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MARCOS PIANGERS - Beatles na cozinha para alegrar e unir a família
VIVER conecta COM MARCOS PIANGERS
Beatles na cozinha
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Era mais ou menos o dia 47 (mil) da quarentena e resolvemos fazer um café da manhã especial, com ovos e pães de queijo e torradas com geléia e suco de laranja; tiramos as louças que a minha filha chama de “chiques!” de cima do armário, preparamos a mesa da cozinha e colocamos pra tocar músicas do Beatles. Ela adora Twist and Shout e quando vem a parte do aaaaaaaaaAAAAAAAAAAHAHAHAHAHAHAHAAHAHAHA balançamos os braços em direção ao céu e pulamos juntos, imitando uma guitarra com as mãos. Ela imita tudo o que eu faço e quando eu olho pra minha filha me conheço um pouco mais: a cara de dor na hora que simulamos um solo de guitarra; os olhos arregalados quando canto um refrão; a forma como ela (e eu) dançamos germanicamente, sem ginga alguma, mas emanando uma felicidade boba.
Foi quando começou a tocar Blackbird e, o Paul mal tinha começado a cantar, eu comecei a chorar de um jeito incontrolável, como se meus olhos fossem algum encanamento com rachadura. “Blackbird singing in the dead of night”, ele cantava na minha cozinha, e não sei se era lembrança do dia em que vi ele ao vivo; não sei se era o tempo todo que passamos fechados em casa; não sei se era o barulho de passarinho da música, que inevitavelmente nos lembra uma liberdade que talvez não volte nunca mais; não sei se era perceber o quanto éramos sortudos e abençoados por termos uma casa, uma família, ovos mexidos e café, os Beatles tocando na nossa cozinha e crianças para nos mostrar o que importa nesse mundo.
Sempre que vê uma estrela cadente ou sopra velas no bolo de aniversário, minha filha menor fecha os olhos e sorri, fazendo um pedido. É uma cena especialmente bonita, pois ela realmente se concentra, e então sopra as velas. Sei que é contra a lei universal dos pedidos, mas sempre pergunto o que ela desejou. E ela sempre me responde, cochichando no meu ouvido: “Que a nossa família nunca se separe”. Todas as vezes, há oito anos, o mesmo pedido. “Que a nossa família nunca se separe”.
Marcos Piangers é autor do bestseller O Papai é Pop com mais de 300 mil cópias vendidas e seus vídeos já alcançaram meio bilhão de visualizações. Mas ele sabe que é como pai da Anita e da Aurora que vai transformar o mundo
MARCOS PIANGERS
Em um de seus aniversários, perguntei o que ela gostaria de ganhar. “Qualquer coisa, papai. Eu gosto de tudo”, ela disse. Foram as minhas filhas que me ensinaram o valor das coisas. Ou melhor, me ensinaram novamente. Eu havia esquecido. Quando era pequeno, qualquer galho de árvore virava uma espada. Qualquer pedra era também uma nave, ou um carrinho.
Minha filha mais velha que, certa feita, ensinou sobre as frustrações do consumo. “Pai, você já notou que os brinquedos são muito legais quando aparecem na televisão, mas quando a gente ganha e brinca com eles, perdem a graça?”, ela disse. Quantas vezes trabalhei longas horas para comprar presentes para minhas filhas, e vê-las logo depois deixando os presentes largados em um canto? Quantas vezes elas preferiram brincar com a caixa do presente, e ignoraram o conteúdo?
Lembro de um pai que me contou uma história ilustrativa. Tinha passado o ano em uma intensa dedicação profissional e, no aniversário do filho, quis remediar sua ausência oferecendo um brinquedo. “Pode pedir qualquer coisa, filho”, ele disse. O filho respondeu: “Qualquer coisa? Então eu quero um dia inteiro com você. Que isso você não me dá”. Corações são rasgados todos os dias por pequenas crianças e seus pais desatentos.
“All your life, You were only waiting for this moment to arise”, o Paul cantava na minha cozinha. Minha filha estava ainda com o pijama lambuzado de geléia de morango e eu me sentia um homem feliz. A quarentena tem sido longa e cansativa, mas cheia de momentos que, olhando em retrospecto, tenho certeza que sentirei saudades. Quantas vezes eu estava trabalhando demais, pedindo aos céus um tempo em casa com a família? Olho para minha filha e me vejo de novo, com oito anos, achando a vida a coisa mais divertida do mundo.
O escritor Kurt Vonnegut, costumava dizer que a única missão de uma pessoa na terra é esta: fazer outras pessoas apreciarem estarem vivas, pelo menos por alguns segundos.
“As pessoas sempre me perguntam se eu conheço alguém que foi capaz disso”, ele dizia.
