1 minute read

UMA NAMORADA

Next Article
A RUA DA VILA

A RUA DA VILA

Advertisement

Para ela esse poema foi escrito, cujos olhos luminosos Como os gêmeos de Leda1, expressivos brilhantemente, Encontram seu nome sobre a página deitado e harmonioso E de cada leitor protegido cuidadosamente. Se procurar nas entrelinhas, encontrará um tesouro Divino – um talismã – um amuleto Que deve ser usado perto do coração, como ouro. Procure bem a medida, as palavras, as sílabas! Dê um jeito De não esquecer o mais trivial, ou seu trabalho perdido estará! Mesmo que não haja nó górdio envolvido,

Um que nem com sabre se desfará, Se o enredo puder meramente ser desvendado. Inscritas sobre a folha onde agora olhos espreitam Uma alma cintilante, três palavras eloquentes Se escondem e se esquivam De poetas e por poetas proferidas frequentemente. Essas letras, embora mintam naturalmente Como o cavaleiro Ferdinando Mendez Pinto2 , São sinônimo da Verdade. Pare, nem tente! Embora muito tente, não desvendará o enigma, eu sinto.

1 Na mitologia grega, era rainha de Esparta, esposa de Tíndaro. 2 Aventureiro e explorador português do século XVI.

This article is from: