Route

Route

Movimento, aventura e esportes radicais

Tecnologia no Surf As últimas inovações do esporte

+ Entrevista com Yndiara Asp + Sandboard na Joaca + Trilhas de Floripa

FOTO: SHUTTERSTOCK

2 · DEZ 2017 · Nº 1 · ROUTE

M

ais do que uma revista de esportes, a Route te faz desafiar os próprios limites. Em cada página desta revista, a gente te dá dicas de rolês bacanas e te inspira a se movimentar com muita adrenalina!

O conteúdo editorial deste produto é dividido em seis sessões, que trazem dicas de destinos em Florianópolis para as férias; informações sobre esportes aquáticos; entrevistas com atletas; trilhas para se fazer no Brasil; esportes praticados no ar; e, ainda, uma parte referente a esportes variados.

Se você curte cuidar do corpo e da mente com uma dose a mais de emoção, experimente se aventurar em cada folha desta Route, que contém altas doses de movimento, aventura e, claro, de esportes radicais.

EXPEDIENTE Universidade Federal de Santa Catarina Curso de Jornalismo Laboratório de Produção Gráfica– Ildo Francisco Golfetto ROUTE Movimento, aventura e esportes radicais 1 edição dezembro 2017 Editoras: Sofia Mayer e Tatiane Borges Projeto gráfico-editorial: Textos: Sofia Mayer e Tatiane Borges Imagens: Aktionpaz Avdo Bilkanovic Daniel Cabral Fábio Falconi/ Latin Sports Fortalezas. org José Cruz Julia Kubrusky Luciana Pires Marlon Gaspar Pixabay Pxhere Sean Rowland/ WSL Sergio Almeida Sofia Mayer Shutterstock Tatiane Borges Tecno Evento Turismoflorianópolis.com Esse trabalho é experimental, sem fins lucrativos e de caráter puramente acadêmico, desenvolvido pelas acadêmicas So fia Mayer e Tatiane Borges como exercício de projeto gráfico-editorial para a disciplina de Laboratório de Produção Gráfica do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) no semestre 2017-2. Não será distribuído, tampouco comercializado.

ROUTE · Nº1 · DEZ 2017 · 3

Sumário Sundboard 6

Aventura nas areias da praia da Joaquina

Ciclismo 8

Pedaladas pela natureza

Tecnologia

12

Inovações tecnológicas no Surf

4 · DEZ 2017 · Nº 1 · ROUTE

Entrevista 18

Manezinha é um dos destaques femininos no skate

Elemento Ar 20

A Historia do Voo Livre

Trilhas 22

As mais belas paisagens da Ilha de Santa Catarina

ROUTE · Nº1 · DEZ 2017 · 5

FOTO: SOFIA MAYER

clima de férias

“Surf” a c a o J a d s areias Na

Prática do Sandboard nas dunas da Joaquina atrai aventureiros

L

ocalizada ao leste da Ilha de Santa Catarina, a Praia da Joaquina é conhecida por ser muito procurada pelos surfistas e por ser sede de diversos campeonatos do esporte. Mas engana-se quem pensa que só é possível se divertir no local quando as ondas estão boas. A poucos metros da praia, é possível visitar as Dunas da Joaca e praticar o sandboard, esporte que consiste em descer as areias utilizando uma prancha similar à do snowboard.

Para escorregar pelas dunas de areias brancas e finas, basta alugar uma prancha em uma das barracas disponíveis. O valor para ficar por uma hora com o instrumento custa, em média, 20 reais. Não é necessário ter experiência no esporte, já que há pessoas disponíveis para instruir o visitante. Lucas Peres Fernandes, um dos instrutores, diz que na temporada, cerca de 2000 pessoas experimentam a atividade.

6 · DEZ 2017 · Nº 1 · ROUTE

Foi nas Dunas da Joaquina, na década de 1980, que o Sandboard surgiu. Foi criado com a ideia de ser uma alternativa para os surfistas quando o mar não estivesse bom, além de ser outra forma de ensinar a prática do surf. Hoje o esporte tem independência e é praticado em diversos países, como Argentina, Uruguai, Estados Unidos e Austrália. Os campeonatos de sandboard se dividem em quatro categorias principais: A Big Air, Slope Style; Boardercross; Slalom.

