gerais. Segundo Paulo Rogério de Souza, a nova aquisição foi concebida com base em normas internacionais (NFPA 30) e todos os componentes são aprovados e certificados pelo FM Global, empresa que desenvolve soluções de engenharia e seguros efetivos para suas instalações. Além de ser reconhecida por todas as seguradoras, clientes e fornecedores da COIM. <<< Plástico Sul < 33


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Anunciantes

Agenda Guangzhou (China)

Ampacet / Página 9 Brasfixo / Página 19 Coim / Página 7 Cromocil / Página 24 Eletronacional / Página 33 Feiplastic / Página 21 Help Injetoras / Página 25 Kie / Página 25 KraussMaffei / Página 36 Matripeças / Página 20 Multi União / Página 24 Plastech Brasil / Página 27 R. Pieroni / Página 13 Replas / Página 2 Romi / Página 5 Starmach / Página 17

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Agende-se para 2015 39 Fimec- Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes 17 a 20 de março – 13 às 20h Fenac, Novo Hamburgo, RS www.fimec.com.br NPE 23 a 27 de março Orlando, Flórida, Usa www.npe.org Feiplastic – Feira Internacional do Plástico 4 a 8 de maio de 2015 - 11h00 às 20h00 Anhembi – São Paulo - SP (Brasil) www.feiplastic.com.br Chinaplas -The 29th International Exhibition on Plastics and Rubber Industries 20 a 23 de maio -09h30 às 17h00 Guangzhou, China www.chinaplasonline.com Plastech Brasil – A feira do Plástico, da Borracha, dos Compósitos e da Reciclagem 25 a 28 de agosto – 14h às 21h Caxias do Sul – RS www.plastechbrasil.com.br Mercopar 6 a 8 de outubro – 14h às 21h Caxias do Sul – RS www.mercopar.com.br


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