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Editorial DIVULGAÇÃO
Expediente Agosto de 2016 - # 178
Conceitual Brasil - Jornalismo Total www.revistaplasticosul.com.br Fone: 51 3407.0179 editora@conceitualpress.com.br
O orgulho de pertencer ao setor
Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves DRT/RS nº 12.844 Departamento Comercial: Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação Plástico Sul é uma publicação da Conceitual Brasil - Jornalismo Total, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.
Filiada à
A
Revista Plástico Sul participa do setor plástico nacional há 16 anos. Mais de uma década e meia dedicada a levar informação pertinente a um grande grupo de empresários e executivos que precisam de atualização constante tanto na área técnica quanto na parte mercadológica. Quem participa ativamente desta indústria há algum tempo deve compartilhar o mesmo sentimento: orgulho. Orgulho em fazer parte de um setor tão importante para o cotidiano das pessoas. Orgulho de poder criar, oferecer e contribuir para um material tão nobre, tão agregador. Orgulho de participar de uma cadeia produtiva que constantemente cria formas de aprimorá-lo e consegue vencer verdadeiros desafios da química. Sabemos que nem tudo são flores e os deobstáculos deste setor por vezes fazem apagar o brilho nos olhos de muitos empresários. Alta carga tributária, alíquotas desfavoráveis, burocracias e muitos outros contratempos tornam o dia a dia mais cansativo e a criatividade mais remota. Mas o plástico é um material indispensável para vida moderna e cada uma das mais de 11 mil empresas convertedoras existentes no país tem sua importância para o desenvolvimento da população. Todo fabricante de material plástico possui papel fundamental no progresso do Brasil. Acompanhar o 2º Congresso Brasileiro do Plástico, que acontece dias 05 e 06 de outubro , em Porto Alegre (RS), é uma injeção de ânimo para os fãs do produto. A discussão sobre o desenvolvimento do setor e os cases de aplicações interessantes mostram que essa é uma indústria que não está acomodada e sabe bem do seu valor e de suas responsabilidades na sociedade brasileira. É reconfortante perceber que para cada cidadão que critica o material, há pelos menos dez empresários investindo em Pesquisa & Desenvolvimento para contribuir com a vida moderna. Por certo surgem questionamentos de ordem ambiental, mas inclusive nisso este setor é tão atento: está constantemente promovendo debates para minimizar os danos na natureza, conscientizar a população sobre a educação ambiental e criar soluções que auxiliem no desenvolvimento da reciclagem no país. Fazer parte dessa cadeia produtiva dá sim, um orgulho danado. Mesmo com os obstáculos. Boa leitura!
ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas Marca Registrada:
Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 44 > Plástico Sul >>> > Plástico Sul >>>
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O Plástico passado a limpo
DIVULGAÇÃO
PlastVipJosé Ricardo Roriz Coelho
Presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST), José Ricardo Roriz Coelho, faz uma análise detalhada da indústria de transformação plástica até o momento e destaca pontos importantes das pautas de exportação e reciclagem
A
crise político-econômica brasileira afetou o desempenho de diversos setores, refletindo na queda da produção da indústria de transformação de plásticos. Em entrevista concedida à Revista Plástico Sul, o presidente da Abiplast, José Ricardo Roriz Coelho, relata a intensidade do impacto da crise no setor, aborda com profundidade a questão da reciclagem e os avanços do Brasil em comparação a outros países e aprofunda a pauta de exportação nacional, com importantes números relativos à balança comercial da indústria de transformados plásticos. Revista Plástico Sul - De forma bem macro, como você avalia o impacto da crise político-econômica no setor plástico brasileiro? José Ricardo Roriz Coelho - O desempenho da indústria brasileira de transformados plásticos não foi diferente dos outros setores industriais, que foram impactados pela forte retração econômica dos últimos dois anos. Como os produtos transformados plásticos são utilizados por praticamente todos os setores da
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economia, a queda no desempenho industrial brasileiro se refletiu em queda na produção e vendas no mercado doméstico de transformados plásticos. Em 2015 registramos uma retração de - 8,7% e para 2016 nossa expectativa é ainda fechar o ano com redução de aproximadamente - 6% em termos de produção de transformados plásticos. Tal contração impactou na retração de 50% da intenção de investimento das empresas transformadoras de plástico e no fechamento de 36 mil postos de trabalho no acumulado de 2015 até hoje. RPS - Há números de desempenho do setor de reciclagem no Brasil e na região sul? Qual sua avaliação sobre os resultados? Roriz Coelho - Os estudos até então realizados sobre a indústria de reciclagem tem âmbito nacional, e ainda não temos computado especificamente dados da região Sul do país. Entretanto, como essa região concentra o 2º maior polo produtor de plásticos, acreditamos que o papel da indústria recicladora de plásticos no sul tem igual importância e relevância para a região. A indústria de reciclagem de plásticos brasileira tem o importante
RPS - Como você avalia este desempenho em comparação a países da Europa, por exemplo? Roriz Coelho - Mesmo com limitações como a falta de uma coleta seletiva universal e a falta de consciência ambiental de boa parte da população, o Brasil recicla mecanicamente um percentual de seus resíduos sólidos, semelhante ao de países como França, Suiça e Finlândia. Há países como a Noruega, Irlanda e Alemanha que apresentam índices maiores de reciclagem mecânica de plásticos do que o brasileiro. RPS - Dentro do contexto sul-americano, como você avaliaria nosso país (quesito reciclagem)? Roriz Coelho - Conforme abordado na questão anterior, a indústria de reciclagem brasileira vem em franca expansão e se estruturando para oferecer serviços cada vez de melhor qualidade e assumir seu papel como agente importante na logística reversa dos produtos plásticos. A indústria brasileira de reciclagem vem se formalizando e a ABIPLAST, maior representante desse setor no Brasil, vem tomando iniciativas para desenvolver mais essa atividade em âmbito nacional. Dentre as ações, criou a CNRMP – Câmara Nacional de Recicladores
de Material Plástico, que tem como objetivo promover e melhorar a imagem do produto reciclado e criou o “Selo SENAPLAS”, que tem como objetivo atestar empresas que cumprem com requisitos legais para seu funcionamento e procedência do material reciclado. O principal mercado produtor latino americano de plásticos é o Brasileiro e por conta disso entendemos que a organização da indústria de reciclagem de plásticos brasileira tende a criar uma indústria protagonista e referência para a América latina. Em junho, durante a Argenplas de 2016 estivemos reunidos com a CAIP – Camara Argentina da Indústria Plástica onde apresentamos nossa experiência na formatação do um “Acordo Setorial de Logística Reversa de Embalagens para embalagens de produtos não perigosos” em atendimento a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos). Tal modelo é pode ser considerado um “benchmark” em termos de política ambiental, já que foi construído em conjunto com os diversos atores envolvidos na produção, envasamento e comercialização, definindo obrigações e responsabilidades de cada agente na política de logística reversa e reciclagem.
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papel de promover a destinação ambientalmente correta do produto plástico, minimizando impactos da produção do plástico sobre o meio ambiente. Existem mais de 1 mil recicladoras de material plástico que empregam diretamente mais de 10 mil pessoas e que juntas retiram do meio ambiente 681 mil toneladas de resíduos plásticos. Desse montante de plástico, são reprocessadas 615 mil toneladas de matérias-primas recicladas, utilizadas na produção dos mais diferentes tipos de produtos transformados plásticos. A taxa média de crescimento no número de empregos nesse setor é de 12,3% a.a, apontando que essa é uma atividade em franca expansão, que colabora com a geração de empregos e inserção social.
RPS - De acordo com sua experiência, como você resumiria a característica do setor plástico na região sul do Brasil? Roriz Coelho - A região sul do Brasil reúne mais de 3,2 mil empresas transformadoras de material plástico, que juntas empregam quase 90 mi pessoas e que produzem 1 4 de todo transformado plástico no Brasil. Esse mercado conta com unidade petroquímica no RS, favorecendo o acesso a matérias-primas plásticas, tem um já consolidado mercado consumidor, estrutura de portos para exportação e proximidade do maior destino das exportações brasileiras de transformados plásticos (Argentina).
