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Internacional REFORÇOS E NOVO COMANDO ANIMAM O INTER NAS OITAVAS
Terminar a fase de grupos em primeiro lugar de maneira invicta não foi o suficiente para garantir a permanência de Mano Menezes no Internacional. O trabalho iniciado em abril do ano passado dava sinais de estagnação, e a opção da diretoria colorada foi reatar uma relação antiga com Eduardo “Chacho” Coudet.
O Internacional foi a porta de entrada do mercado brasileiro a Coudet. Seu desempenho na temporada 2020 era impressionante. Classificações na Libertadores, Copa do Brasil e liderança do Brasileirão, título com que o Inter sonha desde 1979. O momento especial foi interrompido por uma proposta irrecusável do Celta, da Espanha. Três anos depois, Coudet estava no mercado após abandonar o Atlético Mineiro e o Inter repetiu a aposta.
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Quando abandonou o Inter, Chacho reclamava da falta de reforços. Se o elenco do Inter já era forte antes da abertura da janela, agora é
MANO MENEZES TERMINOU INVICTO A FASE DE GRUPOS. DESGASTE PESOU.
ainda mais competitivo. O ataque passou a contar com o equatoriano Enner Valencia, que disputou a última Copa do Mundo e é o maior artilheiro da Seleção Equatoriana em todos os tempos. com 40 gols. No meio-campo, a novidade é o volante Bruno Henrique, que veio do Al Ittihad da Arábia Saudita. Jogador acostumado à Libertadores, Bruno vestiu as pesadas camisas de Palmeiras e
Corinthians, e junto com Aránguiz, que chegou um pouco antes, vai dar mais tarimba a um setor recheado de jovens.
Na leva de novidades, outro nome que agradou em cheio foi o de Sergio Rochet. Goleiro do Uruguai na última Copa, Rochet chega para esquentar a briga pela posição, que já vinha acirrada entre John Victor e Keiller.
O torcedor colorado só não está sorrindo mais porque o sorteio colocou o Inter no caminho do River Plate nas oitavas de final. O time de Martín Demichelis acaba de ser campeão argentino, está com o auto-estima em dia após as obras que fizeram do Monumental de Núñez o maior estádio da América do Sul e é um candidatos que esperam acabar com a hegemonia brasileira na Libertadores, iniciada justamente na virada sofrida pelo River Plate para o Flamengo na primeira final em jogo único da história da Libertadores.
Com os últimos reforços apresentados, Chacho Coudet terá as ferramentas para fazer do Inter um forte candidato aos próximos títulos que disputar. A dúvida é apenas em relação ao pouco tempo que terá até os confrontos com o River, que para ele também terão um componente emocional diferente. Coudet jogou no River entre 2000 e 2004, ganhou três títulos argentinos e foi um dos nomes ventilados na imprensa argentina quando Marcelo Gallardo decidiu deixar o clube após vencer 14 títulos em oito anos no comando dos “Millonarios”. O novo River espera o novo Inter no confronto de prognóstico mais difícil nas oitavas da Libertadores 2023.
Treinador
Eduardo Coudet
Eduardo Germán Coudet
12/9/1974, Buenos Aires (ARG)
Clubes: Rosario Central-ARG (15-17), Tijuana-MEX (17-18), Racing-ARG (18-20), Internacional (20, desde 23), Celta-ESP (20-22), Atlético Mineiro (23)
Eduardo Coudet viveu uma montanha russa de emoções no Atlético Mineiro este ano. Foi campeão estadual, sobreviveu às fases preliminares da Libertadores e pouco antes da última rodada da fase de grupos, abandonou o clube alegando que a diretoria não havia cumprido o que prometera.
A volta ao Inter após a demissão de Mano Menezes tem a ver com os números de sua primeira passagem em 2020. Quando Coudet pediu demissão para dirigir o Celta, o Inter liderava o Brasileirão e estava classificado para as oitavas da Libertadores.