Brinquedoteca e Terapia Ocupacional: Ações Interdisciplinares | Fabíola C. Tinoco / Helena Scatolini

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Sobre as Organizadoras

Organizadoras

Helena Maria Nica Scatolini

Guiada pela interdisciplinaridade, a brinquedoteca desperta relações de respeito, cuidado e aprendizado por meio da humanização. Estas ações têm o potencial de favorecer um olhar para o todo do indivíduo que está internado, contemplando corpo e mente. Assim, além de curativas, são orientadoras e diagnósticas. Brinquedoteca e Terapia Ocupacional: Ações Interdisciplinares, obra que estimula e instiga, propõe-se a refletir sobre o espaço da brinquedoteca, rico em aprendizado, alegria e vivências lúdicas. Além disso, pretende sensibilizar os leitores quanto à saúde humana e ao conhecimento integrado sobre o atendimento humanizado difundido na prática laboral do terapeuta ocupacional e dos profissionais de áreas afins. Dividido em duas partes, os Capítulos 1 a 5 descrevem a brinquedoteca, suas leis, os conceitos e objetivos e seus tipos. Abordam, ainda, a assistência humanizada à criança no contexto hospitalar, o ato de brincar e as brincadeiras e a Terapia Ocupacional. Por fim, nos Capítulos 6 a 10, são abordadas as atividades junto à Musicoterapia, à Fonoaudiologia, à Fisioterapia, à Psicopedagogia, à Nutrição e à Terapia Ocupacional.

Área de interesse Terapia Ocupacional

Ações Interdisciplinares

Terapeuta Ocupacional da Prefeitura Municipal de Rio das Ostras, atuando no Hospital Municipal Dra. Naelma Monteiro e no Centro de Reabilitação Laércio Lúcio de Carvalho, RJ. Terapeuta Ocupacional da Prefeitura Municipal de Macaé, atuando na Divisão Especial de Fisioterapia e Reabilitação, RJ. Terapeuta Ocupacional e Coordenadora da Clínica Ser Humano de Aprendizagem em Rio das Ostras, RJ. Especialista em Terapia Ocupacional no Contexto Hospitalar pela Associação dos Terapeutas Ocupacionais do Estado do Rio de Janeiro (Atoerj), RJ. Especialista em Terapia Ocupacional Pediátrica pelo Instituto A Voz do Mestre/Universidade Candido Mendes (AVM/UCAM), RJ. Especialista em Psicopedagogia Clínica, Institucional e Hospitalar pelo Centro Sul-Brasileiro de Pesquisa, Extensão e Pós-graduação (Censupeg), RS. Especialista na Saúde da Pessoa Idosa pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Universidade Aberta do SUS (UERJ/Unasus), RJ. Professora Superior pelo Instituto Superior de Estudos Pedagógicos da Faculdade Béthencourt da Silva (Fabes), RJ. Terapeuta Ocupacional pela Faculdade de Reabilitação da Associação de Solidariedade à Criança Excepcional (Frasce), RJ.

Outros Títulos de Interesse Bizu Comentado – Perguntas e Respostas Comentadas de Terapia Ocupacional, 2ª Ed. Andréa Fabíola Costa Tinoco Carvalho

Brinquedoteca e Terapia Ocupacional

Terapeuta Ocupacional da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, RJ. Terapeuta Ocupacional da Prefeitura Municipal de Rio das Ostras, RJ. Especialista em Saúde Mental para Terapeutas Ocupacionais pelo Instituto Franco Basaglia/Instituto Philippe Pinel (IFB/IPP), RJ. Especialista em Terapia Ocupacional Pediátrica pelo Instituto A Voz do Mestre/Universidade Candido Mendes (AVM/UCAM), RJ. Especialista em Saúde do Idoso pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Universidade Aberta do SUS (UERJ/Unasus), RJ. Terapeuta Ocupacional pela Escola Superior de Ensino Helena Antipoff (ESEHA), RJ.

Organizadoras

Carvalho | Scatolini

Andréa Fabíola Costa Tinoco Carvalho

Andréa Fabíola Costa Tinoco Carvalho Helena Maria Nica Scatolini

Memória na Prática da Terapia Ocupacional e da Fonoaudiologia Andréa Fabíola Costa Tinoco Carvalho Elaine Rosa da Silva Peixoto

Terapia Ocupacional – Metodologia e Prática, 2ª Ed. Claudia Pedral Patrícia Bastos

Terapia Ocupacional – Uma Contribuição ao Paciente Diabético Regina Célia Toscano Costa

Terapia Ocupacional na Complexidade do Sujeito Andréa Fabíola Costa Tinoco Carvalho Helena Maria Nica Scatolini

Brinquedoteca e Terapia Ocupacional

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Ações Interdisciplinares

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Andréa Fabíola Costa Tinoco Carvalho

Helena Maria Nica Scatolini

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Organizadoras

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Copyright © 2016 Editora Rubio Ltda. ISBN 978-85-8411-042-1 Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução desta obra, no todo ou em parte, sem autorização por escrito da Editora. Produção e Capa Equipe Rubio Fotos de Capa ©iStock.com / vitmihailov / VikaRayu Diagramação Elza Maria da Silveira Ramos

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ B869

Brinquedoteca e terapia ocupacional: ações interdisciplinares/organização Andréa Fabíola Costa Tinoco Carvalho, Helena Maria Nica Scatolini. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Rubio, 2016. 152p.: il.; 21cm. Inclui bibliografia ISBN 978-85-8411-042-1 1. Brinquedoteca. 2. Brinquedos (Psicologia). 3. Terapia ocupacional. I. Carvalho, Andréa Fabíola Costa Tinoco. II. Scatolini, Helena Maria Nica.

15-26571

Editora Rubio Ltda. Av. Franklin Roosevelt, 194 s/l 204 – Castelo 20021-120 – Rio de Janeiro – RJ Telefax: 55(21) 2262-3779 • 2262-1783 E-mail: rubio@rubio.com.br www.rubio.com.br Impresso no Brasil Printed in Brazil

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CDD: 615.85152 CDU: 615.851.3

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Brinquedoteca e Terapia Ocupacional: Ações Interdisciplinares

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Andréa Fabíola Costa Tinoco Carvalho Terapeuta Ocupacional da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, RJ. Terapeuta Ocupacional da Prefeitura Municipal de Rio das Ostras, RJ. Especialista em Saúde Mental para Terapeutas Ocupacionais pelo Instituto Franco Basaglia/ Instituto Philippe Pinel (IFB/IPP), RJ. Especialista em Terapia Ocupacional Pediátrica pelo Instituto A Voz do Mestre/Universidade Candido Mendes (AVM/UCAM), RJ. Especialista em Saúde do Idoso pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Universidade Aberta do SUS (UERJ/Unasus), RJ. Terapeuta Ocupacional pela Escola Superior de Ensino Helena Antipoff (ESEHA), RJ. Autora do livro Memória na Prática da Terapia Ocupacional e da Fonoaudiologia, publicado pela Editora Rubio. Autora do livro Terapia Ocupacional na Complexidade do Sujeito, publicado pela Editora Rubio. Autora do livro Perguntas e Respostas Comentadas de Terapia Ocupacional, publicado pela Editora Rubio.

Helena Maria Nica Scatolini Terapeuta Ocupacional da Prefeitura Municipal de Rio das Ostras, atuando no Hospital Municipal Dra. Naelma Monteiro e no Centro de Reabilitação Laércio Lúcio de Carvalho, RJ. Terapeuta Ocupacional da Prefeitura Municipal de Macaé, atuando na Divisão Especial de Fisioterapia e Reabilitação, RJ. Terapeuta Ocupacional e Coordenadora da Clínica Ser Humano de Aprendizagem em Rio das Ostras, RJ.

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Sobre as Organizadoras

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Especialista em Terapia Ocupacional Pediátrica pelo Instituto A Voz do Mestre/Universidade Candido Mendes (AVM/UCAM), RJ. Especialista em Psicopedagogia Clínica, Institucional e Hospitalar pelo Centro Sul-Brasileiro de Pesquisa, Extensão e Pós-graduação (Censupeg), RS. Especialista na Saúde da Pessoa Idosa pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Universidade Aberta do SUS (UERJ/Unasus), RJ. Professora Superior pelo Instituto Superior de Estudos Pedagógicos da Faculdade Béthencourt da Silva (Fabes), RJ. Terapeuta Ocupacional pela Faculdade de Reabilitação da Associação de Solidariedade à Criança Excepcional (Frasce), RJ. Autora do livro Terapia Ocupacional na Complexidade do Sujeito, publicado pela Editora Rubio.

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Especialista em Terapia Ocupacional no Contexto Hospitalar pela Associação dos Terapeutas Ocupacionais do Estado do Rio de Janeiro (Atoerj), RJ.

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Ana Christina Santos Mussalem Musicoterapeuta do Hospital Ferreira Machado e da Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, RJ. Especialista em Psicomotricidade pela Universidade Candido Mendes (UCAM), RJ. Licenciatura em Artes pela UCAM, RJ. Musicoterapeuta pelo Conservatório Brasileiro de Música (CBM-CEU), RJ.

Andréa Toledo Farnettane Musicoterapeuta do Hospital Geral de Guarus da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, RJ. Musicoterapeuta e Coordenadora Técnica do Centro de Atenção Psicossocial III (CAPS III) João Ferreira da Silva Filho, RJ. Especialista em Saúde Mental pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Especialista em Psicossomática pela Universidade Gama Filho (UGF), RJ. Musicoterapeuta pelo Conservatório Brasileiro de Música (CBM-CEU), RJ.

Bianca Isabela Acampora e Silva Ferreira Mestre em Cognição e Linguagem pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), RJ. Especialista em Arteterapia em Educação e Saúde pela Universidade Candido Mendes (UCAM), RJ.

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Colaboradoras

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Especialista em Educação Infantil pela Fafic. Pedagoga pela Fafic.

Isabela Dutra Coelho Brandt Fonoaudióloga da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, RJ. Fonoaudióloga do Hospital Ferreira Machado da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, RJ. Fonoaudióloga da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes – Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, RJ. Especialista em Distúrbios da Comunicação Humana pela Universidade Federal de São Paulo/ Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM). Fonoaudióloga pela Universidade Católica de Petrópolis, RJ.

Maria Fernanda Larcher de Almeida Professora Adjunta do Curso de Graduação em Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), campus Macaé, RJ. Doutora em Ciências Biológicas (Biofísica) pela UFRJ. Mestre em Ciências Morfológicas pela UFRJ. Nutricionista pela UFRJ.

Maria Luiza Santos Vieira Professora e Coordenadora do Curso de Pedagogia da Universidade Estácio de Sá (Unesa), RJ. Professora de Disciplinas Pedagógicas do Centro Universitário Fluminense (Uniflu), RJ. Mestre em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Especialista em Psicopedagogia e Educação Infantil pela Uniflu. Pedagoga pela Uniflu.

Maura Nogueira Cobra Professora e Coordenadora do Curso de Graduação em Fisioterapia da Universidade Estácio de Sá (Unesa), Campos dos Goytacazes, RJ. Fisioterapeuta da Fundação Municipal de Saúde da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, RJ.

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Especialista em Psicopedagogia pela Faculdade de Filosofia de Campos dos Goytacazes (Fafic), RJ.

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Atua em Curso de Graduação Presencial em Fisioterapia, Curso a Distância de Pós-Graduação (lato sensu) em Saúde da Família. Mestre em Saúde da Família pela Universidade Estácio de Sá (Unesa), RJ. Especialista em Fisioterapia Cardiovascular e Respiratória pela Unesa. Fisioterapeuta pela Unesa.

Renata Borba de Amorim Oliveira Professora Adjunta do Curso de Graduação em Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), campus Macaé, RJ. Pós-Doutoranda no Núcleo de Estudos sobre Alimentação e Cultura do Instituto de Nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Doutora em Ciências pela UERJ. Mestre em Nutrição Humana pela UFRJ. Especialista em Terapia Nutricional Parenteral e Enteral pela Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE). Especialista em Geriatria e Gerontologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), RJ. Nutricionista pela UERJ.

Sacha Manoela Oliveira Paiva de Azevedo Queiroz Terapeuta Ocupacional e Coordenadora Técnica da Clínica Avance em Campos dos Goytacazes, RJ. Terapeuta Ocupacional do Hospital Ferreira Machado e do Hospital São José da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, RJ. Pós-Graduanda em Terapia Ocupacional Pediátrica pelo Instituto A Voz do Mestre/Universidade Candido Mendes (AVM/UCAM), RJ. Pós-Graduanda em Neuropsicopedagogia pelo Centro Nacional de Ensino Superior, Pesquisa, Extensão, Graduação e Pós-Graduação (CENSUPEG), PR. Especialista em Intervenção Precoce pela Universidade de Santo Amaro (UNISA), SP. Especialista em Integração Sensorial pela University of Southern California/Western Psychological Service/Instituto Completude, PR Curso de Extensão no Conceito Neuro-Evolutivo Bobath nas áreas: Baby, Pediátrico e Adulto, pelo Centro de Estudos e Reabilitação Neurológica, RJ. Terapeuta Ocupacional pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, BA.

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Fisioterapeuta em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Ferreira Machado da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, RJ.

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Aos usuários dos serviços hospitalares, escolares e a seus responsáveis, pela possibilidade de viver a experiência do brincar nas diversas brinquedotecas, que são momentos únicos. Dedicamos também às nossas famílias, pelo incentivo constante.

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Dedicatória

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William Shakespeare

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A alegria evita mil males e prolonga a vida.