Alto da Glória com estilo
Um passo a passo para curtir um sábado especial num dos bairros mais charmosos da cidade
POR ELLEN NOGUEIRA
Ele é um dos menores bairros da cidade. Segundo o Ippuc, são apenas 0,88km² de extensão, o que representa 0,20% da área total de Curitiba. Mas o que faz do Alto da Glória um gigante são suas ruas arborizadas e seu circuito completo de comércio, serviços, lazer e diversão. Tudo com muito estilo, mesclando o luxo e a simplicidade que são a melhor tradução dos novos tempos. E foi olhando com todo carinho para esse bairro pequenininho e cheio de charme que a gente resolveu fazer um roteiro de sábado com alguns pontos superlegais que merecem fazer parte da lista de todo curitibano que quer viver bem. Vem comigo?
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PASSEAR NA FEIRA DE MANHÃ O bairro e o entorno oferecem ótimos restaurantes, bares, opções legais de cafés e entretenimento, mas definitivamente a Feira da Rua Alberto Bolliger continua sendo o melhor ponto de encontro. Além de comprar tudo para abastecer sua cozinha, você pode começar ou terminar as comprinhas com o pastel Yamashiro. Mas não é qualquer pastel, é o lugar mais badalado da feira e dependendo do horário não vai ser fácil caçar uma mesa. Na verdade a feira é uma excelente desculpa para encontrar bons amigos, comprar flores, tomar um caldo de cana, comer um milho e viver uma manhã a céu aberto.
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Fazer aulas de mosaico Ali pertinho, vale a pena visitar a Escola Curitiba de Mosaico, onde Letícia Melara, Rosângela Gasparin e Bea Pereira ensinam, coordenam e produzem obras lindas dessa técnica artística milenar. “Oferecemos experiências às pessoas que preferem produzir suas próprias peças de mosaico em vez de simplesmente comprá-las prontas”, destaca Letícia. Quem sabe você não se anima para fazer umas aulinhas?
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UMA VIAGEM NO TEMPO Caminhar pelas ruas arborizadas e desvendar cada um dos tesouros do bairro como o Palacete dos Leões, também chamado de Solar dos Leões, na Avenida João Gualberto. O projeto do palacete foi executado pelo engenheiro Cândido Ferreira de Abreu (que seria prefeito de Curitiba anos depois). O edifício foi tombado pelo patrimônio histórico estadual e atualmente é mantido e preservado pelo BRDE, que o transformou num espaço cultural, recebendo exposições e apresentações artísticas e culturais variadas. Quase na frente, vale a pena conhecer a igrejinha centenária que deu nome ao bairro Alto da Glória e que ajudou a criar a tradição da novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. A Capela de Nossa Senhora da Glória, como é batizada oficialmente, foi construída em 1895 como templo particular das grandes famílias dos barões do mate e foi foi doada à Mitra Arquidiocesana em 2001. Em 2018, a capela foi reinaugurada após passar por uma restauração completa que durou 6 anos. Hoje, o local realiza missas, batizados e até casamentos.
CONFEITARIA VEGANA Dali, vale um café da tarde no Marseille Pães e Doces. Ali, a ideia é conhecer alguns bolos e doces deliciosos nas mesas da frente, curtindo o visual da região. Um dos diferenciais do espaço é a confeitaria vegana. Para quem curte, fica a dica. Se a ideia é curtir apenas as opções gastronômicas, o Alto da Glória tem muito mais, mas aí você vai precisar passar mais tempo por lá.
Provar um café especial Aqui vai um bônus. É que no mapa, oficialmente, o Moka Clube fica no Juvevê, mas a gente não podia deixar de indicar esse espaço superdescolado onde você pode acompanhar a torrefação de cafés especiais. E vai com tempo que todo dia um café novo para degustar por lá.
Maison Alto da Glória
Lançamento da GT Building está a poucos metros de dezenas de atrações do bairro e chega com inspiração europeia
Alocalização do Maison Alto da Glória, que será construído na Rua Maria Clara, no Alto da Glória, é um dos grandes diferenciais do empreendimento que se caracteriza como um dos grandes lançamentos da região. Cercado de natureza e remetendo ao clima romântico da França, o novo lançamento da GT Building, em parceria com a Essex Holding e com a Blue, faz parte da linha Maison, que é uma das linhas de maior sucesso relacionadas ao conceito alto padrão da incorporadora. Serão 68 unidades distribuídas em duas torres, que contarão com apartamentos tradicionais (entre 75m² e 106m²), cinco unidades garden (125m² a 221m² privativos mais terraço) e sete apartamentos cobertura (entre 118m² e 204m² privativos mais terraço).
Alysson Sanches, diretor da GT Building, ressalta que o Maison Alto da Glória reafirma o sucesso dessa linha no mercado. “Entregamos o Maison 29 com quase todos os apartamentos vendidos e seguimos com um bom volume no Maison Champagnat. Esses resultados comprovam que o estilo Maison tem conquistado o público curitibano e, por isso, continuaremos apostando nessa linha, que traz o encontro da localização privilegiada com o projeto ideal”, diz.
Inspirado na arquitetura francesa, o Maison Alto da Glória tem traços parecidos com o Maison 29, que foi entregue nas Mercês em janeiro, e com o Maison Champagnat, que está em processo de edificação no Bigorrilho