Revista Estilo Editorial Edição n. 6

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Editorial É com satisfação que apresentamos à comunidade acadêmica o sexto número da Revista Estilo Editorial, a qual tem como foco questões relacionadas à produção e ao mercado editorial. Nesta edição os leitores terão a oportunidade de ler matérias e textos importantes, tais como sobre o plágio, infelizmente prática cada vez mais recorrente e que deve ser enfrentada com acuidade, informação e tecnologia, para que a divulgação do conhecimento seja feita com qualidade e seriedade. Outro tema pertinente desta edição são os audiolivros, os quais são mecanismos importantes de inclusão social. Os leitores também terão a oportunidade de compreenderem mais sobre dois trabalhos de servidores da Editora UFSM, os quais defenderam suas dissertações de mestrado neste ano e tiveram como foco ações para melhorar e qualificar o processo e o marketing editorial. Ainda nesta perspectiva são apresentados, nesta edição, com suas respectivas sinopses, todos os livros lançados ao longo do ano, bem como as atividades da Editora, Livraria e Grife, que buscaram prospectar novos autores, além de contribuir para a disseminação do conhecimento. A Editora UFSM neste ano completa 38 anos e tem muito a comemorar, pois, embora tenhamos enfrentado um ano com forte restrição econômica, recebemos moção honrosa pelo nosso trabalho, por parte da Câmara de Vereadores de Santa Maria, no final de 2018, e também menção honrosa pelo livro Farmacologia Aplicada à Aquicultura, a qual foi outorgada pela Associação Brasileira das Editoras Universitárias (ABEU). Além disso, devido ao planejamento e às ações executadas, nenhum livro da Editora UFSM está atrasado por falta de recursos. Também estamos consolidando a publicação dos livros em formato eletrônico (e-book), tendo aproximadamente setenta livros já publicados neste formato. Outras ações realizadas em 2019 foram: aprimorar o processo editorial, a distribuição, a comunicação e a logística; qualificar e capacitar os servidores, sendo que neste ano dois concluíram o mestrado; ampliar a participação em eventos e ações como forma de divulgar a marca da Editora, Livraria e Grife; aperfeiçoar constantemente os produtos da Grife UFSM através de novos designs, buscando atender a demanda da comunidade universitária. Por fim, temos muitos desafios pela frente, mas os resultados e indicadores que temos mostram que estamos no rumo certo, querendo cada vez mais contribuir para a divulgação do conhecimento, sendo uma Editora, com muito orgulho, pública e de qualidade. A todos uma boa leitura!

Prof. Dr. Daniel Arruda Coronel Diretor da Editora, Livraria e Grife da UFSM


Revista da Editora UFSM ∙ Edição n. 6 ∙ Novembro 2019 ∙ ISSN 2359-4713

Universidade Federal de Santa Maria Reitor Paulo Afonso Burmann

Vice-Reitor Luciano Schuch

Diretor da Editora UFSM Daniel Arruda Coronel

Expediente Coordenação editorial Maicon Antonio Paim e Marina Boeira Chagas

Projeto gráfico e diagramação Gustavo de Souza Carvalho

Redação Ana Júlia Müller Fernandes, Gabriel Marques e Isabela Escandiel

Fotografias Arquivo Editora, Família de Prado Veppo, Freepik, Gabriel Marques, Greice Pettine, Grife e Livraria UFSM, Gustavo de Souza Carvalho, Pexels, Pixabay e Vitor Ceolin

Artigos de convidados Carlos Alberto Gianotti, Daniel Arruda Coronel, Gabriel de Freitas Melro Magadan, Gustavo de Souza Carvalho e

Sobre a Editora UFSM

Criada em 1981, a Editora da UFSM tem por finalidade implantar e executar a política editorial da Instituição. Assim, cabe à Editora editar e divulgar os trabalhos relacionados às atividades de ensino, pesquisa e extensão nos diversos campos do conhecimento ou que sejam relevantes ao progresso socioeconômico e cultural das comunidades regionais e do país. Ao longo dos seus 38 anos, a Editora UFSM tem publicado conteúdos que contemplam cada uma das suas cinco linhas editoriais e, assim, tem colaborado para a difusão cultural e intelectual do conhecimento produzido dentro e fora da Universidade.

Shani Carvalho Ceretta

Revisão de texto Maicon Antonio Paim e Tagiane Mai

Sobre a Revista Estilo Editorial

A Revista Estilo Editorial surgiu em 2014, com o propósito de divulgar as ações desenvolvidas pela Editora, promover a discussão de temas relacionados ao meio editorial acadêmico e servir como uma ferramenta de aproximação entre a Editora e o seu público. Desde a

Editora da Universidade Federal de Santa Maria Av. Roraima, 1000 – Prédio da Reitoria, 2º andar Campus Universitário – Camobi – Santa Maria-RS – 97105-900 Telefone: (55) 3220-8610 – E-mail: editufsm@gmail.com Site: www.editoraufsm.com.br Distribuição gratuita Impressão: Gráfica e Editora Copiart Tiragem: 1.000 exemplares

sua primeira edição, a publicação preza pela relevância e qualidade das matérias, entrevistas e artigos apresentados e pela qualidade gráfica das suas edições. Dessa forma, a publicação contribui para a propagação de ideias e saberes relacionados ao mercado editorial brasileiro.


NESTA EDIÇÃO

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Anatomias híbridas: da produção aos diferentes eus

Em 2018, o artista Lutiere Dalla Valle expôs suas obras na Universidade e teve apoio da Grife UFSM com a criação de cartões-postais

O vdoírus io plág 22

O vírus do plágio

Gabriel Magadan e Carlos Alberto Gianotti apresentam uma visão abrangente sobre o universo do plágio

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Conhecimento na ponta do dedo

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Entenda como o suporte do NTE contribui para democratizar a educação de qualidade através da UAB

Legado de dedicação em sala de aula

A contribuição de Érico Antônio Lopes Henn para a engenharia mecânica e o sucesso de seu livro “Máquinas de Fluido”

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Melhorias na editora universitária: a perspectiva do autor

28

Livraria UFSM: um espaço plural

Parceria com outras editoras faz da Livraria um lugar de diversidade e qualidade

Pesquisa aponta propostas de autores para qualificar o trabalho da Editora UFSM

17

É muito mais do que um “Ctrl+C Ctrl+V”

Saiba como identificar e combater o plágio, mal que assombra o meio intelectual

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Prado Veppo: o médico-poeta de Santa Maria

Segunda edição da obra completa de Prado Veppo é lançada pela Editora UFSM para lembrar os 20 anos sem o poeta


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Marketing digital na Editora UFSM: uma forma digital de se comunicar

Pesquisa apresenta ações para aproximar o público e a Editora UFSM

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Novos livros para diversas áreas

Educação, arte, música, história, poesia e engenharia mecânica são algumas das temáticas que marcaram os lançamentos da Editora UFSM neste ano

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As famílias da CEU: um fenômeno da Casa do Estudante Universitário da UFSM

As vivências e o cotidiano de jovens acadêmicos que moram e se tornam pais no campus

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Conselho Editorial

Integrantes da UFSM compõem o órgão consultivo e deliberativo da Editora UFSM

42

O livro ao pé do ouvido

O mercado de audiolivros como desafio e aliado

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Pareceristas

Os pesquisadores, externos à UFSM, que dão o aval para que um livro seja publicado pela Editora UFSM

45

Eventos levam mais conhecimento à comunidade

Em 2019 a Editora UFSM promoveu diversas atividades de interação com o público

61

Distribuidores

Os diversos locais, em todo o país, onde podem ser comprados os livros da Editora UFSM


Anatomias híbridas: da produção aos diferentes eus

Anatomias híbridas: da produção aos diferentes eus Em 2018, o artista Lutiere Dalla Valle expôs suas obras na Universidade e teve apoio da Grife UFSM com a criação de cartões-postais O artista visual Lutiere Dalla Valle é professor do Departamento de Artes Visuais da UFSM e no ano passado iniciou a exposição “Anatomias Híbridas: Inventando Eus”. Nela, exibiu várias figuras antropomórficas, mistura entre os elementos dos homens e dos animais. A mostra esteve aberta ao público no campus de Santa Maria, na Sala Cláudio Carriconde (localizada no Centro de Artes e Letras) e no Centro de Convenções. Em parceria com a Grife UFSM, também foram produzidos cartões-postais com imagens das obras, disponibilizados para venda ao público.

Interessado pelas artes desde a infância, Lutiere preferia desenhar e pintar a jogar futebol e correr pelas ruas, como as outras crianças faziam. Quando iniciou a graduação, ainda havia dúvidas frequentes sobre a questão profissional e o mundo das artes. Porém, isso não o desestimulou e ele prosseguiu nessa área. Uma marca presente em seus trabalhos é o Surrealismo. Criar figuras imaginadas sempre o atraiu, bem como os desenhos abstratos e representações da vida e da morte. “Anatomias Híbri-

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das: Inventando Eus” mostra essa ligação entre o real e o imaginário, o que consideramos normal e o que nos gera estranheza. A respeito desse trabalho, Lutiere diz que preferiu não expor as pinturas acompanhadas de títulos nem contar a história a respeito delas, para não direcionar o pensamento e a interpretação do público. Dessa forma, ele ouviu as mais diversas interpretações: algumas consideram seu trabalho religioso, outras pensam ser mais erótico. Ele destaca uma em especial, que veio de uma criança que “olhou para os trabalhos e enxergou Pokémons. Estavam os trabalhos pendurados, e ela colocou as cartinhas de Pokémons, e as obras eram híbridas, humano/ animal, e alguns Pokémons também são”, comentou.

Visitante da exposição aprecia a obra "Messias", concluída pelo artista em 2018.

por ele, em 2013, juntamente com o Departamento de Morfologia da Universidade. O Grupo de Estudo e Pesquisa em Arte e Medicina (Gepam) busca ampliar os processos criativos do desenho do corpo humano com trabalhos interdisciplinares, tendo o corpo como área central de aprendizagem. Para o artista, havia a necessidade de compreender os movimentos do corpo para, assim, desenhá-los de forma mais próxima da realidade. Entretanto, com os conhecimentos postos em prática, ele percebeu outro valor estético nos tecidos e começou a inventá-los. Curiosamente, quando Lutiere iniciou o desenho dos trabalhos expostos, estava lendo a obra do sociólogo britânico Nikolas Rose, intitulada Inventando Nossos Eus (Inventing Our Selves). “Eu poderia dizer que no texto ele estava escrevendo sobre meu trabalho, porque falava muito sobre o que eu estava produzindo. Até a própria escolha do título tem muito a ver”, diz o artista. Embora a maioria das obras sejam datadas de 2018, a produção começou três anos antes da primeira exposição, o que comprova que o processo de criação de uma obra de arte requer muitas horas de trabalho, atenção e perfeccionismo. No caso de Lutiere, com as Anatomias Híbridas, primeiro foi realizado o esboço de todas as 20 obras em papel vegetal, para depois iniciar a pintura com nanquim. Seguindo uma sequência de cores, começou pintando com preto e dourado – as cores em destaque nas obras –, mantendo essa lógica até a finalização das pinturas. Por vezes, ele desenhava durante 10 horas contínuas, até a exaustão, e, enquanto descansava, analisava qual seria o próximo passo: “As ideias não vêm prontas na minha cabeça, não são premeditadas, elas mudam no processo de criação”, complementa.

Sobre sua obra ter possíveis influências religiosas, o autor explica que isso provavelmente seja fruto da sua infância: “Estudei num seminário, apesar de ser muito contra as coisas propostas pela Igreja. Para mim sempre foi uma inquietação de questio- Reconhecimento no meio acadêmico namento a religião. De alguma forma, inconsciente, A professora Suzana Gruber leciona no curso de o meu trabalho, sobretudo esse de anatomias híbri- Artes Visuais da UFSM e foi orientadora de Lutiere das, tem uma presença estética que remete muito no Trabalho de Conclusão de Curso, em 2001. Com o a questões religiosas. As referências, por mais que título Corpo e Transcendência, o TCC abordou a morapareçam, não são intencionais, mas também não te e mostrou pequenas figuras em decomposição. são gratuitas, partem do subjetivo”. “Foi uma obra significativa no que se refere à repreAs pinturas mostram o interior do corpo huma- sentação da arte. Eram corpos humanos em pequeno, como ligamentos, musculaturas e tecidos. Esse nos formatos, fazendo uso da cor branca e do papel trabalho anatômico surgiu a partir do projeto criado como cenário de fundo”, contextualizou Suzana.

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ANATOMIAS HÍBRIDAS: DA PRODUÇÃO AOS DIFERENTES EUS

Cartões-postais, uma forma de ampliar a visibilidade do trabalho

Lutiere interagindo com os visitantes na exposição realizada na primeira edição do Propague, em 2018.

Para ela, desde a época da graduação, Lutiere demonstrava que seguiria como profissional da área, pois ele participava de trabalhos paralelos e apresentava alguns painéis e murais. “Ele tinha uma boa percepção da forma humana e dos objetos, tinha um desenho realista e bem construído. Além de ser comprometido com o que fazia”, salienta a professora. Lívia Cocco é estudante do 4º semestre de Artes Visuais e foi aluna de Lutiere em três disciplinas. Ela destaca o comportamento do professor dentro da sala de aula, sempre acompanhando o processo de produção dos alunos, pedindo sugestões e críticas sobre o direcionamento da disciplina lecionada. “Ele constantemente busca novas maneiras de ensinar e aprender com seus alunos, além de ser, para mim, uma referência no âmbito artístico educacional brasileiro. Ele me inspira a querer seguir no campo da educação escolar”, afirma a aluna. Ela visitou a exposição feita por Lutiere no ano passado e diz ter sido interessante tanto para conhecer de perto a produção artística de um professor universitário quanto para conhecê-lo um pouco mais. “Os desenhos são incríveis, fortes, minuciosos, cheios de destreza técnica e pluralidade. Ver os trabalhos frente a frente me fez refletir e (re)imaginar meu cotidiano. O Anatomias Híbridas me conectou com meu próprio eu, além de me possibilitar novas versões”, confirmou Lívia.

Em 2018, a Editora, a Livraria e a Grife UFSM, juntamente com a Pró-Reitoria de Extensão, iniciaram um projeto de cartões-postais da Instituição. O projeto tem por finalidade incentivar, viabilizar e divulgar as obras de arte da Universidade e os trabalhos de pesquisadores, da comunidade acadêmica e dos centros de ensino. A primeira edição de cartões a ser comercializada mostrou as obras de Lutiere Dalla Valle. “Eu fiquei muito feliz pelo convite para os postais. Uma forma de a Instituição valorizar o trabalho do profissional. Uma forma de socializar o trabalho, de outras pessoas terem acesso num valor acessível. A intenção do postal é que realmente se compartilhe o material, que possa ir a vários lugares. Muito positiva a proposta”, afirma o artista.

Modelos de cartões-postais do artista comercializados na Grife UFSM.

Para expor seu trabalho nos cartões-postais, basta enviar um memorando à Editora com a imagem da obra e sua justificativa. Uma comissão irá analisar alguns fatores, tais como viabilidade econômica, critérios culturais e artísticos e direitos autorais. Os cartões têm tiragem inicial de 100 unidades, podendo ser ampliada, se necessário. A Grife está localizada no conjunto comercial da UFSM, sala nº 12. Os cartões custam 10 reais e têm tamanho de 15×10 cm. Telefone para contato: (55) 3220-8115 Site: www.livrariaufsm.com.br

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Legado de dedicação em sala de aula

Legado de dedicação

em sala de aula A contribuição de Érico Antônio Lopes Henn para a engenharia mecânica e o sucesso de seu livro Máquinas de Fluido

“Máquinas de fluido estão presentes no nosso dia a dia, dentro de casa, no ventilador, no ar-condicionado e no refrigerador. Dificilmente vamos estar em um ambiente que não tenha uma máquina de fluido” (Érico Henn) Didático, completo e dinâmico é como muitos estudantes e profissionais da área de engenharia definem o livro Máquinas de Fluido, sucesso editorial que está em sua quarta edição. Érico Henn, autor do livro, traz em sua obra os princípios da teoria clássica sobre as máquinas de fluido, dentro de um enfoque didático, com uma série de exercícios

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após cada capítulo, contribuindo para o uso desses conhecimentos na prática do dia a dia do futuro profissional de engenharia. Além disso, o livro apresenta exemplos de aplicação no final de vários capítulos, com a utilização de tabelas e curvas de funcionamento e casos reais de anos de experiência profissional do autor como


LEGADO DE DEDICAÇÃO EM SALA DE AULA

professor e consultor técnico para o setor privado. Assim, a presença dos capítulos que fornecem uma primeira orientação para o cálculo de rotores de máquinas de fluxo e as frequentes citações bibliográficas ao longo do texto contribuem para motivar o aluno a um aprofundamento sobre o assunto. Para Ademar Michels, doutor em Engenharia Mecânica, o livro Máquinas de Fluido contribuiu muito para a área, por ser único e ter uma didática capaz de trazer a abordagem dos principais tipos de máquinas de fluido com ênfase para as que trabalham com fluidos em escoamento incompressível. “Eu conheço outros professores que utilizam o livro dentro da sala de aula e que desejavam uma atualização do material, me incluo nesse grupo. Tenho certeza que a quarta edição vai ser outro sucesso editorial, assim como foi a primeira, pois esse livro é o único na área e não existe outro livro didático de mesmo porte”, declara Michels.

Vocação inesperada

Érico Antônio Lopes Henn nasceu no dia 6 de janeiro de 1944, em Taquari/RS. Mudou-se para Porto Alegre, onde prestou vestibular para Engenharia Mecânica, iniciando seus estudos em 1962, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Durante a faculdade, fez estágio na Light São Paulo, hoje Eletropaulo. Em 1966, concluiu sua graduação e tinha planos para trabalhar na capital paulista, mas foi surpreendido com um convite vindo de Santa Maria. “Recebi um convite de um professor que estava organizando o curso de Engenharia Mecânica na Universidade Federal de Santa Maria para fazer parte do corpo docente na Instituição. Nunca tinha pensado em ser professor, aquilo me pegou desprevenido. Em 67 fui para Santa Maria enfrentar o desafio de lecionar no ensino superior. A princípio, sempre gostei da área de refrigeração, talvez por conta da influência paterna, já que meu pai era mecânico de refrigeração, mas acabei tendo maior afinidade com a área de máquinas de fluxo devido às aulas que ministrava. Meu interesse e envolvimento por essa área aumentava cada vez mais. Resolvi então fazer um mestrado”, revela Érico.

Érico foi homenageado de honra da turma de formandos em Engenharia da UFSM de 1969.

