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Editorial DIVULGAÇÃO

Expediente Outubro de 2017 - # 190

Conceitual Brasil - Jornalismo Total www.revistaplasticosul.com.br Fone: 51 3208.1798 | 3208.1826 editora@conceitualpress.com.br

Tecnologia como aliada

Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves DRT/RS nº 12.844 Departamento Comercial: Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 99941.5777) Capa: divulgação Plástico Sul é uma publicação da Conceitual Brasil - Jornalismo Total, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.

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stamos vivendo um era onde a tecnologia está por todos os lados, ao alcance das mãos. Um momento onde a automação, grande amiga das indústrias, contribui para processos mais limpos e menos arriscados. Tais avanços tornam-se extremamente importantes quando existe a necessidade de superação de desafios de ordem externa. Há problemas nas empresas que não dependem de seus esforços já que a indústria é um elo dependente de inúmeras variáveis. Enquanto essa engrenagem não está alinhada, cada empresa vai fazendo a sua parte para tornar-se mais competitiva e lucrativa. Na reportagem sobre o mercado de extrusão que o leitor poderá conferir nas próximas páginas, abordamos exatamente isso: a capacidade do empreendedor de não esmorecer frente os desafios e continuar investindo em tecnologia na busca de processos mais limpos, com economia de energia e aumento de produtividade, por exemplo. Sabemos que para isso são necessários recursos e importantes alianças. Mas acreditamos que a criatividade para obtenção de soluções é uma das principais características do gestor brasileiro. Por isso apostamos em matérias que mostrem todo esse potencial. E reforçamos nosso compromisso com a busca de informações que acrescentem conteúdo aos leitores do setor plástico. Falar em crise é necessário no momento pois tapar o sol com a peneira não solucionará o problema do Brasil e apenas colocará embaixo do tapete os desabafos da indústria. Todavia, buscar depoimentos sobre os avanços das empresas para que continuem no mercado também se faz extremamente necessário, seja para estimular, seja para informar. O mundo não para para que nos reestruturemos. Portanto mãos à obra que 2018 tem 365 dias para que façamos a diferença pelo nosso país e pela empresa que trabalhamos. Boa leitura!

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ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas Marca Registrada:

Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 44 > Plástico > Plástico Sul Sul >>> >>>


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EspecialExtrusoras

Tecnologia:

2018”. Para o executivo, a diminuição dos insumos cobrados de impostos para o setor seria a primeira atitude a ser tomada pelos governantes, pois isto iria gerar muito mais investimentos e conseqüentemente mais impostos arrecadados. O diretor da Extrusão Brasil, Carlos Renato Borges confirma a dificuldade do ano de 2017 para o segmento de extrusão. Para ele, este mercado ,assim como o de bens de capital em geral, no ano de 2.017 foi negativo, seguindo o embalo de praticamente todos os outros setores do Pais. A expectativa do empresário para 2018 é melhor, porém, dependerá muito das reformas políticas, como a da Previdência, e investimentos em áreas essenciais, como a da construção civil. “São necessários incentivos a vários setores da economia, como o da construção civil e automobilística, que são os propulsores do país, assim como facilitação maior de financiamentos de longo prazo, com taxas de juros aceitáveis”, resume.

palavra de ordem Não que o mercado de extrusão esteja vivendo momentos de glória, longe disso. Mas os empresários deste setor já entenderam que, enquanto cobram ações efetivas do governo para melhorar as condições do empreendedor no país, precisam investir em tecnologia para sobreviver e crescer em meio às turbulências.

Q Paulo Leal, diretor da Rulli Standard, diz que burocracia e tributos prejudicam a evolução

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ualidade do produto final, economia de energia e produção limpa são os pilares do segmento de extrusão na busca por excelência através de tecnologias de ponta. Mas na procura por melhores resultados, nem tudo está nas mãos do empresário. Um empurrão governamental cairia bem no tão esperado 2018, principalmente no que tange a diminuição de burocracia para a busca de financiamentos e redução de impostos para quem ainda sobrevive empreendendo. “Como todo fabricante de máquinas, o ano de 2017 foi difícil. Feliz do empresário que conseguiu sobreviver e estar em dia com todos os tributos governamentais que são aplicados no processo de fabricação de maquinas”, lembra o diretor comercial da Rulli Standard, Engenheiro Paulo Leal, que completa: “Estamos bem otimistas com 2018 , neste final de ano luzes de esperanças foram acesas projetando bom resultados para

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Apesar da crise, em 2017 a Wefem apresentou a Linha Titanium, com novas tecnologias

Investimento em tecnologia

Justamente a falta de incentivos e as dificuldades econômicas enfrentadas pelo país são grandes propulsoras de investimentos em tecnologias e muita criatividade. Os períodos de crise que transcendem a capacidade de resolução dentro das empresas fazem com que os empresários necessitem apostar em outras frentes para crescer. Investir, independente do tamanho dos recursos existentes, é necessário para sobreviver no mercado cada vez mais competitivo. “Em 2017 apresentamos ao mercado de extrusão um produto de alta qualidade. Embora tenha sido um ano de crise, conseguimos formar novos parceiros e investir em novas tecnologias. Só assim podemos ficar preparados para esta nova era”, explica o diretor da Wefem Extrusoras, Fernando Paixão. Para ele as máquinas com mais tecnologias proporcionam, além de economia de energia, mais qualidade final nos produtos. “Este processo tecnológico dá mais eficiência aos colaboradores e eleva a satisfação dos clientes”, diz Paixão. Para ele as empresas estão investindo cada vez mais em tecnologia e os desafios serão cada vez maiores. “A Wefem Extrusoras está preparada para atender as maiores exigências do mercado, trabalhando para um futuro melhor”, comemora. A Wefem Extrusoras apresentou no ano de 2017 a Linha Titanium, para reciclagem de filmes. Segundo o executivo, ela é a mais rentável do mercado, pois possui a mais recente tecnologia, unida ao desempenho e a facilidade de operação. “Proporciona ao cliente economia em energia elétrica e mão de obra, além de aumentar a qualidade do produto final”, revela. A Linha Titanium possui “Alimentação Forçada”, que faz a compressão do filme diretamente na entrada da rosca da extrusora. Paixão afirma que com esta tecnologia não há necessidade de agluti-


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nar, aproveitando ao máximo a potência motora da máquina. “Outro diferencial é o sistema de duplo estágio de degaseificação, que atinge níveis de qualidade em materiais com tinta, antes alcançado apenas com extrusoras cascatas”, sinaliza. Para Paixão a reciclagem no Brasil ainda está em um processo embrionário. “Há muito que se reciclar, porém, pouco se faz pela conscientização. Acreditamos que com algum incentivo, a política de separação de lixo reciclável poderá ser feito com maior vigor e em escalas exponenciais, o que irá gerar oportunidades para todos”, finaliza.

Extrusão Brasil: pronta para o aquecimento da econômica com a DR CÔNICA 80/156,

De olho nas demandas

Quem também acompanha o processo de desenvolvimento tecnológico é a Rulli Standard. As extrusoras da empresa são destinadas ao segmento de filmes flexíveis e rígidos , tamanhos e produtividades como a incorporação de distintas camadas, de acordo com a solicitação dos clientes. O diretor comercial Paulo Leal explica que a empresa está realizando e entregando todos os seus equipamentos já com modificações do layout para a adequação das normas exigidas , sistema de reciclagem e reaproveitamento do refile online , gerado no processo integrado à linha de produção, permitindo a transformação de refiles em pellets alimentando novamente a extrusão, em um processo limpo sem aparas e com diminuição de custo para o empresário. Para ele as novas tecnologias ou recursos técnicos se refletem na economia no processo de produção , agilidade e limpeza dentro do interior da área produtiva.

Extrusora Dupla Rosca Contra Rotante, tradição e produtividade com a marca Miotto

Extrusoras dupla roscas cônicas

Entre o final de 2016 e metade de 2017 foram realizadas várias feiras e algumas empresas aproveitaram para lançar novos modelos ou apresentar novidades técnicas na linha tradicional. Segundo Carlos Renato Borges, entre outras, a feira principal para a Extrusão Brasil foi a Plásticos Brasil, realizada em março de 2017, com uma visitação bem representativa, porém gerando poucos negócios para a empresa em função da grande instabilidade econômica vivida pelo país naquele ocasião. “A Extrusão Brasil é uma empresa fabricante de linhas completas para extrusão para diversos segmentos, entre eles: construção cível, automobilística, eletro domésticos, indústria moveleira. As nossas linhas de extrusão podem ser compostas por extrusoras mono roscas, dupla roscas contra rotantes, dupla roscas co rotantes, máquinas que podem produzir de 10 a 1.500 kgs/hora”, revela o empresário. Ele explica que a última novidade da Extrusão Brasil foi a fabricação das extrusoras dupla roscas cônicas, que possuem um excelente poder de plasti-

ficação, alta produtividade, com um baixo consumo de energia e potência instalada. “A tecnologia de máquinas proporciona uma grande economia de energia, com um grande aumento de produção e qualidade de plastificação, podendo inclusive operar com grandes percentuais de cargas ( carbonato de cálcio, talco, fibras e outros )”, diz Borges.

Tradição

A Miotto já completou 57 anos de fundação, fabricando extrusoras e periféricos, para a formação de diversas linhas que permitem produzir, entre outros, fios e cabos elétricos, perfis rígidos ou flexíveis, tubetes, mangueiras e tubos de até 650 mm de diâmetro, bem como granulação de termoplásticos <<< Plástico Sul < 7


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EspecialExtrusoras “Um ponto que lamentamos é que, devido a enorme variação de alternativas para atender as necessidades específicas dos clientes, as máquinas só podem ser fabricadas sob encomenda, portando isso encarece as mesmas”, considera Miotto, que complementa: “Na condição de fundador da empresa, continuo com o sonho de melhorar esses dois aspectos, o preço e pronta entrega”.

Bobinador duplo

Diferencial LGMT: em 2017 a empresa lançou no mercado um bobinador duplo automático

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novos e reciclados. “Com permanente empenho na melhoria contínua de toda a equipe, nossos produtos têm nível de qualidade internacional, atingindo mercados da América do Sul e do Norte, Europa e África” explica o Diretor-presidente Enrico Miotto . O principal produto da empresa é a extrusora mono-rosca EM-03-G4, fabricada nos diâmetros de 2530-35-45-60-75-90-105-120 e150 mm x comprimento de 25 D e 30D. As roscas possuem geometria adequada para processar cada termoplástico utilizado. As extrusoras duplas roscas contra-rotantes série EM-2R, são fabricadas nos diâmetros de 55-6575-90-110 e 140 mm, nos comprimentos de 25D e 30D. “São máquinas de alta produtividade e plastificação, chegando até 2500 kg/h”, diz Miotto. Já as extrusoras dupla rosca co-rotantes série ECM-2R estão disponíveis nos diâmetros 42-58 e 77 mm, nas relações L/D 32-36-40 e 44. Conforme o empresário, devido à construção de forma segmentada, onde se altera a própria geometria da rosca, permite a aplicação com vários desenhos distintos, de forma a se obter excelente produção, plastificação e homogeneização. O cilindro também é modulado, podendo-se alterar o ponto da degasagem e side-feeders, adicionando-se algum componente no produto principal já plastificado. Podendo produzir materiais de engenharia, masterbatch, compostos e tintas em pó, e permite rotações acima de 300 RPM, consegue-se obter excelente produção.

A LGMT disponibiliza para o mercado de transformação de termoplásticos e elastômeros, extrusoras mono rosca e dupla rosca (co-rotante, e contra-rotante), nos mais diversos tipos de aplicação. As extrusoras da LGMT equipam as linhas de produção de: Tubos rígidos ou flexíveis; Tubos corrugados;(eletrodutos, sifão extensível e etc...); Perfis rígidos ou flexíveis; Granulação, de compostos ou recicláveis; Filamentos para impressoras 3D; e Laboratório. No ano 2017 a empresa lançou no mercado o bobinador duplo automático, com cintamento através de fita de arquear, para linha de tubos. Outro diferencial é o sistema de monitoramento a distância da linha de produção, através de wifi. Tais recursos técnicos se refletem na atividade do transformador através da redução do custo operacional, agilidade de processos e monitoramento on-line da operação. Conforme o diretor comercial Luciano Miotto, em 2017 o mercado foi regular, porém com baixo volume. "A expectativa para 2018 é de um aumento progressivo das vendas", avalia. O Poder Público pode colaborar para melhorar o desempenho do setor plástico. "É de fundamental importância o consenso entre a parte política e econômica do país para que sejam retomados os investimentos necessários tanto na indústria como na infraestrutura", finaliza.


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DestaqueRoscas e Cilindros

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Projetos especiais garantem qualidade e eficiência

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o universo da plastificação a qualidade do produto final e a rentabilidade da linha de produção dependem de vários fatores além de uma máquina e da matéria-prima utilizada. Há todo um conjunto de fatores complementares, considerado como o “coração” do processo, que interfere diretamente no produto final. Entre eles estão a adequação de projetos e os perfis de roscas e cilindros que exigem uma análise técnica criteriosa, pois a diversidade de polímeros e de compostos empregados nos vários processos de transformação gera a necessidade de projetos específicos. Por isso, muitas vezes, quando o rendimento de uma máquina fica aquém do desejado o diagnóstico revela que roscas e cilindros não estão funcionando como deveriam. Diego Leão, diretor comercial da Rosciltec, empresa de São Paulo, especialista na fabricação e recuperação de peças para essa área, explica quais os procedimentos para resolver o problema. “Não existe um tempo pré-determinado para revisões dos conjuntos plastificadores, porém a realização de laudos dimensionais, sempre deve constar no cronograma de manutenções preventivas”, alerta. Para que seja obtido o rendimento máximo na operação os fabricantes recomendam um perfil de rosca próprio para cada tipo de resina ou composto, o que derruba a tese de processamento com uma rosca universal. No entanto, em um setor marcado por sobressaltos financeiros, nem todos se dispõem a pagar por uma rosca específica e não valorizam o custo-benefício de uma peça e acabam adotando uma solução intermediária, ou seja, perfis de roscas adequados às famílias de materiais e não para cada grade. Porém, procedimentos alternativos podem trazer riscos ao processo, pois quando os equipamentos não são os mais adequados, os prejuízos são evidentes. É o que destaca o executivo da Rosciltec: “Os sinais de que o conjunto está gasto ou de que a rosca possa estar fora do padrão para o tipo de matéria prima processada, são sentidos no processo ou seja, baixa produtividade, instabilidade no processo, altos índices de refugo, aumento de temperaturas, aumento do rpm, entre outros indicadores”, cita Leão. Com mais de 50 anos de atuação no setor a LGMT Equipamentos Industriais, tradicional fabri-


cantes de extrusoras e peças especiais, com sede em Piracicaba (SP), compartilha dessa avaliação sobre o conjunto ideal e vai um pouco além, como ressalta o diretor Luciano Miotto. Além da perda de produtividade e do aumento do índice de refugo, o executivo enfatiza o aumento do custo operacional (custo da energia consumida X quantidade produzida. “De acordo com cada tipo de material processado, e possível se definir um período adequado para verificação do conjunto de cilindro e rosca, ou seja, quanto mais agressivo o processo (abrasão), menor o tempo indicado para acompanhamento do desgaste das peças”, ressalta. O executivo informa que a LGMT disponibiliza equipe especializada, com instrumentação adequada para avaliação dimensional das peças. “A conjunção entre queda de produção, e avaliação dimensional das peças, deve determinar o momento de uma recuperação, ou a necessidade de substituição por um novo conjunto”, esclarece Luciano Miotto. A diversidade de polímeros e de compostos empregados nos vários processos de transformação gera a necessidade de projetos específicos. A Indústria de Máquinas Miotto, fundada em 1961 em São Bernardo do Campo (SP), uma das mais importantes fabricantes nacionais de extrusoras, também se dedica a outros equipamentos. O diretor-presidente Enrico Miotto foi suscinto ao comentar o assunto: “Efetuamos também a manutenção e reposição de roscas e cilindros bimetálicos ou nitretados

e demais peças, inclusive para injetoras, sopradoras e extrusoras para borracha”, acrescenta.

Mercado razoável

Era de se prever que a avaliação dos fabricantes sobre o comportamento do mercado pudesse ser péssima diante do quadro recessivo dos últimos anos. Não foi de todo ruim, conforme o comentário de Diego Leão. “O mercado está médio, apesar de toda a crise, acredito que foi um ano razoável”. E Luciano Miotto, da LGMT, também manifesta esta impressão: “ Manteve-se estável em relação aos anos anteriores, com boas perspectivas para 2018”, completa. A qualificação dos fornecedores, no entanto, é um aspecto que preocupa Diego Leão, da Rosciltec, que deixa um recado aos empresários. “Os transformadores devem sempre procurar referências e empresas idôneas para recuperar ou fabricar cilindros e roscas, pois nos últimos anos, o numero de empresas que se propõem a fazer este serviço aumentou muito, entretanto a grande maioria sem a qualificação e a responsabilidade necessária. Lembre-se que o conjunto plastificador é o "coração" da máquina e você não iria confiar a saúde de seu coração em um mal profissional, certo ?” alerta o executivo.

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Qualidade das roscas é fundamental, recomenda a LGMT, com grande tradição no setor

Diego Leão, gerente comercial da Rosciltec, lembra a importância dos laudos dimensionais

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Tecnologia

Fabricada para a Puríssima Água Mineral, a garrafa SuperLightweight, com 9,7 gramas, reduz o consumo de matéria prima em 110 toneladas por ano

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ais uma vez a tecnologia tem papel importante na evolução dos processos produtivos da indústria do plástico. Levando em conta os novos hábitos de consumo e a crescente preocupação com a preservação da natureza, a Plastipak, referência em qualidade e tendências no setor de embalagens, desenvolveu em conjunto com a Puríssima Água Mineral e Natural uma nova embalagem ecologicamente correta. A Garrafa Super-Lightweight, de 9,7 gramas, tem redução de 35% de plástico em comparação com o recipiente anterior de, 14,8 gramas, além da tampa que pesa apenas 1 grama, o que aponta uma diminuição de 56% em relação à antiga. Essas mudanças impedem o descarte de mais de 110 toneladas de matéria-prima por ano. As mudanças foram feitas na garrafa de 497 ml sem gás da empresa mato-grossense. A solução foi pensada com o objetivo de desenvolver uma embalagem mais leve, contribuindo com o meio ambiente. A sustentabilidade está presente em todo processo pois, com a redução no uso de matéria-prima, o custo para transporte e armazenamento dessa nova garrafa também diminuem.

Novo design, mesma resistência

Além disso, a resistência da embalagem não foi afetada pela redução de plástico em sua composição. A área de desenvolvimento e técnica da Plastipak criou um novo design que, além de manter uma boa estrutura, também conservou o mesmo volume da garrafa anterior. Para isso, desenvolveu um formato mais inovador gerando um maior destaque no ponto de venda, o que consequentemente vai aumentar as vendas do produto. Fundada em 1967 e sediada em Plymouth (Michigan), a Plastipak é uma empresa referência em qualidade e tendências de embalagens plásticas rígidas no desenvolvimento de preformas, frascos e potes em resina PET e HDPE “A Plastipak, por ter uma fábrica de água no grupo, tem muita experiência com esse tipo de embalagem ultraleve e trouxe todo esse know-how para o mercado brasileiro” afirma Evandro Pereira, diretor geral da Plastipak no Brasil. “Em relação à Puríssima, foi possível alinhar todos esses pontos com a estratégia da marca (ECO) e nosso cliente foi o pioneiro a utilizar essa solução na região Centro-Oeste”, completa. É importante destacar que a preocupação com 12 > Plástico Sul >>>

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Plastipak desenvolve embalagem com 35% menos plástico A resistência não foi afetada e a medida vai reduzir custo de transporte e armazenagem

o meio ambiente não vai parar na garrafa de 497 ml, segundo o gerente comercial e sócio da Puríssima Água Mineral e Natural, Filipe Franzner, o objetivo é implantar essa nova tecnologia em todas as embalagens que for possível. “Além disso, temos um projeto de recolher as embalagens pets descartadas junto com a população que será lançado em breve. Com esse projeto vamos reduzir ainda mais a quantidade de PET descartada no meio ambiente”, explica.

Crescimento em 2018

Atuando com força total no Brasil, a Plastipak acredita que boas oportunidades podem surgir em tempos difíceis. A visão otimista é motivada pelo plano de investimento nacional, que contou com aporte de R$ 20 milhões em investimento tecnológico e de sustentabilidade para que a companhia continue o movimento de crescimento em 2018. Neste momento, em que a situação econômica ensaia retomada, a empresa aproveita para reiterar seu compromisso com o país, confiando em um grande potencial do setor. Ocupando o cargo de diretor geral da Plastipak Brasil desde setembro, Evandro Pereira revela a intenção de estruturar o centro de P&D e implantar novas linhas de produção em Paulínia (SP), cidade que abriga a sede da companhia norte americana no país. “Temos que inovar para crescer, para nos diferenciar e para agregar valor. Só entendendo a real necessidade do consumidor final, do ponto de vista da inovação, é que vamos manter a competitividade", afirma.


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Tecnologia

Nova garrafa PET da Fanta Projeto da embalagem

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Fanta: parceria da Coca-Cola com a Drink Works e Sidel resultou na bela e criativa garrafa

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á novidade no ar... ou nas gôndolas, freezers: a Fanta, que estreou nas prateleiras nos anos 1940, sendo a segunda marca mais importante da The Coca-Cola Company (TCCC), está de cara nova. A popularidade da garrafa “Splash” fez com que o formato se transformasse em padrão para refrigerantes dos principais mercados consumidores. A forma de garrafa pertencente à Fanta perdeu sua identidade exclusiva e isso levou a Coca-Cola a investir no projeto e desenvolvimento de um novo design patenteado, adaptado para o PET, mas também para o vidro, a fim de proporcionar um novo padrão mundial protegido para a marca. “Após anos de sucesso no mercado internacional, a forma ‘Splash’ deixou de ser propriedade da Fanta, passando a pertencer à categoria de refrigerantes: era a hora de redesenhar a garrafa e adotar uma forma inovadora para dar destaque à Fanta nas gôndolas”, explica Gregory Bentley, Engenheiro de Embalagens da Coca-Cola responsável pela coordenação do projeto mundial. Trabalhando em estreita colaboração com Leyton Hardwick e a equipe da agência escolhida, a Drink Works, “criamos uma rede mundial por meio da qual foi possível reunir diferentes informações atualizadas sobre embalagens, requisitos específicos dos mercados e feedback constante sobre os designs mais adaptados”, continua Bentley.

