Plástico Sul 199

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Expediente

Editorial

Edição # 199 | Setembro de 2018

Uma nota difícil de decifrar

Conceitual Brasil - Jornalismo Total www.revistaplasticosul.com.br Fone: 51 3209.3525 editora@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves DRT/RS nº 12.844 Departamento Comercial: Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 99941.5777) Capa: divulgação Plástico Sul é uma publicação da Conceitual Brasil - Jornalismo Total, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.

V

ocê já deve ter brincado disso em algum momento de sua vida ou pelo menos já assistiu no Sílvio Santos dos anos 1990. “Qual é a música” dava uma nota e os jurados ou a platéia tinha que adivinhar a canção a que se referia o tom. Era o maior barato porque por vezes se apresentava com clareza a música na nossa mente, em outras situações a cantiga era tão comum que nos perguntávamos: “como não adivinhei de primeira?”. Mas não é o programa do grande Mestre Sílvio a pauta principal deste editorial. Trata-se apenas do estabelecimento de um paralelo com a nossa realidade. Com tantas instabilidades como saber se teremos bons ou pífios resultados de nossos esforços empreendedores? É difícil prever. O mercado oscila o tempo inteiro, principalmente em época de campanha eleitoral onde até mesmo uma pesquisa de intenção de votos faz disparar a Bovespa e baixar o dólar. Buenas, há boas notícias, como no estado do Paraná onde o presidente da Fiep aborda os resultados positivos do setor de transformação de plásticos no estado e também da área industrial de forma geral. Ele celebra a representatividade do segmento no contexto nacional e sabe na ponta da língua os principais resultados como geração de emprego, arrecadação e suas comparações com o Brasil. Ponto para nós, como economia nacional. Outros que destacam os pontos positivos do ano até o momento são os fabricantes de roscas e cilindros. Embora tenha alguns pontos negativos, a corrente marítima parece estar favorável até o momento, como pode ser conferido em reportagem sobre o tema. Pois bem, até aqui, a trancos e barrancos acertamos as notas musicais e mesmo que desafinados, cantamos conforme a música. Mas o que nos reserva o futuro? Você consegue fazer uma mínima previsão do desempenho de sua empresa para o ano de 2019? Tudo depende das escolhas eleitorais dos próximos dias. Mas mesmo traçando um cenário A ou B, você arrisca palpitar sobre os desfechos de tais resultados? Esta, caros leitores, é uma nota difícil de decifrar. Boa leitura!

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Segundo a Abiplast, o PR teve crescimento de cerca de 4% em 2017 em relação a 2016, acima do resultado da indústria no Brasil, que aumentou 2,5% na mesma comparação

O

longo período pelo qual se estendeu a crise econômica-política no Brasil pós-2014, causou retração no desenvolvimento de vários segmentos, entre os quais a cadeia do plástico, afetando todas as regiões, inclusive o Sul. O Paraná, no entanto, conseguiu resultados positivos em 2017, segundo aponta o Perfil de Desempenho da Abiplast – Associação Brasileira da Indústria do Plástico. Com base nos dados do estudo da entidade, o presidente José Ricardo Roriz Coelho informa que o Paraná possui quase 23 mil empregados e cerca de 1 mil empresas do setor de transformados plásticos, fazendo parte da Região Sul, uma das mais importantes para o nosso setor no país em termos de representatividade. “Somente o Paraná representa aproximadamente 7,5% de todo o mercado em termos de empresas e empregados, revelando sua importância para essa indústria”, enfatiza o presidente.

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Apesar da crise, setor mostra reação O dirigente também destaca os índices positivos de crescimento. “Segundo nossas estimativas realizadas utilizando dados do IBGE, a produção física da indústria de transformação de plástico no Estado cresceu cerca de 4% em 2017 em relação a 2016, acima do resultado da indústria no Brasil, que teve um aumento de 2,5% na mesma comparação’, diz Roriz Coelho. Entretanto, ele faz uma observação: “Apesar do resultado positivo e promissor, é importante lembrar que entre 2014 e 2016, houve uma retração de quase (-14%) na produção do setor no Estado, indicando que o crescimento de 2017 ainda não foi suficiente para sua total recuperação”, aponta. E por isso faz um alerta: “È importante, então, que continuemos atentos às questões econômicas e políticas do país, além de estarmos monitorando e investindo em gestão, novos produtos e tecnologias”, observa. O dirigente também faz questão de destacar um setor em franca expansão no Paraná, “pois o Estado conta com cerca de 900 empresas e cerca de 140 empregados na indústria de reciclagem de plástico”, informa. Roriz Coelho comentou sobre os segmentos produtivos mais expressivos no Estado, que tem um perfil bastante diversificado. Utilizando dados do valor da produção dos diversos setores da indústria de transformação do Paraná disponibilizados pelo IBGE, verifica-se que os principais são fabricação de produtos alimentícios, de veículos automotores, reboques e carrocerias, de produtos químicos, de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis e de celulose, papel e produtos de papel. “Tal resultado corrobora com a representatividade do setor de transformados plásticos no Estado, uma vez que atende seus principais demandantes. Somente as indústrias automotivas, de alimentos e de papel e celulose representam cerca de 30% do total de consumidores da indústria plástica”, explica o dirigente da Abiplast.

FIEP valoriza o setor

Por sua representatividade no cenário econômico do Estado, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná – FIEP, Edson Campagnolo, faz uma avaliação extremamente positiva deste segmento. “A indústria de material plástico no Paraná é um importante instrumento de desenvolvimento, especialmente pelos empregos que gera. Atualmente, as 956 empresas do setor, instaladas em todas as regiões do estado, empregam 22,6 mil trabalhadores. Essas empresas representam 2,99% do total de companhias e 3,8% do total de empregos da indústria de transformação paranaense. O Paraná também tem relevância no cenário nacional da indústria do plástico. O estado responde por 8,45%


Apoio do Senai e as perspectivas

Quanto a projetos e ações do poder público ou outros setores para fortalecimento do setor plástico, Campagnolo conta sobre a percepção geral. “Por parte do setor público são poucas iniciativas

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do total de empresas e por 7,41% do total de mão de obra empregada no setor plástico do Brasil”, informa o presidente da Federação com dados mais atualizados. Além de dados físicos relacionados à relação empresa-empregos, a FIEP também destaca outros cenários para melhor percepção dos setores envolvidos, como explica Campagnolo, como o faturamento. “Existem alguns indicadores que ajudam a entender a participação de um determinado setor na economia. Um deles é o total de receitas líquidas de vendas, que apresenta, do ponto de vista financeiro, o tamanho de um determinado mercado. Nesse ponto, em 2016, últimos dados disponíveis, o IBGE indicava que o segmento industrial de material plástico no Brasil gerou uma receita líquida de R$ 72,8 bilhões. No Paraná, o resultado foi de R$ 4,9 bilhões, ou 6,7% do total de receitas do mercado nacional”, aponta o direigente. Campagnolo acrescenta outros parâmetros. “Os dados revelam ainda que o Paraná representa o terceiro maior polo do país em termos de arrecadação de receitas para as empresas. Já comparando a participação das receitas de vendas da indústria do plástico sobre o total da indústria de transformação paranaense, o setor responde por 2,3% do total. Outro indicador que também ajuda a medir a riqueza produzida pela indústria num determinado período é o Valor da Transformação Industrial (VTI), que permite analisar a agregação de riqueza que o segmento gerou. Nesse sentido, os resultados são parecidos: a indústria paranaense do plástico foi responsável por 6,8% do VTI quando comparado com a indústria nacional, e por 2,3% na composição da indústria de transformação do estado”, revela.

específicas para a indústria do plástico. Porém, para o Sistema Fiep, esse é um setor que tem potencial para se desenvolver cada vez mais no Paraná. Por isso, a entidade realiza investimentos para prestar apoio às empresas do segmento, tanto na formação de mão de obra quanto em consultorias em áreas como inovação, melhorias nos processos produtivos e aprimoramento da gestão, objetivando ganhos de produtividade e competitividade’, diz. O presidente da FIEP faz uma referência especial a uma entidade muito conceituada no setor industrial: o Senai. “Uma das principais ações nesse sentido está na unidade do Senai no município de São José dos Pinhais, que oferta cursos para a capacitação de profissionais que atuam ou vão atuar na indústria de plásticos e polímeros. São formações de diversas modalidades, incluindo um curso técnico com duração

Campagnolo, da Fiep: "A indústria de plásticos do Paraná é um importante instrumento de desenvolvimento"

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Plásticos do Paraná se destaca na fabricação de produtos como o AgroForte, estufas agrícolas

de dois anos, em que os alunos aprendem as técnicas para os processos de fabricação de materiais e artefatos plásticos, além de reciclagem”, comenta. Mesmo que o ditado diga que “o futuro a Deus pertence”, que trabalha confia na dedicação e aposta nos resultados. Por isso, Campagnolo é realista ao falar sobre perspectivas para este ano. “Depois de três anos de imensas dificuldades, a indústria do Paraná começou a dar sinais, ainda que lentos, de recuperação. Mesmo com todas as turbulências do cenário político e de situações totalmente inesperadas, como a greve dos caminhoneiros, que em maio paralisou as atividades de muitas empresas, o segmento vem registrando um desempenho positivo em 2018. De janeiro a julho, as vendas industriais paranaenses tiveram um crescimento de 5,36% em relação ao mesmo período do ano passado. Para o restante de 2018 e, principalmente, para os próximos anos, ainda há muita incerteza especialmente pela indefinição do quadro eleitoral”, aponta. No entanto, faz um alerta importante: “Para a efetiva retomada dos investimentos produtivos e a consequente recuperação do nível de empregos, fatores fundamentais para garantir crescimento econômico em longo prazo, o país precisa de um melhor ambiente para a realização de negócios. E, para que isso aconteça, o resultado das eleições de outubro é fundamental. Somente depois que for definida a linha a ser adotada pelo próximo presidente poderemos ter uma noção mais clara dos rumos que o país vai tomar e de que forma a economia vai reagir”, adverte.

Vitórias, desafios e reciclagem

Todos os setores produtivos passam por períodos complicados e se esforçam para reverter quadros negativos. A FIEP destaca algumas vitórias, mas também cita 8 > Plástico Sul >>>

os desafios que precisam ser vencidos, como acentua Campagnolo. “Desde o ano passado, tivemos algumas medidas que certamente ajudam a melhorar o ambiente de negócios no Brasil. Entre elas, a regulamentação do serviço terceirizado e a modernização da legislação trabalhista. A entrada em vigor da reforma trabalhista ainda é recente, mas em longo prazo seus efeitos serão benéficos não apenas para a indústria, mas para todo o setor produtivo brasileiro. O país tinha uma legislação trabalhista antiga, que não acompanhou os avanços tecnológicos e sociais das últimas décadas. Isso criava muita insegurança jurídica principalmente para a implantação das novas modalidades de relações trabalhistas que surgiram junto com esses avanços”, comenta o presidente da Federação. E amplia sua avaliação: “Em relação a desafios, falando especificamente da indústria, seu desenvolvimento depende de investimentos em diversas áreas. Entre elas, uma das principais é a implantação de novas tecnologias, especialmente às ligadas ao conceito de Indústria 4.0, que vão desde a automação digital de linhas de produção até a incorporação de serviços digitais nos produtos. São necessários investimentos em capacitação e adequação dos trabalhadores a essas novas tecnologias, lançamento de novos produtos e procura por novos mercados. Mas, além de fazer seu dever de casa para aprimorar processos e produtos, a indústria também enfrenta dificuldades que precisam ser superadas principalmente na esfera pública. São todos aqueles problemas que, infelizmente, tornaram-se velhos conhecidos dos empreendedores e aumentam significativamente o chamado Custo Brasil”, adverte. Campagnolo também comenta sobre temas que têm despertado interesse geral como a reciclagem do plástico e a logística reversa, que no Paraná registram avanços significativos. “No Paraná, o setor industrial tem se debruçado sobre esse tema desde 2012. Naquele ano, por articulação da Fiep, sindicatos empresariais ligados a diferentes cadeias produtivas assinaram termos de compromisso com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), iniciando as discussões para a elaboração de planos de logística reversa. Desde então, vários setores avançaram nesse processo, com iniciativas concretas já em andamento”, informa. O dirigente inclusive cita uma ação muito importante nesta área. “Uma das mais recentes, lançada no ano passado, foi a criação do Instituto Paranaense de Reciclagem (InPAR), iniciativa de sindicatos industriais, com apoio da Fiep, que vai atuar principalmente para a o correto descarte ou reutilização de embalagens das indústrias de alimentos, boa parte delas de plástico. Outro projeto nesse sentido também instalado no Estado é o Instituto de Logística Reversa (ILOG), que reúne entidades de outros setores, incluindo o Sindicato da Indústria de Material Plástico do Paraná. Ações


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Plastimax fabrica equipamentos, como o conjunto de recuperação cascata, na cidade de Londrina

como essas vêm demonstrando que, além da questão do desenvolvimento sustentável, a logística reversa traz também novas oportunidades de negócios, que podem ser aproveitadas por empresas de diversos segmentos’, completa o dirigente.

A força das empresas

Entre as quase mil empresas que fazem parte da cadeia do plástico no Paraná, algumas ganham destaque pelo conceito adquirido, como a Plásticos do Paraná, fundada em setembro de 1967, que iniciou suas atividades com 10 funcionários e capacidade de produção de 40 toneladas/mês de tubos rígidos e PVC para água e mangueiras de polietileno. Giselle Souza, da diretoria comercial, resume a atuação da empresa: “Trabalhamos com tecidos de rafia em polietileno e polipropileno para utilização agrícola, também produzimos lonas e coberturas”, informa. A empresa com sede em Curitiba atualmente tem cerca de 250 funcionários, uma média de 400 toneladas/mês de produção e investe continuadamente em aperfeiçoamento, tecnologia e processos mais eficientes para garantir a qualidade dos produtos. Com o crescimento e modernização, outros produtos foram lançados ao mercado ao longo do tempo, destacando-se os tecidos especiais destinados a estufas agrícolas, big-bags, coberturas de solo, aviários, lonas (LonaForte, AgroForte, VitiForte, AviForte, CoziForte e FlexiForte), além dos revestimentos de laminação. Em um mercado competitivo sempre é preciso superar desafios e Giselle Souza conta quais são as principais dificuldades que empresa enfrenta para poder se expandir. “Concorrência com mercado asiático cujos preços, pelo custo baixo de produção de lá, costumam ser mais baixos que os nossos, porém tentamos ganhar o mercado oferecendo qualidade que ao longo dos 50 10 > Plástico Sul >>>

anos de existência da empresa conseguimos conquistar e pela agilidade na entrega”, destaca. A executiva também comenta sobre os resultados no não passado e como espera fechar 2018. “O desempenho de 2017 foi bom, mesmo em momentos de crise, para 2018 pretendemos um resultado melhor ainda, estamos trabalhando muito para isso. O agronegócio está caminhando a contramão da crise e como fornecemos insumos para este segmento estamos colhendo bons resultados. Em 2018 conquistamos novos mercados, intensificamos a venda no mercado interno resgatando clientes inativos e estamos com metas agressivas até o final de 2018 para alcançar mais resultados”, aponta. Como não poderia deixar de ser, o cenário político tem implicações no processo produtivo, como avalia Giselle Souza. “Estamos em ano eleitoral, esperamos que seja feita uma boa escolha para o novo presidente, que em 2019 possamos resgatar a nossa boa economia, valorizando a nossa moeda, ganhando competitividade nos preços, conquistando de volta a confiança do mercado externo”, completa.

