EDIÇÃO 5 . ANO 2 . SETEMBRO/OUTUBRO 2014 . R$ 10,00
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Sumario Foto/Zzn Peres
elitte rural
elitte
REVISTA
RURAL
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RAÇA Nelore Mocho Búfalos: bom para a saúde e a economia
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TERRA A tradição do café
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PONTO DE VISTA A nova Legislação Florestal
38
GENTE César Garetti: Uma história de sucesso
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Wagner Louwel Peroto: uma vida dedicada aos bons negócios
53
GIRO Os melhores eventos da temporada
71
GRANDES CAMPEÕES Os melhores do Ranking
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Foto/Fábio Fatori
SETEMBRO / OUTUBRO 2014 . ANO 2 . NÚMERO 5
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09
20
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AGENDA Expoinel e outros agitos
95
ELITTE RURAL SOCIAL A badalação do agronegócio
103
NA MESA Os segredos do Escondidinho
103
Cachaça made in Brasil conquista paladares requintados
111
NOSSAS HISTÓRIAS Celso Gaiotto e sua paixão pela raça
116
A fantástica história da JG Agropecuária
119
ELITTE RURAL VISITA As belezas da Santarém
119
108
38
7
elitte rural
Editorial
Expoinel com tudo que existe de melhor! Se setembro é o mês da Expoinel, não tem
e espontaneidade que todos foram recebidos.
problema: nós chegamos preparados... Com um
O casamento estrelado da filha de José Carlos
imponente Grande Campeão na capa! Se o Ne-
Grubisich e Kátia e, finalmente, um roteiro com os
lore Mocho detém 80% do rebanho brasileiro, os
melhores leilões da Expoinel 2014, um verdadeiro
búfalos também fazem barulho nessa edição. Se
ponto de encontro da família nelorista. Inclusive,
o café é puro sabor para quem sabe apreciá-lo,
no Pérolas do Nelore, acontecerá o Prêmio Elitte
vamos contar como anda esse produto no mer-
Rural, com dez troféus. Quem ganha? Surpresa!!!
cado. E quanto ao meio ambiente? Deve ser res-
Temperamos o “Na Mesa” com Cachaça e Escon-
guardado? Como segue o Novo Código Florestal?
didinho, eternos, que adoramos! Nelore Gaiotto,
O conceituado advogado Bruno Campos orienta
um exemplo de inteligência para quem já che-
a esse respeito. Muito trabalho, investimento e
gou lá e para quem quer saber como é. Agora,
dedicação – sim, ele é grande empreendedor.
nas páginas finais, o luxo e a beleza da Fazenda
Para nós, César Garetti contou um pouco da sua
Santarém, de Olavo Monteiro de Car valho, cheia
história de sucesso. Wagner Peroto e João Gabriel
de vida, de memórias e de afetos, um lugar de
também colecionam muitas histórias e nós fomos
encantos. A revista está repleta de pequenas su-
atrás delas. Leilões cheios de glamour... como os
gestões e muitas novidades: é para isso que es-
25 anos da HRO, uma verdadeira confraterniza-
tamos aqui. Siga adiante! RENATA PENNA E ROBERTO DE NADAI
Foto/ZZn Peres
ção. Vale conferir cada detalhe com toda leveza
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Expediente
elitte rural
elitte
REVISTA
RURAL
www.elitterural.com.br Diretores: Renata Penna - renatapenna.firstclass@gmail.com Roberto De Nadai - denadai@elitterural.com.br FOTOGRAFIAS: Fábio Fatori, Zzn Peres e Renata Penna CAPA: GHYJARY FIV DA 3R Foto: Rubens Ferreira Editora responsável: Bia Adriano - MT 18.424-MG Foto/ZZn Peres
beatrizadriano@terra.com.br (34)9972-5552 DIRETOR JURÍDICO: Bruno Campos Silva DEPARTAMENTO COMERCIAL: Renata Penna (34) 9990-7180 (Uberaba/MG) Marco Freitas (16) 99703-9258 (Ribeirão Preto/SP) Janaina Nunes (43) 9982-2377 (Londrina/PR) Clariany Borges (34) 9189-5009 (Uberlândia/MG) comercial@elitterural.com.br revistaelitterural@gmail.com Diretor criativo: Dudu Assis (34) 9640-1345 Designer gráfico: Augusto Sousa AGÊNCIA RESPONSÁVEL:
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por conceitos emitidos em artigos assinados. As matérias publicadas podem ser reproduzidas desde que citada a fonte.
