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Editorial DIVULGAÇÃO
Expediente Setembro de 2016 - # 179
Conceitual Brasil - Jornalismo Total www.revistaplasticosul.com.br Fone: 51 3407.0179 editora@conceitualpress.com.br
Novos debates, antigas reivindicações
Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves DRT/RS nº 12.844 Departamento Comercial: Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 99941.5777) Capa: divulgação Plástico Sul é uma publicação da Conceitual Brasil - Jornalismo Total, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.
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culpa não é do repórter. Tão pouco do entrevistado. Muitas vezes nos deparamos com os mesmos temas nas pautas dos jornalistas esportivos, econômicos, políticos ou especializados. A responsabilidade seria da criatividade limitada do profissional? Ou da fonte, que insiste nas mesmas respostas, levando as mesmas abordagens nas matérias do cotidiano? Nem de um, nem de outro. Muitas vezes o responsável pelo “mais do mesmo” é o sistema, o processo, independente da especialidade do jornalista em que questão. A arbitragem em um jogo de futebol sempre será uma das pautas principais, não porque o repórter não é criativo, mas porque é um assunto sem resolução, que sempre impacta no resultado final de um campeonato. Da mesma forma, a reforma tributária. Mudam os personagens, mas o pano de fundo permanece o mesmo. E esta questão impacta diretamente no resultado final de uma empresa. Da sua empresa. É uma velha reivindicação que ganha novos debates. Isso porque os empreendedores brasileiros não agüentam mais o sistema tributário em vigência atualmente. É ultrapassado e precisa de uma equalização para aumentar o fôlego dos gestores. É sobre essa simplificação tributária que a Adirplast ( Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins) fala na pauta sobre o mercado de distribuição de resinas que o leitor terá a oportunidade de conferir nas próximas páginas. A tão desejada reforma fiscal, com uma única alíquota de ICMS para todo o Brasil seria o ideal, conforme os especialistas deste mercado. Mas talvez esse assunto permaneça engavetado no Governo Federal. A tão sonhada reforma tributária continuará sendo uma pauta importante, não executada, mas sempre lembrada. Nós, jornalistas, não a esqueceremos. Em nome do futuro da indústria nacional. Boa leitura!
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
PlastVipLaercio Gonçalves
“Manter esse padrão tirará o país do jogo competitivo mundial” Laercio Gonçalves, presidente da ADIRPLAST, fala sobre os erros já observados na gestão de Michel Temer, ressalta a importância da simplificação do ICMS para o fôlego das empresas e afirma: “o poder público retirou tanto ‘leite’ do setor produtivo que a ‘vaca secou’. 6 > Plástico Sul >>>
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entro da gestão de uma empresa um dos principais entraves é a elevada carga tributária associada a uma burocracia sem fim. Para o presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins (Adirplast), Laercio Gonçalves, no mercado da distribuição não é diferente. O dirigente revela que sua postura não é contra os incentivos fiscais já adquiridos, mas a favor da simplificação do sistema de cobrança do ICMS em todo o país. “Assim, a cobrança do local de origem deveria passar para o local de destino e a recuperação mais rápida dos créditos tributários incentivada, o que dificultaria a guerra fiscal entre os estados”, avalia Gonçalves. Em entrevista concedida à revista Plástico Sul, o presidente da entidade afirma que a atual gestão de Michel Temer apresenta um elevado poder do corporativismo público, da União, dos Estados e Municípios e que os distribuidores possuem relevante papel na manutenção das empresas transformadoras de material plástico. “Nós fazemos todos os tipos de trabalhos e arranjos para que elas possam comprar melhor e, assim, continuar competitivas”, garante. Revista Plástico Sul - O consumo aparente de resinas plásticas em 2015 teve queda de 1,4% (PEs) e 7,3% (PP), no que se refere à tonelada. Já o consumo aparente da transformação apresentou retração de quase 10% no mesmo período, também em toneladas. Ou seja, a indústria de
transformação caiu mais do que as resinas. Isso significa incremento nas exportações de matérias-primas? Acréscimo na importação de transformados? Avalie este cenário, por favor. Laercio Gonçalves - Infelizmente, nos parece que a indústria nacional de transformação de plásticos perdeu sua competitividade e espaço no mercado nacional, aliás, como toda indústria de transformação do país. Esses últimos dois anos têm sido de muita superação e aprendizado para todos nós. Cabe, agora, o dever de nos tornar mais competitivos no que fazemos. Claro que, se o governo fizer sua parte, desonerando um pouco mais as empresas, esse desafio fica mais fácil de ser vencido. RPS - A recessão foi de 3,5% em 2016. A indústria recuou mais do que a economia. Qual sua opinião sobre tal contexto? Gonçalves - A indústria brasileira vem perdendo competitividade há mais de uma década, atingindo, em 2015, igual participação no PIB do começo do governo de Juscelino Kubitschek, ou seja, em torno de 11%, já tendo chegado a 25% do PIB na década de 80. Essa perda de competitividade tem inúmeros motivos, entre os principais deles, destacaria a complexidade e o tamanho da carga tributária com que o setor precisa lidar, além do favorecimento às importações, que atendem ao consumo populista dos “anos dourados”. Eu diria que, o poder público retirou tanto “leite” do setor produtivo que a “vaca secou”!