Expectativa do setor de máquinas

Fundada em janeiro de 1997 após estudos e pesquisas de mercado, a Multipet desenvolveu-se ao longo dos anos de forma constante e concisa de maneira a deter atualmente a mais avançada tecnologia nacional de soluções de sopro para embalagens PET no mercado, com três unidades fabris em Toledo (PR). O Diretor Comercial Guilherme Hofstaetter destaca o ramo de atuação da empresa e os principais produtos oferecidos. “A Multipet tem como foco único o de atender o ramo de embalagens PET. Assim nosso produto principal são as sopradoras de embalagens PET. Fabricamos, com tecnologia própria, sopradoras PET para pequenos volumes (50ml) até grandes volumes que é o 20 litros retornável para água mineral, com diversas capacidades produtivas”, informa. O executivo comenta sobre o comportamento do mercado, tanto o paranaense como os regionais mais promissores no Brasil. “O mercado paranaense está, assim como o brasileiro em geral, em compasso de espera. O volume de negócios da Multipet é bom, contudo deve crescer substancialmente com o fim dos "distúrbios" eleitorais. Sempre o mercado mais promissor é o de maior demanda de consumo e neste quesito o sudeste brasileiro sempre está na frente. Ainda assim temos muitos e bons clientes em todas as regiões do Brasil”, explica. Além de atender as empresas nacionais, a Multipet também procura desenvolver um processo de expansão de mercado, exportando sua tecnologia. Embora o volume de negócios atual ainda seja considerado modesto, Guilherme Hofstaetter projeta um futuro promissor mais promissor. “Sim temos um


percentual de exportações, não grande, mas temos. A Multipet exporta equipamentos ou já exportou para praticamente todos os países da América do Sul, Estados Unidos e alguns países da África. Para o ano de 2019 iremos implementar políticas de vendas mais fortes para estes mercados”, sinaliza. Na disputa por maiores fatias de um mercado muito disputado sempre existem dificuldades a serem superadas e a Multipet busca soluções para superá-las, explica o diretor. “A Multipet esta recompondo, gradativamente, seu mercado de equipamentos. Tivemos, como muitos, algumas dificuldades operacionais e isso nos levou ao enxugamento de operações com redução de quadro pela perda de faturamento devido à crise econômica. Em qualquer circunstância a maior dificuldade para a expansão é o custo financeiro advindo dos juros elevados de financiamentos para a expansão”, diz. Um balanço sucinto sobre desempenho e perspectivas reflete uma situação quase generalizada no setor. “As vendas em 2017 ficaram estacionadas. No inicio do ano aparentava ano de crescimentos nos negócios, mas os adventos econômicos e políticos no Brasil levaram a ficar em baixa. Neste aspecto tivemos o ano de 2017 como um ano de reestruturação operacional da Multipet adequando a empresa aos novos desafios que o

mercado apresenta. Já este 2018 tem a questão política segurando os investimentos, mas de qualquer forma houve uma acentuada melhora e já estamos trabalhando o ano de 2019”, sinaliza Guilherme Hofstaetter. Outra empresa paranaense que vem trabalhando forte para vencer desafios é a Plastimax Máquinas, com sede em Londrina. Durante os últimos anos a reciclagem vem crescendo muito, e isso fez com que fossem desenvolvidas novas formas de transformar o plástico usado em matéria-prima para outros objetos. Adriano A. Domingues, executivo da Plastimax dá o tom de atuação da empresa. “Fabricamos máquinas para reciclagem de plásticos: Moinhos, lavadoras, tanques de lavagem, aglutinadores, extrusoras, baloneiras, maquinas de mangueira e etc”, resume. Quando questionado sobre os mercados compradores, Adriano Domingues revela um dado curioso sobre este panorama no Estado. “Para ser sincero, vendemos pouco para o Paraná. Nossas vendas estão distribuídas pelo Brasil, em especial atenção a São Paulo e Santa Catarina”, conta. Mas de forma positiva revela que a Plastimax também concentra esforços nas exportações. “Sim, exportamos para o Paraguai com mais frequência, mas também temos clientes na Argentina, Chile, Equador, República Dominicana”, informa.

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O ILOG, Instituto de Logística Reversa, tem sede em Curitiba (PR) e revela os desafios do setor

Comentar sobre dificuldades de expansão em tempos de instabilidade nem sempre resultam em notícias alvissareiras, como ressalta o executivo da Plastimax. “Boa parte de nossas vendas estão baseadas em financiamento. Então com redução drástica nas liberações de recursos via BNDES e outros, as vendas diminuíram nos últimos anos e passamos a vender mais em compras com recursos próprios, mais direcionados a máquinas de menor valor e até máquinas reformadas”, explica. Quanto ao desempenho no ano passado e as perspectivas, Adriano Domingues foi comedido. “Não posso expressar em valores, mas o ano de 2018 está muito semelhante com 2017 em termos de faturamento”, diz sem dar detalhes. Quanto ao futuro, expressa um sentimento pela retomada do desenvolvimento. “Esperamos fortemente que o aumento do otimismo em todos os mercados de uma forma geral e principalmente que o governo volte a fomentar as indústrias com crédito. Só assim para voltarmos a pensar em crescimento”, finaliza.

Logística Reversa e Reciclagem, desafios do ILOG

Os processos industriais dificultam a reciclagem no Brasil. Esta foi a conclusão a que chegou o ILOG – Instituto de Logística Reversa com sede em Curitiba, no Paraná, pois as iniciativas para reutilizar resíduos descartáveis já são lei no Brasil, mas os desafios em busca da excelência ainda são muitos, destaca a entidade. Não há dúvidas de que a importância dos processos de coleta, reciclagem e reutilização de resíduos como o plástico são imprescindíveis para o futuro do planeta. Os conceitos de sustentabilidade e responsabilidade ambiental estão cada vez mais difundidos na sociedade e têm estimulado pequenos empreendedores e grandes empresas a adotar planos de Logística 12 > Plástico Sul >>>