O Parque Municipal das Dunas da Lagoa f ica localizado entre a Avenida das Rendeiras e a Praia da Joaquina, compreendendo uma área de 463 hectares. Foi criado em 1988 e protege o campo de dunas móveis, f ixas e semi-f ixas existentes no local. Uma coisa é certa: O visual pra quem decide praticar o Sandboard nessas dunas é de tirar o fôlego!

Sandboard

clima de férias FOTO: SOFIA MAYER

Conheça os campeonatos de

Sandboard

C

omo em todo esporte, no Sandboar existe gente que dá o sangue para obter reconhecimento. No caso do sandboard, a prancha pode ser usada de diversas formas, com descidas retas ou acrobacias. Dessa forma, o esporte é dividido em quatro modalidades principais: A Big Air, Slope Style; Boardercross; Slalom.

Big Air Modalidade de saltos com manobras.

Boardercross É uma corrida entre quatro atletas em um percurso com obstáculos, rampas e curvas fechadas. Vence aquele que chegar primeiro.

Slope Style Slalom Parecida com o street do skate, vence aquele que se sair melhor no percurso com rampas e corrimões.

Descida de velocidade, com o percurso marcado por bandeirinhas que devem ser contornadas.

ROUTE · Nº1 · DEZ 2017 · 7

pela Rua 8 · DEZ 2017 · Nº 1 · ROUTE

Vamos de

Bike?

Grupos de ciclismo têm alcançado muitos adeptos pela oportunidade de fazer exercícios enquanto pedala com amigos FOTO: FÁBIO FALCONI/LATIN SPORTS

ROUTE · Nº1 · DEZ 2017 · 9

Pedal + Galera

FOTO: PXHERE

O

fato de poder conciliar o prazer de pedalar com os benefícios, para o corpo e mente, de um exercício físico tem levado muita gente a se juntar com pessoas que compartilham o interesse pelo ciclismo. Hoje, na Grande Florianópolis, existem dezenas de grupos que se aventuram pelas estradas de Santa Catarina e também de estados afora, cada um com sua característica.

Um desses grupos é o Cicle Ribeiro, formado há mais de 15 anos em Palhoça, cidade vizinha da capital catarinense. São cerca de 50 participantes que se dividem conforme o nível de cada ciclista no esporte: Às segundas-feiras, é oferecido um pedal mais leve, para quem está começando. Às quintas, o nível é médio, com menos paradas durante o percurso. “Os ‘mais fortes’, ou que competem, marcam pedais ou treinos entre si, abertos para quem consegue acompanhar o ritmo”, conta Erich Hoeller, um dos integrantes.

10 · DEZ 2017 · Nº 1 · ROUTE

No Cicle Ribeiro, os pedais mais tranquilos costumam ter de 25 km a 40 km, evitando morros muito íngremes. No nível médio, embora a distância do percurso não seja tão maior (vai de 40 km a 60 km), costuma ser um exercício mais intenso e técnico que o primeiro.

Embora muita gente comece a participar de grupos de ciclismo pensando em questões estéticas do corpo, é inegável a sensação de bem-estar que um pedal pode proporcionar, além do incentivo para superar limites. “A ideia é diversão e entretenimento, mas também participamos de competições, porém, a preparação da equipe é combinada entre os atletas que competem”, explica Hoeller.

Em Santa Catarina, os esportistas podem se aventurar em competições como o MTB Ilha da Magia, que terá sua segunda edição no dia 10 de dezembro, no bairro Sambaqui em Florianópolis. A prova consistirá sem uma percurso de cerca de 35 km para as categorias PRO e 21 km para as categorias SPORT.

: s o d a d i u C

- Pedale sempre de capacete - A sinalização é item obrigatório - Luvas são importantes para proteger as mãos - Leve sempre água ou isotônico, além de algo leve para comer - Use roupas claras, confortáveis e coladas no corpo - Use sempre tênis apropriados

FOTO: PIXABAY

ROUTE · Nº1 · DEZ 2017 · 11

alma salgada

na Jrista ONDAS ARTIFICIAIS E APLICATIVOS DE PREVISÃO DA CONDIÇÃO DO MAR SÃO ALGUMAS DAS NOVIDADES TECNOLÓGICAS PARA NINGUÉM DEIXAR DE SURFAR Por Tatiane Borges

12 · DEZ 2017 · Nº 1 · ROUTE

da inovação Imagine um lugar paradisíaco com ondas perfeitas a toda hora, onde o sur-

fista pode manobrar do jeito que quiser, sem ter que esperar a série entrar, nem depender das condições climáticas e com chances iguais para todos que estiverem dispostos a surfar. Sem ter que viajar por horas ou até mesmo dias para buscar a onda dos sonhos e as vezes não achar, com água na temperatura ideal, e que não ofereça tantos riscos, como fundo de corais, colisões com pedras ou rochas e até mesmo ataque de tubarão.

FOTO: REBECA BARROS

ROUTE · Nº1 · DEZ 2017 · 13

alma salgada

O

que antes era apenas um sonho agora virou realidade: no último mês de setembro o 11 vezes campeão mundial, Kelly Slater, inaugurou a sua piscina artificial com ondas perfeitas. A piscina produz uma onda poderosa por mais de 30 segundos com paredes para manobras e tubos incríveis.

Em entrevista para o portal IG, Slater esclarece que a criação dessa piscina é a realização de um sonho de 10 anos. “Para mim, o surfe foi sempre sobre a aventura, as viagens e o oceano, mas esta onda abre novas oportunidades para o esporte sem retirar o verdadeiro espírito que atraiu muitos de nós”, diz o norte-americano. Surfar ondas, em ambiente controlado é o próximo nível do surf.

A piscina, Kelly Slater Wave Co ou mais conhecida como Surf Ranch, foi construída no rancho de Slater em Lemmore, no interior da Califórnia impressionou até os dirigentes da World Surf League (Liga Mundial de Surf ) que no dia 19 de setembro promoveu um campeonato experimental e contou com grandes nomes do surf mundial como Filipe Toledo, Gabriel Medina, Adriano de Souza, Silvana Lima, Carissa Moore, Joel Parkinson, Mick Fanning entre outros.

Representantes do Comitê Organizador da Olimpíadas do Japão, pensando nos Jogos de 2020, também compareceram ao Surf Ranch, para avaliar se a tecnologia poderia ser implementada na competição.

Se os Jogos ocorrerem em ondas artificiais, os organizadores podem ter datas específicas para as disputas. A imprevisibilidade do clima e das condições do mar é um dos motivos pelos quais o surf demorou a ser considerado um esporte olímpico. Atualmente, cada etapa do circuito mundial tem uma janela de pelo menos dez dias e a competição é realizada nos dias de melhores condições durante aquele período.

Até pouco tempo atrás o surf era marginalizado e considerado um hobby, entretanto nos últimos anos, ao ganhar mais adeptos, evoluiu e se profissionalizou. Essa popularização se deve em grande medida às inovações nos materiais como pranchas, quilhas, leash, roupas, aplicativos com previsões de ondas - em quase todas as praias do mundo - e também as transmissões ao vivo dos campeonatos via internet.

O desenvolvimento das roupas de neoprene, os wetsuits ou roupas de borracha, pode ser considerado uma das mais importantes inovações da história do surf, pois FOTO: WSL/ SEAN ROWLAND

“Surfar ondas grandes em um ambiente controlado cria uma nova dimensão, sem estresse sobre quem pegou a melhor onda , todas são boas.” disse Slater

14 · DEZ 2017 · Nº 1 · ROUTE

FOTO: TATIANE BORGES

alma salgada

permitiu que o esporte seja praticado em locais de águas extremamente geladas, como em Jeffreys Bay, na África do Sul. Os wetsuits, funcionam como um isolante térmico, retardando a passagem do calor da pele para a água, fazendo com o que o corpo fique aquecido. A cada ano, as roupas são desenvolvidas para ficar mais leves, f lexíveis e quentes, permitindo que o surfista consiga se movimentar mais facilmente em cima da prancha.

A grande evolução acontece com o desenvolvimento do poliuretano (polímeros termoplásticos sob forma de esponja), que permite produzi-las cada vez menores e mais leves.

Essa base da prancha continua sendo a mesma até os dias atuais, espuma de poliuretano com uma longarina (compensado de madeira, que dá resistência a prancha), laminada com fibra de vidro e resina de poliester. “Hoje com a plataforma tecnológica que nós usamos, a gente conseguimos ter pranchas leves, como as mais leves antigamente, só que com uma durabilidade muito maior” afirma o shaper (profissional que produz pranchas) e diretor de produto da Tropical Brasil, Avelino Bastos.

O peso das pranchas também depende do gosto preferencial de quem irá usá-la, que tipo de manobras serão feitas, em que tipo de onda irá surfar, se é uma onda mais tubular como no Hawaii, ou uma onda onde se faz mais manobras na parede, como no Brasil Avelino Bastos também é um dos criadores do Opifex, equipamento que mede o desempenho do surfista em tempo real. O aparelho armazena e transmite as informações do movimento da prancha, em dispositivos móveis. Dados como, distância percorrida sobre uma onda, velocidade real em relação a água e força gravitacional, são transmitidos via wi-fi ou Bluetooth do aparelho instalado na prancha para um aplicativo que pode ser acessado por dispositivos móveis. Esse Hardware cria uma nova base de informações para a prática do surf.

“As pranchas chegam a pesar atualmente de 2kg a 2,5kg” Avelino Bastos shaper Tropical Brasil

Com a praticidade dos smartphones, os aplicativos auxiliam o trabalho do surfistas, eles facilitam na busca das melhores ondas, oferecem informações sobre as condições do clima, e até ajudam a reunir amigos para combinarem surf em grupo. Alguns app’s permitem que os próprios usuários postem os boletins das ondas procurando, fornecer informações atualizadas e mais precisas. A World Surf League (WSL) investiu em aplicativo, que possibilita assistir as transmissões dos campeonatos ao vivo, que permite aos amantes do esporte a ficar por dentro das competições, por mais que sejam realizados em países longínquos, e de mais difícil acesso. O app também traz informações sobre os atletas, videos, o calendário de competições e o ranking atualizado.

A inovação no esporte não fica apenas nas tecnologias aplicadas a roupas, e pranchas e app’s. O surf é um esporte que necessita de muita preparação física e mental. Os atletas profissionais precisam estar aptos para as longas viagens, e ondas de diferentes tipos de intensidade. Para ser um atleta de alto nível o surfista não pode depender apenas do seu talento, precisa se dedicar e se preparar muito com acompanhamento de técnicos que auxiliem nos treinamentos e durante o campeonato, além de treinamentos funcionais e ROUTE · Nº1 · DEZ 2017 · 15

funcional prolonga a vida competidora do atleta, a capacidade de desenvolvimento de perfomance é mais duradoura e o esportista consegue se colocar em uma condição competitiva por mais tempo.

Todas essas tecnologias não estão longe dos brasileiros, a piscina do Kelly Slater, pode chegar ao país em breve. O site Waves apurou que um grupo de empresários brasileiros está em negociação para trazer a piscina para a região de Grande Campinas, beirando a Rodovia dos bandeirantes. A intenção seria inaugura-lá antes das Olimpíadas do Japão.

Será esse o futuro do surf? Atualmente poucos esportes mantêm o homem tão integrado com a natureza como o surf. Segundo Teco Padaratz, bicampeão mundial do WQS, essas inovações não interferem na essência em si “devemos ter cuidado com essa euforia toda por cada novidade que pinta no surf, justamente pra não perdermos a nossa originalidade, que aliás é o que nos diferencia de todos os outros esportes.”

Mesmo quando está de férias Adriano de Souza, segue fazendo seus de treinos em Florianópolis

FOTO: AKTIONPAZ

alma salgada

psicológicos. “A gente tem visto hoje no circuito mundial, a maioria dos atletas de ponta, principalmente, estão todos com técnico”, destaca Jacqueline Silva, bicampeã mundial do WQS (divisão de acesso ao circuito mundial), que durante a entrevista não tirava os olhos do notebook acompanhando a etapa de Trestle, campeonato mundial de surf feminino e masculino, que ocorria naquele momento na Califórnia, Estados Unidos.

Nem todos os atletas fazem uso dessa preparação, mas os que fazem, chegam às competições com um melhor condicionamento. Com o treinamento funcional o atleta desenvolve sua performance, para desempenhar as manobras, e está menos propenso a sofrer lesões ou desgaste muscular ou articular.