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No âmbito dessa abordagem de uma rede mundial de técnicos, a TCCC também contou com a participação de experientes parceiros fornecedores para superar os desafios da realização do novo design. A Sidel teve papel fundamental no desenvolvimento do projeto de embalagem, particularmente na qualificação da nova garrafa da Fanta para produção industrial. “Ao integrar o conhecimento e a experiência do fornecedor desde as etapas iniciais dessa empreitada, garantimos a forma, o enchimento e o desempenho viável da garrafa”, diz Bentley. “Foi genial poder contar com um parceiro tão competente e eficaz como a Sidel.” A nova forma de garrafa exigiu uma compreensão precisa do comportamento do PET quando submetido à pressão, especialmente como a carbonatação da bebida pode deformar partes da garrafa e ocasionar transbordamento do líquido. E como a versão anterior, a nova garrafa devia ser 100% reciclável. A nova garrafa PET criativa e exclusiva desenhada pela Drink Works representa uma quebra dos padrões relativos ao design de garrafas para refrigerantes (CSD). Ela tem forma de espiral e foi inspirada na torção de uma laranja para obter o suco. Compõe-se de uma série de nervuras decoradas com pequenas bolhas e uma torsão na metade inferior. A espiral dá uma estrutura inabitual e assimétrica à garrafa da Fanta, representando um verdadeiro desafio para o desenvolvimento de um frasco capaz de resistir à deformação e conservar a estabilidade. “Fomos a favor dessa forma de espiral, que tem o mérito de ser realmente única no mundo das embalagens de bebidas carbonatadas em PET, e a Sidel nos ajudou a superar os desafios apresentados pelo design”, disse Bentley. “É essencial que todos os lados da garrafa que se façam face tenham a mesma dimensão para evitar problemas de perpendicularidade”, explica Jérome Neveu, especialista de embalagens da Sidel. “Otimizamos a superfície de manuseio da garrafa e a orientação angular do fundo para conservar a geometria quando estivesse cheia.”


Drone utiliza motion plastics da Igus Drone mais leve com “Motion Plastics”, componentes plásticos para movimentos, da Igus

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tecnologia invade o campo e a indústria do plástico participa do processo auxiliando no controle efetivo de pragas que, muitas vezes, pode ser difícil, especialmente quando as áreas vizinhas não podem ser afetadas. O drone “FitoStinger” foi desenvolvido exatamente para esse propósito. Seu peso leve é parcialmente atribuído aos motion plastics da Igus que incluem a guia linear DryLin extremamente leve feita de carbono. O drone “FitoStinger” foi desenvolvido pelo Centro TSA na Espanha. Ele possui um braço extensível que permite a pulverização precisa de pesticidas. Para poder tratar apenas as áreas afetadas com precisão, o drone deve ser robusto e leve ao mesmo tempo. E nessa etapa do processo é que entra o expertise da Igus, um dos fabricantes líderes a nível mundial no setor de sistemas de esteiras porta cabos e buchas autolubrificantes em polímero e especializada em motion plastics. Com sede em Colônia, em 2016 a Igus com “motion plastics”, componentes plásticos para aplicações com movimento, conseguiu atingir um volume de vendas de 592 milhões de euros. No caso específico do drone FitoStinfer, a guia linear da Igus, usada no equipamento, consiste de um trilho de carbono extremamente leve sobre o qual desloca-se um carrinho de plástico sólido. O material possui a força e rigidez necessárias e é, ao mesmo tempo, extremamente leve. Assim, é necessário menos força de acionamento para controlar o drone, que é extremamente fácil de manobrar no ar. O funcionamento livre de falhas do drone também exige que os cabos e mangueiras guiados não fiquem emaranhados em outros componentes durante a inclinação, curvas ou movimentos de rotação. Isso se torna possível através do uso

de uma Esteira porta cabos micro E2, assim como os mancais pillow block igubal.

Vantagens da tecnologia

Além do drone “FitoStinger” para o controle de pragas, as buchas autolubrificantes da Igus também são usados em drones para fotografia aérea, documentação de danos ou a entrega de mercadorias. As vantagens em comparação com os rolamentos de metal são óbvias: Eles são ideais para a maioria de movimentos dos drones, são robustos para o uso exterior e oferecem, ao mesmo tempo, um peso baixo e a liberdade de não precisar de lubrificação e manutenção. O drone “FitoStinger” é uma das 541 contribuições para o Prêmio Manus deste ano. A competição exibe aplicações inovadoras de mancais e rolamentos autolubrificantes e é contemplada com um prêmio de até 5.000 euros.

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Tecnologia

Assento mais leve com espuma de melamina BASF O assento com menor peso melhora o desempenho e eficiência energética dos trens

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Além de resultar em assento 90% mais leve, o Basotect® traz segurança contra o fogo Com densidade reduzida, a espuma Basotect® ajuda a diminuir o peso total dos assentos, resultando numa significativa redução de peso dos vagões e, consequentemente, melhorando o desempenho a eficiência energética dos trens. “O baixo peso é uma grande preocupação no setor ferroviário. Quando reduzimos a massa dos vagões por meio dos assentos, ajudamos as autoridades de trânsito a oferecerem um transporte público mais eficiente em termos de combustível, com melhor desempenho geral e maior longevidade”, explica Holli Woodard, gerente de desenvolvimento de mercado de Basotect na América do Norte.

As vantagens da espuma

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s divisões de pesquisa das indústrias envolvidas com a cadeia do plástico tem apresentado novidades ao mercado, como é o caso da espuma de melamina de células abertas da BASF, Basotect®. O produto tem sido alternativa interessante para substituir materiais no estofamento dos bancos de trens nos Estados Unidos, resultando num assento 90% mais leve do que as almofadas para bancos feitas de espuma tradicional, e mais confortável para os passageiros. Além do peso, a espuma também ajuda a enfrentar outro grande desafio dos fabricantes de trens: a segurança contra o fogo. Esse benefício pode ser comprovado porque o novo assento já está em uso no rápido sistema de transporte público que serve a área da Baía de São Francisco e no sistema ferroviário de passageiros que serve Long Island, em Nova York. A novidade foi implementada pela expert em aplicação, Rogers Corporation, com sede nos Estados Unidos, conversora da espuma sob a marca BISCO® MRF-400.

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A Basotect® também tem excelentes propriedades de proteção contra incêndios. Ela é feita de resina melamínica, com estabilidade térmica, sendo inerentemente resistente ao fogo, sem a necessidade de adicionar outros retardadores de chamas. "A espuma Basotect da BASF oferece muito valor aos nossos clientes, já que permite que eles atendam aos rigorosos requisitos de peso do vagão e, ao mesmo tempo, cumpram com os requisitos de desempenho e segurança contra o fogo", considera Faizan Nasir, Gerente de Desenvolvimento de Mercado na Rogers Corporation. A alta resistência a chamas e baixa liberação de fumaça e calor ajudam na capacidade da espuma de atender às principais normas que definem os diferentes requisitos regionais para o comportamento de materiais e componentes usados em trens em caso de fogo. Sua flexibilidade e alta elasticidade contribuem para um encosto de banco mais confortável para os passageiros, proporcionando uma experiência mais agradável. A fabricação do encosto de assento de trem requer a capacidade de cortar contornos específicos e detalhá-los na espuma. Basotect® é ideal nesse sentido, pois tem processamento e recursos de design flexíveis. Uma ampla gama de opções de corte, como o uso de lâminas, serragem e trituramento, permite que a Rogers Corporation produza peças personalizadas.


Aditivos

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último trimestre de 2017 chegou com novidades na área de aditivos, com o anúncio feito pela divisão de Ciência dos Materiais da DowDuPont, com grande importância para o mercado. A partir de agora, os aditivos de silicone da Dow Corning, empresa que foi integrada à Dow em 2016, serão comercializadas pela companhia sob a marca VORASURF™. As soluções são destinadas aos mercados de conforto (colchões e calçados) e eficiência energética (espumas em spray) e contribuirão com o atendimento à crescente demanda por materiais de alto desempenho. Conforme destaca Andres Posada, gerente de Marketing de Performance Silicones da divisão,”são mais de 100 produtos da antiga Dow Corning voltados ao setor de poliuretanos que foram incorporados pela Dow, expandindo nosso portfólio de surfactantes de silicone para espumas de poliuretano com desempenho superior”. E acrescenta: “Além de ampliar nossa linha, continuamos investindo em inovação, como os novos surfactantes automotivos, com baixo composto orgânico volátil (COV) e novas soluções para espumas rígidas compatíveis com os novos agentes de expansão hidrofluoroolefina (HFOs).” A transição à marca VORASURF™ começou em novembro de 2017 e será concluída no final de 2018. Todos os produtos de silicone da Dow Corning continuarão sendo oferecidos e para ajudar a garantir uma passagem tranquila, os nomes atualizados dos produtos apresentarão o “DC” da Dow Corning e manterão os números originais de grau do produto (como DC 193, DC 2525 e DC

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Dow vai comercializar linha VORASURF™

5950). A lista com todos os nomes atualizados está disponível no centro de informações da Dow Corning. A empresa ressalta que para mais informações os clientes que tiverem interesse imediato devem entrar em contato com os representantes de vendas ou visitar http://www.dowcorning.com/ content/polyuret/

Os aditivos de silicone da Dow Cornig passam a ser comercializados sob nova marca

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Pesquisa & Desenvolvimento

CTI da Braskem completa 15 anos O Centro de Tecnologia e Inovação no Pólo de Triunfo, no Rio Grande do Sul, concentra a parte mais significativa da estrutura de pesquisa da empresa no mundo

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ara quem está envolvido com a cadeia do plástico, os 15 anos do Centro de Tecnologia e Inovação (CTI) da Braskem, em Triunfo, é motivo de festa. Nesse tempo o centro de pesquisas vem desenvolvendo tecnologias que são usadas em dezenas de países e até mesmo no Espaço. Recentemente, os astronautas da Estação Espacial Internacional começaram a imprimir as suas próprias ferramentas usando o plástico verde, um polímero criado a partir da cana-de-açúcar em vez do petróleo, inovação que partiu do CTI, instalado no Rio Grande do Sul. No futuro, os astronautas poderão reciclar os resíduos no espaço. O ciclo reverso, em que o plástico já utilizado retorna para a cadeia produtiva e gera novas peças é outro objeto de desenvolvimento do CTI, que tem como um de seus propósitos a busca pela sustentabilidade. Nos últimos cinco anos, a Braskem investiu R$ 1,3 bilhão em inovação, e tem laboratórios nos Estados Unidos, México e Alemanha. Mas é no Rio Grande do Sul

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que está uma parte significativa dessa estrutura: das mais de 300 pessoas que fazem parte do ambiente de inovação da Braskem, cerca de 180 atuam em Triunfo. Em 15 anos, foram mais de 1000 patentes registradas pela Braskem, com grande contribuição deste que se tornou o mais avançado centro de pesquisa de polímeros da América Latina. Entre 2013 e 2016, mais de 50 novos produtos foram acrescentados ao portfólio, com diferentes finalidades que atendem a todo tipo de indústria. Materiais usados em automóveis, por exemplo, precisam ser leves e resistentes, com isolamento térmico e acústico. Já as resinas utilizadas em calçados devem priorizar o conforto, a flexibilidade e a leveza. O CTI desenvolve ainda produtos pioneiros no mercado, como os polímeros inteligentes: embalagens plásticas que mudam de cor para indicar quando um alimento estraga.

Centro de relevância

Como referência de projetos recentes, em junho de 2016 o Centro de Tecnologia e Inovação investiu R$ 500 mil em um novo laboratório. O local é específico para o processamento de EVA, voltado para desenvolvimento de novas aplicações e suporte para os clientes desenvolverem suas próprias formulações. O novo laboratório passa a ser uma referência na área de EVA no país, pois conta com uma infraestrutura que permite


moldes, produções personalizadas – como próteses, por exemplo – e confecções em pequena escala. É o caso dos astronautas da Estação Espacial Internacional. A meta é que a empresa possa conquistar o protagonismo mundial no mercado de impressão 3D.

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realizar desde a formulação de um composto até a produção de protótipos. "Esse investimento permitirá uma maior interação com os clientes, acelerando o desenvolvimento de novas tecnologias para a indústria calçadista", afirmou n a ocasião Giancarlos Delevati, engenheiro de Aplicação PE Performance do CTI. “O CTI já foi inaugurado como um centro de muita relevância para o setor químico e, ao longo dos 15 anos, através de investimentos e integração de empresas, foi crescendo. Procuramos trabalhar com produtos inovadores para a indústria química. Queremos contribuir para moldar a indústria química do futuro", afirma Alessandro Cauduro, gerente de Inovação & Tecnologia responsável pelo CTI. Desde o início de 2017, uma nova visão de atuação global tem interligado as unidades de P&D no Brasil, Estados Unidos, México e Alemanha. Projetos são desenvolvidos em conjunto e o intercâmbio entre as unidades tem sido estimulado para permitir a livre circulação de informação e a troca de expertise entre diferentes regiões do globo. Entre as várias aplicações que desenvolve, a empresa enxerga o potencial da impressão 3D e desenvolve resinas adaptadas a este tipo de tecnologia, que permite a produção de protótipos sem a necessidade de

O CTI em Números • 15 Laboratórios • 6 plantas-piloto que operam 7 dias por semana, 24 horas por dia • Cerca de 180 integrantes • Cerca de 700 mil análises realizadas ao longo destes 15 anos • Mais de 450 clientes da Braskem utilizam o suporte técnico do CTI para realizar suas inovações e melhorias Fonte: Braskem

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Feedback | Acrílico

Ano foi positivo, mas importações preocupam

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á uma luz no fim do túnel para o setor de acrílico, mas também um alerta. Apesar das crises econômica e política, o mercado de chapas acrílicas no país deve fechar 2017 com resultados positivos. A previsão é de que mais de 8.000 toneladas do material sejam vendidas até o final deste ano. O montante é 8% superior ao comercializado no ano passado, quando foram vendidas 7.500 toneladas, segundo dados do INDAC – Instituto Nacional para Desenvolvimento do Acrílico. O bom desempenho quebra uma sequencia de três anos seguidos de queda – 2014 a 2016. Nestes anos, o setor viu as vendas despencando de 12.000 toneladas em 2013, para 10.500, 9.700 e 7.500, respectivamente.

No entanto, apesar do bom resultado, os produtores de chapas acrílicas nacionais não têm muito a comemorar. Isso porque, junto às vendas, cresceram também as importações. Tanto que, neste ano, elas ocupam a liderança do mercado, com 64% de participação. Ou seja, das mais de 8.000 toneladas de chapas acrílicas vendidas no país em 2017, 5.100 toneladas foram produzidas fora, longe das fábricas que geram emprego aqui no país. “Esse é um dado muito preocupante que precisa ser revertido urgentemente, sem o produtor nacional, todo o mercado e cadeia produtiva do acrílico ficam vulneráveis e tendem a morrer no país”, explica Carlos Marcelo Thieme, presidente do Indac.

Com demanda de menos de 3.000 toneladas por ano, os 19 produtores de chapas acrílicas no país amargam ainda uma ociosidade de 12 mil toneladas. "Lutar pela maior proteção do mercado é importante, mas o setor precisa também assumir uma maior responsabilidade das vendas. Temos que juntar os elos que compõem essa cadeia e mostrar aos clientes as inúmeras qualidades do acrílico, plástico nobre e 100% reciclável", conta Thieme, que completa: "Diversificar o leque de produtos, com medidas e cores menos comuns, e também de negócios, como fazem algumas das nossas empresas associadas, têm sido alguns dos caminhos para evitar a concorrência nem sempre leal com produtos vindos de fora". Ainda segundo Thieme, o setor precisa estreitar seus laços e buscar saídas em comum para enfrentar não apenas os importados, mas para investir no crescimento sustentável de toda a cadeia e na melhoria dos seus produtos e serviços: “O Indac se propõe a intermediar essa discussão entre produtores nacionais de chapas e transformadores e trabalhar para a união e crescimento da cadeia. A realização de encontros trimestrais entre nossos associados no próximo ano é uma excelente oportunidade de aproximar esses dois elos e mostrar que a compra de chapas não pode ser respaldada apenas pelo menor preço. Qualidade, entrega, atendimento e suporte técnico são fundamentais. Além disso, juntos, cliente e fornecedor podem desenvolver chapas exclusivas e mais adequadas para diferentes projetos”, finaliza.

Indac auxilia no descarte correto de resíduos de acrílico Economia Circular, reciglagem, sustentabilidade, são palavras de ordem na cadeia do plástico, E para ajudar o transformador com o correto descarte de sucata de acrílico, o Instituto Nacional para Desenvolvimento do Acrílico/Indac criou o Programa de Recupe20 > Plástico Sul >>>

ração de Acrílico. Por meio dele, orienta os transformadores sobre os procedimentos mais adequados de armazenamento e de repasse do material descartado aos produtores de chapas. A iniciativa pretende eliminar da cadeia os efeitos nocivos gerados pelo sucatei-

ro, que, por oportunismo ou falta de informação ou de interesse no assunto, não armazena corretamente o acrílico, além de misturá-lo com outros plásticos. Tais práticas fazem com que os custos de produção das chapas recicladas sejam mais dispendiosos por causa


da separação de impurezas. Soma-se a isso, o ganho de mais esse player. Além de contribuir para o aumento da qualidade da chapa reciclada e seu barateamento, o estímulo do retorno do material excedente às empresas produtoras ainda faz com que cadeia se ajuste à Lei de Logística Reversa, que torna todos os elos do mercado responsáveis pelo descarte ecologicamente correto de resíduos sólidos. Longe de ser um plástico comum, o acrílico, além de resistente, bonito e extremamente durável, é 100% reciclável. Quando descartado corretamente, pode ser novamente transformado em chapas que serão utilizadas para uma infinidade de aplicações, como objetos decorativos, displays comerciais e acessórios femininos, entre tantas outros itens. “Todo esse processo é possível porque o acrílico é um termoplástico que não sofre alterações significativas na sua estrutura química durante o reaproveitamento, permitindo que ele seja fundido no processo de recuperação do monômero

de metacrilato de metila”, explica Carlos Marcelo Thieme, presidente Indac. Tamanha flexibilidade ainda torna o acrílico um material extremamente valioso no mercado de reciclagem, quando comparado a outros plásticos. Isso faz com que seu índice de reaproveitamento seja bastante alto. De acordo com estimativas do setor, são recicladas no País aproximadamente 2 mil toneladas por ano de chapas e resinas acrílicas. E esse número só não é maior porque o material é muito durável e, por isso, utilizado na produção de bens com prazo de vida mais longo. Assim, um item em acrílico geralmente só é descartado quando quebra ou chega ao final de sua vida útil.

Descarte/Serviço

Tanto quanto as empresas produtoras da matéria-prima, os transformadores têm responsabilidade sobre os impactos negativos de um produto no meio ambiente. Por isso, descartar corretamente os resíduos é fundamental, inclusive para que esse material volte às mãos de quem o produz.

“Quando se tratar do descarte de acrílico, recomendamos que as pessoas procurem seus fornecedores de chapas. Em caso de dúvidas ou se tiver qualquer dificuldade de contato com o produtor, orientamos que procurem o Indac. O Instituto vai informá-lo quanto à forma mais correta de descarte e armazenamento do material”, explica Thieme. Para saber mais sobre o Programa de Recuperação de Acrílico, o transformador pode ligar diretamente para o Instituto: (11) 3171-0423. O Instituto Nacional para o Desenvolvimento do Acrílico, atualmente com 40 filiados, é uma organização criada há 17 anos, por empresários da livre iniciativa do setor com objetivo de promover o uso correto do acrílico, difundir o conhecimento das suas propriedades e aplicações, além de ampliar sua participação no mercado, por meio da indicação de seus associados.

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Indústria Automotiva

A Hella usou PLEXIGLAS da Evonik para fabricar as incríveis lanternas do Crossland X da Opel

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e antes as montadoras guardavam as novidades em tecnologia e design de veículos para as feiras internacionais, agora, a cada momento há supresas positivas no setor automotivo... em todas as etapas. Assim, já se foi o tempo em que a única coisa de notável no carro familiar era o seu design pouco imaginativo. O novíssimo Crossland X da Opel, por exemplo, quer combinar “as propriedades de um SUV moderno com a elegância e a funcionalidade de um sedã”, observa Mark Adams, vice-presidente de design para a Europa da montadora alemã de Rüsselheim, explicando, ainda, que “o nosso novo Crossover une esses dois pontos fortes de um modo inigualável, enquanto ainda oferece um ótimo espaço interno apesar de seu tamanho compacto”. O resultado é um “carro familiar moderno, perfeito para famílias jovens”. Segundo Adams, a montadora se vale de uma combinação de estilo escultural, precisão alemã e aparência high-tech: “O novo Crossland X é inconfundivelmente Opel” – uma marca, observa, que adota a essência de

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uma filosofia de design que pode ser descrito como ‘design escultural encontra engenharia alemã’. Para a Opel, um aspecto dessa filosofia tem a ver com a união perfeita de forma e função em cada detalhe do veículo, o que se traduz em um constante redesenhar dos modelos da marca, com a inegável parceria de conceituados fornecedores. O Crossland X, por exemplo, é o primeiro modelo a ser equipado com lanternas de LED de desenvolvimento recente dos especialistas em lanternas na Hella. As lanternas curvas caracterizam o design esportivo e ao mesmo tempo elegante do Crossland X. O responsável por essa luz vermelha intensa e de distribuição homogênea é um composto para moldagem PLEXIGLAS® customizado da Evonik. As lanternas atuam como interface entre a tampa do porta-malas e as linhas do teto, deixando o tema duplamente curvo, assinatura da marca, claramente visível ao longo de ambos os componentes.

Guias de luz de PLEXIGLAS®

O tema de curva dupla é o elemento de design dominante do farol traseiro de LED

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Evonik divulga novo composto para lanternas recentemente desenvolvido pela Hella: quando aceso, a sua forma em flecha apresenta um vermelho uniforme, mas mesmo com as luzes desligadas, a linhas curvas ainda são facilmente visíveis. O efeito é resultado de guias de luz fabricadas em um composto para moldagem PLEXIGLAS® recém-modificado – polimetilmetacrilato (PMMA) da Evonik, produto há muito estabelecido quando se trata de luzes traseiras. “Nesta aplicação, nós combinamos pela primeira vez aditivos difusores de luz com a cor de sinalização vermelha”, conta Jörg Stricker, diretor de Global Key Accounts Automotive da Evonik. “O PLEXIGLAS® 8N 3V219 dispersa a luz de uma maneira mais uniforme que outros compostos para moldagem, o que o deixa ainda melhor para uso com LEDs". Diodos emissores de luz, embora populares na indústria automobilística por sua eficiência energética, exigem muito das lentes difusoras de luz das lanternas: “Os LEDs emitem uma forte luz pontual, o que rapidamente resulta em diferenças indesejáveis em brilho, conhecidas como hotspots”, destaca Stricker. “Por isso, o material usado para cobri-los tem que ser excelente na difusão da luz. Graças a esse composto para moldagem PLEXIGLAS® customizado, as lentes das lanternas agora podem ser posicionadas mais perto dos LEDs sem resultar em hotspots. “Isso significa que a lanterna como um todo pode ser muito mais plana, ocupando menos espaço na carroceria do carro”, explica Ludgter Rembeck, que chefia o desenvolvimento de faróis traseiros na Hella. “O benefício prático disso para o motorista: um porta-malas maior” Além disso, o composto para moldagem recentemente modificado deixa o vermelho da guia de luz ainda mais intenso. “Isso faz com que o tema característico de curva dupla se torne ainda mais fácil de ver durante o dia", observa Rembeck. Mas o tom vermelho por si só coloca exigências únicas sobre o material usado: como as cores usadas nas lanternas são padronizadas no mundo inteiro, os fabricantes precisam ajustar a cor do material com tremenda precisão.


“O PLEXIGLAS®, inicialmente, é totalmente incolor, de modo que ele pode ser colorido em qualquer cor de sinalização necessária”, diz Martin Mohrmann, Senior Technical Marketing Manager para produtos automotivos na Evonik. “Ele também não altera as propriedades ópticas, como a excelente transmissão ou difusão da luz”. E esse benefício é permanente: Os compostos para moldagem PLEXIGLAS® são estáveis na presença de luz UV e calor, ou seja, a cor precisa das lentes das lanternas se mantém inalterada durante a vida útil do carro.

Soluções inovadoras BASF

Em todos os salões de automóveis é possível esperar novidades em tecnologia, design ou sistemas. E não foi diferente na edição 2017 do Salão Internacional de Frankfurt, Alemanha, Internationale Automobil Ausstellung(IAA), a BASF apresentou catalisadores automotivos, componentes e plásticos inovadores mostrando como os fabricantes de automóveis podem reduzir emissões, diminuir peso e melhorar a segurança,

conforto e design de seus veículos. Até o dia 15 de setembro, os visitantes da feira têm a possibilidade de conhecer a variedade de materiais e soluções funcionais da BASF para a mobilidade do presente e do futuro. São soluções como componentes para interior, exterior, chassi e powertrain. Os novos catalisadores automotivos da BASF garantem menor impacto ambiental por parte dos veículos, independente da tecnologia usada no powertrain. Desde 01 de setembro de 2017 está em vigor a nova legislação europeia de emissões, a Euro 6, que inclui o cumprimento de limites rigorosos de emissões para os veículos - não apenas nos ciclos de teste, mas também nos padrões de condução fiéis à realidade. Com os catalisadores da BASF para veículos a gasolina, flex e diesel, os fabricantes de automóveis conseguem atender à legislação promovendo melhoria da qualidade do ar. No evento a BASF apresentou o catalisador automotivo compacto de Conversão de Quatro vias, o EMPRO™ (FWC™) para veículos a gasolina, por exemplo. É

um único componente em que as paredes internas de um filtro particulado são revestidas com materiais cataliticamente ativos. Além de converter monóxido de carbono, hidrocarbonetos não queimados e óxidos de nitrogênio em água, nitrogênio e dióxido de carbono, o catalisador automotivo também remove partículas nocivas dos gases de escape do motor. Desta forma, os fabricantes de automóveis conseguem cumprir com os novos e rigorosos regulamentos de emissões e, ao mesmo tempo, reduzir a complexidade e os custos. O EMPRO™ SCR.2F (Redução Catalítica Seletiva no Filtro), já patenteado pela BASF, combina a tecnologia SCR com um filtro DPF para controlar os óxidos de nitrogênio e as emissões de partículas em um único componente, reduzindo peso e espaço. O ozônio ao nível do solo, o principal componente da poluição atmosférica, é bem comum nos centros das cidades. O EMPRO™ PremAir® NXT é um revestimento catalítico aplicado nos radiadores automotivos. À medida que o ar passa pelo radiador enquanto o carro está em movimento,

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Indústria Automotiva A maior janela em PC, de Lexan PC e liga PC/ABS da Cycoloy equipa o Buick GL8 chinês

o revestimento converte moléculas nocivas de ozônio em oxigênio. Com o elastômero de poliuretano microcelular Cellasto® e os novos e inovadores suportes híbridos combinados com o poliuretano compacto, a BASF oferece soluções personalizadas que reduzem o ruído e a vibração nos veículos. Estas soluções inovadoras ainda oferecem um potencial de redução de peso do componente de até 30%, assim como melhor durabilidade por meio de sua alta densidade. As megatendências automotivas impactaram significativamente os requisitos de conforto em termos de ruído, vibração e dureza, NVH (sigla em inglês, Noise, Vibration and Harshness). A mobilidade eletrônica e a condução autônoma levam a mudanças de especificações de frequência na simulação, novos modos de operação e demanda por leveza. No estande estarão expostos top mounts, isoladores de molas, bem como suportes elásticos para motor e chassi com a combinação de materiais diferentes. Os suportes de motor fabricados com Cellasto® também atendem às exigências dos veículos elétricos e híbridos, com seu design leve e compacto e um isolamento acústico extraordinário. Pela primeira vez, a BASF apresentou no salão de Frankfurt o suporte do quadro de suspensão fabricado a partir de um novo poliuretano compacto de alta rigidez. Ele ajuda a melhorar a segurança, dinâmica e conforto ao dirigir. Além disso, foi revelada a nova fórmula LS24 do Cellasto®, feita a partir de elastômeros de poliuretano microcelular, que possui um desempenho de rigidez dinâmica mais baixo 24 > Plástico Sul >>>

do que as fórmulas convencionais, tornando-se uma escolha ideal para top mounts, powertrain NVH e aplicações para chassi. Outro foco no salão foi a apresentação dos plásticos de engenharia destinados ao interior de carros, chassi e powertrain. Pela primeira vez, duas poliamidas especiais exclusivas destinadas ao interior do carro serão apresentadas para o público: elas abrem novas perspectivas de design para superfícies de alto brilho, estruturas para iluminação e elementos funcionais, bem como materiais de toque mais suave. São soluções economicamente viáveis para aplicações que demandam características visuais e químicas. Os materiais também atendem aos requisitos rigorosos da indústria automotiva em relação às emissões e odor nos interiores dos carros. A BASF também demonstrou componentes estruturais que foram desenvolvidos em conjunto com os principais fornecedores automotivos e otimizados com a ajuda da ferramenta de simulação Ultrasim®: coxim do motor, suporte do eixo de transmissão e suporte de transmissão fabricados com Ultramid®reforçado com fibra de vidro, que atendem às crescentes demandas do mercado no que se refere à colisão e comportamento NVH powertrain. Eles também comprovam a excelente correlação entre a simulação Ultrasim® e o comportamento dos componentes, resultando em possíveis economias de custos. Outro destaque importante será a linha do Ultramid® expandido para os dutos de ar nos motores de combustão atuais e do futuro. A linha customizada das classes PA6

e PA66 atendem aos requisitos adicionais dos materiais, suas propriedades mecânicas e resistência à temperatura. Isso significa que as áreas de desenvolvimento terão maior liberdade para escolher o melhor material para este componente, resultando no melhor custo-benefício. Os grades desenvolvidos têm base em especificações globais. Além disso, a BASF apresenta a espuma de melamina termicamente estável Basotect® TG. A espuma está sendo atualmente usada para revestimento dos motores Volkswagen EA888 nos modelos Jetta, Golf, Passat, Tiguan e Beetle fabricados na América do Norte. Além de proporcionar uma maior absorção de ruído, o uso da espuma Basotect® também promove retardamento de chamas e alta redução de peso, pois seus componentes pesam menos de 20kg/m³. O Basotect® TG é a única espuma de melamina termoendurecida fabricada especialmente para os processos de termoformagem na produção de componentes tridimensionais, em muitos casos destinados para espaços mais compactos.

Novo composto PBT da Lanxess

Em parceria com a fabricante alemã de peças automotivas Hella, a Lanxess desenvolveu um compósito termoplástico de PBT para retardamento de chamas, aplicadas em superfícies de proteção para sistemas de baterias para veículos elétricos. O material apresenta encolhimento extremamente baixo, aliado a um alto retardamento da chama. O produto, Pocan AF4130, é uma blenda de tereftalato de polibutileno (PBT) e éster acrílico-estireno-acrilonitrilo (ASA), contendo 30% em peso de fibras de vidro e possui recobrimento à base de halogênio. A Hella está usando o compósito para fabricar caixas aplicados em unidades de gerenciamento de bateria (BMU) e unidades de monitoramento de célula (CMUs) para um fabricante alemão de sistemas de bateria. As peças estão em uso no sistema de bateria de íons de lítio de um compacto alemão. As superfícies de proteção da BMU e das CMUs possuem superfícies grandes e planas, bem como geometrias complexas ao longo das bordas e no interior. Graças a um design inovador, eles podem ser moldados por injeção de forma econômica como componentes únicos. Uma vez que os pinos de contato para os conectores não devem dobrar quando as caixas são montadas nas placas de circuito impresso, as tolerâncias para o espaçamento entre as montagens do conector e


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os recortes para os pinos devem ser extremamente baixas. Para o Chefe de Segmentos de Vendas E & E na divisão de Materiais de Alta Performance (HPM) da Lanxes, Marc Marbach, essa precisão é exatamente o ponto que faz com que o uso do compósito compense. Marbach também destaca que, em função dos excelentes resultados obtidos nos testes elétricos e de proteção a incêndio, o novo material tem uma boa chance de também ser utilizado para componentes elétricos, como plugues fotovoltaicos e tomadas. Segundo a Lanxess, as superfícies feitas com o termoplástico são de baixa emissão, como demonstrado pelas análises de dessorção térmica realizadas de acordo com a VDA 278 (Associação Alemã da Indústria Automotiva). Isso o torna adequado para muitas aplicações de veículos que exigem emissões muito voláteis e condensáveis, como componentes para o interior automotivo. A mistura também é altamente resistente aos fluidos tipicamente utilizados nos veículos a motor, como combustíveis, óleos, produtos de limpeza e produtos de cuidados automóveis, conforme resultados de extensos testes de armazenamento de mídia realizados pela Lanxess para Hella, de acordo com a especificação de fornecimento LV 124, usada por muitos fabricantes automotivos. Também apresenta boa resistência a um eletrólito amplamente utilizado em baterias de íon de lítio. Esse último teste correspondente foi realizado de acordo com a norma DIN EN 22088-3. Marbach relata que nenhuma fissura foi identificada nas amostras, mesmo após 1.000 horas de exposição.

Sabic lança maior janela em PC As novidades acontecem em todas as

A Ford faz experiências na fabricação de peças com a impressora Stratasys Infinite-Bild 3D

áreas automotivas, como a que foi apresentada pela Saudi Basic Industries Corp. (Sabic), que lançou a maior janela de policarbonato para o mercado automotivo. A janela é feita na China pela empresa Ningbo Shentong, usando o policarbonato transparente da Sabic de marca Lexan PC e uma liga de PC/ ABS de marca Cycoloy. Esta combinação de resinas atende as necessidades do projeto e as exigências de tolerância dimensional da grande janela traseira. Uma cobertura de silicone rígido protege a peça contra a abrasão e intempéries. A janela será utilizada em dois veículos, o novo Buick GL8 e o GL8 Avenir, para o mercado da China, considerada a maior indústria automobilística do mundo. Os veículos são fabricados pela SAIC General Motors Corporation Limited (SGM), uma JV entre General Motors Company e a SAIC Motor Company. A empresa fabrica os automóveis da marca Chevrolet, Buick e Cadillac na China continental. SAIC-GM foi fundada em 1997 com 50% de investimento de cada parceiro e começou a montar o primeiro veículo do empreendimento, o Buick Regal, na China em 1999. A SGM escolheu a fabricante Ningbo Shentong como fornecedor da peça por ser uma fabricante reconhecida em peças plásticas automotivas e que forneceu assistência de design e suporte técnico para o desenvolvimento do conceito da janela para a validação. Ningbo Shentong <<< Plástico Sul < 25


Indústria Automotiva investiu em uma nova unidade de produção na cidade de Yuyao para vidros em PC. A instalação é a primeira linha de produção de PC em massa no país. A nova janela diminui o peso da peça em 40% pois é 3 kg mais leve. É também significativamente mais resistente ao impacto do que uma janela de vidro convencional. A janela de PC também apresenta elementos de design que não podem ser alcançados com o vidro. O estabelecimento da nova capacidade de fabricação de vidros em PC na China ocorre em um momento em que montadoras no país e em todo o mundo estão sob pressão para adotar tecnologias mais leves. Essas tecnologias podem ajudá-los a cumprir os padrões de emissão e economia de combustível dos veículos elétricos.

Ford e a impressão 3D de peças

E o que nem se imaginava está tornando-se realidade: nova forma de fabricação. A Ford Motor está testando a produção de grandes peças automotivas termoplásticas com um novo sistema de impressão em 3D

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da Stratasys. A impressora Stratasys Infinite-Build 3D produz a peça camada por camada, mas em vez de construir de baixo para cima, ela constrói em uma direção horizontal, introduzindo o polímero em camadas de dentro para fora. Até o momento, a maioria das tecnologias 3D comerciais são relativamente pequenas, mas para a produção de peças automotivas, a capacidade de produzir tamanhos maiores é muito útil. A Ford prevê a utilização da tecnologia para a prototipagem de grandes peças como para choques, painéis exteriores e painéis de instrumentos. A plataforma vertical da impressora tem uma área de aproximadamente 76cm por 122cm e é capaz de imprimir peças de quase 2m de comprimento. O sistema também imprime cerca de 10 vezes mais rápido do que outras impressoras comerciais e usa vários recipientes de resina que são substituídos automaticamente através de um braço robótico para que a máquina possa operar por um longo período de tempo sem vigilância. Embora a tecnologia tenha grande po-

tencial de aplicação em componentes ou peças de reposição personalizadas para veículos de nicho, é necessário um maior desenvolvimento na velocidade de impressão e materiais compatíveis. Atualmente, a Ford está imprimindo peças usando Ultem 9085, uma mistura de polieterimida para aplicação aeroespacial da Sabic Innovative Plastics, oferecida pela Stratasys para aplicações que exigem resistência térmica e química. A Ford está trabalhando com a Stratasys para desenvolver novos materiais que atendam às necessidades específicas da indústria automotiva. A montadora também fez parceria com a startup de impressão 3D Carbon3D, cuja tecnologia de produção contínua de interface líquida, embora atualmente limitada a um tamanho de construção menor, oferece ganhos na velocidade de impressão e no acabamento da superfície.


Indústria Calçadista

Novo sistema de poliuretanos aumenta segurança

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A A BASF desenvolveu sistemas avançados de Elastopan® para botas e Elastollan® Safety para solados de calçados de segurança

evolução de integrantes da cadeia petroquímica-plástico ocorre de forma sincronizada, pois os aprimoramentos não são apenas em máquinas e processos, mas também em matérias-primas, como no caso da BASF, que oferece soluções para componentes de calçados a partir de um portfólio inovador de sistemas de poliuretano (PU) e poliuretano termoplástico (TPU). Motivada pela Bekina® Boots, empresa líder de botas de PU para fins profissionais e de lazer, a BASF desenvolveu um material especial para uma bota com resistência elétrica excepcional: a primeira bota com esta característica feita com sistemas de PU em vez de borracha ou PVC. “Além das melhores propriedades que definem um par de botas Bekina® produzidas com a Tecnologia Neotane®, em termos de conforto, leveza, isolamento, resistência à derrapagem e flexibilidade – mesmo em temperaturas muito baixas (-20ºC), fomos solicitados a desenvolver um material com resistência elétrica. Lado a lado com a Bekina® Boots, que investiu em equipamentos de teste de primeira linha, e orientados por seu profundo conhecimento de mercado, os técnicos alcançaram o objetivo graças a sua grande expertise e seu compromisso”, afirma Patrick Bolze, gerente de Marketing de Calçados, Esportes e Lazer da divisão de Materiais de Performance da BASF. A Bekina® Boots, conhecida por seus altos padrões de conforto, design, qualidade, segurança e certificações em sua Tecnologia Neotane®, sempre buscando soluções tecnicamente avançadas, criou este método altamente inovador - uma solução de material compatível, resistente eletricamente e com base em sistemas de PU. Peter Bauwens, CEO da Bekina® Boots, acrescenta: “nossa parceria com a BASF, baseada em cooperação mútua e investimento em P&D, está alinhada à nossa abordagem orientada ao

mercado. Nossa liderança nesse produto pretende oferece o maior conforto possível a nossos usuários finais”.

Botas de inverno e TPU

Além disso, foi possível expandir ainda mais a gama de produtos Elastopan® para botas e obter um desempenho ainda melhor. Além do Elastopan® para botas padrões, a BASF oferece um novo sistema de PU especialmente adequado para botas de inverno. O produto tem propriedades excelentes no que diz respeito a isolamento e leveza, deixando a perna flexível até mesmo a -20°C, resultando em maior conforto mesmo em condições climáticas extremas. Excelentes propriedades como resistência mecânica, à abrasão, diferentes graus de rigidez e boa resistência à derrapagem são características do Elastollan®. O material é usado nos solados de calçados de segurança fabricados por meio de moldagem por injeção ou moldado no processo de injeção direta de PU. O portfólio personalizado de Elastollan® para calçados de segurança também abrange agentes antiestáticos para atender aos requisitos de descarga eletrostática (ESD), segundo os padrões de calçados de segurança. A linha Elastollan® Safety oferece grandes possibilidades de liberdade de design. A cor e o formato do solado podem ser escolhidos de acordo com o design do calçado, até mesmo para solados externos multicoloridos. Em combinação com geometrias do solado bem definidas e personalizadas, também é possível obter uma boa resistência à derrapagem. A boa aderência entre os sistemas Elastollan® TPU e Elastopan® PU oferece aos designers um ótimo equilíbrio entre conforto e segurança.

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Foco

no Verde

Botanika lança vasos com Plástico Verde da Braskem DIVULGAÇÃO

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Botanika® acaba de apresentar ao mercado sua linha de vasos de jardinagem fabricada com Plástico Verde I'm green™, da Braskem.

Os vasos têm como matéria-prima a cana-de-açúcar, uma fonte renovável, e foram projetados para garantir o melhor desenvolvimento das plantas. Com um design moderno, os vasos da Botanika® podem ser utilizados para fins decorativos, ornamentais ou de jardinagem em interiores. Além disso, os vasos foram criados com um sistema de rega inteligente e reservatório de água para a autoirrigação, que oferece autonomia para até quatro semanas sem a necessidade de molhar as plantas. Por ser vedado, ainda contam com um sistema que protege contra a proliferação de mosquitos. "Com os vasos Botanika® buscamos o propósito de trazer mais verde para casa, em todos os sentidos. Inclusive na escolha da matéria-prima", destaca Marcos Roismann, diretor criativo da marca. Os vasos que serão comercializados nacionalmente, poderão ser identificados pelos consumidores por meio do selo “I'm green™”, visível no produto. O selo é a identificação para produtos feitos com o Plástico Verde da Braskem, que além

de ser 100% reciclável, captura e fixa 3,09 toneladas de CO₂ da atmosfera para cada tonelada de resina de origem renovável produzida, colaborando para a redução da emissão dos gases causadores do efeito estufa. “A parceria entre a Braskem e a Botanika reforça o nosso compromisso em transformar produtos em soluções inovadoras e de alto desempenho”, diz Gustavo Sergi, diretor de Químicos Renováveis da Braskem. A Mais Polímeros, fornecedora de Polietileno Verde da Braskem desde 2016, apoiou o Botanika neste projeto para o desenvolvimento do produto com a resina de origem renovável. “Acreditamos que o novo conceito desenvolvido pela Botanika, utilizando o Plástico Verde, despertará o interesse dos consumidores que buscam soluções mais sustentáveis e diferenciadas”, afirma Daniela Guerini, diretora da Mais Polímeros.

Fundação Ellen MacArthur é contra o plástico oxidegradável Os plásticos oxidegradáveis estão sendo produzidos e vendidos em muitos países com o apelo de serem biodegradáveis e seguros para a natureza. No entanto, segundo alerta o atual relatório da Nova Economia do Plástico, da Fundação Ellen MacArthur, há evidências de que os oxidegradáveis não se degradam em resíduos inofensivos. Pelo contrário, como se fragmentam em pequenos pedaços contribuem para a poluição microplástica, tornando-se um risco para oceanos e outros ecossistemas. “Além disso, estes materiais não são adequados para a reutilização efetiva a longo prazo, reciclagem em escala ou compostagem, o que significa que eles não podem fazer parte de uma economia circular”, ressalta Rob Opsomer, da Fundação. Estudos da Universidade da Califór28 > Plástico Sul >>>

nia (EUA) apontam que os oxidegradantes comprometem as propriedades mecânicas do material plástico, como a resistência, por exemplo, e impacta negativamente na sua reciclagem pós-consumo e reduz a vida útil dos produtos. Para evitar risco ambiental em larga escala, a Fundação Ellen MacArthur elaborou um documento propondo a proibição de aditivos oxidegradáveis em embalagens plásticas em todo o mundo. A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) foi a única representante da indústria brasileira a endossar o documento, assinado por mais de 150 organizações de todo o planeta, como empresas líderes, associações industriais, ONGs, cientistas e membros do Parlamento Europeu. Desde 2015, a Abiplast não recomenda o uso de materiais plásticos aditivados

com pró-degradantes na fabricação de sacos e sacolas, bem como de outros produtos plásticos. A entidade defende que a solução eficaz para o tratamento dos resíduos pós-consumo está na educação ambiental da população e no descarte adequado das embalagens – o que faz com que os resíduos plásticos retornem para a indústria de transformação e formem novos produtos plásticos. Dentro dos preceitos da Economia Circular, a Associação promove o debate e a divulgação da importância do consumo consciente, da reutilização de embalagens e produtos e também do descarte correto dos produtos plásticos, para que esses sejam sempre destinados à reciclagem retornando dessa forma à cadeia produtiva e otimizando a utilização de recursos naturais e eficiência energética.


Mercado

Lançado o novo BICSoleil® Shave & Trim FOTOS: DIVULGAÇÃO

A

BIC®, uma das empresas com maior expertise em lâminas do mundo, desenvolveu o único depilador descartável do mercado que vem acompanhado de um aparador de pelos para a área íntima. Lançado no Brasil em edição limitada para o Verão 2018, o BIC Soleil® Shave & Trim é o encontro entre criatividade, inovação e percepção das necessidades das consumidoras. Segundo dados da Kantar TNS* 2017, 98% das mulheres brasileiras depilam ou aparam alguma região do corpo e 64% aparam a área íntima. No entanto, 49% desse total utiliza tesouras para essa finalidade, método alternativo para tal necessidade. Levando esses dados em consideração, o BIC Soleil® Shave & Trim chega às prateleiras para ser a melhor solução, oferecendo ótima performance e maior segurança a todas as consumidoras. É importante ressaltar que a composição do depilador, assim como dos barbeadores descartáveis, são fabricados em plástico, principlamente o PVC, o que torna seu custo mais acessível e também permite a reciclagem pós-consumo. As três fábricas de barbeadores da BIC possuem tripla certificação: ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001. O modelo em lançamento está disponível em embalagem composta por duas unidades de depiladores BIC Soleil® e o aparador íntimo, o produto garante praticidade, conforto, higiene e segurança, possibilitando o aparo dos pelos em até 2mm. A linha BIC Soleil®lançada em 2014, com grandes investimentos em pesquisa e desenvolvimento para oferecer o melhor produto às consumidoras, vem ganhando cada vez mais espaço nos lares brasileiros

O plástico é o componente mais presente no novo depilador BicSoleil

como uma das principais soluções para depilação feminina, alcançando 20.0% de Market Share em volume no segmento descartável feminino de 3 lâminas. "Estamos muito orgulhosos com mais um lançamento inovador que deixa a nossa linha BIC Soleil® ainda mais diferenciada e competitiva em um segmento de mercado com clara tendência de crescimento. BIC Soleil® vem crescendo nos últimos 2 anos e tenho certeza que o BIC Soleil® Shave & Trim irá alavancar ainda mais este crescimento, somando ao portfólio que já é vencedor, e entregando para as consumidoras um benefício que elas buscam e que até então não era atendido no mercado", afirma o Diretor de Marketing da BIC®, Rodrigo Iasi.

DIVULGAÇÃO

Máquina de gelo tem ABS na composição O bom atendimento é fundamental para conquistar e cativar clientes. Por isso, proprietários de bares, restaurantes e hotéis devem primar pelos detalhes. O gelo, por exemplo, para compor aquele drinque especial, ou mesmo para o balde de champanhe, são pontos fortes numa recepção especial. Pode até não parecer, mas esses pequenos cuidados fazem a diferença, principalmente no verão. Mesmo nos momentos mais simples da vida, como tomar um inocente suco de laranja, observe como a presença do gelo é importante. E neste caso, o plástico também está presente em equipamentos, como a Thermoice, uma máquina de gelo relançada no mercado pela Thermomatic. A Thermoice é a solução em máquina

de gelo por sua composição, praticidade e eficiência. Compactas, modernas e com design agradável são montadas sobre gabinetes em aço inox e com componentes em plástico ABS. São dotadas de sensor de nível de produção de gelo. Práticas funcionam ligadas diretamente ao sistema hidráulico do estabelecimento. Sua operação é muito simples, basta apertar um botão. Pronto. Em poucos minutos inicia-se a produção e obtêm-se gelo do tipo “cubo dedal”, ideal para drinques e bebidas em geral. A preferência normalmente recai sobre esse formato porque o contato da bebida com o gelo é de 100%. Fáceis de manusear têm a capacidade de produzir de 25 kg a 50 kg de gelo por dia. Os modelos TH02 e TH03 são ideais para estabelecimentos comerciais. <<< Plástico Sul < 29


JOÃO ATHAYDE

Sustentabilidade

BASF renova CasaE com experiência digital e sensorial

S

em dúvida, é uma experiência única para quem quer conhecer uma casa inovadora. Promover uma experiência diferente e inspiradora. Esta é a proposta da nova CasaE, casa de ecoeficiência que a BASF mantém aberta a visitantes na zona Sul de São Paulo. Nesta nova fase, o projeto está com interação digital, ganhou uma exclusiva assistente cognitiva, a BECA (BASF Ecoeficiency Cognitive Ability) – pioneira numa casa conceito dedicada à construção, além de um espaço sensorial para aguçar os cinco sentidos dos visitantes. A reinauguração foi realizada em uma cerimônia, no dia 11 de dezembro, com a presença do presidente da Junta Diretiva da BASF SE, Kurt Bock, do presidente da BASF para América do Sul, Ralph Schweens e do prefeito de São Paulo, João Doria. Em 400m², a CasaE apresenta soluções inovadoras e sustentáveis da BASF e seus parceiros, com o objetivo de disseminar e fomentar tendências para o setor da construção civil. Nessa nova experimentação, as pessoas podem percorrer os espaços de forma autônoma e interativa, visualizando o mapa e as informações sobre soluções, usando smartphones e o recurso de navigation indoor do aplicativo CasaE Xperience criado pelo Samsung Instituto de Desen-

30 > Plástico Sul >>>

volvimento para a Informática (SIDI). A assistente cognitiva BECA é a interlocutora dos visitantes no tour pela casa com o aplicativo: por meio de sensores nos ambientes, a casa é totalmente digital e conta com um sistema cognitivo capaz de receber perguntas, identificar intenções, processar a informação e responder em linguagem natural as dúvidas dos usuários. A BECA foi implementada pela Extreme Digital Solutions (EDS) com base na tecnologia Watson da IBM, uma plataforma de inteligência artificial combinada com software analítico sofisticado para receber perguntas e respondê-las de forma natural e completa. No percurso dentro da CasaE, cards acionam vídeos e explicações didáticas em tecnologias 3D e RA – Realidade Aumentada, desenvolvidos pela Telefônica Educação Digital, que demonstram as soluções de forma dinâmica e interessante, misturando o real com o virtual. Assim os visitantes podem interagir diretamente com o ambiente para saber o funcionamento dos produtos ou a atuação das moléculas e formulações da BASF na prática. Para completar a experiência, também estão disponíveis os óculos de realidade virtual Samsung Gear VR com controle para um passeio virtual pelos cômodos. Este recurso também permitirá que a visitação seja levada virtualmente para outros locais.


Cerca de 30 parceiros se uniram à BASF para incrementar o projeto. O principal objetivo é apresentar soluções que promovem uma construção ecoeficiente em três pilares: reduzir o consumo de água e energia, garantir conforto térmico e acústico, e aumentar a produtividade e durabilidade das construções. A CasaE reúne materiais construtivos que promovem isolamento térmico, hiperplastificantes para concreto que reduzem o uso de água em até 40%, pigmentos frios que refletem o calor do sol, tintas para fachada que repelem a sujeira, pisos drenantes que permitem o reaproveitamento da água, pisos de alto desempenho que dispensam manutenção frequente, soluções para conforto acústico que absorvem até 90% do ruído, enfim, são inúmeras inovações que estão disponíveis para melhorar a ecoeficiência das construções. Segundo o estudo de ecoeficiência realizado pela Fundação Espaço ECO®, o ciclo de vida de uma construção como a CasaE, em 40 anos, apresenta redução no consumo água (64%), de energia (17%), menos emissões atmosféricas de efeito estufa (26%), além de menor potencial de toxicidade dos produtos aplicados (21%).

Sentindo as soluções

A novidade é que outras áreas de negócios da BASF passaram a fazer parte dessa nova fase, expondo suas soluções de forma direta ou aplicada em produtos de clientes. Em um espaço sensorial, o visitante poderá ver, tocar, sentir e perceber diversas soluções. Estão expostos para experimentação filtros de proteção solar com texturas diferenciadas, fragrâncias diversas, pigmentos frios para controle de temperatura que tem eficácia percebida pelo toque, caixa que apresenta o desempenho do revestimento acústico, aplicação de produtos de limpeza para comparação de ativos diferenciados, entre outras diversas possibilidades em que a indústria química está inserida para garantir resultados melhores e mais sustentáveis.

Mais sobre a fantástica CasaE

JOÃO ATHAYDE

Novos espaços

Desta forma, a CasaE renovada se torna um espaço ainda mais abrangente e inspirador. Em quase quatro anos de operação, o projeto já recebeu mais de 16 mil visitantes, incluindo estudantes e profissionais, além de ter servido de espaço para cursos e debates para promover o desenvolvimento do setor da construção. No mesmo terreno da CasaE, fica a Casa Econômica com 32m², uma proposta inovadora para reduzir o déficit de moradias urbanas, permitindo construir com mais rapidez, eficiência, redução de mão de obra, menos resíduos e maior durabilidade. A estrutura, cobertura e fechamento da Casa Econômica foi montada em três dias, 10 vezes mais rápido que uma construção tradicional. Está entre as ações criadas para comemorar os 150 anos da BASF, em 2015. Para visitar gratuitamente a CasaE, basta fazer a inscrição pelo site da BASF www.casae.basf.com.br ou por e-mail casae@basf.com.

