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NA JUVENTUDE CONHECI ALGUÉM

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A RUA DA VILA

A RUA DA VILA

Com que frequência todo o tempo esquecemos, sozinhos Admirando o trono universal da natureza; Seus bosques, suas florestas, suas montanhas – a intensa Resposta dela à nossa destreza!

I

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Na juventude eu conheci alguém com quem a Terra Em comunhão secreta mantinha – e vice-versa, À luz do dia, e na beleza, desde a nascença: Cuja ardente e bruxuleante tocha da vida foi acesa Do sol e das estrelas, de onde havia prosseguido Um brilho impetuoso ao seu espírito era cabido E ainda que aquele espírito não conhecesse no esplendor De seu próprio fervor o que havia sobre seu poder.

II

Pode ser que minha mente seja feita Para um fervor do luar que fica, Mas acreditarei um pouco que aquela luz selvagem provida De mais soberania do que uma tradição antiga Jamais mencionou – ou sequer pensou A essência descarnada – e nada mais restou Que com um feitiço inspirador por nós passa Como gotas de orvalho à noite sobre a verde massa?

III

Por nós passa quando, como o olho salta Para o objeto adorado – até que a lágrima apalpa A seca pálpebra, que há pouco dormia em apatia? E necessidade de esconder esse objeto não havia Já que nossa vida ordinária repousa Hora a hora diante de nós – mas então apenas apregoa Com um estranho som de corda de harpa quebrada Para nos acordar – é um símbolo e uma chamada.

IV

Do que em outros mundos deveria ser – e ofertado Em beleza por nosso Deus, àqueles desacompanhados De outra forma sucumbiriam diante da vida e do firmamento Levados pela paixão em seus corações, e aquele acento, Aquele acento alto do espírito que lutou, Embora sem fé – com piedade – que derrotou O trono com desesperada energia, Usando como uma coroa sua mais profunda essência.

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