Em 1972, o professor Érico concluiu seu mestrado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Itajubá. Érico conta que se apaixonava mais a cada dia de docência, coisa que ele nunca imaginava. Em 1976, ele estava se preparando para o doutorado na Inglaterra, quando mais uma vez recebeu um convite inesperado. “Um ex-aluno estava trabalhando como engenheiro na indústria Projetista da Mernak S/A, em Cachoeira do Sul. Ele me chamou para trabalhar lá como consultor técnico. Fiquei com o coração dividido, pois de um lado estava com meu doutorado encaminhado e do outro lado sentia que aquela oportunidade de trabalhar na fábrica me traria experiências reais para passar aos meus alunos. Tomei a decisão de aceitar o convite e isso mudou completamente meu rumo. Durante esses 11 anos que passei na consultoria, senti que passei a dar outro tipo de contribuição na sala de aula. Antes apenas podia dar uma ideia aos alunos do dia a dia da fábrica. O intercâmbio entre a área técnica e a área acadêmica para mim foi muito bom, foi um desafio que trouxe um grande crescimento não só na parte didática, mas também na parte de motivação do aluno em sala de aula. Também para os técnicos da fábrica deixei uma contribuição, pois pude levar a eles o conhecimento da universidade”. Paralelamente às atividades acadêmicas, Érico atuou em diversas atividades administrativas na

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Universidade. Ele foi coordenador do curso de graduação em Engenharia Mecânica, coordenador do curso de pós-graduação em Engenharia de Produção, diretor do Centro de Tecnologia e pró-reitor de Graduação. “Apesar de ter me envolvido com a parte administrativa, nunca deixei a sala de aula, minha atividade essencial dentro da Universidade era a sala de aula, pois o retorno que ela me dava era muito gratificante”. O professor Érico conta que, ao se aposentar, sentiu a necessidade de deixar alguma contribuição tanto para a Universidade quanto para os seus alunos e colegas. Foi então que teve a ideia de escrever seu livro. “Tive o incentivo e o apoio de muitos colegas, principalmente do professor Ademar, que foi meu aluno e colega de trabalho. Inclusive ele participou do livro escrevendo a orelha e o prefácio”. Com toda a sua bagagem teórica e a experiência da sala de aula e da consultoria, escreveu Máquinas de Fluido, cuja primeira edição saiu em 2001. “Procurei colocar no livro, além da abordagem didática e teórica, o aspecto histórico e até a perspectiva para essa área. Também incluí uma extensa lista de referências bibliográficas, como forma de incentivar o aluno a não se limitar a esse livro.” Além de escrever a obra durante a aposentadoria, Érico lecionou por um semestre na Faculdade Horizontina. Atualmente, ele reside em Capão da Canoa e prioriza ficar ao máximo perto de sua família, principalmente dos netos.

Um exemplo a ser seguido

Ademar Michels é professor aposentado de Engenharia Mecânica da UFSM. Ele foi aluno e colega do professor Érico durante muitos anos. Ademar assistiu às aulas de Máquinas de Fluxo que eram ministradas pelo professor Érico e conta que, naquela época, o professor ainda não tinha o livro. Ele usava um polígrafo de sua autoria, que mais tarde deu origem à obra. “O Professor Érico é uma referência de professor, pela disciplina, pelo conhecimento, pela vontade e pelo entusiasmo com que ministrava suas aulas. O Érico é indiscutivelmente um dos melhores professores que eu já tive, todo aluno gosta e quer seguir seus passos”, declara Michels.

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O professor Ademar também participou do processo de escrita do livro Máquinas de Fluido. Para ele, foi muito gratificante tanto por sua admiração pelo autor quanto pela importância que o livro tem na área de Engenharia Mecânica. “O professor Érico conseguiu transformar uma disciplina complexa, uma disciplina de conclusão de curso que não tem bibliografia em uma leitura agradável tanto para engenheiros formados quanto para estudantes. É um privilégio para os alunos terem esse livro em mãos.” Após o professor Érico se aposentar, Ademar passou a ministrar suas aulas na disciplina de Máquinas de Fluxo. “Ele me ensinou como conduzir o conteúdo didático e teórico, como se portar na sala de aula, como se comunicar com os alunos, assim como a condução das práticas no laboratório, enfim, aprendi muito com ele e foi um privilégio. A importância do professor Érico no curso de Engenharia Mecânica foi a da liderança. Ele fez o curso e o Centro de Tecnologia avançarem. Pena que existem poucos Éricos!”, finaliza Michels. Leandro Costa de Oliveira é professor no curso de Engenharia Mecânica da UFSM e também foi aluno do professor Érico. “O professor é uma unanimidade com relação a sua conduta, à excelente qualidade da sua atuação como professor. Organizado, respeitoso com os alunos, uma pessoa muito polida para tratar com todos. Da minha vivência aqui no CT – sou prof. há 25 anos –, eu diria que ele seria a única unanimidade que eu conheço. Pelo menos das minhas relações na área da mecânica, não conheço nenhuma referência que possa superá-lo”, comenta Leandro. No Centro de Tecnologia da UFSM, existe a sala 305, no terceiro andar do curso de Engenharia de Produção, que leva o nome de Érico Antônio Lopes Henn. A sala foi uma homenagem de todos do Centro pelos anos de contribuição e pela excelência profissional do professor Érico. O espaço é utilizado para defesas e eventos especiais na Universidade. Assim, o professor Érico sempre será lembrado por colegas e alunos e será conhecido pelas novas gerações que passarão pelo Centro de Tecnologia.


a perspectiva do autor1

Melhorias na editora universitária

Melhorias na editora universitária:

Por Shani Carvalho Ceretta Mestre em Gestão de Organizações Públicas pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Auxiliar em Administração – UFSM.

Por Daniel Arruda Coronel Professor Associado do Departamento de Economia e Relações Internacionais da UFSM e bolsista de produtividade do CNPq.

A publicação acadêmica é parte do cotidiano dos pesquisadores e docentes universitários, sendo realizada preponderantemente mediante periódicos e livros. Normalmente, os periódicos acadêmicos são indexados e circulam em ritmo mais acelerado do que os livros. No que tange aos primeiros, o tempo de produção é um fator determinante para que assegure a presença de um leitor regular, assim como é um indicador de maturidade da publicação, pois demonstra que continua recebendo conteúdos de qualidade e que os critérios editoriais estão firmados em uma cadeia permanente de processos. Já na produção de livros, os editores publicam textos resultantes de pesquisa de autores que são, em

grande parte, pertencentes à própria instituição, ainda que haja o interesse em fomentar a interlocução de autores entre as instituições. O meio no qual tais docentes encontram-se inseridos exige, através dos órgãos de fomento à pesquisa, que tenham produtividade e que atinjam certos índices de publicação, os quais, em sua maioria, são alcançados via publicação em periódicos. No entanto, ainda assim, há interesse e espaço para as publicações em livros, tanto no mercado comercial quanto no acadêmico. Visando compreender as necessidades e aspirações do maior público autoral da Editora UFSM, de modo a propor melhorias nas políticas e na gestão, este estudo

1 Este artigo é oriundo da dissertação de mestrado da primeira autora, orientada pelo segundo autor, intitulada Processo de Decisão em Publicação de Livros: olhares sob a perspectiva dos docentes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

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resulta de entrevistas realizadas com 20 docentes doutores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em quantidade igualitária entre docentes com publicações em quaisquer editoras, excluindo a Editora UFSM, e docentes com publicações na Editora e publicações em outras editoras.

Perfil dos participantes

Os respondentes apresentavam idade média de 48 anos, eram atuantes em áreas diversificadas, todos possuíam titulação como doutores e metade já realizou estágio pós-doutoral. No perfil profissional, todos eram professores do magistério superior e possuíam jornada de trabalho em dedicação exclusiva, com média de tempo de vínculo com a instituição de 14 anos, ou seja, com experiência em docência, sendo quatro bolsistas de produtividade do CNPq, todos atuantes em grupos de pesquisa registrados no mesmo órgão, e 16 com atividades na pós-graduação. Com relação ao formato das publicações realizadas, todos já publicaram em periódicos, em média 48 artigos; e apenas três não possuíam publicação de capítulos em livros. Quanto à autoria e/ou organização de livros, todos já o fizeram, sendo que quatro tinham somente um livro publicado, e o respondente que mais publicou tinha 15 publicações no formato, delineando uma média geral de 4,8 livros publicados como autores e/ou organizadores. A partir do levantamento realizado, verificando-se integralmente os livros já publicados pelos autores, foram identificadas publicações em 41 editoras distintas, nas seguintes categorias: 10 editoras vinculadas à Universidade Federal de Santa Maria, 10 editoras universitárias, 18 editoras comerciais, duas editoras vinculadas a outros órgãos públicos e uma editora internacional.

Propostas sugeridas

A partir de técnicas de análise do discurso, foram traçadas algumas propostas de melhorias sugeridas e evidenciadas pelos participantes a partir de pontos fracos observados na Editora UFSM, as quais podem ser incorporadas ao setor como forma de torná-lo mais atrativo e eficiente para o público em questão. Tais sugestões perpassam algumas

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áreas e atividades-fim da Editora: atendimento, comunicação, Conselho Editorial, custo da publicação, distribuição, editoração e tempo da publicação. No que tange ao atendimento, esse fator diz respeito à seriedade, conhecimento de mercado e compromisso de todos os colaboradores da Editora com o autor, desde as trocas de e-mails aos contatos telefônicos. Nesse sentido, foi observado que, muito além dos aspectos mercadológicos, uma editora universitária deve priorizar e ater-se ao aspecto de disseminação cultural, o que precisa estar ancorado no atendimento prestado. Relativo à comunicação, as manifestações visam à ampliação do trabalho de divulgação que já vem sendo realizado pela Editora. Algumas sugestões mencionadas pelos autores propõem o desenvolvimento de parcerias com revistas técnicas da área para anunciar os livros, local amplamente visualizado pelo público-alvo, e também a distribuição de roteiros com técnicas e táticas de como o autor pode contribuir para a divulgação do seu livro. Essa ação foi considerada como positiva, e um dos autores relatou já ter colocado em prática várias das dicas sugeridas pela Editora. No que se refere ao Conselho Editorial, esse foi o setor que mais recebeu sugestões, relativas a um novo formato de escolha dos conselheiros, ao modo de encaminhamento das obras, ao pagamento aos pareceristas, entre outros. Inicialmente, sugeriu-se que a configuração dos participantes do comitê editorial deveria ser formada por área, e não por centro de ensino, restringindo a possibilidade de que o livro seja avaliado por alguém pouco conhecedor do assunto e até, porventura, de que o livro seja rejeitado devido ao pouco conhecimento do avaliador sobre aquela temática. Outro apontamento indicou que o Conselho deveria ser formado por pessoas com expertise na área, que tenham publicações, circulação como autores e que sejam atentos ao que está acontecendo no mercado, para sugerir e convidar novos autores. Também, consequentemente, que sua imagem agregue à imagem da Editora, de modo a torná-la mais forte no meio científico. Nesse sentido, o entrevistado adiciona que é papel da Editora e, consequentemente, do Conselho veri-


MELHORIAS NA EDITORA UNIVERSITÁRIA

ficar temáticas emergentes e identificar pessoas com conhecimento notório sobre tais temáticas, instigando-as a escreverem ou organizarem livros. Segundo uma das participantes, algumas pessoas necessitam convite para se motivarem a desenvolver a obra, conforme o relato a seguir: Tem que analisar quem tenha um potencial intelectual, responsabilidade – tem que ver tudo isso para que tu possa convidar e não se tornar um trabalho que seja problemático para a Editora –, mas tentar identificar esses e ir neles pra convidar de forma mais pessoal. Às vezes eles nem percebem que podem ser uma boa publicação, e vocês enxergam melhor isso ou alguém da área dos cursos diversos (E19).

Outra questão observada com relação ao Conselho Editorial diz respeito ao pagamento monetário ou de outra natureza pelos serviços prestados aos seus membros, observação realizada por dois participantes da pesquisa que já fizeram parte do comitê, os quais consideram que isso contribuiria para tornar esse setor mais isento e ágil. Essa observação se estende ao núcleo de pareceristas ad hoc, os quais são de extrema importância para a emissão de pareceres idôneos, imparciais e negativos, principalmente visando definir, com mais critérios, aquilo que merece o investimento público, como já ocorre na Europa e nos Estados Unidos. Complementar a isso, encontra-se o fator sigilo e unidade, que se refere ao tratamento das decisões tomadas pelo Conselho como consenso geral, sem nomear quaisquer membros que avaliaram e contribuíram de forma mais ativa para a decisão. Também foi sugerida a criação de novas linhas editoriais de publicação, as quais abarquem conhecimentos empíricos presentes na região, como forma de contribuir com o desenvolvimento do conhecimento técnico e gerar uma interlocução mais forte entre universidade e comunidade. Como últimas sugestões orientadas ao Conselho Editorial, estão o encaminhamento somente digital de obras para serem avaliadas pelo Conselho e a produção de documentos modelo destinados aos autores sobre como publicar. O primeiro caso

justifica-se diante das condições atuais, em que o acesso a notebooks e tablets encontra-se amplamente acessível à comunidade acadêmica, contribuindo para a migração do sistema analógico de envio de originais impressos para a conversão pelo envio apenas digital, o que tornaria o processo menos oneroso, tanto para o autor quanto para a Editora, e mais ambientalmente correto, tendo em vista que seu propósito se finda após a aprovação ou rejeição pelo comitê. Já no que tange aos documentos modelo, esses se mostram necessários para exemplificar como a Editora pretende que o autor encaminhe o material, de modo ilustrativo e minucioso, levando em consideração que muitos autores não possuem tal domínio. Além disso, serviria como um facilitador do trabalho desenvolvido pelo comitê e agilizaria o processo, o qual muitas vezes torna-se moroso pela falta de padronização do original. Uma das entrevistadas discorre sobre alguns pontos necessários em tal documento: Para quem está organizando e não é um expert na área, os modelos seriam muito úteis no meu ponto de vista: como fazer uma citação em bloco. Não apenas descrever, mostrar como é que é, que tipo de trabalho tem que ser feito. Acho que isso faz falta para quem está organizando um material. [...] Algumas vezes elas carecem de um esclarecimento, até quando a gente vai conversar com as editoras, inclusive aqui na nossa universidade, as pessoas dão um folhetinho ‘tá aqui, dá uma olhadinha’. Eu acho tão engraçado, porque a pessoa pode até ter lido aquilo, mas ela queria um exemplo, ou ela queria que tu mostrasses. Eu já tenho uma ideia, mas eu estou falando para pessoas que não têm esse trânsito. Eu sempre acho que quanto mais explícito o editor puder ser nas informações, trazendo modelos, formas de fazer ou ‘olha uma obra que está muito bem estruturada é essa, pode te basear nessa’, o que é, por exemplo, o gráfico com tantos dpi’s, eu não sei, eu sou um leigo, a quem eu tenho que procurar? ‘Tu deverias fazer em Corel’, mas eu não entendo nada de Corel. Eu vou ter que mandar, eu vou ter que pagar por isso? Essas coisas que eu acho que são difíceis para quem quer produzir uma obra (E14).

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No que tange à distribuição, esta foi evidenciada com uma das grandes fragilidades que perpassam as editoras universitárias, inclusive a Editora UFSM, diferenciando-as das editoras comerciais. Os principais pontos abordados foram: a falta de abrangência geográfica, o fato de a divulgação não chegar ao público-alvo, a dificuldade de inserção nas principais livrarias físicas e on-line do país e a baixa presença nos principais eventos científicos. Um autor observa que alguns livros de seu interesse são visualizados pela primeira vez se houver o dispêndio de tempo e interesse do cliente em buscar pelo site da Editora, pois o material não chega até o público-alvo de forma fácil, seja por e-mail, correspondência ou qualquer outro modo. Portanto, o entrevistado sugere que “talvez fosse necessário pensar em um trabalho bem de colher milho, de grãozinhos, esse é o trabalho do comércio livreiro” (E20), o que sinaliza que, diante de um público tão vasto, fazem-se necessárias ações de marketing pontuais e um a um. Sugere-se também que a Editora esteja presente ao menos nos principais eventos das áreas nas quais publica, seja presencialmente, seja por intermédio de livraria parceira. Nesses locais, é possível encontrar um público segmentado e que busca por literaturas científicas específicas. Ainda, um dos participantes considera que o vínculo institucional não é considerado como atributo relevante para o comércio livreiro, ou seja, no momento da compra, o cliente tende a não observar se o livro provém de uma editora universitária ou comercial. Portanto, quando o autor busca uma divulgação mais abrangente e assertiva, tende a buscar por editoras comerciais. Em relação ao setor de editoração, a única proposta diz respeito à qualificação dos profissionais que atuam nesta posição, para incorporar mais um possível software editorial, o programa Latex, amplamente utilizado nas áreas de Engenharia e Ciências Exatas, devido às suas particularidades. Esse aperfeiçoamento pode ser visto como estratégia de melhoria para o setor, ampliando as possibilidades de recebimento de originais diversos e diferenciando-o em relação a outras editoras.

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No que tange ao custo da publicação, foi sugerido que as editoras universitárias busquem meios para o recebimento de recursos para publicação oriundos das agências de fomento. Deve-se levar em consideração que esse fator se encontra fortemente atrelado ao tempo da publicação, devido aos prazos descritos nos editais desses órgãos. Nesse sentido, a partir de algumas estratégias voltadas ao modo de atuação do Conselho Editorial, tal processo poderia tornar-se menos moroso e cumprir, de certo modo, ao atendimento da questão temporal. De modo complementar, constatou-se que a busca por editoras externas nem sempre se encontra como primeira alternativa e haveria o interesse em realizar o encaminhamento para a editora da própria instituição, facilitando, dessa forma, a captação de recursos e custeio das obras.

Conclusões

A partir deste diagnóstico, pode-se considerar que o atendimento dos pontos mencionados responderia às principais demandas dos autores participantes. Isso incorreria em posicionar a Editora UFSM num patamar mais estratégico em relação às concorrentes do ponto de vista do autor e com uma produção que atendesse a lacunas científicas e de mercado, prospectando um nicho para destacar-se no setor editorial universitário brasileiro. Além disso, colaboraria para a manutenção e divulgação da marca da instituição Universidade Federal de Santa Maria. Por fim, com base nesses resultados, cabem algumas ponderações, visto que várias das sugestões já estão sendo colocadas em prática, enquanto outras questões são inviáveis, dada a especificidade do setor, bem como o estamento burocrático que engessa algumas medidas. Nesse sentido, cabe ressaltar que a Editora UFSM cresceu vertiginosamente nas últimas duas décadas. Ainda assim, há um amplo campo a ser explorado e é possível, através de um catálogo de excelência e ações de marketing assertivas, ocupar um espaço ainda maior no mercado editorial brasileiro.


É muito mais do que um “Ctrl+C Ctrl+V”

É muito mais do que um “Ctrl+C Ctrl+V” As consequências do plágio são inúmeras para o plagiador, para o plagiado e para o leitor. Mas como identificar e combater esse mal que assombra o meio intelectual? O ato de plagiar sempre esteve presente em nossa sociedade. A origem da palavra plágio remete à antiguidade, quando o poeta Marcial, no século I, teria usado o termo plagium, que constava no Direito Romano, para se referir ao “sequestro” de seus poemas por outra pessoa, que os declamava como se fossem próprios. Atualmente, a apropriação de conteúdos alheios sem o devido crédito vem se intensificando cada vez mais na chamada sociedade da informação (KROKOSCZ, 2012)1.

Segundo o advogado e um dos autores da obra Um Livro – do autor ao leitor2, Gabriel Magadan, plágio, por definição, é o uso indevido de texto cuja criação pertence a terceiro. Nesse caso, há uma apropriação indevida da criação de outra pessoa, a qual o plagiador assume e assina como sua. O plágio, em si, não é previsto na legislação, tratando-se de terminologia de uso comum. A lei de direito autoral no Brasil (Lei nº 9.610/98) utiliza o termo “contrafação” para definir a prática do

1 KROKOSCZ, Marcelo. Autoria e plágio: um guia para estudantes, professores, pesquisadores e editores. São Paulo: Atlas, 2012. 2 GIANOTTI, Carlos Alberto; MAGADAN, Gabriel. Um livro: do autor ao leitor. São Paulo: ABEU, 2018. Estilo Editorial | Edição 6 | 2019 17


uso e reprodução de modo indevido de textos de autoria de outrem, e, para tanto, prevê sanções, que vão desde aplicação de multas, pagamento de indenizações até recolhimento da obra que contém o texto indevidamente utilizado. Além de ser um crime, o plágio pode ser visto também como uma violação intelectual. O plagiador assume o papel de usurpador de conteúdo, ideia, informações e conhecimentos de uma pessoa que se dedicou, pesquisou e produziu determinado conteúdo. A violação intelectual acontece em segundos, basta o plagiador usar “Ctrl+C Ctrl+V” – ou mesmo mudar alguns termos do texto para fazer parecer original – e alterar o nome do autor. Agora, esse indivíduo poderá disseminar esse texto, dizendo que é de sua autoria, e irá receber crédito no lugar de outra pessoa. O plágio pode ser aplicado em todo tipo de conteúdo produzido pela sociedade, seja ele cultural, como livros, filmes e músicas, ou até intelectual, na forma de textos, pesquisas e trabalhos. A prática do plágio está cada vez mais presente nos meios de ensino e aprendizagem, principalmente em universidades. Por isso, é fundamental saber e identificar o plágio para não ser o executor nem a vítima desse crime.

Tipos de plágio

Segundo o professor e autor do livro Autoria e Plágio, Marcelo Krokoscz, quando o escritor coloca em seu trabalho uma informação que foi copiada de alguma obra, palavra por palavra, e não informa que tal informação pertence a outra pessoa, ele está cometendo plágio direto. Esse plágio é o mais comum, principalmente entre os estudantes que acabam fazendo a reprodução literal da fonte original por falta de criatividade no processo de escrita ou até por desinteresse em aprofundar a pesquisa e formular seu próprio conteúdo. Há casos em que o redator comete plágio ao se apropriar de ideias alheias e as transcreve como suas alterando apenas algumas palavras. Já no plágio indireto, segundo esse autor, ocorre o uso de paráfrase sem atribuição de créditos – em que o plagiador não informa a fonte original de seu texto –, assim como a elaboração de mosaico,

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baseado em vários fragmentos de diferentes documentos de diversos autores que são agregados para passar a ideia de originalidade. Outro exemplo de plágio indireto é o uso inadequado de chavões ou expressões criadas por determinado autor sem creditá-lo. Krokoscz ainda destaca o plágio consentido ou conluio, que é a assinatura de trabalho alheio como de autoria própria. No meio acadêmico, é comum o papel de ghost writer, que elabora um trabalho acadêmico, como um trabalho de conclusão de curso ou um artigo científico, e dá o crédito a outro como criador da obra. Além desses tipos de plágio, existe outro um pouco desconhecido, mas que muitos graduandos, docentes e pesquisadores em geral cometem sem saber que se constitui em plágio. O chamado autoplágio, em que o próprio autor é seu plagiário, uma vez que não informa ao seu leitor que aquela informação já foi apresentada anteriormente. Essa prática, segundo Krokoscz, é reprovável porque no meio acadêmico existe a expectativa de que o conhecimento seja edificado pela novidade das descobertas.

Causas e soluções

Os motivos e causas são inúmeros para a ocorrência de plágio no âmbito educacional e acadêmico. Os próprios avanços tecnológicos presentes cada vez mais no dia a dia, como acesso à informação virtual e também uso de recursos de edição de texto, como o copia e cola, contribuem para o plágio. Outras causas podem ser desconhecimento de que plágio é crime, dificuldades no processo de escrita acadêmica e falta de habilidade ou conhecimento das normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A professora do Departamento de Comunicação da UFSM, Ada Cristina Machado Silveira, acredita que o plágio científico é uma debilidade que vem desde a escola básica. Segundo Ada, a premissa de que os alunos não sabem escrever vem dessa falta de trabalho da autoralidade na escola e, como consequência, o plágio se espalha na academia como uma epidemia. “No nível superior a gente cobra autonomia e autoralidade dos alu-


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nos, mas eles não sabem onde eles se colocam Plagiar pode até ser fácil, dentro do texto. Os alunos acham que é só jogar mas sair impune não texto e mais texto, mas não sabem até que ponA universidade, por ter o papel de disseminar to está a sua autoralidade, a sua personalidade conhecimento científico e qualificar futuros pesquiintelectual. Portanto, a conclusão é que o aluno sadores, é integrante fundamental na luta contra o precisa desenvolver sua capacidade autoral”, ar- plágio. Aplicar as punições e conscientizar os envolgumenta a professora. vidos no crime é essencial para manter a integridade O professor Maurício Gomes Pereira, autor do da instituição. Na UFSM, a Pró-Reitoria de Pós-Gralivro Artigos Científicos: como redigir, publicar e duação e Pesquisa (PRPGP), o Núcleo de Tecnologia avaliar3, reitera que o plágio sempre existiu no Educacional (NTE) e a Biblioteca atuam no controle e na prevenção do plágio dentro da Universidade. meio acadêmico. “Acredito que o plágio sempre A Coordenadoria de Pesquisa da PRPGP, gerida existiu até por falta de informação e conhecimenpelo professor Fábio Andrei Duarte, tem recebido to. Muitos pesquisadores não sabem como fazer denúncias de plágio. Essas são tratadas em sigilo referências ou ainda não sabem que, mesmo a pesquisa pertencendo a ele, precisa ter referên- absoluto, pois acabam expondo os envolvidos, e, se a Universidade divulgar os casos publicamente, cias, se não vai cometer autoplágio. O pesquisador pode até correr o risco de ser processada. “A desempre deve estar ciente de que o que ele está produzindo, pesquisando, escrevendo e publican- núncia de plágio vem via Ouvidoria, que passa para a Comissão Permanente de Sindicância e Inquérito do tem que ser inédito, pois a pesquisa acadêmica Administrativo (Copsia), e a PRPG encaminha para científica é ser inovador, ser inédito”. os envolvidos fazerem sua defesa, justificarem Tanto para Ada quanto para Maurício, duas seus atos. Nós damos o direito de defesa para o das ações para combater o plágio dentro do meio orientador e aluno. O material que contém plágio acadêmico são a conscientização e a prática de exercícios com toda a comunidade acadêmica. é analisado por uma equipe técnica para poder di“Conscientizar através de palestras, eventos, car- ferenciar o que é de fato plágio ou o que é uma tilhas. Com toda a comunidade acadêmica infor- necessidade de redação do texto em relação à área específica”, explica Fábio. mada e educada, as chances do plágio diminuir Fábio conta que, na comissão de revisão e são bem favoráveis”, sugere Maurício. “Com os exercícios aplicados em sala de aula, principal- atualização do Manual de Dissertações e Teses da mente nas aulas de Teoria e Método de Pesquisa, UFSM (MDT), surgiu uma ideia para a prevenção de plágio nos trabalhos acadêmicos da Universidade. o aluno aprende a colocar ideias de terceiros em seu texto e estimula sua autoria. O aluno preci- “Elaboramos um documento para os alunos insesa praticar, só assim deixará de cometer plágio”, rirem em suas dissertações e teses. Nesse documento o aluno se autonomeia como responsável defende Ada. por todo o conteúdo do trabalho e também afirma Outra saída para esse problema levantado tratar-se de texto inédito e resultado de sua pespelo professor Maurício é utilizar a tecnologia a nosso favor. Uma das formas é através de softwa- quisa”, destaca o coordenador. Ele também explica res. “As universidades deveriam adotar um de- como se dará o processo de incluir o referido dotector de plágio em todos os seus âmbitos edu- cumento no trabalho acadêmico: “Quando o aluno gerar uma ficha catalográfica, nessa mesma página cacionais na graduação e na pós-graduação. Cada texto concluído deve ser submetido ao detector. será gerado o texto em que a pessoa se responEu vejo essa revisão e fiscalização do texto acadê- sabiliza pela dissertação ou tese”. A proposta já mico como as melhore saídas para esse problema”, foi aprovada pela Procuradoria Jurídica (Projur) e deve ser aplicada em TCCs, dissertações e teses. explica o professor. 3 PEREIRA, Maurício Gomes. Artigos científicos: como redigir, publicar e avaliar. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

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No NTE, os textos, artigos e dissertações produzidos pelos professores da Universidade passam por uma revisão pedagógica. Keila Urrutia, uma das pedagogas responsáveis por fazer essa revisão, conta que o NTE faz a checagem do plágio através do navegador da internet. Posteriormente, conforme avaliação, o texto é devolvido ao professor para que esse realize os ajustes, como incluir referências ou até mesmo reescrever o texto. “Nós tentamos conversar com os professores, conscientizá-los. Tentando sempre uma abordagem menos ofensiva, dizendo que fontes de blogs não são fontes confiáveis, que procurem acessar as fontes confiáveis, como livros e sites acadêmicos, para fazer os trabalhos/textos, e que sempre referenciem. Nosso trabalho é mais de conscientização. Também produzimos e disponibilizamos vídeos explicativos no site do NTE”, finaliza Keila. Claudiane Weber trabalha com comunicação científica e difusão do acesso livre à informação científica na Biblioteca Central da UFSM. Ela relata que a Biblioteca executa três ações fundamentais para prevenir o plágio dentro da UFSM: capacitar, educar e assessorar. “A capacitação de professores e funcionários da Universidade é importante para que esses profissionais possam saber o que é plágio e como combatê-lo. A educação dos alunos é a melhor forma de prevenir o plágio, promovendo materiais de apoio e normas técnicas o aluno fica ciente sobre a questão. A Biblioteca cumpre o papel de assessoria para a comunidade acadêmica, tiramos dúvidas e fornecemos informações para que o plágio não ocorra”, ressalta Claudiane. Para a professora do curso de Direito, Isabel Christine Silva de Gregori, apesar de a sociedade sempre ter reprovado as práticas de plágio e de esse problema estar presente há muito tempo na estrutura social, ainda hoje carecemos de clareza e definição na legislação sobre o tema. “A Lei nº 9.610/98 não especifica o plágio. Portanto, precisamos ter cautela, pois nem toda utilização de obra sem anuência de seu autor é plágio. Na lei

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brasileira não temos definição, critérios de identificação etc.” Por outro lado, a professora Isabel pondera que, mesmo não havendo critérios pontuais na legislação autoral (Lei nº 9.610/98) para a verificação da ocorrência de plágio, as instituições de ensino possuem protocolos de encaminhamento às instâncias superiores. “Em casos extremos pode haver a instauração de procedimentos disciplinares e até mesmo o total desligamento do programa de pós-graduação ou do curso de graduação a que a pessoa esteja vinculada. Quanto às punições, elas podem se dar em três esferas: administrativa, no âmbito da instituição; cível, em função da responsabilidade pelos prejuízos que eventualmente tenha sofrido o autor; e penal, ao ser tipificado como um crime contra o direito autoral”, explica Isabel. De acordo com o advogado Gabriel Magadan, o plágio é denominado pela lei como contrafação. A obra criada originalmente confere ao autor a titularidade de direitos morais, de ter o seu nome associado à obra em qualquer circunstância e poder reivindicar autoria a qualquer tempo, o que permite ao titular dispor da obra para fins econômicos, com a possibilidade de cessão e comercialização a terceiros. Gabriel também enfatiza as consequências para quem pratica o plágio: “A sua prática pode implicar indenizações pelos prejuízos materiais, se houver o plagiador-contrafator auferido ganhos com a obra plagiada, e morais, pelo uso inadvertido do nome associado à obra que não foi produto da sua criação intelectual. Também na inserção de errata ou recolhimento da obra, conforme reinvindicação do autor do texto original. Além de consequências criminais, em face da falsidade ideológica, quando o plagiador-falsário faz-se passar pelo autor do texto. A pena nesse caso pode ser a de privação de liberdade. No meio acadêmico e científico, o total descrédito do autor-plagiador, com consequências imensuráveis sobre a sua reputação e carreira profissional”, complementa Gabriel.


É MUITO MAIS DO QUE UM “CTRL+C CTRL+V”

Interface do programa iThenticate, utilizado pela Revista Ciência Rural, desde 2016, e pela Editora UFSM, desde 2018.

Tecnologia a serviço da detecção do plágio

Outros atores no papel de prevenção do plágio, principalmente nas universidades, são as revistas e editoras universitárias. Ambas exercem uma função importante na prevenção desse problema, pois garantem a confiabilidade nas pesquisas e conteúdos científicos que propagam e asseguram a credibilidade no nome da Instituição. Na Universidade Federal de Santa Maria, a Editora UFSM e a Revista Ciência Rural usufruem das ferramentas positivas que a internet oferece. Ambas utilizam softwares que detectam previamente o plágio nos artigos e livros submetidos à publicação. De acordo com o diretor da Editora, professor Daniel Arruda Coronel, em 2018, após discussão em evento promovido pela Associação Brasileira das Editoras Universitárias (ABEU), a Editora UFSM decidiu usar o software iThenticate, que fornece um feedback de semelhança do arquivo analisado com outros documentos disponíveis na internet. O processo é o seguinte: depois de entregue o original para a Editora, é realizada uma análise preliminar de semelhança da obra, pela Secretaria, em relação a outros conteúdos já publicados. Após essa etapa, é enviado aos conselheiros editoriais um relatório com base nessa análise, para procederem à conferência dos casos de similaridade e terem esse importante instrumento para balizarem seu parecer. Ainda nessa perspectiva, se o livro apresentar mais de 30% de índice de semelhança, é

indicado que retorne ao autor/organizador para que esse realize a conferência do relatório e realize as adequações, como referenciar corretamente uma passagem, alterar ou mesmo retirar as passagens em que houver suspeita de plágio, tal como foi referendado pelo Conselho Editorial. Segundo o professor Daniel, desse modo, os autores, a Editora e também os leitores terão a segurança de que os livros publicados pela Editora UFSM são inéditos. “O plágio é um mal que tem que ser combatido através da divulgação, da transparência e de mecanismos e ações com detectores de plágio. Portanto, ao adquirirmos um detector de plágio, procuramos por um software utilizado por várias editoras acadêmicas de credibilidade e que estão sempre qualificando o seu processo editorial.” Quem também faz uso de software detector de plágio é a Revista Ciência Rural. O professor Rudi Weiblen, editor do periódico, conta que desde 2016 eles utilizam o programa iThenticate, no qual todos os trabalhos recebidos são submetidos. Todas as seções dos artigos são verificadas e, se o programa detectar 5% de similaridade, há um cuidado maior antes da aprovação. Weiblen argumenta que a relação com os autores é funcional de ambas as partes. “O que acaba acontecendo é que muitos autores não têm conhecimento sobre plágio e o autoplágio e acabam enviando artigos para a revista sem esse cuidado, mas detectamos isso rapidamente e os autores fazem as adequações necessárias.”

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O vírus do plágio

s u r í O vdo o i g á pl

Por Gabriel de Freitas Melro Magadan Advogado, mestre em Direito Romano e Civil pela Università di Roma ‘Tor Vergata’. Doutor em Direito Civil pela Faculdade de Direito da UFGRS.

Carlos Alberto Gianotti Professor e editor.

Vírus plagiarius

A internet criou um grande desafio para a produção cultural: o controle da titularidade e da autoria das obras de criação intelectual. Multiplicam-se os casos em que se difundem textos apócrifos, utilizados sem autorização, ou que simplesmente são plagiados. Apropriados em sua autoria de forma indevida e ilícita. O advento do computador e dos atalhos de reprodução de texto, control C, control V, per-

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mitiu ao usuário ter em mãos a própria prensa de Gutemberg. Mais do que replicar, editar, é possível suprimir e substituir com destreza. Facilmente se oculta o nome do autor, banalizando o caráter original de uma obra. O plágio, diz-se por analogia, é um vírus. E deve ser enfrentado. A sua disseminação se dá na subsunção autoral. A falta de inventividade é dos sintomas mais comuns e acomete os que pade-


O VÍRUS DO PLÁGIO

cem da moléstia provocada pelo agente infeccioso. No sentido mais humano, pode ser também considerado uma variante da mentira. Para além de se circunscrever às relações pessoais na família, no trabalho e no trato social, passou a ser uma prática pública intencional de massa. O plágio e a mentira, nesse contexto mais amplo, podem até se confundir com o que se tem chamado de fake news, notícias falaciosas ou falsas. O autor de uma obra original detém a sua titularidade, podendo cedê-la para fins de reprodução, o direito de cópia – ou copyright, na acepção inglesa. O nome do autor deve estar sempre associado à obra, ainda que a transfira ao editor para que a explore economicamente. O plágio se caracteriza em si pela apropriação do conteúdo criado por outrem e tido por seu. A mentira e as fake news são parentes próximas, que podem se distinguir pelo fato de simplesmente alterarem a verdade de conteúdo, o que não seria propriamente uma apropriação, mas uma alteração em prol de alguma intenção nociva.

Origem e inoculação

A invenção da prensa no século XV, por Gutemberg, trouxe consigo uma revolução na reprodução de obras literárias, na multiplicação e difusão de fac-símile dos escritos. Durante cerca de duzentos anos não houve regulamentação a respeito da titularidade da obra reproduzida e dos ganhos do autor. Foi a indignação dos livreiros na Inglaterra, em 1710, que perdiam dinheiro com a cópia indiscriminada, que fez com que a rainha Ana promulgasse o primeiro ato legislativo que tratou da matéria e reconheceu direitos aos autores e editores. A lei brasileira de direito autoral1, por sua vez, não define o plágio propriamente dito, que pode ser comumente entendido como o ato de apropriação indevida de uma obra artística. O plagiador assina ou apresenta a obra de outro como se fosse sua. A lei dispõe sobre a chamada contrafação2, que é descrita e entendia como o ato de

falsificação, de imitação da obra de um terceiro, sem seu conhecimento e autorização. Tratando-se de direitos autorais, no entanto, é sempre importante fazer alguma distinção. A primeira delas é quanto ao que é ou não objeto da proteção legal. A ideia em si não é protegida. A forma, a especificidade, a descrição, a narrativa, desde que agreguem elementos únicos e originais, é que a tornam merecedora da apreciação jurídica. Ficou conhecida uma discussão havida no início dos anos 2000 sobre a existência de plágio envolvendo a obra do escritor Moacyr Scliar. O autor Yann Martel, ao receber a premiação literária Man Booker, em 2002, por sua obra A Vida de Py, declarou ter se inspirado no livro Max e os Felinos, do autor gaúcho. A imprensa repercutiu o fato e questionou se Scliar deveria exigir alguma reparação de Martel. Nada fez, e a verdade é que nada poderia fazer. O direito autoral não protege a ideia, que foi de alguma forma utilizada pelo segundo escritor. É o conjunto dos elementos narrativos da obra que recebe a proteção do direito. E aí havia clara distinção.3 A mimese é da essência literária, tudo se recria. O que torna, no entanto, a obra original é a particularidade criativa com que é elaborada e engendrada. A composição única e individualizável de seus elementos. O conceito, por óbvio, permite certa subjetividade e por isso traz consigo um tênue arbítrio, que muitas vezes leva a litígios e disputas pela autoria e pelos seus direitos relativos.

Autoria e reprodução não autorizada

A lei de direito autoral, como dissemos, não nomina o plágio diretamente, mas discorre sobre as sanções civis cabíveis em casos em que haja a reprodução ou divulgação fraudulenta de uma determinada obra, quando não há indicação de autoria ou mesmo a modificação do nome do autor. O prejudicado poderá exigir o recolhimento ou a suspensão do conteúdo, na forma impressa ou digital. No caso da edição da obra literária, artística ou científica, deverá o fraudador pagar

1 Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. 2 Contrafazer significar “imitar”, “arremedar”, e tem origem no latim contrafacere, no francês contrafaction, in CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário etimológico da língua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 1982, p. 212. 3 O trecho sobre o caso Moacyr Scliar citado em um livro de nossa autoria (Um Livro – Do autor ao leitor, São Paulo: ABEU, 2018).