“Como o nível técnico de cada atleta é muito semelhante, esses cuidados fazem uma grande diferença”, reitera Rafael Krentz, preparador físico do campeão mundial Adriano de Souza. Além de trazer benefícios contra as lesões, o treinamento

16 · DEZ 2017 · Nº 1 · ROUTE

FOTO: WSL/ SEAN ROWLAND

alma salgada

Onda perfeita na KS Wave Company em Lemoore, CA, EUA

FOTO: WSL/ SEAN ROWLAND

Adriano de Souza na piscina de ondas, na Califórnia ROUTE · Nº1 · DEZ 2017 · 17

MANEZINHA

FOTO: DANIEL CABRAL

18 · DEZ 2017 · Nº 1 · ROUTE

Entrevista

NO SKATE Yndiara Asp, promessa do skate nacional, tem apenas 20 anos e já é protagonista de um programa no canal Off

ROUTE: Quando você começou a andar de skate?

Yndiara: Comecei a andar de skate quando eu tinha 15. Vai fazer 5 anos agora Por que começou a praticar o esporte?

Eu comecei por influência de uns amigos que já andavam. Na verdade, desde quando eu tinha sete anos, eu tinha contato com o skate.

Ganhei um de natal do meu pai, mas era mais uma brincadeira...Eu comecei a levar a sério e a andar todo dia quando eu tinha 15 anos.

Você foi a convite do Canal Off para os Estados Unidos, né?

Eu fui para gravar o programa “Partiu, Skate!”. A gente gravou treze episódios na Califórnia, foi a primeira vez que a gente foi pra lá.

Foi tudo muito legal, conhecer as pessoas de lá...Foram eu e mais duas meninas do Brasil que também andam de skate.

Algum campeonato que te marcou?

Todos os eventos são muito legais, cada um com sua peculiaridade. O primeiro que eu participei fora do Brasil foi um marco.

Foi a primeira vez que eu competi com minhas ídolas, as meninas que eu via pela internet. Esse último também foi muito legal, que eu fui pra China, coisa que nunca imaginei que faria. Todos!

Quais são as perspectiva para o futuro?

Eu espero continuar sempre me divertindo andando de skate, cada vez acontecendo as coisas mais naturalmente. Isso que eu acho que é legal: Fazer o que eu gosto e o Universo me retornar.

ROUTE · Nº1 · DEZ 2017 · 19

FOTO: AVDO BILKANOVIC

Em quais competições você já participou?

Quando já tinham dois anos que eu andava, eu fui campeã do Circuito Brasileiro de Skate. No ano seguinte, eu fui vice-campeã [nesse circuito]. Daí eu comecei a participar de uns campeonatos mundiais. No meu primeiro eu fiquei em segundo lugar, lá na Califórnia. Depois eu participei de um que eu consegui me classificar para a final do circuito, na Suécia, e terminei na sexta colocação. Neste ano eu participei desse mesmo circuito, com final na China, e eu terminei na 8a colocação.

Qual a previsão dos próximos campeonatos?

Eu vou daqui a duas semanas à Califórnia para participar do Exposure, um campeonato só de meninas. É um campeonato muito legal, é a sexta edição já. Tem três modalidades de skate: Tanto Street, Vert e Bowl, que é a minha modalidade. Ano que vem tem mais eventos.

ELEMENTO AR

FOTO: LUCIANA PIRES

IN THE AIR A

idéia de voar como pássaros sempre foi um sonho do homem. A história mais antiga pode ser encontrada na mitologia grega. Dédalo e Ícaro escaparam de Creta em asas artificiais com cera de abelha e penas de gaivotas, essas são as primeiras gravuras que representam a luta do homem para voar.

A asa delta foi a primeira modalidade do voo livre a surgir, teve início em 1963, na Austrália e seu inventor foi John Dieckenson. No início as decolagens eram feitas com skis na água, somente em 1969 fez-se a primeira decolagem de uma montanha. Quase 55 anos depois as asas de Dieckson ainda é a base para as asas mais moderna.

O parapente surgiu ainda nos anos 60, o norte-americano David Barrish, que era engenheiro aerodinâmico, paraquedista e trabalhava como consultor em aerodinâmica para a NASA, desen-

20 · DEZ 2017 · Nº 1 · ROUTE

volveu um paraquedas com melhor performance em planeio. Em 1965 Barrish realiza alguns testes no monte Hunter, nos E.U.A, para ajustar o equipamento, nascia assim o parapente.