RPS - Na distribuição em geral, quanto representa a distribuição oficial nos dias atuais? Gonçalves - Neste mercado que denominamos “varejo de resinas plásticas”, nós, distribuidores oficiais,somos representantes formais dos produtores de resinas, tanto nacionais quanto importados. Neste mercado, a participação das empresas de distribuição oficiais,quase todas associadas à Adirplast, representa metade de todo o varejo de resinas plásticas do país. Isso significa que somos responsáveis por 10% do total de resinas plásticas vendidas no Brasil. RPS - E a revenda: qual sua participação na distribuição? Por quê? Gonçalves - Ainda dentro do “varejo de resinas plásticas”, os distribuidores sem ligação ou relacionamento com os fabricantes de resinas, ficam com a outra metade do mercado, o que equivale a mais 10% do total de resinas comercializadas no país. Os 80% restantes são comercializados diretamente entre fabricantes e grandes transformadores. RPS - Como avalia o share de mercado da distribuição? Apresenta queda? Estabilidade? Por quê? Gonçalves - Já há alguns anos, o segmento de varejo de resinas plásticas brasileiro vive uma estabilidade de mercado, sendo responsável pela comercialização de 20% de toda resina plástica vendida no país. A extrema pulverização do setor de transformação, atingindo em torno de 11.500 transformadores de plásticos, de acordo com dados da Abiplast, é um dos motivos. Assim, em um mercado tão pulverizado, os distribuidores acabam por cumprir um importante papel de atendimento aos transformadores espalhados por todo o território, com necessidades e perfis dos mais diversos. RPS - O que o distribuidor tem feito para apoiar o pequeno e médio transformador? Gonçalves - Não seria exagero dizer que, os cerca de 7.000 transformadores de plásticos, de tamanhos pequeno e médio, atendidos pelos associados à Adirplast, sobrevivem graças, também, aos distribuidores. Nós fazemos todos os tipos de trabalhos e arranjos para que eles possam comprar melhor e, assim, continuar competitivos. Fazemos entregas diárias, com um sistema de logística “padrão Fifa”, colaboramos com o atendimento de necessidades financeiras, ajudamos a resolver problemas técnicos com o uso dos diversos grades de produtores distintos e, principalmente, mantemos um relacionamento diário com todos os responsáveis pela transformação de plástico no país. RPS - As margens melhoraram? Qual o cenário dos distribuidores neste sentido? Explique. Gonçalves - As margens obtidas por cada empresa
são consequências das ações e atividades na busca pela eficiência. Trata-se de resultado do intenso esforço para que o negócio seja competitivo, sustentável e próspero. Esta busca pela rentabilidade é a base da cultura empresarial que deve reger todos os setores da economia brasileira. RPS - Em sua opinião, haverá queda mundial de preços de resinas devido ao shale gás, quando iniciar os excedentes, assim como aconteceu com o petróleo? Gonçalves - Creio que não. A população mundial necessita de energia para a melhoria na qualidade de vida e para seu desenvolvimento. A energia que impulsiona todos os meios de transportes, aquecimento e iluminação, ainda está intensamente relacionada ao petróleo, que também é base do setor de resinas. Além disso, é preciso considerar que a metade da população mundial, localizada na China e Índia, sofreu rápida evolução nos tempos atuais, consumindo muito do que planeta pode produzir. RPS - Quais os volumes de resinas distribuídas em 2015 de PE-PP-PVC-PET-PS? Gonçalves - PEs: 223.025 kt; PP: 94.700 kt; EVA: 5.026 kt; PS: 40.978 kt. Ainda não temos registro de vendas de PVC e PET pelos associados Adirplast. RPS - Quais os preços médios destas resinas? Gonçalves - Não temos informações sobre os preços praticados. Cada empresa tem sua política comercial distinta e a Adirplast preza pela competividade. RPS - Quanto da distribuição é nacional e importado? Gonçalves - Em 2015, entre os distribuidores associados à Adirplast, essa relação foi de 60-40% em favor da resina nacional, enquanto que, no mercado de varejo, a relação foi praticamente inversa, ou seja, 60-40% em favor dos materiais importados. RPS - Quais as tendências para preços, volumes e mercados? Gonçalves - Como mencionei anteriormente, o aumento da demanda, com elevação do poder aquisitivo das pessoas ao redor do mundo, especialmente de países emergentes e superpopulosos, como China e Índia, deve estimular o aumento de volumes e preços. RPS - Faça uma análise do cenário da guerra fiscal entre os estados e os portos. Quais os riscos da falta de equalização de ICMS no Brasil e de que forma isso impacta na distribuição? Gonçalves - Apoiamos integralmente a posição da Confederação Nacional da Indústria (CNI), sobre a validação dos incentivos fiscais.Tais medidas são <<< Plástico Sul < 7
PlastVipLaercio Gonçalves necessárias, pois um grande número de empresas considerou os incentivos dados pelos estados na definição dos projetos de investimentos e recolheram os impostos dentro das regras vigentes. A suspensão desses incentivos só iria gerar insegurança jurídica e reduzir a rentabilidade das empresas, que poderiam até fechar. Também seguimos a sugestão da Confederação Nacional da Indústria no que diz respeito às mudanças nas regras do ICMS, que devem ser simplificadas. Assim, a cobrança do local de origem deveria passar para o local de destino e a recuperação mais rápida dos créditos tributários incentivada, o que dificultaria a guerra fiscal entre os estados. RPS - Quais os avanços na busca pela equalização? O que está sendo feito de forma prática? Gonçalves - Vale ressaltar que, quando falamos em equalização, na verdade não significa apoiar o fim dos incentivos já adquiridos, mas a simplificação do sistema de cobrança do ICMS em todo o país. RPS - Com o novo governo, quais as expectativas para a efetivação da reforma tributária? Gonçalves - Estávamos otimistas no início do governo Temer, no entanto, já é possível notar um elevado
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poder do corporativismo público, da União, dos Estados e Municípios. Teimam em tomar o dinamismo e capacidade da iniciativa privada para atendimento das políticas públicas populistas, sem critério ou avaliação, além de tornar os cidadãos em pessoas com direito, mas sem deveres. Definitivamente essa não é uma sociedade moderna. Manter esse padrão tirará o país do jogo competitivo mundial. RPS - Quais as metas da Adirplast e ações práticas para 2017? Gonçalves - Temos três grandes metas para 2017: engajamento da entidade e seus associados para dar validade aos incentivos fiscais e reformas tributárias, como a do ICMS; colaboração na melhoria da capacitação financeira dos transformadores e, por fim, participação em programas de sustentabilidade do plástico, juntamente com outras entidades e com os cerca de 7.000 transformadores atendidos pelas empresas de distribuição.
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EspecialDistribuição
Os desafios da estrada Asfalto liso e linha reta não existem nos caminhos dos distribuidores de resinas brasileiros. O negócio é se adaptar às curvas sinuosas e esburacadas, driblando as tempestades que aparecem nessa desafiadora viagem.
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xecutar a parte logística para entrega de produtos, independente de quais sejam, é um desafio nas vias brasileiras. Não apenas pela situação precária das estradas, que atualmente não são propícias ao êxito, e pela agilidade necessária para que o material chegue até o cliente. Há ainda entraves internos que são geridos com maestria por uma parte dos distribuidores de resinas, mas que não são nada fáceis de administrar. Um deles inevitavelmente diz respeito à crise econômica brasileira. A queda na demanda influenciou diretamente o desempenho dessas empresas que distribuem matérias-primas para transformação de plásticos utilizados em diversos segmentos impactados pelos contratempos do último período, como indústria automobilística e o setor da construção. “A economia do país passa por um momento difícil e reflete em todas as empresas. A indústria vem sofrendo mais que outros setores há anos. A Distribuição está ligada à indústria e sente os reflexos”, avalia o diretor da Piramidal, Wilson Cataldi, empresa que completa esse ano três décadas no mercado e tem nas commodities sua maior porcentagem de vendas, com 60% de comercialização. O empresário não enxerga melhora de margens nas vendas e afirma que há um sacrifício de manutenção de resultados para a permanência no mercado nos últimos anos. “Isso faz com que o distribuidor tenha que se reinventar a todo o
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momento, desenvolvendo novas linhas de negócios e estando presente em todos os segmentos com uma cesta de produtos o mais completa possível”. O mercado em constante mudança exige dos distribuidores além de rápidas adaptações a diferentes cenários, investimentos em tecnologia e produtos. Portanto, como tendências de futuro, Cataldi aponta tecnologia e atualização constante nos processos, além de investimentos em linhas de produtos diversificadas e atuais, que possam sustentar o crescimento.
Novas plantas industriais
Inevitavelmente a petroquímica base nafta sofrerá o impacto de partidas de novas plantas pelo mundo, refletindo em seu braço, a distribuição. No país, a Braskem faz a lição de casa, buscando outras regiões para investir, como México, e outras fontes, como etanol. Além disso, investirá cerca de R$ 380 milhões para permitir o uso de gás etano como matéria-prima em suas operações. O investimento será direcionado à adaptação da infraestrutura logística no Terminal Portuário de Aratu, no duto de interligação e na adequação tecnológica de sua Unidade de Petroquímicos Básicos, no Polo Petroquímico de Camaçari (Bahia). “A Braskem que atua na base nafta vai sofrer assim como a petroquímica européia, principalmente porque no final de 2017, inicio de 2018 entrarão novas capacidades nos Estado Unidos e China”, lembra Otávio Carvalho, diretor da
Maxiquim Assessoria de Mercado. O consultor afirma que as duas regiões são as grandes locomotivas de crescimento das ofertas nos próximos cinco anos: Os americanos na faixa de 10 milhões de toneladas e os chineses por volta de 10 ou 12 milhões de toneladas. Para Carvalho, tais movimentações mudam o balanço global de resinas, já que haverá maior crescimento da oferta do que crescimento da demanda. “Isso tende a levar a um nível operacional global mais baixo. Não tenho dúvida de que esses investimentos nos EUA não são feitos para abastecer a América Latina, porque são consumos bem menores do que da Ásia, por exemplo. É para lá que está sendo direcionada essa oferta. Mas é preciso observar que há multinacionais americanas cada vez mais presentes na região da América do sul”, sinaliza. Para o diretor da Piramidal, Wilson Cataldi, as plantas que partirão principalmente dos EUA, origem de grande parte das resinas de polietileno importadas para o Brasil, provavelmente afetarão a petroquímica nacional. “O mercado brasileiro terá que se modernizar em suas práticas e processos para enfrentar as maiores ofertas de resinas. Não só as petroquímicas nacionais como também os transformadores precisam de atualizações mais rápidas e constantes renovações”, reflete o gestor. O diretor da Activas, Laercio Gonçalves, empresa que desde 1990 atua no mercado, tendo 90% de suas vendas direcionadas a commodities, também acredita nesse impacto. “O Oriente Médio, seguido pelos EUA são duas das regiões mais competitivas do mundo, pois têm elevada disponibilidade de gás natural. Com certeza, a partida dessas plantas afetará o mercado brasileiro, entretanto, acreditamos que os produtores locais, tomarão ações estratégicas para não perder a competitividade e market share”, explica. A Activas atua em âmbito nacional com sete centros de distribuição em todo o Brasil, com frota própria com mais de 20 veículos e dois canais de vendas (12 Contact Center Especializados e 18 Representantes Comerciais). Conforme Gonçalves, a Activas é a única distribuidora autorizada da Braskem e da Innova/Videolar que têm um departamento técnico e laboratório disponível para atender os clientes do Grupo Activas. “Temos uma profissional especialista em polímeros, o que facilita e agiliza muito o atendimento e desenvolvimentos técnicos”. Apesar das circunstâncias, a Activas projeta crescimento para o ano de 2016. “Estamos em fase final de elaboração das projeções e Orçamento para 2.017. Nossa perspectiva é de crescimento entre 6 à 7% em relação aos volumes comercializados em 2016”.
Concorrência
Em qualquer segmento a concorrência é personagem importante no contexto corporativo. Inclusive
por essa razão muitos setores unem empresas do mesmo ramo criando sindicatos patronais ou associações de classe como a Adirplast (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas e Afins). Laercio Gonçalves que, além de dirigir a Activas, também preside a Adirplast, acredita que a concorrência entre os distribuidores da Braskem é muito sadia. “A distribuição de resinas é um termômetro extra-oficial do mercado brasileiro, pois a nossa missão é distribuir resinas com excelência, tanto para os micros como para os pequenos e médios transformadores. A maioria de nós distribuidores atua em âmbito nacional, ou seja, estamos em contato com os mais diversos perfis de clientes e nos deparamos com empresas preparadas e organizadas, como também com empresas totalmente despreparadas e de gestão frágil”, explica Gonçalves. Ele revela que a Activas atende aproximadamente 5000 clientes de um universo de 7000 empresas. “Atualmente, cada distribuidor naturalmente conquistou seu espaço dentro do volume da Braskem e se consolidou em uma determinada região e perfil de clientes”. Cataldi, da Piramidal, compactua da mesma opinião, afirmando que a concorrência entre os distribuidores não difere de qualquer outra entre empresas diferentes ou outros mercados. “São empresas profissionalizadas, tem forte relação com o mercado em que estão instaladas”.
Entrave tributário
Um dos principais obstáculos dos gestores sem dúvida é a complexidade do sistema tributário brasileiro, além da discrepância de valores do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços entre os estados brasileiros. Evidentemente que a carga tributária nacional é muito alta, mas sabendo-se da impossibilidade de reduzi-la a curto e médio prazo, a reivindicação de diversos setores produtivos é pela simplificação dos impostos e equalização do ICMS. Segundo o consultor de gestão Vicente Falconi, as empresas têm custo alto para conseguir pagar os impostos devido à complexidade dos tributos. “Um dos empresários disse que só ele tem 29 mil taxas de imposto [de Circulação de Mercadorias e Serviços]. Cada estado tem uma taxa para cada produto diferente. Tem que ter um quadro enorme de pessoal para cuidar disso tudo”, afirmou. Falconi participou em agosto de uma reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em Brasília, empresários, executivos e acadêmicos do Instituto Talento Brasil com o objetivo de defender a simplificação dos impostos no país. Como em tudo, a Guerra Fiscal apresenta seus prós e contras que precisam ser observados e analisados. Para Milton Lourenço, diretor da Associação Nacional dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística (ACTC), o Congresso e o governo fe<<< Plástico Sul < 11
EspecialDistribuição deral precisam ter muita cautela e sabedoria ao tratar dessa questão porque a chamada guerra fiscal não tem só um lado negativo. “A capacidade de cada Estado de criar ou estabelecer incentivos fiscais para atrair indústrias e, assim, gerar empregos e desenvolvimento não constitui um mal em si. Pelo contrário, Estados como Pernambuco, Bahia e Goiás, além do Distrito Federal, devem boa parte de seu desenvolvimento à política de incentivos fiscais. São Estados que estão entre os dez mais desenvolvidos da Federação”. Por isso, sinaliza Lourenço, não se pode discutir o fim da política de incentivos, mas, sim, o seu aperfeiçoamento. “Até porque, se fosse uma política que só gerasse malefícios, não seria utilizada até hoje pelos estados que formam a república norte-americana”. O dirigente explica que a princípio, o governo quer buscar um consenso para a redução e unificação das alíquotas do ICMS, além da convalidação dos benefícios fiscais já concedidos e a criação de um fundo compensatório para amortizar as possíveis perdas de alguns Estados cujas economias seriam mais frágeis. Já para o diretor da Piramidal, Wilson Cataldi, as pequenas indústrias acabam sendo prejudicadas com a guerra fiscal uma vez que a grande maioria que tem acesso aos incentivos são as empresas de maior porte, e portanto, mais elaboradas e com recursos para se instalarem em outros estados fora de sua origem. “Os incentivos fiscais estaduais voltados para importações nos Portos ou Portos Secos, também prejudicam a indústria de transformação promovendo desigualdade de competição com os produtos nacionais”, afirma. O empresário salienta que a pequena e média indústria onde a distribuição está posicionada acaba perdendo competitividade nesse cenário. Para Cataldi, o tema da equalização do ICMS só será resolvido quando houver uma reforma tributária no país. A tão desejada reforma fiscal, com uma única alíquota de ICMS para todo o Brasil seria o ideal. “Enquanto isso não ocorre, se todos os Estados cobrassem imposto de barreira como acontece no Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo para empresas do SIMPLES e Lucro Real já seria um avanço”, explica. Apesar de toda a polêmica envolvendo a guerra dos portos, o empresário lembra que esse tema já teve impacto maior, mas que atualmente o maior obstáculo é outro. “Para a distribuição, o maior desafio é em relação as resinas importadas com similar nacional com alíquota de ICMS de 4% nas operações Inter Estadual e Estados que não cobram imposto de barreira”, adverte.
