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Campeonato da Madeira de Ralis Coral
from Madeira Rally 2019
by editorialmic
RALI VINHO MADEIRA DECISIVO
João Freitas Faria
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Jornalista / Journalist
Aenorme legião de adeptos que os ralis têm na Madeira tem que estar feliz com a temporada regional de 2019. Com pilotos cujo potencial já não carece acreditação, as multidões que seguem por toda a ilha a caravana dos ralis locais têm também podido beneficiar da espetacularidade dum parque automóvel de competição em contínua renovação e reunindo cada vez mais máquinas modernas e competitivas. Como “cereja no topo do bolo”, o equilíbrio entre os concorrentes tem sido garante de grande emoção no que toca à indefinição dos vencedores dos ralis, individualmente, e do próprio campeonato, no geral.
Sexta e penúltima prova dum calendário com sete eventos, o Rali Vinho Madeira assume novamente papel determinante no Campeonato da Madeira de Ralis pois poderá já indicar o campeão de 2019 ou voltar a reequilibrar as contas da competição que, dessa forma só seriam decididas já bem depois do verão quando o campeonato voltar à estrada para o seu encerramento. No topo do atual somatório de pontos está o campeão em título, Alexandre Camacho, mas o seu maior rival nesta corrida, Miguel Nunes, também ainda detém hipóteses de sorrir no último fim de semana de setembro.
A temporada de 2019 abriu uma vez mais em São Vicente a meados de março. Na prova inaugural, o campeão Alexandre Camacho manteve o ascendente evidenciado no ano anterior com o Skoda Fabia R5. O piloto navegado na ocasião por Marco Sousa foi uma vez mais a referência e cortou a meta naquela vila nortenha com grande avanço sobre a concorrência. Miguel Nunes debateu-se com algumas dificuldades, demorou bastante a
MADEIRA RALLY CHAMPIONSHIP /CORAL
A DECISIVE RALLY VINHO MADEIRA
The enormous fan base that rally as a sport has in Madeira is surely happy with the regional 2019 season. Besides counting on racers whose potential needs no further proving, fans that follow the local caravan of rallies have also been given the possibility to see a continually renovated and modernized competitive car fleet. As the cherry on top of the cake, the equilibrium amongst competitors has guaranteed waves of emotions and an undefined podium, both individually and at the general level of the competition.
The sixth of seven races, Rally Vinho Madeira assumes, once again, a decisive role in the Madeira Rally Championship, since it may already indicate the 2019 champion, or rebalance the final results of the competition which would, otherwise, only be decided well after summer when the championship returns to the road for its closure. On top of the current podium is the champion in title, Alexandre Camacho, even if his major rival, Miguel Nunes, still holds some chance of winning on the last weekend of September.
The 2019 season opened once more in São Vicente, in March. At the inauguration race the champion Alexandre Camacho kept the high-ground shown the previous year with the Skoda Fabia R5. The pilot, guided at the time by Marco Sousa, was once again the reference and cut the finishing line at the northern village with a big advantage over the other competitors. Miguel Nunes faced some difficulties, took long to synch in the rhythm with his Hyundai i20 R5 and ascended only to third place because João Silva, ridding an older Citroën DS3 R5, used all of his car’s power to reach second place.
Another pilot who found some difficulties in dealing with the specificities of his ride was Pedro Paixão, who, for a moment, led the race after its super-special opening race, but ended up fourth after losing a lot of time dealing with the peculiar behavior of his Skoda Fabia R5. Far from a place at the top was Rui Pinto, fifth with the Ford Focus WRC, who dueled Filipe Pires in his Mitsubishi Lancer Evo X until the second had to give up due to mechanical problems in his ride.
encontrar o ritmo com o Hyundai i20 R5 e apenas ascendeu ao lugar mais baixo do pódio pois toda a situação foi aproveitada por João Silva que, a bordo dum menos atual Citroën DS3 R5, “tirou todo o sumo” da sua viatura para ser segundo.
Outro piloto em luta com as afinações da sua montada foi Pedro Paixão, que chegou a liderar após a super-especial de abertura, mas foi quarto depois de muito tempo perdido com o comportamento caprichoso do seu Skoda Fabia R5. Muito longe dos primeiros esteve Rui Pinto, quinto com o Ford Focus WRC e que esteve em luta com Filipe Pires num Mitsubishi Lancer Evo X até que este desistisse a meio do vento com problemas mecânicos no seu carro. Sétimo, Bruno Fernandes venceu com o seu Citroën DS3 R3T o grupo RC3, mesmo na frente de Artur Quintal com um Peugeot 208 R2, o melhor no agrupamento RC4 após interessante despique com Renato Pita num Ford Fiesta R2.
Um mês depois, a meio de abril, a caravana rumou a Machico para um rali em que diversos pilotos passaram pelo comando das operações. Mesmo vencendo apenas duas das doze classificativas do programa, Miguel Nunes quebrou um jejum de triunfos com quase um ano por ter sabido manter a cadência correta e estar no lugar certo quando surgiram problemas aos seus principais contendores. Quem rodou mais tempo na liderança foi o jovem Pedro Paixão que marcou a cadência com um At seventh place was Bruno Fernandes who ended up winning the RC3 group with his Citroën DS3 R3T, just ahead of Artur Quintal and his Peugeot 208 R2, the best in the RC4 group after an interesting race with Renato Pita on the wheel of a Fiesta R2.
A month later, in the middle of April, the race moved into Machico for a rally at which various pilots, at various moments, headed the leg. Even if only winning two of the twelve legs of the race, Miguel Nunes broke what was a close-to-a-year long win fasting by maintaining a steady path and by being present at the right place when problems with the competitors arose. Who run the longest ahead of the race was the young Pedro Paixão who run a well chosen Skoda Fabia R5 until committing a mistake close to the finish line, a mistake which landed him on an unsatisfying second place.
Immediately bellow was Alexandre Camacho who lost a lot of time at the start and, at a moment in which he was approaching command, his race was compromised by problems in his car’s throttle valves. With a bland participation, Rui Pinto was fourth, also benefitting from João Silva giving up due to the mechanical failures of his Citroën DS3 R5. Almost running solo, Filipe Pires closed the top five ahead
mais bem acertado Skoda Fabia R5 até cometer um erro com a meta já à vista e terminar naquele que foi para si um insatisfatório segundo posto.
Logo baixo na tabela classificativa ficou Alexandre Camacho que perdeu muito tempo no arranque do vento e, numa altura em que atacava o comando viu a sua prova comprometida por problemas na borboleta de admissão da sua viatura. Numa participação sem chama, Rui Pinto foi quarto também beneficiado pela desistência de João Silva a braços
of a potent trio formed by Filipe Freitas, Gil Freitas and Paulo Mendes on the wheels of three Porsche 991 GT3. Closing the top 10, Bruno Fernandes and Artur Quintal doubled their win on the RC3 and RC4 groups.
From the island’s far East, the championship head to the far west, in the middle of May, for a stopover in Calheta. There, Alexandre Camacho took over command and, even if slowing down at a moment when the win seemed secured, ended up winning with an important
com falha mecânica no Citroën DS3 R5. Numa prova quase a solo, Filipe Pires fechou o lote dos cinco primeiros classificados, antecipando um trio composto por Filipe Freitas, Gil Freitas e Paulo Mendes em potentes e ruidosos Porsche 991 GT3. Nas últimas posições do “top ten”, Bruno Fernandes e Artur Quintal bisaram na vitória nos agrupamentos RC3 e RC4.
Do extremo leste, o campeonato madeirense de ralis mudou-se para o limite oeste da ilha a meio de maio para a passagem pela Calheta. Na vila da costa sudoeste foi Alexandre Camacho a tomar conta dos acontecimentos e, mesmo tendo abrandado o ritmo quando o resultado parecia seguro, vencer com importante vantagem para os perseguidores. Miguel Nunes foi segundo num evento em que nunca se mostrou em condição de se poder bater pelo triunfo. Pedro Paixão voltou a se confrontar com uma viatura cujo comportamento não era o mais indicado e foi mesmo ultrapassado na última prova especial por Rui Pinto, que ocupou o lugar mais baixo do pódio. A Calheta foi palco duma interessante luta entre Bruno Fernandes e Vítor Sá pela primazia no grupo RC3 que acabou favorável ao primeiro enquanto Ilídio Sardinha num Citroën C2 R2 venceu o RC4.
