2 minute read
O valor da inovação para a saúde dos utentes
by editorialmic
Manuela Pacheco, Presidente da Associação de Farmácias de Portugal (AFP)
As últimas décadas têm sido marcadas por importantes progressos na área da investigação e desenvolvimento de novos medicamentos. Esta evolução tem sido um motor para a saúde e bem-estar dos cidadãos, permitindo-lhes viver mais anos e com mais qualidade.
Para este resultado final, além da indústria farmacêutica, contribuem muitos outros parceiros. Nomeadamente, os reguladores a quem compete validar e aprovar as novas terapêuticas, os países e os respetivos sistemas de saúde, a partir dos quais os cidadãos têm acesso aos medicamentos inovadores.
Constituindo-se muitas vezes como porta de entrada e de saída dos sistemas de saúde, os farmacêuticos comunitários também têm um importante papel a assumir, no sentido de os utentes tirarem o melhor partido desses medicamentos inovadores. Decidimos por isso dedicar a quarta edição da Infopharma a esta temática.
Contamos ainda com o contributo de diversos parceiros do setor que expõem os respetivos pontos de vista sobre os medicamentos inovadores, mas também com a partilha de posições e experiências em outros temas relevantes para a saúde. Destacamos o artigo de opinião do Presidente da APIFARMA. João Almeida Lopes debruça-se sobre o comprometimento da indústria farmacêutica na procura de novas soluções de saúde, dando como exemplo o contexto da pandemia, em que o esforço de investigação e desenvolvimento permitiu a produção de vacinas contra o coronavírus SARS-CoV-2 num tempo recorde. Mas fala também na necessidade de uma aposta coletiva, nos planos político e financeiro, na saúde na Europa, apelando a um novo olhar dos decisores sobre a inovação e investimento no setor.
Já Helder Mota Filipe, Professor Associado da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, salienta que a chegada de um medicamento inovador ao mercado não é sinónimo de acesso para um doente, alertando ainda para os preços elevados a que muitos chegam ao mercado, colocando em causa a sustentabilidade dos sistemas de saúde.
Contamos também, por exemplo, com o contributo de Francisco Amaral, presidente da Câmara de Castro Marim, que relata o sucesso da implementação do programa antitabágico na autarquia que lidera.
Nesta edição é ainda partilhada a história e o percurso de duas farmácias associadas: a Farmácia da Igreja, gerida pela mesma família há três gerações na Amadora, e a Farmácia Falcão, uma das mais antigas da cidade do Porto.
Esperamos que todas as reflexões sobre a Saúde em Portugal incluídas nesta edição da revista da AFP representem uma mais-valia para os farmacêuticos e os ajudem a executar da melhor forma o seu trabalho em prol da saúde dos utentes. •