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Foto/ZZn Peres
Circulação gratuita A “Elitte Rural” não se responsabiliza
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Essa raça detém 80% do REBANHO brasileiro. Os investimentos são altos, mas as premiações compensam a criação do NELORE. Nesta edição mostramos alguns criadores de renome nacional com a versão MOCHA. E na matéria principal, a história de uma marca Nelore definida por muita dedicação e qualidade GENÉTICA. Sem disputas e com mercado aber to, as próximas páginas também mostram o mercado de criação de BÚFALOS e a produção da famosa Mozarela de Búfala.
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Raca
Foto/Fรกbio Fatori
elitte rural
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“É bom porque é Nelore, e é melhor porque é Mocho” As características são inúmeras: facilidade de manejo e bom desempenho a pasto, docilidade e ausência de chifres, além da utilização como touro terminador, visando à produção de animais para abate. Assim se define o Nelore Mocho.
S
abe-se que o Nelore é
zenda Santa Marina, no município
Nascia ali a característica mo-
uma raça de bovinos ori-
de Araçatuba-SP, um dos pioneiros
cha da raça. Ovídio não só man-
ginária da Índia que se
na criação do Nelore, que produzia
teve o bezerro no rebanho, como o
tornou a mais impor tan-
Nelore Padrão. Até que em 1957
transformou em reprodutor, acasa-
te da pecuária nacional, detendo
nascia o bezerro Mocho CABUREY,
lando-o com suas melhores matri-
80% do rebanho. Durante sua ex-
filho do touro Kong O.M e da vaca
zes. Obteve, a par tir dele, animais
pansão em território brasileiro, o
CAPANGA, ambos providos de
mochos per feitos, que deram
Nelore se modificou e se moderni-
chifres. Mais tarde, através de es-
origem a uma família genetica-
zou, mas manteve suas principais
tudos genealógicos, constatou-se
mente sem chifres, confirmando
características físicas, originárias
que o caráter mocho veio da vaca
o caráter mocho dominante. Ou
do gado indiano, que é a pela-
Capanga (originária do criatório de
seja, filhos de pai ou mãe Mocho
gem branca e a presença de chi-
Neca Andrade).
nascem mochos.
fres, sendo conhecido como Nelore ocorridos na vitoriosa saga da raça em terras tupiniquins, o surgimento de animais mochos foi sem dúvida o mais impor tante. Na literatura indiana não existem relatos da presença de animais desprovidos de chifres, ou seja, na Índia nunca existiram raças mochas. Pode-se, então, afirmar que o Nelore Mocho é brasileiro, pois se desenvolveu aqui. Um dos precursores dessa história é Ovídio Miranda Brito, da Fa-
“Uma das principais vantagens do gado Mocho era a maior lotação nos ambientes rurais, como caminhões e currais. As lesões de carcaças e couros por causa dos chifres diminuíram e isso tornava o manejo menos perigoso.
‘‘
Padrão. Dentre os fatos históricos
Aos poucos, mas com determinação, Ovídio Miranda Brito transformou seu rebanho Padrão em Mocho, que passou a ser conhecido como linhagem O.B. Desde então, o interesse de outros criadores promoveu o registro genealógico na ABCZ. Uma das principais vantagens do gado Mocho era a maior lotação nos ambientes rurais, como caminhões e currais. As lesões de carcaças e couros por causa dos chifres diminuíram, o que tornava o manejo menos perigoso.
