3 minute read

Atletico Nacional PERDA DE TÍTULO COLOMBIANO DEIXOU CICATRIZES EM MEDELLÍN

Contratado no começo do ano para dirigir o Atlético Nacional pela segunda vez, Paulo Autuori levou o time às oitavas da Libertadores e também à decisão do Campeonato Colombiano contra o Millonarios. Mesmo apresentando um aproveitamento sólido no comando da equipe de Medellín (17 vitórias, 15 empates e apenas seis derrotas em 38 partidas), Autuori alegou motivos particulares para entregar o cargo no começo de julho.

A decisão foi tomada poucos dias após a final do Campeonato Colombiano, onde o Atlético Nacional empatou com o Millonarios por 1x1 e teve que decidir o título nos pênaltis. Pouco antes do fim do tempo normal, o técnico brasileiro iria colocar em campo dois batedores de pênaltis para a disputa que se aproximava.

Advertisement

Seriam os jovens Brahian Palacios e Jhon Solís. Quando viram os jogadores que entrariam, Dorlan Pabón e Yerson Candelo se aproximaram do

DERROTA NOS PÊNALTIS PARA O MILLONARIOS CUSTOU A TAÇA técnico para contestar as mudanças que Autuori faria. Apenas Solís acabou entrando naquele momento. Mais tarde, quando Autuori ia colocar Jhon Duque e Jarlan Barrera, Dorlan Pabón e Yerson Candelo impediram que Jefferson Duque, que seria substituído, saísse. Nas penalidades, o rebelde Pabón e Jarlan Barrera erraram e o Millonarios ficou com o título colombiano.

De acordo com o jornal El Colombiano, depois da final Autuori pediu que a diretoria dispensasse Dorlan Pabón, Yerson Candelo, Jefferson Duque, Jarlan Barrera e Yélier Góez. Como não foi atendido, decidiu sair. O clube decidiu efetivar o brasileiro William Amaral, que era um dos auxiliares da comissão técnica de Paulo Autuori. William tem 55 anos e foi escolhido por estar com o grupo desde o início do projeto para 2023. Em seus primeiros jogos, ele variou a equipe e deu espaço a alguns jogadores que não vinham sendo utilizados por Autuori. Última equipe fora do eixo Brasil-Argentina a vencer a Copa Libertadores e único time da Colômbia a erguer o troféu por duas vezes (1989 e 2016), o Atlético Nacional pode ser prejudicado na hora do mata-mata pela falta de experiência de William Amaral. Apesar da longa rodagem como profissional de futebol na Europa, o brasileiro tem pouca bagagem como técnico e vai ter que administrar os casos recentes de insubordinação dentro do elenco. Se o grupo fez o que fez com um treinador bicampeão da Libertadores e campeão mundial de clubes como Autuori, dificilmente vai ter por Amaral o mesmo respeito que teria por outros medalhões que já passarm pelo clube e foram pedidos pela torcida, como Juan Carlos Osorio e Reinaldo Rueda. A previsão para o duelo contra o Racing é de absoluto equilíbrio. Pela experiência acumulada na competição, o Atlético Nacional pode ser um osso duro no mata-mata se Pabón e cia. não minarem os planos de Amaral.

Treinador

William Amaral

William Amaral de Andrade 27/12/1967, Rio de Janeiro (RJ)

Clubes: Mons Calpe-GIB (16-19), Lincoln Red Imps-GIB (20-21), Atlético Nacional-COL (desde 23)

A saída de Paulo Autuori no começo de julho não estava nos planos do Atlético Nacional. O escolhido para a difícil missão de substitui-lo foi o auxiliar técnico brasileiro William Amaral, de 56 anos. Ex-zagueiro do Benfica no início dos anos 90, William chegou a Medellín ano passado, após trabalhar a maior parte da carreira como coordenador técnico em equipes da Europa. Com passagens por França, Espanha, Portugal, Luxemburgo e Gibraltar, tentará agarrar a oportunidade de ouro na Libertadores.

NÚMEROS DO ATL.NACIONAL NA LIBERTADORES

6x0 Danubio-URU

Maior vitória fora de casa: 07/04/1992

Sport Boys-PER 0x6 Atlético Nacional

Maiores derrotas em casa: 14/2/1974

Atlético Nacional 0x3 Millonarios-COL

27/4/1977

Atlético Nacional 0x3 Deportivo Cali-COL

24/3/1982

Atlético Nacional 0x3 Deportes Tolima-COL

Maior derrota fora de casa: 22/3/2000

Atlas-MEX 5x1 Atlético Nacional

Fábio Costa

Mier

Como Joga

ATLÉTICO NACIONAL S.A.

Fundação: 30/4/1947

Site oficial: atlnacional.com.co

Endereço: Calle 62 No. 44 - 103 Coltejer, Itagüí Medellín- Colômbia

Telefone: +57 (4) 370 2700

Presidente: Mauricio Navarro

Material esportivo: Nike

Títulos:

2 Copas Libertadores (1989, 2016)

Zapata Aguirre

Adaílton Fabiano Eller

Fabiano Kléber

Ocampo Salazar

Roberto Brum

Deossa

Rodrigo Souto

Solís Moreno

Molina Michael

Pabón

Cuevas

Duque

Em seu começo de trabalho, o técnico interino William Amaral adotou um 4-3-3. O modelo é diferente do que Paulo Autuori vinha adotando, e as peças também mudaram. Nas laterais, Candelo e Banguero deram lugar a Ocampo e Salazar. O meio-campo deixou de jogar com dois cabeças de área e agora utiliza um tripé formado por Solís, Deossa e Moreno. Na frente, Jefferson Duque e Pabón ganharam a companhia de Alvaro Angulo, que voltou a jogar após quase um ano afastado por lesão no ligamento cruzado do joelho esquerdo.

A zaga é um dos pontos mais fortes do time. O experiente Cristian Zapata, ex-Milan, tem como parceiro Juan Felipe Aguirre. A defesa ainda tem como destaque o goleiro Kevin Mier, de 23 anos. Formado no clube, Mier vem sendo uma peça importante do time nos últimos anos e agora tem a sombra do goleiro campeão colombiano de 2022 pelo Deportivo Pereira, Harlen Castillo.

1 Recopa Sul-Americana (2017)

2 Copas Merconorte (1998, 2000)

17 Campeonatos Colombianos (1954, 1973, 1976, 1981, 1991, 1994, 1999, 2005-A, 2007-A, 2007-F, 2011-A, 2013-A, 2013-F, 2014-A, 2015-F, 2017-A, 2022-A)

5 Copas Colômbia (2012, 2013, 2016, 2018, 2021)

This article is from: