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O VALE DA INQUIETUDE

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A RUA DA VILA

A RUA DA VILA

Uma vez ele sorriu como um vale remansado Totalmente desabitado À guerra todos haviam ido Nas estrelas de olhar manso haviam confiado Noite a noite, de suas torres cerúleas Sobre flores a fazer vigília, No meio de cada jornada A vermelha luz solar se deita preguiçosa. Agora que cada visitante fale Da inquietude do triste vale Nada há lá que não se abale. Nada exceto o ar que remói Sobre o mágico exílio

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Ah, vento algum sacode árvores como aquelas Que palpitam como as águas gélidas Em volta das nebulosas Hébridas!1 Ah, vento algum aquelas nuvens conduzia Que farfalhavam pelo céu em algaravia Com dificuldade, de manhã até o fim do dia, Sobre as violetas que lá repousam Numa infinidade de olhares que fitam – Sobre os lírios que lá balançam E sobre um túmulo sem nome choram! Balançam e de seus topos que perfume exalam Gotas de orvalho eterno gotejam. Choram e de hastes frágeis Em forma de joia descem lágrimas infindáveis.

1 Arquipélago na costa oeste da Escócia.

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