5 minute read

O FUTURO DA TELEMECIDINA

O futuro da telemedicina

A tendência é o retorno das consultas normais, no entanto o atendimento virtual permanecerá e avançará ainda mais

Advertisement

Há muito tempo a telemedicina vem sendo debatida no Brasil, com pontos favoráveis e desfavoráveis, mas foi somente no ano passado, com a pandemia do Coronavírus, que ela teve o seu “boom”. A epidemia provocou, inclusive, a legalização desse sistema, através da Lei 13.989, promulgada em agosto de 2020, embora em caráter emergencial e enquanto durar a crise. Até então, o uso da telemedicina não se enquadrava como atividade médica por nenhum órgão regulatório.

O atendimento virtual segue os mesmos padrões normativos e éticos das consultas presenciais. A legislação exige, no entanto, que a teleconsulta deve ser autorizada pelo paciente. Ele deve ser informado pelo médico sobre as limitações do atendimento e assinar um termo de entendimento. Essas regras são válidas tanto para saúde pública quanto privada.

Essa modalidade de atendimento foi permitida para evitar que pessoas pudessem ter acesso médico sem correr o risco de se exporem ao vírus. De acordo com a estimativa do Ministério da Saúde, mais de 2 milhões de pessoas já recorreram ao serviço, desde a sua regulamentação. “A pandemia trouxe uma avalanche de soluções tecnológicas que vieram para ficar”, analisa Décio Gusso, diretor executivo da GHR Business Solutions, distribuidora da Philips.

A telemedicina traz algumas vantagens. A comodidade no atendimento remoto é a primeira delas. Essa facilidade impacta principalmente idosos e pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida, que apresentam maior dificuldade para se locomoverem. O sistema também rompe barreiras geográficas, tornando a assistência médica possível e acessível em qualquer lugar, principalmente em cidades do interior do Brasil, onde a falta de médicos, principalmente especialistas, é mais constante.

Para um bom atendimento, a telemedicina só exige uma boa combinação de equipamentos digitais, softwares, plataformas e internet. Ferramentas como WhatsApp, Zoom e afins não são tão bem vindas, já que não seguem os protocolos de segurança exigidos.

VANTAGENS E DESVANTAGENS

O sistema híbrido tem também desvantagens que podem demorar um pouco mais para serem derrubadas. A primeira delas é a resistência de muitos profissionais e pacientes em adotá-lo. A principal dúvida é quanto à segurança das informações. Outra questão pertinente é o ambiente externo das consultas, normalmente a casa do paciente, onde barulhos, interrupções, sinal ruim de internet podem interferir na qualidade do atendimento. A teleconsulta também impede uma avaliação mais criteriosa do paciente, como análise de batimentos cardíacos, reflexos, palpação abdômen, entre outros.

Mas é importante que essa barreiras sejam ultrapassadas. A telemedicina não vai substituir a medicina tradicional, vai completá-la, beneficiando profissionais e pacientes. Com o passar dos meses, a tendência é o retorno das consultas normais, no entanto, de acordo com especialistas, o atendimento virtual, com sistemas de gestão digital e teleconsultas, permanecerá e avançará ainda mais. É preciso estar preparado para exercer as duas frentes de atendimento com qualidade.

Created by Three Six Five from the Noun Project

CHECKLIST DA TELEMEDICINA

Faça um diagnóstico do seu ambiente de trabalho, avaliando as demandas e vendo onde a tecnologia pode ajudar. Invista em infraestrutura tecnológica, com uma boa plataforma que atenda suas necessidades e uma rede de internet banda larga. Adote o prontuário eletrônico, que permite acesso fácil e rápido ao histórico do paciente. Promova treinamentos constantes com toda a equipe. Faça uma ação de pós-consulta, mantendo um fluxo de e-mail marketing com informações do que foi conversado na teleconsulta É recomendado a gravação das teleconsultas, para segurança dos pacientes e, principalmente, para sua proteção jurídica.

Destaque para um dos consultórios do Human Batel. Estilo e praticidade em um só lugar

A telemedicina não vai substituir a medicina tradicional, vai completá-la, beneficiando profissionais e pacientes. Com o passar dos meses, a tendência é o retorno das consultas normais, no entanto, de acordo com especialistas, o atendimento virtual, com sistemas de gestão digital e teleconsultas, permanecerá e avançará ainda mais. É preciso estar preparado para exercer as duas frentes de atendimento com qualidade.

O que aprendemos com a pandemia

Os médicos precisam aprender sobre tecnologia e inovação

Aeducação médica continua mesmo depois da graduação e dos anos de residência. A partir do momento que os profissionais buscam aprender matérias como tecnologia, inovação, gestão e empreendedorismo, é possível aumentar a qualidade de atendimento para os pacientes.

Pense nas diferenças entre um médico que nunca usou um software médico ou uma ferramenta de Teleconsulta, e um que já usa um sistema há vários anos. Aquele que estiver mais familiarizado com a tecnologia com certeza terá mais facilidade, e irá conseguir proporcionar uma experiência mais agradável aos pacientes.

Para ajudar aqueles que mais precisam de atenção e cuidado, é essencial continuar se inovando e aprendendo sobre as ferramentas que auxiliam no tratamento à saúde. É PRECISO INVESTIR NA EDUCAÇÃO DE PACIENTES E DISSEMINAR INFORMAÇÕES CONFIÁVEIS

Um dos maiores desafios na pandemia foi garantir que apenas informações confiáveis e válidas circulassem entre os pacientes, principalmente sobre medicamentos e medidas de segurança.

Fake news sobre a COVID-19 dificultaram ainda mais a luta contra a pandemia, o que impactou diretamente os profissionais de saúde. A melhor forma de lutar contra a desinformação é com a educação.

Produzir conteúdos para pacientes, divulgar em canais como redes sociais é uma das maneiras de ser uma fonte confiável para seus pacientes. Foi assim que a ginecologista Débora Santos investiu em conteúdo para seu perfil do Instagram e lançou uma série de vídeos no seu perfil no Youtube. “Resolvi esclarecer as dúvidas mais frequentes das minhas pacientes de forma simplificada, mas garantindo que ao invés de buscar informações em qualquer lugar da internet, elas soubessem que poderiam ter dados confiáveis nos meus perfis”. Além disso, a médica estabeleceu um canal direto via mensagem do Instagram para se aproximar das pacientes. “O resultado é uma proximidade muito maior e, de certa forma, acontece uma triagem, uma vez que as pacientes chegam na consulta com as informações corretas.

Dra. Débora Santos, ginecologista

This article is from: