Revista da Editora UFSM ∙ Edição n. 2 ∙ Dezembro 2015 ∙ ISSN 2359-4713
BRESSER-PEREIRA
Livro lançado pela Editora UFSM homenageia o ex-ministro
ARTIGOS CIENTÍFICOS
Editora UFSM promove cursos incentivando o aperfeiçoamento da escrita científica e a publicação em revistas internacionais
Reunião da ABEU em Santa Maria
Evento que reúne as principais editoras universitárias do país foi organizado pela Editora UFSM em 2015
Professor Parceiro
Ao indicar um colega, ele e você ganham desconto*, e você ainda pode ganhar um livro
*Regulamento Caro professor, É de seu conhecimento que a Editora UFSM oferece 30% de desconto para professores universitários na compra de livros que contemplem o conteúdo das disciplinas que ministram? A Editora UFSM, visando estreitar os laços com você, apresenta sua mais nova proposta de vendas para docentes, intitulada Professor Parceiro. Divulgando nossos livros para colegas de outras instituições, eles podem adquirir a obra com 30% de desconto, e você passará a ter 40% em sua próxima compra, que poderá incluir quaisquer livros em qualquer quantidade. Mas o aumento no desconto não é o único benefício: caso consiga incentivar dez colegas a comprarem conosco, você poderá escolher, como brinde, um livro da Editora. Com essa parceria, a Editora pretende que os livros publicados com o conhecimento proveniente de pesquisas, principalmente as realizadas na Universidade Federal de Santa Maria, percorram, cada vez mais, as universidades de todo o país, ganhando mais visibilidade e mais benefícios de ordem prática e científica. Como consequência disso, a Editora torna-se ainda mais reconhecida, publica mais e oferece melhores descontos para quem colabora conosco, como, por exemplo, você. Se houver interesse de sua parte em firmar essa parceria, informamos que os pedidos deverão ser realizados diretamente pelo e-mail editufsm@gmail.com, confirmando vínculo com alguma instituição de ensino superior. Não se esqueça de pedir que seja informado o seu nome como professor que indicou. Agradecemos sua atenção!
Editorial É com grande satisfação que apresentamos à comunidade universitária o segundo número da Revista Estilo Editorial, a qual se constituiu como um canal de comunicação entre a Editora e a comunidade universitária. Nas páginas a seguir, os leitores poderão conferir algumas das ações e realizações da Editora ao longo do ano de 2015, tais como: a realização, pela primeira vez na nossa cidade, da Reunião Anual da Associação Brasileira de Editoras Universitárias (ABEU), oportunidade importante para discussão de questões relacionadas ao mercado editorial brasileiro; a maior participação em eventos, com o objetivo de divulgar os livros editados pela Editora e os produtos da Livraria e Grife UFSM; os cursos Publicando Artigos Científicos em Revistas Internacionais e Método Lógico para Redação Científica, os quais visaram qualificar ainda mais a produção acadêmica dos docentes, técnico-administrativos em educação e estudantes, contribuindo para uma maior inserção internacional; a segunda edição dos Livros Livres, com o objetivo de contribuir para a divulgação científica e cultural; a publicação dos e-books, antiga demanda da comunidade universitária na qual já contabilizamos mais de dez obras em formato eletrônico, bem como os livros lançados ao longo do ano em formato impresso, com destaque para o Manual de Dissertações e Teses da UFSM, que já há um bom tempo não era atualizado. Nesta edição, os leitores poderão também ter uma síntese sobre as questões discutidas na reunião da ABEU, bem como artigos e entrevistas com diversas personalidades relacionadas ao mercado editorial e também sobre a conjuntura econômica, com o ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira. Enfim, sabemos que ainda temos muito a fazer para deixarmos a Editora UFSM no padrão que ela merece estar; contudo, as ações e o trabalho que vêm sendo feitos até agora nos dão ânimo e alento para continuarmos cada vez mais aperfeiçoando nossas atividades, com seriedade e ética, os quais se fundamentam no comprometimento institucional e no profissionalismo da equipe da Editora/Livraria/Grife, que se empenha ao máximo para que a comunidade universitária receba produtos e serviços da mais alta qualidade. Desejo aos nossos leitores uma boa leitura e reitero o nosso compromisso de cada vez fazermos mais e melhor.
Prof. Adj. Dr. Daniel Arruda Coronel, Diretor da Editora UFSM.
ISSN 2359-4713
Universidade Federal de Santa Maria Reitor Paulo Afonso Burmann
Vice-Reitor Paulo Bayard Dias Gonçalves
Diretor da Editora UFSM Daniel Arruda Coronel
EXPEDIENTE Jornalista responsável Luciane Treulieb
Projeto gráfico Gustavo de Souza Carvalho
Capa, Diagramação e Publicidade Gustavo de Souza Carvalho
Reportagem Diossana da Costa, Germano Molardi, Nadine Ribeiro e Tainara Liesenfeld (acadêmicos de Jornalismo)
Fotografias Arquivo Livraria e Editora UFSM e Laboratório de Experimentação em Jornalismo (LEx)
Colaboradores Bruno Weiblen e Wrana Panizzi
Revisão Maicon Antonio Paim, Maristela Bürger Rodrigues e Matheus Von Ende Schwertner (bolsista)
Editora UFSM Av. Roraima, 1000 Prédio da Reitoria, 2º andar – Campus Universitário Camobi – Santa Maria – RS – 97105-900 Telefone: (55) 3220 8610 E-mail: editufsm@gmail.com Distribuição gratuita Impressão: Gráfica e Editora Copiart Tiragem: 2.100 exemplares
NESTA EDIÇÃO
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Vídeo
Editora UFSM lança vídeo institucional
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Centenário de Mariano da Rocha Reitor fundador da UFSM, que completaria cem anos em 2015, foi protagonista e autor de livros da Editora UFSM
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Pesquisa ABEU 2015
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Parque Gráfico
O perfil da Editora UFSM em relação às demais associadas da ABEU
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Projeto do novo Parque Gráfico passa por alterações
UNIVERSITÁRIAS
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Novidades da Grife UFSM Grife UFSM busca alcançar o público de todos os campi da Universidade
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COMERCIAIS
Editoras Universitárias x Editoras Comerciais Quais as principais diferenças entre elas?
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Design e Mercado Editorial
Eventos
A importância das capas na venda dos livros
Os principais eventos promovidos pela Editora UFSM para se aproximar do público em 2015
DOSSIÊ
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Reunião ABEU 2015 Santa Maria é sede do 28º Encontro da Associação Brasileira de Editoras Universitárias
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Oficina: Editoração Gráfica - hands-On, Finalizando Arquivos Digitais Dicas sobre editoração gráfica possibilitaram o aperfeiçoamento dos profissionais da área
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Jantar de Confraternização As tradições gaúchas foram evidenciadas no jantar oferecido para os participantes do evento
Cerimônia de Abertura De forma crítica, o filósofo Roberto Romano analisou a missão das editoras universitárias
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Mesa: Planejar uma Editora na Universidade Em discussão as ações ideais para uma Editora Universitária
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Mesa: Marketing, Marketing Editorial e Livro Universitário O marketing editorial em pauta
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Marketing Editorial Bruno Weiblen discorre sobre a contribuição das novas tecnologias no combate à pirataria de livros universitários
O Papel da Editora Universitária A ex-reitora da UFRGS, Wrana Panizzi, reflete sobre a função das editoras universitárias para além do “fabricar” livros
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Assembleia ABEU Nova diretoria é eleita para gerir o biênio 2015-2017
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Mesa: Ações Políticas para o Livro e o Leitor Formas de ampliar o acesso ao livro foram discutidas no encerramento do evento
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Lançamentos 2015
Conselho Editorial
Detalhes sobre as obras publicadas neste ano pela Editora UFSM
Integrantes da UFSM compõem o órgão consultivo e deliberativo da Editora da Universidade
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A Teoria Econômica na Obra de Bresser-Pereira Livro lançado pela Editora UFSM reúne artigos de renomados economistas brasileiros para homenagear o ex-ministro
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Pareceristas Os pesquisadores, externos à UFSM, que dão o aval para que um livro seja publicado pela Editora
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Distribuidores Os diversos locais, em todo o país, onde podem ser comprados os livros da Editora UFSM
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Para ter Sucesso nas Vendas Levar a produção acadêmica para o público ideal é um esforço conjunto entre autores e Editora UFSM
2015
O fundador e suas histórias Três livros da Editora UFSM destacam o idealizador e fundador da Universidade, José Mariano da Rocha Filho, que completaria cem anos em fevereiro de 2015 “Os homens passam, mas os ideais que defendem, se úteis à coletividade, permanecem para sempre.” - José Mariano da Rocha Filho
Santa Maria é hoje conhecida, nacional e internacionalmente, como um polo educacional e cultural. Isso só foi possível, em grande parte, graças ao pioneirismo e à visão de futuro do reitor fundador da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), José Mariano da Rocha Filho. Ele observou, ainda na década de 1950, que seria fundamental o ensino público de qualidade para a sociedade se desenvolver e se transformar. Comemorou-se, em 2015, o centenário desse personagem de grande importância na constitui-
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ção da identidade santa-mariense. Das conquistas que José Mariano realizou, principalmente no âmbito da educação, a fundação da UFSM foi a mais importante. Como líder do movimento de interiorização da educação pública brasileira, o fundador da UFSM foi considerado louco ao almejar tão inalcançável feito. “Ele sempre foi muito determinado a colocar em prática suas ideias, sempre teve uma fé muito grande na educação”, diz Maria Izabel Mariano da Rocha Duarte, museóloga e filha de José Mariano. A criação da UFSM não foi só a fundação de uma instituição de educação, mas também um processo de reflexão – a Universidade atuaria no progresso da humanidade e da educação su-
CENTENÁRIO DE MARIANO DA ROCHA
perior pública brasileira. José Mariano apresentou o projeto fundador da universidade no seu livro “USM - A Nova Universidade”, no qual fala sobre sua preocupação com o acesso ao ensino superior por parte de todas as camadas sociais e, especialmente, da população das cidades de interior: “Além do envolvimento efetivo com o território e do exercício do ensino, da pesquisa e da extensão, a universidade deve ser capaz de propiciar uma visão panorâmica da plena cultura da época em que vivemos, de situar os homens em nosso tempo, de devolver-lhes a fé em seu próprio destino.” Nesse livro, José Mariano aborda também a ideia do campus como um espaço comunitário e a sintonia da educação com o ambiente, fazendo uma aliança entre a terra, o homem e a educação.
JMRF, no seu gabinete com o seu primeiro neto, Rafael Mariano da Rocha Bandeira de Mello. Fonte: Acervo particular de JMRF.
Maria Izabel conta que seu pai era um homem extremamente amoroso e cuidadoso com a família. No livro “José Mariano da Rocha Filho - Fotobiografia”, lançado em 2014 pela Editora UFSM, a museóloga transmite a intensa sensibilidade das intera-
ções de José Mariano com a sua família. Para ele, a evolução da educação nacional era a garantia de um futuro melhor para os seus e todos os outros filhos do Brasil. José Mariano tinha muito equilíbrio entre a sua vida pública e a vida privada, destaca Maria Izabel. Essa moderação deu-lhe a firmeza e a delicadeza de espírito necessárias ao líder, idealizador e fundador da UFSM. No ano de 2010, a UFSM completou meio século de fundação, e uma série de eventos coroaram o cinquentenário da Instituição. Como parte das comemorações, a Editora UFSM publicou, em 2012, o livro “Os 50 anos da Nova Universidade”, escrito por Eugenia Mariano da Rocha Barichello, também filha de José Mariano e docente da Universidade. O texto da obra é estruturado para destacar quatro eixos temáticos no projeto da UFSM, quando da sua concepção e criação, e os seus desdobramentos no decorrer do período. Há, também, o reconhecimento do trabalho de José Mariano e dos reitores que o sucederam. Segundo a professora Eugenia, “a proposta é demonstrar que cada instituição tem um projeto, uma razão de existir, com seus eixos de ação e valores fundadores, e que esses permanecem vivos, sendo consolidados e aperfeiçoados ao longo dos anos, em um processo que acompanha os contextos históricos e as possibilidades tecnológicas e sociais”. José Mariano da Rocha Filho faleceu em 1998, e a Universidade foi o melhor legado que ele poderia ter deixado para Santa Maria e região. Como a professora Eugenia destaca no seu livro, a herança que seu pai deixou para a sociedade deverá perdurar muitos anos mais: “Para chegar aos 50 anos, foi preciso coragem, e a UFSM vai chegar aos 100, aos 200 e mais como Instituição criada para ser parte ativa do seu contexto: local, regional, nacional e internacional”.
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À espera da
nova casa
Projeto do Parque Gráfico da UFSM, que irá abrigar Editora UFSM, Grife, Livraria e Imprensa Universitária, sofre algumas alterações 10 Estilo Editorial | Edição 2 | 2015
PARQUE GRÁFICO
O projeto para a construção do novo Parque Gráfico da Editora UFSM já está pronto, licitado, e a empresa responsável pela obra já está contratada. Em relação ao projeto apresentado em 2014, houve mudanças: a obra terá que acontecer em um espaço diferente do previsto anteriormente. A ideia inicial era que o Parque ficasse no terreno atrás do prédio da Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (FATEC). Porém, por ser uma possível área de expansão da Fundação, a obra do Parque foi transferida para um terreno na diagonal, ainda em frente à estrada de Pains, acesso secundário ao campus da UFSM de Santa Maria.
NOVO PARQUE GRÁFICO
Para se posicionar entre as principais editoras universitárias do país
ESTRAD
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PRÉDIO 67
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O projeto continua a ter 3.212 m² de área construída, divididos em dois pavimentos. O térreo será ocupado pela Imprensa Universitária (a gráfica da UFSM), numa área de 2.077 m², onde está prevista uma plataforma para a carga e descarga de materiais. Além disso, para o perfeito armazenamento de estoques, o local terá controle de umidade, para melhor preservação do papel e como garantia da qualidade da impressão. O segundo pavimento terá um espaço de 1.059 m², onde ficará a parte administrativa, editorial e de assessoria e comunicação da Editora. O espaço contará também com uma livraria-café que, segundo o diretor da Editora, Daniel Coronel, será um espaço para a realização de eventos, como lançamento de livros e saraus literários, bem como de vendas dos produtos da Editora, Livraria e Grife UFSM.
FATEC
O Parque Gráfico continuará em frente à entrada da estrada de Pains, acesso secundário ao campus da UFSM de Santa Maria, mas agora em um terreno na diagonal à Fatec.
Segundo o arquiteto da Pró-Reitoria de Infraestrutura da UFSM, Luiz Carlos Marques, “as mudanças no projeto aconteceram somente em função da implantação no novo terreno, que causou alterações em alguns níveis, no estacionamento e no espaço para carga e descarga de caminhões”. Interiormente, entretanto, nada foi alterado.
A construção do novo Parque Gráfico colocará a Editora UFSM entre as maiores editoras universitárias do país. Isso acontecerá porque, a partir do novo espaço, o processo de editoração e impressão dos livros será feito em sua totalidade na Universidade Federal de Santa Maria. Atualmente a impressão é feita fora da UFSM, o que acarreta em gastos que não serão mais necessários quando o novo local estiver pronto. De acordo com Daniel Coronel, o Parque Gráfico é uma estratégia de gestão que visa aperfeiçoar e qualificar cada vez mais as ações da Editora UFSM. “A Editora vem apresentando um salto de qualidade muito grande, com ações como o planejamento estratégico, a implantação dos e-books, dos livros livres, da reestruturação de pessoal, da reestruturação do setor de comunicação”. Para Daniel, a construção do novo Parque vem para coroar esse conjunto de atividades. O valor da obra está orçado em R$ 4,3 milhões. Após a liberação ambiental, a construção está prevista para ser finalizada em dois anos.
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Produtos de qualidade,
clientes satisfeitos Grife UFSM busca alcançar o público de todos os campi da Universidade A cada ano, a Grife UFSM apresenta inovações e diversificações nos produtos que são oferecidos ao público. A coordenadora administrativa, Daiane Frigo, e a vendedora, Cárin Zuchetto, levam em conta o pedido dos clientes que frequentam o ponto de vendas, localizado no Centro Comercial da UFSM, em Camobi, e tentam chegar a uma oferta de produtos cada vez melhor, em que existam variedade e itens diferenciados com a marca da Universidade. Como a Grife faz parte da UFSM, que é uma instituição pública, a aquisição dos produtos que serão postos à venda precisa passar por um processo de licitação – o que, muitas vezes, traz dificuldades em relação à escolha dos itens. Cárin conta que o preço, a quantidade e a qualidade são fatores levados em conta na licitação, e há empresas que não se interessam em participar
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por não poderem fornecer o item de acordo com os detalhes pedidos: “A dificuldade que temos é esta: às vezes, buscamos um produto específico para oferecer e não conseguimos em função da licitação”. Apesar disso, produtos diferentes são apresentados todos os anos à comunidade universitária.
Novos produtos anualmente Em 2015, os clientes da Grife UFSM puderam conferir algumas novidades, como os bottons recortados e redondos com o brasão da Universidade em detalhes dourados e os novos modelos de canecas, em tons de branco e azul. Além disso, as mochilas e bolsas também estão disponíveis em outras cores (azul marinho, verde e bordô) e, ainda, um novo modelo de caneta com laser está sendo oferecido.
LIVRARIA E GRIFE UFSM
Os modelos de moletons e jaquetas também passaram por mudanças. Para este ano, foram criados novos modelos de ‘canguru’ com outras cores que, além do brasão, também apresentam a sigla da Universidade escrita na lombar. Já as jaquetas de nylon ganharam mais opções de cores: preto, azul-marinho, verde e marrom.
Feira da Grife leva produtos aos outros campi da UFSM Daiane e Cárin contam que, eventualmente, os produtos da Grife UFSM têm sido vendidos no hall dos Restaurantes Universitários do campus, no centro de Santa Maria (na antiga reitoria) e nos outros campi da Universidade. “Estamos tentando divulgar cada vez mais a Grife, participando de eventos, indo para outros campi, para as Feiras da Grife, para não ficarmos só aqui no Centro Comercial do campus em Camobi”, destaca Daiane.
Moleton modelo ‘canguru’, que a Grife UFSM atualmente oferece com novas opções de cores.
Segundo Cárin, muitas vezes elas “arriscam” em colocar à venda alguns produtos, pois não sabem se haverá aceitação, e acabam acertando. Esse foi o caso, por exemplo, de um squeeze dobrável (garrafa de água com o espaço de armazenamento líquido em plástico maleável), outra novidade deste ano: “Em questão de um mês, nós vendemos todos”, relata. Cárin afirma ainda que a Grife está aberta para sugestões e pedidos. Caso os mesmos pedidos sejam feitos por diversos clientes, eles podem vir a ser licitados. Recentemente, a acadêmica de Publicidade e Propaganda, Letícia Padoin, adquiriu uma mochila preta e uma garrafa de alumínio. A estudante destaca que gostou da mochila devido ao design, que considera bonito, e ao seu tamanho, pois é bastante espaçosa. “Além disso”, indica Letícia, “a alça é bem acolchoada, o que traz muito conforto para os ombros, e o tecido é de boa qualidade”. No entanto, a acadêmica faz uma sugestão: “Eu gostaria que a mochila tivesse um bolsinho pequeno na frente para deixar a chave e o cartão da ATU mais à mão”.
Realização da Feira da Grife no hall de um dos Restaurantes Universitários da UFSM.
Pelo menos uma vez por semestre, os produtos da Grife UFSM são levados para Frederico Westphalen, Palmeira das Missões, Silveira Martins e Cachoeira do Sul – os municípios gaúchos em que se localizam os demais campi da UFSM. Ao percorrer essas cidades, o objetivo da ‘Feira da Grife’ é divulgar os produtos com a marca UFSM e oportunizar aos acadêmicos, professores e servidores dos outros campi que eles adquiram os produtos com a marca da UFSM – para que todos possam mostrar, através de suas vestimentas e acessórios, que são pertencentes ao conjunto da Universidade Federal de Santa Maria. “Acho válido consumir produtos da Universidade pela questão da identidade com a Instituição. Me sinto bem mostrando que estudo na UFSM”, conta Letícia.
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Design que faz a diferença A capa de um livro é como a embalagem de um produto e, no mercado editorial, pode significar sucesso de vendas Contrapondo ao dito popular “nunca julgue um livro pela capa”, tem-se a sentença de que “a primeira impressão é a que fica”. Pensando nisso, as editoras procuram investir cada vez mais no “visual” de suas publicações. A capa é, sobretudo, a embalagem do livro. Antes de ter contato com o conteúdo a ser veiculado, o leitor é estimulado visualmente. Assim como uma capa pouco elaborada pode não agradar aos leitores mais exigentes, uma construção bem feita pode determinar o sucesso de vendas de uma obra. Por isso, é de extrema importância que as capas sejam bem pensadas.
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Devido à influência que exerce no consumidor na efetivação da compra, a capa exige uma dedicação maior por parte das editoras e dos profissionais específicos – por vezes, de diferentes áreas – envolvidos no projeto. O desenvolvimento tecnológico e a criação de softwares modernos de edição facilitaram o processo, mas é o “capista” quem idealiza e transforma o projeto em uma embalagem atrativa. Por trás de tudo isso, há um estudo sobre cores, tipografias e questões conceituais e comunicacionais, como a interpretação de signos linguísticos e estratégias de marketing.
DESIGN E MERCADO EDITORIAL
Segundo o professor do curso de Desenho Industrial da UFSM, Volnei Antônio Matté, é necessária uma preocupação para manter certo equilíbrio e para a capa conseguir conduzir ao conteúdo do livro, fazendo correta relação do texto com a imagem. Matté, que ministra aulas de Produção Gráfica e Laboratório de Tipografia e Projeto Editorial, acredita que, no processo de construção visual, deva-se pensar na obra como um todo: “Não se fala apenas de bonito ou feio, fala-se em como a estética adequada pode melhorar o processo de leitura de um texto, a compreensão e a assimilação de informações, trazendo, além dos benefícios ergonômicos e cognitivos, uma experiência mais prazerosa ao leitor, com benefícios afetivos e motivacionais”, explica. O mercado editorial, cada vez mais concorrido, exige que as editoras abusem dos processos criativos a fim de chamar a atenção e seduzir seu pú-
blico. Para que tal construção se dê de forma positiva, é importante que o autor participe de todo o processo de criação, uma vez que é ele, de fato, o conhecedor do conteúdo da obra. A Editora UFSM oferece este diferencial: o autor tem a possibilidade de intervir, dando ideias e sugestões para a representação visual de seus livros. “Aqui na Editora UFSM, procuramos fazer, num primeiro momento, um briefing, com perguntas sobre a preferência dos autores, o que eles querem que tenha na capa e o que não querem. Isso nos dá um norte. Depois, desenvolvemos o projeto e passamos para os autores darem sua avaliação final”, explica o programador visual Gilberto Moraes Junior. Como resultado, as capas dos livros da Editora UFSM atingem seus objetivos: deixam boas “primeiras impressões”, agradam aos autores e atraem a curiosidade dos leitores.
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Editora UFSM em foco Vídeo institucional da Editora é lançado em evento da ABEU Como é a rotina da Editora UFSM? Quais são suas linhas editoriais? A Editora publica e-books? Em um vídeo de 5 minutos de duração, esses e outros aspectos relacionados ao dia a dia e à trajetória da Editora UFSM podem ser conhecidos e apreciados. Com uma história marcada por avanços tecnológicos e crescente consolidação no mercado editorial, a Editora UFSM se mostrou inovadora mais uma vez ao produzir um material audiovi-
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sual institucional. A proposta surgiu, inicialmente, com o objetivo de apresentar a identidade e a marca da Editora UFSM às editoras universitárias presentes no 28º Encontro da ABEU. A Editora UFSM pertence ao universo de editoras universitárias em que a maioria tem dificuldade de se introduzir e de se manter no mercado livreiro. Pretendeu-se, então, com o vídeo, também transmitir a imagem que inspira os seus trabalhos: de que é possível, além de sobreviver, inserir as novas tecnologias, conviver com a concorrência
EDITORA UFSM EM FOCO
comercial e, ainda, oferecer um produto de qualidade técnica e com um excelente acabamento ao público leitor. O material será usado também em todos os eventos que a Editora participar, além de estar disponível no seu site. “Acreditamos que nossos clientes (livrarias e distribuidoras) e fornecedores (autores e gráficas) conhecerem um pouco a respeito da nossa estrutura física e de pessoal pode contribuir para que confiem ainda mais no nosso trabalho e mantenham a parceria. Afinal, são muitos os desafios que se apresentam constantemente e saber que estamos conseguindo ultrapassá-los com êxito aumenta a nossa credibilidade”, comenta Shani Ceretta, servidora do setor de Distribuição.
A produção A criação do vídeo da Editora teve participação do Estúdio 21, laboratório de produção audiovisual do Departamento de Ciências de Comunicação da UFSM, através do roteiro elaborado por Rafael Salles e do briefing pela diretora de produção Manuela Motta. A produção do vídeo ficou a cargo da empresa santa-mariense Cusco Produtora Audiovisual.
Trajetória em imagens A Editora UFSM foi inaugurada no ano de 1981 e, desde então, já publicou cerca de 280 títulos, dos quais atualmente constam em catálogo cerca de 180 obras, de diferentes áreas e linhas editoriais. Ao longo do vídeo, a Editora UFSM é apresentada como instituição que pretende se tornar referência no mercado editorial brasileiro pelo conteúdo técnico, cultural e científico de suas publicações. O suporte dado aos escritores é assinalado com a participação deles em todas as etapas da edição, desde a criação da capa até a publicação do livro. Além disso, a diversidade de publicações é apresentada no vídeo a partir das cinco linhas editoriais e da possibilidade de optar pela versão impressa e/ou digital. Os números reforçam a influência da Editora UFSM que, atualmente, tem uma estreita parceria com a Livraria e Grife UFSM, no campus da Universidade em Santa Maria: são 63 pontos (livrarias e distribuidores de livros) em 18 estados e no Distrito Federal. Ao final do vídeo, o projeto do “Complexo Gráfico, Editora, Livraria e Grife UFSM” é apresentado como estratégia de gestão, o que consolidará ainda mais a presença da Editora no mercado editorial brasileiro, já que proporcionará sua ampliação e, consequentemente, melhores condições de trabalho.
Integrantes da Editora UFSM e produtores do vídeo se reúnem para discutir os detalhes das gravações
“Um ar mais dinâmico ao captar as imagens de diferentes ângulos foi a linguagem visual escolhida para retratar as cenas”, conta Fabiano Foggiato, da Cusco Produtora Audiovisual, que participou da elaboração do vídeo. Foram cerca de dez dias de gravações pelo campus da UFSM em que “o intuito foi construir uma linha de pensamento e ‘contar histórias’, em vez de simplesmente apresentar depoimentos”, explica o produtor. A proposta teve ampla aceitação pela equipe que compõe a Editora. De acordo com o diretor da Editora UFSM, Daniel Coronel, o vídeo conseguiu demonstrar, de forma analítica, o universo da Editora e também seu slogan ao mercado editorial: “Inspirando pessoas para transmitir conhecimentos”. O vídeo pode ser acessado pelo site https:// editoraufsm.com.br/apresentacao/
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Pesquisa traça novo perfil das associadas da
ABEU
Dados de 2014 revelam número crescente de associadas e de publicações
A Associação Brasileira de Editoras Universitárias (ABEU) disponibilizou, em agosto de 2015, os resultados de uma pesquisa realizada com suas 118 editoras universitárias associadas sobre dados relativos ao ano de 2014. As perguntas abordaram temas como política editorial, questões administrativas, financeiras e comercialização dos livros. A pesquisa havia sido realizada pela última vez em 2012, utilizando o mesmo sistema de coleta de dados da pesquisa atual, o SurveyMonkey (ferramenta on-line que fornece soluções de aplicação de questionário pela Internet). Foi aplicado um questionário de perguntas fechadas de múltipla escolha com o objetivo de obter um panorama geral da editoração universitária. Noventa e cinco editoras associadas (80,5% do total) responderam à pesquisa. Segundo a coordenadora de comunicação da ABEU, Flávia Goulart Roza, a pesquisa serve
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para a Associação conhecer melhor as editoras universitárias e obter dados das evoluções e dos recuos das filiadas. Em comparação com a última pesquisa, houve aumento no número de editoras associadas, ampliação do recurso das editoras, acréscimo no número de editoras que estão produzindo livros eletrônicos e aumento na faixa de títulos publicados.
Números em destaque A pesquisa se estruturou em quatro eixos: informações sobre a editora, política editorial, comercialização e questões administrativas e financeiras. Confira, a seguir, alguns dos resultados obtidos e como a Editora UFSM está posicionada em relação às demais editoras universitárias associadas à ABEU.
PESQUISA ABEU 2015
Divulgação A pesquisa revela que as editoras universitárias utilizam diferentes meios de comunicação para difundir suas ações à comunidade. A maioria das editoras (83%, incluindo a Editora UFSM) divulga seus trabalhos por meio do site da universidade da qual fazem parte e também por site próprio, cerca de 60% no Facebook e 40% no ABEU em rede e na imprensa local.
Frequência em que os canais vinculados diretamente às editoras (Facebook, Twitter, Boletim veiculado em mailing, site da Editora) são utilizados
Administração e finanças Outro ponto a destacar diz respeito ao orçamento anual das editoras universitárias. A pesquisa aponta que parte das associadas obtém seus recursos por intermédio de dotação da instituição, vendas das obras e por projetos específicos. Observa-se que a maioria das editoras universitárias recebe entre R$ 100.000,00 (31% das editoras) e R$ 299.000,00 (48% das editoras).
Origem dos recursos anuais para publicação As editoras podem contar com mais de uma origem de recursos para publicação
19%
31%
14% 36% Diariamente
Semanalmente
Uma vez ao mês
Outros
Diante do amostrado, considera-se que as editoras ainda são de pequeno porte. É possível notar ainda que a tiragem de exemplares por título também é pequena, visto que 48% dessas editoras têm uma tiragem de 500 exemplares e as outras 48% têm tiragem de 1.000 exemplares por título, o que acarreta, por vezes, na elevação do custo dos livros publicados pelas editoras universitárias.
Apoios externos para publicação
37,7%
Apoio de Fundação de Amparo à Pesquisa
36,4%
Recursos próprios
77,9%
Do autor
49,4%
Programas de Pós-Graduação
41,9%
Outros
13%
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Livros digitais Cada vez mais, as editoras universitárias estão explorando características e inovações das novas tecnologias, e a publicação de e-books é a prova disso. No entanto, apesar de 43% das editoras universitárias terem publicado entre 1 e 9 títulos no formato digital em 2014, cerca de 25% das editoras universitárias ainda não publicavam e-books quando a pesquisa foi realizada. O formato PDF ainda é o mais usado por parte significativa das editoras universitárias, cerca de 45%, enquanto outras 16% já publicam em formato ePUB. O ePUB é o formato de arquivo digital padrão específico para e-books, que tem entre suas vantagens a facilidade de acesso a conteúdos em
diversos tipos de aparelhos e a possibilidade de aumentar o tamanho da fonte e ajustar a dimensão das páginas de acordo com o dispositivo utilizado para leitura.
22,6% Não publica em formato digital
45,2%
15,5% ePUB
22,6% PDF e ePUB
Publicação de livros digitais pelas editoras associadas da ABEU A Editora UFSM publica todos os seus livros digitais em formato ePUB.
Sobre as editoras universitárias É possível perceber que a maioria das editoras universitárias, em torno de 95%, possui Conselho Editorial, o órgão consultivo e deliberativo das editoras, que costuma ter, entre suas atribuições, a definição da política editorial.
Sobre as Editoras
6,0% HTML
4,8% Outro
Somente 32% delas dispõem de Assessoria de Comunicação. Esse baixo índice pode ser uma das causas para uma das dificuldades apontadas pelas editoras na pesquisa: a necessidade de investimento em comunicação e marketing para dar mais visibilidade para as suas publicações.
Associadas da
Estatuto
74%
Conselho Editorial
95%
Conselho Deliberativo
28%
Autonomia na decisão editorial
96%
Assessoria de comunicação própria
32%
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PESQUISA ABEU 2015
Política editorial A política editorial define um conjunto de princípios, normas e diretrizes destinado, entre outros objetivos, a consolidar os modos e as características da produção da editora e à orienta-
ção de autores. Em relação à política editorial, a pesquisa abordou temas como a publicação de coedições (edição realizada por meio de convênio entre dois ou mais editores) e de traduções.
Política editorial
Associadas da
Possuem política editorial
85,7%
Realiza coedições
86,9%
Realiza traduções
54,8%
Número de títulos por ano
Até 19 títulos por ano
A Editora UFSM tem linha editorial estabelecida conjuntamente à política editorial
29,8%
Entre 10–19 títulos
10,7%
Mais de 60 títulos
Distribuição Destaca-se ainda, na pesquisa, que em torno de 40% das editoras não possuem livraria própria, dificultando a comercialização de títulos da Editora. Com relação aos canais de distribuição, 53% das editoras universitárias utilizam do Programa Interuniversitário para Distribuição de Livro (PIDL), mas não de forma exclusiva, visto que em torno de 63% também realizam a própria distribuição de seus livros, 24% possuem distribuidor comercial local, 34% distribuem para todo o Brasil, 22%
Distribuição
emitem boleto bancário em vendas realizadas pelo site e 52% possuem site com livraria virtual. A Editora UFSM possui mais de sessenta representantes – entre livrarias comerciais, universitárias e distribuidores – em diversas regiões do país, e um dos objetivos a cumprir é, segundo o diretor da Editora, Daniel Coronel, aumentar cada vez mais a sinergia com seus representantes para dar mais visibilidade aos livros e fortalecer as vendas e a marca da Editora UFSM.
Associadas da
Possui livraria própria
59,7%
Possui estoque próprio
89,6%
Possui gráfica própria
27,3%
Utiliza instrumento de avaliação anual
49,4%
Estilo Editorial | Edição 2 | 2015 21
$
$ $ UNIVERSITÁRIAS
COMERCIAIS
Apesar de o objetivo ser o mesmo - divulgar o conhecimento através dos livros -, as editoras universitárias possuem características importantes que as diferenciam das editoras comerciais O trabalho das editoras consiste em coordenar o processo de editoração e de publicação de obras impressas e eletrônicas. Isto é, elas fazem a revisão, a diagramação do texto, a composição do layout das páginas e a arte da capa, além de encaminhar para impressão e distribuição das obras no mercado livreiro. Em alguns casos, é a editora que também faz a busca por potenciais autores, além de selecionar entre aqueles que a procuram quais devem ter suas obras publicadas.
22 Estilo Editorial | Edição 2 | 2015
Particularidades das editoras universitárias A principal função da editora universitária é estimular a produção intelectual de docentes e pesquisadores e, a partir disso, publicar pesquisas científicas que são produzidas no âmbito das instituições de ensino superior, técnico e da região de influência. Diferentemente do que se pensa, uma editora universitária não publica livros baseados somen-
UNIVERSITÁRIAS X COMERCIAIS
te em teses ou dissertações, mas, principalmente, livros oriundos de outras pesquisas e também de temas de interesse geral. Há quem acredite, ainda, que o autor deve pertencer à instituição de ensino para publicar em editora universitária, mas essa não é uma regra. Na Editora UFSM, por exemplo, não é necessário o autor estar vinculado à Universidade para ter o livro publicado. Quaisquer autores e/ ou organizadores que tiverem sua pesquisa de acordo com as linhas editoriais da Editora podem encaminhar projetos ao Conselho Editorial. Cada instituição, no entanto, tem suas próprias normas de publicação, e é importante fazer um contato prévio com a editora universitária na qual se tem interesse em publicar para esclarecer possíveis dúvidas.
A principal função da editora universitária é estimular a produção intelectual de docentes, pesquisadores e estudantes
Mercado editorial O ex-presidente da Associação Brasileira de Editoras Universitárias (ABEU), João Carlos Canossa, afirma haver uma pluralidade de temas publicados pelas editoras universitárias, sendo difícil determinar qual é o tema mais tratado. De acordo com ele, o material produzido pelas editoras universitárias costuma ser direcionado a um público que necessita de uma publicação diferenciada. As editoras comerciais também publicam temas científicos, para públicos específicos, e temáticas peculiares. Portanto, a principal diferença entre uma editora universitária e uma com fim comercial não é quanto ao tipo de publicação, e sim quanto a sua finalidade: uma editora universitária tem como principal propósito incentivar a produção científica local e contribuir para o desenvolvimento, reconhecimento e divulgação das pesquisas e da cultura. Com isso, consegue tornar a instituição e a região reconhecidas estadual e nacionalmente. Já para as editoras comerciais esse não é o fim, e sim uma consequência, pois como se trata de uma empresa, possui objetivos econômicos que acabam sendo mais relevantes na tomada de decisões.
editoras universitárias x editoras comerciais Concentram suas publicações em produções científicas e culturais Não visam lucro A maioria não gera custos ao autor e destina 10% de sua tiragem como contrapartida Geralmente possuem a qualificação de um Conselho Editorial
Suas publicações são dos mais variados temas Visam lucro A maioria gera custo de publicação e destina percentual de vendas ao autor Geralmente não possuem a qualificação de um Conselho Editorial
Estilo Editorial | Edição 2 | 2015 23
Cada vez mais perto dos leitores
Para difundir o conhecimento e se aproximar do público, a Editora UFSM promoveu vários eventos em 2015, com destaque para a 28ª Reunião da ABEU Ao promover atividades como o Curso de Redação Científica e participar de eventos como as Feiras do Livro de Santa Maria e de Porto Alegre, a Editora UFSM pretende contribuir para a difusão científica, cultural e tecnológica. Em 2015, muitas outras ações fizeram parte da agenda da Editora. A Reunião da Associação Brasileira de Editoras Universitárias, realizada
24 Estilo Editorial | Edição 2 | 2015
pela primeira vez em Santa Maria, destacou-se na programação anual. Todos esses eventos são importantes por viabilizarem a aproximação com o público e, segundo o diretor da Editora, Daniel Coronel, “servem também para divulgar o trabalho realizado pela Editora em prol do conhecimento”. Nas páginas a seguir, confira os principais eventos que contaram com a participação da Editora UFSM.
EVENTOS
42ª Feira do Livro da FURG Pela quinta vez, a Editora e a Livraria UFSM participaram da Feira do Livro da Universidade Federal de Rio Grande (FURG) no Balneário Cassino. A 42ª edição ocorreu de 28 de janeiro a 8 de fevereiro, na Praça Dídio Duhá. Além dos livros publicados pela Editora, a Livraria também pôs à venda títulos de mais de 50 editoras universitárias e comerciais. Todos os livros foram ofertados com descontos, que variaram de 10% a 20%, além de saldos de até R$ 15,00 em algumas obras.
Feiras Internas da Livraria e da Grife UFSM No primeiro semestre, a Editora, a Livraria e a Grife UFSM deram boas-vindas aos novos alunos da instituição e aos antigos acadêmicos que retornaram à UFSM. Para recebê-los, ocorreram, como de tradição, as Feiras da Livraria e da Grife UFSM. A intenção das Feiras é oferecer aos acadêmicos, docentes e demais leitores livros de interesse e obras indicadas pelos professores aos universitários. Além disso, visa proporcionar à comunidade acadêmica da UFSM produtos da Grife UFSM, como
Feira da
canecas, jalecos, camisetas, que são úteis no dia a dia dos estudantes e docentes e também são uma forma de demonstrar o vínculo com a Instituição. A Feira da Livraria UFSM ocorreu do dia 16 ao dia 27 de março e ofereceu descontos de 40% nos livros da Editora UFSM e descontos de 10% a 30% nos livros de outras editoras. No mês de abril, aconteceu a Feira da Grife, em que os produtos estiveram expostos para comer-
De 16 a 27 de março de 2015 estaremos com vários descontos!
40%
nos livros da Editora UFSM
cialização em estandes localizados em frente aos Restaurantes Universitários I e II, no campus sede, e no Restaurante Universitário do centro da cidade.
10% a 30%
Nessa edição, a Feira da Grife percorreu, ainda, os campi de Palmeira das Missões, Frederico Westphalen, Silveira Martins e Cachoeira do Sul.
@
nos livros de outras editoras
Telefone: 3220-8115 livrariaufsm@gmail.com Atendimento: 8h às 17:30h Av. Roraima, n. 2 - Conjunto Comercial - Campus Camobi (Próximo à ATU)
Estilo Editorial | Edição 2 | 2015 25
2ª edição dos Livros Livres Realização
Apoio
2ª edição Foi realizada, em março, a 2ª edição da campanha Livros Livres, que, neste ano, teve como principal proposta a interação com as outras instituições de ensino superior da cidade. O objetivo dos Livros Livres é incentivar o hábito da leitura na comunidade santa-mariense. Para participar, bastava ir ao ponto de troca na posse de um livro e escolher outro entre os disponíveis no estande. Confira abaixo o cronograma seguido pela campanha Livros Livres: 13 a 17 de março Faculdades Palotinas (FAPAS); 18 a 20 de março Faculdade de Direito de Santa Maria (FADISMA); 23 a 25 de março Centro Universitário Franciscano (Unifra) – Conjunto III; 26 a 30 de março Faculdade Integrada de Santa Maria (Fisma); 31 de março a 2 de abril Faculdade Metodista (Fames); 23 a 27 de abril Biblioteca Central da UFSM; 18 a 20 de maio Royal Plaza Shopping.
26 Estilo Editorial | Edição 2 | 2015
EVENTOS
42ª Feira do Livro de Santa Maria
Embarque Nesse Mundo! A 42ª edição da Feira do Livro de Santa Maria acon-
Linguagem e Cognição, de Elias José Mengarda –
teceu de 25 de abril a 10 de maio, na Praça Saldanha
Em formato impresso e e-book;
Marinho, e contou com exposições, comercialização de livros, apresentações artísticas e culturais. A ban-
Noções de Paleografia e de Diplomática (5ª ed.), de
ca da Editora e da Livraria UFSM esteve presente e
Ana Regina Berwanger e João Eurípedes Franklin
representou também a ABEU, disponibilizando livros
Leal – Em formato impresso e e-book;
publicados por mais de 30 editoras universitárias do país, com foco em livros técnicos e científicos. Todos
Silvicultura do Eucalipto no Brasil, organizado por
os títulos publicados pela Editora UFSM estavam à
Mauro Valdir Schumacher e Márcio Viera –
venda, e a Livraria comercializou obras de mais de
Em formato impresso.
50 editoras parceiras. O desconto padrão de 10% a 20% se manteve, assim como o tradicional saldo, com títulos que possuíam preço máximo de R$ 15,00. No dia 6 de maio, às 18h, foram lançados oito livros da Editora UFSM, nos formatos impresso e eletrônico, que estão disponíveis no site: http:// bichodolivro.com.br/editoraufsm Títulos lançados: Análise Macroeconômica e Avaliação Governamental, de José Maria Alves – Em formato impresso e e-book; Entomologia Florestal Aplicada, organizado por Ervandil Corrêa Costa e Edison Bisognin Cantarelli – Em formato impresso e e-book; Introdução à Geologia de Engenharia (5ª ed.), de Carlos Leite Maciel Filho e Andréa Valli Nummer – Em formato impresso; José Mariano da Rocha Filho: Fotobiografia, de Maria Izabel Mariano da Rocha Duarte – Em formato impresso e e-book; Lendo J. M. Coetzee, organizado por Kathrin H. Rosenfield e Lawrence Flores Pereira – Em formato impresso e e-book;
Estilo Editorial | Edição 2 | 2015 27
Editora pelo Campus Em junho, a Editora UFSM percorreu o campus e instalou seu estande em frente ao prédio do Centro de Tecnologia. A ação “Editora pelo Campus” teve como objetivo chegar mais próximo do público universitário, ofertando suas obras com descontos de até 40%.
Descubra UFSM Editora, Livraria e Grife UFSM estiveram presentes no Descubra UFSM, de 11 a 13 de junho, no Centro de Eventos da UFSM. O evento, que tem os moldes de uma feira das profissões, propicia uma série de trocas de experiências vividas na Universidade, por parte de seus acadêmicos e funcionários, com seus visitantes e estudantes do Ensino Médio de várias escolas do Estado. Para a Editora, a importância de participar de eventos como esse está em incentivar possíveis futuros pesquisadores e autores, além de proporcionar aos estudantes um pouco de conhecimento sobre uma editora universitária. Para a Livraria, é uma forma de incentivar a leitura e também de tornar conhecida a Universidade aos futuros universitários. Já para a Grife, é uma ocasião para mostrar seus produtos, como uma forma de atribuir um sentimento de carinho à Universidade, divulgando-a dentro e fora da Instituição. Na ocasião, foi colocado um quadro com o questionamento: “O que você descobriu hoje?”, com a proposta de instigar que os visitantes escrevessem não só sobre as experiências vivenciadas no evento, mas também sobre os cursos que eles mais simpatizaram.
28 Estilo Editorial | Edição 2 | 2015
EVENTOS
Publicando Artigos Científicos em Revistas Internacionais (Publishing Scientific Papers in International Journals) Com a promoção da Editora UFSM, da Pró-Reitoria
pantes puderam escrever um texto com a ajuda de
de Pós-Graduação e Pesquisa e da Revista Ciência
Rose, que ensina gramática e formas de escrita na
Rural, o curso Publicando Artigos Científicos em Re-
língua inglesa.
vistas Internacionais (Publishing Scientific Papers in International Journals), que aconteceu de 24 a 27 de agosto no Salão Imembuí, foi ministrado, em inglês, por dois canadenses com vasta experiência na área da publicação científica: John Patrick Kastelic e Rose Kastelic. Uma das principais motivações para a realização desse evento foi a internacionalização dos periódicos científicos da UFSM. Pela parte da manhã, John apresentou técnicas de escrita e exemplos de como escrever cientificamente em inglês. Pela parte da tarde, os partici-
XVII Bienal Internacional do Livro Rio
Rio de Janeiro. O Riocentro foi o local que sediou a festa da cultura, da literatura e da educação.
Há 30 anos, teve início a história de sucesso
A Editora UFSM se fez presente na XVII Bienal
da Bienal do Livro Rio: uma celebração à leitura, à
Internacional do Livro Rio junto ao estande da
cultura e à diversão, reunindo milhares de pessoas,
ABEU, que reuniu um acervo de livros de caráter
tendo o livro como astro principal. O maior evento
técnico e universitário de várias editoras universi-
literário do país ocorreu de 3 a 13 de setembro no
tárias do Brasil.
Reuniões para divulgação do Guia do Autor nos centros e campi da UFSM O diretor da Editora UFSM, Daniel Arruda Coronel, com o objetivo de divulgar o Guia do Autor, anunciar a disponibilidade para recebimento de originais e angariar novos autores, percorreu os centros de ensino da Universidade Federal de Santa Maria e também visitou o campus da Universidade Luterana do Brasil de Santa Maria. Nessas visitas, o diretor levou informações e respondeu dúvidas acerca do funcionamento da Editora, das linhas editoriais e dos passos para a publicação de uma obra pela Editora da UFSM.
Estilo Editorial | Edição 2 | 2015 29
2ª Mateada do Dia do Gaúcho Com a proposta de cultivar a tradição, a equipe da Editora UFSM convidou a comunidade universitária e santa-mariense para a 2ª Mateada do Dia do Gaúcho, que foi realizada no dia 17 de setembro, no hall da Reitoria. O ambiente foi ornamentado com artigos gauchescos para a recepção dos visitantes e contou com um cavalo encilhado e um banco feito de rodas de carreta antiga. Além de saborear o tradicional chimarrão, o público pôde apreciar músicas gaúchas ao longo do dia. No intervalo do almoço, ocorreu a participação do DTG Noel Guarany e do DT Querência da Medianeira com suas invernadas artísticas, com a apresentação de dois clássicos do tradicionalismo gaúcho. Após, os dançarinos convidaram os participantes do evento para dançar, com o objetivo de aumentar a interação dos visitantes com o evento. Ademais, as obras da Editora UFSM foram comercializadas com desconto de 30% e, entre o público participante, foi sorteada uma cesta que incluía livros e produtos recebidos dos apoiadores do evento. Contribuíram, para a ornamentação, para a cesta e para cevar o mate, a Casa do Gaúcho, o Rancho das Tradições, a Fábrica de Facas Coqueiro e a Erva-Mate Elacy.
Editora UFSM lançou livros no 24° Encontro Nacional da ANPAP De 22 a 26 de setembro, foi realizado, em Santa Ma-
de Oliveira; Educação da Cultura Visual: Aprender...
ria, o 24º Encontro da Associação Nacional de Pes-
Pesquisar... Ensinar..., organizado pelos professores
quisadores em Artes Plásticas. O tema do Encontro
Raimundo Martins e Irene Tourinho.
deste ano foi Compartilhamentos na Arte: Redes e Conexões. No dia 22, às 19h, no Auditório do Colégio Santa Maria, houve o lançamento de quatro livros publicados pela Editora UFSM: Dança Contempop: Corpos, Afetos e Imagens (mo)vendo-se, de Odailso Berté; A Formação do Professor e o Ensino das Artes Visuais – 2ª edição revista e ampliada, dos autores Marilda Oliveira de Oliveira e Fernando Hernández; Arte, Educação e Cultura – 2ª edição revista e ampliada, da autora Marilda Oliveira
30 Estilo Editorial | Edição 2 | 2015
EVENTOS
31ª Feira do Livro de Cachoeira do Sul De 2 a 7 de outubro, na Praça José Bonifácio, foi realizada a 31ª Feira do Livro de Cachoeira do Sul, que teve o músico, compositor e escritor Duca Leindecker como patrono. No estande da Editora e Livraria UFSM, foi possível encontrar, além de diversos livros publicados com o selo da Editora, livros de outras editoras comerciais e universitárias representadas pela Livraria.
Curso de “Método Lógico para Redação Científica” No dia 8 de outubro, o professor e doutor em Ciências Biológicas, Gilson Luiz Volpato, ministrou o Curso Método Lógico Para Redação Científica, direcionado a quem desejasse aperfeiçoar sua escrita científica. O curso reuniu mais de 300 participantes, principalmente docentes e pós-graduandos. No Auditório Flávio Miguel Schneider, na UFSM, o professor apresentou os conceitos e os referenciais mais desafiadores na ciência internacional de alto nível, que servem para qualquer construção textual científica. Além disso, os conceitos básicos e necessários para uma boa redação científica também foram abordados. Trata-se de conceitos extraídos da lógica da ciência e de preceitos atuais sobre comunicação científica, a partir dos quais uma rotina lógica de passos guia o cientista na composição de seu texto.
Estilo Editorial | Edição 2 | 2015 31
61ª Feira do Livro de Porto Alegre
A Feira do Livro de Porto Alegre, que ocorre há 60
Educação da Cultura Visual: Aprender... pesquisar...
anos, além de colocar à disposição obras de todos
ensinar..., organizado por Raimundo Martins e Irene
os gêneros, promove centenas de atividades gratui-
Tourinho – Em formato impresso;
tas para públicos de todas as faixas etárias por meio da programação cultural, que envolve, entre outros
Ensino de Filosofia e Currículo (2ª ed.), de Ronai Pires
convidados, escritores, ilustradores, mediadores da
da Rocha – Em formato impresso e e-book;
leitura e contadores de histórias. A 61ª edição da Feira teve como patrono o escri-
Lendo J. M. Coetzee, organizado por Kathrin H.
tor, poeta e compositor Dilan Camargo. Nascido em
Rosenfield e Lawrence Flores Pereira – Em formato
Itaqui, Fronteira Oeste, o autor de 66 anos estreou
impresso e e-book;
na literatura com a coletânea poética Em mãos, em 1976, e, de lá pra cá, já publicou vários outros livros
Noções de Paleografia e de Diplomática (5ª ed.), de
de poemas infantis.
Ana Regina Berwanger e João Eurípedes Franklin
O estande da Editora e da Livraria UFSM esteve
Leal – Em formato impresso e e-book;
presente na 61ª Feira do Livro de Porto Alegre, que aconteceu de 31 de outubro a 15 de novembro na
Silvicultura do Eucalipto no Brasil, organizado por
Praça da Alfândega.
Mauro Valdir Schumacher e Márcio Viera – Em formato impresso;
Títulos lançados: A Formação do Professor e o Ensino das Artes Visuais,
Três Meses na América, de autoria de Balduíno Ram-
organizado por Marilda Oliveira de Oliveira e Fer-
bo, organizado por José Newton Cardoso Marchiori,
nando Hernandéz – Em formato impresso;
Arthur Blásio Rambo e Arthur Rabuske – Em formato impresso.
A Teoria Econômica na Obra de Bresser-Pereira, de José Luis Oreiro, Luiz Fernando de Paula e Nelson Marconi – Em formato impresso e e-book; Arte, Educação e Cultura, organizado por Marilda Oliveira de Oliveira – Em formato impresso; Conhecimento em Educação Física, no Movimento das Mudanças no Mundo do Trabalho, organizado por Maristela da Silva Souza, João Francisco Magno Ribas e Vicente Cabrera Calheiros – Em formato impresso; Dança Contempop: Corpos, Afetos e Imagens (mo)vendo-se, de Odailso Berté – Em formato impresso;
32 Estilo Editorial | Edição 2 | 2015
REUNIÃO ABEU 2015
DOSSIÊ
Santa Maria sedia a 28ª
Reunião da ABEU
Evento aconteceu nos dias 5, 6 e 7 de maio A Editora UFSM foi a anfitriã da 28ª Reunião da Associação Brasileira de Editoras Universitárias (ABEU), que ocorreu em Santa Maria, nas dependências da Associação dos Professores Universitários de Santa Maria (APUSM). Durante o evento, realizado nos dias 5, 6 e 7 de maio de 2015, foram debatidas questões sobre gestão, desafios e inovações dentro do mercado editorial. A ABEU congrega, atualmente, mais de cem editoras universitárias distribuídas pelo país. O seu objetivo é promover a cultura e socializar o conhecimento através da produção e difusão do livro universitário. A cada ano é realizada uma reunião da Associação, na qual participam e interagem editores, pesquisadores, docentes e servidores de editoras universitárias de todo o país.
Esses encontros anuais oportunizam que sejam discutidas questões relacionadas à prática de gestão, inovação e apropriação do conhecimento e novos desafios do mercado editorial. Na noite de abertura do evento, o ex-presidente da ABEU, João Canossa, ressaltou o significado das reuniões anuais como “o momento mais importante para quem está na tarefa de publicar livros dentro dos ambientes acadêmicos”. O evento contou com cerca de 80 inscritos, representando 54 editoras universitárias de todo o país. A 28ª Reunião da Associação Brasileira das Editoras Universitárias recebeu apoio da Caixa Federal, APUSM, Gráfica Pallotti, Floricultura Folhas e Pétalas e World Travel Turismo.
Estilo Editorial | Edição 2 | 2015 33
DOSSIÊ
Entrevista com Roberto Romano “É urgente que as editoras passem a cumprir um papel ativo” Roberto Romano da Silva foi o palestrante da conferência de abertura da 28ª Reunião Anual da ABEU. Doutor em filosofia e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Romano analisou, na palestra, a produção editorial a partir do tema “Do renascimento aos nossos dias: as letras e suas formas”. De maneira bastante crítica, o docente abordou, entre outros assuntos, a missão das editoras universitárias, o produtivismo acadêmico e aquilo que ele chama de ‘pedantismo’. Em entrevista concedida à Estilo Editorial, após a conferência, Romano detalhou algumas dessas ideias, que podem ser conferidas nas páginas a seguir.
Qual a importância de se realizar eventos como este, a Reunião das Editoras Universitárias? Nós estamos vivendo uma crise de civilização. Nós estamos deixando a cultura do livro, estamos vivendo no domínio da Internet, da mídia eletrônica e da divulgação do saber também pela rede. Isso supõe uma mudança enorme de paradigmas. Mas, infelizmente, certos paradigmas que definiram o fracasso da cultura do livro continuam na Internet, e é isso que eu chamo de pedantismo: a devoração de técnicas sem saber bem por que essas técnicas vieram, para que elas servem e aonde elas vão chegar. Isso que o André Leroi-Gourhan analisa de uma maneira
34 Estilo Editorial | Edição 2 | 2015
magistral, que é esse processo de empréstimo de invenção e de fixação de tendências. No Brasil, sobretudo, nós vivemos um processo de empréstimo, quase nada de invenção, e a tendência não se fixa. Então, você tem as novidades que vêm uma atrás da outra, e você não sabe bem para quê. E a universidade não está preparada para essa revolução, que eu diria planetária. A universidade é um conjunto de especializações que não têm quase relação uma com a outra. Quando se diz que existem estudos interdisciplinares, é quase um milagre. Eu conheço estudos interdisciplinares magníficos. Na Unicamp, por exemplo, o pessoal da faculdade de Educação colabora com o da Medicina e da Ortopedia. Parecem coisas distantes, mas têm relação, só que supõem as novas técnicas. Você precisa trabalhar com moldagem de ossos, com a impressora 3D.
Como as editoras podem ajudar a promover a interdisciplinaridade? Essa situação da superespecialização da universidade tem sido relativizada pelas editoras. Quando você vai a uma exposição da editora da sua universidade, você vê lá um autor da Educação, um autor da Biologia etc. Então você tem condição de retomar um pouco essa circulação do saber que é o ideal da universidade. No meu modo de ver, existem tantos problemas dessa nova cultura e da antiga cultura, que eu chamo de pedantismo,
CERIMÔNIA DE ABERTURA
que impedem as editoras de cumprir esse papel ativo de ir à procura, dentro da universidade e fora da universidade, de temas para publicar. Por enquanto, as editoras estão recebendo as propostas de publicação dos docentes; estão sendo, num primeiro momento, passivas. Elas recebem, passam pela mediação dos assessores etc. Mas eu acho que é urgente que essas editoras cumpram um papel ativo.
Como, efetivamente, as editoras poderiam se tornar mais ativas? Você tem esse problema do encurtamento do tempo que veio do Neoliberalismo, da Margaret Thatcher, do produtivismo, do Currículo Lattes. Se você produz duzentos mil artigos você é maravilhoso, pouco importa que seja uma coisa superficial. Isso me deixa preocupado com boa parte dos pesquisadores de Química, Matemática, Biologia, Medicina: essa necessidade de preencher a carência da pesquisa e da informação com plágios, com apropriação indébita. Isso é um problema seriíssimo de ordem psicológica, (psicologia de massas, inclusive), de ordem epistemológica, de ordem cognitiva e de ordem ética. Então, eu penso que um setor dessas editoras deveria estar disposto a fazer um trabalho de usar a rede para verificar essas situações. Em vez de ficar só nesse papel de receptor, deve se tornar ator; usar o computador, os dados. Por exemplo, toda universidade tem um relatório anual da sua atividade. Poderia fazer, então, uma análise crítica desses relatórios e, justamente, mostrar o quanto existe de fragilidade de conhecimento naqueles dados quantitativos que são exibidos, mostrar a dificuldade que os pesquisadores enfrentam no cotidiano e, a partir daí, produzir livros; mesmo que sejam livros que tenham relevância por apenas dois anos. Não precisam ser livros iguais à Divina Comédia.
E qual seria o papel da universidade na construção desses leitores mais críticos? Veja, a minha esposa é especialista em Platão e Medicina Hipocrática. Aproximadamente 25 anos atrás, para ter acesso a determinados textos, ela tinha que pedir bolsa do CNPQ para ir a Paris,
a Berlim e à Inglaterra ler os textos. Agora está lá [na Internet]; em dois segundos está tudo lá. Mas precisa saber gramática grega, língua grega, Filosofia, Medicina; e é a universidade que tem que produzir isso. Essa falácia, que inclusive circula em cursos à distância, de que você pode resolver tudo na Internet. Você não aprende grego, você não aprende gramática à distância. Você precisa de um professor que esteja ali para te responder pessoalmente as dúvidas e os problemas.
Como incentivar os pesquisadores para que eles queiram mostrar o seu trabalho e reconheçam a importância de divulgá-lo através da imprensa? Na Internet, as grandes críticas que fazem a mim é que sou midiático, que eu vivo sendo citado pelos grandes jornais, pelas televisões. É uma coisa muito esquisita, porque, na verdade, se existe pessoa que procura fugir desse padrão sou eu. Mas, infelizmente, o que acontece: os colegas da universidade se fecham para o diálogo com jornalistas. Assessores de imprensa, por exemplo, cansam de pedir que eles deem entrevistas; eles não dão, e aí sobra para mim. Você tem, então, do lado de lá, essa cultura antiacadêmica, que em boa parte é ressentida também. Há uns 20 anos, em uma SBPC [reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência], eu propus um diálogo entre a imprensa e a universidade. Foi um desastre, porque os jornalistas foram lá para xingar a universidade, e os acadêmicos foram lá para dizer que o jornalismo é superficial. Segundo uma pesquisa da FAPESP, de Pernambuco até o Rio Grande do Sul, nós temos uma rede científica e tecnológica comparável à da Itália, à da Áustria e até a da França. O que acontece? Não sai do muro da universidade, não sai nem para o público, nem para a imprensa, nem para o Estado. Então você tem esse saber acumulado que vai apodrecendo. Coisa acumulada apodrece. Acho um crime a universidade continuar dessa maneira, contente com a sua superespecialização. Esse processo de interação com a sociedade, com o Estado e com o mundo econômico é uma questão fundamental.
Estilo Editorial | Edição 2 | 2015 35
DOSSIÊ
Uma reflexão sobre a função das
editoras universitárias Autonomia e responsabilidade social foram as palavras-chaves para definir o bom desenvolvimento de uma editora universitária No segundo dia do Encontro da ABEU, diretores e funcionários de editoras universitárias de diversos locais do país se reuniram para discutir sobre os desafios de “Planejar uma editora universitária”. Para falar sobre o assunto, foram convidados a professora e ex-reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Wrana Maria Panizzi, e o coordenador-geral do Sistema de Educação Continuada a Distância (SECAD) da Artmed, Geraldo Francisco Huff. O mediador do debate foi o professor da Universidade Federal de Santa Maria, Rudi Weiblen. Geraldo e Wrana trabalharam juntos quando ela foi reitora da UFRGS e ele diretor da editora da Instituição. Esse tempo fez com que os dois construíssem visões parecidas quanto à importância e à necessidade de a editora estar incorporada à Universidade. Para Wrana, “o lugar da editora é estabelecido e definido a partir da noção do que é uma Universidade e do que é uma editora. A Universidade é uma instituição social. A editora faz parte dessa instituição”. Para isso, complementou Geraldo, “a editora precisa estar nos planos da Universidade, na matriz orçamentária, precisa ser incorporada à sua instituição. Ser reconhecida como tal”. A ideia central da fala de Wrana foi de que a Universidade, como instituição social, tem o
36 Estilo Editorial | Edição 2 | 2015
dever de dar respaldo à sociedade sobre o conhecimento que é produzido nela. Além disso, segundo a professora, é importante que a Universidade se questione sobre sua função, sobre como desempenha essa função, com qual finalidade e com qual aplicabilidade a editora exerce a função de mediação entre a produção científica e a sociedade. Wrana ainda destacou o papel político do diretor e do conselho editorial: “eles devem participar de todas as etapas e de todos os processos, porque não dá para publicar um livro que envergonhe os professores e a editora”. “O diretor de uma editora é responsável, acima de tudo, por motivar a pulsação da Academia”, completou Geraldo. Ele também destacou fases relevantes de sua trajetória como diretor nas editoras universitárias da UFRGS e da Ulbra. A partir dessas experiências, ele evidenciou a importância da existência de um Estatuto para que a editora se estruture e enfatizou que é fundamental a consolidação de um núcleo editorial – que precisa ser representativo das áreas de conhecimento da Universidade. Por fim, ambos concordaram que a editora, tendo um produto qualificado, garante o respeito dos docentes que decidem nela publicar.
MESA: PLANEJAR UMA EDITORA NA UNIVERSIDADE | O PAPEL DA EDITORA UNIVERSITÁRIA
Uma editora universitária: o seu papel para além do “fabricar” livros
no
Ensi
Pesquisa Acadêmica
Comunidad
e
Difundir
Publicações
Conhecimento
Por Wrana Panizzi É graduada em Filosofia, bacharel em Direito, mestre em Planejamento Urbano e Regional, doutora em Urbanismo e Ciências Sociais pela Universidade de Paris, é ex-reitora e professora titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O convite para participar da 28ª Reunião Anual da Associação Brasileira de Editoras Universitárias (ABEU), na Universidade Federal de Santa Maria, e participar da mesa: “planejar uma editora na Universidade” me expôs diante de um enorme desafio e, por que não, de uma “aventura”. Certamente a minha chamada para estar nesta reunião não tinha fundamentação técnica e não se sustentava em uma “expertise” na área da concepção editorial e gráfica. Mas, por que fui convidada? O fato de ter exercido um cargo de direção geral de uma universidade e, portanto, de coordenar o seu planejamento e a sua gestão foi a justificativa. Assim, a questão a orientar a minha fala se pautou pelas perguntas: qual é o lugar da editora
em uma universidade? Como localizá-la e como definir suas atividades no seio de uma instituição de ensino, pesquisa e extensão? Certamente a resposta não está no lugar que a editora ocupa no organograma da universidade. Esse até pode expressar o seu significado institucional. O mesmo deve ser buscado a partir da concepção que temos de universidade, de autonomia e do papel de uma editora universitária nesse contexto. Diz-se que as instituições de ensino superior se constituem – e aqui me refiro especificamente às universidades – em estruturas administrativas de grande complexidade e que, o seu planejamento e gestão envolvem múltiplos aspectos e dimensões que estão para além dos modelos de gestão aplicados às empresas em geral. Conside-
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ramos também que, diferentemente das empresas, as universidades se constituem em sistemas administrativos tidos como abertos na medida em que seu processo decisório sofre interferências internas e externas relacionadas a políticas de estado e de governo, assim como outras ligadas à relação que essa possui com a sociedade e o território, como já escrevemos em outro lugar (PANIZZI; MEIRELLES, 2014). Mas o que aqui chamo a atenção é sobretudo para o fato de que a universidade é uma instituição social e, por isso, pensar o papel das editoras universitárias nesse contexto se mostra tão importante. Em função disso, tem-se que os critérios que devem nortear a atuação das editoras universitárias devem advir, obrigatoriamente, da clareza das relações “Universidade versus Sociedade” e daquilo que se espera dessa relação. E essa é a concepção que deve balizar o que é pensado para bem planejar uma editora universitária. O segundo parâmetro a ser considerado é a questão da autonomia universitária. Afinal, no que consiste esse paradigma a guiar as ações e as atividades das universidades? Do ponto de vista prático pode-se dizer que, na atualidade, a ideia de autonomia universitária apresenta um caráter bastante polissêmico e que, apesar de ter resguardo em definições legais, existem diferentes leituras e modos de interpretar a norma legal. Nesse sentido, são diversos os entendimentos que orientam e permitem pensar a ideia de autonomia universitária. Esses quando sobrepostos à ideia de governança universitária produzem diferentes arranjos institucionais e implicam em diferentes modelos de gestão dessa instituição. Sendo assim, de um lado, temos certo conjunto de autores que pautam o seu entendimento em uma visão ortodoxa do termo, fortemente vinculada a uma leitura estrita da norma legal. Entretanto, é preciso lembrar que a definição mais comum de autonomia, aquela de uso corrente e ligada à definição dada pelos dicionários, a relaciona em geral à liberdade absoluta e à gestão soberana de recursos financeiros e pessoais. Ideia essa que se confunde facilmente com a de soberania, como dizia Durham (1989), e que, em
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verdade, não se aplica plenamente à ideia de autonomia universitária na medida em que avança por sobre a norma legal. Pois, para se ter autonomia, é necessário reger-se por leis próprias. E, já neste momento, poderíamos dizer que as universidades públicas não possuem e nunca possuíram autonomia plena sobre si como supõe o entendimento mais comum do termo. Isso porque não é a universidade que arbitra sobre aquilo que ela pode ou não pode fazer e/ou como ela deve ou não fazer, pois isso é dado pela norma legal, é arbitrado por meio de decretos, portarias, instruções diretivas e normas legais que são anteriores a ela e sobre as quais a universidade não possui nenhuma ingerência. Desta feita, tem-se que o que temos em relação à universidade, hoje, é uma autonomia tutelada. Em uma outra perspectiva, diria eu, mais “aberta”, “avançada” e “contemporânea” a universidade é entendida como uma instituição social que exprime de maneira determinada a estrutura e o modo de funcionamento da sociedade como um tudo, no dizer de Chauí (2003). E, no seu interior da eco a opiniões, atitudes e projetos conflitantes que são o espelho das contradições existentes na própria sociedade na qual essa se insere. Sua autonomia do saber se sustenta na concepção de que: a educação e a cultura passam a ser concebidas como constitutivas da cidadania e, portanto, como direitos dos cidadãos, fazendo com que, além da vocação republicana, a universidade se torne também uma instituição social inseparável da ideia de democracia e de democratização do saber seja para realizar esta ideia, seja para opor-se a ela (CHAUÍ, 2003).
Com isso, tem-se que para essa professora-filósofa são duas grandes concepções a orientar as universidades e a se colocarem como balizas do seu planejamento, organização, gestão e ações. Uma de caráter tecnocrático para a qual a administração é percebida e praticada com base nos princípios gerais da administração, de modo que não há diferenciação de tratamento entre
O PAPEL DA EDITORA UNIVERSITÁRIA
diferentes organizações, instituições e corporações, devendo todos serem regidos pelos mesmos princípios e sem considerar suas especificidades. Outra, de caráter humanista, que tende a considerar as pessoas, os propósitos e os fins da universidade como seu patrimônio, e que se pauta no fato de que a universidade, para além da sua função social, deve ter autonomia para pensar e eleger as suas prioridades sem atrelar seu processo decisório a interferências internas e externas relacionadas a políticas de estado e de governo. E, mais ainda, no que diz respeito aos serviços que oferece, a universidade precisa ter clareza de seus modelos de gestão no sentido de que esses não só cumpram os critérios econômicos relacionados a sua eficiência e pedagógicos a sua eficácia sem considerar a importância da sua efetividade, relevância e incidência social. Assim, considerando o tema central na reunião, focado nos desafios de como planejar e fazer a gestão de uma editora na universidade, é fundamental partir da pergunta sobre qual é a concepção que se tem dessa editora. E isso no contexto aqui anteriormente mencionado. Chamo a atenção para o fato de que considero uma editora universitária uma instância cujas atividades e funções situam-se em um horizonte mais amplo do que a visão de que o seu lugar circunscreve-se a ser meramente um agente prestador de um serviço operacional-administrativo. A visão aqui postulada é a que enxerga o âmbito de uma editora universitária associado e revestido de uma tarefa institucional acadêmica relacionada às funções clássicas de uma instituição de ensino, pesquisa e extensão. E tem, dessa forma, as suas atividades inseridas nos processos de concretização, publicização, difusão e disponibilização ao conjunto da comunidade acadêmica local, regional e nacional, bem como a toda a sociedade, seus agentes sociais, econômicos, culturais e políticos o que a universidade produz. Isso em termos de conhecimentos, experiências acadêmicas e pedagógicas inovadoras, tecnologias e processos produtivos. Assim, para de fato cumprir essa função, é necessário planejar e organizar as atividades da edito-
ra no conjunto da programação constante do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da universidade, devendo esse ser elaborado em conjunto com a comunidade em reunião com dirigentes, professores, pesquisadores, técnico-administrativos e diferentes agentes com relações institucionais. É isso que permite a compreensão e internalização de que a editora é uma instância de caráter acadêmico pedagógico de divulgação e publicização do fazer da universidade. Em função disso e do modo como ela será nesse contexto inserida é que a editora assumirá um papel que a reveste de sentido, de conteúdo e que signifique a garantia de sua legitimidade. Dito de outra forma, o papel de destaque da editora se traduz pela sua presença nos objetivos, nas metas, nos programas, nas prioridades, na matriz orçamentária, na qualificação e atualização dos seus recursos humanos, dos seus processos e dos procedimentos tecnológicos específicos. E, de modo especial, no seu sistema de divulgação e distribuição da sua produção. Por fim quero chamar a atenção para a relevância e o papel do Conselho Editorial e do diretor de uma editora universitária. Pois essa é uma atribuição que deve ser conferida às pessoas que tem claro o papel político-institucional desses fóruns, portadores não só de uma visão ampla da instituição, como também de uma clareza do espectro interdisciplinar e republicano da universidade e de suas diferentes instâncias. É preciso, porém, mais do que isso: ser sensível aos livros e ser encantado com o seu “manuseio” e sua “fabricação”. REFERÊNCIAS CHAUÍ, Marilena. Seminário – Universidade: Por que e como reformar? Brasília: MEC/SESu, 2003. DURHAM, Eunice Ribeiro. A autonomia Universitária: O princípio constitucional e suas implicações. In: Documento de Trabalho 9/89 do Núcleo de Pesquisas sobre Ensino Superior da Universidade de São Paulo, 1989. PANIZZI, Wrana; MEIRELLES, Mauro. Em busca das origens: pensando o papel da universidade e seus compromissos com o desenvolvimento local e do país. 2014. Artigo apresentado no XIV Colóquio Internacional de Gestão Universitária, 3 a 5 de dezembro, Florianópolis, 2014.
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ABEU tem nova diretoria Nova gestão foi eleita para compor o biênio 2015-2017 A eleição da nova diretoria da Associação Brasileira de Editoras Universitárias (ABEU) foi uma das importantes atividades que compuseram a programação da 28ª Reunião da ABEU. Ao se despedir do cargo, João Carlos Canossa, da Editora Fiocruz, da Fundação Oswaldo Cruz, presidente da Associação no biênio 2013-2015, apresentou o relatório de gestão e o balanço econômico da Associação nesse período. Canossa destacou o progresso das editoras universitárias como consequência do trabalho coletivo e da busca por ações associativas. Além disso, resultados parciais e estatísticas foram apresentados para exemplificar dificuldades enfrentadas por editoras universitárias e problematizar a falta de autonomia e a carência de políticas governamentais de apoio a essas entidades. Com o término do mandato, uma nova eleição foi realizada. Apenas uma chapa se inscreveu e, por voto de aclamação, a presidência da ABEU passou para Marcelo di Renzo, responsável pela
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Editora Universitária Leopoldianum, da Universidade Católica de Santos, e a vice-presidência ficou com Nair Maria de Oliveira, da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Para dar suporte e compor a diretoria, um conselho fiscal de associação também foi eleito. Em discurso, o novo presidente ressaltou a importância da promoção de encontros entre as editoras como fator vital para a Associação. Disse estar muito contente com a oportunidade e associou a sua eleição à construção de vínculos de amizades e ao trabalho coletivo: “Nós somos iguais antes de tudo, não tem o que vende mais, o que vende menos. Essas diferenças que existem são a nossa força, mas a força maior é o sentimento de que somos iguais. É isso que nos fortalece e nos anima”. Em entrevista à Estilo Editorial, Marcelo di Renzo expôs sua visão sobre assuntos relacionados ao mercado editorial brasileiro e contou sobre os planos de mandato frente à ABEU.
ASSEMBLEIA ABEU
A nossa gestão está com um trabalho forte de profissionalizar a participação das editoras universitárias em eventos internacionais, o que significa ir melhor preparado para Frankfurt, não apenas para expor ou para conhecer, mas também para vender títulos, vender obras. Não é algo que se faça da noite para o dia, exige trabalho, exige muita preparação. Fortalecer a participação em feiras, com a possibilidade de venda dos livros, ajuda muito porque a logística de distribuição de livros no Brasil é difícil. Além disso, pretendemos realizar trabalhos para aproximar as editoras e ampliar a nossa presença na mídia, principalmente nas redes sociais.
Quais são os principais problemas enfrentados pelas editoras universitárias? As atividades-fim da Universidade, de modo geral, são o ensino, a pesquisa e a extensão. A produção de livros não aparece como sendo uma atividade-fim, então acaba não tendo das instituições todo o apoio que deveria merecer. A editora universitária cuida de toda a cadeia do livro, desde a escolha do autor até a venda e a distribuição, processo que nem toda editora comercial faz. Outro problema é que a troca dos diretores [refere-se à gestão das editoras] é muito frequente. O trabalho editorial é um trabalho de longo prazo, leva muito tempo para publicar um livro e fazê-lo chegar ao público.
Qual sua visão sobre o mercado editorial atual? O mercado editorial brasileiro, de alguma forma, está mal. Ele tem enfrentado dificuldades na questão das pequenas livrarias, muitas estão fechando. O crescimento dos e-books ainda não é uma ameaça, mas eles estão crescendo muito e algumas editoras já começam a deixar de fazer impressos. Mas o nosso mercado universitário não está se enxugando, está se mantendo, tem uma produção média anual de 1.300 títulos novos. Ele está vivo, não está perdido, não está em crise. Mesmo com todos esses fatores e com uma queda de leitura acontecendo, o jovem universitário ainda lê muito.
Qual a importância de se promover reuniões e eventos como este? Esses encontros anuais são de uma importância vital para a nossa associação, é um momento de encontro, de recepção, de troca de ideias. Isso faz esse intercâmbio acontecer e vai ao encontro da proposta da gestão que é aproximar as editoras. Se não tivéssemos esses encontros, a gente ficaria com dificuldades de avançar em algumas questões. O trabalho é coletivo.
Próxima reunião da ABEU
Por voto de aclamação de todos os presentes, decidiu-se que a 29ª edição do evento, em 2016, acontecerá na cidade de Viçosa, em Minas Gerais.
2016
Quais são as propostas de sua equipe?
DIRETORIA ELEITA PARA O BIÊNIO 2015-2017 Presidente: Marcelo Luciano Martins Di Renzo, da Editora Universitária Leopoldianum – Universidade Católica de Santos Vice-Presidente: Nair Maria Di Oliveira, da Editora PUC Goiás Diretor Secretário: Aníbal Francisco Alves Bragança, da Editora da Universidade Federal Fluminense - EDUFF Diretora Financeira: Maria Candida Soares Del-Masso, da Editora Unesp Diretor de Eventos: Dirceu Luiz Hermes da Argos, da Editora da Unochapecó Diretora de Comunicação: Flavia Goulart Mota Garcia Rosa, da Editora da Universidade Federal da Bahia - EDUFBA Diretor de Difusão Editorial: Antonio Roberto Faustino da Costa, da Editora da Universidade Estadual da Paraíba - EDUEPB
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CMYK ou RGB,
eis a questão
Oficina de editoração gráfica para finalização de arquivos digitais ocorreu durante a programação da 28ª Reunião Anual da ABEU “Editoração gráfica – hands-On, finalizando arquivos digitais” foi o nome da oficina realizada durante a 28ª Reunião Anual da Associação Brasileira de Editoras Universitárias (ABEU). A oficina – destinada a técnicos em editoração, capistas, produtores, designers gráficos, assessores de imprensa e profissionais do livro de um modo geral – foi ministrada por Jonas Mateus, que trabalha há 25 anos na área de editoração gráfica e atua como consultor técnico e instrutor nas áreas de pré-impressão, sistemas de impressão/sinalização, design, editoração eletrônica, informática com ênfase em redes, Internet e workflows. Em entrevista à Revista Estilo Editorial, Jonas destacou a importância de serem realizadas oficinas como essa da ABEU por não existir um curso específico no ramo: ‘’Muitas vezes, o profissional espera o erro para depois usar a dica. É importante pensarmos na qualidade técnica, pois nos aperfeiçoando evitamos problemas futuros, como perda de dinheiro”. Os participantes da oficina receberam uma apostila com cases, exemplos e rotinas que aconteceram e ainda estão presentes no dia a dia da produção e editoração gráfica.
Qual modo de cor utilizar? Entre os diversos tópicos que englobam o mundo da produção gráfica, Jonas iniciou a ofici-
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na com o tópico das cores. Na verdade, a utilização correta delas. Uma das dicas que ele passou é sempre utilizar o modo de cor CMYK para os impressos que vão para gráfica, e nunca utilizar o modo RGB, pois esse é destinado à exibição em dispositivos eletrônicos (TVs, tablets, monitores, smartphones etc.). Uma maneira de prever ou ter uma noção próxima do resultado final das cores é fazendo Provas de Cores, outra forma é ter em mãos uma tabela de cores (Bendays) do seu prestador de serviços gráficos, durante a criação ou arte finalização dos impressos.
Bitmaps Os bitmaps são um conjunto de pixels (pontos) que carregam uma informação de cor e são formados pela união desses pixels, ou seja, fotos e imagens feitas em editores de imagem como Adobe Photoshop se enquadram nessa categoria. Eles também são elementos de grande importância na produção gráfica, no entanto, se utilizados com baixa resolução, podem gerar problemas como: serrilha nas curvas de imagem, pixelização, perda drástica nos detalhes, excesso de sombras, problemas no setor de pré-impressão etc. Portanto, a observação de alguns fatores é determinante para obter o melhor resultado em arquivos bitmaps (confira o quadro a seguir).
OFICINA: EDITORAÇÃO GRÁFICA - HANDS-ON, FINALIZANDO ARQUIVOS DIGITAIS
Dicas sobre o uso de Bitmaps Modos: CMYK (colorido), Grayscale (1 cor/preto) e Lineart (bitmap no Photoshop) Formatos: TIFF, PSD e EPS Tipos de impressão
Resolução recomendada
Serigrafia
100-120 dpi
Jornais
120-200 dpi
Offset
250-350 dpi
Sinalização
100-150 dpi
– ao montar alguma arte, use arquivos sem camadas, achate/mescle-as antes de importar para os softwares de leiaute/editoração, como Adobe InDesign, ou de desenho vetorial, como Adobe Illustrator ou CorelDraw. – não aplique efeitos ou transparência em softwares de leiaute, para isso utilize um software de edição de imagem, como Adobe Photoshop ou Gimp. – evite rotacionar, torcer e deformar bitmaps em softwares de leiaute ou de desenho vetorial, isso acarreta recortes inesperados no bitmap. – não use bitmaps com menos de 300 dpi em trabalhos para impressão offset, pois podem ocorrer serrilhas (pixelização acentuada).
mesmo tamanho. Dentre as fontes mais conhecidas, destacam-se a Arial, Tahoma, Verdana, Times New Roman, Helvética, entre outras. As variações dessas letras (light, itálico e negrito, por exemplo), o conjunto de caracteres que consta do alfabeto em caixa alta e em caixa baixa, números, símbolos e pontuação, completam a família. Assim como no design gráfico, as fontes têm significativa importância na produção gráfica. No entanto, o descuido em alguns fatores, durante a criação ou fechamento de alguma arte, colocam as fontes entre as principais causadoras de erros em serviços gráficos. Para evitar erros, Jonas Mateus deu algumas dicas para os participantes da oficina, que podem ser conferidas no quadro abaixo.
Dicas sobre o uso de fontes – Tente usar fontes comerciais, de empresas já consagradas. – Tenha cuidado com a origem das fontes que irá utilizar em seus projetos. Existem fontes com o mesmo nome, mas características diferentes, e isso produz muitos erros. – Evite usar fontes de acesso livre na Internet. Caso necessite usá-las, tenha muito cuidado, pois existem fontes que não possuem acentuação ou “ç”.
– sempre importe bitmaps no tamanho exato que será reproduzido. Nunca amplie ou reduza bitmaps nos programas de leiaute ou desenho. Isso causa serrilha em caso de ampliação, ou arquivos muito pesados em caso de redução.
– Procure mandar para a impressão sempre toda a família de fontes que foram utilizadas na arte. (Ex: Verdana, Verdana Itálico, Verdana Negrito, Verdana Negrito Itálico). Isso porque, se faltar umas das variantes da fonte, o programa de fechamento não irá solicitar automaticamente essa variante.
– evite transformar um bitmap de Internet com 72 dpi em 300 dpi, pois somente irá fazer o editor de imagem interpolar pontos, não obtendo nenhum ganho de qualidade.
– Tenha cuidado ao converter grandes trechos de texto em curvas. Isso pode causar a ocultação de algumas palavras. A conversão em curvas deve ser feita de forma ordenada.
– use bitmaps, preferencialmente, capturados em scanner highend de alta qualidade. – para bitmaps capturados de câmeras digitais, cuide a proporção entre o megapixel e o dpi.
Fontes Uma fonte tipográfica, também conhecida como tipo ou simplesmente fonte, é uma família de caracteres tipográficos que apresentam o mesmo formato, as mesmas características e o
Os colaboradores da Revista Ciência Rural da UFSM, Cristiane Gelatti, Ana Paula Elsner e Pedro Ivo Vieira, participaram da oficina e consideraram fundamentais as informações transmitidas pelo consultor técnico Jonas Mateus. Eles destacaram a necessidade de capacitação do profissional que trabalha com editoração gráfica. “É importante termos mais conhecimento na área, saber mais sobre o uso adequado de algumas funções para evitar erros futuros”, disse Cristiane.
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Cultura gaúcha no jantar de confraternização A culinária e a apresentação de danças tipicamente gaúchas marcaram o jantar de confraternização da 28ª Reunião da ABEU, ocorrido na noite de 6 de maio.
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O destaque do evento, que aconteceu no CTG Sentinela da Querência, foi quando os dançarinos da invernada artística do CTG convidaram os participantes do jantar para dançar. O momento foi de descontração e integração, e possibilitou que muitos dos integrantes da ABEU – alguns oriundos de estados distantes como Bahia e Goiás – pudessem ouvir e dançar clássicos do tradicionalismo gaúcho, como “Pezinho” e “Maçanico”, pela primeira vez.
JANTAR DE CONFRATERNIZAÇÃO | MESA: MARKETING, MARKETING EDITORIAL E LIVRO REUNIÃO UNIVERSITÁRIO ABEU 2015
Marketing editorial
em discussão Mesa intitulada “Marketing, Marketing Editorial e Livro Universitário” aconteceu no terceiro dia da 28ª Reunião Anual da ABEU Como fazer para que cada livro encontre seu público específico? Como lidar com as novas tecnologias? Esses foram os principais tópicos de discussão da Mesa: “Marketing, Marketing Editorial e Livro Universitário”, que ocorreu no dia 7 de maio, o último dia da 28ª Reunião Anual da ABEU. A Mesa contou com a presença do diretor comercial de produtos e soluções do Grupo A, Bruno Weiblen; do fundador e diretor da Capítulo Sete, Fernando Quaglia; da coordenadora do programa de livros didáticos da FGV-RJ, Marieta Ferreira; e do consultor na área de Administração, Fernando Luce. A mesa foi mediada pelo diretor da Editora UFSM, Daniel Coronel. Os pontos debatidos ajudaram a pensar opções para o livro – além da versão impressa – e a buscar alternativas para melhorar o desempenho das editoras universitárias. O marketing foi defendido pelos debatedores como algo que vai
além da divulgação depois que a obra está pronta. Para eles, o marketing deveria incluir, como formas de atrair o público, o processo de ‘pensar’ o conteúdo e a apresentação do livro.
Novas soluções através do uso das mídias digitais Bruno Weiblen discorreu sobre o novo papel das editoras na educação superior devido às mudanças tecnológicas e às mídias digitais. Para Bruno, é difícil ser uma editora quando a tecnologia permeia a vida de todo mundo. Por isso, a função seria não só de editar, mas sim de criar um produto que valorize o conhecimento. Em sua fala, ele argumentou que ‘’sempre houve tolerância dos pequenos delitos em relação à cultura, como xerox e livros escaneados. Então, em vez de lutar contra, podemos propor uma alternativa, buscando uma forma de se reinventar como produto.
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Deve-se pensar além do livro impresso. Como se colocar no mercado para chamar a atenção do estudante universitário? Olhar novas soluções, não somente no formato livro, mas conteúdo”.
“É difícil ser uma editora quando a tecnologia permeia a vida de todo mundo. Por isso, a função seria não só de editar, mas sim de criar um produto que valorize o conhecimento.” Bruno Weiblen (Grupo A)
A importância do planejamento A prática do marketing editorial e o poder do marketing foi o assunto central trazido por Fernando Cesar Quaglia. Para Fernando, tudo é marketing dentro do livro, e um grande erro cometido quando se pensa em marketing é achar que esse serve apenas para vender mais e apenas grandes editoras podem fazer. Segundo ele, o que melhor define marketing é “o processo usado para determinar que produtos ou serviços poderão interessar aos consumidores’’. Fernando vê nas mídias sociais ótimas ferramentas para se fazer marketing digital: “não é preciso grandes investimentos, porém é preciso planejar”, argumenta. Abandonar a comunicação é muito perigoso para qualquer editora, e as mídias sociais são o boca a boca dos consumidores, então é preciso saber usar essas mídias de forma correta. “Ser capaz de fazer um bom marketing está sendo um diferencial’’, finalizou Fernando.
“Abandonar a comunicação é muito perigoso para qualquer editora, e as mídias sociais são o boca a boca dos consumidores, então é preciso saber usar essas mídias de forma correta.’’ Fernando Cesar Quaglia (Capítulo Sete) Um caso de sucesso: a FGV A professora Marieta de Moraes Ferreira trouxe o caso da Fundação Getúlio Vargas, onde é
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editora-executiva da Editora FGV. Ela destacou a atuação da FGV ao resgatar títulos já esgotados pela Editora e relançá-los como livros digitais, disponibilizando progressivamente todo o catálogo no formato digital. Além disso, as novas obras estão sendo sempre lançadas nos dois formatos (impresso e e-book), como ponto forte da nova estratégia do marketing editorial. Marieta ressaltou também a importância de fortalecer o contato com as bibliotecas universitárias, “um mercado ainda pouco explorado’’, segundo ela.
“É importante fortalecer o contato com as bibliotecas universitárias, um mercado ainda pouco explorado.’’ Marieta de Moraes Ferreira (FGV) O marketing dual Fernando Luce apresentou discussões em relação à definição do negócio, conceitos e entendimentos do marketing e do marketing dual. Para ele, toda instituição tem que reflexionar sobre por que ela existe e por que está no mercado. A definição do core business (âmbito de atuação de uma organização) e de suas fronteiras é pré-requisito essencial para formulação da estratégia e para sua execução ser bem-sucedida. Conforme mencionou Fernando, “direcionar a atenção para quem vende e para quem compra seus livros é uma das tarefas das editoras’’. No entendimento dele, o marketing dual é responsável pela definição das ações estratégicas para a venda e divulgação de um produto, que, no caso das editoras, é um instrumento que leva conhecimento ao leitor. As linhas de orientação estabelecidas pelo marketing dual vão determinar o que fazer e como fazer, para se diferenciar da concorrência.
“Direcionar a atenção para quem vende e para quem compra seus livros é uma das tarefas das editoras.’’ Fernando Luce (UFRGS)
MARKETING EDITORIAL
Marketing,
marketing editorial e livro universitário Por Bruno Weiblen É mestre em Administração pela UFSM. Atualmente é Diretor Comercial do Grupo A, empresa que se dedica à publicação de livros destinados ao público acadêmico, técnico e profissional.
Para falarmos em marketing do livro universitário, precisamos primeiramente resgatar a definição de marketing. A American Marketing Association1 define o termo como “a atividade, conjunto de instituições e processos para criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que tenham valor para os clientes, parceiros e sociedade em geral”. Dito isso, precisamos entender as mudanças que têm impactado a percepção de valor para os clientes do segmento livro universitário. A primeira delas diz respeito à cultura da pirataria. Infelizmente, vivemos em um país onde o desrespeito às leis é prática comum, tendo em vista os últimos escândalos de corrupção, amplamente divulgados na mídia. O mesmo é válido para infrações relativas aos direitos autorais, ou seja, para as cópias reprográficas, ou à cultura do xerox dos capítulos para aulas, que é algo corriqueiro nas universidades brasileiras, públicas ou privadas. Isso apenas irá mudar através de décadas de muita educação, na escola e na família, assim como mediante o estabelecimento da cultura do exemplo, através do cumprimento das leis. Alfonso Presti, Promotor de Justiça, Coordenador do Programa de Atuação Integrada de Combate à Pirataria do Estado de São Paulo e Professor de Direito Penal da PUC-SP, afirmou que:
A vertente educativa é a primordial no combate à pirataria. Esse tipo de criminalidade só será vencido se houver uma visão diferenciada. Sem isso, nenhuma outra medida, incluindo esforços repressivos, terá sucesso. O grande problema é que se criou uma cultura complacente com a pirataria no Brasil e é importante mudar isso, fazer com que as pessoas entendam os malefícios2.
Dessa forma, a pirataria ocupa um papel importantíssimo no entendimento da percepção de valor dos clientes de livros universitários, ao passo que essas obras são copiadas indiscriminadamente. Estima-se que esse mercado pirata gere um lucro em torno de um bilhão de reais anualmente, segundo a Associação Brasileira de Direitos Reprográficos, ABDR3, e isso tem um impacto em como as editoras estruturam suas ações de marketing e vendas. O segundo fato diz respeito ao surgimento das tecnologias de informação e comunicação, mais precisamente da Internet. Até a segunda metade dos anos 90, o conhecimento basicamente estava limitado a três principais fontes: professores, revistas (científicas e não científicas) e livros (acadêmicos e não acadêmicos). Entretanto, com o advento da Internet comercial, a partir de
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1994/95, o conhecimento (em larga escala), até então exclusivo a essas três fontes, passou a ser difundido rapidamente. Revistas, livros e professores, antes restritos por limitações geográficas, começavam lentamente a estarem todos disponíveis, à distância de um clique. Revistas científicas foram as primeiras publicações a experimentar uma rápida migração para o meio digital. Agora também fazem parte desse meio livros e revistas em geral, além é claro do ensino à distância, possibilitando aos professores não estarem fisicamente localizados junto aos alunos. Atualmente, há a percepção (um tanto ilusória, muitas vezes) que todo e qualquer conteúdo está disponível gratuitamente na Internet, além também desta ter potencializado a pirataria. Dito isso, como as editoras de livros universitários têm atuado nesse contexto? O Grupo A, especificamente, do qual sou Diretor Comercial, tem procurado posicionar-se de uma forma que possa compreender essas mudanças no comportamento do consumidor, oferecendo soluções que tenham valor agregado percebido e, portanto, gerem valor econômico à empresa, possibilitando a satisfação dos consumidores e a perpetuidade do negócio. Dessa forma, a primeira iniciativa do Grupo A, no que diz respeito ao combate à pirataria, foi a Pasta do Professor4, voltada a prover capítulos impressos dos livros das principais editoras de livros universitários do Brasil a valores competitivos e de forma legal. Hoje, o principal cliente dessa solução é a Estácio. Entretanto, com a consolidação da Internet, as principais editoras brasileiras do segmento resolveram oferecer uma alternativa que tivesse maior aderência com as mudanças do mercado, criando uma solução moderna e acessível, chamada Minha Biblioteca5, da qual a UFSM, uma das 70 instituições de ensino que já utilizam a solução, faz parte. A Minha Biblioteca fornece ao mercado um portfólio de cerca de 6.500 e-books através de um modelo de assinatura, no qual a instituição paga um valor por aluno/mês para ter acesso às principais obras acadêmicas, no estilo de iniciativas de entretenimento bastante populares como o Netflix (para filmes e séries) e o Spotify (para músicas),
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mas num modelo B2B (business to business, ‘da empresa para a empresa’), e não B2C (business to consumer, ‘da empresa para o consumidor’). Mais recentemente, buscando proporcionar ainda mais valor percebido pelos estudantes e professores – nossos principais clientes –, o Grupo A lançou a solução SAGAH6, em linha com as principais tendências no segmento educacional. A partir de diversos estudos, percebemos que o livro, no formato que conhecemos, talvez não seja a resposta que os nossos clientes queiram, e vimos que “conteúdo”, nos seus mais diversos formatos (o próprio livro digital na sua forma mais tradicional, animações, infográficos, exercícios, vídeos, entre outros), é a forma com que devemos pensar a partir de agora. Conteúdo de referência, com chancela, curadoria, sempre terá seu espaço. A questão, neste momento, é como devemos reposicionar nossa oferta de valor para que esta seja percebida por nossos clientes. Dessa forma, montamos uma solução integrada de conteúdo, tecnologia e serviços para instituições de ensino, no intuito de responder a essas demandas potencializadas por metodologias de aprendizagem inovadoras, como active learning, peer instruction e flipped classroom. Segundo pesquisas das universidades de Harvard e Stanford, essas metodologias são comprovadamente mais efetivas do que o ensino tradicional, baseado na aula expositiva. Portanto, entendemos que os consumidores ainda percebem valor no conteúdo de referência, basta que as editoras se adaptem a um novo cenário impactado principalmente pela tecnologia; tecnologia que, à primeira vista, parecia ser a vilã, mas que pode tornar o aprendizado de nossos alunos e professores (consumidores) muito melhor, desde que estejamos empenhados em sempre compreender o valor gerado pelas nossas soluções. 1 Cf.: <https://www.ama.org/AboutAMA/Pages/Definition-of-Marketing.aspx>. 2 Cf.: <http://www.projetoescolalegal.org.br/?p=1134> 3 Cf.: <http://www.snel.org.br/mercado-editorial-perde-r-1-bilhao-com-pirataria>. 4 Cf.: <https://pastadoprofessor.com.br/portal>. 5 Cf.: <http://www.minhabiblioteca.com.br>. 6 Cf.: <http://www.sagah.com.br>.
MESA: AÇÕES POLÍTICAS PARAREUNIÃO O LIVRO ABEU E O LEITOR 2015
Ações Políticas para
o Livro e o Leitor Discussão sobre as formas de ampliar o acesso ao livro encerrou a 28ª Reunião Anual da ABEU No encerramento da 28ª Reunião Anual da ABEU, foi realizada a Mesa “Ações Políticas para o Livro e o Leitor”, que contou com a mediação do novo presidente da ABEU, Marcelo Luciano di Renzo, e teve a presença do vice-presidente de comunicação da Associação Brasileira de Difusão do Livro (ABDL), Diego Drumond e Lima; do diretor-presidente da Associação Nacional das Livrarias (ANL), Afonso Martin; do presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Luís Antonio Torelli; e da presidente da Liga Brasileira de Editoras (Libre), Raquel Menezes. Luís Antonio Torelli (CBL) utilizou o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) para problematizar a difusão de livros no país. Conforme Diego, o PNLL é um conjunto de projetos, programas, atividades e eventos na área do livro, leitura, literatura e bibliotecas em desenvolvimento no país,
e tem como objetivo o acesso de todo cidadão ao livro e à leitura. A PNLL também realiza doações de livros e feiras literárias, além de coeditar livros em braile, livros digitais e audiolivros, com a finalidade de facilitar o acesso à leitura para cidadãos com deficiência.
O Plano Nacional do Livro e Leitura é um conjunto de projetos que tem como objetivo o acesso de todo cidadão ao livro e à leitura Afonso Martin (ANL) falou sobre a importância do resgate do valor do livro e da leitura como ferramenta de inclusão social. Para ele, é importante desenvolver políticas públicas para
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DOSSIÊ
que o livro seja de livre acesso a toda a sociedade. Nas palavras de Afonso, “precisa-se voltar a falar do livro”’. Ele também destacou o papel das livrarias como difusoras da produção cultural no país. Sobre as livrarias, Afonso disse que “cada segmento tem seu papel e precisa reconhecer o livro como ferramenta”.
É importante desenvolver políticas públicas para que o livro seja de livre acesso e plural A presidente da Liga Brasileira de Editoras (Libre), Raquel Menezes, falou sobre a atuação da Libre, o conceito e o papel no mercado editorial das editoras independentes. A Libre é uma rede de editoras independentes que desenvolve ações que propiciam a divulgação e comercialização da produção das editoras associadas. Raquel apresentou a “Declaração de Editores e Editoras Independentes de 2014” para problematizar o conceito de editor(a) independente. Segundo a declaração, o editor independente concebe sua política editorial com liberdade, de modo autônomo e soberano.
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Segundo a Declaração de Editores e Editoras Independentes de 2014, o editor independente concebe sua política editorial com liberdade, de modo autônomo e soberano Diego Drumond e Lima (ABDL) encerrou a mesa com sua fala sobre a importância da venda de livros de porta em porta, trabalho realizado pela ABDL. Segundo Diego, os vendedores estão onde não existem livrarias, distribuidoras e não há acesso de compra on-line. Muitas pessoas não têm acesso ao livro, pois 70% dos municípios no Brasil não possuem livrarias, explica ele. “É importante que os setores livreiros pensem métodos de ampliar a divulgação e venda para facilitar o acesso da população ao livro”, finalizou Diego.
‘’É importante que os setores livreiros pensem métodos de ampliar a divulgação e venda para facilitar o acesso da população ao livro.’’ – Diego Drumond e Lima (ABDL)
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Novos títulos para os leitores
Economia, Artes Visuais e Filosofia estão entre os temas das obras lançadas em 2015 pela Editora UFSM As ações da Editora UFSM são guiadas pela busca por democratizar o acesso à produção cultural, científica e tecnológica. Nesse caminho para divulgar o conhecimento, dezesseis livros foram lançados em 2015, seguindo princípios fundamentais como análise criteriosa de textos e preocupação estética com o produto final. Segun-
do o diretor da Editora UFSM, professor Daniel Coronel, “a responsabilidade e os desafios da Editora UFSM aumentam a cada ano: seguir produzindo livros de qualidade e que atendam nossos autores e leitores”. A seguir, confira informações sobre os lançamentos da Editora UFSM em 2015.
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A Formação do Professor e o Ensino das Artes Visuais 2ª edição revista e ampliada Este livro conta com artigos de vários autores de representação no cenário nacional e internacional. Profissionais que trabalham com educação e arte e que se propuseram a discutir a formação do professor na atualidade. São artigos ricos em experiências, que completam as particularidades de cada estado, país ou região. As temáticas que balizam os textos sobre formação de professores são as mais variadas: construção da subjetividade docente, perspectiva internacional da docência em artes visuais, diário de aula, currículo, deslocamentos perceptivos e conceituais da cultura visual, estágio supervisionado em artes visuais, cosmopolitismo, relatórios de estágio em artes visuais, desenho de criação como dispositivo para pensar a formação e docência em artes visuais a partir das filosofias da diferença. Autores: Marilda Oliveira de Oliveira | Fernando Hernandéz (Org.) Edição Impressa: 978-85-7391-233-3 | 296 p. | R$ 50,00
A Teoria Econômica na Obra de Bresser-Pereira Caracteristicamente, Bresser-Pereira voltou-se para o problema cambial e seu impacto deletério sobre a produção industrial brasileira na terceira das fases aqui mencionadas, que, aliás, ainda, se desenrola. Novamente, como é típico de toda a obra de Bresser, sua produção sobre o tema é nada menos que vertiginosa. Bresser Pereira segue de perto o exemplo de Keynes como economista público, interessado não apenas em entender e intervir, mas também em persuadir o público da importância dos problemas e da natureza de sua solução. A criação de novos conceitos, como o de taxa de câmbio que preserva o equilíbrio industrial, é parte desse esforço, ao mesmo tempo criativo e didático, numa atividade que parece ser tão intensa quando se comemora seus oitenta anos, como sempre foi. Autor: José Luis Oreiro | Luiz Fernando de Paula | Nelson Marconi (Org.) Edição Impressa: 978-85-7391-229-6 | 224 p. | R$ 45,00 E-book: 978-85-7391-245-6 | R$ 31,50
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Arte, Educação e Cultura 2ª edição revista e ampliada Arte, Educação e Cultura pretende ser uma proposição aos profissionais da área da educação e da arte no sentido de suscitar questionamentos, instaurar dúvidas e desestabilizar certezas. Desejamos, como grupo de pesquisadores que gestou esta obra, que ela possa servir como processo de interlocução, processo de mediação e, por que não, de apropriação. Esta publicação deflagra conceitos, aponta novas contribuições que podem servir aos estudantes e docentes da graduação e da pós-graduação das áreas da educação e da arte. Nossa intenção foi reposicionarmos nosso campo de estudo e propormos outras vias ‘na extremidade do nosso saber’ e assim produzir outras formas para pensar a pesquisa, a leitura e a escrita. Autor: Marilda Oliveira de Oliveira (Org.) Edição Impressa: 978-85-7391-238-8 | 368 p. | R$ 65,00
Bioquímica dos Ruminantes 3ª edição revista e ampliada - 1ª reimpressão O livro foi concebido com a proposta de disponibilizar uma bibliografia atualizada sobre Bioquímica dos Ruminantes, já que é raro encontrar publicações em língua portuguesa nessa área. A obra apresenta uma abordagem global e fisiologicamente integrada sobre o assunto, preenchendo uma lacuna na área de Bioquímica. As afirmações feitas ao longo do texto derivam da análise de resultados experimentais e de revisões previamente publicadas em diversos periódicos internacionais, expostas de maneira simples e de fácil leitura. O livro é de grande valia como ferramenta de consulta para professores, pesquisadores e alunos da área das Ciências Rurais. Autor: Gilberto Vilmar Kozloski Edição Impressa: 978-85-7391-150-3 | 216 p. | R$ 35,00
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Conhecimento em Educação Física no Movimento das Mudanças no Mundo do Trabalho As discussões presentes nos sete artigos que compõem esta obra colocam-se como um contraponto necessário de ser construído no meio acadêmico, tendo em vista a distância existente entre este espaço e a realidade vivida nas escolas. As análises aqui apresentadas foram construídas por autores comprometidos com a construção do conhecimento com valor social, expondo seus argumentos com rigor e seriedade acadêmica. A temática proposta sob o título Conhecimento em Educação Física no Movimento das Mudanças no Mundo do Trabalho justifica-se pelo fato de entendermos que a prática pedagógica da Educação Física, no seu processo de trato com o conhecimento, incluiu o contexto que se apresenta para além do pátio da escola. Autor: Maristela da Silva Souza | João Francisco Magno Ribas | Vicente Cabrera Calheiros (Org.) Edição Impressa: 978-85-7391-242-5 | 184 p. | R$ 35,00
Dança Contempop Corpos, Afetos e Imagens (mo)vendo-se Neste livro, Odailso Berté descreve seus modos de (mo)ver-se pelos cenários das pedagogias culturais e apresenta uma instigante proposição de dança refletindo sobre como o fenômeno da estetização da cultura interpela o status das artes. Dessas fricções emerge a dança contempop, um entrecruzamento de dança contemporânea e cultura pop que enfatiza relações de afeto e prazer com diferentes artefatos culturais e articula procedimentos pedagógicos e criativos a partir da relação corpo–imagem. Ao narrar trechos de sua trajetória, o autor evidencia suas afeições por imagens de Frida Kahlo, Pina Bausch e Madonna relacionando-as com compreensões vindas da filosofia, das ciências cognitivas, dos estudos culturais, das artes, da cultura visual e da educação. Uma compreensão contemporânea e multidisciplinar que busca estimular posicionamentos críticos, criativos e performativos nos campos da dança, das artes em geral e da educação. Autor: Odailso Berté Edição Impressa: 978-85-7391-240-1 | 200 p. | R$ 35,00
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Educação da Cultura Visual Aprender... Pesquisar... e Ensinar O sétimo e último volume da “Coleção Cultura Visual e Educação” promove encontros nos quais aprender/ pesquisar/ensinar cultura visual são dimensões que dançam abraçadas num esforço que exige aconchego diário e trato diligente de vidas em convívio. Os textos exploram o potencial de memórias e seus futuros como lugares de dor e encanto que, no dia a dia, tecem culturas visualmente pensadas em sintonia com o que passa pelos sentidos do tato, audição, paladar, olfato... Autores da América Latina narram imprevistos pedagógicos, intenções realizadas e desejos esparramados em práticas justapostas para conjurar vozes docentes, estudiosas, pesquisadoras, afugentando monotonias que se submetam a posições hegemônicas. Autores: Raimundo Martins | Irene Tourinho (Org.) Edição Impressa: 978-85-7391-243-2 | 296 p. | R$ 50,00
Ensino de Filosofia e Currículo 2ª edição São poucas as publicações dedicadas à teoria curricular no Brasil, e ainda mais raros os estudos específicos como este. Isso sugere que este livro criou aos poucos seu próprio espaço na bibliografia brasileira sobre o tema, graças aos pontos de vista originais que apresenta sobre temas caros ao educador e ao professor de Filosofia: interdisciplinaridade e transversalidade curricular, epistemologia e currículo, filosofia e infância, relações entre história, método e problemas filosóficos, didática e pedagogia, e muitos outros, abordados sem que o contexto e a conjuntura da Educação no Brasil sejam desconsiderados. Ensino de Filosofia e Currículo é um título hoje incorporado na bibliografia brasileira sobre estudos curriculares e vem sendo crescentemente considerado como uma das contribuições mais relevantes para os estudos curriculares entre nós. Esta segunda edição foi amplamente revista e a ela foi acrescentada um novo prefácio, que atualiza o livro. Autor: Ronai Pires da Rocha Edição Impressa: 978-85-7391-230-2 | 222 p. | R$ 39,50 E-book: 978-85-7391-246-3 | R$ 27,65
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Experimentação Vegetal 3ª edição - 1ª reimpressão Cada vez mais torna-se necessário aumentar a velocidade e reduzir os custos nos processos produtivos, sem perda de qualidade. No ensino, em função do volume de informações que devem ser transmitidas aos acadêmicos e da rapidez com que novas informações são geradas, é imprescindível que seja oferecido aos estudantes um material adequado, abrangente e compatível com os programas das disciplinas de experimentação, visando complementar as atividades do ensino teórico-prático. A obra trata do planejamento, execução e análise de experimentos em Ciências Agrícolas e do respectivo controle de qualidade. Tem o enfoque teórico e prático, sendo ricamente contemplada com exemplos de análise de dados devidamente detalhados e comentados. Autores: Lindolfo Storck | Danton Camacho Garcia Sidinei José Lopes | Valduino Estefanel Edição Impressa: 978-85-7391-142-8 | 200 p. | R$ 35,00
Introdução ao Controle Estatístico de Processos 2ª edição revista e ampliada O livro é indicado para os cursos de Engenharia, Administração e como texto básico a cursos de pós-graduação, bem como para profissionais envolvidos com atividades da área de produção, que desejam conhecer os conceitos relacionados ao controle estatístico de processos inserido no gerenciamento da qualidade. Aborda aspectos conceituais da qualidade em processos, conceitos estatísticos básicos ao controle de processos, os objetivos, as principais técnicas usadas na avaliação da qualidade e a estratégia Seis Sigma. São apresentados vários exemplos e exercícios propostos, de forma a consolidar os temas apresentados. Autor: Leandro Cantorski da Rosa Edição Impressa: 978-85-7391-235-7 | 176 p. | R$ 30,00
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Lendo J. M. Coetzee Lendo Coetzee reúne mais de dez críticos brasileiros e estrangeiros que abordam por diversos ângulos a quase totalidade da obra coetzeeana. Essa abordagem de fôlego é o resultado de um diálogo que começou em 2010, quando a obra Diário de Um Ano Ruim serviu como um filtro de releitura do famoso ensaio de Freud O Mal-estar na Cultura, em um evento de mesmo nome em Porto Alegre. Desde então, os colegas aqui reunidos contribuíram com ensaios de síntese sobre os aspectos mais evidentes e importantes desta obra: violência, trauma, injustiça, sofrimento, censura, opressão, tortura e também do engajamento por tudo que tende a escapar à nossa atenção, dos animais aos seres que desaparecem do nosso horizonte por terem sofrido mutilações físicas, psíquicas ou por terem sido exilados (nos vários sentidos da palavra). Mas além da revisão do escritor na encruzilhada de realidade e ficção, o volume aborda também uma avaliação da obra crítica e teórica do professor Coetzee. Autor: Kathrin H. Rosenfield | Lawrence Flores Pereira (Org.) Edição Impressa: 978-85-7391-225-8 | 320 p. | R$ 55,00 E-book: 978-85-7391-226-5 | R$ 38,10
Manual de Dissertações e Teses da UFSM O presente Manual de Dissertações e Teses da UFSM tem como objetivo orientar e definir a forma de apresentação de trabalhos científicos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), abrangendo os elementos gráficos de organização e redação de dissertações e teses. Esse documento engloba também a orientação de outros trabalhos acadêmicos, tais como: trabalhos de conclusão de curso de graduação, de pós-graduação e de iniciação científica. A Comissão responsável pela edição do Manual de Dissertações e Teses da UFSM preocupou-se em oferecer ao leitor um guia prático e objetivo quanto à forma de tratar os conteúdos e regras metodológicas, pautado tanto pelas necessidades cotidianas e eventuais do ato de produzir conhecimento e de sua orientação, como também pela atualização das normas referentes à apresentação de trabalhos científicos. Autores: Universidade Federal de Santa Maria | Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa | Sistema de Bibliotecas da UFSM | Editora da UFSM Edição Impressa: 978-85-7391-228-9 | 88 p. | R$ 15,00
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Noções de Paleografia e de Diplomática 5ª edição A existência desta quinta edição do livro Noções de Paleografia e de Diplomática reflete o crescente interesse que o assunto desperta no Brasil. A Paleografia, como ciência que lê, transcreve e interpreta antigos manuscritos, e a Diplomática, como ciência que trata da gênese, da forma, da tipologia e da autenticidade dos documentos, passaram a ter lugar de destaque na cultura brasileira. Assim, Paleografia e Diplomática atuam enriquecendo e subsidiando fortemente a história, a filologia, a linguística, a arquivologia, a biblioteconomia, a museologia, o direito, enfim, a cultura humanística, valorizando também o vastíssimo acervo documental nacional. O paleógrafo promove a ressuscitação de uma informação perdida, enquanto o diplomatista trabalha para promover a credibilidade, a autenticidade e a veracidade documental. São trabalhos fascinantes, desafiadores e compensadores. Autores: Ana Regina Berwanger | João Eurípedes Franklin Leal Edição Impressa: 978-85-7391-224-1 | 128 p. | R$ 28,75 E-book: 978-85-7391-232-6 | R$ 20,00
Protocolos de Atendimento às Vítimas da Boate Kiss Neste livro os autores compartilham saberes a partir de algumas das lições que foram tristemente aprendidas com o desastre ocorrido na Boate Kiss, em 27 de janeiro de 2013, na cidade de Santa Maria/RS. Compreende-se que o fazer em saúde é dinâmico e que, a cada pequena e singela conquista, aprende-se a celebrar a vida e a continuar lutando com o propósito de que desastres como esse não se repitam. A expectativa é que esta obra e o trabalho do Centro Integrado de Atendimento às Vítimas de Acidentes (CIAVA) aprimorem a assistência clínica e auxiliem na construção do conhecimento e na reflexão para outras equipes de saúde. Autores: Adriane Schmidt Pasqualoto | Ana Lúcia Cervi Prado | Isabella Martins de Albuquerque | Marisa Bastos Pereira | Renata Mancopes | Soeli Teresinha Guerra (Org.) E-book: 978-85-7391-248-7 | R$ 24,50
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Silvicultura do Eucalipto no Brasil Esta obra foi organizada com o objetivo de fornecer aos estudantes, pesquisadores e empreendedores da área florestal um material com linguagem clara e objetiva sobre os principais assuntos relacionados à atividades silviculturais do eucalipto. Apresenta a história do cultivo do eucalipto no Brasil e os conhecimentos atualizados sobre a produção de mudas, tratos culturais, fatores edafoclimáticos que interferem na produtividade, principais insetos-pragas da cultura, a potencialidade da agrossilvicultura do eucalipto, o melhoramento genético, as implicações nutricionais com a colheita da biomassa e o monitoramento da ciclagem de nutrientes. Autores: Mauro Valdir Schumacher | Márcio Viera (Org.) Edição Impressa: 978-85-7391-223-4 | 308 p. | R$ 62,00
Três Meses na América Uma das preciosidades mais aguardadas pelos admiradores de Balduíno Rambo estava à espera de publicação há mais de cinquenta anos. O diário dos Três Meses na América constituise de um magnífico relato de viagem, capaz de satisfazer os mais variados gostos e expectativas dos leitores para os quais foi destinado. Pode ser considerado como um guia que permite, ao leitor, participar, sem sair de casa, de uma viagem emocionante pelas paisagens geográficas dos Estados Unidos, pela história que nelas foi construída pelos povos nativos, inicialmente, mais tarde pelo colonizador europeu e, sobretudo, pela paisagem humana de meados do século XX. Tudo isso recheado e enriquecido por reflexões de natureza histórica, antropológica, etnográfica, etnológica, sociológica, política, filosófica, religiosa e até teológica, e brindado ao público leitor em estilo narrativo que se vale de todos os recursos literários capazes de prender e empolgar a atenção. Autor: Balduíno Rambo. Org.: José Newton Cardoso Marchiori | Arthur Blásio Rambo | Padre Arthur Rabuske Edição Impressa: 978-85-7391-247-0 | 472 p. | R$ 75,00
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Livro lançado pela Editora UFSM homenageia o ex-ministro Bresser-Pereira “A Teoria Econômica na obra de Bresser-Pereira” reúne artigos de renomados economistas brasileiros Luiz Carlos Bresser Gonçalves Pereira completou 80 anos em 2014. Advogado, administrador, economista, cientista político e Professor Emérito da Fundação Getúlio Vargas, ele foi ministro da Fazenda do Brasil durante o governo José Sarney e ministro da Administração e Reforma do Estado e da Ciência e Tecnologia do Brasil no governo de Fernando Henrique Cardoso. Para homenageá-lo por sua trajetória, a Editora UFSM lançou, em 2015, o livro A Teoria Econômica na Obra de Bresser-Pereira. A obra apresenta artigos escritos pelos principais economistas do país, nos quais eles discutem sobre as obras de Bresser-Pereira e sua contribuição para a economia do Brasil. “Acho que selecionamos a nata dos economistas acadêmicos do país”, revela o professor José Luis Oreiro, um dos organizadores do livro ao lado de Luiz Fernando de Paula e Nelson Marconi. Segundo Oreiro, o diferencial desta obra é analisar a contribuição de Bresser-Pereira para o desenvolvimento da Teoria Econômica Keynesiano-Estruturalista: “Outros livros já fizeram a homenagem ao Bresser, focando em outros aspectos de sua vasta e ampla produção intelectual,
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mas este é o primeiro livro que foca na contribuição de Bresser para a Teoria Econômica”. A grande contribuição de Bresser-Pereira, segundo Oreiro, foi fazer uma síntese entre a Macroeconomia Keynesiana e a Teoria Estruturalista do Desenvolvimento. “Esse tem sido o seu esforço teórico nos últimos anos, particularmente após a publicação do seu livro Globalização e Competição em 2009”. Além disso, Oreiro destaca ainda a teoria inovadora desenvolvida por Bresser a respeito do assim chamado “problema da renda média”– que consiste na dificuldade que os países em desenvolvimento, como o Brasil, têm em completar o seu processo de desenvolvimento econômico e social após alcançarem um estágio intermediário de desenvolvimento. O professor Daniel Coronel, diretor da Editora UFSM, afirma ser uma satisfação para a Editora da UFSM publicar esta obra. “É o segundo livro da área de economia que editamos. Além disso, na obra, há vários elementos que ajudam a compreender o quadro econômico do país e ações que devem ser tomadas para a retomada do crescimento econômico com equidade social e responsabilidade macroeconômica”, finaliza Coronel.
A TEORIA ECONÔMICA NA OBRA DE BRESSER-PEREIRA
Entrevista Em oito capítulos de A Teoria Econômica na obra de Bresser-Pereira, professores de importantes universidades brasileiras (UFRJ, UFRGS, FGV, UFPR, UERJ, UFU, UFABC, UFSM e UEMS) fazem um balanço da vasta contribuição teórica do ex-ministro. O nono capítulo foi escrito pelo próprio Bresser-Pereira. “Eu fiquei muito feliz porque meus amigos me surpreenderam com este livro. Eu soube quando o livro já estava quase pronto”, relatou o professor Bresser-Pereira, por telefone, em entrevista concedida à Estilo Editorial. Detalhes sobre a teoria da Macroeconomia Estruturalista do Desenvolvimento e uma avaliação da situação econômica atual do Brasil também foram assuntos tratados na entrevista, que pode ser conferida a seguir.
O senhor poderia explicar, em linhas gerais para um leitor leigo em economia, o que é a Macroeconomia Estruturalista do Desenvolvimento? A Macroeconomia Estruturalista do Desenvolvimento, ou Macroeconomia Desenvolvimentista, é uma macroeconomia que está baseada no equilíbrio dos cinco preços macroeconômicos. O que são os cinco preços ma-
croeconômicos? É a taxa de lucro, a taxa de juros, a taxa de câmbio, a taxa de salário (salário médio) e a taxa de inflação. E ela busca manter esses cinco preços equilibrados. Quando os preços estão equilibrados, significa que a economia estará crescendo a pleno emprego e sem inflação e haverá emprego. Essa é uma primeira descrição da macroeconomia convencional. Entre esses cinco preços, o mais importante para ela é a taxa de câmbio, não a taxa de juros. Ou seja, é o preço da moeda estrangeira e não o preço do capital. Na verdade, essa teoria foca na taxa de câmbio e no déficit em conta corrente. O déficit em conta corrente é semelhante ao superávit comercial ou déficit comercial: é tudo o que o país exporta, menos tudo o que o país importa. E a Macroeconomia Estruturalista do Desenvolvimento quer que os déficits em conta corrente sejam muito pequenos ou zerados. Quer dizer, enquanto que a Teoria Econômica, a Macroeconomia Convencional (Keynesiana ou Ortodoxa), acha que os déficits em conta corrente são bons porque financiam investimento, a Macroeconomia Desenvolvimentista mostra que isso não é verdade, que esses déficits em conta corrente financiam muito mais o consumo do que o inves-
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timento. Eles interessam, na verdade, mais aos capitalistas rentistas do que aos capitalistas empresários. Porque essa teoria também distingue com muita clareza dois tipos de capitalistas: os empresários, que produzem; e os rentistas, que vivem de juros e dividendos.
O que seria, dentro da Macroeconomia Estruturalista, a ‘doença holandesa’? É uma desvantagem competitiva que um país tem, porque ele tem recursos naturais abundantes e baratos, e as commodities baseadas nesses recursos naturais podem ser exportados a uma taxa de câmbio substancialmente mais apreciada do que a taxa de câmbio que é necessária para que as demais empresas do país – que utilizam tecnologia no estado da arte mundial, a melhor possível – sejam competitivas. Então, aqui no caso do Brasil, por exemplo, as commodities brasileiras da soja ou do nióbio de ferro, duas das mais importantes commodities brasileiras, podem ser exportadas com lucros a, digamos, dois reais e noventa por dólar. Enquanto que as demais indústrias competentes que o país tem, que usam tecnologia no estado da arte, precisam de três e sessenta e cinco, por exemplo. Então, há uma diferença de setenta e cinco centavos. Essa diferença de setenta e cinco centavos é a ‘doença holandesa’. Isso é uma distorção muito grande, porque a taxa de câmbio que vai valer é o dois e noventa, porque as commodities que precisam de uma taxa de câmbio mais baixa, um dólar mais barato, é o que determina o valor da taxa de câmbio. Então a taxa de câmbio fica em dois e noventa e as empresas industriais deixam de ser competitivas. O que quer dizer com ‘deixam de ser competitivas’? Mesmo aquelas que têm alta produtividade, que são competentes, porque elas passam a ter uma desvantagem competitiva, os seus produtos ficam mais caros do que os produtos de empresas de outros países que produzem o mesmo produto com uma tecnologia semelhante. Isso é a ‘doença holandesa’. O Brasil tem uma ‘doença holandesa’ de mais ou menos quinze a vinte por cento, sempre. E para você crescer, para o país crescer,
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precisa neutralizar essa ‘doença holandesa’. E o Brasil fez isso até 1980. Entre 1930 e 1980, quando o Brasil cresceu de uma maneira espetacular, havia essa neutralização da ‘doença holandesa’. Quer dizer, fazer com que as empresas industriais, que são competentes tecnologicamente, possam também exportar. Mas essa neutralização da ‘doença holandesa’ foi desmantelada em 1990, quando foi feita a abertura comercial.
Qual é a importância do equilíbrio fiscal nessa nova teoria econômica? A Macroeconomia Estruturalista depende também do equilíbrio fiscal, quer dizer, o país não deve ter déficit em conta corrente e o déficit público deve ser muito pequeno. Ou seja, entende que você incorrer em déficits públicos é irresponsabilidade. Então é uma teoria Desenvolvimentista, é uma teoria de base keynesiana, mas que traz uma série de ideias novas, e a coisa mais nova é essa ideia de que um país como o Brasil, que todo mundo diz que é um país que deve crescer com capital externo, ela diz ‘’não senhor, o Brasil não precisa e não deve crescer com capital externo’’. Quando está entrando capital externo no Brasil, esse capital vem financiar o déficit em conta corrente. Isso significa que a taxa de câmbio que é compatível com esse déficit é uma taxa de câmbio apreciada. Quer dizer, uma taxa de câmbio apreciada inviabiliza a indústria, então é ruim. O Brasil, para ter uma taxa de câmbio competitiva, deve não ter nenhum déficit em conta corrente. E, portanto, se ele não tem déficit em conta corrente, ele não precisa de capital dos outros – porque quando você tem um déficit em conta corrente, precisa entrar capital para financiar. Por outro lado, a China, por exemplo, e os países asiáticos, eles geralmente têm superávits em conta corrente. A China tem superávits em conta corrente enormes, quer dizer, o resultado é que ela acaba, inclusive, financiando os outros países, ainda que ela não seja um país rico. Ela, que é muito mais pobre que os Estados Unidos (ainda é, por enquanto), ela financia os Estados Unidos,
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porque ela tem superávits em conta corrente e os Estados Unidos têm déficit. E essa teoria, essa Macroeconomia explica por que isso acontece, quer dizer, com esses modelos, com os cinco preços macroeconômicos, com a teoria da ‘doença holandesa’. E ela explica coisas muito surpreendentes e muito inovadoras. É uma teoria realmente nova.
O senhor poderia fazer uma avaliação sobre a situação econômica e política atual do país? A situação política atual do país é uma crise. Nós temos uma crise fiscal, temos uma recessão e temos uma crise política. Quer dizer, essa recessão foi causada pela queda do preço das commodities brasileiras, que caiu violentamente em 2014, que havia caído um pouco antes, mas foi em 2014 que a queda foi violenta. E foi também causada por algumas políticas macroeconômicas equivocadas que o governo adotou e que fizeram os empresários perderem a confiança nele. Essencialmente, o motivo mais geral, o problema da queda dos preços das commodities, é uma coisa que não há nada a fazer. Agora, quais foram os erros? O erro fundamental foi o governo deixar que a taxa de câmbio ficasse muito apreciada. E foi o Lula, especialmente, quem fez isso. Com os oito anos de desenvolvimento do seu governo a taxa de câmbio se apreciou de uma maneira brutal. Depois, a Dilma, no começo, até que tentou depreciar para fazer com que as empresas industriais voltassem a ser competitivas, mas não conseguiu. Não conseguiu mas fez com que a inflação aumentasse, e aí, então, as taxas baixas de crescimento, a falta de lucro das empresas industriais, quer dizer, a taxa de lucro muito baixa, fez com que os empresários perdessem a confiança no governo e com isso os investimentos foram reduzidos e a economia entrou em recessão. Por essa falta de confiança interna e por causa dos preços internacionais das commodities. Isso é a crise. Para essa crise, o governo chamou um economista ortodoxo, que é o Joaquim Levy, para fazer um ajuste fiscal. Ajuste fiscal que é ne-
cessário, mas é triste, porque você tem que fazer um ajuste fiscal no momento em que a economia já está em recessão, quando, geralmente, a gente faria uma expansão fiscal, e não um ajuste. Mas, neste caso, foi necessário porque a situação fiscal do país tinha ficado desequilibrada, sem causar crescimento – porque geralmente quando você faz uma grande expansão fiscal o país cresce. A Dilma, nos dois últimos anos do seu governo, fez uma expansão fiscal grande e a economia não cresceu nada – pelo contrário, acabou entrando em recessão. De forma que, agora, fica muito difícil para ela, é preciso fazer o ajuste fiscal para retomar a confiança dos empresários e do setor financeiro. E isso é uma coisa muito difícil.
E se o senhor pudesse fazer uma previsão? Eu não faço previsão. Previsão é muito relativa. Está sendo prevista uma queda do PIB esse ano de dois por cento e eu acho que vai ser isso mesmo.
Qual a sua opinião sobre este livro que está sendo lançado em sua homenagem? Eu só posso dizer para você que foram meus amigos que escreveram, todos eles, e que eu fiquei muito feliz porque eles me surpreenderam com esse livro. Eu soube quando o livro já estava quase pronto. Então eles pediram, e eu enviei um texto para ser publicado no livro, mas foi na última hora. Foi uma homenagem por causa dos meus oitenta anos. Já tinham feito um livro desse tipo quando eu fiz setenta. E agora fizeram outro.
Existe algo que o senhor ainda ambicione fazer em relação a sua vida profissional? Olha, quando eu tinha quinze ou vinte anos, eu dizia para mim mesmo ‘’eu chego lá’’. Agora, quando eu tenho oitenta, de vez em quando eu me vejo dizendo ‘’eu chego lá’’ e depois rio de mim mesmo.
E o “lá” seria onde? A gente nunca chegou lá, a gente está sempre chegando.
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Para vender mais Autores e Editora UFSM se unem na divulgação das obras e buscam alcançar mais leitores Em 2014, Pedagogias Culturais esteve entre os 15 livros mais vendidos pela Editora UFSM. Organizado pelo professor da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás (UFG), Raimundo Martins, e por Irene Tourinho, também docente da UFG, o livro está em sua primeira edição e é o sexto volume da Coleção Cultura Visual. Segundo Raimundo, a ideia do livro surgiu da percepção da falta de literatura em português na área de cultura visual. “No início de nossas publicações, elas tinham muita participação de autores de fora do país. A partir de um determinado momento, começaram a produzir pesquisas também no Brasil”, conta. Para Raimundo, esse foi um passo muito grande, porque as bibliografias começaram a misturar autores de fora e também do Brasil, em função das pesquisas que estavam e ainda estão sendo realizadas no país. Quando pronto, muito do sucesso dos livros publicados depende do esforço do autor em divulgar a sua obra. Para isso, muitos são os autores que, ao comparecerem em eventos acadêmicos ao redor do país, levam consigo alguns
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exemplares para divulgar e comercializar. Raimundo foi mais longe e teve a possibilidade de divulgar sua produção em diversos países, como Portugal, Espanha e Uruguai. O professor da UFG também destaca como fator importante para o êxito da publicação o trabalho de identificação de um possível público-alvo da obra. “Um professor de graduação, de pós-graduação, um pesquisador, tem que estar atento a essas questões. Ele tem que estar em sintonia com temas, problemas, pesquisas que estão sendo realizadas e que precisam de suporte, precisam de literatura”, destaca. Detalhes como o título, a composição de capa, das orelhas e do miolo dos livros também têm grande importância para o sucesso das obras. “Esses detalhes podem atrair o interesse das pessoas, principalmente nos dias de hoje, em que nós temos uma quantidade imensa de imagens na nossa rotina, em que somos bombardeados por todos os tipos de imagens, de publicidade. Isso realmente tem um peso importante e deve ser considerado com todo cuidado”, reforça Raimundo.
PARA TER SUCESSO NAS VENDAS
Segundo Shani Ceretta, do setor de distribuição da Editora UFSM, é nítida a diferença de vendas dos livros os quais possuem autores ou organizadores que se empenham em divulgar suas obras e que desejam torná-las referência em determinada área. “Ficamos muito felizes quando mais um dos nossos títulos consegue ganhar notoriedade em universidades do país. Nesse momento, não apenas a Editora fortalece seu nome, como também o nome da Instituição UFSM se torna mais conhecido e reconhecido pela excelência na pesquisa realizada. Engana-se quem pensa que se trata de um interesse comercial que está em jogo. Nossa intenção é a de que
essa produção intelectual, cultural e científica que se encontra encaixotada nas prateleiras saia dos limites das paredes do nosso depósito e possa cumprir sua missão”, esclarece Shani. O sucesso de vendas de um livro se dá por um conjunto de esforços que envolvem tanto os autores quanto a própria Editora. Aquilo que é publicado tem, antes de tudo, uma função social, e, para cumpri-la, a obra precisa sair da Editora, ser comercializada, vista e usada pela comunidade, seja ela acadêmica ou não. Isso dá sentido não só à pesquisa que é feita, mas também ao processo de editoração que é feito cuidadosamente pela Editora UFSM.
Livros mais vendidos até outubro de 2015 pela Editora UFSM Bioquímica dos Ruminantes - 3ª edição Introdução à Geologia de Engenharia - 5ª edição - revista e ampliada Experimentação Vegetal - 3ª edição Manual para Inspeção da Qualidade do Leite - 5ª edição Fisiologia de Peixes Aplicada à Piscicultura - 3ª edição - revista e ampliada Virologia Veterinária: Virologia Geral e Doenças Víricas - 2ª edição Entomologia Florestal Aplicada Espécies Nativas para a Piscicultura no Brasil - 2ª edição - revista e ampliada Entomologia Florestal - 3ª edição - revista e ampliada José Mariano da Rocha Filho - Fotobiografia Máquinas de Fluido - 3ª edição Noções de Paleografia e de Diplomática - 5ª edição Pesquisa Educacional Baseada em Arte: a/r/tografia Olericultura Geral: Princípios e Técnicas - 2ª edição Aproveitamento de Pequenas Fontes de Energia Elétrica - 3ª edição - revista e ampliada
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Conselho Editorial O Conselho Editorial é o órgão consultivo e deliberativo da Editora UFSM, responsável, por exemplo, por definir a política editorial da Universidade, analisar e aprovar o plano anual de atividades da Editora e o relatório anual do Diretor. O Conselho Editorial é composto por um representante docente de cada centro de ensino, além de representantes dos campi da UFSM de Frederico Westphalen, de Palmeira das Missões
e de Silveira Martins; um representante dos servidores técnico-administrativos e um representante estudantil. Os membros do Conselho Editorial são indicados pelos diretores de Centro e assumem essa função, inicialmente, por dois anos, sendo possíveis duas reconduções. Os atuais conselheiros da Editora UFSM podem ser conhecidos a seguir.
Presidente do Conselho: Daniel Arruda Coronel Professor adjunto do Departamento de Ciências Administrativas e dos Programas de Pós-Graduação em Administração e de Gestão das Organizações Públicas da Universidade Federal de Santa Maria. Atualmente é Diretor da Editora UFSM.
Representante da Associação dos Servidores da UFSM: Darci Roberto Fidler É Técnico em Laboratório Têxtil da Universidade Federal de Santa Maria.
Representante do Centro de Artes e Letras: Lawrence Flores Pereira Professor adjunto do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas e do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFSM.
Representante do Centro de Ciências Naturais e Exatas: Liliana Essi Professora adjunta do Departamento de Biologia da UFSM.
Representante do Centro de Ciências Rurais: Marcos Piccin Professor adjunto do Departamento de Educação Agrícola e Extensão Rural da UFSM.
Representante do Centro de Ciências da Saúde: Patrícia de Moraes Costa Professora adjunta do Departamento de Clínica Médica da UFSM.
66 Estilo Editorial | Edição 2 | 2015
CONSELHO EDITORIAL
Representante do Centro de Ciências Sociais e Humanas: Rogério Ferrer Koff Professor associado do Departamento de Ciências da Comunicação da UFSM.
Representante do Centro de Tecnologia: Cesar Valverde Salvador Professor adjunto no Centro de Tecnologia da UFSM.
