FORMAÇÃO de professores: constribuições do PIBID

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Formação de professores Contribuições do PIBID


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Formação de professores Contribuições do PIBID Publicação aprovada pelo Conselho Editorial da UNICENTRO

Karina Worm Beckmann Márcia Terezinha Tembil (Org.)


Universidade Estadual do Centro-Oeste

Reitor: Aldo Nelson Bona Vice-Reitor: Osmar Ambrosio de Souza Editora UNICENTRO Direção: Beatriz Anselmo Olinto Assessoria Técnica: Gilvana F. F. Gomes, Luiz Gilberto Bertotti, Ruth Rieth Leonhardt, Waldemar Feller, Victor Mateus Gubert Teo Divisão de Editoração: Renata Daletese Correção: Dalila Oliva de Lima Oliveira Diagramadores: Helana Wichinoski, Édina Regina Neumann, Roger Ongaratto Nunes, Victor Mateus Gubert Teo Diagramação: Helana Wichinoski Capa: Helana Wichinoski Gráfica UNICENTRO Lourival Gonschorowski, Marlene S. Gonschorowski, Agnaldo Dzioch

Catalogação na Publicação Biblioteca Central da UNICENTRO, Campus Guarapuava Fabiano de Queiroz Jucá (CRB 9/1249)

F724

FORMAÇÃO de professores: constribuições do PIBID / Organizado por Karina Worm Beckmann, Márcia Terzinha Tembil. – – Guarapuava: Ed. da Unicentro, 2014.

280 p.

ISBN 978-85-7891-170-6 Bibliografia 1. Professores - Formação. 2. Formação de professores - PIBID. 3. PIBID. I. Título. CDD 370.71

Copyright © 2014 Editora UNICENTRO O conteúdo desta obra é de exclusiva responsabilidade de seus autores.

Prefácio A educação brasileira, no bojo de uma sociedade gestada na lógica da modernidade depara-se, já há algum tempo, com o desafio de romper com a dicotomia entre teoria e prática. No que tange às licenciaturas, observa-se a busca pela superação do modelo que asseverava a fragilidade da formação inicial de professores, de maneira a comprometer o desenrolar do processo educativo. Sob a égide desse novo posicionamento, a adesão das instituições de ensino superior ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, PIBID, corrobora o intuito de fortalecer o projeto dos cursos de licenciatura, ao tempo que espelha o interesse em estreitar diálogos com os outros níveis de ensino. Na esteira desse programa recupera-se, gradativamente, a identidade das licenciaturas e prima-se por um processo consistente de formação de docentes para atuar na educação básica. Ao assumir como prerrogativas a flexibilização curricular, novas metodologias de ensino focadas numa significativa aprendizagem, na experimentação, na vivência da interdisciplinariedade e em uma postura permeada pela crítica e reflexão, o PIBID tem possibilitado, aos licenciandos, uma formação inicial de maior qualidade por conta de sua inserção no universo do ambiente escolar. Nesses termos, o fazer pedagógico aponta para novas reflexões e ações que envolvem a prática educativa. O objetivo de formar docentes comprometidos com a educação, profissionais mais bem preparados para atender à demanda da educação escolar, é sinalizado pelos resultados obtidos desde que esta universidade aderiu ao Programa em 2010, com subprojetos na área de física, química, matemática, pedagogia, arte educação e letras português. Em 2011 agregou-se geografia, letras espanhol e educação do campo. Ato contínuo, em 2012, letras inglês, história, educação física e ciências biológicas, abarcando, portanto, todos os cursos de licenciatura ofertados pela UNICENTRO em seus dois campus: Guarapuava e Irati.


Apresentação A coletânea de textos e inicia com as discussões entabuladas no âmbito do Programa Institucional de Iniciação à Formação Docente, PIBID, da área de Geografia, Guarapuava. Intitulado Interação universidade e educação básica na formação de professores: ações colaborativas no ensino de Geografia, de autoria de Marquiana de Freitas Vilas Boas Gomes e Cecília Hauresko, apresenta as reflexões teóricas empreendidas por suas coordenadoras, supervisores e pibidianos. Partindo da premissa de que os espaços são educativos, toma como eixo norteador a construção dos percursos formativos, perscrutando a interação universidade/escola por meio de ações corporificadas em universos temáticos que traduzem a concepção da pluralidade inerente a conceitos construídos culturalmente. Também na trilha do entendimento da constante ressignificação de sentidos e na preocupação com o perfil do profissional de história e sua atuação in loco, sob o título O ressignificar da prática docente no cotidiano escolar: experiências de formação a partir do projeto PIBID História/I, o grupo, coordenado por Claércio Ivan Schneider, tem sua trajetória historiada de tal sorte a delinear o caminho já percorrido com sucesso no que diz respeito a entender o espaço escolar enquanto laboratório, uma vez que permite o contato direto dos bolsistas com a realidade escolar em toda a sua complexidade. Tendo a alfabetização como foco de trabalho, os PIBID’s Pedagogia de Guarapuava e Irati traçam os percursos teóricos e metodológicos encetados pelos licenciandos e professores, envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. As autoras Rejane Klein e Marta Maria Simionato e, Ângela Helena Bona Joséfi, em Os problemas mais frequentes no ensino e aprendizagem de crianças em processo de alfabetização e as ações do PIBID e Concepções e práticas de professores alfabetizadores: o PIBID como espaço de reflexão sobre a teoria-prática e de articulação entre ensino, pesquisa e extensão, enfatizam nos capítulos III e VII, respectivamente, o comprometimento com a alfabetização, com base no pressuposto de que a criança é um sujeito histórico e, nesses termos, já carrega consigo alguns conhecimentos atinentes à leitura e à escrita, primam por atividades


que contemplem o professor como mediador e, assim, como profissional que deve ter uma sólida formação. Acredita-se que essa formação pretendida é amplamente beneficiada a partir das ações envidadas no interior do PIBID, à medida que asseveram o envolvimento de bolsistas, professores das escolas e dos cursos de licenciatura em Pedagogia em atividades de ensino, pesquisa e extensão. Ainda na área da pedagogia, mas sob o viés do ensino de matemática, essa formação é sempre considerada, a se ver pelo texto que compõe o capítulo XV, escrito por Jane Maria de Abreu Drewinski (et al.) Matemática para os pequenos: o processo de formação docente nos primeiros anos do ensino fundamental, que evidencia a reflexão e o aprofundamento teórico de todos os envolvidos, objetivando o desenvolvimento de atividades pedagógicas significativas no ensino de matemática das séries iniciais. A perspectiva de renovação de conceitos questiona práticas e desafia pibidianos e professores a repensá-las em seu fazer diuturno. Acrescente-se a isso, o também avanço na relação ensino, pesquisa e extensão. Essas últimas questões voltam à baila no instigante debate O PIBID e o desafio da formação inicial de professores de Filosofia para o ensino médio no centro-oeste do Paraná, de Manuel Moreira da Silva. Aí o trabalho docente frente aos limites e alcances das diretrizes curriculares é amplamente explorado, evidenciando a importância de um repensar, no que tange ao trato dado à filosofia no ensino médio e o entendimento do que seja essa ciência para a formação de cidadãos críticos e atuantes na sociedade em que vivem. Não perdendo de vista que todo saber deve refletir o querer/ fazer de sujeitos plurais, o capítulo Contribuições do projeto PIBID na formação do licenciando em Química, escrito a seis mãos por Neide Hiroko Takata, Lislaine Pilato Bochnia e Neucinéia Vieira Chagas, trata das vivências/experiências do PIBID/Química e demonstra a percepção dos bolsistas e demais envolvidos nesse subprojeto acerca da importância de estar bem preparado para entrar em contato com os dilemas do cotidiano escolar. Destarte, os depoimentos espelham esse cotidiano e as possibilidades de intervenção, desembocando em ações investigativas e de participação efetiva no