Reversa, que promovem a reutilização ou descarte correto dos bens de consumo. Mas embora indiscutivelmente cruciais, as práticas destas iniciativas ainda reservam inúmeros empecilhos que obstruem um avanço sustentável dos processos industriais. Um exemplo que ilustra umas das principais dificuldades das práticas de Logística Reversa e que dificulta a reciclagem no Brasil é o fato de alguns tipos de embalagens plásticas inviabilizam o reuso de grande parte do material. “Para que a reutilização seja possível, o PET coletado e separado, por exemplo, precisa ser triturado para dar origem aos flakes que se transformarão em matéria-prima para novos produtos. Mas para passar por este processo o plástico precisa estar puro, sem resíduos de outros materiais. O que acontece, é que os rótulos que são totalmente fixados com substancias adesivas tradicionais não se separam das embalagens no processo de lavagem convencional, que é praticada na grande maioria dos processos de reciclagem e acabam contaminando todo o material que não poderá mais ser reaproveitado”, explica Soraya Bischoff, gerente do ILOG, desde 2016 auxilia instituições de todos os portes a adotarem e desenvolverem práticas sustentáveis em cumprimento das políticas estaduais e nacionais de logística reversa a partir de parcerias com a iniciativa privada, poder público e cooperativas de catadores. O problema acaba reduzindo, por exemplo, a quantidade de material reciclável que poderia ser reaproveitada, já que uma das alternativas é a retirada manual de cada rótulo, o que agregaria tempo e valor extra e encareceria significativamente o processo. “O ideal são os rótulos envelopados, como os encontrados geralmente em garrafinhas de água, pois se soltam facilmente durante a lavagem, eliminando a necessidade de cortar manualmente o fragmento de plástico em que estão colados, que além de ser economicamente inviável, já que o serviço precisaria ser terceirizado, ainda acaba por desperdiçar uma parcela do material”, acrescenta Soraya. Para a especialista, uma solução definitiva, seria a conscientização e redesign sustentável por parte das indústrias. “O processo de logística reversa precisa ser entendido além do reaproveitamento. É necessário que a indústria encare o conceito como um todo, considerando toda a criação e vida útil de um produto, desde sua concepção e design até o momento em que ele é descartado. Incorporar efetivamente ações pensadas para a preservação de recursos naturais com estratégias alinhadas aos processos de reciclagem e reutilização é a chave para subtrair os empecilhos e tornar o setor empresarial sustentável mais rapidamente”, completa.


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DestaqueRoscas e Cilindros

Tecnologia e novidades garantem eficiência

É

muito importante na indústria do plástico o acesso a máquinas inovadoras, bem como a utilização de matérias-primas e aditivos confiáveis. Mas no universo da plastificação a qualidade do produto final e a rentabilidade da linha de produção dependem de vários fatores considerados fundamentais ao processo. Entre estes, as roscas, cilindros e outros componentes têm funções específicas na moldagem de peças por injeção, extrusão e sopro. Eles são fundamentais para o funcionamento da cadeia produtiva, responsáveis por transportar, plastificar, misturar e homogeneizar o plástico. Muitas vezes, quando o rendimento de uma máquina fica aquém do desejado o diagnóstico revela que roscas e cilindros não estão funcionando como

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deveriam. Para garantir a qualidade da moldagem das peças estes componentes devem operar sem comprometer as características químicas e físicas dos materiais processados. Um bom projeto, execução e utilização melhoram o desempenho das máquinas, proporcionando aumento da produtividade, agilização do set up e geram muitos outros benefícios. Sem dúvida, também é preciso dar atenção a outros aspectos como o cuidado com a temperatura, processamento do plástico, manter a integridade do conjunto rosca e cilindro investindo na manutenção preventiva e atualização tecnológica para alcançar resultados satisfatórios. Fabricantes e fornecedores destes equipamentos e serviços de manutenção foram consultados pela Plástico Sul sobre este importante segmento.


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Wortex acumula 42 anos de experiência em roscas, cilindros e acessórios

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DestaqueRoscas e Cilindros

Para garantir esse quadro de eficiência a indústria de transformação brasileira pode recorrer a fabricantes conceituados e detentores de tecnologia de ponta, como a Wortex Máquinas - Extrusoras, Recicladoras Roscas e Cilindros, de Campinas (SP). Segundo Elisa Ferreira, Gerente de Roscas e Cilindros a Wortex acumula 42 anos de experiência, tecnologia e know-how fornecendo roscas, cilindros e acessórios (monos e duplos) para as empresas transformadoras de plásticos por injeção, sopro e extrusão. “Contamos com uma equipe de engenharia especializada em ‘Projetos de Roscas’ preparadas para analisar as dificuldades informadas pelos clientes e propor soluções para um melhor desempenho dos equipamentos, assegurando sempre produtividade e a qualidade do produto final”, explica. Os profissionais que atuam na indústria do plástico sabem que um equipamento fora dos padrões causa prejuízos ao processo. Elisa Ferreira explica de forma mais detalhada quais são as consequências. “Toda vez que um conjunto de rosca, cilindro e acessórios apresentar desgastes (folgas) irá automaticamente interferir na Produtividade e Qualidade do produto final. Desgastes no conjunto de extrusão (roscas, cilindros e acessórios) gerará prejuízos ao transformador/ reciclador, tais como: baixa produtividade (kg/h); refugos (aparas, galhos, etc); gastos no reprocessamento com matéria prima, energia e mão de obra; produto final com defeitos (reprovados); máquinas paradas (sem faturamento), entre outros”, diz. Graças ao seu expertise na área, a Wortex desenvolveu diferenciais que caracterizam seu portfólio de produtos e serviços de manutenção, como destaca Elisa Ferreira. “A Wortex é pioneira na fabricação e recuperação de roscas, cilindros e acessórios (monos e duplos) para máquinas injetoras, sopradoras e extrusoras. Nosso diferencial é a qualidade dos trabalhos e serviços prestados pois contamos com equipamentos de alta precisão, matérias-primas, ligas bimetálicas e tratamentos térmicos adequados aos 16 > Plástico Sul >>>

materiais processados e de uma equipe de mão de obra especializada”, completa. Especializada em peças para máquinas de plásticos, a Roscacil Indústria e Comércio de Roscas e Cilindros, com sede em São Paulo (SP), tem atuação forte no setor e apresenta soluções para injetoras, extrusoras e sopradoras. Conforme o Diretor Comercial José Leandro, “para injetoras fabrica canhão e rosca, e componentes como ponteiras, anéis, flanges porta-bico, bicos, porcas, colunas e tirantes. Para extrusoras as opções abrangem roscas duplas paralelas e outros segmentos de roscas, desenvolvidos em processo de usinagem interno e com aço adquirido de fornecedores certificados, para assegurar a resistência necessária. Outra opção são os conjuntos bi-metálicos, mais resistentes a abrasão e corrosão”, informa. A questão que envolve a eficiência no processo fabril, passa pelas condições dos componentes e eventuais perdas de eficiência que o desgaste provoca. José Leandro comenta sobre este tema. “Considerando que a vida útil de um conjunto de cilindro e rosca de uma máquina extrusora, injetora ou sopradora, depende muito do material plástico processado. Se a matéria plástica for virgem, sem nenhum tipo de mistura, o conjunto terá uma durabilidade maior do que um conjunto que processa materiais reciclados ou que contenha reforços minerais (fibra de vidro, carbonatos, fibra etc.)”, observa. E acrescenta: “Por esse motivo a Roscacil trabalha com ligas bimetálicas resistentes como o Borotec 10009 (Processo por Aspersão Térmica Metalização - Superjet S Eutalloy),o Colmonoy e o Stellite. Além de atender as máquinas de injeção, sopro e extrusão, a Roscacil fornece soluções para empresas de filmes plásticos, sacolas plásticas, embalagens plásticas e brinquedos. Por meio das ofertas não só de peças novas,mas também de recondicionamento”, destaca. Outra empresa com sede na capital paulista e com presença marcante no setor, divulgando suas ações em várias feiras, a Rosciltec – Roscas, Cilindros e Tecnologia, tem atuação completa neste segmento, segundo informa o Diretor Comercial Diego Leão. “Recuperamos e fabricamos roscas e cilindros para máquinas extrusoras, sopradoras e injetoras de termoplástico e termofixo”, afirma. O executivo revela o que considera o grande diferencial da empresa para conquistar mais espaço em um setor tão competitivo. “Temos um dos melhores prazos e custo benefício do mercado, utilizamos ligas e tratamentos nobres que garantem uma qualidade diferenciada, tanto na fabricação dos conjuntos novos, como na recuperação dos mesmos”, explica. Diego Leão também faz questão de enfatizar que roscas e cilindros em mal estado ou com problemas de desgaste implicam em perdas para o transformador.