Representante do Centro de Educação Física: Antonio Guilherme Schmitz Filho Professor associado do Departamento de Desportos Coletivos do Centro de Educação Física e Desportos da UFSM.
Representante do Centro de Educação: Marilda Oliveira de Oliveira Professora associada do Departamento de Metodologia do Ensino da UFSM.
Representante do Campus de Cachoeira do Sul/RS: Marcus Vinícius Tres Professor adjunto, Pesquisador e Coordenador de Pesquisa e Extensão na UFSM.
Representante do Cesnors – Frederico Westphalen/RS: Luciano Miranda Professor adjunto do Departamento de Ciências da Comunicação no Centro de Educação Superior Norte (Cesnors) da UFSM.
Representante do Cesnors – Palmeira das Missões/RS: Fabiano Geremia Professor adjunto e Coordenador de Tutoria do Curso de Bacharelado em Administração Pública, modalidade EAD da UFSM.
Representante do Diretório Central dos Estudantes: Shani Carvalho Ceretta Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda, e acadêmica do Curso de Administração da UFSM.
Representante da Udessm da UFSM – Silveira Martins/RS: Roni Blume Professor adjunto da Universidade Federal de Santa Maria, na Unidade Descentralizada de Educação Superior (Udessm) da UFSM em Silveira Martins/RS.
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Pareceristas Responsáveis por darem o aval para que a Editora UFSM publique ou não uma obra, os consultores ad hoc – também chamados pareceristas externos – são pesquisadores com notável conhecimento sobre a temática tratada no livro. O trabalho deles se inicia depois que a obra é analisada e considerada adequada pelo Conselho Editorial. Para essa tarefa, são selecionados dois consultores, a partir do tema específico de cada livro. Eles realizam uma minuciosa análise de aspectos,
como a relevância e a qualidade do conteúdo, a atualidade do tema, o potencial mercadológico e o público-alvo. No caso de autores vinculados à UFSM, os pareceristas devem ser externos à Instituição. Quando os autores são externos, os consultores podem ser da própria Universidade. Para todos os casos, os consultores devem possuir título de doutor. A seguir, são apresentados os pesquisadores que colaboraram com a Editora UFSM como pareceristas externos em 2015.
Carlos Loch
Josué Maldonado Ferreira
Possui doutorado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). É professor titular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na área de Cadastro Técnico Multifinalitário e Gestão Territorial.
Possui doutorado em Genética e Melhoramento de Plantas pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Atualmente é professor associado da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
Cristian Poletti Mossi Possui doutorado em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). É professor adjunto da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) no Curso de Artes Visuais - Licenciatura.
Possui mestrado em Psicologia pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e é doutoranda em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). Atualmente é professora assistente da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Daniel Marchiori Neto
Livia Marcia Batista
Possui doutorado em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atualmente é professor adjunto de Teoria do Estado na
Possui doutorado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCampinas). Atua como psicóloga e também como professora do Curso de Psicologia do Centro Universitário Padre Anchieta.
Liene Martha Leal
Universidade Federal do Rio Grande (FURG).
Gislaine Rossetto Possui doutorado em Educação pela UFSM e pósdoutorado em Educação Física também pela UFSM. Participante do grupo de pesquisa Formação de Professores e Práticas Educativas e do Grupo de Estudos Praxiológicos (GEP), ambos da UFSM.
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Marcos Vinicius Perini Possui mestrado em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atualmente é professor da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó).
PARECERISTAS
Marília de Nardin Budó Possui doutorado em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Atualmente é professora do Mestrado em Direito da Faculdade Meridional (IMED) e atua em pesquisas nas áreas do Direito e do Jornalismo.
Sérgio de Vasconcellos Baldisserotto Possui doutorado em Ciências Pneumológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua como professor adjunto de Clínica Médica na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
Sigrid Augusta Busellato Nora Possui doutorado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e pós-doutorados em História pela UFSC. Atualmente é professora adjunta da Universidade de Caxias do Sul (UCS).
Viviani Barnabé Possui doutorado em Emergências Clínicas pela USP e pós-doutorado em Ciências da Saúde pela Harvard School of Public Health. É professora da Pós-Graduação do Hospital Israelita Albert Einstein.
Vivien Kelling Cardonetti Possui doutorado em Educação pela UFSM e é pósdoutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), também da UFSM. Atualmente é professora substituta do Departamento de Metodologia do Ensino (MEN) da UFSM.
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Distribuidores A Editora UFSM está inserida no mercado editorial, distribuindo os livros disponibilizados em seu catálogo em todas as regiões do Brasil, por meio de sua participação no Programa Interuniversitário para Distribuição de Livros (PIDL), promovido pela Associação Brasileira de Editoras Universitárias (ABEU). A Editora UFSM é também associada à Associação Nacional de Livrarias (ANL), sendo de suma importância para seu crescimento, fortalecendo e
ampliando suas relações comerciais e buscando uma inserção no panorama editorial brasileiro. A Editora UFSM busca, ainda, o contato com novas livrarias comerciais e distribuidoras, a fim de viabilizar uma maior divulgação e comercialização dos seus livros. Os livros da Editora UFSM encontram-se distribuídos em parceiros de todas as regiões do Brasil, concentrados na sua maior parte nas regiões Sul e Sudeste.
Norte
LIVRARIA LITUDO LTDA
TRAVESSIA EDITORA
Cuiabá - MT
Endereço: Rua Antonio Joao, 153. Bairro Centro Norte Endereço: Rua Ramos Ferreira, 1193. Bairro Centro
CEP: 78005-410
Manaus – AM
Telefone: (65) 3622 2022
CEP: 69010-120 Telefone: (92) 36336565
LIVRARIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS
Nordeste
Centro de Convivencia – Campus Samambaia
Endereço: Estrada do Campus S/N Goiania – GO
LIVRARIA UFRN
CEP: 74001-970
Endereço: Campus Universitário S/N. Bairro Lagoa Nova
Telefone: (62) 3521 1351
Natal – RN CEP: 59072-970
Sudeste
Telefone: (84) 3215 3261 Site: http://www.cooperativacultural.com.br/
ACADEMIA DO CONHECIMENTO DISTRIBUIDORA Endereço: Rua Tavares Bastos, 242.
UFBA - FAPEX - EDITORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Bairro Pompéia São Paulo – SP
Endereço: Av. Manoel Dias da Silva, 1784.
CEP: 05012-020
Bairro Pituba
Telefone: (11) 38712130
Salvador - BA CEP: 41830-001
ARC LIVRARIA E IMPORTADORA LTDA
Telefone: (71) 3283 6164
Endereço: Rua Clóvis Amaral, 300A. Bairro Liberdade
Centro-Oeste
CEP: 35502-638
Divinópolis – MG Telefone: (37) 3215 9246
MUSIMED Endereço: SCRS, 505. Bairro Asa Sul
ARMAZÉM CULTURAL
Brasília – DF
Endereço: Rua Anchieta, 185. Bairro Centro
CEP: 70350-510
Penápolis – SP
Telefone: (61) 3244 9799
CEP: 16300-000
Site: http://www.livrariamusimed.com.br/
Telefone: (18) 3652 2908
70 Estilo Editorial | Edição 2 | 2015
DISTRIBUIDORES
ATLÂNTIS DISTRIBUIDORA
GD DISTRIBUIDORA
Endereço: Rua Joaquim Guarani, 322.
Endereço: Avenida Clara Nunes, 25.
Bairro Vila União
Bairro Renascença
São Paulo – SP
Belo Horizonte – MG
CEP: 04707-061
CEP: 31130-680
Telefone: (11) 51835377
Telefone: (31) 3421 9693 Site: http://www.gdlivros.com.br/
BOOKPARTNERS DISTRIBUIDORA Endereço: Rua Vitor Ângelo Fortunato, 439.
IMPRENSA OFICIAL
Bairro Jardim Alvorada
Endereço: Rua XV De Novembro, 318.
Jandira – SP
Bairro Centro
CEP: 06612-800
São Paulo – SP
Telefone: (11) 4772 0000
CEP: 01013-000
Site: http://www.bookpartners.com.br/
Telefone: (11) 31056781 Site: http://livraria.imprensaoficial.com.br/
BOOKS ONLINE DISTRIBUIDORA Endereço: Rua Thomas Edison, 296. Bairro Barra Funda
INOVAÇÃO
São Paulo – SP
Endereço: Rua Conselheiro Ramalho, 719.
CEP: 01140-000
Bairro Bela Vista
Telefone: (11) 3865 1336
São Paulo – SP
Site: http://www.booksonline.com.br/
CEP: 01325-001 Telefone: (11) 32621380
DE OLHO NO LIVRO DISTRIBUIDORA
Site: http://www.inovacaodistribuidora.com.br/site/
Endereço: Rua Camilo, 35. Bairro Vila Romana São Paulo – SP
JULIANI COMERCIO DE LIVROS EIRELI
CEP: 05045-020
Endereço: Rua Genoveva Burato Rodrigues, 221.
Telefone: (11) 3729 3550
Bairro Planalto Verde
Site: http://www.deolhonolivro.com/
Ribeirão Preto – SP CEP: 14056-290
EMPÓRIO VÉRTICE EDITORA E DISTRIBUIDORA DE LIVROS
Telefone: (16) 3975 6409
Endereço: Rua Vitor Ângelo Fortunato, 439.
LIVRARIA CULTURA GUARULHOS
Bairro Jardim Alvorada
Endereço: Av. João Paulo I, 4006.
Jandira – SP
Bairro Aeroporto
CEP: 06612-800
Guarulhos – SP
Telefone: (11)3613 8659
CEP: 07170-350
Site: http://www.emporiodolivro.com.br/
Telefone: (11) 31704033 Site: http://www.livrariacultura.com.br/
ÊXITO DISTRIBUIDORA Endereço: Rua Conselheiro Ramalho, 713.
LIVRARIA CULTURA PAULISTA
Bairro Bela Vista
Endereço: Av. Paulista, 2073. Bairro Cerqueira Cesar
São Paulo – SP
São Paulo – SP
CEP: 01325-001
CEP: 01311-940
Telefone: (11) 31016701
Telefone: (11) 32854457
Site: http://www.exitolivros.com.br/
Site: http://www.livrariacultura.com.br/
FUNEP
LIVRARIA DA FÍSICA
Endereço: Via de acesso Prof. Paulo Donato Castellane S/N.
Endereço: Rua Enéas Luis Carlos Barbanti, 193.
Bairro Rural
Bairro Freguesia do Ó
Jaboticabal – SP
São Paulo-SP
CEP: 14884-900
CEP: 02911-000
Telefone: (16) 3209 1300
Telefone: (11) 39363413
Site: http://www.funep.org.br/index_livraria.php
Site: http://www.livrariadafisica.com.br/
Estilo Editorial | Edição 2 | 2015 71
LIVRARIA UFES
RDP DISTRIBUIDORA
Endereço: Av. Fernando Ferrari, 845.
Endereço: Rua Manoel Santos Chieira, 416.
Bairro Goiabeiras
Bairro Jardim Araxá
Vitória – ES
Marília – SP
CEP: 29075-015
CEP: 17525-010
Telefone: (27) 33357852
Telefone: (14) 33160585
Site: http://ufes.br/livrarias
SBS LIVRARIA UFLA
Endereço: Av. João Pinheiro, 860.
Endereço: Campus Histórico da UFLA S/N.
Bairro Centro
Bairro Campus Histórico da UFLA
Uberlândia – MG
Lavras – MG
CEP: 38400-126
CEP: 37200-000
Telefone: (34) 32240444
Telefone: (35) 38291551
Site: http://www.sbs.com.br/
Site: http://www.livraria.editora.ufla.br/
SBS – CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO BRASIL LIVRARIA UFV
Endereço: Rua Guararapes, 204 – Galpão 04
Endereço: Edifício Francisco São Jose S/N.
Guarulhos – SP
Bairro Campus Universitário
CEP: 07053-130
Viçosa – MG
Telefone: (11) 24210757
CEP: 36570-000 Telefone: (31) 38992220
SUSANNE BACH
Site: http://www.editoraufv.com.br/
Endereço: Rua Visconde de Caravelas, 17. Bairro Botafogo
LIVRARIA USP
Rio de Janeiro – RJ
Endereço: Rod. Raposo Tavares, Km 20,
CEP: 22271-021
Via Arterial Sul, 20. Bairro Jardim Ipê
Telefone: (21) 25372512
São Paulo – SP
Site: http://www.sbachbooks.com.br/
CEP: 05577-300 Telefone: (11) 30915082
TERRA SAPIENS COMERCIO DE LIVROS
Site: http://www.edusp.com.br/livrarias.asp
Endereço: Rua Jose Salvador Cozer, 103
MULTIBOOKS
Osasco – SP
Bairro Jaguaribe Endereço: Rua Ministro Orozimbo Nonato, 1010.
CEP: 06065-240
Bairro Dona Clara
Telefone: (11)3609-0942
Belo Horizonte – MG CEP: 31260-230
TECHNICAL BOOKS
Telefone: (31) 34946268
Endereço: Rua Gonçalves Dias, 89 - Sala 207. Bairro Centro
MA PONTES EDITORA
Rio de Janeiro – RJ
Endereço: Av. Patrocinio Paulista, 204.
CEP: 20050-030
Bairro Jardim Triana
Telefone: (21) 22529299
São Paulo – SP
Site: http://www.tblivraria.com.br/
CEP: 03552-000 Telefone: (11) 29570789
Sul
Site: http://www.mapontes.com.br/index-br.php
A PÁGINA DISTRIBUIDORA PLD LIVRPS
Endereço: Rodovia BR 116, 14056.
Endereço: Rua José Pires De Godoy, 40.
Bairro Fanny
Bairro Jardim Santa Rosa
Curitiba – PR
Piracicaba – SP
CEP: 81690-200
CEP: 13414-124
Telefone: (41) 3342754
Telefone: (19) 34217436
Site: http://www.apaginadistribuidora.com.br/
Site: http://www.pldlivros.com.br/
72 Estilo Editorial | Edição 2 | 2015
DISTRIBUIDORES
AGROLIVROS
DISTRIBUIDORA CURITIBA
Endereço: Rua Bruno Comerlato, 183.
Endereço: Av. Marechal Floriano Peixoto, 1762.
Bairro Engenho
Bairro Rebouças
Guaíba – RS
Curitiba – PR
CEP: 92500-000
CEP: 80230-110
Telefone: (51) 34031155
Telefone: (41) 33305191
Site: http://www.agrolivros.com.br/
Site: http://www.livrariascuritiba.com.br/
ANATERRA
LEB LIVRARIA E CAFÉ
Endereço: Rua Dr. Bozano, 329, SL 02.
Endereço: Av. Sete De Setembro, 1314. Bairro Centro
Bairro Centro
Bagé – RS
Santa Maria – RS
CEP: 96400-006
CEP: 97015-001
Telefone: (53) 32426142
Telefone: (55) 32264016
Site: http://leblivraria.com.br/
ATHENA
LIVRARIA ARGOS
Endereço: Rua Mal. Floriano Peixoto, 1112.
Endereço: Rua Senador Atílio Fontana, 591.
Bairro Centro
Bairro Efapi
Santa Maria – RS
Chapecó-SC
CEP: 97015-370
CEP: 89809-000
Telefone: (55) 33074000
Telefone: (49) 3218218
Site: http://athenalivraria.blogspot.com.br/
Site: http://www.isthmus.com.br/argos/
CAMPUS LIVRARIA
LIVRARIA CULTURAL
Endereço: Avenida Independência, 2293.
Endereço: Av. Unisinos, 950. Bairro Cristo Rei
Bairro Unisc
São Leopoldo – RS
Santa Cruz do Sul – RS
CEP: 93022-000
CEP: 96815-900
Telefone: (51) 35904888
Telefone: (51) 37177433
Site: http://www.culturalstore.com.br/
CESMA
LIVRARIA FURB
Endereço: Rua Professor Braga, 55.
Endereço: Rua Antonio Da Veiga, 140.
Bairro Centro
Bairro Vila Nova
Santa Maria – RS
Blumenau – SC
CEP: 97015-530
CEP: 89012-900
Telefone: (55) 32219165
Telefone: (47) 3210330
Site: http://www.cesma.com.br/
Site: http://www.furb.br/web/1579/servicos/livraria/apresentacao
CHAMPAGNAT – PUCPR
LIVROS E LIVROS
Endereço: Rua Imaculada Conceição, Prédio ADM,
Endereço: Centro Cultural e Eventos S/N.
3º Andar, 1115.
Bairro Campus Universitário
Bairro Prado Velho
Florianópolis – SC
Curitiba – PR
CEP: 88040-535
CEP: 80215-901
Telefone: (48) 32221244
Telefone: (41) 32711584
Site: http://www.livroselivros.com.br/
Site: https://www.editorachampagnat.pucpr.br/
LIVRARIA UEL DELTA LIVRARIA
Endereço: Rua Fernando de Noronha, 1426.
Endereço: Rua Capitão Eleutério, 680. Bairro Centro
Bairro Centro
Passo Fundo – RS
Londrina – PR
CEP: 99010-060
CEP: 86060-410
Telefone: (54) 3312 6211
Telefone: (43) 33213262
Site: http://livrariadelta.com.br/
Site: http://www.uel.br/editora/portal/pages/livraria.php
Estilo Editorial | Edição 2 | 2015 73
LIVRARIA UEPG
NOBEL SANTA MARIA
Endereço: Av. Carlos Cavalcanti, 4748.
Endereço: Av. Nossa Senhora Das Dores, 305.
Bairro Campus Universitário Uvaranas
Bairro Dores
Ponta Grossa – PR
Santa Maria – RS
CEP: 84030-900
CEP: 97050-531
Telefone: (42) 2203369
Telefone: (55) 30288745
Site: http://www.uepg.br/livraria/
PELLIZARO E GUIMARAES LIVRARIA UFPR
Endereço: Av. Juscelino Kubitscheck, 1500.
Endereço: Rua Dr. Faivre, 405.
Bairro Centro
Bairro Centro
Londrina – PR
Curitiba – PR
CEP: 86020-000
CEP: 80060-140
Telefone: (43) 33016541
Telefone: (41) 3102734 Site: http://www.editora.ufpr.br/portal/livrarias/
PLANETA LIVROS Endereço: Rua Do Comércio, 3000.
LIVRARIA UFSM
Bairro Universitário
Endereço: Av. Roraima – Conjunto Comercial, 12.
Ijuí – RS
Bairro Campus Universitário
CEP: 98700-000
Santa Maria – RS
Telefone: (55) 33320432
CEP: 97105-900
Site: http://www.planetalivros.com.br/
Telefone: (55) 32208115 Site: http://livrariaufsm.com.br/
LIVRARIA UFPEL Endereço: Praça Coronel Pedro Osório, 8. Bairro Centro Pelotas – RS CEP: 96015-010 Telefone: (53) 02273677
NORTE
LIVRARIA UNIVALI Endereço: Rua Uruguai, 458.
NORDESTE
Bairro Centro Itajaí – SC CEP: 88302-901 Telefone: (47) 33417513 Site: http://siaiapp28.univali.br/Home
CENTRO-OESTE SUDESTE
A Editora UFSM conta com distribuidores em todas as regiões do Brasil
74 Estilo Editorial | Edição 2 | 2015
SUL
E-books Editora UFSM Novidade É com imenso prazer que comunicamos que agora os nossos e-books também serão comercializados pela FGV Editora, através da seção “Ebooks Editoras Parceiras”. Dessa forma, a Editora UFSM busca ampliar ainda mais o seu espaço no mercado de e-books técnico-científicos e atravessar fronteiras, de forma a atingir toda a comunidade.