A CasaE é a primeira casa de Ecoeficiência da BASF no Brasil. O projeto, inaugurado em 2013, reúne soluções inovadoras desenvolvidas pela BASF e por parceiros, com foco em três pilares: conforto térmico e acústico, redução do consumo de água e energia e aumento na produtividade e durabilidade das construções. O projeto é certificado LEED-NC Gold, pelo Green Building Council. Também estão expostas na CasaE soluções da BASF desenvolvidas para outras indústrias, como Aromas & Fragrâncias, Personal e Home Care, Nutrição Humana e Animal, Tintas Automotivas, Farma, Químicos Industriais e Agro. A CasaE é totalmente digital,

CasaE tem redução no consumo água, de energia, menos emissões e outros benefícios

com visitação interativa, vídeos de realidade aumentada, óculos de realidade virtual e a plataforma cognitiva digital com base em inteligência artificial. Empresas parceiras que contribuíram com produtos e tecnologias: Atlas Schindler, Bettoni, BOSCH, Daikin, Deca, Drenopav, Extreme Digital Solutions, Gerdau, Guardian, Isoeste, Leicht, Magazine Luiza, Nespresso, OWA, Philips, Redimax, Samsung, Schneider, Telefonica Educação Digital, Tigre, Tomazini Decor, Tora Brasil, Trasix, Veka, Vitra e Whirlpool, além dos apoiadores Biltech, Capuani, Castellato, Roncalli e Votorantim. Agende sua visita gratuita pelo site www.casae.basf.com.br. <<< Plástico Sul < 31


Setorial

DIVULGAÇÃO

Simplás debate inteligência emocional no ambiente corporativo Especialista pela Universidade de Yale, Alessandra Gonzaga (foto) foi atração do Café com RH, promovido pelo Grupo de Relações do Trabalho do sindicato em novembro, na CIC de Caxias do Sul (RS)

U

ma das principais ferramentas para se enfrentar as turbulências do momento de crise vivido pelo país, com particular gravidade na Serra Gaúcha, foi a atração do terceiro Café com RH, promovido pelo Grupo de Relações do Trabalho (RT) do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás). A inteligência emocional esteve em debate na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul (RS), com Alessandra Gonzaga e a palestra Emoções Sentidas x Resultados Atingidos. Com formação em jornalismo pela UFRGS, Alessandra Gonzaga é especialista em mediação e desenvolvimento emocional pela Universidade de Yale – uma das integrantes da chamada Ivy League, grupo

Sindicato aposta no "desconforto" para impulsionar criatividade

As atividades no Simplás foram intensas no segundo semestre, com palestras, encontros e abordagens com focos em diferentes temas, sempre buscando o aprimoramento profissional. Assim, saíram o protocolo, o salão formalmente organizado, a palestra em ritmo de longa metragem e até as cadeiras. Entraram a agilidade, um espaço colaborativo, uma apresentação rápida seguida de bate-papo informal e alguns pallets, para acomodar os participantes - mas não muito. A ideia é fazer com que “sair da zona de conforto” deixe de ser apenas uma figura de linguagem mais esquecida do que praticada antes, durante e principalmente, após o 1˚ Encontro de Inovação do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás). Os diferenciais para evitar a inércia não param por aí. As vagas são limitadas a 40 associados do sindicato. E as próximas edições do evento não repetirão nem a programação, nem o local. 32 > Plástico Sul >>>

que reúne as oito mais prestigiadas universidades dos Estados Unidos – mestre em psicologia clínica pela Unisinos, especialista em comunicação pela Universidade de Navarra (Espanha) e doutoranda em Gestão de Pessoas pela UFRGS. Professora de gestão de pessoas e comportamento organizacional em cursos de graduação e pós-graduação na Faculdade Senac Porto Alegre, professora de formação executiva da Unisinos e dos MBAs em gestão de pessoas das faculdades FSG, La Salle Business School e São Judas Tadeu, também é autora dos livros Conexões Inteligentes e A Voz do Self. “Lidar com o emocional das pessoas no ambiente de trabalho é uma questão que vem se tornando cada vez mais complexa. O dia a dia com equipes reduzidas e a exigência de entregar mais, focar sempre nos resultados, intensifica a pressão. A inteligência emocional exerce grande influencia neste sentido. Com a vinda da Alessandra Gonzaga, que é uma profissional extremamente conceituada no assunto, buscamos um olhar da psicologia para estas relações e também, novidades”, afirma a coordenadora do Grupo RT do Simplás, Daniela Echer.

A estreia foi em 22 de novembro, no espaço de coworking da UCS, o StartUCS, com ingresso simbólico: 1kg de alimento não-perecível. O conceito desenvolvido pelo Comitê de Inovação e Novas Tecnologias do sindicato pretende transformar a situação inusitada aos participantes em combustível para a abertura de relacionamentos, troca de conhecimentos e assim, geração de ambientes de estímulo à colaboração e à criatividade. Inicialmente, na indústria do plástico. Com o êxito da experiência, inspirada em modelos internacionais, a intenção é expandir para outros mercados. Para não deixar a turma completamente sem referências, cada encontro terá uma apresentação especial para dar a largada no debate. Na primeira edição, foi a brasileira Ana Cristina Roman, pesquisadora da multinacional petroquímica saudita Sabic. Os polímeros de engenharia da companhia estão, por exemplo, nos estádios de Copa do Mundo de Johannesburgo (Soccer City) e Curitiba (Arena da Baixada), além do Aviva Stadium, em Dublin, na Irlanda, com linhas completamente futuristas.


Artigo

Por Ronaldo Cavalheri*

V

ocê será substituído por um robô? Essa é uma pergunta que muitos profissionais se fazem ou que deveriam começar a pensar a respeito. O mundo passa por grandes transformações desde a revolução rural, onde tudo era mais controlável e previsível. Passamos pela era industrial, onde máquinas entraram em cena com uma produção abundante. Veio a era digital onde a informação e a conectividade impulsionaram ainda mais o consumismo. São evoluções naturais que impactam o mercado de trabalho. E agora estamos vivendo uma mudança de era, na qual começamos a passar por uma revolução exponencial, porém mais acelerada, com tecnologia de ponta disponível. Termos como computação em nuvem, IoT, Big Data, robótica, inteligência artificial, impressão em 3D e nanotecnologia se tornaram comuns no nosso dia a dia. Mas como isso vai impactar na vida dos profissionais? Uma coisa é certa, nos próximos anos teremos muitas e rápidas mudanças. Segundo uma pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em torno de 57% das vagas de emprego estão suscetíveis à robotização e automação. Mais da metade das funções hoje exercidas pelo homem podem ser substituídas por máquinas. Outra previsão bastante curiosa é do Fórum Mundial Econômico que diz que 65% das crianças vão trabalhar em empregos que ainda não existem. Crianças em idade escolar sendo preparadas para algo que ainda não sabemos como será. Temos um futuro cheio de incógnitas em relação ao que irá acontecer com os profissionais. Quais serão as profissões do futuro? O ser humano terá espaço? Como os profissionais devem se preparar para tudo isso? Não me arrisco a dizer quais serão as profissões mais requisitadas, pois elas ainda não existem. Porém, com toda a certeza me arrisco a dizer quais serão os profissionais mais requisitados pelo mercado. Parece complexo, mas a resposta é muito simples. Todo trabalho que envolva atividades repetitivas e com uma lógica previsível, que não precise de socialização e intervenção criativa, que não resolva nenhum tipo de problema complexo e que ainda coloca em risco a vida será substituído por uma máquina. Com isso fica fácil concluir que os profissionais mais disputados serão aqueles com características inerentes dos seres humanos como criatividade, capacidade de aprendizado e de adaptação, visão do momento e facilidade para se relacionar. Estou falando de soft skills, que são as competências e habilidades mais desejadas para os profissionais do século

XXI. Mais relevante do que uma coleção de diplomas e certificados técnicos, as características comportamentais e sociais é que manterão o espaço das pessoas no mercado combinada com toda a tecnologia disponível. Estou falando de um cenário muito mais inteligente. O que é desafiador e prazeroso o homem faz, o contrário será direcionado para um robô. E como desenvolver as soft skills? Algumas pessoas têm habilidades natas e outras precisam correr atrás. E sim, é possível desenvolver essas características, mas para isso é preciso treino. Erroneamente muitos profissionais só enxergam o ensino tradicional como ambiente de capacitação. Falamos de comportamento, logo temos que estar em contato com outras pessoas onde possamos exercer essas competências. É preciso viver experiências diferentes. Em um trabalho voluntário é possível desenvolver habilidades como relacionamento interpessoal e o espírito colaborativo. Em um Hackathon, que são iniciativas que estimulam a inovação, os participantes colocam a prova o seu potencial de resolver problemas complexos e extrapolar sua visão empreendedora. Em um curso de Fotografia é possível desenvolver um pensamento crítico e estimular o olhar criativo. Ou até mesmo em uma formação para chef de cozinha você vive experiências na qual ajudam a desenvolver suas características de líder e de trabalho em equipe. Independente da área de atuação é preciso se colocar em situações desafiadoras que auxiliem no desenvolvimento de características fundamentais para qualquer profissional de sucesso. O avanço da tecnologia é inevitável, a robotização em massa será uma realidade, as pessoas devem assumir o que de fato é da sua natureza. Somos dotados de uma grande capacidade de criar e de se reinventar. Pode ser que nem todos acompanhem essa evolução. Naturalmente essa mudança trará perdedores e ganhadores. Meu papel aqui é a provocação para que todos enxerguem essa necessidade e tenham atitude para serem ganhadores. Não devemos temer as máquinas, e sim usá-las a nosso favor. A vida é feita de escolhas, nós somos feitos de escolhas. Você vai ser substituído por um robô?

DIVULGAÇÃO

Você será substituído por um robô?

*Ronaldo Cavalheri é Engenheiro Civil, Diretor do Geral do Centro Europeu e Business Development Manager do Microsoft Innovation Center Curitiba.

<<< Plástico Sul < 33


Bloco

de Notas

DIVULGAÇÃO

Anunciantes

Battenfeld-Cincinnati / Página 15

Braskem / Página 2

Brastex / Página 27

Matripeças / Página 25

Mercure / Página 26

MH Equipamentos / Página 21

Moretto / Página 9

Replas / Página 5

Rulli / Página 35

Vasco / Página 8

Wefem / Página 13

Wortex / Página 17

Zara / Página 23

34 > Plástico Sul >>>

Plastivida participa do Global Plastics Alliance

Estar em sintonia com os avanços internacionais é fundamental para o desenvolvimento de bons projetos em relação ao meio ambiente. A Plastivida marcou presença recentemente, no Global Plastics Alliance, evento que todos os anos reúne as entidades congêneres para discutirem assuntos relacionados à sustentabilidade dos plásticos e cases de sucesso identificado em cada país participante. O evento começou dia 13 de dezembro na Malásia. Miguel Bahiense, presidente da Plastivida (no centro da foto), apresentou as principais ações que têm sido realizadas pela entidade no Brasil, como a parceira com o Instituto Oceanográfico da USP (IO-USP), que tem como principal objetivo discutir a poluição nos oceanos e promover ações de educação ambiental, consumo consciente e boas práticas de descarte de resíduos. Dessa parceria, foi criado o “Fórum Setorial dos Plásticos - Por Um Mar Limpo”, um marco na atuação do setor industrial brasileiro para a compreensão da origem da poluição dos mares, articulação entre diversos setores e a criação de ações para mitigar esse problema de grandeza mundial. Além da parceria com o IO-USP, a atuação da entidade para a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e no Acordo Setorial de Embalagens também foram destaques no encontro.

Instituito Brasileiro do PVC apóia estudantes

O Instituto Brasileiro do PVC vem trabalhando para levar conhecimento técnico sobre o PVC a estudantes e profissionais, por meio de cursos especializados em importantes universidades brasileiras. O principal objetivo dessa iniciativa é aproximar o mundo acadêmico da indústria, mostrando as principais propriedades do PVC, material extremamente versátil que pode adquirir uma grande variedade de características e propriedades. Essa versatilidade permite que o PVC seja utilizado nas mais variadas aplicações em diferentes setores da economia, como o agronegócio, arquitetura, construção civil, área médica, entre outros. Os cursos são oferecidos para alunos de graduação e pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, Engenharia de Materiais e Civil, e sua duração pode variar de acordo com a necessidade de cada instituição. Entre as universidades que têm sido parceiras nesse trabalho, estão a Universidade Presbiteriana Mackenzie, Universidade São Judas Tadeu, Centro Universitário Belas Artes de São Paulo e Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Além de todo o benefício que o PVC proporciona à sociedade, são abordadas também questões relacionadas a sua sustentabilidade, dentre elas a reciclagem. Segundo Miguel Bahiense, presidente do Instituto Brasileiro do PVC, aproximar os alunos da indústria tem sido uma das mais importantes ações do Instituto, por trazer diversos benefícios principalmente para a carreira desses estudantes


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