omd | 18 Ordem
Entrevista ao bastonário da OMD, Orlando Monteiro da Silva
O projeto da Ordem dos Médicos Dentistas para a profissão ROMD - Como vê a integração da medicina dentária no Serviço Nacional de Saúde? OMS - Começaria com uma referência histórica. Em 1986, éramos ainda a Secção de Medicina Dentária da Ordem dos Médicos e foi elaborado um projeto que foi enviado pelos dirigentes da OMD de então à ministra da Saúde Leonor Beleza, que exigia ao Governo a criação de carreiras de medicina dentária nos centros de saúde e hospitais. Nunca se conseguiram resultados. O projeto foi metido na “gaveta”, foi a justificação então dada. Como vemos, o assunto tem “barbas”. Trinta anos passaram. Assim que iniciei a condução dos assuntos
institucionais da OMD, o modelo alternativo de integração no Serviço Nacional de Saúde (SNS), que entendi ser o exequível no sentido de uma efetiva prestação de cuidados curativos à população, foi o da criação de um programa público de adesão voluntária, mas a que todos os médicos dentistas pudessem aderir e que otimizasse a rede de clínicas e consultórios instalados. Esta integração da medicina dentária concretizar-se-ia através do investimento do capital do Estado sim: através da aquisição de serviços de medicina dentária, ao setor privado, para os utentes do SNS, em consultórios privados, com serviços prestados por médi-
cos dentistas: o chamado cheque-dentista. Mais tarde, mais um passo foi dado. Através, ainda, da iniciativa do atual Governo que decidiu começar a testar a justificação de uma carreira própria através do que chamam de experiência-piloto: adquirindo-se, por concurso, serviços de medicina dentária a médicos dentistas para a prestação dos mesmos a utentes do SNS nas instalações do SNS. Corria o ano de 2016 e o projeto expandiu-se, em 2017, com o concurso que agora terminou. A reclamação da criação de uma carreira nunca parou, por parte da OMD e dos médicos dentistas. Todos queremos esse