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Bolivar BOLIVIANOS MANTÉM 100% DE APROVEITAMENTO NA ALTITUDE

A Bolívia não tinha um representante nas oitavas de final da Libertadores há três anos, sequência ruim que o Bolívar conseguiu quebrar na atual temporada. Parceiro do Grupo City desde 2021, o clube de La Paz completará 100 anos em 2025 e quer ser o primeiro clube do país a vencer a Copa Sul-Americana ou alcançar uma final de Libertadores. A evolução vai acontecendo gradualmente, e a campanha na fase de grupos deste ano reforça o bom momento. Num grupo que além de Palmeiras estavam Cerro Porteño e Barcelona de Guayaquil, clubes de grande tradição no continente, o Bolívar garantiu vaga com antecedência e lutou pelo primeiro lugar com o Palmeiras até a rodada final. Venceu todos os jogos em La Paz e conseguiu em Assunção sua maior goleada como visitante na história da Libertadores: um 4x0 sobre o Cerro Porteño, em maio. Comandado pelo espanhol Beñat San José, o Bolívar está

A FAVOR, MAS O TIME DO BOLÍVAR É TÉCNICO E RODADO no caminho do Athletico Paranaense nas oitavas de final. Será a quarta vez que os bolivianos enfrentarão uma equipe brasileira em mata-mata na Libertadores. Palmeiras (1995), Santos (2012) e São Paulo (2013) conseguiram avançar contra a equipe azul celeste em seus confrontos, mas todos três foram derrotados em La Paz. A eliminatória começará na Bolívia, e o primeiro jogo pode ser determinante na longa partida de 180 minutos.

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O Bolívar passou por algumas mudanças para o segundo semestre. O lateral esquerdo Roberto Fernández, da Seleção Boliviana, foi um dos grandes destaques do time na fase de grupos e acabou vendido ao Baltika Kaliningrado, da Rússia. Para compensar, a diretoria trouxe dois brazucas que já tinham passado com destaque pelo clube de La Paz. Bruno Sávio, meia de 28 anos revelado pelo América-MG, saiu do Bolívar para jogar no Egito ano passado e fez o caminho de volta neste ano. Outro filho pródigo foi o atacante Chico (ou Da Costa, como chamam os bolivianos). Autor de 24 gols pelo Bolívar no ano passado, chegou badalado ao Atlético Nacional, da Colômbia. Com apenas um gol marcado pelo time de Medellín, resolveu voltar para onde tinha sido feliz. Curiosamente, Chico é cria da base do Athletico Paranaense, próximo adversário dos bolivianos.

A boa campanha do Bolívar passa por alguns rostos conhecidos do futebol sul-americano. Patito Rodríguez, ex-Santos, parece mais maduro e participativo. O goleiro Lampe, de 36 anos, voltou para sua terceira passagem pelo clube celeste e continua como a primeira opção da Seleção Boliviana. O atacante chileno Ronnie Fernández tem boa presença de área e já anotou dois gols na Libertadores e outros onze na Liga Boliviana. Recolocar o país entre os 16 melhores da América do Sul dá a sensação de dever cumprido ao Bolívar, e a postura de franco-atirador pode deixá-lo um adversário ainda mais perigoso.

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