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Monitoramento Intraoperatório
Introdução
O monitoramento intraoperatório é a aferição contínua ou intermitente dos sinais vitais e dos parâmetros respiratórios, hemodinâmicos e neurológicos do paciente durante o ato cirúrgico. O objetivo é a detecção precoce de alterações fisiopatológicas que possam culminar em efeitos deletérios para o paciente durante o procedimento, evitando repercussões clínicas graves no pós-operatório, como disfunções orgânicas, internação prolongada e maior mortalidade.1 É de suma importância a correta interpretação dos dados obtidos durante o monitoramento, pois a efetividade da conduta terapêutica adotada a fim de prevenir a progressão de lesões dependerá diretamente de indicação e utilização corretas, bem como de compreensão dos dados clínicos obtidos e sua relevância. A escolha do monitoramento baseia-se no risco cirúrgico do paciente, na técnica anestésica escolhida e no porte cirúrgico (Figura 13.1).
Risco
Baixo Médio Alto
Oxímetro de pulso/capnografia
Variabilidade de pletismografia
Pressão arterial invasiva/VPP
Doppler transesofágico
Débito cardíaco análise de pulso arterial
Débito cardíaco (indicator dilution)
ScvO2
Cateter de artéria pulmonar
Figura 13.1 Escolha do monitoramento e risco cirúrgico do paciente
ScvO2: saturação de oxigênio venoso central; VPP: variação da pressão de pulso.
Figura 13.3 Morfologia da curva de pressão arterial invasiva. Curva sistólica ascendente (1). Pico sistólico (2). Curva sistólica descendente (3 ). Nó dicrótico (4). Curva diastólica (5). Pressão diastólica final (6)
Figura 13.4 (A e B) Curva de pressão invasiva subatenuada com várias ondas não fisiológicas sobrepostas (indicadas pelas setas) e pressão sistólica superestimada, devido à interferência de extensões no sistema de tubos. No centro, curva hiperatenuada com achatamento, nó dicrótico não visível e pressão sistólica subestimada, que pode ter como causas oclusões ou bolhas no sistema de tubos ou no cateter (A). Curva normal com nó dicrótico visível e ausência de “ruídos” (B)
Fonte: adaptada de Mark, 1998.3