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universo da produção acadêmica, sem perder, em momento algum, o olhar sobre a educação básica. Esse diálogo entre a educação básica e a educação superior é basilar igualmente na proposta explicitada por Cibele Krause Lemke e Silvana das Graças Filipaki em O PIBID de Língua Espanhola e o processo de formação docente. Cotejando a relação dialógica e sentidos construídos coletivamente no ensino de língua estrangeira, o subprojeto vinculado à área de língua espanhola, não desconsidera que, para superar os problemas afetos ao ensino e à aprendizagem, faz-se necessário estabelecerem-se ações inovadoras e interdisciplinares no intuito de oportunizar novas experiências na seara das práticas docentes e das metodologias estabelecidas, contemplando, ainda, diante do contexto posto pela contemporaneidade, o uso de novas tecnologias para o enfrentamento dos desafios presentes na docência. Para tanto, diversos e originais recursos foram utilizados pelo grupo em suas ações, de forma a primar por um processo de amadurecimento que passa pelas experiências da escola, pelo primado da pesquisa e do acesso aos bens culturais da língua espanhola. No que se refere à língua portuguesa, o capítulo Um laboratório vivo no magistério para Letras, redigido por Antonio Henriques Gonçalves da Cunha, é denotativo do comprometimento dos docentes universitários e dos pibidianos em pensar a escola de forma engajada nas questões sociais. Essa concepção é pautada em conceitos chave como interdisciplinaridade e transversalidade. Por conta disso, expõe-se a importância de ter como base “textos de gêneros discursivos diversos”, favorecendo, então, o ato de se expressar mediante linguagens múltiplas. Os projetos temáticos, portanto, ensejam o viver cotidiano dos adolescentes. Da mesma forma, todo o arrazoado, encadeando atividades de pesquisa e de ensino, sublinha ter como escopo tópicos da cultura e da sociedade brasileira, de maneira a ultrapassar limites no campo da língua e da literatura. Igualmente, os limites do campo de atuação fazem-se presentes nas reflexões postas no texto Conceitos, linguagens e formação do professor: a experiência PIBID no curso de Geografia da UNICENTRO, concebido por dois autores: Daniel Luiz Stefenon e Wanda Terezinha Pacheco dos Santos. O uso de diferentes

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linguagens didáticas infere o cuidado e preocupação do professor de geografia dada à complexidade do mundo em que a escola encontrase inserida, bem como a pluralidade epistemológica que formata o campo da geografia. A formação dos bolsistas e o trabalho nas escolas implicam, na esteira dessa interpretação, o entendimento de que o conhecimento é socialmente construído. Isso ganha relevo nos apontamentos dos futuros egressos do curso sobre o programa e sobre a sua própria formação. Ato contínuo, os professores da rede pública de ensinos fundamental e médio experenciam outras práticas, ao tempo em que estabelecem contato com novos referenciais teóricos e novas metodologias. Em A formação de professores de Matemática e os impactos do PIBID Joyce Jaquelinne Caetano esboça a percepção da matemática não apenas como procedimento técnico, mas antes, como um processo permeado pela complexidade. A apreensão desse complexo contexto desencadeou ações diagnósticas que ganharam corpo nos de questionários direcionados a verificar as percepções dos docentes das escolas sobre o PIBID e a universidade. Essas percepções também integram o corpus do texto mediante o relato de experiências dos licenciandos. Nesses relatos, observa-se que a articulação entre teoria e prática desencadeia novas ações imbuídas da reconstrução de práticas mais bem elaboradas que respondem à demanda de formação. Uma formação aprimorada é alvo, de igual maneira, do subprojeto de Letras Inglês, de Irati, coordenado por Ruth Mara Buffa. Em Contribuições do PIBID na formação de docentes de Língua Inglesa destacam-se as vivências diárias dos alunos na escola e no mundo como seara favorável para os graduandos no processo de ensino/ aprendizagem da língua inglesa, fornecendo-lhes aporte teórico e metodológico durante a caminhada de se construir, enquanto docente engajado e ciente do dia a dia, que pincela cores ao ensino.

incorporação de novas tecnologias, em especial, referentes à música, o universo estudantil é reinventado desaguando no mar das pluralidades, outras práticas mais condizentes com um ensino de qualidade em todos os seus níveis. O capítulo XIV, Educação Física escolar: diálogos com o PIBID, construído por Emerson Luís Velozo, Kátia Osinski Ferreira e Eliton Eduardo Candido, consubstancia-se na concepção de cultura corporal do movimento enquanto manifestação que é construída na perspectiva cultural, histórica e social, rompendo, nessa linha interpretativa, com as abordagens que se reportam à aptidão do corpo e à esportivização. Além disso, ao estabelecer a cultura corporal como eixo para nortear a proposta, compreende que a criticidade perpassará a formação dos graduandos, permitindo-lhes relações mais densas com a vida escolar. O texto PIBID Física - um relato de experiência, elaborado por Tânia Toyomi Tominaga e Ricardo Yoshimitsu Miyahara, aborda a importância do Programa na formação de professores de Física sintonizados com a realidade da educação básica. O contato com essa realidade proporcionou ao grupo aulas experimentais, elaboração de materiais (alguns inéditos) e experimentos. Enfim, novas metodologias e práticas que culminaram numa Feira de Ciências, com participação de bolsistas, alunos, supervisores e coordenadores. À guisa de consideração final registramos que todas as experiências do Programa espelham uma nova realidade educacional que busca valorizar os cursos de Licenciatura e estreitar vínculos com a educação básica, com o objetivo maior de melhorar a qualidade do ensino em todos os seus níveis.