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DestaqueRoscas e Cilindros

Instabilidades de mercado afetam diretamente a produção no chão de fábrica

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“O acompanhamento dimensional dos conjuntos é um fator essencial para uma boa produção, conjuntos com desgaste excessivo causam aumento de refugos, baixa qualidade dos produtos, instabilidade no processo, além de outros problemas que causam transtornos e prejuízos”, evidencia. Estrategicamente localizada em Americana (SP), a Roscaf Usinagem e Projetos Eletro-Mecânicos atua com a fabricação e recuperação de roscas e cilindros para máquinas de injeção, sopro e extrusão, bem como trabalha com projetos e montagem de painéis elétricos de comando. Segundo o diretor Rodrigo Messias, atualmente a empresa fornece roscas e cilindros para as máquinas de sopro, extrusão e injeção. “Para manter sempre a máquina com bom desempenho é necessário uma manutenção preventiva, fazendo sempre a medição de rosca e cilindro, pois quanto maior for a folga entre as duas peças, maior será a dificuldade de se produzir”, explica. Além da garantia de qualidade, Rodrigo Messias destaca outros aspectos que fazem a diferença na Roscaf. “O nosso grande diferencial seria nosso preço e prazo de entrega”. Quanto a serviços complementares de manutenção, a empresa tem foco específico: “Prestamos manutenção apenas na parte de cilindro e roscas, realizamos a recuperação desses itens’, explica. O executivo ressalta a importância do uso de equipamentos em perfeito estado, evitando riscos e prejuízos ao processo. “O mau estado da rosca e cilindro causa baixa produção do material na máquina, pois é necessário aumentar a velocidade de trabalho para tentar compensar esta baixa produtividade, além de ocasionar um aumento no custo de energia e desgastes de outras peças da máquina”, aponta Rodrigo Messias.

Diego Leão, da Rosciltec: "Temos um dos melhores prazos e custo benefício do mercado, utilizamos ligas e tratamentos nobres que garantem qualidade diferenciada, tanto na fabricação dos conjuntos novos, como na sua recuperação

Com mais de meio século de experiência no setor mecânico, a LGMT Equipamentos Industriais, de Piracicaba, se especializa cada vez mais na construção e recuperação de peças de reposição de conjuntos de plastificação para extrusoras, injetoras e sopradoras de todas as marcas, nacionais e importadas, mantendo um alto padrão técnico em todas as etapas do processo de recuperação ou construção das peças dos conjuntos de plastificação, destaca o diretor Luciano Miotto. Como os demais fabricantes ele salienta que os riscos e prejuízos são inúmeros, dentre eles a queda de produção, deficiência em plastificação, homogeinização e dimensional do produto que está sendo fabricado. O executivo conta que para oferecer resultados plenos os conjuntos de roscas e cilindros seguem rigorosos critérios técnicos para sua construção. Assim como outras empresas, a LGMT fabrica conjuntos de plastificação (cilindros / roscas) para máquinas extrusoras, injetoras e sopradoras que processam termplasticos, termofixos e borracha. “Não apenas reproduzimos peças conforme amostras ou desenhos, mas também projetamos geometrias de roscas específicas para cada material à ser processado, isso é uma das principais características que pode acarretar em um melhor desempenho nos equipamentos que


trabalham com conjuntos fabricados pela LGMT”, esclarece Luciano Miotto. Para se manter no mercado em alto conceito, o executivo revela qual a estratégia que a LGMT no seu processo de fabricação e manutenção. “Nosso diferencial também se sobressai na qualidade de nossas matérias-primas, tratamentos térmicos e revestimentos superficiais, todos com seus respectivos laudos e certificados, o que garante uma total confiança em nossos produtos. Realizamos também recuperações de conjuntos, mediante a uma criteriosa análise mecânica e dimensional das peças à serem restauradas”, acrescenta.

Mercado: avaliações distintas e confiança

Quando o questionamento tratou sobre o mercado, algumas surpresas nos depoimentos, pois enquanto alguns fazem avaliações positivas, outros queixam-se de resultados ruins. Mas todos esperam uma mudança de cenário na passagem de ano. Elisa Ferreira, da Wortex, por exemplo, explica como a empresa configura um cenário superavitário. “Como a Wortex atende a todo o segmento de transformação (plásticos, borracha e alimentos) tanto na fabricação como na recuperação de roscas, cilindros e acessórios (monos e duplos), conseguimos atingir muito bons resultados em 2017, tanto nas vendas como na prestação de serviços, e projetamos fechar 2018 com resultados superiores a 2017 de no mínimo 50%”, informa. O diretor da Rosciltec, Diego Leão, compartilha desse sentimento, mesmo com ressalvas pelo momento econômico. “2017 foi um ano instável para os transformadores, temos alguns exemplos de grandes empresas que fecharam, porém outras trabalharam a todo vapor. Nós, da Rosciltec, tivemos um bom aproveitamento. Este ano de 2018 tem se mostrado melhor, tivemos um aumento significativo das vendas mesmo com este cenário político e econômico brasileiro desestruturado”, explica o executivo. Para Rodrigo Messias, da Roscaf, foi preciso usar estratégias complementares para superar o panorama desfavorável. “O ano de 2017 foi bom para a nossa empresa, nos tivemos um crescimento de 10% em relação a 2016, mas isso só foi

possível devido a negociação com nossos fornecedores, onde melhoramos a nossa relação com nossos, com isso, conseguimos uma redução de custo na compra de matéria-prima para a fabricação das peças”, ressalta. O executivo da Roscaf diz que “com essa atitude nosso produto ficou mais barato que nossos concorrentes e com a mesma qualidade. Esse diferencial fez com que a nossa empresa tivesse um aumento de 10%”. E completa seu comentário com uma projeção otimista. “Esperamos fechar o ano 2018 com a mesma satisfação que 2017, pois até o presente momento estamos com uma boa média de vendas, apesar de ser um ano eleitoral, a nossa empresa não foi muito afetada com esta indecisão política”, afirma. Outras empresas do segmento, no entanto, manifestaram opiniões diferentes, sem grandes avanços nos negócios e são cautelosos em projetar o futuro, como aponta José Leandro, da Roscacil. “Em 2017 o mercado para esse segmento foi bem fraco, lucro zero e investimento zero. Já em 2018, no primeiro semestre tivemos uma melhora, porém no segundo semestre regrediu novamente. Esperamos que o mercado volte a engrenar para que possamos fechar o ano acima do esperado”, alerta. E Luciano Miotto, da LGMT, também faz restrições. “O ano de 2017 foi bastante complicado, pois a instabilidade política fez com que todo o mercado se retraísse. Este ano também está sendo difícil tanto quanto 2017, trazendo praticamente o mesmo cenário. Tivemos readequações internas para nos mantermos, sem comprometer a qualidade e sempre honrando com os compromissos assumidos”, justifica. Mas demonstra confiança no futuro. “Mostrando assim ser uma empresa sólida e fazendo jus a confiança conquistada ao longo destes 55 anos de atuação no mercado, esperamos fechar este ano bem semelhante ao ano passado, mostrando uma leve melhora, já que estamos com a carteira quase tomada para este fim de ano e com muitas promessas de bons negócios para o início de 2019”, finaliza.

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Tendências

& Mercados

Brinquedos

DIVULGAÇÃO

Produzir não é brincadeira Indústria de brinquedos é coisa séria e os empresários do setor sabem disso. A Abrinq - Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos calcula em 8% o crescimento da indústria este ano

O

desempenho da indústria de brinquedos registrado nos últimos anos deve se manter, prevê o presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa. Em 2017, o faturamento total da indústria foi de R$ 6,4 bilhões, sendo que a produção nacional performou R$ 3,8 bilhões. Crescimento de 5% em relação a 2016.