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PlastVipJosé Ricardo Roriz Coelho RPS - Como avalia a cadeia produtiva nacional, em comparação a demais países produtores mundiais? Como se dá a relação comercial? Roriz Coelho - Como não há barreiras de entrada significativas ao setor de transformados plásticos, essa indústria tende a ser pulverizada, tanto no Brasil quanto em quaisquer outros países do Mundo. Temos no Brasil 11,5 mil empresas e número similar de empresas transformadoras nos Estados Unidos. Já os fornecedores de matérias-primas são concentrados por conta do alto investimento necessário para operar nesse mercado, sendo que no Brasil temos uma única empresa produtora de quase 70% das matérias-primas plásticas consumidas. Em outros países produtores, como nos EUA, por exemplo, temos cerca de 10 a 15 grandes players petroquímicos. Outro ponto que destaca a cadeia plástica brasileira de outras no mundo é o grau de proteção à concorrência dado pelas alíquotas de importação de matérias-primas. Enquanto no Brasil a alíquota de importação média das resinas é de 14%, no resto do mundo a média é de 6%.
RPS - Quais são os principais países receptores de produtos plásticos brasileiros? Há números e principais produtos? Roriz Coelho - Nesses sete primeiros meses de 2016 exportamos um montante de US$ 635 milhões. Desse montante, praticamente 60% de nossa pauta de exportações estão concentrados em cinco países: Argentina (19%); Holanda (16%); EUA (10%) Chile e Paraguai com 8% cada. Exportamos principalmente filmes plásticos, chapas e acessórios para construção civil.
Empresas recicladoras de material plático no Brasil
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RPS - Em contrapartida, quais países se destacam em exportação para o Brasil (plásticos) e quais são os materiais plásticos mais importados pelo nosso país? Roriz Coelho - Até julho de 2016 importamos mais de US$ 1,5 bilhão em produtos transformados plásticos, provenientes da China (24%); EUA (16%); Alemanha (8%); Argentina (5%) e Itália (4%). Nossas importações são compostas por “acessórios e peças plásticas diversas”, que dentro desse universo estão capas de celular, carcaças de produtos eletrônicos para reposição, etc. Também importamos filmes e chapas, pré-formas de garrafas e tampas plásticas. RPS - O Brasil já foi conhecido como um país exportador de produtos de baixo valor agregado. Houve avanços? Avalie nossa característica exportadora, por favor. Roriz Coelho - O Brasil tem sua pauta de exportação composta predominantemente por produtos primários e que, ao ser processados e embalados, certamente seriam comercializados com maior valor adicionado. Quando discutimos o tema do comércio internacional, defendemos o conceito de priorizar a geração e agregação de valor, favorecendo, por exemplo, a lógica da “escalada tarifária” (quanto mais valor adicionado, maior a proteção efetiva tarifária). Infelizmente percebemos que nesse quesito não houve tanta evolução ao longo desses anos e ainda temos uma primarização e commoditização da pauta exportadora brasileira e todas as consequências negativas desse processo (geração de emprego no exterior, sujeição as oscilações de preços das commodities, desindustrialização e buracos na estrutura produtiva brasileira). O setor de transformados plásticos de forma geral é um importante fornecedor de bens intermediários que, devido às características dos seus produtos, geralmente se volta para indústria de transformação do país. Apesar de existir algumas empresas transformadoras de plástico que tem o mercado externo como uma importante fonte de demanda, de forma geral o setor não é um grande exportador. Além disso, segundo pesquisa da ABIPLAST, das empresas que exportam quase 40% faz esporadicamente e 67% desses exportadores desconhecem ou tem dificuldade em manter contato com clientes no mercado externo.
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DestaqueCongresso Brasileiro do Plástico
Evento aborda as qualidades do plástico Especialistas nacionais e internacionais abordarão os benefícios do material em diversos setores durante congresso no RS. Construção civil, medicina, redução do desperdício e o futuro da indústria de transformação serão alguns dos temas apresentados no 2º Congresso Brasileiro do Plástico
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ma das matérias-primas mais estudadas no mundo, o plástico, gera eficiência energética, economia, alta performance e sustentabilidade em diversos tipos de aplicação. Na saúde é usado em materiais e equipamentos que tornam os procedimentos médicos mais eficazes e seguros. Na construção, possibilita redução no custo das obras e conforto térmico e acústico em algumas instalações. Entre as inúmeras aplicações do material, o Congresso Brasileiro do Plástico traz em sua 2ª edição especialistas nacionais e internacionais para debater e apresentar cases sobre a contribuição do plástico no desenvolvimento ambiental, social e econômico. O evento, que será realizado nos dias 5 e 6 de outubro, no Teatro da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre (RS), terá em sua programação temas como a excelência do setor, o futuro da indústria de transformação, a redução do desperdício de alimentos e resíduos de embalagens, aplicações racionais do plástico tanto na construção civil, como na medicina,o que proporciona melhor qualidade de vida aos portadores de necessidades especiais, soluções tecnológicas inovadoras com ênfase em Visão Computacional e Inteligência Artificial, e esclarecimento sobre o seu impacto ambiental. Uma das presenças internacionais confirmadas para o 2° Congresso Brasileiro do Plástico é o Dr. Lorenzo Tavazzi. Diretor da Prática de Cenários e Inteligência da EuropeanHouse - Ambrosetti, Tavazzi trabalhou em projetos de estratégia e internacionalização para empresas como ABB, BASF, Unilever, PlasticsEurope Itália e foi responsável por estudos da retomada do setor plástico na Europa.O executivo virá ao Brasil para o Congresso Brasileiro do Plástico dissertar sobre o assunto. A importância do plástico na medicina estará em destaque na palestra da Dra. Maria Elizete Kunkel, que falará sobre a evolução das órteses e próteses feitas em impressora 3D. Maria Elizete Kunkel é professora adjunta de Engenharia Biomédica, subárea Biomecânica. Trabalhou 8 anos com ensino e pesquisa na Alemanha, no Instituto de Robótica Médica em Braunschweig e no Instituto de Pesquisa em Biomecânica em Ulm. Atualmente, coordena o Grupo de Biomecânica e Forense da UNIFESP, desenvolvendo pesquisas na área de Tecnologia Assistiva (próteses, órteses e cadeira de rodas), antropometria e criminalística. O Dr. Joaquim Caracas apresentaráaplicações racionais do plástico na construção civil. O engenheiro fundou, em 1997, a Impacto, empresa focada no desenvolvimento de sistemas construtivos para lajes prediais, utilizando técnicas patenteadas e inovadoras.Diversas tecnologias de seu portfólio envolvem plástico reciclado, design inteligente e concreto protendido, promovendo economia de até 85% no uso da madeira e até 45% em mão de obra. Esse modelo tem se consolidado por todo o Brasil como um formato inovador e sustentável para a execução de estruturas.
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VINICIUS COSTA
A indústria de transformação do plástico será o tema abordado por Éverton Simões Van Dal, engenheiro de Tecnologia da Braskem. Van Dal graduou-se em Engenharia Química pela Universidade Federal do Paraná e pela Universidade Pierre e Marie Curie (França), com períodos de estudo no INSA Toulouse (França) e na Universidade de Newcastle (Inglaterra). É fundador da Escola Piloto de Engenharia Química da UFPR. Participou da SingularityUniversity no campus da NASA na Califórnia, recebendo uma formação em novas tecnologias e inovação. Atualmente, na Braskem, trabalha avaliando novas tecnologias renováveis etambém é responsável por iniciativas em impressão 3D. Do entendimento à solução, o tema poluição nos mares será apresentado pelo Prof. Dr. Alexander Turra. Livre docente no Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP). Turra tem formação na área de Ciências Biológicas e mestrado e doutorado em Ecologia. Com experiência nas áreas de Ecologia Marinha, Oceanografia Biológica e Gerenciamento Costeiro, atua principalmente nos seguintes temas: Manejo e conservação marinha; Impacto ambiental marinho; Ecologia de populações marinhas, com ênfase em caranguejos ermitões; Estrutura e organização de comunidades marinhas. A segunda participação internacional vem da Alemanha, assim com o italiano Tavazzi, atender exclusivamente ao Congresso Brasileiro do Plástico. Guido Aufdemkamp, diretor executivo da FlexiblePackaging – FPE (Embalagens Flexíveis da Europa), apresentará um painel sobre embalagens flexíveis com ênfase na redução do desperdício de alimentos e resíduos de embalagens. Formado em economia, Aufdemkamp tem como atividade principal representar a indústria de embalagens flexíveis europeia a nível europeu e no cenário internacional. A FPE lida com uma ampla gama de questões relevantes para a indústria de embalagens
flexíveis, mais notavelmente o contato com alimentos, sustentabilidade e questões ambientais. O Congresso também terá espaço para a tecnologia, com a palestra do Dr. Charles Stempniak, CEO da Smart Matrix. O doutorando em Engenharia versará sobre drones, visão computacional e inteligência artificial, destacando o uso dessas tecnologias a serviço da saúde e da segurança. Stempniaktrabalha em diversas áreas que envolvem tecnologia de hardware, incluindo design de produtos que demandam injeção de moldes para componentes de plástico e fibra de carbono. Durante o congresso o executivo fará demonstrações com dois droneshexacópterose um óculos de realidade virtual usado em simulações de voos. Para Alfredo Schmitt, presidente do Congresso Brasileiro do Plástico, a programação proporciona aos participantes a oportunidade de ter acesso a informações e conhecimento dos mais variados segmentos, mas todos destacando a importância do plástico. “Contaremos mais uma vez com um excelente grupo de palestrantes. São profissionais de alto nível, que apresentarão casesde diversas áreas nas quais o plástico é essencialpara o exercício das suas atividades”, explica o executivo. O Congresso é organizado por três importantes sindicatos do setor do plástico – Sindicato das Indústrias de Materiais Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás), Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Vale dos Vinhedos (Simplavi) e Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Rio Grande do Sul (Sinplast). Além dos sindicatos, o evento conta com o patrocínio de empresas como Braskem, Fitesa e FFS Filmes. Além das empresas entidades do setor como a Plastivida, Instituto do PVC, e ABIEFquetambém patrocinam o evento. O evento conta com o apoio especial de entidades como a ABIPLAST, Adirplast, Simpep, Simpesc, além de Abimaq, ABINFER, ABRAPLA, INP, Simplast, SIMPLAS NP e Sindiplast.
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Edição de 2014 superou expectativas e reuniu centenas de pessoas em Porto Alegre (RS)
Schmitt: “Contaremos mais uma vez com um excelente grupo de palestrantes”
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DestaqueCongresso Brasileiro do Plástico
Encontro promove a união do setor
O
Congresso Brasileiro do Plástico, além de proporcionar atualização sobre as inovações do plástico na vida moderna, também possui outra importante característica: reúne, em um só evento, diversas entidades e empresas que entendem sua importância no fortalecimento do setor. “O Brasil tem potencial para avançar no campo do desenvolvimento de novas aplicações e o Congresso Brasileiro do Plástico surgiu como uma iniciativa do setor para compartilhar os conhecimentos sobre essa importante cadeia produtiva e a contribuição dos plásticos em diversos segmentos. O plástico é um aliado da sociedade. Ele está presente em todos os setores e momentos do nosso dia a dia, proporcionando qualidade de vida, conforto, segurança e uma enorme contribuição sócio ambiental para as pessoas", avalia Alfredo Schmitt, Presidente do Congresso Brasileiro do Plástico. Para o dirigente, a realização do evento em Porto Alegre em suas duas primeiras edições está muito ligada à sua criação e consolidação. “E por ser um Congresso Brasileiro terá certamente um caráter itinerante em outros polos industriais e culturais relevantes para a indústria de transformação brasileira”, explica. O Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado do Paraná (SIMPEP) apoia o evento que reúne especialistas de renome nacional e internacional, oferecendo networking e novas oportunidades de negócios para expansão do setor. “Por outro lado, o congresso também discute a necessidade de construção da imagem do plástico, que precisa ser
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visto de forma positiva pela sociedade, tendo o seu valor e imensa contribuição reconhecidos por suas diversas aplicações na área da saúde, alimentação, tecnologia entre outros setores vitais ao desenvolvimento do País”, diz a presidente da entidade, Denise Dybas Dias. A questão da sustentabilidade é outro grande tema do evento destacado pela dirigente, já que coloca a reutilização e a reciclagem dos materiais plásticos como a melhor alternativa para o meio ambiente e também como um dos caminhos possíveis para crescimento da indústria. Para o presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado de Santa Catarina (Simpesc), Albano Schmidt, o Congresso Brasileiro do Plástico atualmente é o fórum de maior relevância no país para discussões do segmento plástico. “Isso se deve aos temas que serão abordados, exemplos que serão trazidos e também pelo nível dos palestrantes que nele estarão”, reflete. Além dos apoiadores, os patrocinadores também destacam a importância do encontro. Para o diretor da ValFilm, Stefano Geronimi, o Congresso engrandece e profissionaliza ainda mais o setor de transformação plástica no Brasil. “Está se tornando referência no país por abordar todo o ciclo de vida do plástico aqui e no mundo, desde as matérias-primas disponíveis, passando por aplicações e descarte". Como referência nacional da indústria de transformação plástica no brasil, a Valfilm acredita na importância de profissionalizar a indústria nacional e analisar o cenário e tendências mundiais do setor. Assim como na primeira edição, a Plastivida e o Instituto do PVC estão entre os patrocinadores do Congresso Brasileiro do Plástico “por acreditar que o evento traz informação e diálogo, que são os melhores caminhos em direção à mudança da relação da sociedade com os plásticos, produtos tão fundamentais à vida das pessoas”, afirma Miguel Bahiense, Presidente da Plastivida, Instituto do PVC e diretor do Instituto Nacional do Plástico (INP). Ele explica que, com uma programação que busca evidenciar os benefícios dos plásticos em importantes aplicações, o Congresso promove ainda a discussão de temas relevantes para a sociedade, como a relação dela com a geração de resíduos sólidos urbanos e a reciclagem dos plásticos.
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Artigos
A importância do plástico na saúde Edilson Luiz Deitos* A tecnologia e o desenvolvimento do plástico nos últimos anos permitiram que o materialse tornasse um elemento indispensável para os avanços na área da saúde. Características como leveza, maleabilidade, além de ser inerte, atóxico e de baixo custo, tornaram o plástico estratégico na produção das mais variadas aplicaçõesvoltadas paraa prevenção, diagnóstico e tratamento de diversos problemas de saúde. Os plásticostêm atuação fundamental na prevenção de doenças. No transporte da água potável, assim como no saneamento básico, o material é fundamental na garantia de higiene e proteção contra contaminações. É sabido que para cada R$ 1 investido em saneamento, economiza-se R$ 4 em investimentos na saúde. Na medicina, a utilização do plástico tem funçãoprimordial, e exemplos para isso não faltam. Se entrarmos em uma sala de cirurgia, o material pode ser encontrado em objetos como seringas, bolsas de sangue e soro,sondas, cateteres, fios cirúrgicos e equipamentos hospitalares.Graças às pesquisas de desenvolvimento, o plástico também já está presente em elementos ainda mais sofisti14 > Plástico Sul >>>
cados, como em coraçõesartificiais e soluções voltadas para este e outros órgãos do corpo humano, que contribuem para a diminuição das filas de transplante em todo o mundo. O uso do plástico na fabricação de órteses e próteses também já é realidade. O material permite que esses produtos tenham um custo mais baixo e se tornem mais acessíveis às pessoas que necessitam dos aparelhos, trazendo assim melhor qualidade e expectativa de vida aos seus usuários. O avanço da tecnologia trouxe ainda mais uma vantagem: a fabricação dessas peças através da impressão 3D, que permite maior precisão para a estrutura do produto. Promover as inovações e aplicações do plástico e mostrar a sua importância para toda a sociedade é uma das bandeiras do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast), entidade que atua como parceira das indústrias gaúchas do plástico, com o desenvolvimento de programas e projetos de capacitação das organizações que atuam neste segmento. *Presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast).