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Em primeiro lugar, sou grata ao Deus Pai Todo-Poderoso, pela oportunidade de escrever mais uma obra técnico-literária. Ao meu pai Uiles (in memoriam), pelo investimento educacional e pelo engrandecimento pessoal às suas filhas. À minha mãe, sempre presente, cuidando, sob todos os aspectos, para nossa qualidade de vida e nosso deslanche acadêmico. Às minhas irmãs Rosilene, Rosane e Claudete, pelo estímulo constante. Ao meu filho Uiles, amor da minha vida e minha razão de viver, pelas sugestões e críticas em alguns momentos. À minha amiga, colega de profissão, coautora e parceira em nossas buscas e atualizações científicas, Dra. Andréa Fabíola, pela interminável dedicação e incansável disponibilidade, bem como aos colaboradores, pelas suas contribuições. Helena Maria Nica Scatolini

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Agradecimentos

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Andréa Fabíola Costa Tinoco Carvalho

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Este livro faz referência a momentos importantes da minha vida laborativa. Agradeço àqueles que, em minha caminhada, estiveram firmes e fortes: a equipe do Programa Integrar-Humanizar do Hospital Geral de Guarus (PIH-HGG), em especial a secretária Cleidia Nogueira Paes; a Fonoaudióloga Isabela Dutra; as Musicoterapeutas Ana Christina Mussalen e Andréa Farnettane; as Fisioterapeutas Maura Cobra e Ellen; a Psicóloga Érica Samis; a Assistente Social Karla Ferreira; a Nutricionista Renata Borba; os Pediatras Roberto Duarte e Fernanda Cardilo, entre outros; e ainda as auxiliares de enfermagem Sônia Lúcia Coutinho, Janice Monteiro João, Rosemere César Alves, Thiara Gonçalves da Silva, tão atenciosas. Sou também grata aos nossos colaboradores, pela parceria para a escrita desta rica obra, e principalmente à Dra. Helena Scatolini, pela parceria nos projetos de vida. Ofereço esta obra aos colegas terapeutas ocupacionais pioneiros nos trabalhos interdisciplinares e nas brinquedotecas hospitalares e educacionais.

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A iniciativa das autoras de escrever Brinquedoteca e Terapia Ocupacional: Ações Interdisciplinares é sensibilizar os leitores quanto à saúde humana e o conhecimento integrado sobre o atendimento humanizado difundido na prática laboral do terapeuta ocupacional e dos profissionais de áreas afins. A Lei no 11.104, de 21 de março de 2005, veio complementar o rico trabalho que já era desenvolvido, por meio da brinquedoteca, de forma integral com crianças e seus familiares em uma abordagem holística. Isso ameniza o impacto do contexto ambiental vivenciado e experimentado diariamente e também fortalece como intervenção lúdica a prevenção, a recuperação, a cura e as atividades da vida diária sob todos os aspectos humanos. Como profissionais, argumentamos e sustentamos cientificamente a proposta de que os recursos recreativos contribuem no desenvolvimento do indivíduo para melhor qualidade de vida. Nesta obra abordaremos, no Capítulo 1, a descrição da brinquedoteca, suas leis, construção, conceitos e objetivos. No Capítulo 2, os tipos de brinquedoteca. No terceiro capítulo, a assistência humanizada à criança no contexto hospitalar. No Capítulo 4 descreveremos o ato de brincar e as brincadeiras. No quinto capítulo, a Terapia Ocupacional na Brinquedoteca. Nos Capítulos 6 a 10, as ações interdisciplinares das

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Apresentação

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especialidades de Musicoterapia, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Psicopedagogia, Nutrição e Terapia Ocupacional. Esta é uma obra que estimula e instiga, com abordagens de novos paradigmas para que continuemos na busca de descobrir mais contribuições para que sejamos saudáveis e felizes.

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O avanço da ciência trouxe para a área da saúde muitos conhecimentos e altas tecnologias, facilitando diagnósticos e possibilitando a descoberta de novos tratamentos. Contudo, também conduziu a assistência médica a um modelo fragmentado e tecnicista, com a atenção voltada apenas para a doença, não sendo considerados os aspectos afetivos, espirituais e sociais do sujeito que se apresenta doente. Na tentativa de romper com esse paradigma, a maior inovação deve ser: o reconhecimento do paciente internado em uma instituição hospitalar como sujeito autônomo, capaz de tomar decisões e fazer escolhas, de aceitar ou rejeitar essas ações, estabelecendo entre si e a instituição uma relação de direitos e deveres.

HuMANIzAçãO COMO DIReTRIz POLíTICA e TRANSVeRSAL Esse princípio tem como base o reconhecimento dos aspectos psíquicos e sociais atrelados ao aspecto orgânico, o que nos permite compreender a saúde não apenas como ausência de doença, mas como um equilíbrio físico, psicológico, espiritual e social, olhando assim o paciente internado como um ser completo, e não fragmentado. Uma totalidade reconhecida por Merleau-Ponty (1975), que afirma que “o corpo não é apenas um objeto a mais no mundo; é o sujeito de seu mundo, dá significação aos objetos nele contidos, ao mesmo tempo em que constrói seu próprio significado. O corpo não é a justaposição de órgãos, mas a total essência do homem!”.

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Prefácio

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Para a criança, a internação em hospital é estressante, devido aos procedimentos diagnósticos terapêuticos, à separação da família, dos amigos, do seu animal de estimação, à mudança repentina em sua vida, ao isolamento, silêncio e/ou ruídos estranhos e constantes, ao choro da criança ao lado, à cama, ao cheiro e às cores diferentes dos de sua casa. Nosso desafio deve ser diminuir esse estresse, em um esforço multiprofissional, de tornar positiva essa experiência na vida da criança e de seus familiares durante o período de internação, humanizando seu atendimento porque, como dizia Lerch em 1983: “toda pessoa doente é, antes de tudo, uma pessoa, mesmo quando suas condições físicas e psíquicas parecem negá-lo. O doente sente necessidade de ser tratado como pessoa, e não como um tipo, um caso, um número ou uma coisa”. Atendimento humanizado significa menor tempo de internação, maior atenção aos direitos do paciente internado como cidadão e melhora de sua qualidade de vida, nos tratamentos de curta, média e longa permanência. Significa, acima de tudo, respeito e acolhimento, força do carinho e do diálogo entre o paciente internado, seus familiares e o profissional de saúde. Muitos sentimentos, como medo, insegurança e impotência diante do sofrimento, estão presentes na vida hospitalar, tanto para o paciente interno quanto para os profissionais que lhe dão assistência, transformando o ambiente em um espaço frio, sofrido e estressante para todos. A internação hospitalar corresponde a uma ruptura nos vínculos do paciente internado com o mundo exterior, o que torna essencial o cuidado com as informações e com a subjetividade no tratamento dispensado a ele e também aos seus acompanhantes. O atendimento pautado na humanização, por meio da integração das ações de todos os profissionais que lidam diretamente com os pacientes e acompanhantes, estabelecendo um relacionamento que favoreça a comunicação, a afetividade e o respeito às singularidades, é fundamental para o desempenho dos profissionais e para a recuperação dos pacientes. Tratamento e atenção individualizados, orientação sobre os procedimentos hospitalares diversos, educação para a saúde e prevenção, respeito, solidariedade, dignidade, cidadania, alegria e humanização – essa é a maneira mais eficaz de diminuir a angústia da hospitalização e fortalecer a capacidade de reação ao tratamento necessário a que será submetido o paciente internado.