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DIVULGAÇÃO

“Data mais importante para a indústria do brinquedo, o Dia das Crianças deve confirmar sua tendência natural de evolução de compras, e as encomendas mostram que vamos continuar avançando”, constata Synésio. Segundo o presidente da Abrinq, os preços dos brinquedos estão estagnados, e que mais de 60% da oferta está na faixa de R$ 50,00. “A indústria está apostando no aumento do consumo per capita.” Para este Dia da Criança mais de 1 mil novos brinquedos estão chegando às lojas, contribuindo para a animação do mercado. O mercado nacional do brinquedo deve movimentar este ano perto de R$ 7 bilhões, e as vendas da Semana da Criança podem representar 35% desse total. Dados da entidade mostram que as vendas de brinquedos com valores acima de R$ 100,00 cresceram sua participação nas vendas, passando de 12,4% para 14,9% do total ano passado. As vendas de brinquedos também registraram crescimento nas faixas de preços até

a entidade de classe de representação oficial da indústria e do setor de brinquedos. Promove anualmente a ABRIN, Feira Internacional de Brinquedos.

Participação do plástico

R$ 10,00 (7,5%) e entre R$ 11,00 e R$ 20,00 (10,9%). A Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos - Abrinq é

O plástico é um dos materiais mais utilizados pelos fabricantes de brinquedos para garantir segurança, design e durabilidade nas brincadeiras da garotada. Segundo a Abrinq, 60% dos brinquedos utilizam o material plástico como matéria-prima. Divididos por linhas, o material está presente em praticamente todos os setores: veículos (carrinhos etc), reprodução do mundo real (jogos de panela etc), bonecas e bonecos, puericultura (chocalhos, por exemplo), eletrônicos e esportivos. São 250 mil toneladas de plásticos consumidas pelo setor, com destaque para Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul que representam respectivamente 4º, 5º e 6º lugares no ranking de vendas de brinquedos. No total, os três estados juntos

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Tendências

contabilizam no ano passado 17,1% das vendas totais o país. O Brasil tem cerca de 45 milhões de crianças consumidoras e uma natalidade diária muito estruturante. Em 1996, após a grande depressão sofrida pelo setor, os fabricantes nacionais detinham 38% de participação de mercado e, nestes anos, com tudo que a Abrinq pôde fazer pelo setor em conjunto com diversos atores Federais, Estaduais e Municipais, alcançaram algo em torno de 58% de participação. Observado o desempenho da indústria nacional nos últimos anos, desde 2009 o faturamento vem crescendo, com a produção assumindo mais participação dos brinquedos importados. Em 2017, o faturamento total da indústria (preço varejo) foi de R$ 10,5 bilhões, crescimento de 8,5% em relação a 2016. Entre os desafios da indústria para a recuperação de 70% do mercado até 2021 Synésio Batista da Costa enumera a alteração no modelo de alíquotas, proteção ao ambiente laboral nas fábricas da Ásia, criação de empregos no Brasil, combate à sonegação, ao subfaturamento e à concorrência desleal. Segundo ele, junto à sociedade também é necessário “lembrar às famílias a importância de seus filhos brincarem, valorizar o brincar”. A sazonalidade da indústria é outro dos desafios apontados pelo presidente da entidade, com quase 60% das vendas concentradas no Dia das Crianças e no Natal. Apesar disso, ele observa que a indústria de brinquedos vem acompanhando aevolução em todas as áreas, da tecnológica à normatização, passando pela logística e segurança.

Tecnologia Verde

O Plástico Verde da Braskem, I'm greenTM, foi o primeiro Polietileno de origem renovável a ser produzido em escala industrial no mundo. Desde 2010, o material, feito a partir da cana-de açúcar, vem sendo usado em diversos produtos de mais de 150 marcas em todo o planeta - de embalagens de alimentos e itens de higiene pessoal até cadeiras e vasos. Agora, é fornecido também ao Grupo LEGO® para a fabricação de elementos "botânicos", como árvores, arbustos e folhas de suas linhas de brinquedos. 22 > Plástico Sul >>>

Brinquedos

& Mercados

"Essa parceria reforça a estratégia bem-sucedida da Braskem de apostar em produtos sustentáveis e inovadores", diz Gustavo Sergi, diretor de Químicos Renováveis da empresa. "O Plástico Verde integra o portfólio de produtos renováveis da companhia, que tem uma estratégia robusta de crescimento e desenvolvimento para os próximos anos", completa. Além de ser 100% reciclável, o Plástico Verde contribui para a redução dos gases causadores do efeito estufa. A produção começa com a desidratação do etanol, obtido da cana-de-açúcar, para transformá-lo em Eteno verde, que segue para as unidades de polimerização a fim de ser convertido em Polietileno. De lá, o plástico é levado para empresas de terceira geração, que vão usá-lo para criar produtos.

Transformação

A Xalingo S/A Industria e Comércio é sucessora de Xavier e Braunger e Cia Ltda, fundada em 1947. Inicialmente a empresa dedicava-se a manufatura de madeira e em 1968 passou a trabalhar também com transformação de plástico. Atualmente, a empresa dispõe de um parque industrial capaz de oferecer uma variada linha de jogos e brinquedos, tanto em madeira, como em plástico com divisões de rotomoldados, injeção e sopro. Buscando uma diversificação industrial e com mais de meio século de atuação, a empresa possui em linha cerca de 850 produtos, como: Triciclos, jogos, bolas, dosificadores, regadores, tulhas, reservatórios de sementes e etc. Atenta à demanda pelo ambientalmente correto a Xalingo atenta em seu site (WWW. xalingo.com.br) para algumas ações importantes da empresa neste sentido como por exemplo: o uso de tintas à base de água, o desenvolvimento de uma estação de tratamento para manter a água limpa após a fabricação dos produtos e a reciclagem e reaproveitamento , dentro da própria empresa, dos resíduos dos brinquedos de plástico e de madeira.


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Artigo

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Como assim?

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Por Albano Schmidt*

ssa é a pergunta que estamos fazendo ao descobrir que a Escola Técnica Tupy vai encerrar seus cursos de formação técnica! Fundada em 1959, por meu pai, Dieter Schmidt, na época presidente da Fundição Tupy, a ETT iniciou suas atividades num momento em que Joinville crescia e a Tupy precisava de mão de obra competente. A inspiração veio da indústria suíça George Fischer, reconhecida pela excelência de seus profissionais, formados em sua escola técnica. Em pouco tempo, a ETT cresceu, se desenvolveu e se tornou referência nacional e internacional. Lá estudei afirmo que todos saem com formação completa, prontos para o mercado de trabalho, preparados e, muitos, já com emprego. Por que acabar? Para ter um maior número de alunos? Que dá mais lucro? Mas e no futuro, aonde é que essa turma vai conseguir boa colocação? Como é que o Brasil vai sair da posição vergonhosa que estamos no desenvolvimento de tecnologia? Prova de que esses cursos são importantíssimos é que – diante desta situação absurda – a Tupy buscou um novo parceiro e já lançou, junto com o Senai Joinville, a Escola de Fundição Tupy com o curso técnico em Metalurgia, que iniciou suas atividades com 70 de seus funcionários.