No Brasil, o voo Livre chega em 1974, através do francês Stephan Dunoyer de Segonzac, que realizou no Rio de Janeiro a primeira decolagem de asa delta.

Em Florianópolis, no ínicio dos anos 80 já se podiam ver os praticantes do voo livre pelo céu, Desde então sobrevoar pelas praias e pelos cartões postais de Floripa é um dos atrativos pra quem gosta de adrenalina, a Ilha tem rampas de decolagens com as mais belas paisagens.

Entre novembro a abril é a melhor época do ano para se praticar o voo livre na Ilha, pois é o período em que os ventos sopram mais constantes e com mais intensidade.

ELEMENTO AR

FOTO: JOSÉ CRUZ

Entenda a Diferença: No voo livre o praticante utiliza o vento e as correntes de ar para manter ou ganhar altitude, realizar manobras. Existem basicamente dois tipos de voo livre a asa delta e o parapente.

Eles são muito parecidos, exceto pela velocidade de deslocamento que, devido a aerodinâmica, na asa delta é superior a do parapente.

Asa Delta: O piloto fica na posição deit-

ada e utiliza os braços para se deslocar e efetuar as manobras.

FOTO: SERGIO ALMEIDA

Parapente: O piloto conduz o voo sentado

em uma cadeira, para efetuar as manobras o piloto puxa os controles (batoques).

FOTO: PXHERE

ROUTE · Nº1 · DEZ 2017 · 21

Let's Go 22 · DEZ 2017 · Nº 1 · ROUTE

NATUREZA além do urbano

A ilha de Santa Catarina é conhecida por suas praias, suas noites incríveis e agitadas, mas não se resume a isso, pois as trilhas chamam atenção por suas belezas naturais FOTO: TECNO EVENTO

ROUTE · Nº1 · DEZ 2017 · 23

Lagoinha do Leste É uma das mais famosas trilhas de Florianópolis, ela possui dois pontos de acesso, um pela praia do Matadeiro e o outro pelo Pântano do Sul. Pelo Matadeiro é um caminho mais leve, mas demora cerca de duas horas e meia até o destino final. Já pelo Pântano, o tempo que leve até chegar a praia é bem mais curto, cerca de uma hora e meia, mas tem que estar preparado para encarar algumas subidas.

FOTO: OSCAR FAVA

FOTO: TURISMOFLORIANÓPOLIS.COM

24 · DEZ 2017 · Nº 1 · ROUTE foto: EcoHospedagem

ROUTE · Nº1 · DEZ 2017 · 25

Parque das Dunas É uma trilha de fácil acesso que pode ser feita por todas as idades, tem baixo grau de dificuldade, a trilha leva 15 minutos e passa pelas famosas dunas da joaquina.Um dos acessos é pela rua ver. osni ortiga, na Lagoa da Conceição

FOTO TATIANE BORGES

26 · DEZ 2017 · Nº 1 · ROUTE

FOTO TATIANE BORGES

ROUTE · Nº1 · DEZ 2017 · 27

28 · DEZ 2017 · Nº 1 · ROUTE

Trilha de Naufragados A praia recebe esse nome devido ao naufrágio de duas embarcações portuguesas, bem em frente a praia no ano de 1753. A trilha tem início na Caieira da Barra do Sul, com cerca de 3 km e leva aproximadamente 45 minutos para chegar até a praia. Durante o trajeto é possível encontrar vários riachos onde se pode beber delas. O percurso não tem grandes dificuldades, mas é preciso ter cuidado para não escorregar no solo úmido, ou nas pedras com limo.

FOTO: FORTALEZEAS.ORG

FOTO: FORTALEZEAS.ORG

ROUTE · Nº1 · DEZ 2017 · 29

30 · DEZ 2017 · Nº 1 · ROUTE

Trilha do Gravatá Muitos moradores da Ilha nem sabem que a praia do gravatá existe. A praia fica entre a praia mole e a praia da joaquina e recebe esse nome devido a planta que está por toda a praia. A entrada da trilha fica na estrada geral da Barra da Lagoa. É uma trilha curta e fácil, com duração de 30 minutos FOTO: MARLON GASPAR

FOTO: JULIA KUBRUSKY ROUTE · Nº1 · DEZ 2017 · 31

FOTO: PXHERE

Route #1