Do campo à mesa Jaime Lorandi* O agronegócio é um dos setores que ainda dão suporte à economia brasileira. Os plásticos estão presentes nesse setor trazendo inovação, produtividade, e garantindo a qualidade dos produtos do campo à mesa. Desde a proteção dos cultivos, passando por sistemas de irrigação, colheita, armazenagem e transporte, os plásticos participam dessa cadeia produtiva maximizando a produtividade e minimizando a perda. Um dos grandes problemas no mundo é o desperdício de alimentos. Isso pode acontecer desde o campo, em função de variações climáticas, pragas ou até mesmo armazenagem indevida. Nesse sentido, os plásticos atuam como protetores das plantações em aplicações como coberturas e mantas, e proporcionam armazenagem adequada tanto das sementes quanto da produção em silos e sacarias. O uso de plástico nas embalagens que protegem frutas, verduras, carnes e outros itens de alimentação, tem contribuído positivamente para o meio ambiente e para a qualidade de vida da população quando falamos de transporte. O peso médio das embalagens caiu pela metade nos últimos 20 anos, por terem
plástico em sua composição. Essa diminuição viabiliza a redução das emissões de dióxido de carbono (destruidor da camada de ozônio e gerador do efeito estufa), uma vez que o transporte de produtos em embalagens plásticas, por serem estas mais leves, exige menos combustíveis, reduzindo, portanto, as emissões de gases poluentes. Embalados em plásticos, os produtos do campo mantêm sua integridade, qualidade e sabor até o seu destino final, que pode ser a prateleira do supermercado ou destinos mais distantes. A embalagem plástica dá aos produtos exportados além das características de qualidade pode mais tempo, a possibilidade da identificação da marca daquele produto e de seu país de origem. Tudo isso se traduz em competitividade. É preciso enxergar as necessidades do país para conseguir crescer de forma sustentada. E o Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás), que atua fortemente na região da Serra Gaúcha desde a década de 40, busca, juntamente com toda a cadeia produtiva dos plásticos, se atualizar constantemente sobre as novas tecnologias e soluções para o desenvolvimento deste e de diversos segmentos da economia em que os plásticos estão inseridos. *Presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás)
Os plásticos e o desenvolvimento Ivanio Ângelo Arioli* Em todo o mundo, os plásticos estão intrinsecamente ligados ao desenvolvimento, em diversos aspectos. A indústria desenvolve diariamente inovações que vão desde embalagens para armazenar, transportar e conservar os alimentos, passando pelos produtos que previnem e tratam doenças, materiais voltados para a construção e infraestrutura, educação, acesso à informação, tecnologia e outras. É difícil imaginar a vida moderna sem os plásticos. Muitos equipamentos e produtos que usamos no nosso dia a dia só existem e são possíveis de serem oferecidos democraticamente à população devido à fácil adaptação dos plásticos às diferentes formas de design, à fácil capacidade de impressão, à grande quantidade de cores, à sua versatilidade e ao seu custo competitivo, entre outras inúmeras vantagens. Grande parte do sucesso do agronegócio está relacionado aos plásticos, que desde o campo, passando pela a armazenagem e transporte, protege e mantém produtos com qualidade e integridade até chegar à casa do consumidor. Os plásticos estão presentes em aplicações que evitam a proliferação de doenças, como no transporte de água potável, no saneamento básico e no descarte correto do lixo. Já na medicina,
o plástico é encontrado desde os mais simples materiais como seringas e curativos, até em sofisticados aparelhos hospitalares, corações artificiais e nas mais modernas próteses, entre outros. O acesso à informação tornou-se mais democrático com a presença dos plásticos. Os avanços da tecnologia em setores como o de comunicação, com telefones, celulares e internet, o de informática, com computadores e tablets, o de eletroeletrônicos, com TVs de alta definição, entre outros tantos exemplos que poderíamos citar, não seriam possíveis sem os plásticos. Já se sabe que em países onde o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é mais alto, o consumo de plásticos per capta é maior. É por isso que a indústria deste setor busca divulgar a cada oportunidade a importância de seus produtos em diversos segmentos como na agricultura, transporte, medicina, tecnologia, entre tantos outros fundamentais à vida moderna. O Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Vale dos Vinhedos (Simplavi) tem trabalhado para incentivar a cadeia produtiva dos plásticos ainvestir cada vez mais em soluções para o aumento da qualidade de vida das pessoas, assim como para seu desenvolvimento e crescimento do país como um todo. *Presidente do Sindicato das Industrias de Material Plástico do Vale dos Vinhedos (Simplavi) <<< Plástico Sul < 15
EspecialMasterbatchES
Melhor que a encomenda Os últimos anos não têm sido fáceis para a economia brasileira, afetando diretamente a indústria nacional. Mesmo com este cenário, empresários do setor de masterbaches não reclamam do período e conseguem bons resultados calcados em diversas estratégias.
O
Brasil, que já foi a sexta economia do mundo em 2011, com um PIB de US$ 2,48 trilhões, acima dos US$ 2,26 trilhões do Reino Unido, resultado que o colocava a US$ 300 bilhões do PIB Francês, o quinto colocado em com US$ 2,56 trilhões. Mas de aspirante ao Top 5 o país teve problemas e entrou em queda vertiginosa. Dados do IBGE e do Fundo Mone-
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tário Internacional mostram que o tamanho do PIB caiu 24,6% na comparação com 2014. Se considerar as estimativas do Fundo para o valor do PIB de 189 países, o Brasil foi ultrapassado pela Índia e Itália e passou a ser a nona maior economia do mundo. E agora uma espécie de Novo Brasil vive uma fase de reestruturação tentando recuperar-se e renascer das cinzas.
No entanto, a luz já pode ser vista no fim do túnel. Conforme reportagem da BBC Brasil, o PIB brasileiro segue em queda, mas a retomada pode vir antes do previsto, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A diminuição das incertezas no cenário político brasileiro e o desempenho positivo de alguns indicadores econômicos levaram a entidade a melhorar suas previsões em relação à economia do Brasil. Alguns números são controversos, mas as avaliações convergem positivamente. Dentro deste contexto, a indústria prevê uma retomada e parece que enfim, voltaremos aos trilhos. Mas há setores que conseguiram se evidenciar no desempenho através de estratégias específicas. No caso do segmento de masterbatches, algumas das mais importantes empresas do ramo garantem que não foram tão impactadas pelo tsunami chamado crise. O Commercial Manager da A. Schulman, Roberto Castilho, afirma que a performance da companhia neste período foi espetacular. “Nós fazemos a venda técnica, e neste momento de crise os clientes buscaram alternativas para economizar não em preço, mas em custo benefício”, revela. Castilho explica que o masterbatch é uma parte muito pequena na formulação do produto final de seus clientes e utilizar o melhor masterbatch, com maior concentração e com matérias - primas de alta qualidade, vale a pena. “Introduzimos em várias empresas o conceito do auxiliar de fluxo combinado com antioxidante, isto fez com que nossos clientes melhorassem seus processos, reduzindo custos e ficando mais competitivos”, afirma. O executivo explica que o ano fiscal da A. Schulman começa em setembro e termina em agosto. “2015 foi 18,5% melhor que 2014 em volume de vendas de masterbatches e já fechamos o ano fiscal de 2016, onde vendemos o dobro de 2015”, comemora. Para a consolidação deste crescimento, foram necessárias algumas ações importantes. “Investimos no aumento de produtividade de nossos equipamentos, desgargalamento das extrusoras, que resultou em um acréscimo de 30% na produtividade”, explica Castilho. Para o Commercial Manager, o mercado de masterbatches no Brasil tem alto potencial de crescimento, já que hoje
