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Ao fundo, mesa do painel “Programação do investimento público - que experiências?”. Da esquerda para a direita, José Carlos Lopes Martins, Pedro Ferreira, Dulce Salzedas (jornalista SIC, moderadora), Fernando Melo Gomes e Guilherme d’Oliveira Martins
Encontro das ordens profissionais da saúde
OMD propõe seguro estatal para a saúde oral “O futuro do financiamento da saúde em Portugal” foi o mote para o arranque da discussão pública sobre a criação de uma Lei de Programação da Saúde. Na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, as ordens dos Biólogos, Enfermeiros, Farmacêuticos, Médicos, Médicos Dentistas, Médicos Veterinários, Nutricionistas e Psicólogos defenderam um orçamento plurianual e pediram uma lei que confira maior estabilidade e uma programação dos meios necessários para o setor. Ao lançar o debate sobre esta matéria, as oito associações públicas profissionais pretendem que a saúde tenha verbas consignadas através dos impostos, à semelhança do que se verifica no setor militar ou na segurança social. A meta passa por alcançar um “investimento sustentado”, que garanta a manutenção de todo o sistema e não apenas do Serviço Nacional de Saúde (SNS), conforme adianta o presidente do Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP), Orlando Monteiro da Silva. Enquanto bastonário da Ordem dos
Médicos Dentistas, o responsável não esquece que essa programação orçamental deverá contemplar o acesso generalizado da população aos cuidados de medicina dentária. Orlando Monteiro da Silva defende assim a criação de um seguro estatal para saúde oral. “Um mecanismo do tipo do da ADSE (subsistema de saúde dos funcionários públicos), que aproveite a rede de mais de seis mil clínicas e consultórios de medicina dentária distribuídos por todo o país”, explica. Na sua opinião, a medida permitiria alargar o acesso da população a estes cuidados e, a longo prazo, melhorar a saúde oral e evitar complicações que, no futuro, terão mais custos. Esta proposta é aliás uma das possíveis soluções apresentadas pelos especialistas em economia e gestão da saúde Alexandre Lourenço e Pedro Pita Barros, que no ano passado realizaram o estudo “Cuidados de Saúde Oral – Universalização”, a