No começo de junho foi a Ribeira Brava a ser anfitriã da legião de fãs que seguem quase incondicionalmente a modalidade no arquipélago. Ali, tudo parecia encaminhado para nova vitória de Alexandre Camacho mas uma segunda metade do programa advantage over his competition. Miguel Nunes came second in a leg for which he never showed conditions of winning. Pedro Paixão was once again confronted with a car which behavior was not the best and was over-passed at the last special leg by Rui Pinto, who occupied the lowest place on the podium. Calheta was also the stage of an interesting fight between Bruno Fernandes and Vítor Sá for the first place in the RC3 group which ended up being taken by Fernandes, while Ilídio Sardinha, at the wheel of a Citroën C2 R2, won the RC4 group.
At the beginning of June it was time for Ribeira Brava to host the numerous unconditional fans that follow the sport in the archipelago. There, everything seemed set for a new victory of Alexandre Camacho but the second half of the anthological program by Miguel Nunes allowed for the Hyundai i20 R5 pilot to rebalance the score. Pedro Paixão was always close to the leader but ended up having to abandon the race due to the consequences of a slight crash on the first of the two emotionally charged days. Rui Pinto lost a lot of time with a puncture which allowed for Pedro Mendes Gomes, returning to the competition on a Peugeot 208 T16, to reach third place. Vítor Sá, riding a Citroën DS3 R3T was sovereign in the RC3 group and still managed to be fourth at the general poll while Paulo Nunes took an “old” Citroën Saxo to triumph amongst racers in cars less than 1.600 cc.
de antologia de Miguel Nunes permitiu ao piloto do Hyundai i20 R5 reequilibrar a tabela de triunfos. Pedro Paixão rodou sempre muito perto do líder mas acabou por ter que abandonar devido às consequências dum ligeiro toque no primeiro dos dois dias de emoção. Rui Pinto perdeu muito tempo com um furo e tal permitiu que Pedro Mendes Gomes, no seu regresso à competição com um Peugeot 208 T16, fosse terceiro. Vítor Sá em Citroën DS3 R3T foi soberano no grupo RC3 e ainda conseguiu ser o quarto classificado absoluto enquanto Paulo Nunes levou um “velhinho” Citroën Saxo ao triunfo nos utilizadores de carros com menos de 1.600 cc.
Há apenas três semanas o Faial e zona nordeste da ilha marcaram a última prova disputada até ao momento. Apesar da presença de três pilotos militantes no campeonato nacional em preparação para o Rali Vinho Madeira, foram os principais intérpretes da competição regional a marcar o ritmo. O evento sediado no Kartódromo do Faial foi palco de luta sem tréguas entre Alexandre Camacho e Miguel Nunes numa contenda que ficou decidida nos últimos quilómetros em favor do campeão em título. Pedro Paixão subiu ao lugar mais baixo do pódio após um evento em que nunca se mostrou em condições de aspirar ao triunfo.
José Pedro Fontes foi quarto na frente de Gil Freitas que teve que “suar as estopinhas” com o potente Porsche 991 GT3 nesta prova marcada por condições climatéricas em constante mutação. Vítor Sá voltou a marcar a cadência no RC3 e Paulo Nunes bisou, desta feita aos comandos dum Peugeot 208 R2, a vitória no grupo RC4.
Only three weeks ago Faial and the northeast of the island were home to the last leg of the championship so far. The event hosted at Faial’s Kart Track was the stage for the incredible fight between Alexandre Camacho and Miguel Nunes, which was only decided at the last kilometers in favor of the champion in title. Pedro Paixão rose to the lowest place of the podium after a less than surprising exhibition.
José Pedro Fontes was fourth ahead of Gil Freitas who had to work hard with his potent Porsche 991 GT3 in a race marked by constantly changing climacteric conditions. Vítor Sá marked the pace once again in his RC3 and Paulo Nunes doubled his victory on the RC4, this time at the wheel of a Peugeot 208 R2.