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River Plate BOA FASE DO RIVER COLOCA EM PERIGO HEGEMONIA BRASILEIRA

Já são quatro anos de domínio absoluto do futebol brasileiro na Libertadores, com direito a finais só com equipes do Brasil nas últimas três edições. O último campeão antes dessa hegemonia foi o River Plate, que viveu na super final de 2018 contra o Boca Juniors, em Madrid, o momento máximo de sua história.

A Era Gallardo chegou ao final com direito a estátua do “Muñeco” com oito metros de altura do lado de fora do Monumental. E não era para menos. Entre junho de 2014 e dezembro de 2022, Gallardo levou o River a 14 títulos, incluindo a Libertadores, em 2015 e 2018. O desgaste chegou e o substituto escolhido foi Martín Demichelis. Ex-zagueiro revelado no clube e com vasta experiência atuando na Seleção Argentina e também em grandes clubes do exterior, Demichelis não precisou de muito tempo para alcançar resultados. Em sete meses, deu a volta olímpica como campeão argentino de 2023, mas encarou

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ERA GALLARDO DEU LUGAR A UM TIME BATALHADOR E DE JOVENS TALENTOS momentos naturais de oscilação, como a eliminação da Copa Argentina para o Talleres de Córdoba logo após a festa do título.

O River ainda conta com jogadores remanescentes da Libertadores de 2018, como o goleiro Armani (campeão do mundo com a Argentina ano passado), o lateral Casco, o histórico volante Enzo Pérez, e o meia uruguaio De La Cruz.

Sem contar com o importante retorno de Nacho Fernández, que fez duas boas temporadas no Atlético Mineiro antes de retornar ao Monumental de Núñez. Este caminho de volta não é novidade: além de Nacho, Matías Kranevitter e Ramiro Funes Mori também rodaram por outros continentes, mas acabaram retornando para a velha casa.

Embora já possa ser admirada, a versão de Martín Demichelis para o River ainda é um trabalho em andamento. A goleada de 5x1 sofrida para o Fluminense no Maracanã durante a fase de grupos evidenciou algumas fragilidades, mas a evolução alcançada ficou nítida quando os argentinos deram o troco um mês depois vencendo o Tricolor no Monumental por 2x0, com gols de Lucas Beltrán e Esequiel Barco.

Foram justamente estes dois os jogadores que mais ajudaram na recuperação do River na Libertadores. A derrota para o Fluminense foi antecedida por outro insucesso contra o Strongest em La Paz (1x3). E Beltrán, com quatro gols até aqui na competição, vai diminuindo um pouco a saudade que o talentosíssimo Julián Álvarez deixou quando seguiu para o Manchester City. Esequiel Barco chegou ainda no ano passado, e impressiona com suas arrancadas, assistências e potência nas finalizações.

Mesmo que ainda esteja aprendendo a jogar como Martín Demichelis deseja, o River já mostra do que é capaz. E vai ser interessante vê-lo diante do Inter com outro recém-chegado no banco. Chacho Coudet jogou no River e conhece o clube na palma da mão.

Treinador

Mart N Demichelis

Martín Gastón Demichelis 20/12/1980, Justiniano Posse (ARG)

Clubes: Bayern B-ALE (21-22), River Plate-ARG (desde 23)

Cria do River Plate, Martín Demichelis foi um zagueiro de destaque internacional. Disputou duas Copas do Mundo pela Seleção Argentina, venceu títulos no futebol europeu com Bayern e Manchester City e retornou ao seu clube de origem com o enorme desafio de substituir o multicampeão Marcelo Gallardo à altura. A formação dele como treinador foi feita no Bayern, onde comandou equipes de base e depois o time do B do clube bávaro. Quem duvidava de Demichelis já o viu dar a volta olímpica de campeão argentino de 2023 logo na estreia.

N Meros Do River Plate Na Libertadores

Maiores

Club Atl Tico River Plate

Fundação: 25/5/1901

Site oficial: www.cariverplate.com.ar

Endereço: Av. Pres. Figueroa

Maior

Alcorta 7597, C1428 Buenos Aires, Argentina

Telefone: +54 11 4789-1200

Maior

River Plate

San Lorenzo

Maior derrota fora de casa: 2/5/2002

Grêmio 4x0 River Plate

Fábio Costa

Armani

Adaílton Fabiano Eller

González Pírez Paulo Díaz

Como Joga

Presidente: Jorge Brito

Material esportivo: Adidas

Principais títulos:

1 Copa Intercontinental (1986)

4 Copas Libertadores (1986, 1996, 2015, 2018)

Casco Enzo Díaz

Fabiano Kléber Roberto Brum Rodrigo Souto

Aliendro

Molina Michael

De La Cruz

Cuevas

Beltrán

A marca de Martín Demichelis é a versatilidade tática. O sistema mais utilizado até agora foi o 4-4-2 com meio-campo em losango, mas também apareceram o 4-3-3, o 4-2-3-1, o 4-1-4-1 e até o 3-5-2.

O que mais chama a atenção no time que busca sua quinta Libertadores é o meio-campo. Enzo Pérez dita o ritmo no setor com a experiência acumulada em anos na Europa defendendo Benfica e Valencia. Nacho Fernández voltou ao clube após duas temporadas vitoriosas no Atlético Mineiro para abastecer o ataque Millonario.

Na frente, o River Plate já não tem mais o talentoso Julián Álvarez, campeão do mundo com a Argentina no ano passado. A aposta é o garoto Lucas Beltrán, cria do clube que saiu para o Talleres em 2021 para ganhar rodagem e voltou fazendo gols. Os veteranos Rondón e Borja são outras boas opções para o ataque de Demichelis.

1 Copa Sul-Americana (2014)

3 Recopas Sul-Americanas (2015, 2016, 2019)

38 Campeonatos Argentinos (1920, 32, 36*, 36**, 37, 41, 42, 45, 47, 52, 53, 55, 56, 57, 75-M, 75-N, 77-M, 79-M, 79-N, 80, 81-N, 85-86, 89-90, 91-A, 93-A, 94-A, 96-A, 97-C, 97-A, 99-A, 2000-C, 02-C, 03-C, 04-C, 08-C, 14-F, 21, 23)

*Copa Campeonato; **Copa de Oro; M - Metropolitano; N - Nacional; A - Apertura; C - Clausura; F - Finalización

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