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Raca
Os nomes do Nelore Mocho
Cid Barros mantém um criató-
em fazer par te desse momento.
Na Fazenda Roncador (Barra do
rio de mais de cinco mil matrizes e
“De longa data investimos e par ti-
Garças, MT), encontramos um dos
10 mil cabeças. No seu leilão anual
cipamos de todos os programas de
mais respeitados empresários, Cid
vende a genética de ponta. Apaixo-
melhoramento genético da ABCZ,
Romeu Barros, criador de Touros
nado pelo Nelore Mocho, o empre-
desenvolvendo uma seleção que
PO e Nelore Mocho a pasto em
sário transformou suas proprieda-
busca o animal ideal para atender
uma seleção de mais de 30 anos.
des nas melhores do setor no país.
todos os tipos de pecuaristas: o
Considerado um dos mais antigos
Em São Carlos (SP), ele mantém a
produtor de genética ou de carne;
criadores do país, Cid mantém a
criação de cavalos de Sela Francês.
o pequeno, o médio ou o grande
genética de primeira linha. O nome
Certo da transformação pela
criador. Trabalhamos para uma
Barra Agropecuária dispõe da mais
qual a agropecuária do nosso país
pecuária de resultados, por isso
moderna infraestrutura para a cria,
vem passando, ele diz estar feliz
louvamos a eficiência e a qualidade”, ressalta.
recria e engorda. passam por exames andrológicos que comprovam a aptidão para a reprodução dos touros ainda jovens, que garantem o retorno do investimento. Além da precocidade, para o acasalamento, são usados marcadores moleculares em touros como garantia da qualidade genética desses animais.
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Cid Barros mantém um criatório de mais de cinco mil matrizes e 10 mil cabeças. No seu leilão anual, vende a genética de ponta.
‘‘
Os touros do plantel de Cid Barros
Ele é um dos mais respeitados pecuaristas do país, por se preocupar não somente com seu plantel, mas também com o meio ambiente. De acordo com Cid Barros, a fazenda do Mato Grosso possui 50% de pastagens rotacionadas em 12 mil hectares de terra, sendo a outra parte direcionada à reserva legal e APP – Área de Preservação Perma-
Foto/Fábio Fatori
Epitácio (SP). “Adquirimos as primeiras 50 novilhas da marca OB, incentivados pelo amigo e grande conhecedor da pecuária brasileira Ovídio Carlos de Brito. Posteriormente, com mais animais OB e matrizes do criatório do amigo Ruy Terra, fomos ampliando nosso criatório, que hoje conta com 2.500 matrizes PO e um lote de 400 receptoras, com as quais desenvolvemos um plantel de FIV”, conta.
Nelore mocho, por quÊ? “É bom porque é Nelore, é me-
Viacava admite que ele trabalha
lhor porque é Mocho”. A frase foi
com amor, profissionalismo e em-
o slogan criado para a fundação do
penho. Ele acredita que o engaja-
Clube do Mocho, em parceria com a
nente. Para ele, a fórmula do sucesso
mento total com a criação foi que o
ACNB, sob o aval de Viacava.
é a soma da genética, da estrutura e
levou à presidência da Associação
Os exemplos começaram a
da tecnologia para produzir animais
de Criadores de Nelore do Brasil
aparecer com a visita do profes-
melhoradores.
(ACNB), onde desenvolveu um dos
sor Randal Grooms, da Texas Uni-
A criação da marca CV, de Car-
mais importantes projetos para o
versity, que mostrou o caminho do
los Viacava, começou há 28 anos, na
Nelore brasileiro: a marca “Nelore
bom criatório orientado para a
fazenda São José, em Paulínia (SP),
Natural” para a carne de excelente
fertilidade. “Na sequência, tivemos
sendo ampliada, em seguida, para
qualidade, originária do Nelore bra-
contato com o grupo fundador do
a fazenda Campina, em Cauiá (SP),
sileiro, a raça que melhor se adap-
e há quatro anos também para a
tou ao clima tropical e semitropical
fazenda Santa Gina, em Presidente
do Planalto Central e do Norte.
PMGRN (Programa de Melhoramento Genético da Raça Nelore), desenvolvido no Departamento de Genética da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, e dele começamos a fazer parte como fazenda número 7”, lembra. O trabalho era pioneiro no Brasil e hoje é reconhecido por todos que lidam com a pecuária. São 26 anos de trabalho com o PMGRN, que hoje é conduzido pela ANCP, presidida pelo Professor Raysildo B. Lobo. As novidades são constantes quando se fala no Nelore Mocho de Viacava, passando pela TE (transferência de embriões), pela
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elitte rural
Raca
FIV, pela IATF e, agora, preparando pela TETF, que significa a transferência de embriões a tempo fixo. Ele ainda cita a era dos marcadores moleculares, que auxiliam no processo de seleção para o gado de corte brasileiro, já amadurecida para o gado leiteiro norte-americano, mas ainda incipiente no Brasil. “Pela análise do DNA, pretende-se encontrar combinações genéticas que levem a um aumento exponencial na velocidade da seleção”. Outro fator que ele considera forte para o aprimoramento genéti-
nelore da-car
co animal no Brasil é o trabalho do
Já a genética Da-Car leva o
tel da melhor genética do Nelo-
Ministério da Agricultura, Pecuária e
nome de Dalila Cleopath Camargo
re Mocho. E entre os segredos
Abastecimento (MAPA), incentivando
Botelho de Moraes Toledo, tam-
do sucesso constante estão a
programas de melhoramento genéti-
bém criadora de Nelore Mocho.
equipe de reprodução eficiente,
co com a criação do CEIP – Certifica-
Difícil ver uma exposição ou evento
com muitos anos de trabalho,
do Atribuído a uma porcentagem de
em que não há premiação para os
e a equipe de funcionários da
15 a 20% dos melhores animais de
animais Da-Car. A marca carrega
Da-Car, com seu amor e dedica-
determinado rebanho ou grupo de
consigo uma equipe para preparar
ção. “Cada um no seu setor, jun-
rebanhos de diversas raças.
os animais, desde a inseminação
tos fazem a integridade do plan-
Atualmente, a marca CV possui
até a entrada na pista. Um time de
tel Da-Car”, diz Dalila.
15 touros em Centrais de Insemina-
admiradores conquistados pelo ca-
Um destaque e orgulho da ne-
ção, com destaque para os touros
risma de Dalila e que hoje faz coro
lorista é Formiga Da-Car, Melhor
Jaguarari, Quadradão, Quibelo, Abel,
na hora da torcida e nas constan-
Progênie da ExpoZebu 2012 e Me-
Sorriso, Tanto, Terrantes, Veterano,
tes comemorações.
lhor Matriz no Ranking da ACNB
Sudão, Xerox, Sansão, Diago, Ciclone, Mano, todos com o sufixo CV.
18
No Ranking da ACNB, ela leva
2011/2012. A vaca é produtora de
sempre os melhores prêmios,
genética campeã. Todas as suas
como criadora e como detentora
progênies foram premiadas. Só na
dos mais cobiçados animais. Não
última geração foram seis.
dispensa o apoio da família e dos
Entre os pecuaristas é unani-
amigos e, há 18 anos na criação
midade a ideia de que a criação
de Nelore, optou pelo caráter
de Nelore Mocho é uma ativida-
mocho, devido ao temperamen-
de que gera lucros e prazer. Os
to dos animais: mansos, calmos e
investimentos são compensados
de lida fácil.
e quem ganha é a pecuária bra-
Na fazenda São José Da-Car,
sileira, que se projeta para ser o
em Santa Maria da Serra, interior
celeiro de produção de alimentos
paulista, a criadora tem um plan-
do mundo, muito em breve.
19
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21
elitte rural
22
Raca
Bubalinos:
produção potencial para a economia e para a saúde
D
iferentemente da ideia
bem antes, na época da colonização,
agronegócio, que tem investidores
que se tem sobre os
explica-se a pouca cultura no país
com olhos voltados para a criação
búfalos, como aqueles
para o consumo da carne, do leite e
de
animais selvagens que
dos derivados desses bubalinos.
em uma alternativa rentável para
bubalinos,
transformando-a
se conhece da cultura nor te-ame-
Porém, com a crescente preocu-
o setor rural. A famosa mozare-
ricana, a versão doméstica desse
pação da população com a saúde,
la de búfala já está na lista dos
bovídeo é de temperamento dócil,
a tendência de se adquirirem car-
queijos mais consumidos no país.
o que facilita a sua criação e seu
nes menos gordurosas, com bai-
Quem tem propriedade para falar
manejo, e também se adapta bem
xos teores de colesterol e alto va-
sobre esse assunto é Veridiana
às condições ambientais úmidas.
lor proteico, os produtos originados
de Almeida Prado, da família que
A pele preta com pelos da mesma
do búfalo se tornaram atrativos. E
detém a marca Búfala Almeida
cor pode ser um problema quando
quem ganha com isso é o setor do
Prado, desde 1980. Sua mãe, a
os bubalinos ficam sob a luz do sol. De acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB), eles têm dificuldade de dissipar o calor extracorpóreo, em função do reduzido número de glândulas sudoríparas. Por esse motivo, em seu ambiente criatório, ele necessita de açude ou lago para ficar mergulhado nas horas mais quentes do dia, tendo ainda como coadjuvante para a sua per feita regulação térmica corpórea uma boa sombra. A história dos búfalos no Brasil tem cerca de um século. Se comparado ao rebanho bovino, que chegou
23
elitte rural
Raca empresta uma atmosfera mais har-
fundadora Maria Cecília de Almeibeças de búfalas. Veridiana, após finalizar MBA em Agronegócio na USP, em 2009, ingressou na administração da empresa, dando início a um trabalho dinâmico, com a implementação de políticas administrativas inovadoras, na Fazenda Rio Pardo, em Bocaina (SP). A experiência da mãe permitiu o crescimento da marca, aliado ao olhar atento e à busca por novos desafios de Veridiana. Com o fortalecimento da empresa, pouco a pouco os produtos derivados do leite de búfala ganharam mais espaço no mercado. E não é
“Nossas búfalas são muito bem tratadas nas fazendas onde criamos o nosso plantel. Desenvolvemos manejos que constantemente aprimoramos, no sentido de trazer o maior conforto possível às búfalas, com sombra, água fresca e alimentação balanceada
‘‘
da Prado, comprou as primeiras ca-
mônica entre os funcionários nas duas ordenhas diárias. Além do confor to do rebanho, a fazenda é estrategicamente adequada a modelos sustentáveis, onde a sombra e abundância de água auxiliam também na diminuição do desgaste das fêmeas.
Da ordenha ao laticínio O leite é tirado mecanicamente, através de ordenha mecânica em circuito fechado, duas vezes por dia. Em seguida, vai direto para o tanque refrigerado, de onde é bombeado para o pasteurizador, dentro do laticínio, sem
à toa que mãe e filha indicam algu-
com sombra, água fresca e alimen-
contato com o meio ambiente e sem
mas novidades que vão possibilitar
tação balanceada”, conta Veridiana.
manipulação humana. Após a pas-
o acesso dos produtos ao mercado
Na abordagem dos animais, a
teurização e os devidos testes labora-
equipe procura evitar o estresse no
toriais, vai para a linha de produção,
“Nossas búfalas são muito bem
manejo diário, utilizando algumas
onde seguimos rigorosos protocolos
tratadas nas fazendas onde criamos
técnicas que suavizam o desgaste.
no processo de fabricação de cada
o nosso plantel. Desenvolvemos
Antes da ordenha, as búfalas rece-
produto. E, finalmente, é embalado, re-
manejos que constantemente são
bem uma ducha que as refresca e
frigerado e levado para a venda.
aprimorados no sentido de trazer o
higieniza. Outra técnica é o uso de
De acordo com Veridiana, o leite de
maior conforto possível às búfalas,
música clássica, que tranquiliza e
búfala tem muitas diferenças relativas
consumidor nacional.
24
ao leite de vaca. Primeiro no que tange aos nutrientes. Já foi provado por pesquisas realizadas pela Embrapa que o leite de búfala possui 33% a menos de colesterol, 48% mais de proteínas, 47% a mais de fósforo e 59% a mais de cálcio do que o leite de vaca. “O leite de búfala ainda possui o dobro da quantidade de ácido linoleico conjugado (CLA) que contém o leite de vaca. Essa substância tem efeito anticancerígeno comprovado e atua sobre os efeitos secundários da obesidade, da ar teriosclerose e do diabetes”, ressalta. Ao invés de caroteno, substância amarelada que, depois de ingerida,
ATENÇÃO, CONSUMIDOR No ano de 2000 foi criado
contar a necessidade de usar pro-
o Selo Pureza 100% Búfalo pela
dutos químicos para branquear o
ABCB. Esse selo tem uma impor-
queijo, que naturalmente apre-
tância ímpar, pois é a garantia
senta a coloração amarelada do
de que o produto é feito apenas
leite de vaca”, informa. Ela pede
com o leite de búfala. Veridiana
ao consumidor que fique atento
aler ta que é muito frequente o
para se informar e se conscienti-
mercado oferecer produtos que
zar sobre a impor tância de averi-
não possuem essa aprovação
guar o selo.
e vendê-los como se fossem
Os produtos derivados do leite
de búfala, apesar de em sua
de búfala costumam ter um preço
composição conter leite de vaca.
diferenciado, sendo mais elevado
“Isso é muito negativo, pois o
do que os provenientes do leite de
consumidor imagina estar com-
vaca. E existem algumas razões
prando um produto de búfala,
para isso. Uma delas é a lei da
sendo que não é verdade. Sem
ofer ta e procura. Há mais ofer ta
se transforma em vitamina A no organismo humano, o leite de búfalas possui a própria vitamina A, que é totalmente branca. Quanto aos produtos derivados do leite de búfala, há uma imensa diferença. “Primeiro porque os produtos feitos com o puro leite de búfala são realmente de coloração branca. Ao contrário dos queijos fabricados com o leite de vaca, que apresentam coloração amarelada, as mozarelas de búfala são branquinhas”, completa.
25
elitte rural
Raca
de leite de vaca do que de búfala
paladar do consumidor”, explica.
no mercado. Uma búfala com me-
Os produtos também possuem
lhoramento genético, como são
produção refinada, complexa e
as nossas, chega a produzir até
ar tesanal.
22 litros de leite por dia, enquanto
Atualmente, a marca Búfa-
uma vaca leiteira pode chegar ao
la Almeida Prado oferece uma
dobro ou mais. Outra diferença
linha que inclui dez diferentes
citada por Veridiana está no pró-
produtos, desde as tradicionais
prio produto. “Para se conseguir a
mozarelas, passando pela novi-
textura macia, cremosa e fresca,
dade do requeijão, a deliciosa
qualidades que o consumidor va-
manteiga, chegando à leve e
loriza, há uma dificuldade maior
fresca ricota cremosa. “Nossos
com o leite de búfala, ao contrário
produtos advêm de um proces-
do que acontece com o leite de
so industrial, porém mantemos
vaca, que possui textura mais rígi-
algumas etapas em processo
da, dura e, por tanto, mais fácil de
ar tesanal. Fazemos testes diários
lidar. Dessa forma, há um investi-
para garantir a padronização de
mento em cursos especializados
cada lote, tendo como desafios
para a mão de obra até fora do
e preocupação, sempre em pri-
país, buscando-se atingir essas
meiro lugar, o sabor e a qualida-
qualidades tão impor tantes ao
de”, finaliza Veridiana.