A arte de ensinar integra o ensino da arte, como demonstra o registro de Daiane Solange Stoeberl da Cunha O PIBID formando professores-pesquisadores de arte, de sorte a valorizar, por conseguinte, as Licenciaturas em Artes. Passando por atividades de investigação/ pesquisa, sensibilização em relação às manifestações artísticas e a

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I.

INTERAÇÃO UNIVERSIDADE E EDUCAÇÃO BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: AÇÕES COLABORATIVAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA...........17 Marquiana de Freitas Vilas Boas Gomes Cecilia Hauresko

SUMÁRIO

II.

O RESSIGNIFICAR DA PRÁTICA DOCENTE NO COTIDIANO ESCOLAR: EXPERIÊNCIAS DE FORMAÇÃO A PARTIR DO PROJETO PIBID HISTÓRIA/I.....................33 Claércio Ivan Schneider

III.

OS PROBLEMAS MAIS FREQUENTES NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS EM PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E AS AÇÕES DO PIBID....................... 49 Rejane Klein Marta Maria Simionato

IV.

O PIBID E O DESAFIO DA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE FILOSOFIA PARA O ENSINO MÉDIO NO CENTRO-OESTE DO PARANÁ..................................... 63 Manuel Moreira da Silva

V.

CONTRIBUIÇÕES DO PROJETO PIBID NA FORMAÇÃO DO LICENCIANDO EM QUÍMICA..................................... 79 Neide Hiroko Takata Lislaine Pilati Bochnia Neucinéia Vieira Chagas

VI.

O PIBID DE LÍNGUA ESPANHOLA E O PROCESSO DE FORMAÇÃO DOCENTE........................................................ 91 Cibele Krause-Lemke Silvana das Graças Filipaki


VII.

CONCEPÇÕES E PRÁTICAS DE PROFESSORES ALFABETIZADORES: O PIBID COMO ESPAÇO DE REFLEXÃO SOBRE A TEORIA-PRÁTICA E DE ARTICULAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO.............................................................................105 Ângela Helena Bona Joséfi

VIII.

AÇÕES DO PIBID E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA......................................................117 Loremi Loregian-Penkal Carla Micheli Carraro Isaías Maneira

IX.

CONCEITOS, LINGUAGENS E FORMAÇÃO DO PROFESSOR: A EXPERIÊNCIA PIBID NO CURSO DE GEOGRAFIA DA UNICENTRO..........................................135 Daniel Luiz Stefenon Wanda Terezinha Pacheco dos Santos

X.

UM LABORATÓRIO VIVO NO MAGISTÉRIO PARA LETRAS....................................................................................149 Antonio Henriques Gonçalves Cunha

XI.

A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA E OS IMPACTOS DO PIBID....................................................165

XIII. O PIBID FORMANDO PROFESSORES-PESQUISADORES DE ARTE..................................................................................197 Daiane Solange Stoeberl da Cunha

XIV. EDUCAÇÃO

FÍSICA ESCOLAR: DIÁLOGOS COM O PIBID........................................................................................219 Emerson Luís Velozo Kátia Osinski Ferreira Eliton Eduardo Candido

XV. MATEMÁTICA PARA OS PEQUENOS: O PROCESSO DE FORMAÇÃO DOCENTE NOS PRIMEIROS ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL..................................................235 Jane Maria de Abreu Drewinski Melissa P. Rodrigues Mariulce Leinecker Roseli Viola Rodrigues Ana Paula da Silva Lima Maria Lúcia Moura

XVI. PIBID FÍSICA – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA..........255 Tania Toyomi Tominaga Ricardo Yoshimitsu Miyahara

PALAVRAS FINAIS................................................................275

Joyce Jaquelinne Caetano

XII.

CONTRIBUIÇÕES DO PIBID NA FORMAÇÃO DE DOCENTES DE LÍNGUA INGLESA..................................179 Ruth Mara Buffa

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