Alerta
O gerente-geral da Entec, Osvaldo Cruz, faz coro à Cataldi em relação à pauta da Guerra Fiscal. “Isso é um problema grave e de difícil solução que cria sérias dificuldades competitivas para a economia 12 > Plástico Sul >>>
brasileira, pois trata-se de um entrave gigantesco para o desenvolvimento econômico do Brasil e, consequentemente afeta a distribuição de resinas plásticas”, explica. Cruz avança no debate e alerta que neste segmento em específico, a maior evidência é a concorrência desleal que essa anacrônica situação provoca. “O reflexo disso é a atuação de alguns ‘agentes’ que têm como objetivo fazer lucro com a sonegação do ICMS, já que as diferenças de alíquotas existentes são atrativas para essa prática. Desconheço até o momento algum avanço efetivo para solução dessa aberração tributária”, diz. O executivo explica que todos os Estados brasileiros estão envolvidos nessa guerra e que, naturalmente, onde a atividade econômica é maior a guerra é maior (Estados do Sudeste e Sul). No setor da distribuição de resinas a concentração é no Sul e Sudeste. “ Uma das práticas é através de materiais importados que chegam pelos portos de Santa Catarina facilitam o “turismos molecular” para os Estados do Sudeste, já que o manejo do ICMS corresponde de 4% a 18%, é convidativo a pratica para sonegação”, desabafa Cruz. O gerente-geral da Entec explica que a distribuição que cumpre com seus deveres enfrenta um cenário de muito trabalho para se manter viva, já que as margens estão sempre aquém do necessário, a competição está acirrada, necessitando de muita capacidade de gestão. “Acredito que quem tem feito isso, tem se saído razoavelmente bem, naturalmente levando-se em conta o cenário macroeconômico recessivo, distorções tributárias aqui comentadas e terrível burocracia contábil”.
Solução
Mesmo com tamanha necessidade de uma resolução, a luz no fim do túnel parece que está longe do alcance das empresas brasileiras, que ao que tudo indica, terão que esperar mais tempo pela tão sonhada reforma tributária. Com o novo governo de Michel Temer, o ambiente para essa discussão fica melhor, mas mesmo assim, Cataldi, da Piramidal, não espera resolução nos próximos anos. “Acredito que o governo atual tem tantas reformas e ajustes de curto prazo a serem realizadas que a reforma tributária ficará novamente fora da pauta”. Para Cruz, da Entec, o Brasil caminha para uma discussão mais efetiva dessa situação, não por causa do novo governo e sim pelo esgotamento desse modelo que se aproxima. “Todos estão perdendo, por isso acredito que estamos chegando em um novo momento que criará as condições para mudanças... não será fácil”!
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Por Otávio Carvalho*
Análise de preços de produtos petroquímicos em curto-prazo 14 > Plástico Sul >>>
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inda que o ofício de projetar o futuro seja, justificadamente, considerado nada mais do que um exercício, não há nada que possamos fazer para evitar que vez ou outra sejamos chamados a fazê-lo. Costumamos dizer, jocosamente,que a única certeza nas previsões é que estarão erradas. Em geral, até é possível antever o sentido das tendências com alguma precisão, porém a magnitude é
algo bem menos previsível. Lembro de ter participado de um jantar com algumas das personalidades do setor plástico em setembro de 2014. A conclusão do jantar, praticamente unânime, foi que em 2015 deveria haver alguma queda nos preços de petróleo, era inevitável um ajuste fiscal no Brasil no curto-prazo, uma desvalorização do câmbio, uma desaceleração da economia, dificuldades para o novo governo. Era previsível. O que não conseguimos antever foi o tamanho da queda do petróleo, nem que a recessão fosse tão profunda, nem que o ajuste fiscal seria tão dramático, muito menos que a presidente terminaria afastada. Na MaxiQuim temos por ofício análises de tendências de curto e médio prazos para os preços de resinas. Mas sempre lembramos que, além de todo grau de incerteza que temos que conviver pela natureza das previsões, no setor petroquímico há ainda um complicador: a base de custos (mais especificamente, preços de petróleo e seus derivados, como a nafta) depende do imponderável, de decisões geopolíticas ou da eventual eclosão de conflitos armados, além de especulação pura. As tendências de preços de produtos petroquímicos no curto-prazo devem conter ao menos três aspectos: i) custo de produção do produtor marginal, aquele de custo mais elevado;ii) situação da oferta nas regiões formadoras de preços e iii) situação da demanda nos mercados de interesse. No primeiro aspecto, é sabido por todos que os preços de petróleo e seus derivados se encontram em patamares relativamente baixos, depois da correção ocorrida no final de 2014, e que vinham se mantendo na faixa de US$40 a US$50 por barril até a recente decisão da OPEP de congelar a oferta nos níveis atuais. À despeito das recentes frustrações com relação à implementação das medidas, o movimento serviu para deixar as cotações mais próximas de US$50 do que de US$40, o que gerou aumento de 10%, em dólares, nos preços da nafta petroquímica de setembro para outubro, acumulando 27% de alta desde o fundo de março. Pelo lado da oferta, nas regiões que servem como as principais referências de preços para o mercado brasileiro, foi notória a redução da disponibilidade de materiais para exportação durante o verão do hemisfério norte (por conta de uma série de paradas para manutenção nos EUA e Ásia), o que teve influência na precificação de polietilenos e PP
no Brasil, respectivamente. Essa situação está começando a ser revertida. Os efeitos sobre o PP já estão chegando ao Brasil. É questão de semanas para o PE entrar na mesma toada. Com relação à procura, vivemos o período de demanda sazonal de resinas, em preparação para atender pico de produção na ponta. É a época em que se discutem mais volumes que preços, embora nem sempre seja possível descolar uma coisa da outra. Isso ocorre no prenúncio das reduções de estoque de final de ano, quando a maior parte do mercado busca reduzir estoques ao mínimo por razões contábeis ou fiscais. Apesar do ano atípico em termos políticos e econômicos no Brasil, a lógica sazonal segue viva e influencia o comércio de resinas como sempre. Concluindo, dos três fatores relacionados ao mercado internacional e seu impacto no Brasil: i) custos de matérias-primas (nafta) estão suportando preços elevados e não deixam espaço para movimentos muito amplos; ii) a oferta melhorou e pode pressionar para baixo e iii) demanda tem estado saudável, mas tende a arrefecer no final do ano, quando pode gerar algum desconto para os compradores mais ousados. No caso brasileiro, um quarto ingrediente, e talvez o menos previsível de todos, a taxa de câmbio, é o que traduz as tendências de preços externos para o mercado doméstico. Nos últimos meses, as flutuações do real frente ao dólar têm servido como um amortecedor para a volatilidade de preços, uma vez que as tendências de alta lá fora normalmente têm vindo acompanhadas de queda das cotações do dólar frente ao real, e vice-versa. No curto-prazo, no entanto, as apostas tendem a um dólar mais baixo (pelo menos no curto-prazo pois está em vigor um fluxo positivo por conta da repatriação de recursos), ao mesmo tempo em que se desenha tendência de baixa de preços de resinas nos mercados de referência. No entanto, o principal batente é o preço do petróleo (e seus derivados, como a nafta), que embora esteja se mantendo próximo dos US$50 por barril, pode mudar radicalmente de patamar de um dia para o outro. *Diretor da Maxiquim Assessoria de Mercado
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BalançoCongresso Brasileiro do Plástico Iniciativa do setor plástico debate as perspectivas do produto em diversos segmentos e lança
programas socioambientais
O 2º Congresso Brasileiro do Plástico reuniu no RS empresários, estudantes e especialistas de diversas áreas para discutir sobre a importância do material para o bem estar das pessoas.
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rofissionais de diversos segmentos se reuniram, nos dias 5 e 6 de outubro, em Porto Alegre, para trocar conhecimentos e apresentar projetos que tinham algo em comum: o plástico. O material foi o tema central das apresentações de especialistas de diversas áreas, como construção civil, medicina, tecnologia, comércio exterior, entre outros. O 2º Congresso Brasileiro do Plástico reuniu ainda, representantes de entidades do setor e do poder público, empresários e estudantes, todos com o intuito de debater as qualidades e a importância do plástico para o bem estar social, econômico e ambiental. A abertura da 2ª edição do Congresso Brasileiro do Plástico aconteceu na noite de cinco de outubro, na Casa Vetro, importante espaço de eventos da capital gaúcha. A cerimônia reuniu em um jantar autoridades, empresários e profissionais de diversos setores, que foram surpreendidos com um desfile inusitado logo no início da festa. Em uma passarela montada no meio do salão, modelos desfilaram peças que continham plástico em sua composição e que foram criadas por estudantes de moda da Feevale. Um drone, comandado pelo palestrante do Congresso Charles Stempniak, acompanhou toda a ação fazendo imagens aéreas da apresentação. Alfredo Schmitt, presidente do 2º Congresso Brasileiro do Plástico, fez o primeiro discurso da noite e falou de como a cadeia produtiva do plástico é importante para o bem-estar das pessoas. “Trabalhamos para
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facilitar o dia-a-dia, evitando desperdícios, melhorando a qualidade de vida, e esse Congresso tem o objetivo de aproximar o setor plástico e a sociedade, mostrando como participamos em todas as atividades diárias dessas pessoas”, disse o executivo. José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria Plástica (ABIPLAST) e do Sindiplast, Edilson Luiz Deitos, presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast), e Marcos Troyjo, doutor em Sociologia das Relações Internacionais da USP/SP, também discursaram na abertura do evento. A cerimônia de abertura contou ainda com a presença do secretário estadual de Agricultura, Ernani Polo, que representou o governador José Ivo Sartori. Polo falou sobre a relevância do setor plástico e disse que o governo tem tanto interesse quanto os empresários de impulsionar essa cadeia produtiva. O secretário também discorreu sobre o setor de agronegócios. “A agricultura tem uma importância social e econômica muito forte para o Rio Grande do Sul, por isso estamos investindo cada vez mais para ser competitivos, e o plástico nos dá essa possibilidade”, disse o executivo. A noite teve ainda o lançamento do projeto Tampinha Legal, programa socioambiental que visa dar destinação correta ao material plástico pós-consumo, beneficiando instituições sociais. Em alusão ao movimento Outubro Rosa, o Instituto da Mama do RS (IMAMA) foi escolhido para ser a primeira entidade social
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a ser beneficiada pelo projeto, que tem como objetivo dar um novo destino a tampas de plástico em geral por meio da coleta do material na sociedade e comercialização do produto a indústrias recicladoras do Estado. O projeto Tampinha Legal é uma iniciativa do Sinplast, Simplás e Simplavi com apoio da Plastivida.
Palestras
Organizado por três importantes sindicatos do setor do plástico – Sindicato das Indústrias de Materiais Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás), Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Vale dos Vinhedos (Simplavi) e Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Rio Grande do Sul (Sinplast), o 2º Congresso Brasileiro do Plástico foi realizado no Teatro da PUCRS e recebeu centenas de pessoas interessadas em debater e conhecer inovações que envolvem o plástico. Especialistas de diversos segmentos palestraram sobre o importância do material para a evolução de suas áreas. Nesta edição, o Congresso contou com duas participações internacionais. O italiano Lorenzo Tavazzi, diretor da Prática de Cenários e Inteligência da EuropeanHouse – Ambrosetti, apresentou um panorama da indústria de plásticos da Itália e Europa. Tavazzi foi responsável por estudos da retomada do setor na Europa e comentou sua experiência durante a palestra. Vindo da Alemanha, Guido Aufdemkamp, diretor executivo da FlexiblePackaging – FPE (Embalagens Flexíveis da Europa), apresentou um painel sobre embalagens flexíveis com ênfase na redução do desperdício de alimentos e resíduos de embalagens. Formado em economia, Aufdemkamp tem como atividade principal representar a indústria de embalagens flexíveis europeia a nível europeu e no cenário internacional. A FPE lida com uma ampla gama de questões relevantes para a indústria de embalagens flexíveis, mais notavelmente o contato com alimentos, sustentabilidade e questões ambientais. Maria Elizete Kunkel, professora adjunta de Engenharia Biomédica, subárea Biomecânica, participou pela segunda vez do Congresso do Plástico e nesta ocasião pode mostrar a concretização de projetos que ela apresentou na edição anterior do evento. A professora falou da importância do plástico na medicina e destacou a evolução das órteses e próteses feitas em impressora 3D. Além da palestra, a professora apresentou, em um estande montado na área externa do teatro, os projetos que coordena. O Mão 3D, criado pela por ela, desenvolve próteses de mão para crianças que perderam ou nasceram sem o membro. Já C.R.I.A (Cadeira de Rodas Infantil Automatizada), projeto criado por Filipe Loyola, engenheiro biomédico, com coordenação da professora, é uma cadeira confeccionada com canos de PVC e outras peças de baixo custo, como correntes de bicicleta e motor comandado por joystick de vídeo-game. Além de lançar a C.R.I.A. durante o 2º Congresso Brasileiro do Plástico,
Maria Elizete Kunkel e Filipe Loyola doaram esse primeiro equipamento para uma entidade assistencial de Porto Alegre. O Educandário São João Batista foi o escolhido para receber a doação, que foi entregue ao pequeno Murilo Henrique Dias Pinto, de 4 anos. O menino nasceu como uma má formação na coluna e não pode andar. O tema plástico na construção civil foi apresentado pelo engenheiro civil Joaquim Caracas. Fundador e CEO da Impacto Protensão, Caracas falou sobre seus projetos que usam plástico reciclado, como o de montagem de lajes prediais que geram grande economia em obras, e o container sustentável, um sistema de placas modulares encaixáveis que já foi possibilitou a construção de alojamentos, casas, banheiros públicos para comunidades carentes e até um hotel de alto padrão. O engenheiro também comentou sobre os projetos sociais e parcerias com instituições de ensino do Ceará dos quais faz parte incentivando jovens a se dedicarem aos estudos e às pesquisas no setor de plásticos e construção civil. Éverton Simões Van Dal, engenheiro de Tecnologia da Braskem falou sobre a indústria do plástico do futuro. Atualmente trabalhando com avaliação de novas tecnologias renováveis e também é responsável por iniciativas em impressão 3D, o executivo deu um panorama do setor plástico e falou de como a Internet das Coisas (IoT) e Biotecnologia estarão cada vez mais próximas da indústria no futuro. A inovação e a tecnologia também foram destaque na palestra de Charles Stempniak, CEO da Smart Matrix. O doutorando em Engenharia falou sobre drones, visão computacional e inteligência artificial, destacando o uso dessas tecnologias a serviço da saúde e da segurança. Stempniak tem experiência em diversas áreas que envolvem tecnologia de hardware, incluindo design
Alfredo Schmitt (centro) com dirigentes e palestrantes da 2ª Edição do CBP
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BalançoCongresso Brasileiro do Plástico de produtos que demandam injeção de moldes para componentes de plástico e fibra de carbono. Durante o congresso o executivo fez demonstrações com drones hexacópteros e um óculos de realidade virtual usado em simulações de voos. Um painel voltado para a exportação também fez parte da programação do Congresso. Com mediação de Cristina Sacramento, especialista em Desenvolvimento de Mercado da Think Plastic Brazil, José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria Plástica (ABIPLAST) e do Sindiplast, Emanuel Figueira, diretor de Projetos da Apex-Brasil, Marcos Troyjo, doutor em Sociologia das Relações Internacionais da USP/SP, e Douglas Lima, gerente de comércio exterior da C-Pack Creative Packaging, debateram sobre a exportação como alternativa para o crescimento econômico e as práticas de exportação direta, bem como a solidária.
Meio ambiente
A preocupação com o meio ambiente também teve espaço no 2° Congresso Brasileiro do Plástico. Do entendimento à solução, o tema poluição nos mares foi apresentado pelo Prof. Dr. Alexander Turra. Livre docente no Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP), Turra apresentou o trabalho que faz em parceria com a Plastivida há quatro anos, que consiste em diversos estudos científicos que foram realizados pelo IO/USP com o objetivo de mapear e obter informações técnicas sobre este assunto no Brasil. Na companhia de Turra, Miguel Bahiense, presidente da Plastivida, fez o lançamento do “Fórum Setorial dos Plásticos Online - Por Um Mar Limpo”, plataforma para ampliar os debates sobre os caminhos e as alternativas de mitigação para o problema dos resíduos nos oceanos. Em 2012, após a Plastivida se tornar signatária da “Declaração Global da Indústria dos Plásticos”, movimento mundial do setor pela
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preservação do ambiente marinho, a entidade firmou um convênio com o Instituto Oceanográfico da USP (IO/USP) para a realização de um projeto técnico-científico sobre o tema. Ao longo dos anos, diversos estudos científicos foram realizados pelo IO/USP com o objetivo de mapear e obter informações técnicas sobre este assunto no Brasil. Foram realizados monitoramentos e diagnósticos dos resíduos em praias brasileiras (SP, BA e AL), a análise da perda de pellets na cadeia produtiva dos plásticos, que resultou em um Manual de Orientações “PelletsZero”, que é uma iniciativa da cadeia produtiva dos plásticos global. Também foi realizado um diagnóstico sobre a poluição da Baía de Guanabara, além de projetos de educação ambiental sobre o tema. A partir daí, foi lançado em junho último o Fórum Setorial dos Plásticos, que resultou na “Declaração de Intenções”, documento que estabelece os compromissos da cadeia produtiva dos plásticos no Brasil sobre o tema. Até o momento, a declaração já foi assinada por 16 instituições: Além da própria Plastivida, Abief, Abiplast, Abiquim, Abrade, Adirplast, Braskem, Dow, Instituto do PVC, Simperj, Simpesc, Simplás, Simplavi, Sindiplast, Sinplast, Sinproquim. A participação é aberta a outras entidades, associações, indústrias e players do setor, para que este movimento ganhe cada vez mais representatividade e efetividade em seus propósitos. A plataforma online é um aglutinador de todas essas informações reunidas desde 2012, além das propostas de educação ambiental, prevenção, coleta e reciclagem, e passa a ser uma ferramenta dessa mobilização setorial.
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BalançoCongresso Brasileiro do Plástico
Plásticos, por um mundo promissor a todos Alfredo Schmitt*
E
m um mundo no qual a desunião e a desigualdade social tornam-se cada vez mais frequentes, o número de pessoas em situação de rua, a fome e as nações envolvidas em guerras tendem a crescer. Se quisermos transformar o mundo em um lugar melhor, não só no sentido social e econômico, mas também no que diz respeito ao universo corporativo, precisamos de iniciativas que unam as pessoas em prol de um objetivo que beneficie a todos. Investir em conhecimento e reunir especialistas de diversos setores para traçar estratégias que possibilitem o desenvolvimento, seja de um país ou de um setor, são ações iniciais para alcançarmos um futuro promissor. Recentemente, o setor do plástico deu um exemplo extremamente positivo para promover a inovação e os benefícios que o material pode oferecer para o desenvolvimento social, econômico e ambiental. Com a presença de empresários, profissionais, estudantes e especialistas nacionais e internacionais de diversas áreas, o 2º Congresso Brasileiro do Plástico reuniu centenas de pessoas interessadas em trocar conhecimentos e experiências sobre a importância e as vantagens que esse produto oferece para a vida das pessoas. Trata-se de uma cadeia produtiva que cotidianamente se renova, investindo cada vez mais em tecnologia, pesquisa e desenvolvimento para criar soluções voltadas para setores fundamentais da economia. Sabe-se que em países onde o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é mais alto, o consumo de plásticos per capta é maior. Os plásticos estão nas embalagens que armazenam, conservam e transportam os alimentos para destinos cada vez mais distantes, nos canos que levam a água potável, nos produtos que previnem e tratam doenças, nos materiais voltados para a construção, na educação, no acesso à informação, e em muitas outras aplicações. Essa indústria, que é responsável por mais de 320 mil postos de trabalho no Brasil, tem como objetivo mostrar que os plásticos contribuem e muito para mitigar questões sérias que afligem o mundo, como a fome, a falta de saneamento básico e infraestrutura, o descarte incorreto do lixo, entre outros. Com muito planejamento, uma equipe alinhada e um trabalho coeso, o 2º Congresso Brasileiro do Plástico debateu temas como exportação, redução do desperdício de alimentos, a excelência do setor para a retomada da indústria na Europa, a importância do plástico na medicina a partir da impressão 3D e também na construção civil economizando materiais como madeira, a indústria do plástico do futuro e o entendimento sobre a poluição nos mares, proporcionando aos congressistas a oportunidade de ter acesso a informações e conhecimento dos mais variados segmentos, mas todos destacando a importância do plástico. Organizado por três importantes sindicatos do setor do plástico – Sindicato das Indústrias de Materiais Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás), Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Vale dos Vinhedos (Simplavi) e Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Rio Grande do Sul (Sinplast), o Congresso Brasileiro do Plástico se consagra como uma das principais iniciativas do segmento para América Latina com o objetivo de evidenciar o plástico como elemento indispensável para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Se o mundo precisa de ações positivas para o seu desenvolvimento, a cadeia produtiva dos plásticos contribui criando cada vez mais soluções e aplicações que trazem benefícios para a sociedade, para a economia e para o meio ambiente. *Presidente do Congresso Brasileiro do Plástico
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Foco
no Verde
Energiplast discute os novos rumos da
reciclagem A
preocupação com o meio ambiente e o reaproveitamento de materiais na cadeia petroquímica e do plástico ganha adesões a cada ano, tanto em termos legislativos como processuais. Com foco nesse cenário foi realizada no dia 27 de setembro na Federação das Indústrias do Estado do Rio do Sul (FIERGS), a 7ª edição do Energiplast – Fórum Brasileiro de Reciclagem Energética de Resíduos Sólidos com 26 > Plástico Sul >>>
Ênfase em Plásticos, valorizando o debate sobre as alternativas de aproveitamento de resíduos para geração de energia. O Fórum, promovido anualmente pelo Sinplast/RS - Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do RS, contou com a presença do Ministério Público, autoridades e palestrantes nacionais e internacionais, que apresentaram cases e novas tecnologias na área.
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no Verde DIVULGAÇÃO
Foco
O presidente do Sinplast/RS Edilson Deitos, ao abrir o evento, destacou que há décadas o plástico oferece inovações para a sociedade, acompanha evoluções cientificas e tecnológicas em diversos setores e que, para garantir a cadeia sustentável, deve-se reconhecer a sua importância. “O verdadeiro ganho ocorre quando empresas compreendem que sustentabilidade é diferencial competitivo”, disse. Deitos afirmou que a reciclagem é um dos grandes temas da cadeia do plástico, destacando a importância da análise do ciclo de vida do produto, do ecodesign, da gestão pós-consumo e dos incentivos fiscais, com a economia circular (redução, reuso, reciclagem). Luiz Henrique Hartmann coordenador do evento, lembrou da discussão sobre a desoneração da cadeia da reciclagem com a participação federal, com a presença da Frente Parlamentar em Defesa da Cadeia de Reciclagem, e outros atores da sociedade, como Promotoria Pública e Abiquim.
Desoneração tributária e judicialização
No primeiro debate o deputado federal Carlos Gomes, da Frente Parlamentar em Defesa da Cadeia de Reciclagem, que foi catador, disse que sabia da importância, do valor econômico, social e ambiental dessa matéria-prima. E apresentou alguns números e ações da reciclagem do Brasil. “Segundo dados da Abrelpe, apenas 3% de tudo o que o Brasil gera de resíduos sólidos é reciclado, o que, segundo o IPEA, representa uma injeção de cerca de R$ 12 bilhões anualmente na economia brasileira. Além disso, conforme Ministério do o Meio Ambiente, apenas 18% dos municípios do Brasil tem coleta seletiva e 51% do lixo gerado é orgânico, mas as 28 > Plástico Sul >>>
iniciativas de reaproveitamento por meio de compostagem ainda são muito tímidas no Brasil”. Gomes ressaltou que a reciclagem não está na pauta dos governos e por isso foi importante a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Cadeia de Reciclagem, que tem atuação descentralizada em cinco coordenadorias distribuídas em diferentes regiões do país, com várias ações em andamento. “Desoneração fiscal de toda cadeia produtiva, campanhas de conscientização da população, a descentralização das indústrias e a criação de linha de crédito especial junto ao BNDES estão na pauta da Frente”, disse. A atuação da Frente tem como base os conceitos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), mas esse tema gera polêmicas e não se desenvolveu como era esperado. “Complexidade é a palavra que resume a PNRS”, diz a promotora de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre Annelise Monteiro Steigleder. “A temática de resíduos sólidos é uma preocupação de poucas pessoas. Somos minoria. A grande maioria tem indiferença quase absoluta sobre o destino de resíduos sólidos. Vejo isso na comunidade geral, setor produtivo e governos”, lamenta. Segundo ela, este cenário gera uma desintegração de políticas públicas. “Temos lei federal que estabelece uma série de deveres com a gestão compartilhada, mas o sistema jurídico acaba funcionando fechado. É uma questão econômica. Enquanto o produto com matéria reciclada for tão caro, a população não vai poder pagar por isso.” Para Annelise, deve-se olhar como reage a economia, o social e o cultural para a tomada de decisões. “Enquanto exigências para comunidade de catadores forem como para setores produtivos, vamos mantê-los na informalidade”, lamenta. A promotora disse o MP tem acompanhado a implementação dos diferentes acordos setoriais, como o de embalagens. “Entidades que firmaram acordo não têm organização para prestar contas para a sociedade”, afirmou. “Pensamos em seguir o modelo de São Paulo da judicialização na questão dos acordos setoriais, pois as associações têm feito pouco ou quase nada e sem transparência”, disse. Ela afirmou que o Ministério Público em diferentes estados tem atuado neste sentido, pois a tentativa de autogestão (acordos setoriais) não tem dado resultados satisfatórios
Solução viável e processos em evolução
A indústria química, um dos principais integrantes da cadeia, por meio de Andrea Carla Barreto Cunha, representante da Abiquim abordou o tema “Reciclagem: Uma solução viável”. Segundo ela, a entidade atua em várias frentes e em parceria com as indústrias do setor no sentido de implantar ações que minimizem os impactos dos resíduos na saúde humana, na segurança e no meio ambiente. Segundo Andrea, mais do que o resíduo industrial, que já registra uma diminuição de cerca de 46% entre 2006 e 2015, o grande desafio está no resíduo pós-consumo. “Temos a responsabilidade compartilhada de contribuir de forma construtiva e dar suporte técnico às empresas sobre como lidar com as substâncias químicas no produto final”, disse. E citou algumas propostas da Abiquim pela busca da competitividade do material reciclado, citando ainda o Acordo do Setor de Embalagens Pós-Consumo. Entre as propostas, Andrea falou sobre a desoneração da folha de pagamento dos recicladores, o incentivo fiscal, a desoneração dos investimentos realizados pelos recicladores e a redução do valor mínimo de apoio financeiro do BNDES.
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Foco
no Verde
Na reciclagem, o CEO da ZEG Environmental, André Tchernobilsky, afirmou que os diferentes processos são vistos mais como aliados que concorrentes, pois mecânico e energético se complementam. O mesmo ocorre na produção, pois o uso de energias naturais, como solar e eólica, não tomam o espaço da recuperação energética de resíduos. “O setor de resíduos sempre terá oportunidades porque sempre cresce”, explicou Tchernobilsky. A ZEG apresentou a tecnologia FDS, uma evolução da pirólise convencional que realiza a gasificação destes materiais em menos de um segundo. “Podemos tratar qualquer resíduo que tenha carbono e hidrogênio. A vantagem de transformar o resíduo em gás é também o preço”, comentou. O desenvolvimento de novas tecnologias é uma espécie de imposição do próprio sistema. Desta forma, Armin Villa, do Grupo Starlinger GmbH, da Áustria, disse que o setor de reciclagem vem se desenvolvendo em paralelo com o de materiais recicláveis. Assim, ressaltou que se as pesquisas para ter melhores máquinas não param, as de matérias-primas e junção de materiais em novos produtos seguem no mesmo ritmo. Por isso é preciso pensar em como separá-los depois do consumo. “Atualmente, não vemos plástico como resíduo, mas como recurso, matéria-prima. Temos que nos adaptar a isso. E às adaptações do produto final”, enfatizou Villa.
Máquinas conectadas e mercado forte
O especialista alertou que as máquinas precisam se conectar
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a todos os tipos de plásticos e formas físicas, misturas, e mesmo de materiais orgânicos, como fibras. Villa também comentou sobre a complexidade da indústria plástica, que envolve muitos setores, como o político, de leis, fatores econômicos, como preço da resina, ligada ao preço do petróleo, fatores sociais. “Na América do Sul, empresas dependem de pessoas sem instrução catando material na rua”, mas a reciclagem cresce em importância junto à sociedade. Há um mercado, é viável. As indústrias têm que se adaptar a isso, pensar na reciclabilidade dos novos produtos. “Na Europa, há várias leis para a indústria de reciclagem que mandam projetar itens com conteúdo reciclado, as leis estão conduzindo a indústria”, afirmou. Outro tema de destaque no Fórum foi o funcionamento e os resultados dos três anos de produção da unidade de coprocessamento da Fundação Proamb, de Nova Santa Rita (RS). O diretor de Operações Gustavo Luiz Fiorese, falou sobre a geração e consumo de energia e a legislação envolvida. “De 1997 a 2007, o mundo consumiu 24,6% a mais de energia, índice puxado pela expansão da Ásia, com crescente demanda energética e por recursos hídricos. A geração de energia a partir de resíduos e a escassez de recursos naturais estão relacionados com a crise energética mundial. Portanto, o processo através de fontes alternativas desperta cada vez mais interesse econômico”, ressaltou ele. A partir da Portaria 016/2010 da Fepam, que dispõe sobre o controle da disposição final de resíduos, como borra de tinta, epis contaminados, borra oleosa, plástico contaminado, papel/papelão, etc, segundo Fiorese, é que a Proamb definiu a unidade de coprocessamento em Nova Santa Rita. “São resíduos de alto valor calórico, potencial para instalação em indústrias por meio do mix de resíduos coprocessáveis para posterior destruição técnica e geração de energia na indústria de cimento”, explicou. Na unidade, a Proamb produz o blend a partir de resíduos sólidos industriais com capacidade de produção de 2000 toneladas/mês e produtividade de 10 toneladas/hora. Outras palestras interessantes completaram o programa do 7º Energiplast, importantes no processo de geração de energia, reciclagem e novos formas de um evento que se consolida a cada edição como forma complementar para debater temas aproveitamento do plástico e seus resíduos.
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Bloco
de Notas
Abiplast e Braskem lançam canal com informações à sociedade
Visando fornecer informações que agreguem valor e desmistifiquem conceitos equivocados, a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) e a Braskem - maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, lançaram o Movimento Plástico Transforma. A campanha visa dialogar com a sociedade civil, os formadores de opinião e os trabalhadores do setor. Para se comunicar com esses públicos, a Abiplast e a Braskem lançaram o site http://www.plasticotransforma.com.br/, que contém informações para toda a cadeia. No canal é possível entender o que é o plástico, como é fabricado, seus diferentes tipos, quais sãos os seus benefícios em diversos setores e segmentos, incluindo os processos ligados à sustentabilidade, inovação e educação, além de acompanhar as novidades, tendências, conhecer os mitos e verdades e suas aplicações no cotidiano. "Os materiais plásticos são utilizados há muitos anos. Devido às suas peculiaridades, como baixo peso e custo, elevada resistência mecânica e química, além da facilidade de aditivação, substituem diversos tipos de materiais, como o aço, o vidro e a madeira, tornando-se essencial na indústria e na vida de milhões de pessoas", destaca José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Abiplast.
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Grupo Solvay constrói fábrica no México
O Grupo Solvay, líder mundial em materiais de alto desempenho a partir de poliamida, está construindo uma unidade industrial de plásticos de engenharia Technyl® em San Luis Potosí, no México, com capacidade anual inicial de 10 mil toneladas. A nova unidade tem previsão de entrar em operação no terceiro trimestre de 2017 para atender ao crescimento do mercado regional e da América do Norte ligados às indústrias automotiva e de bens de consumo. O México é o segundo maior produtor de automóveis e veículos comerciais nas Américas e está em sétimo lugar em todo o mundo, com uma produção anual superior a 3,5 milhões de unidades em 2015. Além disso, muitos fabricantes de bens de consumo e equipamentos elétricos estão localizados nas proximidades, oferecendo novas oportunidades para a Solvay. "A nova unidade nos ajudará a sustentar o rápido crescimento do negócio de poliamidas Technyl® na América do Norte, ampliando nossa oferta na região", afirma Vincent Kamel, presidente da unidade global de negócios Solvay Performance Polyamides. "Muitas das principais montadoras do mundo estão localizados na região, o que torna o local uma base ideal para nós atendermos aos mercados e contribuir com as nossas soluções de mobilidade sustentável.", acrescenta Kamel. A Solvay já está planejando investimentos adicionais para atender o mercado do NAFTA (sigla em inglês para Tratado Norte Americano de Livre Comércio). Para minimizar custos de investimento e comercialização, a Solvay firmou uma parceria com a Chunil Engineering, um dos seus principais clientes.
Setor de compósitos faturou R$ 1,065 bilhão no primeiro semestre Abief tem nova assessora executiva
Desde o início de setembro, Patrícia Helena dos Santos é a nova Assessora Executiva da ABIEF - Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (www.abief.org. br). A profissional, que acumula uma experiência de 25 anos em empresas de grande porte, especialmente multinacionais, responderá por todas as atividades e projetos da entidade. “A proposta é otimizar os produtos existentes hoje, maximizando seu valor, e criar novos que contribuam para o desenvolvimento sustentável de nossos associados e do setor de embalagens flexíveis como um todo.”
O setor de materiais compósitos faturou R$ 1,065 bilhão no primeiro semestre deste ano, queda de 30% em comparação a igual período de 2015. Sob o ponto de vista de material transformado, a retração foi de 27,8%, totalizando 66,5 mil toneladas. Na comparação com a segunda metade do ano passado, os encolhimentos dos índices foram de, respectivamente, 8% e 5,5%. Os dados são da consultoria Maxiquim. “Os compósitos são largamente consumidos pelo mercado de transportes, com destaque às montadoras de ônibus e caminhões, que atravessam uma situação muito complicada. Também houve uma retração na demanda do setor de energia eólica, o único até então imune à crise. Em paralelo, as empresas da nossa cadeia produtiva não estavam capitalizadas o suficiente para enfrentar uma recessão tão longa, agravada pela restrição e custo do crédito, o que impediu o desenvolvimento de novos produtos”, avalia Gilmar Lima, presidente da Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (ALMACO). Para 2016, a Maxiquim projeta um faturamento de R$ 2,3 bilhões, o que significará uma queda de 13,7% frente ao resultado anterior – em volume, um total de 136 mil toneladas, 8,8% a menos do que em 2015. “Mesmo assim, não tenho dúvidas de que 2017 será melhor, ainda que partindo de uma base muito ruim”. Lima aposta que a retomada começará pelos mercados de infraestrutura, construção e energia eólica. “O segmento esportivo, inspirado pelas Olimpíadas, também deve gerar oportunidades importantes para os materiais compósitos”. De acordo com o presidente da ALMACO, as empresas devem fazer o máximo para, mesmo em períodos difíceis como o atual, manter os seus valores e diferenciais. “Aquelas que não perderam conhecimento com a saída de talentos terão anos excepcionais daqui para frente”.
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Agenda DIVULGAÇÃO
Anunciantes
Düsseldorf (Alemannha)
3 Rios / Página 13 A. Schulman / Página 2 Activas / Páginas 16 e 17 Braskem / Página 21 Dannaplas / Página 33 Digitrol / Página 30 Entec / Página 5 Feiplastic / Página 29 Inbra / Página 15 Krauss Maffei / Página 8 Matripeças / Página 24 Moretto / Página 27 Pelletron / Página 30 Phitec / Página 32 Piramidal / Página 9 Plástico Brasil / Página 31 Polipositivo / Página 33 Pretex / Página 32 Replas / Páginas 22 e 23 Romi / Página 25 Sepro / Página 36 Teck Tril / Página 20 Thormaq / Página 33
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Agende-se para 2016 K 2016 A feira nº 1 no mundo em plástico e borracha 19 a 26 de outubro de 2016 Düsseldorf - Alemanha www.k-online.de
Na próxima edição, agenda completa para 2017
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