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O MuNDO MuDA e A ASSISTêNCIA AO PACIeNTe INTeRNADO TAMBéM DeVe MuDAR O modo de tratar precisa ser reinventado sempre; por isso, é necessário paixão. É preciso paixão pelo trabalho como profissional de saúde, pelo paciente internado, pelo local em que trabalhamos, pelo que fazemos. O PIH-HGG foi criado por uma equipe multiprofissional formada por assistentes sociais, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, pessoal de limpeza e higienização, psicólogos, psicopedagogos, médicos, musicoterapeutas, nutricionistas e terapeutas ocupacionais. Estes trabalhavam no Serviço de Pediatria do HGG, visando a um trabalho interativo de todos os profissionais que lidavam diretamente com pacientes internados. Pautados na troca de saberes específicos de cada área, todos procuravam desenvolver uma ação de qualidade que resultasse em um atendimento holístico. Para tanto, desenvolvemos um trabalho de maior reflexão sobre saúde e doença, ações, posturas, sentimentos e dificuldades de todos os envolvidos no processo de hospitalização, criando espaços de cultura e entretenimento para tornar o ambiente hospitalar mais agradável e menos estressante. Assim, possibilitou-se a produção de novas aprendi-

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O apoio aos familiares e acompanhantes é uma das instrumentalizações necessárias para ajudar os pacientes internos a melhor se adaptar e compreender os procedimentos inerentes e adotados na internação. São atitudes simples com base no respeito, carinho e solidariedade, que permitem a esse paciente um melhor enfrentamento dessa rotina e das limitações do processo de hospitalização. Nessa perspectiva, surgiu em 2005 o Programa Integrar-Humanizar no Hospital Geral de Guarus (PIH-HGG) em Campos dos Goytacazes, RJ, hospital público municipal que atende usuários do SUS, crianças e adultos, para tratamento cirúrgico ou de emergência, cujas ações implicam um cuidado holístico, que nos permite olhar para o “sujeito que adoece”, e não apenas para a sua doença, visualizando o indivíduo como um todo, respeitando a sua identidade, sua privacidade e seus valores, garantindo uma assistência humana voltada para a sua singularidade.

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zagens que viessem a contribuir para a promoção de saúde, com consequente diminuição da reincidência das internações e, também, para um processo de hospitalização menos sofrido. A brinquedoteca hospitalar foi nossa melhor experiência, e, como pediatra e coordenador do Programa, gratificou-me a importância da convivência, da amizade e da troca de experiências com uma equipe multidisciplinar diferenciada e criativa com respeito ao espaço de atenção dos saberes diferentes, cujo objetivo maior era dispensar um tratamento holístico às nossas crianças e mães acompanhantes internadas no Serviço de Pediatria do HGG. A doença não tira da criança seu direito fundamental: o direito de ser tratada como tal. Para a criança, “brincar é coisa séria”. Então, por meio de sua interação com o brinquedo, com o lápis e a folha de papel ainda branca, a criança pode exteriorizar suas aflições emocionais, suas carências e seus “quereres”. Brincar faz parte do dia a dia da criança, e esse ato é mais significativo se ela está hospitalizada. A brinquedoteca é tão importante quanto qualquer outra iniciativa terapêutica que o processo de tratamento de pacientes pediátricos internos pela política de humanização implica. A brinquedoteca do Programa era composta por uma área física específica dentro da unidade de internação, com sala de reuniões para discussão de casos clínicos; consultório clínico; espaço de recreação (para vídeos e teatrinho infantil); espaço da leitura (sala de trabalhos manuais e criatividade, para ocupação do tempo ocioso de hospitalização das mães acompanhantes em atividades como trabalhos manuais, aulas de higiene doméstica e alimentar, educação para a saúde, direitos de cidadania etc.); biblioteca viva (visando ao lazer de nossas crianças e mães acompanhantes); cantinho da musicoterapia (é no despertar dessa vibração, desse instinto de vida, de luta e superação, que reside o poder da musicoterapia. A música, um recurso barato, ajuda a aliviar a dor e reduz o consumo de medicamentos); preparo para procedimentos cirúrgicos (bonecos que mostram os órgãos internos, como coração, intestinos etc., serviam para esclarecimento das dúvidas de nossas

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Roberto Dias Duarte Junior Pediatra da Fundação Municipal de Saúde de Campos dos Goytacazes, RJ – Diarista da Enfermaria de Pediatria do Hospital Geral de Guarus, RJ. Pediatra do Ministério da Previdência Social (INSS). Médico pela Faculdade de Medicina de Campos (FMC), RJ.

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crianças internadas e seus acompanhantes sobre os procedimentos a que eram submetidas). Nestes espaços, a equipe multidisciplinar tinha a oportunidade de observar eventuais necessidades e/ou dificuldades das crianças e de seus familiares ou responsáveis, por meio de atividades lúdicas. Isso possibilitou o desenvolvimento de ações de estimulação e orientação, tornando assim o período de hospitalização menos ameaçador com seus procedimentos e intervenções. Um dos instrumentos educativos mais importantes que a equipe do PIH-HGG elaborou foi o folheto da “Cartilha do Brincar”. Este folheto dá orientações às mães e aos profissionais de saúde que lidam com crianças e explica a importância que tem para elas o ato de brincar, e é utilizado até hoje no serviço como instrumento de educação para saúde. A convivência com profissionais do calibre científico das organizadoras e colaboradoras deste livro, deu-me, como pediatra, uma experiência multidisciplinar extremamente gratificante. Da mesma maneira proporcionou a realização de um sonho, que era o de influenciar a mudança do modo de ver, ouvir e tratar crianças internadas em nosso serviço. Este livro, escrito por uma equipe multiprofissional com competência científico-profissional e experiência em trabalho conjugado no que tange à brinquedoteca hospitalar, vem trazer conhecimentos que nos mostrarão uma maneira globalizada da humanização do tratamento da criança internada em uma instituição hospitalar. Trata-se de uma obra para profissionais de saúde de várias áreas, e aconselho sua leitura e sua reflexão sobre o tema, pois, para a criança, brincar é coisa séria.

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Parte I Ações Terapêuticas Ocupacionais

1

História das Brinquedotecas ............................................................................................ 3

2

Tipos de Brinquedoteca.................................................................................................. 17

3

Assistência Humanizada à Criança no Contexto Hospitalar ............................................ 23

4

Sobre o Brincar e as Brincadeiras .................................................................................. 31

5

Terapia Ocupacional na Brinquedoteca........................................................................... 41

Parte II Ações Interdisciplinares

6

Musicoterapia na Clínica Pediátrica................................................................................ 57

7

Atuação Fonoaudiológica na Brinquedoteca Hospitalar: Relato de Experiência .............. 67

8

Brinquedoteca: o Brincar no Desenvolvimento das Funções Cognitivas, Afetivas e Psicomotoras................................................................................................. 77

9

Alimentação e Nutrição: Contribuições à Brinquedoteca Hospitalar ............................... 91

10

Terapia Ocupacional na Enfermaria Pediátrica: Relato de Experiência .......................... 103 Considerações Finais ................................................................................................... 121