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pelos exemplares que eventualmente tiver vendido, e, na hipótese em que não se possa estimar a venda, a lei fixa a indenização em 3 mil exemplares, além da entrega dos apreendidos. Aquele que contribuir ou participar na exposição para a venda e a distribuição da obra por meio da fraude responderá juntamente com o chamado contrafator. Também estão previstas indenizações por danos materiais e morais. Não obstante, a prática delituosa do plágio tem sido comum. Trabalhos científicos são reiteradamente objeto de cópia. As universidades já utilizam softwares que fazem uma varredura no texto e identificam trechos ou versões alteradas sem a devida nomeação da autoria. A detecção é feita também em cotejo com que é publicado na internet. Há inúmeros julgados nos tribunais brasileiros condenando plagiadores e contrafatores em indenizações, no recolhimento das obras ou na inclusão de erratas com a condicionante da publicação. O padre Marcelo Rossi, além de sacerdote da Igreja Católica, é cantor e escritor. Já publicou e vendeu milhares de discos e livros. Também coleciona acusações de plágio. Foi acusado, em 2009, por gravar a canção Noites Traiçoeiras, que seria da autoria da cantora evangélica Marinalva Santos. Mais recentemente, foi determinada pela Justiça a retirada de circulação do seu livro Ágape, que teve mais de 6 milhões de exemplares comercializados. Na obra, o padre teria deixado de referir a autoria de um trecho da escritora Izaura Garcia. Em ação judicial proposta por ela, obteve o direito de ter retificado o conteúdo do livro. A determinação não foi atendida e justificou outro pedido, concedido em liminar, pela 14ª Câmara Cível do Tribunal do Rio de Janeiro, determinando a suspensão da publicação, sua distribuição e venda, até que se cumpra a retificação da autoria do texto “Perguntas e Respostas – Felicidade! Qual é?”4. Pela previsão legal, casos

como esse podem tanto resultar na inserção de errata como na comunicação por meio de jornais de grande circulação, ou mesmo na destruição das obras quando não atendidas as determinações judiciais. Além da condenação daquele que viola o direito autoral em indenização por perdas e danos e pelos ditos danos morais que decorrem da própria ocultação do nome do autor.

Direitos de quem?

Diz-se do direito autoral que é dúplice, misto. De um lado, por conferir ao seu criador direitos morais que são inalienáveis, como o de ter seu nome associado à obra – são por isso também considerados direitos personalíssimos; de outro, por ordem patrimonial, podendo ser livremente cedido e negociado com terceiros. No caso do livro, com o editor. O primeiro escreve a obra, o segundo adquire os direitos de exploração econômica, consistentes na reprodução, distribuição e comercialização. Os direitos morais são imprescritíveis, já os patrimoniais ou econômicos têm prazo de duração, que, no Brasil, em se tratando de obras literárias, é de 70 anos após a morte do autor. Atualmente outras formas de utilização livre, sem custos e sem necessidade de autorização, têm sido disponibilizadas. O objetivo seria o de difundir a cultura e o trabalho intelectual, permitindo a circulação não econômica das obras. É o caso das Creative Commons, licenças padronizadas que dispõem sobre a utilização livre de obras artísticas e que foram criadas a partir da iniciativa de organizações não governamentais e sem fins lucrativos5. No contexto viral em que nos encontramos, contudo, com o perdão dos leitores, pelas metáforas, existe antídoto. A cura deve vir pelos remédios da educação e da leitura, em doses intensivas ininterruptas. O efeito colateral é mais que benigno. Ocasiona surtos de criatividade. Sintomática da atividade intelectual.

4 A suposta autora que reclamou da violação dos seus direitos autorais pelo padre apresentou um registro do seu texto na Biblioteca Nacional, o que lhe poderia assegurar a titularidade e a prova da sua autoria. Entretanto, o caso teve uma reviravolta em maio de 2019, com uma nova investigação que teria demonstrado que esse documento fora forjado. A alegada autora já teria, inclusive, realizado um acordo com a editora do livro em 2012, recebendo 25 mil reais pela “violação”, e atualmente reivindicava a quantia de 51,6 milhões de reais. O caso ainda segue sem desfecho judicial. 5 Ver https://br.creativecommons.org/.

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Conhecimento na ponta do dedo

Conhecimento na ponta do dedo Entenda como o suporte do NTE contribui para democratizar a educação de qualidade através da UAB A sociedade contemporânea sofre constantes mudanças em sua estrutura, principalmente na esfera tecnológica, que transforma o cotidiano da humanidade mediante a inserção de aparelhos tecnológicos. Com isso, o homem tem alcance instantâneo a todo tipo de informação. Inevitavelmente, a educação acompanha essa mudança, incluindo gradualmente recursos midiáticos que fazem toda a diferença no processo educativo. Nos últimos anos, a crescente busca das instituições de ensino por materiais digitais em prol da educação de qualidade possibilitou um novo tipo de formação dentro das universidades, a educação a distância (EaD). O suporte à EaD na Universidade Federal de Santa Maria é feito por dois centros: a Universidade Aberta do Brasil (UAB) e o Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE).

A Universidade Aberta do Brasil foi instituída pelo Decreto nº 5.800, em 8 de junho de 2006. Sua finalidade é o desenvolvimento da modalidade de educação a distância, com o objetivo de expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior no país. A partir desse novo sistema, a EaD passou a se constituir como modalidade de Ensino Superior. A Universidade Federal de Santa Maria adotou esse método como modalidade em junho de 2006, aderindo, então, ao sistema UAB. Devido ao aumento da procura pelo ensino a distância, em 2011, foi criado o Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE). O Núcleo tem como ideais organizacionais: a democratização do conhecimento científico, a implantação e o apoio tecnológico aos cursos e o desenvolvimento de parcerias com empresas e outras

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instituições de ensino para promover a educação mediada por tecnologias educacionais, garantindo a integração e a convergência entre as modalidades presencial, semipresencial e a distância. O NTE atua em diversos setores, tais como cursos de capacitação, oficinas personalizadas sobre o uso da plataforma Moodle – de suporte técnico e pedagógico –, produção de videoaulas, livros didáticos e e-books. Para atender a demanda requisitada pelos cursos presenciais e a distância, o órgão conta com uma estrutura organizacional, disposta em secretarias acadêmica e administrativa, setor de bolsas, equipe multidisciplinar e equipe de comunicação. A equipe multidisciplinar é composta por professores-pesquisadores, pedagogas, revisores linguísticos, designers, ilustradores e diagramadores. Além do apoio administrativo e suporte em tecnologia de informação, é responsável pelo processo de produção de materiais didáticos para todos os cursos EaD ofertados pela UFSM.

sores da modalidade presencial e da modalidade a distância, o que auxilia no uso da plataforma e potencializa o rendimento acadêmico dos graduandos: “Trabalhamos durante um ano e meio com a equipe de TI e Desenho Industrial para melhorar a interface da plataforma. Em fevereiro de 2017, o Moodle contava com uma nova interface gráfica. Acredito que esse seja um dos motivos para o avanço da plataforma na universidade”.

Capacitação realizada pelo NTE na modalidade presencial.

O Moodle também é indispensável para que os alunos da EaD tenham acesso a horários de disciplinas, conteúdos de aula, videoaulas e exercícios encaminhados pelo professor. Assim, a junção do Moodle às demais ferramentas tecnológicas produzidas pelo NTE garante aos estudantes uma formação completa, respeitando o tempo de aprendizagem de cada um deles. Parte da equipe multidisciplinar do NTE.

Além dos materiais didáticos, o NTE utiliza, tanto para a modalidade presencial quanto para a distância, a plataforma de ensino e aprendizagem virtual Moodle. “No Moodlle, o contato e o diálogo entre professor e aluno ficam gravados e são registradas todas as atividades”, salienta o diretor do NTE, professor Paulo Roberto Colusso. O professor destaca a participação cada vez maior dos professores em ambientes virtuais de aprendizagem. Colusso também ressalta que o Núcleo oferece cursos de capacitação para profes-

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Conecte-se ao ensino

A Universidade Aberta do Brasil é um sistema integrado por universidades públicas que tem como principal finalidade oferecer cursos de graduação e pós-graduação gratuitos para as pessoas com difícil acesso à formação universitária. O público em geral é atendido, mas os professores que atuam na educação básica têm prioridade de formação, seguidos dos dirigentes, gestores e trabalhadores em educação básica dos estados, dos municípios e do Distrito Federal. A UAB é parceira de 127 instituições públicas de ensino superior. Juntas, oferecem cerca de 1.956 cur-


CONHECIMENTO NA PONTA DO DEDO

sos em 878 polos presenciais do país. Atualmente, 32 cursos estão em andamento na UFSM, entre graduação e pós-graduação, no âmbito do sistema UAB. Além da parceria administrativa entre a UAB e o NTE, ambos colaboram na produção de materiais pedagógicos para os cursos ofertados pelo ensino a distância. Os alunos da EaD utilizam e-books e ambientes virtuais de aprendizagem, como o Moodle. O NTE desenvolve objetos de aprendizagem que normalmente são disponibilizados em repositórios on-line, que são como grandes bibliotecas onde esse conteúdo está agrupado e pode ser acessado. O ensino a distância oferece muitas vantagens para aqueles que almejam ingressar em um curso superior, como a liberdade dos estudantes para seguirem seu próprio ritmo e desenvolverem disciplina e autonomia, já que o acesso à aula e aos conteúdos programados pelo professor depende somente do aluno. O estudante dessa modalidade pode assistir à aula em qualquer lugar, seja em casa, no trabalho, no parque, basta ter acesso a um aparelho (computador, tablet, celular) que tenha conexão à internet. Os cursos EaD ofertados pela UFSM têm o mesmo reconhecimento dos presenciais pelo Ministério da Educação, além de permitirem a inclusão social através do acesso à educação.

Play no conhecimento

A UFSM, com o apoio da equipe multidisciplinar do NTE, desenvolveu uma plataforma destinada para as postagens de conteúdos audiovisuais produzidos pela instituição, o NTE Tube. Criada em 2016, a plataforma funciona como um canal entre o professor e o aluno e conta com uma biblioteca virtual, onde são armazenados todos os conteúdos audiovisuais produzidos pela equipe e pelos docentes da Instituição. O aluno tem acesso a todos os materiais didáticos, vídeos, atividades e imagens de forma gratuita e de fácil acesso. Ronaldo Palma Guerche é responsável pelo estúdio do NTE, onde são feitas as produções audiovisuais. Ele enfatiza o quanto acredita no potencial didático do vídeo para o processo de aprendizagem. “O vídeo tem essa finalidade didática, então basicamente quem manda na produção audiovisual é o professor, porque é ele que entende

a matéria, é ele que sabe o que é didaticamente relevante ou não. Nós ajudamos a executar e eventualmente damos alguma dica relacionada ao audiovisual. Auxiliamos o professor no lugar de escolha da gravação para evitar ruídos no vídeo. Precisamos garantir que o audiovisual tenha clareza e didática. O professor é o mentor de tudo. Nós só o ajudamos a executar sua concepção. Quando o professor aprende a lidar com essa dinâmica, ele tem um ganho muito grande no trabalho. O aluno também, porque ele pode ver em casa, absorver o conteúdo na velocidade dele. Acredito nesses múltiplos benefícios do vídeo”, explica Ronaldo.

Estúdio do NTE, local para produções audiovisuais, como vídeos didáticos e vídeos institucionais.

Além da produção de vídeos didáticos, o NTE também produz vídeos institucionais. Como enfatiza Ronaldo, o vídeo tem um poder de alcance muito grande e pode ajudar a divulgar, para a comunidade em geral, projetos e trabalhos desenvolvidos dentro da UFSM. “A produção de vídeos institucionais é um trabalho interessante para nós, porque sai da nossa rotina de produção de vídeos didáticos para a produção de conteúdo com um viés mais publicitário. Isso nos permite usar mais da criatividade, usamos cenários diferentes, equipamentos e figurantes. Como é o caso da produção de vídeos para a Editora, nos quais utilizamos técnicas para promover o trabalho deles. Tem que ser um vídeo atrativo para que as pessoas conheçam os livros da Editora e tenham vontade de lê-los e adquiri-los”, ressalta o produtor.

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Livraria UFSM: um espaço plural

Livraria UFSM: um espaço plural

Parceria com outras editoras faz da Livraria um lugar de diversidade e qualidade

A Livraria UFSM, além de lançar livros da Editora UFSM, também lança livros de editoras terceiras. Para tal, o interesse parte do autor em procurar a Livraria e promover o lançamento. Preferencialmente os assuntos devem ser técnicos, destinados ao público universitário, ou literários. Os livros são lançados de forma consignada e cabe ao autor/editora disponibilizar a quantidade de exemplares a serem colocados à venda. O autor não precisa ser ligado à UFSM para lançar suas obras pela Livraria, e a edito-

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ra que originalmente lançou o livro pode ser universitária ou comercial. Entre as editoras parceiras, estão: Blucher, Contexto, Cortez, Edipro, Editora 34, EDUCS, Edusp, Embrapa, FGV, Livraria da Física, L&PM, Mediação, Oficina de Textos, Parábola, UFV, UnB, Unesp, Unicamp, Unisinos, Vozes, entre outras. Estes são alguns livros que foram lançados e estão disponíveis na Livraria UFSM, localizada no conjunto comercial do campus de Santa Maria, sala 12.


LIVRARIA UFSM: UM ESPAÇO PLURAL

Patologia geral em mapas conceituais Izabella Paz Danezi Felin e Carlos Roberto Felin (2016) Editora Elsevier

Izabella Paz Danezi Felin e Carlos Roberto Felin explicam, de uma forma fácil e prática, o estudo da patologia (estudo das doenças que afetam o corpo humano). Uma vez que está ligada a diversos campos da saúde, torna-se importante uma análise aprofundada da patologia para um melhor entendimento de outras áreas, como a genética, a imunologia, a fisiologia, entre outras. Os autores usam uma linguagem simples e direta, com apoio de diagramas, esquemas e figuras para abordar cada conceito decorrente da patologia. Lesões celulares, degenerações, inflamações, tumores e bases genéticas do câncer são alguns dos assuntos presentes no livro.

Dicionário genealógico latino-português Vitalino Cesca (2016) Editora EdiPUCRS

Vitalino Cesca percorreu o Dicionário Aurélio, durante 12 anos, a fim de selecionar cada verbete da língua portuguesa que estava classificado como oriundo do latim, o que torna este trabalho o único na língua portuguesa a fazer tal feito. O dicionário criado por Vitalino é genealógico, ou seja, estuda a família de cada palavra nas suas origens mais longínquas. O resultado é um livro com cerca de mil páginas, dividido em duas partes: a primeira é um dicionário propriamente dito e a segunda é uma compilação de todas as palavras portuguesas derivadas do latim, com índice remissivo.

Projeto e leiaute de instalações produtivas Marcelo Battesini (2016) Editora Intersaberes

O livro é voltado para estudantes de Engenharia de Produção e profissionais da área. Tem como objetivo otimizar o planejamento dos espaços de produções, através de projetos de leiautes que buscam trazer soluções aos ambientes de produção. Nestes, pessoas dividem espaços com máquinas e equipamentos, sendo necessárias estratégias para solucionar problemas decorrentes do mau uso de espaço. Assim, a publicação auxilia no entendimento de como identificar e organizar as informações para conduzir as atividades dentro de uma equipe profissional.

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Alvenaria estrutural: construindo o conhecimento Gihad Mohamad, Diego Willian Nascimento Machado e Ana Cláudia Akele Jantsch (2017) Editora Blucher

A dissertação de mestrado de Diego Willian Nascimento Machado foi um projeto-livro, orientado pelo professor Gihad Mohamad no programa de pós-graduação em Engenharia Civil da UFSM. De caráter didático, o livro é voltado principalmente para arquitetos e engenheiros, com o objetivo de propor a organização e o sequenciamento da alvenaria estrutural. Apresenta estudos de aspectos históricos, materiais e componenciais, bem como as melhores formas de executar esses sistemas de construção.

UFSM: uma luz em nossas vidas Helio João Bellinaso (2017) Editora Rio das Letras

Nesta obra, Helio João Bellinaso conta a trajetória da construção da cidade universitária da UFSM. A história do crescimento da então Universidade de Santa Maria (USM) faz parte do crescimento profissional e pessoal do autor. Com tom saudosista, apresenta uma versão dos bastidores do crescente avanço de infraestrutura da UFSM, com ilustrações e relatos dos acontecimentos. Também apresenta pessoas anônimas que conheceu quando trabalhou como motorista e, posteriormente, como professor da Universidade. Essas pessoas tiveram contribuições para que o sonho do Dr. Mariano da Rocha virasse realidade, a cidade universitária.

A tragédia da política (Relações Internacionais) José Renato Ferraz da Silveira, organizador (2019) Editora Appris

A tragédia da política é o primeiro livro do Grupo de Pesquisa em Teoria, Arte e Política (GTAP) e estuda a história das Relações Internacionais. Nele, são abordadas as trajetórias de alguns dos governantes da era medieval, moderna e contemporânea, desde a ascensão ao poder, os anos de liderança, os momentos de tensão, até a falha e a queda. Alguns dos governantes estudados são: Rei Ricardo II, da Inglaterra (1377-1399); Meiji, Imperador do Japão (1867-1912); Francisco Solano López, ditador do Paraguai (1862-1870) durante a guerra contra a Tríplice Aliança; José Bonifácio, ministro (1822-1823) do Imperador D. Pedro I, que teve grande participação no processo de Independência do Brasil. O autor/organizador que quiser lançar o seu livro na Livraria UFSM pode entrar em contato pelo e-mail livrariaufsm@gmail.com ou telefone (55) 3220-8115. Outras informações sobre os títulos comercializados e as editoras parceiras podem ser encontradas no site www.livrariaufsm.com.br.

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Prado Veppo: o médico-poeta de Santa Maria

O médico-poeta de Santa Maria Segunda edição da obra completa de Prado Veppo é lançada pela Editora UFSM para lembrar os 20 anos sem o poeta A segunda edição do livro Prado Veppo: obra com- ca e Humberto Gabbi Zanatta. Para o livro O Girassol Azul, lançado em 1996, Pedro escreveu o texto pleta foi lançada na 46ª Feira do Livro de Santa de apresentação, além de ter ajudado na escolha Maria. Produzido pela primeira vez em 2002, o livro dos poemas que seriam publicados. conta com os mesmos organizadores, Pedro Brum A primeira edição da obra completa, lançada em Santos e Vitor Biasoli, que tiveram estreita relação 2002, foi motivada pelo falecimento do poeta em com o poeta Prado Veppo. 1999. O acontecimento ainda recente era a oportuO professor Pedro Brum Santos é formado em Letras e atualmente é professor titular da UFSM. nidade para prestar uma homenagem. Já a segunda Na adolescência, antes de morar em Santa Ma- edição tornou-se necessária devido à procura pelo autor, conforme ressalta o professor Pedro Brum: ria, já lia os poemas de Prado Veppo, quando, em meados da década de 1990, começou a ter conta- “O primeiro interesse foi da Editora, precisávamos rever obras que já estavam esgotadas. Veppo era to particular e a participar do mesmo círculo de escritores que o poeta frequentava. Desse grupo, uma possibilidade interessante por ser um autor da também faziam parte Vitor Biasoli, Orlando Fonse- cidade, e a Editora sempre teve uma linha de acolhi-

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mento de autores locais. Agora com melhores condições técnicas, pudemos usar as imagens do Eduardo e do Flamarion Trevisan, sobretudo do Eduardo, que foi o ilustrador permanente das obras do Veppo”. Quanto à estrutura dos poemas, normalmente os versos eram curtos e com vocabulário simples: “Era uma poesia fácil, o que facilita a recitação e a memorização. Ele fez muita poesia conectada com o mundo cotidiano, com a história e com a realidade dele. Ele tinha a estirpe de Manuel Bandeira e Mário Quintana, pra citar dois poetas conhecidos que faziam muito disso também. Ele marcou um conjunto de sete obras, o que para a poesia é expressivo”, comenta Pedro.

bem para a obra dele. Nesse sentido, vai ajudar a valorizar a contribuição dele para a cidade. Eu não tenho dúvidas em dizer que, no hall em que colocamos Felippe D’Oliveira e Reinaldo Moura, o nome de Prado Veppo também está”.

“Especialista em tiro de pistola, passei a vida lutando de espada” Outro organizador da Obra Completa é Vitor Biasoli, que, em 1996 e 1998, publicou Quarteto In Verso e Quarteto In Prosa e Verso, juntamente com Veppo, Orlando Fonseca e Humberto Gabbi Zanatta. Vitor mudou-se de Porto Alegre para Santa Maria em 1991, para atuar como professor de História na UFSM. Na época, seu professor de produção literária, Luiz Antonio de Assis Brasil, comentou com ele sobre a obra de Prado Veppo: “Quando eu cheguei, o Veppo estava preparando o livro Passos do Vislumbre (1993). Se analisar a cronologia das publicações, ele publica em 60, 70 e depois não publica mais nada. Eu o conheci num momento em que ele estava voltando à atividade de poeta. Ele me disse uma vez que achou muito legal eu o procurar pelo trabalho de poeta”.

Alba Prolla, filha de Prado Veppo, e os organizadores da Obra Completa, Pedro Brum e Vitor Biasoli, na Feira do Livro de Santa Maria, em 2019.

Prado Veppo participou intensamente das produções culturais feitas na cidade. Seu primeiro livro, Alba Tempo e Rosa (1962), foi escrito especialmente para a primeira Feira do Livro de Santa Maria. Em 1981, com a música O Bugio, em parceria com Luiz Carlos Borges e o Grupo Horizonte, recebeu o título de canção mais popular na segunda Tertúlia Musical Nativista de Santa Maria. Também compôs o hino do Colégio Coração de Maria1. Conforme destaca o professor Pedro: “Ele tinha uma integração com a comunidade, e esse é um legado muito forte dele. A passagem do tempo tem feito

Lançamento da obra Passos do Vislumbre, em dezembro de 1993, na Câmara de Vereadores de Santa Maria.

1 Literatura e História, Vida e Obra de Prado Veppo. Disponível em: <http://www.literaturaehistoria.com.br/index.php/estudos/ perfis/77-prado-veppo>. Acesso em: 05 abr. 2019.

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PRADO VEPPO: O MÉDICO-POETA DE SANTA MARIA

Prado Veppo era capaz de fazer poemas em qualquer lugar e gostava de recitá-los aos amigos, como forma de receber uma avaliação: “Ele ligava e recitava o poema que estava escrevendo. Ele recitava muito bem os poemas. Tinha a vocação da oratória. Ele ia elaborando e contava para a gente”, lembra o professor Vitor. Na época da primeira edição, Vitor era diretor da Editora e enfrentou alguns problemas no desenvolvimento do livro. “No momento da primeira edição, o livro ficou muito extenso. Decidimos fazer uma seleção de poemas, mas não conseguimos cortar nenhum, pois lembrávamos da voz do Veppo, dele recitando. O Pedro dizia que alguém um dia faria isso, mas que não seriamos nós”.

A vida em família

As atividades de Veppo eram ser professor universitário, dar aulas no cursinho, atender no consultório e, durante as noites, escrever. Alba, filha do poeta, diz que, mesmo com uma vida corrida e ocupada, seu pai sempre foi um homem afetivo e presente na família. Diante de tantas ocupações, ele diz no poema Epitáfio3: “Especialista em tiro de pistola, passei a vida lutando de espada”.

Professor na UFSM

Prado Veppo fez parte da primeira turma de Medicina da UFSM e também foi professor da Instituição. A doutora Mirian Barbosa foi aluna de Veppo e, durante a sua graduação em Medicina, foi supervisionada por ele, quando fez residência na área de psiquiatria. Quando Veppo deixou de dar aulas na UFSM, em 1987, Mirian assumiu o lugar dele na disciplina de Relação Médico-Paciente. Ela diz ter a impressão de que Veppo confiava nela para seguir a função.

“Com gotas de afeto, a vida é curável” Em relação à poesia, Mirian conta que essa aparecia de forma sutil no modo de ele trabalhar: “Nós fomos colegas no curso de Psicoterapia e fizemos juntos uma pesquisa sobre suicídio. A intro- Prado Veppo em São Paulo com os filhos Luiz e Alba em 1972 (período em que estava fazendo especialização em Endocrinodução da pesquisa era uma poesia dele que abor- logia na Escola Paulista de Medicina). dava o suicídio. Eu sempre admirei a sua poesia, principalmente a parte em que fala da Medicina”. Veppo começou a trabalhar como jornalista no A doutora conta que Veppo perdeu a mãe aos A Razão, porque precisava se sustentar em Santa dois anos de idade, então achava que precisava Maria após começar a cursar Medicina. Tendo essa fazer Medicina porque ninguém conseguiu curá-la. aproximação com a escrita, ele também começou a No entendimento dela, esse foi um fator importan- escrever poesias e, por vezes, a pedido do diagramate na escolha dessa profissão e refletia no cuidado dor do jornal, usava-as para preencher os espaços que ele tinha com seus pacientes e amigos, um ca- vazios do jornal. Sua filha diz que outro motivo que rinho mútuo. Como diz em seu poema O remédio2: o levou para a literatura foi sua paixão por livros: “Quando eu tinha 14 anos contei os livros dele: eram “Com gotas de afeto, a vida é curável”. 2 PRADO VEPPO, Luiz Guilherme do. O girassol azul. Santa Maria: Pallotti, 1996. 3 Ibid.

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2 mil. As transportadoras, quando nos mudávamos, diziam que entrariam em licença se vissem uma mudança nossa novamente, por causa dos livros”.

Prado Veppo com a esposa, Zélia, na comemoração de 25 anos de casamento.

Dona Zélia, viúva do poeta, afirma que houve uma época em que ele comprava um livro por dia. Também lembra que ele não era apegado ao dinheiro, tanto que não se importava em se aposentar: “Ele não sabia que já podia estar aposentado nem se importava com isso. Todo mundo que eu conheço passa a vida rezando por esse dia, mas ele não estava nem aí”, conta em gargalhadas.

com uma paciência, era sereno e nunca se estressava. Ele colocava os braços nas minhas costas e dizia ‘calma, calma’. Quando chegava no Master, a aula já tinha terminado”, fala bem-humorado. Hiram Marchetti trabalha há 48 anos no Riachuelo e explica que Veppo é um dos professores mais lembrados, pelo fato de ele ter dado aulas de Literatura sem ter a formação de magistério. Uma história que Hiram não esquece foi o poema que Veppo escreveu, em 1992, enquanto esperava para almoçar no restaurante Augusto: “Ele estava entrando no Augusto, passando por uma mesa, e uma senhora levantou e apresentou a sobrinha, Fernanda. Eles conversaram um pouco e depois ele foi sentar em outro lugar. Sentou e escreveu no guardanapo um poema. Quando saiu deixou na mesa daquela senhora. No momento que ele me contou isso, eu estava com a máquina de escrever ao lado e pedi para ele repetir o poema. Então escrevi e ele assinou”. O poema se intitulava Fernandas – Fernanda. E dizia:

Tempos de Riachuelo e Master

Nos anos 1980, Prado Veppo começou a dar aulas de Literatura no Riachuelo Vestibulares. Pouco tempo depois, o Riachuelo comprou o Master, outro cursinho preparatório, e mantinha os dois em funcionamento. O professor Ivo Eichelberger leciona Matemática há 43 anos no Riachuelo e fala sobre como era a rotina entre os dois cursos: “Eu me lembro que a gente tinha cinco minutos pra ir do Riachuelo ao Master e o Veppo se perdia no caminho, passava pelo Calçadão, encontrava um monte de gente conhecida e ficava conversando. Sempre Obras: Alba Tempo e Rosa (1962), O Andarilho (1964), Espada de Flor (1975), Passos do Vislumbre (1994), Os Breves (1995), O Girassol Azul (1996) e Cavaleiros da Vida e da Morte (1998). Obras coletivas: Apresentação da Poesia Santamariense (1965), Quarteto in verso (1996) e Quarteto in prosa e verso (1998). Todas presentes em Prado Veppo: obra completa.

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Marketing digital na Editora UFSM

Marketing digital na Editora UFSM: uma forma digital de se comunicar1 Por Gustavo de Souza Carvalho Mestre em Gestão de Organizações Públicas pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Técnico em Artes Gráficas – UFSM.

Daniel Arruda Coronel Professor Associado do Departamento de Economia e Relações Internacionais da UFSM e bolsista de produtividade do CNPq.

As editoras universitárias possuem um importante papel na difusão do conhecimento científico, no desenvolvimento da ciência e no desenvolvimento socioeconômico e cultural das comunidades regionais e do país, podendo estar vinculadas a instituições públicas e privadas. As editoras vinculadas a instituições públicas, em geral, funcionam como outros setores da organização e estão sujeitas a demandas recorrentes desse meio, como restrição do uso de recursos e burocracia. Investir em marketing em uma editora é fundamental, pois é possível fazer estudo de mercado, com o objetivo de entender os públicos, as vendas e os produtos, além de melhorar a estratégia e contribuir para o desenvolvimento da organização.

No entanto, o custo é alto e necessita de agilidade, ou seja, não pode haver burocracia. Nesse sentido, é preciso buscar alternativas factíveis de execução, com estratégias de promoções e vendas da Editora para o seu público, com custo baixo ou nulo. Com o avanço das inovações tecnológicas, as relações comunicacionais entre as organizações e seu público se modificaram, de maneira que a internet passou a ser vista como um ambiente sem fronteiras para a comunicação. As organizações privadas e públicas têm percebido essa mudança e feito uso de estratégias para esse meio. O marketing digital vai ao encontro dessa demanda, sendo uma ferramenta flexível de estratégia. As estratégias de marketing digital são de sig-

1 Este artigo é oriundo da dissertação de mestrado do primeiro autor, orientada pelo segundo autor, intitulada Marketing digital em organizações públicas: um estudo de caso na editora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

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nificativa importância, uma vez que o seu público está evoluindo e está cada vez mais associado a diferentes formas de comunicação digital. Desenvolver um plano de marketing digital, com estratégias sem custo ou de baixo custo, é imprescindível na atualidade, quando a internet passou a ser uma importante fonte de renda para grandes empresas multinacionais. YouTubers, bloggers que trabalham especificamente com o mercado digital, como agências digitais com marketing digital, gerenciamento de redes sociais, SEO (Search Engine Optimization – otimização para mecanismos de busca), além das próprias plataformas, como Google, Facebook, Instagram e LinkedIn, entre outras, cientes da necessidade de as empresas se posicionarem melhor na internet, passaram a desenvolver ferramentas e acesso mais completo a instrumentos específicos para as empresas obterem melhores resultados em sua divulgação. Essas ferramentas, em geral, são pagas e movimentam grandes investimentos para melhorar a visibilidade e posicionamento das empresas no ambiente digital. Do ponto de vista de seu investimento, se planejado de forma efetiva, o marketing digital pode propiciar para uma editora um amplo leque de possibilidades estratégicas, inclusive no que se refere ao marketing tradicional, como o estudo de mercado (por meio de redes sociais, hábitos na internet), com o objetivo de entender melhor o seu público, vender e divulgar a marca, por meio de estratégias que visem atrair o público, utilizando o marketing digital para gerar e gerenciar conteúdo através de diferentes dispositivos. Desse modo, o presente estudo resultou em um detalhado plano de marketing digital elaborado para a Editora UFSM, visando compreender: como a Editora UFSM está inserida no ambiente digital e bem como propor melhorias e estratégias de divulgação e fidelização no ambiente digital de forma específica e gratuita. A partir do estudo foram identificadas estratégias factíveis e sem custo. Além disso, foram avaliados os meios digitais em que a Editora está inserida, bem como o comportamento do mercado.

Plano de marketing digital

Com a análise de mercado, foi possível perceber a importante posição que a Editora UFSM ocupa entre as editoras universitárias no ambiente digital, tendo em vista que é uma das poucas editoras universitárias que possuem site em uma plataforma e-commerce. Além disso, foi possível perceber o potencial crescimento da utilização de redes sociais como Instagram e Facebook para comunicação digital. O Facebook e o Instagram deverão continuar a serem as redes sociais mais utilizadas no Brasil; dessa forma, as editoras, em especial as universitárias, têm estado mais atentas ao potencial dessas redes como ferramenta de marketing digital. Com a realização do benchmark foi possível analisar o comportamento dos concorrentes diretos e indiretos da Editora UFSM no ambiente digital e, dessa forma, entender os motivos pelos quais a Editora tem dificuldade em atrair visitantes para o seu site, assim como para as redes sociais Facebook e Instagram, bem como aprender com as boas práticas empregadas neles. Assim, espera-se que o plano de marketing digital da Editora UFSM alcance os seguintes objetivos: aumentar a popularidade da Editora UFSM na web; articular melhor a sua comunicação nas redes sociais; consolidar relações e fidelizar clientes, indo ao encontro dos seus interesses; criar uma presença digital mais significativa; melhorar a experiência do consumidor ao acesso do site da Editora através de uma comunicação integrada entre o site e as redes sociais, de forma a melhorar a navegação, usabilidade e gestão de conteúdo. Dentre as etapas do plano de marketing digital, cabe destacar o plano de ações operacionais, que tem como objetivo aumentar seus seguidores nas redes sociais2, em pelo menos 100% no Facebook e 100% no Instagram, além de visar aumentar em pelo menos 100% o tráfego de visitantes no site. Para isso, é preciso gerar regularmente conteúdo relevante para atrair o público. Desse modo, as ações do plano de marketing digital estão, em sua

2 Com o aumento de pelo menos 100% dos seguidores no Facebook e Instagram, espera-se ganhar ainda mais visibilidade nas redes sociais, assim como espera-se aproximar ainda mais do número de seguidores de seus concorrentes diretos e indiretos.

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MARKETING DIGITAL NA EDITORA UFSM

maioria, relacionadas à geração e à veiculação de conteúdo da Editora UFSM no meio digital. Tendo em vista que concentrar mais as ações ao conteúdo se deve ao fato que a internet é um ambiente em constante mudança e as próprias redes sociais Facebook, Instagram e YouTube mudam as suas diretrizes e funcionalidades, então funções gratuitas no futuro podem tornarem-se pagas ou deixarem de existir. Dessa forma, concentrar as ações na geração e organização de conteúdo é uma opção sem custo, atemporal e não necessariamente associada exclusivamente às redes e mídias sociais da atualidade.

Plano de ações

Entre as ações de marketing digital propostas, destacam-se as de marketing de conteúdo, desenvolvidas com o objetivo de melhorar o SEO e tornar a Editora referência junto a seu público na geração de conteúdo. Ações como a “Criação de conteúdo para o blog do site da Editora” visam trazer conteúdos interessantes sobre os livros publicados e o mercado editorial, de forma geral e específica, com o objetivo de atrair um perfil de público que dá importância à pesquisa antes de realizar qualquer tipo de compra ou que apenas está pesquisando algum assunto em comum com aquele disponibilizado no blog. Desse modo, espera-se aumentar as vendas do site da Editora, a partir da confiança adquirida pelo cliente ao consultar as matérias relacionadas aos livros, assim como a melhorar a posição do site nos buscadores, ao serem realizadas pesquisas sobre assuntos específicos ou diferenciados, sobre os quais algum título da Editora possa estar relacionado, ou seja, ser considerado referência em algum assunto. Já a ação “Definição de persona para as redes sociais” busca melhorar a comunicação com o público-alvo pretendido, tendo em vista que, como a sua construção foi realizada a partir da características do público da Editora nas redes sociais, espera-se que esse público se sinta à vontade e confiante ao entrar em contato com a Editora através das suas redes sociais, pois saberá que estará interagindo com alguém que o entende.

A ação “Planejamento de marketing de conteúdo e presença nas redes sociais” visa aumentar o número de seguidores nas redes sociais, a partir do compartilhamento de conteúdos interessantes e relevantes para o público. Ao melhorar a experiência do público-alvo nas páginas das redes digitais da Editora UFSM, espera-se fidelizar o público e reforçar o posicionamento da Editora na mente do consumidor como uma instituição moderna, confiável, de qualidade, que inspira, entretém e educa. Essas publicações devem ser regulares, calendarizadas, ou seja, diárias, sendo publicadas nos dias e horários de maior alcance, com o objetivo de despertar o interesse e a participação dos seguidores, para que compartilhem, comentem e curtam as publicações. Já a ação “Design nas redes digitais” busca fazer com que a Editora UFSM seja lembrada pelo seu público por meio do design de suas publicações, tendo em vista que as pessoas recebem publicações de diferentes lugares em seu feed nas redes sociais. Desse modo, espera-se atrair o público, em meio a outras publicações, com bom destaque, ao criar publicações (imagens, vídeos) com cores vibrantes e com boa legibilidade. Como previsto, o estudo teve algumas limitações, principalmente com relação ao site da Editora UFSM, que é mantido por uma empresa terceirizada. Em função disso, algumas sugestões de melhorias gratuitas que poderiam ser implementadas e mais bem detalhadas no estudo não foram contempladas, como, por exemplo, a inserção do código do Google Analytics, responsável por monitorar o tráfego, demonstrar o comportamento dos usuários na página e fornecer métricas, além de outras informações de significativa importância para um marketing digital eficiente da página. De um modo geral, espera-se que os aprendizados e aspectos metodológicos empregados possam representar uma nova forma de a Editora UFSM se comunicar e se comportar nas redes sociais, assim como melhorar a sua linguagem visual, com o objetivo de reforçar ainda mais a sua identidade e tornar-se referência junto a seu público e a novos públicos, através da geração de conteúdo e compartilhamento de conhecimento.

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As famílias da Casa do Estudante Universitário

As famílias da CEU: um fenômeno da Casa do Estudante Universitário da UFSM As vivências e o cotidiano de jovens acadêmicos que moram e se tornam pais no campus “A vida na universidade trouxe também a gravidez, e junto trouxe de volta a infância, que acabou de ser deixada para trás na casa dos pais, onde moravam, antes de virarem estudantes universitários.” O trecho do livro Casa do Estudante Universitário: jovens mães/pais e suas crianças relata a experiência parental de muitos acadêmicos que vivem na CEU e acabam se deparando com mais uma responsabilidade em suas vidas acadêmi-

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cas. O e-book surgiu como resultado do primeiro projeto de pesquisa da professora do Centro de Educação Sueli Salva, em 2011. Pedagoga e doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ela atua na área de Didática e Práticas de Ensino na Educação Infantil e afirma ter se sentido surpresa quando, durante uma aula, descobriu que havia jovens mães que moravam com seus filhos na Casa do Estudante.


AS FAMÍLIAS DA CASA DO ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO

Lançamento do e-book Casa do Estudante Universitário: jovens mães/pais e suas crianças na Feira do Livro de Santa Maria, em 2017.

Da pesquisa à criação do e-book

Levando essa realidade como inspiração, a professora e as bolsistas de iniciação científica Keila de Oliveira Urrutia e Camila Espelocin da Silva trabalharam na pesquisa durante cinco anos, tendo como principal objetivo chamar a atenção para esse fenômeno e lhe dar visibilidade: “assim como a presença das mulheres na CEU, a das crianças também é um fenômeno histórico”, considera Sueli, que contou, igualmente, com a colaboração da professora, psicopedagoga e pesquisadora da infância Neusa Maria Roveda Stimamiglio. Durante o primeiro semestre da pesquisa, as investigadoras realizaram leituras e discussões acerca da temática, para então irem a campo. Primeiramente entraram em contato com a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), apurando dados sobre as famílias presentes na CEU, e, em seguida, houve o contato com as mães. Na época, não havia nenhum pai unicamente responsável pelo(a) filho(a). Durante as entrevistas sobre o cotidiano dessas mães, a maior dificuldade das pesquisadoras foi conciliar o acompanhamento com o tempo de estudo e/ou trabalho e os cuidados com o(a) filho(a). Naquele momento, a Universidade não contava com nenhuma assistência às famílias. Os filhos permaneciam na Casa irregularmente, até que, em 2014, a política de assistência estudantil foi modificada e incluiu em sua resolução o Art. 2º, que sa-

lienta: “A Moradia Estudantil PRAE-UFSM é direito do estudante incluído no Programa de Benefício Socioeconômico (BSE) da PRAE, podendo ser extensível a filhos menores de doze anos, cuja necessidade deve ser comprovada por meio de parecer social feito pela PRAE”. O documento reitera ainda o direito da mãe de solicitar a Bolsa de Auxílio à Moradia, que permite o aluguel de um imóvel fora dos campi, abrindo mão de sua vaga na CEU. Para as crianças com idade inferior a cinco anos e residentes na Casa com o(a) responsável, também existe o direito ao Auxílio Creche, o qual contribui com o custeio de uma escolinha ou cuidadora, “mediante comprovação de inscrição e negativa de vaga na rede pública municipal de creches e pré-escolas mais próximas do campus da UFSM onde o estudante estiver matriculado”, como consta na Resolução nº 025/2014. Segundo Bianca Camargo, assistente social do Setor de Acompanhamento da Moradia Estudantil (SAME), da PRAE, assim que definida a permanência da criança na Casa do Estudante, a família ganha a prioridade de ocupar um apartamento destinado a duas pessoas, desde que os dois universitários integrantes da família tenham o BSE ativo. Quanto ao número de moradores, em 2011, data de início da pesquisa, eram oito mães e crianças e apenas quatro pais. Após a regularização da Resolução nº 025/2014, o número de mães e crianças aumentou. Em março de 2019, segundo dados da PRAE, havia nove mães, 11 crianças e cinco pais vivendo nas CEUs. Ano

Total de crianças

Total de mães

Total de pais

2010

7

8

3

2011

8

8

4

2012

8

8

3

2013

5

5

2

2014

4

4

1

2015

15

15

2

Fonte: E-book Casa do Estudante Universitário: jovens mães/pais e suas crianças, 2017, capítulo 3.1, p. 11.

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Vista lateral de um dos prédios residenciais da CEU II, em Camobi.

O relato dos pais

Pensando nesse retrato da Casa do Estudante Universitário, que muitas vezes passa despercebido, a Estilo Editorial conversou com Laura Felix e Luiz Henrique Osmarin, de 22 e 21 anos, pais de Ragnar, de 11 meses. Os dois ingressaram na Universidade em 2017. Ela estuda Bacharelado em Química, e ele Licenciatura em Ciências Sociais. Naquele mesmo ano, Laura engravidou. Por questões de saúde, ela acabou trancando o curso durante o segundo semestre. Luiz Henrique continuou os estudos, atrasando algumas disciplinas. Eles apontam que a maior preocupação em relação à maternidade/paternidade, no período acadêmico, é a falta de tempo para o estudo, pois a criança demanda muita atenção: “querendo ou não, cuidar dele é a prioridade”, ressalta Laura. Outra grande preocupação dos jovens pais é o impedimento de conciliar estudo e trabalho, pois

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os dois se dividem, conforme seus horários livres, entre o cuidado do filho e a demanda acadêmica. Isso ocorre porque o valor fornecido pelo Auxílio Creche não cobre nem a metade do valor em creches localizadas no bairro Camobi. Além disso, existe uma grande dificuldade de conseguir vaga em creches municipais. O mesmo ocorre com o acesso da criança à Unidade de Educação Infantil Ipê Amarelo, localizada no campus sede, pois as vagas são disponibilizadas para todo o público de Santa Maria. Portanto, a demanda é muito grande para, provavelmente, poucas vagas anuais. Laura reivindica que as crianças moradoras da CEU tenham prioridade de acesso, assim como já ocorreu há alguns anos – como consta na pesquisa de Sueli –, o que poderia auxiliar na permanência dos jovens pais na Universidade. Com relação às facilidades e dificuldades de morar com o filho na Casa do Estudante, Laura afir-


AS FAMÍLIAS DA CASA DO ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO

ma que, por morar no campus, ela podia sair rapidamente nos intervalos das aulas para amamentar Ragnar, já que a jovem voltou a estudar quando o filho tinha apenas quatro meses. As dificuldades ficam por conta da estrutura, pois o apartamento é pequeno e o banheiro é coletivo e fica no corredor, mas Luiz Henrique reconhece que a CEU não foi construída pensando nas crianças. Eles ainda mencionam a falta de áreas de recreação mais próximas da Casa, o que poderia aproximar e desenvolver um convívio entre as várias crianças que moram ali e que, geralmente, acabam tendo contato apenas com jovens e adultos, outra grande preocupação abordada na publicação das pesquisadoras. Laura comenta também que não existe nenhum grupo de mães da CEU: “Nos conhecemos por consequência, ainda não nos proporcionaram esse encontro. Acho que seria bem interessante, ainda mais para as crianças. Muitas delas não frequentam a creche e logo não convivem com outras crianças”. A falta de segurança e o espaço pequeno também são citados. Porém, diante das suas experiências, os universitários elogiam as ações e a atenção que receberam da PRAE e da Diretoria da Casa, principalmente pela agilidade em conseguir o apartamento. Sobre tornarem-se jovens pais e universitários, Luis Henrique declara ser um choque de realidade, pois a relação da infância recém-deixada para trás com o retorno repentino dela faz tudo mudar do dia para a noite. “No mesmo ano que entramos na Universidade engravidamos, tínhamos acabado de começar a graduação e não foi planejado, não estávamos esperando. Fomos atrás pra ver e ficamos felizes em saber que a Universidade nos daria esse suporte”, conta Laura. Helena Oliveira, 25, cursa Agronomia. Morou por oito anos na Casa do Estudante, sendo a maior parte deles com seus dois filhos, Rafaela de cinco e Henrique de dois anos. Hoje a família, que mora fora do campus, é contemplada pelos dois auxílios ofertados pela PRAE e, por isso, as crianças frequentam creche particular. O que motivou a saída foi a infraestrutura do apartamento, a falta de espaço para as crianças brincarem e para os estudos de Helena, o que estava interferindo na relação da família e pondo em risco o desempenho acadêmico da mãe.

Acerca da experiência de morar na CEU, Helena declara: “Dá uma outra perspectiva de vida, auxilia no amadurecimento individual, no compromisso e responsabilidade. Lá a gente aprende, querendo ou não, a saber lidar com o espaço do outro, por vezes com pessoas de fácil convívio e, por outras vezes, o oposto. Na Casa aprendi muito, fiz muitas amizades verdadeiras e que levo pra vida, e também iniciei a criação dos meus filhos. Os estudos eram/aconteciam nos ‘intervalos’ da maternidade, quando um desenho conseguia prender eles, nas horas de sono ou quando estavam na escolinha.” Para Helena, sempre houve e vai haver crianças na CEU, pois “cada um tem uma realidade; a minha e a de muitos é essa”.

Vista lateral do prédio 33, bloco residencial da CEU II, em Camobi.

A temática geral do livro de Sueli e das demais pesquisadoras é bem ampla. “Se a gente for observar tem que pensar a CEU, a situação das mães, a situação dos pais que é diferente da situação das mães, e pensar na situação das crianças que vivem ali”, explica. A professora ainda ressalta a importância de colocar esse assunto em pauta novamente, “para que se possa discutir e repensar tanto o cotidiano das mães quanto o das crianças. Embora esteja regulamentado, eu ainda não sei se são as melhores condições para as crianças viverem”, alerta a pedagoga.

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O livro ao pé do ouvido

O livro ao pé do ouvido

O mercado de audiolivros como desafio e aliado

Não é de hoje que se escutam livros além de lê-los. Já no início do século passado, era comum ouvir histórias sendo narradas nas rádios, além das famosas radionovelas. Entretanto, com a popularização do audiovisual e a chegada da internet, o rádio foi perdendo ouvintes. O que antes era o maior meio de comunicação e informação, deu espaço a outros meios, tendo o áudio que se moldar às novas necessidades do ser humano. Atualmente, o audiolivro, além de ser uma importante ferramenta para a acessibilidade, também é um meio informacional e cultural de fácil acesso, pois pode ser utilizado em qualquer lugar, a qualquer momento, de forma rápida e acessível física e economicamente.

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Audiolivro: a produção e a publicação

Buscando saber mais sobre essa questão de produção, a Estilo Editorial conversou com André Calgaro, criador da produtora de audiolivros Narratix, estabelecida em Brasília. Perguntado sobre o interesse em explorar esse mercado, André contou que suas vivências profissionais e pessoais sempre envolveram os universos do áudio e dos livros, e há muitos anos é fascinado por audiolivros, “não só pela característica multitarefa – dessa possibilidade de escutá-los enquanto se faz alguma outra atividade –, mas por toda a experiência altamente imersiva e única que sua audição traz”, declara ele. Em dado momento, Calgaro passou a não só ouvir, mas também a acompanhar esse mercado e notar o grande desenvolvimento que


O LIVRO AO PÉ DO OUVIDO

vinha tendo em vários países, com grande potencial de crescimento no Brasil. “Como é um assunto pelo qual tenho grande predileção e certo repertório, e no qual possuo experiência e conhecimentos também nas áreas correlatas (áudio e universo editorial), foi quase natural a ideia de empreender”. Após alguns anos de experimentações, estudos, análises, protótipos e planejamento, André fundou a Narratix. Segundo ele, a produção leva em média 30 dias, variando conforme a quantidade de palavras do livro, seguindo as etapas de avaliação da obra, seleção do narrador, gravação, edição, revisão, masterização e encoding, que é o fechamento do formato do arquivo. A empresa produz para editoras, autores, plataformas de audiolivros e outros geradores de conteúdo e distribui esses audiolivros em plataformas nacionais e em algumas internacionais, além de possuir uma linha editorial própria, 100% em áudio, que será lançada ainda neste ano. Sobre a escolha do narrador, André conta que depende muito do título a ser produzido, para que haja aderência à proposta da obra. “Trabalhamos com narradores que possuam uma voz agradável. Não há um timbre específico que buscamos, cada projeto pode demandar um diferente, mas precisa ter ótima capacidade de interpretação e atuação vocal, excelente articulação/dicção e fluência de leitura”. Cada vez mais, cursos superiores estão pensando nesse formato e criando produtos sonoros em suas disciplinas, mas ainda não existe um curso específico para a produção de audiolivros. Segundo o professor do Departamento de Ciências da Comunicação Leandro Stevens, o profissional mais habilitado para produzir, adaptar ou gerenciar a produção do audiolivro é o formado em Produção Editorial, curso que inclusive integra esse conteúdo e possibilita ao aluno produzir o material por completo em algumas disciplinas. Um exemplo é a adaptação da peça Quase Ministro, de Machado de Assis, que foi adaptada para um audiodrama na disciplina de Projeto Experimental em Educação. Contudo, geralmente são produzidos livros impressos ou e-books e posteriormente é inserido o recurso de áudio como um conteúdo a mais,

como explica o professor: “só o audiolivro como produto não é muito comum em nossas produções no curso, mas o recurso de narrar ou de ter acessibilidade sim, tem muito essa preocupação”. Ele ainda complementa sobre as duas possibilidades do audiolivro, que pode ser apenas narrado, sem dramatização, ou apresentar uma produção em que cada narrador é um personagem e podem-se incluir efeitos sonoros.

Acessibilidade

Conversamos também com Cristian Sehnem, servidor da UFSM, pedagogo e mestre em Políticas Públicas e Gestão Educacional com ênfase em Educação Especial. Na avaliação de Cristian, que é portador de deficiência visual e atua no Núcleo de Acessibilidade, os audiolivros têm grande importância no acesso à leitura para todos os públicos, mas para pessoas com cegueira ainda há muitas questões a melhorar. Para ele, que faz uso de audiolivros principalmente como entretenimento, um bom narrador deve ter voz agradável, uma boa pontuação, leitura clara e pausada, mas não sonolenta. Cristian reitera que alguns audiolivros utilizam outra voz para as descrições de imagem e que isso, muitas vezes, pode atrapalhar a experiência e interpretação da oba. Ele recomenda o uso de técnicas de pausa e “bips” sonoros para intercalar a narração e a descrição como formas de auxiliar na produção. Também pondera que, para o público com deficiência visual, o ideal seriam audiolivros sem interpretações, efeitos de áudio e fundo musical, ou seja, apenas com a narração, como forma de contribuir para uma melhor imersão no conteúdo/história.

O audiolivro na UFSM

Entre as 13 bibliotecas do campus de Camobi, a única que possui este formato é a Central. A bibliotecária de referência da Biblioteca Central e diretora da Divisão de Referência, Deisiré Amaral Lobo, conta que a Biblioteca possui 304 títulos destinados restritamente às pessoas com cegueira ou baixa visão. Atualmente, só pode fazer a retirada desse material quem se enquadra nesse perfil e recebe autorização do Núcleo de Acessibi-

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lidade. Quem não se enquadra pode fazer apenas a consulta local. Porém, o audiolivro tem uma realidade diferenciada. Segundo Deisiré, já se sabe, através de estudos, que o suporte pode auxiliar também no aprendizado e concentração de pessoas com transtornos de aprendizagem, como, por exemplo, em casos de dislexia, pois para esse público algumas atividades podem se tornar mais difíceis com o uso apenas do livro impresso. “O audiolivro vem complementar, sendo um recurso a mais para que pessoas com dislexia possam se beneficiar e ampliar sua capacidade cognitiva”, complementa a bibliotecária. Os audiolivros chegaram até a Biblioteca por meio de uma doação da Fundação Dorina Nowill. A procura pelo recurso é muito baixa e não traz movimentação ao acervo, portanto há a intenção de mudança: “Recebemos a orientação de que não é do interesse da Fundação fazer com que os materiais fiquem parados, porque o custo da produção do audiolivro é muito alto. Por isso, a Fundação espera que a UFSM possa ampliar a leitura inclusiva para todas as regiões de Santa Maria, em escolas, empresas e cidades ao redor”, afirma Deisiré. Outra novidade é a criação de uma sala de leitura acessível e inclusiva, que ficará no térreo, ao lado do setor de empréstimo, no espaço de circulação comum a todos os usuários, com acesso a livros em braile e aos audiolivros. Essa sala também contará com computadores para consulta desse

material. “Esta fase de transição é pela busca de igualdade. A Biblioteca quer dar inclusão, autonomia e acessibilidade a todos os usuários.”

Perspectivas e desafios

Entre as maiores referências de sites de distribuição de audiolivros no Brasil estão o Ubook e a Tocalivros, que possuem planos para assinatura, mas também disponibilizam alguns audiolivros gratuitamente, somando juntos mais de 35 mil títulos em seus catálogos. A Tocalivros revelou que a procura e o número de assinantes vêm crescendo a cada dia. “O público é bem variado, temos desde jovens de 25 anos até os 65 anos”, aponta Ricardo Camps, editor-sócio da empresa. Ricardo conta que a Tocalivros produz audiolivros em estúdios próprios ou parceiros, podendo demorar de um a seis meses, dependendo do estilo de produção e obra. Com relação ao audiolivro na Biblioteca Central, Deisiré afirma que a principal preocupação é a adequação do espaço físico da Biblioteca, para oferecer autonomia e inclusão a todos os usuários. Já o professor Leandro considera que o grande desafio para os audiolivros é competir com o audiovisual, pois, hoje, a maior parte dos produtos tem o visual muito presente. “É preciso começar a demonstrar o interesse para as pessoas, sobretudo para as crianças, como forma de fazerem esse exercício de ouvir e imaginar a história, e não de ter todo o visual pronto. É outra experiência”, ressalta.

Parte do acervo de CDs com audiolivros da Biblioteca Central da UFSM.

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Eventos levam mais conhecimento à comunidade

Eventos levam mais conhecimento à comunidade Em 2019 a Editora UFSM promoveu diversas atividades de interação com o público A Editora marcou mais um ano com atividades relevantes para toda a comunidade universitária. Desde feiras de livro, bienal internacional, palestra e cursos, a busca pela difusão do conhecimento e da pesquisa científica esteve presente nas diferentes ações realizadas em 2019. Dentre os destaques estão: o curso Scientific Writing, ministrado pelo professor e chefe do Departamento de Produção de Saúde Animal da Universi-

dade de Calgary (Canadá), John Kastelic; a segunda edição do Propague com o tema “Como redigir, publicar e avaliar artigos científicos”, ministrada pelo professor emérito da Universidade de Brasília (UnB), Maurício Gomes Pereira; e a participação da Editora UFSM nas feiras do livro de Santa Maria e Porto Alegre, com estandes e lançamentos de obras. Nas páginas seguintes o leitor pode conferir todos os eventos realizados pela Editora.

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Volta às Aulas

Durante a primeira semana de volta às aulas e de

recepção dos calouros da UFSM, a Editora, Livraria e Grife UFSM montaram estande em frente aos Restaurantes Universitários I e II do campus da Universidade em Santa Maria. A ação foi organizada para promover e apresentar as marcas para os novos alunos da instituição, além de oferecer descontos especiais para toda a comunidade acadêmica.

Feira da Grife

A tradicional Feira da Grife do primeiro semestre

ocorreu de 18 de março a 26 de abril, passando por vários centros de ensino dos campi de Santa Maria, Frederico Westphalen, Cachoeira do Sul e Palmeira das Missões. Foram comercializados artigos de vestuário e escritório, além de serem distribuídos materiais que explicam a submissão de livros para a Editora UFSM.

Palestra Oratória Solidária

No dia 09 de abril, foi realizada a 4ª edição da

palestra “Oratória Solidária: a comunicação faz a diferença”, ministrada pela fonoaudióloga Carla Viegas, especialista em voz e mestre em Distúrbios da Comunicação Humana. O evento ocorreu no Salão Imembuí, com arrecadação de cadernos para doação.

Curso “Scientific Writing”

Durante os dias 15 e 16 de abril, foi realizado o

curso “Scientific Writing”, que tem o objetivo de facilitar as produções científicas na língua inglesa. Foi ministrado por John Kastelic, professor e chefe do Departamento de Produção de Saúde Animal da Universidade de Calgary (Canadá). O evento foi organizado pela Editora UFSM, pela Revista Ciência Rural, pela Secretaria de Apoio Internacional e pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa.

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EVENTOS LEVAM MAIS CONHECIMENTO À COMUNIDADE

Caça aos Ovos

A Caça aos Ovos da Editora UFSM aconteceu nos

dias 16 e 17 de abril, que antecederam a Páscoa. Os ovos premiados foram escondidos nos Restaurantes Universitários I e II do campus da UFSM em Santa Maria.

Feira do Livro de Santa Maria

A 46º Feira do Livro de Santa Maria ocorreu de 26 de

“Juventudes Rurais e Desenvolvimento territorial”,

abril a 11 de maio, na praça Saldanha Marinho. A Editora

dos organizadores Joel Orlando Bevilaqua Marin e

UFSM esteve presente durante todo o período da Feira,

José Marcos Froehlich;

dividindo estande com a Livraria da Universidade. No dia 02 de maio, foi realizado o bate-papo “Como Publicar”, no estande da UFSM. A ação teve como objetivo sanar dúvidas da comunidade sobre as linhas editoriais, as etapas de publicação e a elaboração de livros em formatos digital e impresso pela Editora UFSM. No dia 08 de maio, foi organizada uma recepção

“Lenhos de Gimnospermas: atlas microscópico e chave de identificação”, dos autores Anelise Marta Siegloch e José Newton Cardoso Marchiori; “Máquinas de Fluido”, 4ª edição, do autor Érico Antônio Lopes Henn; “Paisagens: educação e arte na impermanência da margem”, da autora Elaine Schmidlin;

para os membros da Academia Santa-Mariense de

“Prado Veppo: obra completa”, 2ª edição, do au-

Letras, após seus lançamentos também no estande

tor Prado Veppo, organizado por Pedro Brum Santos

da Universidade.

e Vitor Biasoli;

No dia 09 de maio, ocorreu o lançamento de nove

“Produção de Sementes e Mudas: um enfoque à

obras publicadas pela Editora UFSM. A cerimônia e a

silvicultura”, dos organizadores Maristela Machado

sessão de autógrafos foram abertas à comunidade e

Araujo, Marcio Carlos Navroski e Lauri Amândio Schorn;

contaram com a presença de autoridades, autores, organizadores e equipe da Editora UFSM. “História do Banditismo no Brasil: novos espaços, novas abordagens”, dos organizadores Marcos Bretas, Francisco Linhares Fonteles Neto e Mariana Flores da Cunha Thompson Flores.

“Técnicas Multivariadas Exploratórias: teorias e aplicações no software Statistica®”, dos organizadores Adriano Mendonça Souza, Lorena Vicini, Fidel Ernesto Castro Morales e Francisca Mendonça Souza; No dia 10 de maio, no período da tarde, foi promovida uma oficina de marcadores de páginas para

“Imigração e Quarta Colônia: Nova Palma e Pe.

as crianças que visitavam a Feira. A oficina teve o inte-

Luizinho”, 2ª edição revisada e ampliada, do autor

resse de incentivar a leitura dos pequenos a partir da

Breno Antonio Sponchiado, organizado por Maria Me-

elaboração de seus próprios marcadores de páginas e

dianeira Padoin e Jorge Alberto Soares Cruz;

de livros que foram doados aos participantes.

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Propague

A segunda edição do Propague foi realizada nos

dias 04 e 05 de junho, no Audimax do Centro de Educação. Com o tema “Como redigir, publicar e avaliar artigos científicos”, o curso foi ministrado por Maurício Gomes Pereira, doutor em Epidemiologia e professor emérito da Universidade de Brasília. O evento contou com cerca de 120 participantes e abordou redação completa do artigo científico, desde a elaboração do título às referências bibliográficas. A Livraria e a Grife UFSM estiveram presentes nos dias do evento, comercializando livros e produtos da linha UFSM. No segundo dia de evento, foi oferecida uma trilha ecológica no Jardim Botânico da Universidade, composto por árvores nativas, exóticas e outras plantas em extinção.

Feira da Grife 2º semestre

De 12 de agosto a 15 de outubro, o estande itine-

rante da Feira da Grife UFSM esteve percorrendo as diferentes unidades da Universidade. Entre as novidades desta edição estavam as mochilas em nylon e material sintético que comportam notebooks de até 17’’, novas pastas em material sintético que possuem alça transversal, além de estética simples e elegante, e pastas de Kraft com bloco de anotações. Outra novidade foi que esta edição contemplou, em alguns centros, o turno da noite.

Maratona de Leitura de Santa Maria

No dia 16 de agosto, ocorreu em Santa Maria uma

Maratona de Leitura. O projeto, que iniciou neste ano, foi aprovado pelo edital de apoio à produção artística de Santa Maria, com parceria entre a Prefeitura de Santa Maria e o Fundo de Apoio à Cultura do Rio Grande do Sul. Foram 24 horas de atividades. A Editora promoveu uma intervenção no campus sede da UFSM, onde trechos de livros foram lidos em alguns setores administrativos, sala de aula e biblioteca. Houve ainda a distribuição de alguns livros em locais onde ocorreram as atividades, como shoppings centers e bares. 48 Estilo Editorial | Edição 6 | 2019


EVENTOS LEVAM MAIS CONHECIMENTO À COMUNIDADE

Mateada em comemoração à Semana Farroupilha

No dia 18 de setembro, ocorreu a 6ª edição da Ma-

teada no hall do prédio da Reitoria. O evento contou com apresentação artística do DTG Noel Guarany, estande com produtos da Livraria e Grife UFSM e sorteio de diversos brindes. A Mateada teve apoio do Lojão Total, Ford Superauto, Frizzo Pilchas, SB Pilchas, Casa do Gaúcho, DTG Noel Guarany e Grife UFSM.

Descubra UFSM

Nos dias 26, 27 e 28 de setembro, estivemos par-

ticipando do Descubra UFSM 2019. No estande, além da distribuição de material de divulgação, foram expostos e comercializados produtos da Grife UFSM e foi realizado o sorteio de uma cesta com brindes. Um varal com poesias de Prado Veppo compôs o espaço.

Feira do Livro de Porto Alegre

lançamentos Praça da Alfândega

2 de novembro às 14h30 6 de novembro às 16h

1° a 17 de novembro de 2019

A 65ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre

“Juventudes Rurais e Desenvolvimento Territorial”,

ocorreu de 1º a 17 de novembro de 2019, na Praça da

organizado por Joel Orlando Bevilaqua Marin e José

Alfândega, centro de Porto Alegre.

Marcos Froehlich;

No dia 6 de novembro, aconteceu a sessão coletiva dos seguintes lançamentos da Editora UFSM: “A Cooperativa de Consumo dos Empregados da Viação Férrea do Rio Grande do Sul: imaginário e espaço social”, autoria de Luiz Fernando da Silva Mello. “Brenno Blauth: uma trajetória entre mundos” (e-book), autoria de Lúcius Batista Mota; “Economia Institucional e Dimensões do Desenvolvimento”, organizado por Adriano José Pereira, Herton Castiglioni Lopes e Octavio Augusto Camargo Conceição;

“Moedas e Sistema Financeiro: ensaios em homenagem a Fernando Cardim de Carvalho”, organizado por José Luis Oreiro, Luiz Fernando de Paula e Rogério Sobreira; “Paisagens: educação e arte na impermanência da margem”, autoria de Elaine Schmidlin; “Prado Veppo: obra completa”, 2ª edição, do autor Prado Veppo, organizado por Pedro Brum Santos e Vitor Biasoli; “Programação Linear: conceitos, modelagem e soluções no R”, autoria de Marcelo Battesini;

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Novos livros para diversas áreas

Novos livros para diversas áreas Educação, arte, música, história, poesia e engenharia mecânica são algumas das temáticas que marcaram os lançamentos da Editora UFSM neste ano Em 2019 a Editora trouxe um total de 12 obras publicadas. Mais do que o número de livros, cabe ressaltar que a Editora preza pela qualidade e relevância em suas edições, abrangendo publicações das mais diversas áreas do conhecimento. Alguns dos livros de destaque no ano são as novas edições de Máquinas de Fluido (4ª edição), de autoria de Érico Antônio Lopes Henn – uma das obras mais vendidas pela Editora e também uma referência para a Engenharia Mecânica –, e Prado Veppo: obra completa (2ª edição), uma coletânea

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das poesias do poeta Prado Veppo, lembrando os 20 anos de seu falecimento, organizada por Pedro Brum Santos e Vitor Biasoli. Também vale mencionar o lançamento do livro Brenno Blauth, uma trajetória entre mundos – Sonatas e Sonatinas, organizado por Lúcius Batista Mota. Trata-se da primeira obra de partituras publicada pela Editora UFSM. Além dos livros mencionados, a seguir o leitor poderá conferir todos os demais lançamentos do ano. Esperamos que sirva de estímulo para você adquirir e conhecer a nossa produção editorial de 2019.


NOVOS LIVROS PARA DIVERSAS ÁREAS

A Cooperativa de Consumo dos Empregados da Viação Férrea do Rio Grande do Sul: imaginário e espaço social A Cooperativa dos Empregados da Viação Férrea do Rio Grande do Sul, no auge da sua existência, para além do atendimento de necessidades básicas de seus associados, como alimentação, vestuário, saúde e educação, deixou plantada no imaginário social a imagem de uma instituição grandiosa que, se não tivesse sido interrompida em seu progresso, teria sido a materialização de ideais civilizatórios em que o trabalho se ombrearia ao capital. Esta obra demonstra que os discursos das diretorias da Cooperativa, que defendiam iniciativas claramente pragmáticas e objetivas, eram permeados por referências a pensamentos utópicos – o que também se verificava nos discursos de representantes de setores sociais impactados pelas forças materiais e simbólicas geradas durante seu processo histórico de implantação. Autor: Luiz Fernando da Silva Mello E-book (2019): 978-85-7391-339-2 | R$ 33,00

Brenno Blauth: uma trajetória entre mundos Sonatas & Sonatinas O compositor Brenno Blauth é uma referência nas salas de concertos do Brasil e exterior, todavia, apenas uma pequena parte de sua música está editada. Neste livro encontram-se reunidas nove de suas obras mais importantes: Sonata para fagote e piano; Sonata para oboé e piano; Sonata para piano; Sonata para viola e piano; Sonatina para trompa e piano; Sonatina para flauta doce ou flauta transversal e piano; Sonatina para clarineta e piano; Duo sonatina para oboé e fagote; Trio sonatina para piano, oboé e trompa. As peças editadas cobrem quase 40 anos da atividade criativa do compositor. Para a edição das obras foram consultadas diversas fontes e corrigidos os erros observados. Um detalhado aparato crítico apresenta todas as alterações realizadas. Além das partituras há textos contextualizando a trajetória de Brenno Blauth e comentários a cada uma das sonatas e sonatinas. Organizador: Lúcius Batista Mota E-book (2019): 978-85-7391-342-2 | R$ 35,00

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Economia Institucional e Dimensões do Desenvolvimento Esta obra apresenta um conteúdo acessível aos diferentes níveis de conhecimento acerca das temáticas associadas à economia institucional, com ênfase nos aspectos relativos aos condicionantes do desenvolvimento econômico, abordando aspectos micro, meso e macroeconômicos de forma interligada. Para tanto, ao longo de seus oito capítulos, apresenta um contraponto, bem como pontos em comum, entre duas “vertentes teóricas” que se estabeleceram ao longo do século XX, como referências para o estudo das instituições econômicas no século XXI: a Nova Economia Institucional e o Institucionalismo com viés “evolucionário”. Autores: Adriano José Pereira, Herton Castiglioni Lopes | Octavio Augusto Camargo Conceição Edição Impressa (2019): 978-85-7391-337-8 | 248 p. | R$ 43,00 E-book (2019): 978-85-7391-338-5 | R$ 30,00

História do Banditismo no Brasil: novos espaços, novas abordagens Este livro preenche uma importante lacuna na historiografia nacional. Durante muito tempo, a história do banditismo privilegiou a região Nordeste, marcada pelo “fanatismo” religioso, acordos políticos e intempéries da seca, fenômenos que agudizavam os conflitos, favorecendo as ações de bandoleiros. A obra em questão rompe com essa abordagem mais clássica da história do crime produzida no Brasil, apresentando, por meio de um panorama amplo, capaz de abarcar diferentes regiões e temporalidades, valorosa contribuição ao conhecimento histórico. Organizadores: Francisco Linhares Fonteles Neto | Marcos Luiz Bretas da Fonseca | Mariana Flores da Cunha Thompson Flores Edição Impressa (2019): 978-85-7391-335-4 | 312 p. | R$ 52,00 E-book (2019): 978-85-7391-336-1 | R$ 36,00

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NOVOS LIVROS PARA DIVERSAS ÁREAS

Imigração e Quarta Colônia: Nova Palma e Pe. Luizinho

2ª edição revisada e ampliada

A obra, que tem por base narrativas e percepções das pesquisas realizadas pelo Pe. Luiz Sponchiado, pode ser dividida em três partes, as quais têm como pano de fundo a rememoração e o fortalecimento da identidade e da história vivida pelos povoadores da Quarta Colônia de Imigração Italiana no Sul do Brasil. A primeira parte apresenta a saga dos colonizadores, sua relação com o meio ambiente, as dificuldades e privações enfrentadas no início do povoamento. Também pode ser observada a ocupação de outras áreas, a partir dos primeiros núcleos coloniais, o que o padre Luizinho Sponchiado denominava de enxameamento, termo utilizado pelo francês Jean Roche para designar a criação de colônias em novas regiões desmembradas de núcleos precursores. Autor: Breno Antonio Sponchiado Organizadores: Maria Medianeira Padoin | Jorge Alberto Soarez Cruz Edição Impressa (2019): 978-85-7391-324-8 | 544 p. | R$ 90,00

Juventudes Rurais e Desenvolvimento Territorial A juventude rural tornou-se objeto de múltiplos investimentos de gestão geracional, os quais reproduzem distintos projetos que se estabelecem em nome do desenvolvimento territorial para a nação, configurandose, portanto, categoria social fundamental para a análise da constituição do futuro das populações e dos territórios rurais. As experiências registradas nesta coletânea contribuem para a compreensão de contextos e relações sociais vivenciadas pelos jovens rurais e pelas jovens rurais, que permitem visão abrangente de diferentes concepções e projetos individuais, familiares e sociais no âmbito do atual discurso do desenvolvimento territorial do país. Organizadores: Joel Orlando Bevilaqua Marin | José Marcos Froehlich Edição Impressa (2019): 978-85-7391-344-6 | 352 p. | R$ 60,00 E-book (2019): 978-85-7391-332-3 | R$ 42,00

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Máquinas de Fluido

4ª edição

Este livro busca fornecer os princípios da teoria clássica sobre as máquinas de fluido e, dentro de um enfoque didático, facilitar o uso desses conhecimentos na prática do dia a dia do futuro profissional de engenharia. Com este objetivo, foram incluídos exemplos de aplicação no final de vários capítulos, com a utilização de tabelas e curvas de funcionamento fornecidas por fabricantes. Na abordagem dos principais tipos de máquinas de fluido, a ênfase é para as máquinas de fluxo, particularmente para as que trabalham com fluidos em escoamento incompressível. Para isso, o autor se apoia na experiência de vários anos como professor, projetista e consultor de empresas. Autor: Érico Antônio Lopes Henn Edição Impressa (2019): 978-85-7391-326-2 | 496 p. | R$ 100,00 E-book (2019): 978-85-7391-327-9 | R$ 70,00

Moeda e o sistema financeiro: ensaios em homenagem a Fernando Cardim de Carvalho Este livro é uma coletânea de artigos inéditos de eminentes economistas brasileiros a respeito da obra de Fernando Cardim de Carvalho, Professor Emérito do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mais proeminente economista pós-keynesiano brasileiro, falecido em maio de 2018. Trata-se de um grupo de acadêmicos de várias universidades brasileiras (UFRJ, UnB, Unicamp, UFMG, UFRGS, UFF, UFABC e UEM), que trabalharam junto ao Grupo de Estudos de Moeda e Sistemas Financeiros, nucleado no Instituto de Economia da UFRJ, sob a liderança intelectual de Fernando Cardim ou de colegas próximos academicamente dele. A proposta desta coletânea é apresentar de forma detalhada o programa de pesquisa do professor Cardim de Carvalho, agregando suas contribuições em três grandes temas sobre os quais ele deu contribuições teóricas à teoria pós-keynesiana: fundamentos da macroeconomia pós keynesiana; bancos e funcionalidade do sistema financeiro; e política econômica. Autores: José Luis Oreiro | Luis Fernando de Paula | Rogério Sobreira Edição Impressa (2019): 978-85-7391-340-8 | 272 p. | R$ 45,00 E-book (2019): 978-85-7391-341-5 | R$ 31,50

54 Estilo Editorial | Edição 6 | 2019


NOVOS LIVROS PARA DIVERSAS ÁREAS

Prado Veppo: obra completa

2ª edição

A leitura dos poemas de Prado Veppo espanta, antes de mais nada, pela singularidade de sua produção. Variada nas formas e nos temas, ela oscila entre o movimento de recuperação da memória literária tradicional e o impulso renovador da poesia moderna. Essa oscilação frequentemente produz tensão no leitor, constantemente descentrado entre a postura compatível com a ordem tradicional e o estranhamento suscitado por procedimentos de vanguarda. Organizadores: Pedro Brum Santos | Vitor Biasoli Edição Impressa (2019): 978-85-7391-334-7 | 448 p. | R$ 65,00 E-book (2019): 978-85-7391-333-0 | R$ 45,00

Programação Linear: conceitos, modelagem e soluções no R O livro aborda técnicas de pesquisa operacional precursoras e ainda atuais desse campo. Esta obra oferece a estudantes de cursos de graduação e pós-graduação em Engenharia, Administração e Estatística um texto técnico para aprender conceitos, modelagem e solução de problemas de programação linear no ambiente R. São conhecimentos que habilitam o tratamento de modelos de programação linear multivariados em software livre, nos quais a solução é somente limitada à capacidade de processamento computacional. Autor: Marcelo Battesini Edição Impressa (2019): 978-85-7391-328-6 | 304 p. | R$ 50,00 E-book (2019): 978-85-7391-329-3 | R$ 35,00

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Seleção Ambiental de Barragens: análise de favorabilidades ambientais em escala de bacia hidrográfica 2ª edição revista e ampliada

Ao longo do trabalho, são discutidos diversos temas importantes, com destaque para as avaliações hidrológicas, hidroagrícolas, geológicas e ecológicas detalhadas e para a apresentação de ferramentas de apoio ao processo de tomada de decisão. A metodologia proposta nesta obra engloba todos esses aspectos e, através da análise multicritério, avalia esse conjunto de informações para estabelecer a hierarquização entre as diferentes alternativas estudadas, na escala da bacia hidrográfica, buscando sempre pelas barragens que sejam mais seguras e econômicas e que, ao mesmo tempo, sejam ambientalmente adequadas e socialmente aceitas. Organizadores: Jussara Cabral Cruz | Geraldo Lopes da Silveira Edição Impressa (2019): 978-85-7391-330-9 | 464 p. | R$ 100,00 E-book (2019): 978-85-7391-331-6 | R$ 70,00

Solos Arenosos do Bioma Pampa Brasileiro Esta obra é fruto do trabalho desenvolvido pelos professores do Departamento de Solos da UFSM ao longo de várias décadas de atividades sobre o território denominado Bioma Pampa no estado do Rio Grande do Sul. Ela apresenta, de forma clara e ilustrada, os diferentes solos arenosos existentes no Bioma Pampa, sua gênese, relação geológica, morfologia e classificação. Trata também da aptidão de uso desses solos, suas propriedades físicas, fertilidade, diversidade, biologia e práticas de manejo e conservação, sempre visando a exploração sustentável das áreas arenosas do Bioma Pampa. Organizadores: Fabrício de Araújo Pedron | Ricardo Simão Diniz Dalmolin Edição Impressa (2019): 978-85-7391-348-4 | 280 p. | R$ 74,00 E-book (2019): 978-85-7391-343-9 | R$ 52,00

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Conselho Editorial

Conselho Editorial O Conselho Editorial é o órgão consultivo e deliberativo da Editora UFSM, responsável, por exemplo, por definir a política editorial da Universidade, analisar e aprovar o plano anual de atividades da Editora e o relatório anual do Diretor. Atualmente o Conselho é composto pelo Diretor da Editora (Presidente), por um representante docente de cada unidade de ensino, indicado pelo Conselho da Unidade, por três representantes téc-

nico-administrativos em educação, indicados pelas representações sindicais da categoria e nomeados pelo Reitor, e por representantes dos campi da UFSM de Frederico Westphalen, Palmeira das Missões e Cachoeira do Sul, indicados pelos diretores dos campi. Os membros do Conselho Editorial assumem essa função tendo mandato de dois anos, sendo permitidas duas reconduções. Os conselheiros da Editora UFSM podem ser conhecidos a seguir.

