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META TRICOLOR É VENCER A LIBERTADORES PELA PRIMEIRA VEZ

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River Plate

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Há quem ame, há quem critique, mas o fato é que ninguém que gosta de futebol fica indiferente ao estilo de jogo de Fernando Diniz. As críticas mais pesadas ao “Dinizismo” sempre apontaram para os riscos na saída de bola e a falta de conquistas nos clubes dirigidos pelo treinador. Em sua segunda passagem pelo Fluminense, Diniz ganhou seu primeiro título de destaque, o Campeonato Carioca deste ano. E a vulnerabilidade defensiva também diminuiu bastante, talvez pelo perfil de jogadores mais tarimbados e com personalidade que o Fluminense conseguiu reunir para a temporada 2023.

O nome mais recente desta lista de medalhões é o lateral esquerdo Marcelo, de 35 anos. Vencedor de cinco edições da Champions League pelo Real Madrid, o cria de Xerém decidiu retornar ao seu clube formador após 17 anos atuando na Europa. A contratação repercutiu no mundo inteiro, e trouxe ainda mais respeito a um elenco que vem

BEM-TREINADO, FLU É CORAJOSO COM A BOLA NO PÉ E PODE ENCARAR A TODOS conseguindo cada vez mais a confiaça da torcida. Em 2022, já haviam chegado nomes muito importantes para estabilizar o setor defensivo. O goleiro Fábio, de 42 anos, não demorou para virar unanimidade entre os torcedores tricolores. O pitbull Felipe Melo, trocando definitivamente a cabeça da área pela zaga, também se tornou importante sempre que manteve os nervos no lugar.

O meio-campo do Tricolor é um dos melhores do país. O volante André, de apenas 22 anos, chegou rapidamente à Seleção Brasileira e não deve demorar a receber propostas de grandes clubes da Europa. A qualidade na saída de bola, a inteligência na ocupação dos espaços e o fôlego para transitar entre defesa e ataque fazem dele a mais valiosa joia de Xerém na atualidade. E um pouco mais à frente está Paulo Henrique Ganso, renascido para o futebol após cruzar o caminho de Fernando Diniz. A indolência dos seus dias menos produtivos ficou para trás, e PH passou a ser importante também quando não tem a posse de bola, lutando por desarmes e recompondo com qualidade o setor defensivo.

Na frente, Germán Cano viveu momentos inesquecíveis no primeiro semestre. Ídolo absoluto da torcida que adora fazer o L (comemoração que é homenagem ao filho dele, Lorenzo), Cano terminou a fase de grupos como vice-artilheiro da Libertadores com seis gols. A parceria com o colombiano Jhon Arias tem proporcionado grandes alegrias ao torcedor tricolor, que em alguns momentos parece estar vendo uma nova encarnação do velho Casal 20, Assis e Washington, dupla que levou o Fluzão a muitos títulos nos anos 80.

Na bola, o Fluminense parece estar preparado para vencer qualquer rival. Resta saber se ter Fernando Diniz com atenções divididas entre o clube e a CBF não prejudicará o desempenho tricolor nos momentos decisivos que estão chegando na Conmebol Libertadores.

Treinador

Fernando Diniz

Fernando Diniz Silva 27/3/1974, Patos de Minas (MG)

Clubes: Votoraty-SP (09-10), Paulista-SP (10-11), Atlético Sorocaba-SP (11, 12), Botafogo-SP (11), Audax-SP (13), Osasco Audax-SP (14, 15, 16, 17), Guaratinguetá-SP (14), Paraná (15), Oeste-SP (16), Athletico Paranaense (18), Fluminense (19, desde 22), São Paulo (19-20), Santos (21), Vasco (21)

Campeão carioca de 2023 pelo Fluminense, Diniz conseguiu diminuir um pouco o estigma de ser um treinador de times ofensivos que não vencem por se exporem demais defensivamente. O Tricolor com Diniz consegue produzir atuações épicas, como nos 5x1 no River Plate no Maracanã, mas falta regularidade. Tem a virtude de acertar o time taticamente no decorrer das partidas e foi nomeado técnico interino da Seleção Brasileira.

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