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Sumário

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Este livro tem como proposta refletir sobre o espaço da brinquedoteca, rico em aprendizados, alegrias, sonhos e vivências lúdicas, que pode ser instalado em hospitais, escolas, shoppings, restaurantes e até mesmo nos lares. A brinquedoteca hospitalar, por exemplo, é um direito legalmente assegurado às crianças pela Lei no 11.104, de 2005, e que também vem sendo legitimado nas escolas e de forma itinerante, mas ainda não concretizado integralmente no Brasil. Os materiais expostos nas brinquedotecas são os mais variados, madeira, plástico, papel, para construir, encaixar, escrever, ler, pintar... E viver o brincar. A brinquedoteca desperta relações de respeito, de cuidado e aprendizado, o que vem sendo proporcionado pelo que atualmente se denomina “Humanização”. Como o próprio nome diz, o que se pretende com essa iniciativa é “tornar humano, trazer ao senso de humanidade, de cuidado e assistência”. Tal iniciativa é promovida pelas ações dos diversos profissionais envolvidos nas ações nas brinquedotecas, os terapeutas ocupacionais, os musicoterapeutas, os fonoaudiólogos, pedagogos, fisioterapeutas, psicólogos e os nutricionistas. Essas ações interdisciplinares têm o potencial de favorecer um olhar para o todo, corpo e mente, do indivíduo que está internado. Além de curativas, são orientadoras e também diagnósticas e encaminhadoras, caso sejam identificadas alterações que perpassem o motivo da inter-

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Introdução

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As Organizadoras

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nação no momento. Nas ações nas brinquedotecas o terapeuta ocupacional, principalmente no ambiente hospitalar, será o fio condutor para o envolvimento e o enriquecimento nas ações de brincar, participar e conhecer. Enfim, a brinquedoteca promove em todos que a frequentam bem-estar físico, mental e até emocional.

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Ações Terapêuticas Ocupacionais

1

História das Brinquedotecas

2

Tipos de Brinquedoteca

3

Assistência Humanizada à Criança no Contexto Hospitalar

4

Sobre o Brincar e as Brincadeiras

5

Terapia Ocupacional na Brinquedoteca

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Parte I

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1

História das Brinquedotecas

Andréa Fabíola Costa Tinoco Carvalho Helena Maria Nica Scatolini

INTRODUÇÃO Segundo Santos & Silva (2006), as brinquedotecas eram espaços próprios para o ato de brincar; vêm se expandindo por diversos países, e adquiriram diversos nomes, de acordo com sua localização, e, inclusive, apresentando objetivos diferenciados. Nos países de língua inglesa, os espaços destinados à exploração lúdica surgem com o principal objetivo de praticar o empréstimo de brinquedos e são chamados de toys libraries (bibliotecas de brinquedos).1 Para Ramalho et al. (2005), os Estados Unidos foram o primeiro país a implantar uma brinquedoteca, no ano de 1934. Na Suécia, em 1963 surgiu a Lekotks (ludoteca), que tinha por objetivo o empréstimo de brinquedos a crianças com necessidades especiais. Posteriormente, em 1967, a Inglaterra teve a sua primeira biblioteca de brinquedos, e no mesmo ano surgiu também na França a ludothèque (Ludoteca).2 Já em 1973, a primeira Ludoteca Brasileira foi implantada na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo, sob a coordenação de Nylce Silva Cunha, com o objetivo de realizar rodízio de brinquedos entre as crianças e favorecer o brincar entre os membros das famílias. Mas foi só em 1981 que surgiu a primeira Brinquedoteca Brasileira, na Escola de Indianápolis, em São Paulo, com o propósito de dar maior atenção ao ato de brincar e ao acompanhamento da criança durante

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CAPÍTULO

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Brinquedoteca e Terapia Ocupacional: Ações Interdisciplinares

a brincadeira, em um espaço que priorizasse as atividades lúdicas de forma mais livre e espontânea e não apenas para empréstimo de brinquedos. Com o passar dos anos, as brinquedotecas difundiram-se por todo o Brasil, passando a ter objetivos atrelados aos variados contextos em que estão inseridas, considerando-se também os aspectos físicos, culturais e sociais. Por volta dos anos 2010 e 2014, havia grandes diferenciações entre as brinquedotecas pedagógicas, hospitalares e itinerantes.

LEIS QUE REGULAMENTAM A BRINQUEDOTECA Nos dias atuais, vários são os dispositivos com potencial de sustentar, proteger e fundamentar as ações junto às crianças e adolescentes. A esse respeito, cabe aqui relatar alguns pontos importantes. Nas inúmeras convenções sobre os direitos da criança, a da Organização das Nações Unidas (ONU), em seu art. 31, diz que toda criança tem direito ao descanso e ao lazer, e a participar de atividades de jogos e recreação, apropriadas à sua idade.3 O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seu art. 16, assegura o direito de brincar, praticar esportes e se divertir.4 A Resolução que regulamenta a brinquedoteca nos hospitais é a Lei n 11.104, de 21/03/2005, que dispõe sobre a obrigatoriedade de instao

lação de brinquedotecas nas unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação.5 O espaço da brinquedoteca deverá conter brinquedos e jogos educativos destinados a estimular famílias e crianças a brincar. O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), na Resolução no 324, de 25/05/2007, dispõe sobre a atuação do Terapeuta Ocupacional na brinquedoteca e outros serviços inerentes ao uso dos recursos terapêutico-ocupacionais do brincar e do brinquedo.6 É de exclusiva competência do Terapeuta Ocupacional desenvolver atividades de brincar e utilizar o brinquedo como recurso terapêutico-ocupacional na assistência ao ser humano em suas capacidades mo-

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água e sabão, álcool a 70% e solução de hipoclorito de sódio. Brinquedos de pelúcia não são indicados para crianças que estejam em processo infeccioso, pois podem promover e/ou desencadear problemas respiratórios (Figura 1.1).

Recursos humanos Em se tratando de recursos humanos, qualquer brinquedoteca deve dispor de uma equipe interdisciplinar capacitada, formada por terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo, psicopedagogo, pe-

A

B

C

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E Figura 1.1

(A a E) Recursos materiais

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História das Brinquedotecas

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Brinquedoteca e Terapia Ocupacional: Ações Interdisciplinares

diatra, nutricionista, fisioterapeuta, e pelo menos um brinquedista. A brinquedoteca é um espaço em que qualquer componente da equipe multiprofissional deve intervir, desde que não sejam administrados procedimentos dolorosos, pois é conhecida como espaço de promoção do prazer. Um coordenador deve ser eleito para que seja possível a captação de parcerias para aquisição de recursos materiais e para que, a partir dos recursos tecnocientíficos, haja planejamento e programação das atividades a serem desenvolvidas durante o ano. Esse coordenador deverá ser um profissional que se identifique profundamente com o trabalho, podendo ser encaminhado para realizar curso de brinquedista, por exemplo. A coordenação da brinquedoteca fica, muitas vezes, a cargo de um profissional terapeuta ocupacional, de acordo com o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), pela Resolução no 324, de 25/04/2007, que dispõe sobre a atuação do terapeuta ocupacional na brinquedoteca e outros serviços inerentes e sobre o uso dos recursos terapêutico-ocupacionais do brincar e do brinquedo, além de outras providências. O coordenador deverá promover um atendimento acolhedor, humanizado, solidário, proporcionando alegria, bem-estar, prazer e relaxamento, além de zelar pelas atividades burocráticas (registro de atendimentos e visitantes, levantamento estatístico, almoxarifado, entre outros), material hospitalar, material de limpeza e cuidado dos brinquedos e outros materiais, reuniões periódicas com os funcionários e direção hospitalar ou pedagógica. É importante que tenha conhecimento clínico, pois só assim poderá não apenas dispor de espaço conveniente como também indicar a atividade mais apropriada para cada situação que se apresente, inclusive oficinas diversas.6

Composição da brinquedoteca Para compor uma brinquedoteca, são necessários brinquedos e livros compatíveis com diferentes idades cronológicas e recursos materiais de diversas texturas e tamanhos. Os brinquedos e brincadeiras mais adequados para cada faixa etária estão listados a seguir, para que possam não apenas compor uma brin-

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A

B Figura 1.2

(A e B) Ações interativas entre pais, filhos e equipe multiprofissional

aqui pontuados. É a partir das ideias que se traçam objetivos e nascem os planos de intervenção. Os principais objetivos de uma brinquedoteca são: ■■Favorecer o encontro das crianças com todos os recursos lúdicos e educacionais. ■■Promover a aprendizagem. ■■Trabalhar limites de tempo, tolerância e conceitos como perde-e-ganha, cuidado, organização e arrumação dos objetos. ■■Oferecer espaço de troca entre os profissionais, pais e crianças.

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História das Brinquedotecas

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Ações Interdisciplinares

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Musicoterapia na Clínica Pediátrica

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Atuação Fonoaudiológica na Brinquedoteca Hospitalar: Relato de Experiência

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Brinquedoteca: o Brincar no Desenvolvimento das Funções Cognitivas, Afetivas e Psicomotoras

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Alimentação e Nutrição: Contribuições à Brinquedoteca Hospitalar

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Terapia Ocupacional na Enfermaria Pediátrica: Relato de Experiência

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Parte II

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Musicoterapia na Clínica Pediátrica

Ana Christina Santos Mussalem Andréa Toledo Farnettane

INTRODUÇÃO Este capítulo tem por objetivo relatar um pouco da nossa experiência na rede pública, no período em que fomos convidadas a participar do Projeto Integrar-Humanizar, dando início à Musicoterapia na Clínica Pediátrica do Hospital Geral de Guarus (HGG), que faz parte da Fundação Municipal de Saúde, do município de Campos dos Goytacazes, RJ. Vivemos sob um ritmo intenso, estimulados por ruídos que invadem nosso dia a dia. São muitos os afazeres, inúmeras as demandas impostas, tanto por nossas cobranças pessoais quanto pela sociedade. É nesse contexto de aceleração que disponibilizamos ao outro um espaço em que possa escutar seus ritmos, suas músicas e seus pensamentos, com o objetivo de favorecer uma maior percepção de si mesmo, de seus sentimentos, e de uma possível harmonização frente às mudanças impostas pela internação em um hospital. Em nossa prática clínica, visamos ao sujeito como um todo, um ser que chora, sofre, grita, teme, agride, se isola, canta e sorri. É nesse cenário que utilizamos os recursos musicoterápicos como uma abordagem diferenciada de acolhimento do paciente e seus familiares ou acompanhantes. Vamos discorrer um pouco sobre a Musicoterapia, dar uma breve visão da Clínica em que atuamos e citar algumas possibilidades de atendimento com o objetivo de tornar um pouco mais clara a nossa prática.

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CAPÍTULO

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Brinquedoteca e Terapia Ocupacional: Ações Interdisciplinares

MUSICOTERAPIA Entre as várias definições da nossa profissão encontradas na literatura, escolhemos a da Comissão Técnica da Federação Mundial de Musicoterapia, que a define nos seguintes termos: A Musicoterapia é a utilização da música e/ou seus elementos musicais (som, ritmo, melodia e harmonia) por um musicoterapeuta qualificado, com um cliente ou grupo, num processo para facilitar, e promover a comunicação, relação, aprendizagem, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, no sentido de alcançar necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas. A Musicoterapia objetiva desenvolver potenciais e/ou restabelecer funções do indivíduo para que ele/ela possa alcançar uma melhor integração intra- e/ou interpessoal e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida, pela prevenção, reabilitação ou tratamento.1

Para o exercício da profissão de musicoterapeuta, exige-se curso de graduação em Musicoterapia, oferecido por instituições de ensino superior. A profissão é inscrita no Conselho Brasileiro de Ocupações (CBO), sob o número 2263-05, no Ministério do Trabalho e Emprego. A Musicoterapia vem conquistando cada vez mais espaço de atuação junto às equipes interdisciplinares. Em nossa rotina, tornamos possível um espaço em que as crianças possam vivenciar experiências musicais, visando à expressão de seus sentimentos. Avaliamos o desenvolvimento global, prestamos orientações, estimulamos as etapas psicomotoras e cognitivas do desenvolvimento, sugerimos encaminhamentos, e a intervenção nas relações entre o paciente, a família e a instituição também faz parte da nossa prática. Existem quatro tipos de experiência musical que utilizamos em nossa clínica, que são: improvisação, execução (que implica recriação), composição e audição. Cada uma destas experiências, vivenciadas no espaço terapêutico (não se entenda aqui como espaço físico) e facilitadas pelo musicoterapeuta por meio de intervenções e interações próprias,

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Não podemos deixar de destacar aqui também o trabalho interdisciplinar realizado com os outros profissionais de saúde (terapeuta ocupacional, fonoaudióloga, psicóloga e outros), parceiros na missão de oferecer um cuidado compartilhado ao paciente e seus acompanhantes. A partir da nossa experiência constatamos que os atendimentos de Musicoterapia podem ajudar a amenizar a dor, diminuindo o estresse, facilitando a expressão de sentimentos associados à hospitalização, melhorando o humor e contribuindo para uma melhora do quadro clínico das crianças (Figuras 6.1 a 6.4).

A

B Figura 6.1

(A e B) Grupos de atendimento de Musicoterapia e Terapia Ocupacional na clínica pediátrica

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Musicoterapia na Clínica Pediátrica

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Brinquedoteca e Terapia Ocupacional: Ações Interdisciplinares

Figura 6.2

Atendimento de Musicoterapia

Figura 6.3

Dia de festa junina no hospital

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Terapia Ocupacional na Enfermaria Pediátrica: Relato de Experiência Sacha Manoela Oliveira Paiva de Azevedo Queiroz

INTRODUÇÃO Este capítulo tem como objetivo caracterizar a ação da Terapia Ocupacional na Enfermaria Pediátrica de um hospital público de emergência vermelha em uma cidade do interior do Estado do Rio de Janeiro, abordando questões relacionadas com a prática clínica, ampliando a assistência e enriquecendo as ações interdisciplinares que compartilham esse mesmo espaço. Assim, a brinquedoteca é vislumbrada como um terreno rico em experiências que podem contribuir para a construção do ser-criança (sujeito), por meio da promoção do desenvolvimento de atividades lúdicas e da valorização do brincar livre, atividades próprias do seu mundo cotidiano, dirigidas pela ação de um Terapeuta Ocupacional. Ainda que o brincar seja visto como ferramenta extremamente importante para minimizar os efeitos da hospitalização – que, por sua vez, é uma vivência traumática –, a realidade vivida na Enfermaria Pediátrica em um hospital de emergência vermelha mostra, com frequência, que parece haver um esquecimento de que criança é criança, que precisa de espaço físico, de atividades e atenção apropriadas à sua faixa etária. A intervenção da Terapia Ocupacional torna-se, pois, essencial, não apenas para prestar assistência especificamente à criança, mas também para disponibilizar atendimento aos pais ou responsáveis nesse período delicado que é a hospitalização.

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CAPÍTULO

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Brinquedoteca e Terapia Ocupacional: Ações Interdisciplinares

A experiência relatada neste capítulo diz respeito a uma prática de 11 anos na enfermaria infantil composta por cinco salas de internação, sendo três com capacidade para quatro leitos, duas com capacidade para seis leitos e uma sala com leito de isolamento. O espaço denominado, desde 2006, brinquedoteca hospitalar nessa unidade de saúde foi, durante muitos anos, chamado sala de recreação. Para chegarem até lá, pacientes e responsáveis das duas últimas enfermarias do corredor têm de entrar por outras salas de internação e transitar por uma extensa varanda, na qual, eventualmente, veem-se varais de roupas. Esta realidade é muito bem caracterizada por Caldeira & Oliver (2007)1 quando afirmam que espaços públicos são escassos e precários. Assim, ainda que exista diversidade de brinquedotecas, entre elas a hospitalar, há um objetivo geral comum que as une e as diferencia de outras instituições sociais: o desenvolvimento de atividades lúdicas e o empréstimo de brinquedos e materiais de jogos, com o intuito de sempre, em qualquer lugar do mundo, propiciar às crianças um espaço adequado para exercerem um direito que é delas – o direito de brincar. E, sob este prisma, as ações da Terapia Ocupacional na brinquedoteca desse hospital procura cumprir todas as caracterizações pertinentes e vencer todas as barreiras arquitetônicas, financeiras e humanas, no sentido de adequar os objetivos específicos partindo da compreensão de que eles dependem do contexto em que a criança está inserida e da população à que é destinada a intervenção terapêutica ocupacional. Assim, é fundamental estar atento às peculiaridades da criança e sua situação física, ambiental e sociocultural.2 Desta maneira, a brinquedoteca hospitalar dessa unidade de atendimento público constitui um espaço potencializador, ainda que conte com pouquíssimos recursos materiais e apenas um terapeuta ocupacional atuante, justamente porque, por meio do brincar, as ações desenvolvidas possivelmente favorecerem a descoberta, a indagação, a escolha e a recriação.

A BRINQUEDOTECA HOSPITALAR E A TERAPIA OCUPACIONAL Por ser território de atividade próprio da infância, isto é, um processo natural, o brincar é a modalidade mais adequada para produzir ativida-

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des significativas à vida de uma criança. Por meio do brincar, segundo Ferland (2006),3 é possível ajudar a criança a se adaptar às diversas situações, desenvolvendo e vislumbrando aprendizagem e bem-estar no cotidiano; ter sua capacidade de ação desenvolvida, o que favorecerá a sua autonomia, já que estará resistindo à passividade; experimentar frustração e fracasso, conhecendo o mundo que a cerca. Por essas razões, o brincar é modalidade terapêutica completa em si, com potencial de favorecer o desenvolvimento de atitudes e, também, de habilidades; essa modalidade não é inconciliável com a utilização de técnicas específicas que buscam reduzir impedimentos, mas sim abordagem que não pode se dar sem que a busca pelo prazer seja parte do foco. Ao compreender os conceitos-chave descritos por Ferland (2006), como o de brincar, de atitude lúdica, da ação de brincar, do interesse pelo brincar, do prazer na ação, da capacidade de agir, da autonomia e do bem-estar, é possível entendermos que o brincar é definido pela atitude que o sustenta, pelos vários componentes instrumentais que conduzem a ação e pelo interesse que a criança manifesta. Ao mesmo tempo que os elementos atitude, ação e interesse definem o brincar, o brincar também resulta da interação desses elementos.3 Entretanto, apesar de conquistas legais, na prática ainda existem muitos impasses e entraves ao exercício do direito de brincar que promova o bem-estar e o desenvolvimento das crianças. Tais dificuldades podem ser observadas quando refletimos sobre o modo de brincar contemporâneo, que traduz valores da época, afetando as relações humanas, diminuindo o valor da singularidade dos seres humanos e aumentando o individualismo.1 Outro ponto relevante é que as condições impostas às crianças em diferentes lugares, classes sociais e momentos históricos revelam que, inúmeras vezes, não é possível vivenciar um universo infantil idealizado, pretendido e legitimado; na verdade, vivencia-se a infância possível, uma vez que a criança está imersa na cultura. É preciso, porém, ter clareza de que as desigualdades de condições de ser criança não excluem a especificidade da infância como experiência individual e categoria social. Assim, embora se saiba que muitas crianças se encontram em diferentes contextos de vulnerabilidade, sejam sociais, econômicos e/ou culturais, não se pode desconsiderar a especificidade

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Terapia Ocupacional na Enfermaria Pediátrica: Relato de Experiência

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Brinquedoteca e Terapia Ocupacional: Ações Interdisciplinares

destituída de consequências. Ou seja, uma vez realizado um ato, este se perpetua ao infinito em uma sequência de eventos que jamais teriam acontecido se não fosse por sua responsabilidade.22

REFERÊNCIAS 1. Caldeira VA, Oliver FC. A criança com deficiência e as relações interpessoais numa brinquedoteca comunitária. Rev Bras Crescimento Desenvolv Hum. 2007; 17(2):98-110. 2. Santos C, Marques E, Pfeifer L. A brinquedoteca sob a visão da terapia ocupacional: diferentes contextos. Cad Ter Ocup UFSCar. 2006; 14(2):91-102. 3. Ferland F. O modelo lúdico: o brincar, a criança com deficiência física e a terapia ocupacional. 3. ed. São Paulo: Roca; 2006. 4. Corsino P. Pensando a infância e o direito de brincar. In: Secretaria de Educação a Distância. Ministério da Educação (MEC). Jogos e brincadeiras: desafios e descobertas. 2. ed. Brasília: SEC/MEC; 2008. 5. Brasil. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei no 11.104, de 21 de março de 2005. Dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de brinquedotecas nas unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação. Brasília: Diário Oficial da União (DOU); 2005. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11104.htm. Acesso em: 12 de dezembro de 2013. 6. Melo LL, Valle ERM. A brinquedoteca como possibilidade para desvelar o cotidiano da criança com câncer em tratamento ambulatorial. Rev Esc Enferm USP. 2010; 44(2):517-25. 7. Rocha EF, Mello MA. Os sentidos do corpo e da intervenção hospitalar. In: De Carlo MMRP, Luzo MCM. Terapia ocupacional: reabilitação física e contextos hospitalares. São Paulo: Roca; 2004. 8. De Carlo MMRP, Bartalotti C, Palm R. A terapia ocupacional em reabilitação física e contextos hospitalares: fundamentos para a prática. In: De Carlo MMRP, Luzo MCM. Terapia ocupacional: reabilitação física e contextos hospitalares. São Paulo: Roca; 2004. 9. Souza AC, Marino MSF. Atuação do terapeuta ocupacional com criança com atraso do desenvolvimento neuropsicomotor. Cad Ter Ocup UFSCar. 2013; 21(1):14953. 10. Carvalho AM, Alves MMF, Gomes P. Brincar e educação: concepções e possibilidades. Psicologia em Estudo. 2005; 10(2):217-26. 11. Winnicott DW. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago; 1971/1975. 12. Erickson EH. Infância e sociedade. Rio de Janeiro: Zahar; 1976. p. 404.

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13. Mitre RMA, Gomes R. A perspectiva dos profissionais de saúde sobre a promoção do brincar em hospitais. Ciênc Saúde Col. 2007; 12(5). 14. Santos MNM. Brinquedoteca: a criança, o adulto e o lúdico. Petrópolis: Vozes; 2000. 15. Thinen NC, Moraes ACF, Barbosa MSS. Humanização do ambulatório de especialidades Governador Mário Covas: criação de uma brinquedoteca. Cad Ter Ocup UFSCar. 2005; 13(2). 16. Brasil. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto-lei no 938, de 13 de outubro de 1969. Provê sobre as profissões de fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, e dá outras providências. Brasília: Diário Oficial da União; 1969. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del0938.htm. Acesso em: 10 de julho de 2015. 17. Neistadt ME, Crepeau EB. Willard & Spackman: terapia ocupacional. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002. 18. Liberman F. Danças em terapia ocupacional. São Paulo: Summus; 1988. 19. Bertazzo I. Cidadão corpo – identidade e autonomia do movimento. 2. ed. São Paulo: Summus; 1998. 20. Nanni D. Dança educação: princípios, métodos e técnicas. 2. ed. Rio de janeiro: Sprint; 1998. 21. Silva RJG. Trabalho apresentado à disciplina de Psicologia da Dança Educacional no Curso de Pós-Graduação em Psicologia Escolar na USP. São Paulo: Universidade de São Paulo (USP); 1988. 22. Laban R. Domínio do movimento. São Paulo: Summus; 1978.

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Terapia Ocupacional na Enfermaria Pediátrica: Relato de Experiência

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Sobre as Organizadoras

Organizadoras

Helena Maria Nica Scatolini

Guiada pela interdisciplinaridade, a brinquedoteca desperta relações de respeito, cuidado e aprendizado por meio da humanização. Estas ações têm o potencial de favorecer um olhar para o todo do indivíduo que está internado, contemplando corpo e mente. Assim, além de curativas, são orientadoras e diagnósticas. Brinquedoteca e Terapia Ocupacional: Ações Interdisciplinares, obra que estimula e instiga, propõe-se a refletir sobre o espaço da brinquedoteca, rico em aprendizado, alegria e vivências lúdicas. Além disso, pretende sensibilizar os leitores quanto à saúde humana e ao conhecimento integrado sobre o atendimento humanizado difundido na prática laboral do terapeuta ocupacional e dos profissionais de áreas afins. Dividido em duas partes, os Capítulos 1 a 5 descrevem a brinquedoteca, suas leis, os conceitos e objetivos e seus tipos. Abordam, ainda, a assistência humanizada à criança no contexto hospitalar, o ato de brincar e as brincadeiras e a Terapia Ocupacional. Por fim, nos Capítulos 6 a 10, são abordadas as atividades junto à Musicoterapia, à Fonoaudiologia, à Fisioterapia, à Psicopedagogia, à Nutrição e à Terapia Ocupacional.

Área de interesse Terapia Ocupacional

Ações Interdisciplinares

Terapeuta Ocupacional da Prefeitura Municipal de Rio das Ostras, atuando no Hospital Municipal Dra. Naelma Monteiro e no Centro de Reabilitação Laércio Lúcio de Carvalho, RJ. Terapeuta Ocupacional da Prefeitura Municipal de Macaé, atuando na Divisão Especial de Fisioterapia e Reabilitação, RJ. Terapeuta Ocupacional e Coordenadora da Clínica Ser Humano de Aprendizagem em Rio das Ostras, RJ. Especialista em Terapia Ocupacional no Contexto Hospitalar pela Associação dos Terapeutas Ocupacionais do Estado do Rio de Janeiro (Atoerj), RJ. Especialista em Terapia Ocupacional Pediátrica pelo Instituto A Voz do Mestre/Universidade Candido Mendes (AVM/UCAM), RJ. Especialista em Psicopedagogia Clínica, Institucional e Hospitalar pelo Centro Sul-Brasileiro de Pesquisa, Extensão e Pós-graduação (Censupeg), RS. Especialista na Saúde da Pessoa Idosa pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Universidade Aberta do SUS (UERJ/Unasus), RJ. Professora Superior pelo Instituto Superior de Estudos Pedagógicos da Faculdade Béthencourt da Silva (Fabes), RJ. Terapeuta Ocupacional pela Faculdade de Reabilitação da Associação de Solidariedade à Criança Excepcional (Frasce), RJ.

Outros Títulos de Interesse Bizu Comentado – Perguntas e Respostas Comentadas de Terapia Ocupacional, 2ª Ed. Andréa Fabíola Costa Tinoco Carvalho

Brinquedoteca e Terapia Ocupacional

Terapeuta Ocupacional da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, RJ. Terapeuta Ocupacional da Prefeitura Municipal de Rio das Ostras, RJ. Especialista em Saúde Mental para Terapeutas Ocupacionais pelo Instituto Franco Basaglia/Instituto Philippe Pinel (IFB/IPP), RJ. Especialista em Terapia Ocupacional Pediátrica pelo Instituto A Voz do Mestre/Universidade Candido Mendes (AVM/UCAM), RJ. Especialista em Saúde do Idoso pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Universidade Aberta do SUS (UERJ/Unasus), RJ. Terapeuta Ocupacional pela Escola Superior de Ensino Helena Antipoff (ESEHA), RJ.

Organizadoras

Carvalho | Scatolini

Andréa Fabíola Costa Tinoco Carvalho

Andréa Fabíola Costa Tinoco Carvalho Helena Maria Nica Scatolini

Memória na Prática da Terapia Ocupacional e da Fonoaudiologia Andréa Fabíola Costa Tinoco Carvalho Elaine Rosa da Silva Peixoto

Terapia Ocupacional – Metodologia e Prática, 2ª Ed. Claudia Pedral Patrícia Bastos

Terapia Ocupacional – Uma Contribuição ao Paciente Diabético Regina Célia Toscano Costa

Terapia Ocupacional na Complexidade do Sujeito Andréa Fabíola Costa Tinoco Carvalho Helena Maria Nica Scatolini

Brinquedoteca e Terapia Ocupacional

Saiba mais sobre estes e outros títulos em nosso site: www.rubio.com.br

Ações Interdisciplinares

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