Como assim? O curso técnico não interessa mais porque não é rentável? Isso é um descaso à formação profissional e ao Brasil! Então que alguma entidade assuma! O Estado, a sociedade deveriam intervir. Perder uma escola deste nível nos causa indignação! Estou perplexo com essa atitude míope, mesquinha e de curto prazo, sem pensar no futuro. A única maneira de conseguirmos melhorar os índices de desenvolvimento econômico é com uma formação profissional adequada. Não vamos aumentar o PIB do Brasil formando generalistas. Esse não é o caminho para superarmos o abismo que nos distancia dos países desenvolvidos e nem é esta a forma de ocuparmos uma posição de destaque no cenário internacional. A única maneira de contribuir para o desenvolvimento do Brasil é investir na base, na educação de qualidade e não juntar mais alunos para uma formação genérica, medíocre e massificada, que só servirá para ampliar o número assustador de mais de 20 milhões de desempregados que temos no Brasil. *Presidente da Termotécnica


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Quimica

DIVULGAÇÃO

Indústria química tem aumento de produção no segundo quadrimestre

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ntre junho e agosto os químicos de uso industrial retomaram crescimento e a melhora nestes três meses fez com que o resultado acumulado no segundo quadrimestre do ano superasse o primeiro. Os volumes de produção cresceram 9,08% no segundo quadrimestre em comparação com os quatro primeiros meses. No mesmo período as vendas internas cresceram 2,11% e o consumo aparente nacional (CAN), que mede a produção mais a importação menos a exportação, cresceu 8%, segundo informações preliminares da Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim. Em relação ao segundo quadrimestre de 2017, o segmento também exibiu resultados positivos: a produção cresceu 1,42%, as vendas internas 0,75% e o consumo aparente nacional 1,3%. Segundo a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, a recuperação dá um alívio ao setor que vinha amargando sucessivas quedas entre março e maio. “Os dados sinalizam um movimento de recuperação de estoques na cadeia como um todo, também por conta da sazonalidade típica deste período do ano”. De janeiro a agosto de 2018, sobre iguais meses do ano passado, o índice de vendas internas cresceu 2,55%. No período de setembro de 2017 a agosto de 2018, o índice de vendas internas

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cresceu 2,44%. “Essa melhora nas vendas internas mostra um ganho de participação de mercado para o produtor local em relação à demanda por produtos químicos no mercado nacional, que pode estar sendo influenciada pela volatilidade do dólar e também pela alta de preços dos produtos químicos no mercado internacional”, completa Fátima. Porém, o índice de produção apresentou declínio de 2,62% de janeiro a agosto deste ano, sobre igual período do ano passado, e de 0,44%, de setembro de 2017 a agosto de 2018. O CAN também apresentou resultado negativo em 4,6%, na comparação de janeiro a agosto, e queda de 2,4% nos últimos 12 meses. Em agosto, o índice de utilização da capacidade instalada foi de 82%, mesma taxa de julho, e melhor nível operacional em todo o ano. Destacam-se, em agosto, os grupos de produtos solventes industriais, que operou a 89%, resinas termoplásticas, que rodou a 88%, e intermediários para fibras sintéticas, que exibiu taxa de ocupação de 86%. A média de utilização da capacidade instalada, de janeiro a agosto, foi de 77%. Nos primeiros oito meses do ano, o volume de importações dos produtos amostrados no RAC, lembrando que todos possuem produção local, teve recuo de 13,6%, enquanto as exportações declinaram 20,3%. Com esses resultados, a participação das importações sobre a demanda foi de 35%, três pontos abaixo da de igual período de 2017. Fátima explica que “a indústria química tem uma forte correlação com o desempenho do PIB. No início do ano as perspectivas apontavam para um crescimento da economia para este ano que seria próximo dos 2%, o que, infelizmente, não se confirmou. A redução da atividade econômica entre março e abril, agravada pela greve dos caminhoneiros e seus impactos adversos sobre o setor, influenciaram os resultados. A partir de junho, houve inversão da tendência negativa, mas ainda não é possível avaliar qual será o impacto do recuo dos primeiros meses do ano sobre a atividade do ano. Ainda esperamos que 2018 feche com algum crescimento em relação ao ano passado, mas se empatar, já terá sido algo positivo”


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Foco

no Verde

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Estudo mostra que embalagens plásticas ajudam a reduzir o resíduo sólido urbano

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A

ideia de que as embalagens plásticas contribuem para a redução dos resíduos sólidos urbanos pode parecer contraditória quando se fala em aquecimento da economia de um país ou região. Certamente é o que pensa o grande público. No entanto, de acordo com estudo científico divulgado pelo Earth Engineering Center do City College of New York (EEC|CCNY), os plásticos são responsáveis pelo declínio das taxas destes resíduos, mesmo com o aumento da renda per capita e do consumo. O estudo americano mostra que devido ao uso dos plásticos, a taxa de geração de resíduos sólidos parou de crescer na mesma proporção do crescimento econômico nos Estados Unidos. Desta forma, se observou que a geração de lixo começou a desacelerar no final dos anos 90, com a consolidação de produtos fabricados com plásticos em substituição a outras matérias-primas, iniciando, assim, um processo chamado por especialistas de “desacoplamento” do desenvolvimento econômico versus o aumento da geração de lixo. O mesmo estudo mostra que, desde 2010, a quantidade de resíduos produzidos nos EUA começou a cair, apesar do aumento contínuo no gasto dos consumidores. Segundo os autores do estudo, uma das principais razões para esse movimento é o aumento do uso de plásticos nas embalagens. De acordo com o Diretor e Ph.D da EEC/ CCNY, Marco J. Castaldi, sua equipe sabia que a quantidade total de plásticos no fluxo dos resíduos sólidos urbanos, de fato, aumentou substancialmente até meados dos anos 90, o que era esperado, pois os plásticos substituíram outras matérias primas como vidro, papel, papelão e metais, em diversos produtos de consumo. Porém, o estudo evidenciou um grande benefício do uso dos plásticos em substituição a estes materiais a partir do final dos anos 90: a redução da taxa de geração de resíduos sólidos, não só em peso, mas também em volume, evidenciando o “desacoplamento”. Nos diversos cenários avaliados no estudo da EEC/CCNY, os plásticos foram substituídos por outros materiais, possibilitando, assim, a medição do impacto potencial dos plásticos e de seus sucedâneos na geração total de resíduos no país. Em média, produtos feitos com matérias-primas alternativas, utilizam 3,2 vezes mais materiais do que quando fabricados com plásticos. Em outra

análise, se comparou especificamente embalagens. Os resultados mostram que quando são feitas com outras matérias-primas, elas consomem 4,5 vezes mais materiais do quando são feitas com plásticos. Estes números têm claro efeito na redução da geração de resíduos sólidos urbanos quando se utiliza plásticos, tanto em peso quanto em volume. De acordo com Miguel Bahiense, presidente da Plastivida Instituto Socioambiental dos Plásticos, o estudo reforça a importância dos plásticos para a sociedade, não só pelas suas qualidades e eficiência, mas, acima de tudo, por ser a alternativa mais sustentável em todo o seu ciclo de vida, desde o menor consumo de matérias primas para produção, mas, agora comprovadamente, por ser o insumo que gera menos resíduos sólidos urbanos. “A indústria vem trabalhando intensamente de forma responsável e transparente, além de seus limites produtivos, para mostrar à sociedade todos os benefícios e valores do plástico. Embora estes resultados quebrem paradigmas e atestem mais esta vantagem dos plásticos, continuamos focados na atuação pela educação ambiental, através do seu consumo consciente, descarte correto e reciclagem”, afirma Bahiense. Para efeito de comparação, um outro estudo realizado pela American Chemistry Council (ACC) comparou 2 mil sacolas plásticas, que pesam, em média, 13,6 quilos com a mesma quantidade de sacos de papel, que pesam 127 quilos. Dessa forma, concluiu-se que para cada sete caminhões que transportam sacos de papel, apenas um caminhão é necessário para transportar a mesma quantidade de sacolas plásticas. Já no campo da reciclagem, o estudo mostrou que para se reciclar a mesma quantidade de papel e plástico, neste caso se consome 91% a menos de energia, além de gerar 80% menos resíduos do que na reciclagem de sacos de papel. “O setor plástico sempre acreditou na eficiência e sustentabilidade dos seus produtos e os resultados destes estudos mostram, mais uma vez, que os plásticos contribuem para a preservação do meio ambiente e qualidade de vida das pessoas”, finaliza Bahiense.


de Notas

Sinplast/RS divulga expectativas de presidente eleito

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O industrial Gerson Albano Haas, da Soprasinos, de Novo Hamburgo, foi eleito novo presidente do Sinplast em eleições realizadas recentemente para escolha da nova Gestão 2018-2021. Também foram eleitos os novos membros da Diretoria, do Conselho Fiscal e Delegados Representantes junto à FIERGS. O novo grupo tomará posse no mês de novembro. Haas, que participa das atividades do Sindicato há mais de 15 anos, acompanhou de perto a gestão atual, da qual ele é diretor. “Motivou-me a ascensão à presidência o trabalho muito bem realizado da atual gestão que se encerrará em novembro, na qual participei ativamente, para que esse trabalho pudesse continuar e ser ainda melhorado nesta próxima gestão”, destaca ele, que tem sua empresa Soprasinos associada ao Sinplast desde 1995. Em relação à imagem do plástico perante à sociedade, o novo presidente tem como objetivo relembrar o quão importante é o material. “A expectativa é muito grande, tendo em vista melhorar a imagem do plástico, que pós-consumo tem muito valor e auxilia muita gente em questão de sobrevivência. O plástico tem que ser reaproveitado, pode-se produzir peças novas com ele, fechando a economia circular e evitando que materiais pós-consumo sejam encontrados em locais errôneos, como riachos e oceanos, pois o material plástico não possui nadadeiras, asas ou pernas, alguém incorretamente colocou o material certo no lugar errado”, enfatiza Haas, com expectativa de seguir com o progresso da atual gestão do Sindicato.

WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL

Bloco

Solvay vai aumentar em 35% a produção de polímero especial PVDF para atender crescimento da demanda por baterias de veículos elétricos

A Solvay aumentará em 35% a capacidade de produção de seus polímeros de alto desempenho da linha Solef® PVDF (fluoreto de polivinilideno) para atender ao forte crescimento da demanda global, principalmente para aplicações em baterias de íon-lítio para veículos elétricos. "A decisão da Solvay de aumentar a capacidade do Solef® PVDF, em nossa planta industrial de Tavaux, na França, mostra nosso compromisso contínuo para atender as crescentes necessidades de nossos clientes em todo o mundo", disse Michael Finelli, Presidente da Unidade de Negócios Global Specialty Polymers da Solvay. A nova capacidade, com investimento em novos ativos (máquinas e equipamentos), deverá entrar em operação até o final de 2019. Os polímeros especiais da linha Solef® PVDF otimizam a eficiência do armazenamento de energia e contribuem para redução do peso da bateria em veículos elétricos e aparelhos eletrônicos de consumo. Outras aplicações desses polímeros que têm registrado crescimento de vendas ocorrem em tubos e revestimentos exploração e produção de petróleo e gás em plataformas offshore e em membranas para purificação de água. <<< Plástico Sul < 29


Anunciantes

Bloco

de Notas

Poliamida transparente da Evonik é aprovada para uso na indústria alimentícia

Com essa aprovação, a empresa de especialidades químicas pode oferecer um polímero transparente, de alta performance e com excelente resistência térmica e química, como alternativa de material livre de bisfenol-A (BPA) para aplicações na indústria alimentícia do mundo inteiro. A Agência Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) já concedeu a sua aprovação. A Evonik oferece o TROGAMID® CX como poliamida de garantida transparência permanente há muitos anos. O produto é utilizado em aplicações nas indústrias esportiva, de lazer, automobilística, cosmética, de tecnologia médica e óptica.

Braskem / Página 2 Buhler / Página 19 Cong. Bras. do Plástico / Página 23 Cromex / Página 11 DM Robótica / Página 31 E.M.E. Extruder / Página 20 Feiplastic / Página 25 Mack Color / Página 27 Matripeças / Página 22 Pavan Zanetti / Página 29 Plástico Brasil / Página 17 Polo Films / Página 9 Procolor / Página 7 Replas / Página 5 Rosciltec / Página 15 Rulli / Página 13 Sepro / Página 32 Xalingo / Página 21

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Exclusivo perfil de propriedades Para uso como material de lentes em óculos esportivos e de esqui, o polímero de alta performance oferece uma visibilidade cristalina, alta proteção UV e excelente resistência mecânica, além de resistência a substâncias químicas como as contidas em cremes para a pele ou sprays para os cabelos. No segmento automotivo, o TROGAMID® CX é conhecido como material decorativo que se destaca por sua alta transparência e resistência a riscos. As recentes aprovações para contato com alimentos pelo FDA e pela EFSA transformam o composto para moldagem TROGAMID® CX no material livre de BPA preferido para aplicações como, por exemplo, peças transparentes em cafeteiras, liquidificadores/mixers, recipientes, panelas a vapor, etc. Graças à sua excepcional estrutura microcristalina, o TROGAMID CX7323 oferece um perfeito equilíbrio entre alta transparência e resistência térmica e química para prevenir a formação de stress cracking. Processamento simples e de alta produtividade A poliamida transparente da Evonik é fácil de processar em processos de moldagem por injeção e também pode ser transformada em filmes ultratransparentes para criar designs atraentes, finos e complexos, sem afetar a produtividade na fabricação. A Evonik tem mais de 50 anos de experiência no desenvolvimento e na produção de polímeros de alta performance. O amplo portfólio de produtos da empresa oferece soluções para virtualmente todas as aplicações industriais. Para saber mais sobre os polímeros de alta performance da Evonik, visite-nos na 26ª FAKUMA, estande 4117, corredor A4, de 16 a 20 de outubro, em Friedrichshafen (Alemanha).

Abiquim recebe prêmio Marco Maciel: Ética e Transparência na Relação entre o Público e o Privado 2018

O relacionamento ético e transparente da Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim com a Frente Parlamentar da Química (FPQuímica), foi um dos cases premiados no “Marco Maciel: Ética e Transparência na Relação entre o Público e o Privado 2018”, premiação realizada pela Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig). O projeto, intitulado “Frente Parlamentar da Química: a difusão de conhecimento ao Congresso Nacional como base para a construção de políticas públicas”, ficou em segundo lugar na categoria “Relações Institucionais e Governamentais na Sociedade Civil” em reconhecimento à dedicação da entidade em prol do fortalecimento da atividade de relações institucionais e governamentais no Brasil com ética, transparência e competência avaliados com mérito. A primeira colocação na categoria foi para a Confederação Nacional dos Municípios. A premiação foi entregue no dia 25 de setembro, no Panteão da Pátria Tancredo Neves (Praça dos Três Poderes), em Brasília. O prêmio foi recebido pela diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Abiquim, Marina Mattar, que também exerce a secretaria-executiva da FPQuímica. “Essa foi mais uma conquista de toda a Abiquim pelo competente e sério trabalho de equipe que todos realizam e reconhece que podemos ter um diálogo ético, transparente e com um forte embasamento técnico com o governo”, afirma Marina.


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