o mercado nacional consome pouca embalagem plástica se comparado a outros países. Segundo ele, há também grande potencial na mudança de cultura, em preferir custo benefício como estratégia de redução de custo ao invés de olhar apenas preço. “Nossa venda é técnica e a cada dia mais vejo uma compra também técnica”, diz. Neste sentido o executivo acredita que uma das principais demandas dos transformadores brasileiros é a solicitação por redução de custo, mas manutenção da qualidade conhecida. “Para isto temos trabalhado com masterbatches multifuncionais. Desta forma o cliente reduz o consumo de masterbatch, mas a funcionalidade e a qualidade permanecem”. Durante a Feiplastic 2015 a A.Schulman lançou o Polybatch N04714, master com auxiliar de fluxo e antioxidante que traz benefícios, como: redução de acúmulo nos lábios e interior da matriz; melhoria em estabilidade, menor degradação do PE; melhor controle de espessura; redução na formação de géis; maior rapidez em transições de filmes com cargas; aumento de output ou economia de energia; redução de paradas para limpeza e manutenção. Além disso, Castilho afirma que o produto elimina fratura do fundido, e possibilita o uso de reciclados em maiores quantidades. “Em 2016 lançamos o Polybatch CLR10B, trata-se de um clarificante que melhora dramaticamente o aspecto visual de filmes feitos com PELBD, dando maior valor à embalagem e ao produto embalado”, explica. O segundo semestre de 2016, na opinião do diretor da Colorfix, Francielo Fardo, apresenta uma estabilidade na retração de mercado. “Tanto nós quanto nossos clientes, temos o entendimento de um segundo semestre melhor, já aferindo leve crescimento sobre a média do primeiro semestre, principalmente pela expectativa de definição da situação da política nacional”, pondera. Segundo ele, o mercado também está conseguindo ter seus novos projetos, idealizados e executados com o objetivo de inovar e reverter os resultados da crise, sendo aprovados e começando a gerar resultados. “Isto, efetivamente, está motivando nossos clientes, e consequentemente a nós”, afirma Fardo. Mesmo com toda a retração de mercado, a Colorfix continua mantendo o seu fatura<<< Plástico Sul < 17
EspecialMasterbatchES mento e volume de vendas. “Isso só foi possível devido ao desenvolvimento de novos projetos e novos clientes, sempre mantendo o foco em produtos de especialidade”, acrescenta. Neste ano a companhia está focada na linha de alta performance e sustentabilidade aliada à redução de custos aos clientes. Entre os produtos destacados por Fardo estão: Selofix (Selante): aplicação para paradas de máquina e vedação da rosca, evitando problemas, como, carbonização e amarelecimento da resina. Agilizando o reinício de produção e diminuindo perdas por contaminação de carbonização. Purgfix (Agente de purga): Combinação de produtos que permite uma limpeza eficiente e rápida dos equipamentos, eliminando pontos de carbonização, além de facilitar a troca de materiais e cores. Processfix (Auxiliar de processo): Atua diminuindo o atrito entre o polímero e os componentes da máquina durante o processamento, promovendo fluxo do material e melhor acabamento na superfície da peça. Processfix HP (high performance) (Aditivo nucleante): Específico para polipropileno (PP), ao utilizar o Processfix HP, o ciclo de produção pode ser reduzido em até 15% o que gera, consequentemente, custo-benefício pois aumenta a peça/hora e melhora a performance do produto final. O empresário explica que as Cores do ano foram: O Rose Quartz (rosa pastel) e a Serenity (azul calmo), tonalidades que transmitem um conceito de suavidade e tranquilidade. Para 2017, ele aposta em tons aerados e bem iluminados até os tons explosivos e brilhantes, levando a harmonias de cores únicas e diversificadas que contam a história da nossa cultura global. Apesar da grande retração no mercado durante ano de 2015 a Cromex conseguiu realizar
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seu plano de negócios sobretudo com aumento das exportações. A expectativa da empresa para o fechamento de 2016 é de crescimento baseado no desenvolvimento de novos mercados. Conforme Marcelo Assunção, da área de marketing da empresa, o mercado externo é responsável por resultado muito expressivo em crescimento de volume e faturamento, contribuindo com o resultado global, já que o a demanda tem alguma retração no geral. Assunção explica que, para driblar a crise, foram necessárias estratégias de endomarketing de boas práticas em todas as áreas, busca de melhorias contínuas e clima. “No mercado externo o aumento das exportações foi uma estratégia acertada adicional ao incremento de novos produtos e mercados”, aponta. Já no Mercado Interno o foco foi na melhoria de mix e preços saudáveis sem entrar na guerra de preços com a concorrência. “Temos um posicionamento de olhar as oportunidades e de confiar no País mesmo em cenários adversos e a nossa histórica de Brasil, que são mais de 40 anos, trazem um histórico de cenários difíceis, mas que superamos com muito trabalho e respeito ao nosso cliente e fornecedor”, avalia. Como novidades de 2016, Assunção destaca o lançamento de um branco super azulado o BL 14912 com diferenciais de efeitos e dosagem de aplicação, o super preto PR 14481 que tem o atributo de bom poder de tingimento com excelente custo benefício, um novo auxiliar de fluxo, um combo com anti oxidante AX 14923. “Relançamos nosso catálogo de cores de linha para PE e PP e um catálogo para o segmento de PET”, acrescenta. A Cromex vem aumentando de forma significativa sua participação nos mercado de MB Pretos onde investiu neste ano, segundo o executivo, em uma nova linha de produção, aumentando sua capacidade em 20% para esta linha.
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EspecialMasterbatchES Assunção revela que as maiores demandas na atualidade são produtos com excelente performance e ótima relação custo/benefício, pesquisa e melhorias contínuas de processo. “Esta equação nem sempre é simples de resolver, mas confiamos em nossa experiência e profissionais competentes para buscar na melhor solução sempre”, destaca. As principais estratégias de diferenciação de mercado da Pro-Color em 2016 foram relacionadas ao desenvolvimento de produtos que ajudassem seus clientes com redução de custos. As principais linhas de produtos da empresa com este foco são os aditivos voltados para resinas recicladas, limpeza de máquinas e durabilidade da coloração.Outra ação estratégica da Companhia foi ampliação de sua consultoria técnica com a intenção de melhorar ainda mais o atendimento e proximidade com seus clientes. A Pro-Color, que em 2016 completa 30 anos, destaca os seguintes produtos para a indústria de transformação de plásticos: Pro-Tech CPD 0168, antiodor, é um aditivo veiculado em polietileno, destinado para uso em resinas recicladas, tendo como função minimizar / eliminar o odor exalado; Pro-Tech CPD 0142 Dessecante, antiodor, é um aditivo veiculado em polietileno, que possui dupla
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função. A primeira é de eliminar a umidade presente nas resinas recicladas trazendo uma maior estabilidade no processo. A segunda é minimizar / eliminar o forte odorexalado destas resinas proporcionando maior qualidade ao seu produto final. Outro produtos de destaque é o CPD 0131, aditivo AntiUV para linha agro e a linha de coloridos (00) (Amarelo / Laranja / Azul / Marrom / Verde / Vermelho ) voltada para os segmentos de injeção e filme. Os principais investimentos da empresa nos últimos tempos foram em relação a melhoria de processos, principalmente o de produção. Além disso,adicionou novas cores ao portfólio, seguindo sua ánalise de tendências: Laranja: Orange (Pantone 18-1561 TCX); Bege: Fog (Pantone 13-067 TCX); Rosa: Aurora Pink (Pantone 15-2217 TCX); Amarelo: Dandelion (Pantone 13-0758 TCX) e Green Sheen (Pantone 13-0648 TCX); Verde: Arcadia (Pantone 16-5533 TCX); Petróleo: CoastalFjord (Pantone 18-3920 TCX); Vermelho: Scarlet Sage (Pantone 19-1559 TCX).
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EventoK 2016 | O Futuro
A inovação é marca registrada MESSE DUESSELDORF
A cada três anos, em outubro, a cadeia produtiva internacional do plástico e da borracha tem encontro marcado em Düsseldolf, na Alemanha, ansiosa para conhecer o futuro do setor.
A
K é a feira mundialmente mais importante para o segmento do plástico, poliméricos e borracha. Assim, de 19 a 26 de outubro cerca de 3.100 expositores vão transformar a exposição na plataforma ideal de negócios e contatos. As empresas líderes das indústrias do setor apresentam a gama completa de serviços ao nível mais elevado. E nesta edição, mais do que nunca, a inovação é a marca registrada da K, que oferece a gama mais ampla e variada de ideias e produtos. “Será o ponto de encontro do setor da inovação, informação e investimento”, destaca Werner Dornscheidt, CEO da Messe Düsseldorf, organizadora do evento. Ao apresentar uma incrível quantidade de novas aplicações e mostras complexas, a K se consolida como uma feira de tendências. Os materiais funcionais sob medida e específicos para aplicações, o uso eficiente
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dos recursos, a produção com defeito zero, o domínio da engenharia de peças leves e a digitalização oferecem novas oportunidades de produção. E além disso, estão em evidência as interfaces homem-máquina com operação intuitiva. As novas oportunidades em TI também tiveram um impacto visível nos sistemas de controle para máquinas modernas de processamento de plásticos. Estas são apenas algumas das muitas tecnologias caracterizadas na feira deste ano. Nenhum outro evento proporciona o conhecimento de materiais poliméricos, máquinas de processamento de plásticos e borracha, tecnologia e equipamentos em tal abundância e em nível de qualidade superior. Foi por isso que Dornscheidt classificou a última edição (2013) de “a maior fábrica de plásticos no mundo”: 3.215 expositores de 59 países, 217.423 visitantes de 108 países, sendo 59% internacionais. O dirigente garante que a K 2016 terá
Destaques
Entre os principais expositores da K 2016 está o Grupo Sepro, com sede na França e subsidiárias em vários países. A Sepro Robotique vai mostrar 26 robôs, incluindo dois que serão, muito provavelmente, os maiores na feira. O número total, bem como a vasta gama de tamanhos e configurações, certamente ajudam a enfatizar o compromisso da Sepro à conectividade e agilidade, dois dos elementos principais na indústria do futuro, também conhecida como Indústria 4.0. “Expomos na feira K desde 1989. Esperamos que a edição 2016 seja tão bem sucedida para Sepro quanto a última edição de 2013. Esperamos que este ano tenhamos novamente a oportunidade de encontrar novos clientes, e concluir novos negócios”, revela o diretor da Sepro do Brasil, Oscar Silva. Nesta oportunidade a Sepro apresentará um total de 26 robôs em 11 stands repartidos em 4 halls. É a maior participação de robôs Sepro em feira até hoje. “Aproveitaremos para revelar nossa nova gama de robôs de grande porte com o 7X-100XL e o 6X-400”, diz Silva. O 7X-100 XL completa a série de robôs cartesianos de 5 eixos da Sepro (gamas 5X Line e 7X Line), que inclui agora 6 modelos para automatizar injetoras de 20 a 5000 toneladas. O novo robô de 6 eixos 6X-400 que será exposto no stand da Sepro possui um raio de ação de mais de 4m com carga útil de até 120Kg. No stand da Sepro, o visitante poderá também ver em funcionamento uma máquina injetora Sumitomo-Demag de 50T equipada de um robô com braço poli-articulado 6X-60, o menor robô da gama de 6 eixos 6X Visual. Nesta configuração integrada compacta, o robô irá retirar tubos de seringas medicais do molde para depositá-los numa esteira ao lado da injetora. Outra atração no stand da Sepro é o « painel automação » sobre o qual serão apresentados imagens fixas e vídeos explicando as funcionalidades e serviços incluídos na Solutionby Sepro. Solutionby Sepro, é um package completo de equipamentos e serviços com um alto nível de eficiência e qualidade para automatizar máquinas injetoras.
Visão brasileira
Mesmo em números mais modestos de expositores e visitantes, o Brasil estará representado na K. José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico – Abiplast, destaca a importância da participação dos brasileiros. “A feira K é a vitrine mundial das principais tecnologias para a indústria de transformados plásticos e arrisco antecipar que as novidades tecnológicas que serão apresentadas reforçarão a visão de que a chamada “indústria 4.0” ou “manufatura avançada” que há tempos deixou de ser
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números aproximados e novamente proporcionará uma visão abrangente de tecnologias de polímeros na vanguarda do desenvolvimento global.
um conceito e já é realidade. Isso representará oportunidades e riscos para os empresários da indústria de transformação do plástico. Segundo Roriz, essa “nova realidade” apresentada pela da indústria 4.0 demandará um novo tipo de evento setorial para a indústria do plástico, com enfoque maior na apresentação soluções tecnológicas para aumento de produtividade e menos focada apenas na apresentação de máquinas e matérias-primas tradicionais. “Inclusive esse será o enfoque da Feiplastic 2017, principal feira do setor plástico na América Latina, que trará a SP, em abril do próximo ano as novidades e tendências que serão antecipadas na K 2016”, informa. Essa importância também é ressaltada por Solange Stumpf, sócia executiva da Maxiquim, a maior empresa de consultoria da América do Sul nesse segmento. “A feira K é uma ótima oportunidade para as empresas relacionadas à cadeia produtiva de plásticos brasileira, pois lá se encontram todos os grandes movimentos mais recentes de inovação em tecnologia, processo e produtos relacionados com o mundo do plástico. É o momento de planejar o negócio olhando para o futuro, ver as tendências, fazer networking, parcerias e negócios. Porém a feira é muito grande, uma dica é planejar bem a visita, pré-agendar alguns contatos, para não perder tempo e ter um bom retorno do investimento”.
Feira K reúne os mais importantes fornecedores do setor e apresenta as principais tendências mundiais
Brasil na K
Entre os expositores brasileiros na feira está a Rulli Standard, que desde 1980 apresenta seus produtos na feira e possui para este ano grandes expectativas, já que, com o câmbio favorável há preço e qualidade para a concorrência direta no mercado Europeu. No evento, será apresentado uma linha de extrusora de chapa para a fabricação de lâminas plásticas de PEAD,PEBD,PET,PS <<< Plástico Sul < 23
EventoK 2016 | O Futuro e PP que podem ter diversas finalidades, como: potes plásticos; copos descartáveis; potes de margarina ; pastas plásticas, entre outras aplicações. Destaque também para as linhas de extrusoras tipo “BLOW FILM ’’, que são extrusoras que fabricam bobinas de PEBD/L e PEAD para a produção de filmes Stretch, filme técnicos, sacos de Lixo e sacolas plásticas e entre outros matérias. A empresa, que tem clientes na Alemanha , Inglaterra, Itália, Tailândia, E.U.A, Canada, além de toda a América central e em toda a América do Sul, tem como objetivo na K’2016 expandir seu mercado na Europa, divulgar sua marca e pesquisar novas tecnologias e parcerias para melhoria do seus equipamentos. A Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, participará pela quinta vez da Feira K. A empresa levará novidades sobre os projetos de internacionalização que estão em andamento, entre eles, a inauguração do Complexo Petroquímico no México, realizado em junho deste ano. A joint-venture com o grupo mexicano Idesa contou com investimentos de US$ 5,2 bilhões, sendo esse considerado o maior investimento feito no setor petroquímico mexicano nos últimos 20 anos. Com capacidade de produção de 1,05 milhão de toneladas de eteno e polietileno por ano, eleva produção anual total da Braskem para 8,7 milhões de toneladas de resinas.
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Na ocasião, a companhia também apresentará novidades sobre a fábrica de Polietileno de Ultra-Alto Peso Molecular (UHMW-PE), que está sendo construída em La Porte, no Texas. Com a partida prevista para o final de 2016, a planta produzirá a resina UTEC®. Com características físicas que a tornam resistente ao impacto e ao desgaste, é um produto utilizado pela indústria de extração de petróleo e gás, defesa e construção civil. Durante a programação, será possível conferir, ainda, inovações desenvolvidas pela Braskem e que têm como foco, especialmente, o ganho de competitividade e a inserção da sustentabilidade em produtos e processos. Serão divulgadas novas aplicações para resinas de polipropileno, polietileno, e PE Verde, para as indústrias de alimentos, cosméticos, logística, automotiva, entre outros, e que estarão disponíveis para clientes do mundo inteiro. Nesta edição, a Braskem buscará apresentar seus projetos internacionais de expansão e exibirá seu portfólio de soluções inovadoras em plástico e em química, que atendem clientes de diversos segmentos em mais de 70 países do mundo. A Braskem registrou no segundo trimestre deste ano uma expansão de 21% das exportações de resinas brasileiras, totalizando 454 mil toneladas de resinas. A demanda por polipropileno
nessas regiões manteve-se crescente. De abril a junho, o EBITDA nos Estados Unidos e Europa foi de US$ 212 milhões (R$ 745 milhões), alta de 195%, correspondendo a 24,5% do consolidado da Braskem. Esta será a terceira participação da Romi na feira K. Segundo o diretor da unidade de negócios de máquinas para plásticos, William dos Reis, a empresa estará exibindo algumas importantes novidades, como o novo comando CM20. “Temos ótimas expectativas para a divulgação e consolidação da marca Romi e sua tecnologia no mercado Europeu”, acrescenta. Reis explica que serão apresentadas três máquinas injetoras na K'2016: Injetora Romi EN 170 - produzindo embalagem; Injetora Romi EN 600 - produzindo peça moveleira; Injetora Romi EL 300 Speed - produzindo embalagem. “A Romi tem aumentado significativamente a exportação de máquinas para o mercado Europeu nos últimos anos e conta com subsidiárias na Inglaterra, França, Itália e Alemanha. Projetamos crescimento nas exportações de injetoras Romi para o mercado europeu alavancado pelos lançamentos e tecnologia de ponta embarcada nas máquinas Romi e pelo câmbio favorável à exportação”, avalia Reis. A Cromex, empresa brasileira do segmento de masterbatches de cores e aditivos para plásticos, estará
presente na Feira K e apresentará novamente um panorama completo de ofertas para o mercado. A empresa exibirá toda a sua gama de soluções para 18 diferentes setores da economia em que os plásticos estão inseridos (agricultura, construção civil, embalagens, automotivo, cosmético, higiene e limpeza, brinquedos, linha branca, etc). Essas linhas de produtos abrangem aplicações que atendem dos mais básicos aos mais complexos critérios técnicos, com as linhas de masterbatches brancos, pretos, aditivos, especialidades e de cores. Além das cores tradicionais, existem as com efeitos especiais como pigmentos perolados, metalizados, policromáticos e fluorescentes. Para a Cromex, a participação na Feira K é de grande importância para a empresa, para estreitar o relacionamento com clientes e parceiros locais, assim como conquistar novas oportunidades. Dona de uma cultura exportadora, a empresa comercializa seus produtos para mais de 60 países. Atualmente 25% dos negócios da empresa são voltadas aos mercados externos e a tendência é ampliar esse número.
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Indústria
Argentina busca maior aproximação com Santa Catarina
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A
Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) recebeu o cônsul da Argentina em Santa Catarina, Gustavo Coppa, com o objetivo de buscar uma maior aproximação do País vizinho com a indústria do Estado. Durante reunião-almoço na sede da instituição, em Florianópolis, o cônsul disse que há em curso um trabalho para a criação da Câmara de Comércio Santa Catarina e Argentina. O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, disse que a instituição é parceira na iniciativa e sugeriu que o fórum seja instituído ainda no primeiro semestre de 2017. Também participaram do encontro o primeiro vice-presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, e o vice-consul argentino no Estado, Octavio La Croce. Côrte destacou que a Argentina é um importante parceiro comercial do Estado. “Estamos muito empenhados em ampliar a inserção da pequena e média empresa no mercado internacional”, disse, lembrando que no início de setembro integrou missão empresarial à Argentina, organizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Lá, foi assinado acordo com a União Industrial Argentina (UIA), em Buenos Aires, para a criação do Conselho Empresarial Brasil-Argentina. “Foi um programa intenso e dos contatos que fizemos ficou evidente o novo clima que tem no País, com um ambiente mais favorável e perspectivas econômicas mais positivas com o governo Macri”, disse, salientando que o Brasil passa por uma situação similar no campo político. “Santa Catarina tem muito potencial e é diferente de outros Estados, com muitas oportunidades de negócios e novos projetos”, afirmou o cônsul. O presidente da FIESC informou ao cônsul sobre o lançamento do planejamento estratégico do turismo até 2022, na próxima segunda-feira, em Florianópolis, e convidou-o para conhecer os resultados do trabalho, realizado em conjunto com a Fecomércio-SC e o Sebrae-SC. Côrte lembrou que 75% dos turistas que visitam Santa Catarina são argentinos. “Queremos intensificar o apoio para atrair turistas da Argentina e de outros países também”, declarou. Nos últimos anos houve redução das exportações catarinenses à Argentina, em parte influenciada por medidas protetivas adotadas pelo governo anterior. Ainda assim, o País foi em 2015 o terceiro principal destino dos produtos catarinenses, com 6% de participação no total embarcado pelo Estado. Ficou atrás apenas dos Estados Unidos e China. No ano passado, as exportações do Estado ao País vizinho totalizaram US$ 458,8 milhões, valor 27% menor que o registrado em 2014. Os principais produtos embarcados foram papel e cartão kraft, produtos laminados de ferro, bombas e compres-
sores de ar, motores e geradores elétricos. As importações do Estado vindas da Argentina somaram US$ 920 milhões, valor 30% menor que as compras do ano anterior. Prioridades: Na agenda de demandas, a FIESC defende a celebração de acordo de investimentos bilateral ou no âmbito do Mercosul; ampliação do acordo bilateral para evitar dupla tributação; restituição ágil de créditos fiscais de imposto sobre valor agregado, além da instituição de um novo acordo para liberalização das compras governamentais em bens, serviços e obras públicas nos países do Mercosul. Fonte: FIESC
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Mercado
Interplast e Euromold Brasil devem gerar
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urante quatro dias, de 16 a 19 de agosto, a cidade de Joinville (SC) recebeu mais de 380 marcas expositoras dos setores de plásticos, moldes e ferramentarias. As empresas apostaram na cidade e, indo contra a crise, apresentaram novas tendências e tecnologias nas feiras Interplast e Euromold Brasil. Em clima geral de satisfação entre os expositores, muitas delas fecharam negócios no próprio evento e outras aproveitaram o ambiente para iniciar contatos. A expectativa da Messe Brasil, organizadora, é de que sejam gerados R$ 350 milhões em negócios nos próximos doze meses. Cássio Luis Saltori, diretor geral da Wittmann Battenfeld, chegou na Interplast com negociações em andamento e conta que a empresa sai da feira com negócios fechados. A Romi também volta para casa com o saldo positivo. “A Interplast é consagrada para nós. Participamos desde a primeira edição e nesta fomos surpreendidos positivamente pelo movimento, que está muito maior que a anterior. Recebemos novos clientes e inclusive fechamos negócios”, conta Glauco Machado, gerente. Para Richard Spirandelli, diretor da Messe Brasil, o resultado positivo da feira surpreendeu principalmente pelo atual momento econômico. “Encerramos esta edição muito confiantes e com a certeza de que a economia está aos poucos retomando. O retorno positivo dos expositores mostra a força do Sul do Brasil e, especialmente, do estado de Santa Catarina como polo transformador e também como mercado consumidor da cadeia de fornecimento do plástico”. Sobre a qualificação do público, os números confirmam: 50% dos visitantes com cargos de decisão (gerente, diretor, sócio, coordenador). O evento superou as expectativas dos organizadores e recebeu 22 mil visitantes vindos de 17 países e 23 estados. Destes, 27% procuraram por novos fornecedores e 45% por novos produtos. “Os dados corroboram o fato de que as empresas estão procurando por tecnologias, novidades e
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novos parceiros”, observa Spirandelli. Outro dado de destaque são os setores de interesse dos visitantes: Na Interplast, a maior procura foi por máquinas e equipamentos, matérias-primas e produtos plásticos. Já na Euromold Brasil os segmentos mais procurados pelos visitantes foram moldes (injeção, extrusão termoformagem, sopro) seguidos de componentes de moldes e matrizes, design, digitalização e prototipagem. Falando especificamente da Euromold, Spirandelli destaca: “Aqui encontramos o início do ciclo de desenvolvimento de produtos. Nesta edição, percebemos uma grande procura por esses expositores, o que aponta para um novo ciclo de investimento”. A Fastparts, expositora da Euromold Brasil, comentou sobre essa procura. “Participamos de todas as edições e nesta ficamos surpresos pela qualidade de visitação e pelo número de visitantes de todo o país. O movimento não parou e esta foi a primeira vez que não conseguimos sair do nosso estande para visitar outros expositores. Temos boas perspectivas de negócios em breve”, elogia Jessé Silva. Também presente desde a primeira Euromold Brasil, a Design Inverso teve expectativas superadas. “A Euromold Brasil é um encontro de toda a cadeia de desenvolvimento de produto. Estamos muito surpresos com o movimento da feira, especialmente com o público altamente qualificado e interessado na área”, comenta Marcos Sebben, diretor. De Caxias do Sul, Jefferson Sachet, diretor administrativo da Matripeças, ficou satisfeito com esta edição da Euromold Brasil. Para ele, a feira é ambiente de relacionamento e, com esse objetivo em mente, a empresa voltará ao Rio Grande do Sul com novos contatos e perspectivas de bons negócios.
Números da Interplast e Euromold BRASIL 2016
- 22 mil visitantes; - Visitantes de 17 países (Argentina, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados
mais de R$ 350 milhões em negócios Unidos, Índia,, Itália, Paraguai, Portugal, Suécia, Suíça, Tailândia, Uruguai); - Visitantes de 23 estados brasileiros (Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo); - 50% dos visitantes com cargos de decisão (gerente, diretor, sócio, coordenador); - Segmentos que visitaram a feira: embalagens (alimentos, bebidas, farmacêuticos, produtos de limpeza e cosméticos), seguido por engenharia, construção civil e automotivo; - Principais setores de interesse dos visitantes na Interplast: máquinas e equipamentos, matérias-primas e produtos plásticos; - Principais setores de interesse dos visitantes na Euromold Brasil: moldes (injeção, extrusão termoformagem, sopro) seguido de componentes de moldes e matrizes, design, digitalização e prototipagem.
Expositores Interplast
5 países (Alemanha, Brasil, China, Estados Unidos e Hong Kong); 8 estados (Bahia, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo); - Expositores Euromold Brasil:; 5 países (Brasil, China, México, Portugal e Suécia) 4 estados (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo); - Expectativa de geração de negócios nos próximos 12 meses em decorrência dos contatos realizados nas feiras: R$ 350 milhões de reais.
Cintec contou com 12 palestras e quatro minicursos
Nas 12 palestras técnicas promovidas na Expoville e nos quatro mincursos realizados no campus da Sociesc Marquês de Olinda especialistas em suas áreas debateram as novidades do setor, falaram dos desafios, tendências e abordaram evoluções em produtos e processos.
Números do Cintec
- 600 participações nas palestras técnicas e minicursos; - 12 palestras técnicas; - 4 minicursos.
Rodada de Negócios reuniu 10 empresas compradoras e 31 vendedoras
A 2ª Rodada de Negócios do Setor Plástico reuniu 31 fornecedoras para negociarem com dez empresas âncoras: Comil, Eixo do Brasil, ASBC COBRANÇAS, Fremax, Kavo do Brasil, Klabin, GTS do Brasil, Marcopolo, ASEMCAP (Assessoria/Consultoria de comércio internacional, com sede em Lima, Peru, para o mercado do Pacifico) e Wetzel. O evento foi realizado em um dia e a expectativa é que gere, nos próximos 12 meses, R$ 1 milhão em negócios. A Rodada teve uma organização da Bolsa de Subcontratação de Santa Catarina – BNS/SC em parceria com a Messe Brasil, e contou com o apoio do Simpesc, da Fiesc/IEL (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina/ Instituto Euvaldo Lodi) e da KRONA.
Números da Rodada de Negócios
- 10 empresas âncoras; - 31 empresas vendedores; - 117 participantes; - Expectativa de gerar cerca de R$ 1 milhão em negócios nos próximos 12 meses.
Com cerca de 600 participações nas palestras técnicas e nos minicursos, o Cintec Plásticos – Congresso de Inovação Tecnológica proporcionou atualização para os profissionais, estudantes e empresários do setor. <<< Plástico Sul < 29
Foco
no Verde
Banir não resolve o problema Sobre a decisão do governo francês de banir utensílios plásticos de “uso único”, não é solução para meio ambiente, de acordo com a Plastivida.
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Plastivida, entidade que representa no Brasil o setor plástico nas questões relativas à sustentabilidade, acompanha com preocupação o decreto do governo francês que proíbe a venda de copos, pratos e bandejas plásticas de “uso único” para consumo particular a partir de 2020. Vale ressaltar que esses mesmos produtos, desde que destinados para fins comerciais (tais como fast foods, máquinas de café etc.) continuam permitidos. Talheres plásticos estão liberados tanto para uso comercial quanto para consumo particular. O decreto define, ainda, que os produtos a serem proibidos poderão ser fabricados com matérias primas compostáveis. Embora a Lei só entre em vigor em 2020, já houve questionamentos à Comissão Europeia sobre a insuficiência de argumentos ambientais que deveriam embasar a medida. Além disso, também houve críticas de que a proibição prejudica os consumidores e que a medida viola as regras da União Europeia sobre a livre circulação de mercadorias. O conjunto destes questionamentos poderá exigir da França uma revisão do Decreto. Além disso, o próprio governo francês admite que será necessário realizar estudos para a definição do termo “uso único”. A diferença de conceitos entre “uso único” e “reutilizável” somente poderá ser estabelecida através de critérios técnicos, como a espessura dos copos e pratos. Segundo Miguel Bahiense, presidente da Plastivida, a própria indefinição do governo francês em determinar o que é de uso único e o que é reutilizável, já demonstra a fragilidade da medida. “A saída para a necessária redução de impactos
ambientais não passa pelo banimento de produtos plásticos, uma vez que apenas 4% do petróleo extraído no mundo se aplicam a esses produtos, sua fabricação não gera emissões significativas de CO2, além de ser um produto inerte e 100% reciclável”. Ainda segundo Bahiense, três das maiores fontes de emissão de CO2 na França e no mundo são os usos de petróleo para transportes, climatização e geração de energia. Cerca de 86% do petróleo são aplicados a estes fins. O presidente da Plastivida acredita que é necessário buscar soluções sustentáveis com base em critérios técnicos e científicos, considerando-se, entre outros fatores, a análise do ciclo de vida dos produtos questionados e principalmente dos apresentados como solução, contabilizando consumo de água, de energia, peso dos produtos, logísticas, reciclagem dentre outros itens. “Para termos um parâmetro, um estudo realizado no Brasil pela ACV Brasil e auditado pela KMPG mostra que para se lavar manualmente um copo de vidro ou de cerâmica são usados cerca de 1.200 mililitros, enquanto um copo plástico (de mesmo volume) consome apenas 26 mililitros de água em todo o seu ciclo de vida”. Bahiense conclui que somente investindo em educação ambiental, combatendo o desperdício através do consumo consciente e incentivando a reciclagem, será possível apontarmos um caminho para construirmos a sustentabilidade que a sociedade tanto necessita.
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Bloco
de Notas
Braskem desenvolve nova resina de PP para a produção de espumas
A Braskem está apresentando ao mercado brasileiro uma nova resina de polipropileno (PP-HMS), com propriedades de High Melt Strength(alta resistência do material fundido, em português). Com o produto, que foi especialmente desenvolvido para a produção de espumas de alto desempenho e tem a versatilidade como uma de suas características, a empresa pretende estabelecer parcerias para o desenvolvimento de novas aplicações, visando os mercados automotivo, industrial, embalagens, construção civil e eletrodomésticos. O PP-HMS permitirá o desenvolvimento de soluções mais leves, seguras e sustentáveis, sendo indicado, por exemplo, para o revestimento interno de veículos. O novo produto é capaz de suportar temperaturas de até 100°C sem deformar e possibilita a produção de espumas com ampla versatilidade de aplicações dentro da escala de densidade, que pode ir de 35 a 300 quilogramas por metro cúbico, afirma a Braskem. Além disso, o PP-HMS pode ser reciclado, sendo assim uma alternativa mais sustentável. Os estudos para o desenvolvimento do PP-HMS foram realizados no Centro de Inovação e Tecnologia da Braskem no polo petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul, e no Centro de Inovação de Pittsburgh, nos Estados Unidos, que recentemente partiu uma linha de produção de espumas em escala piloto para apoiar novos desenvolvimentos.
Cientistas da USP criam filme plástico que elimina bactérias dos alimentos
Pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) desenvolveram um filme plástico com efeito bactericida que aumenta a vida útil dos alimentos que nele forem embalados. Isso foi possível porque os pesquisadores do Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) desenvolveram o produto com nanopartículas de prata que demonstraram serem eficazes na eliminação de bactérias causadoras de infecções em seres humanos, sem serem tóxicas. A pesquisa utilizou o polipropileno, um tipo de plástico de valor relativamente baixo, o que favorece sua utilização nos filmes. A colocação das nanopartículas foi feita em uma máquina específica para isso. As nanopartículas interagem com componentes celulares vitais, como o DNA, impedindo a divisão celular e consequente morte da bactéria. Já a ação bactericida das nanopartículas de prata acontece no contato direto com os microorganismos, afirma o pesquisador Washington Oliani, que realizou o estudo no Laboratório de Polímeros do Centro de Química e Meio Ambiente do Ipen. "O polipropileno, a prata e outros componentes, no formato de grãos, são inseridos em uma máquina extrusora, aparelho que faz a fusão dessas substâncias por meio de aquecimento. A partir desse processo é obtido um material em forma de fios finos", relata Oliani.
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