Presidente do Conselho Daniel Arruda Coronel

Professor associado do Departamento de Economia e Relações Internacionais, com atuação como docente permanente nos programas de Pós-Graduação em Gestão de Organizações Públicas, em Agronegócios e em Economia e Desenvolvimento, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Atualmente é Diretor da Editora UFSM.

Representantes técnico-administrativos Raone Somavilla Arquivista no Departamento de Documentação da UFSM

Graziela Inês Jacoby Assistente em administração na Secretaria do Curso de História da UFSM

Debora Marshall Técnica em assuntos educacionais na Secretaria do Curso de Educação Especial

Representante do Centro de Artes e Letras Célia Helena De Pelegrini Della Méa Professora adjunta do Departamento de Letras Clássicas e Linguística da UFSM

Representante do Centro de Ciências da Saúde Márcia Keske Soares Professora titular do Departamento de Fonoaudiologia da UFSM Estilo Editorial | Edição 6 | 2019 57


Representante do Centro de Ciências Naturais e Exatas Adriano Mendonça Souza Professor titular do Departamento de Estatística da UFSM

Representante do Centro de Ciências Rurais Alisson Vicente Zarnott Professor adjunto do Departamento de Educação Agrícola e Extensão Rural da UFSM

Representante do Centro de Ciências Sociais e Humanas Jose Renato Ferraz da Silveira Professor adjunto do Departamento de Economia e Relações Internacionais da UFSM

Representante do Centro de Educação Ana Cláudia Oliveira Pavão Professora associada do Departamento de Educação Especial da UFSM

Representante do Centro de Educação Física e Desportos Maristela da Silva Souza Professora do Departamento de Desportos Individuais da UFSM

Representante do Centro de Tecnologia Marcelo Battesini Professor associado do Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas da UFSM

Representante do Campus de Cachoeira do Sul/RS Glauber Rodrigues de Quadros Professor adjunto do Campus Cachoeira do Sul (UFSM)

Representante do Campus de Frederico Westphalen/RS Melina de Souza Mota

Professora titular do Departamento de Ciências da Comunicação, do Campus Frederico Westphalen (UFSM)

Representante do Campus de Palmeira das Missões/RS Neida Luiza Kaspary Pellenz Professora do Departamento de Ciências da Saúde, do Campus Palmeira das Missões (UFSM)

Representante do Colégio Politécnico (UFSM) Marlene Terezinha Lovatto Professora do Ensino Básico Técnico e Tecnológico

Representante do Colégio Técnico Industrial (UFSM) Paulo Roberto da Costa Professor do Ensino Básico Técnico e Tecnológico

Representante da Unidade de Educação Infantil Ipê Amarelo (UFSM) Maria Talita Fleig Professora da Unidade de Educação Infantil Ipê Amarelo

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Pareceristas

Pareceristas Responsáveis por darem o aval para que a Editora UFSM publique ou não uma obra, os consultores ad hoc – também chamados pareceristas externos – são pesquisadores com notável conhecimento sobre a temática tratada no livro. O trabalho deles se inicia depois que a obra é analisada e considerada adequada pelo Conselho Editorial. Para essa tarefa, são selecionados dois consultores, a partir do tema específico de cada livro. Eles realizam uma minuciosa análise de aspectos, como a

relevância e a qualidade do conteúdo, a atualidade do tema, o potencial mercadológico e o público-alvo. No caso de autores vinculados à UFSM, os pareceristas devem ser externos à Instituição. Quando os autores são externos, os consultores podem ser da própria Universidade. Para todos os casos, os consultores devem possuir título de doutor. A seguir, são apresentados os pesquisadores que colaboraram com a Editora UFSM como pareceristas externos em 2019.

Antonio Jorge Ramalho da Rocha Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (2002). Atua como docente do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília.

Cristiane Aparecida Baquim Doutora em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (2008). É professora da Universidade Federal de Viçosa, na área de Gestão da Educação.

Deisy de Freitas Lima Ventura Doutora em Direito Internacional pela Universidade de Paris 1, Panthéon-Sorbonne. É professora titular de Ética da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP).

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Enéias Tavares Doutor em Letras pela Universidade Federal de Santa Maria (2012). Atualmente é professor de Literatura Clássica, também na Universidade Federal de Santa Maria.

Enny Vieira Moraes Doutora em História Social pela PUC de São Paulo (2012). Atualmente é professora adjunta da Universidade do Estado da Bahia.

Frederico Gonzaga Jayme Jr. Doutor em Economia pela New School for Social Research, Nova York – EUA (2001). Atualmente é professor da Universidade Federal de Minas Gerais.

Gérson Luís Werlang Doutor em Letras pela Universidade Federal de Santa Maria (2009). Atua como professor do Departamento de Música da Universidade Federal de Santa Maria, do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFSM, assim como da Pós-Graduação/Especialização em Música da mesma instituição.

Guilherme Rodrigues Passamani Doutor em Ciências Sociais na área de Estudos de Gênero pela Universidade Estadual de Campinas (2015). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, atuando no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social e no Programa de Pós-Graduação em Estudos Culturais.

Johannes Doll Doutor em Educação pela Universität Koblenz Landau (2001). Atua como professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Márcia Cristina Furtado Ecoten Doutora em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2013). É coordenadora pedagógica na Escola de Gestão Pública, da Prefeitura Municipal de São Leopoldo.

Morgana Christmann Doutora em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria. Atua como docente assistente I no curso de Fisioterapia na Universidade Franciscana.

Reisoli Bender Filho Doutor em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa (2011). É professor adjunto do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Santa Maria.

Renata Rodrigues Ramos Doutora em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina. É servidora pública concursada do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, nas funções de assessora jurídica, secretária jurídica e assessora de gabinete.

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Distribuidores

Distribuidores A Editora UFSM está inserida no mercado editorial, distribuindo os livros disponibilizados em seu catálogo em todas as regiões do Brasil, por meio de sua participação no Programa Interuniversitário para Distribuição de Livros (PIDL), promovido pela Associação Brasileira de Editoras Universitárias (ABEU). A Editora UFSM é também associada à Associação Nacional de Livrarias (ANL), sendo de suma importância para seu crescimento, forta-

lecendo e ampliando suas relações comerciais e buscando uma inserção no panorama editorial brasileiro. A Editora UFSM busca, ainda, o contato com novas livrarias comerciais e distribuidoras, a fim de viabilizar uma maior divulgação e comercialização dos seus livros. Os livros da Editora UFSM encontram-se distribuídos em diversos parceiros pelo Brasil, concentrados na sua maior parte nas regiões Sul e Sudeste.

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Nordeste

BOOKPARTNERS DISTRIBUIDORA

LIVRARIA EDUFRN

Endereço: Rua Vitor Ângelo Fortunato, 439

Endereço: Campus Universitário S/N.

Bairro Jardim Alvorada

Bairro Lagoa Nova

CEP: 06612-800

CEP: 59072-970

Jandira – SP

Natal – RN

Telefone: (11) 4772-0000 | (11) 4772-0024

Telefone: (84) 3215-3261

Site: www.bookpartners.com.br

PONTUAL DISTRIBUIDORA LTDA

CORUJET IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA

Endereço: Praça de Casa Forte, 426

Endereço: Rua Prof. Rocca Dordal, 12

Bairro Casa Forte

Bairro Vila Pompeia – CEP 05026-030

CEP: 50061-420

São Paulo – SP

Recife – PE

Telefone: (11) 2776-7658

Telefone: (81) 3241-6985

E-mail: compras2@corujet.com.br

E-mail: pontualdistribuidora@live.com

Site: www.corujet.com.br

Centro-Oeste

DE OLHO NO LIVRO DISTRIBUIDORA

ADEPTUS

Endereço: Rua Dr Augusto Miranda, 1322

Endereço: Rua General Neves, 177

Bairro Vila Pompeia

Bairro Duque de Caxias

São Paulo – SP

CEP: 78043-256

CEP: 05026-001

Cuiabá – MT

Telefone: (11) 3729-3550

Telefone: (65) 3627-6666

E-mail: compras@deolhonolivro.com

E-mail: adeptus@bol.com.br

Site: www.deolhonolivro.com

Sudeste

DISTRIBUIDORA LOYOLA DE LIVROS LTDA

ACD LIVROS DIGITAIS LTDA

Endereço: Rua Lopes Coutinho, 74

Endereço: Av. José Maria de Faria, 470 – Complemento: SL 110

Bairro Belenzinho

Bairro Lapa de Baixo – CEP: 05038-190

CEP: 03054-010

São Paulo – SP

São Paulo – SP

Telefone: (11) 2102-9825

E-mail: compras02@distribuidoraloyola.com.br

E-mail: nfedigital@acaiaca.com.br

EDITORA DA UFSCAR ARC LIVRARIA E IMPORTADORA LTDA

Endereço: Rodovia Washington Luis, 235 – Km 235

Endereço: Rua Clóvis Amaral, 300A

Setor de Eventos

Bairro Liberdade – CEP: 35502-638

CEP: 13565-905

Divinópolis – MG

São Carlos – SP

Telefone: (37) 3215-9246

Telefone: (16) 3351-9622

E-mail: adriano@livrariamais.com.br

E-mail: eventos-edufscar@ufscar.br

ATLANTIS LIVROS LTDA

ÊXITO DISTRIBUIDORA

Endereço: Rua Joaquim Guarani, 322

Endereço: Rua Conselheiro Ramalho,713-71

Bairro Jardim das Acácias – CEP: 04707-061

Bairro Bela Vista – CEP: 01325-001

São Paulo – SP

São Paulo – SP

Telefone: (11) 5183-5377 | (11) 5183-8205

Telefone: (11) 3101-6701 | (11) 3101-5816

E-mail: atlantis@8415.com.br

Site: www.exitolivros.com.br

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DISTRIBUIDORES

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS – FGV

LIVRARIA DA FÍSICA

Endereço: Rua Jornalista Orlando Dantas, 44

Endereço: Rua Enéas Luis Carlos Barbanti, 193

Bairro Botafogo – CEP: 22231-010

Bairro Freguesia do Ó

Rio de Janeiro – RJ

CEP: 02911-000

Telefone: (21) 3799-4426 | (21) 3799-4427 | (21) 3799-4428

São Paulo – SP

E-mail: marcelo.pontes@fgv.br

Telefone: (11) 3936-3413 | (11) 3459-4323

Site: www.portal.fgv.br

Site: www.livrariadafisica.com.br

FUNEP

LIVRARIA DA UNESP

Endereço: Via de acesso Prof. Paulo Donato Castellane, S/N.

Endereço: Praça da Sé, 10

Bairro Rural – CEP: 14884-900

Bairro Centro – CEP: 01001-900

Jaboticabal – SP

São Paulo – SP

Telefone: (16) 3209-1300 | (16) 3209-7100

Telefone: (11) 6604-5816

Site: www.funep.org.br/index_livraria.php

E-mail: fabio.igaki@editora.unesp.br

GD DISTRIBUIDORA

LIVRARIA E DISTRIBUIDORA MENTE SANTA LTDA

Endereço: Avenida Clara Nunes, 25 – Complemento: Loja B

Endereço: Av. Afonso Pena, 952 – conj 311/313

Bairro Renascença – CEP: 31130-680

Bairro Centro

Belo Horizonte – MG

CEP: 30130-003

Telefone: (31) 3421-9693 | (31) 3423-1736

Belo Horizonte – MG

E-mail: comprasgddistribuidora@gmail.com

Telefone: (31) 3347-7861

Site: www.gdlivros.com.br

Site: www.mentesana.com.br

IMPRENSA OFICIAL

LIVRARIA INTERCIENCIA

Endereço: Rua XV De Novembro, 318

Endereço: Rua Hermengarda, 560

Bairro Centro

Bairro Meier – CEP: 20710-010

CEP: 01013-000

Rio de Janeiro – RJ

São Paulo – SP

Telefone: (21) 2242-9095 | (21) 3242-7787

Telefone: (11) 3105-6781 | (11) 3101-6473 | (11) 2799-9673

E-mail: inter@home.cybernet.com.br

INOVAÇÃO

LIVRARIA UFV

Endereço: Rua Conselheiro Ramalho, 719

Endereço: Edif. Francisco São Jose, S/N

Bairro Bela Vista

Campus universitário

CEP: 01325-001

CEP: 36570-900

São Paulo – SP

Viçosa – MG

Telefone: (11) 3262-1380

Telefone: (31) 3899-2143

Site: www.inovacaodistribuidora.com.br/site

Site: www.editoraufv.com.br E-mail: editoraconsignacao@ufv.br

JULIANI COMÉRCIO DE LIVROS EIRELI Endereço: Rua Alice Alem Saadi, 855

PLD LIVROS

Bairro Nova Ribeirânia

Endereço: Rua José Pires De Godoy, 40

CEP: 14056-570

Bairro Jardim Santa Rosa – CEP: 13414-124

Ribeirao Preto – SP

Piracicaba – SP

Telefone: (16) 3975-6409

Telefone: (19) 3421-7436 | (19) 3423-3961

E-mail: compras02@julianilivros.com.br

Site: www.pldlivros.com.br

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SUSAN BACH COMERCIO DE LIVROS

ATHENA LIVRARIA E PAPELARIA – CENTRO

Endereço: Rua Visconde de Caravelas, 17

Endereço: Rua Marechal Floriano Peixoto, 1112

Bairro Botafogo – CEP: 22271-021

Bairro Centro – CEP: 97015-370

Rio de Janeiro – RJ

Santa Maria – RS

Telefone: (21) 2539-3590

Telefone: (55) 3307-4000

Site: www.sbachbooks.com.br

Site: blog.athenalivraria.com.br

TECHNICAL BOOKS

ATHENA LIVRARIA E PAPELARIA – SHOPPING PRAÇA NOVA

Endereço: Rua Gonçalves Dias, 89 – Sala 207

Endereço: Shopping Praça Nova – Lojas 1171/1172/1173

Bairro Centro – CEP: 20050-030

BR 287, Km 245 (com Rua Irmã Dulce)

Rio de Janeiro – RJ

Bairro Patronato – CEP: 97070-150

Telefone: (21) 2224-3177 | (21) 2252-9299

Santa Maria – RS

Site: www.tblivraria.com.br

Telefone: (55) 3032 0160 Site: blog.athenalivraria.com.br

TERRA SAPIENS COMÉRCIO DE LIVROS LTDA Endereço: Rua José Salvador Cozer, 103

CAMPUS LIVRARIA – MOURA E HEINEN

Bairro Jaguaribe – CEP: 06065-240

Endereço: Av. Independência, 2293

Osasco – SP

Centro de Convivência – Unisc – CEP: 96815-900

Telefone: (11) 3609-0942

Santa Cruz do Sul – RS

E-mail: vendas@terrasapiens.net

Telefone: (51) 3717-7433 | (51) 3717-7432

Site: www.terrasapiens.net

E-mail: campus.livraria@compusat.com.br

Sul

CESMA

A PÁGINA DISTRIBUIDORA DE LIVROS

Endereço: Rua Professor Braga, 55

Endereço: Rodovia BR 116, 14056

Bairro Centro

Bairro Fanny

CEP: 97015-530

CEP: 81690-200

Santa Maria – RS

Curitiba – PR

Telefone: (55) 3221-9165

Telefone: (41) 3213-5600

Site: www.cesma.com.br

Site: www.apaginadistribuidora.com.br

DISTRIBUIDORA CURITIBA AGROLIVROS

Endereço: Marechal Floriano Peixoto, 1762

Endereço: Av. Ivo Lessa Silveira, 562

Bairro Rebouças

Bairro Chácara das Paineiras

CEP: 80230-110

CEP: 92500-000

Curitiba – PR

Guaíba – RS

Telefone: (41)3330-5191

Telefone: (51) 3403-1155

E-mail: compras17@livrariascuritiba.com.br

Site: www.agrolivros.com.br

Site: www.livrariascuritiba.com.br

ANATERRA

KUNDA LIVRARIA UNIVERSITÁRIA

Endereço: Rua Dr. Bozano, 329 – Sala 02

Endereço: Rua Almirante Barroso, 1473

Bairro Centro

Bairro Centro

CEP: 97015-001

CEP: 85851-010

Santa Maria – RS

Foz do Iguaçu – PR

Telefone: (55) 3226-4016

Telefone: (45) 3523-4606 | (45) 98404-1473

Site: anaterralivros.livronauta.com.br

E-mail: livros@livrariakunda.com.br

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DISTRIBUIDORES

LIVRARIA CULTURAL

SORVIL LIVROS

Endereço: Av. Unisinos, 950

Endereço: Rua Londrina, 145

Bairro Cristo Rei

Bairro da Velha – CEP: 89036-610

CEP: 93022-000

Blumenau – SC

São Leopoldo – RS

Telefone: (47) 3325-2992 | (19) 3531-5700

Telefone: (51) 3590-4888 | (51) 3509-8850

E-mail: sorvil@terra.com.br

Site: www.culturalstore.com.br

Site: www.sorvillivros.blogspot.com.br

LIVRARIA LIVROS E LIVROS LTDA

TERRA BISTRÔ E LIVRARIA

Endereço: Centro Cultural e Eventos, S/N/

Endereço: Rua Expedicionário Almeida, 1038

Campus universitário – Caixa Postal 5167

Bairro Centro – CEP: 97400-000

CEP: 88040-535

São Pedro do Sul – RS

Florianópolis – SC

Celular: (55) 9 9647-2019

Telefone: (48) 3222-1244

E-mail: seboterralivros@gmail.com

E-mail: marcelo@livroselivros.com.br

Site: www.estantevirtual.com.br/seboterra

Site: www.livroselivros.com.br

TERRITÓRIO DO LIVRO COMÉRCIO DE LIVROS LTDA LIVRARIA UFPR

Endereço: Rua São Lucas, 115

Endereço: Rua Dr. Faivre, 405 – Bairro Centro

Bairro Sagrada Família

CEP: 80060-140

CEP: 94198-253

Curitiba – PR

Gravataí – RS

Telefone: (41) 3360-5214

Telefone: (51) 3085-0461

Site: www.editora.ufpr.br/portal/livrarias

E-mail: territoriodolivro@terra.com.br

LIVRARIA UFSM

USEB – JAILTON GONÇALVES FERNANDES

Endereço: Av. Roraima – Conjunto Comercial, 12

Endereço: Rua Tancredo Neves, 156

Bairro Campus Universitário

Bairro Areal

CEP: 97105-900

CEP: 96085-520

Santa Maria – RS

Pelotas – RS

Telefone: (55) 3220-8115

Telefone: (53) 9954-1371

Site: www.livrariaufsm.com.br

E-mail: useb.brasil@hotmail.com

SEBO CAMOBI Endereço: RST-287, 7100 – Faixa nova Bairro Camobi – CEP: 97105-070 Santa Maria – RS Telefone: (55) 9979-0110 E-mail: sebocamobi@gmail.com

SEBO CAPITU Endereço: Rua Acampamento, 239 Bairro Centro CEP: 97050-003 Santa Maria – RS

A Editora UFSM conta com distribuidores em diversas regiões do Brasil

Telefone: (55) 3029-2485 Site: www.estantevirtual.com.br/sebobancadolivro

Estilo Editorial | Edição 6 | 2019 65


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