26
Depois da seca, a tentativa de recuperação do MERCADO brasileiro. Entre as produções mais promissoras está o CAFÉ, que tem ÓTIMA representatividade em MINAS. Mesmo com a estiagem, que pode afetar a próxima SAFRA, o produto se mantém e é responsável pelo aumento do PIB no segundo semestre de 2014. Na mesa, o café!
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elitte rural
Terra
Café cultura que
resistiu à seca e se mantém para o crescimento do PIB brasileiro
U
m produto que agra-
O PIB da agropecuária cres-
da aos brasileiros e
ceu 0,2% no segundo semestre
torna o país o maior
de 2014 ante o trimestre anterior,
produtor de café, com
segundo
números
divulgados
destaque para Minas Gerais. Es-
hoje pelo Instituto Brasileiro de
pecialistas garantem que o au-
Geografia e Estatística (IBGE). O
mento do consumo é progressivo
setor foi o único segmento que
país caiu 0,6%. No acumulado
e tem par ticipação impor tante
apresentou variação positiva no
dos últimos 12 meses, o PIB da
no Produto Interno Bruto (PIB) da
período, quando o PIB total do
agropecuária cresceu 1,1%.
agropecuária brasileira, que deve apresentar crescimento neste segundo semestre de 2014, com a colheita das culturas de inverno, mesmo depois da grande seca e a consequente quebra da safra em função das condições climáticas desgastantes. O destaque do PIB ficará para os segmentos de carne e café, de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
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de 2013. Uma das principais novi-
nica e orientação em planejamento
O setor da cafeicultura reunirá de
dades da edição é o 1º Fórum de
de negócios para empreendedores
15 a 18 de setembro, em Belo Hori-
Agricultura Sustentável, que debate-
de food ser vice. O evento pretende
zonte, todas as pontas do setor ca-
rá o desenvolvimento integrado da
mostrar ao mundo o potencial bra-
feeiro – nacional e internacional –,
cadeia produtiva, com o olhar vol-
sileiro para a produção cafeeira.
a fim de discutir o crescimento so-
tado especialmente aos aspectos
O cafeicultor e diretor da Faemg
cial e sustentável do produto bra-
econômico, social e ambiental. Na
e presidente das Comissões de
sileiro. Trata-se da Semana Inter-
outra ponta da cadeia, o Cafeteria
Café da CNA e da Faemg, Breno
nacional do Café (SIC), que atrai
Gourmet oferecerá capacitação téc-
Pereira de Mesquita, garante que a
cafeicultores, torrefadores, classificadores, expor tadores, compradores fornecedores, empresários, baristas, proprietários de cafeterias e apreciadores. Durante a Semana é realizada a maior feira do setor, o 9º Espaço Café Brasil, que gera negócios e contribui com a formação do mercado de qualidade por meio dos eventos técnicos. A previsão é de geração de R$ 85 milhões em negócios e incremento de 15% sobre os resultados
colheita do café está concluída em
“O Cafeteria Gourmet oferecerá capacitação técnica e orientação em planejamento de negócios para empreendedores de food service.
‘‘
Debates sobre o café
grande par te do país e o momento é marcado por oscilação das cotações e muita insegurança para os produtores. “A estiagem dos primeiros meses terá for te impacto nos números da produção; uma perda que ainda não poderemos sequer precisar até que o beneficiamento esteja em estágio mais avançado, mas estimamos que a perda fique em torno de 30%. Assim como em quantidade, é espe-
29
elitte rural
Terra
rado também um nível bem menor
produtores que já estão alcançando
em qualidade”, diz.
muito mais valorização e equilíbrio. A
Ele afirma que os preços têm
independência de mercado, acredi-
trazido alguma esperança aos pro-
to, passa pela agregação de valor,
dutores, após 2013 ter sido de cota-
com pesquisa, investimento, tecnolo-
ções abaixo do custo de produção
gia e diferenciação”, declara.
em muitas regiões. Ainda assim,
Para isso, é preciso que o pro-
sem uma política de preços perene
dutor mantenha cuidados redobra-
para o setor, cabe ao cafeicultor gerir
dos, desde a colheita e a secagem
agora os preços pagos pela saca,
ao beneficiamento. É preciso que o
equilibrando as contas do último ano
Governo também entre com políticas
e as possibilidades que os próximos
públicas para que não faltem investi-
meses – e 2015 – poderão trazer.
mentos na melhoria da qualidade do
“A hora é de cautela na colheita, na
grão, nos tratos culturais e em novas
comercialização e no planejamen-
safras, cada vez mais bem sucedidas
to adiante”, afirma. Para a próxima
entre os melhores cafés do mundo.
safra, em 2015, já se estima que o produção também seja sentido.
Alternativas de sucesso O momento atual, marcado por incertezas e embalado por um mercado altamente especulativo, traz uma única garantia: a preocupação com a quali-
A estiagem dos primeiros meses terá forte impacto nos números da produção
‘‘
efeito do período de seca sobre a
O café é um dos alimentos que nunca faltam na mesa do consumidor. Mesmo com preços de mercado mais altos, a demanda deverá continuar a mesma? De acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), no período de 2004 ao primeiro semestre de 2013, o consumo de café
dade será fator preponderante para se
pandindo esse nível de comercia-
fora do lar cresceu mais de 350%,
conseguir mais, ou menos lucro.
lização. “Somos hoje reconhecidos
em função do aumento da ofer ta de
Com muitos anos de for te traba-
mundialmente como um país pro-
produtos preparados em monodo-
lho, o Brasil abriu canais de comer-
dutor de cafés de variados tipos e
ses, cafés em sachês, as cápsulas e
cialização com o mundo comprador
sabores; todos de excelente qualida-
os coados na frente do consumidor.
dos cafés diferenciados de várias
de. Aí está a chave para milhares de
Essa é uma tendência que deve
origens produtoras e é essencial
continuar em franco crescimento.
que continue apostando nisso e ex-
Não apenas no mercado brasileiro, como há também grande amplia-
30
É preciso que se invista também em fortalecer a governança e gestão eficaz das propriedades produtoras
‘‘
o desenvolvimento e a implementação de programa de marketing que ressalte as características das várias regiões produtoras brasileiras, valorizando, especialmente no exterior, as peculiaridades e a qualidade elevação do consumo pela expansão
produtiva, a começar pela questão
em novos mercados, como Rússia
do georreferenciamento da produ-
e China, cuja população está des-
ção, possibilitando muito mais efi-
per tando para hábitos ocidentais.
ciência na elaboração de políticas
Ainda de forma um pouco tímida, o
públicas na organização dos progra-
cafezinho já começa a conquistar o
mas, projetos e ações, bem como na
paladar de muitos por lá.
distribuição coerente dos recursos. É preciso que se invista tam-
Quais os projetos necessários ou
bém em for talecer a governança e
iniciativas necessárias para o de-
na gestão eficaz das propriedades
senvolvimento da cafeicultura?
produtoras – a maioria de pequeno
O setor cafeeiro precisa muito
porte. O investimento em cursos de
de políticas públicas mais arrojadas,
profissionalização para o cafeicultor
com geração de renda e capacita-
torna-se imprescindível, assim como
ção dos produtores para uma gestão muito mais integrada. É preciso profissionalizar e qualificar a cadeia
da dos cafés nacionais. Outro impor tante desafio consiste no desenvolvimento de pesquisa aplicada, como, por exemplo, na área de tecnologia para colheita em área montanhosa, no aumento da produtividade e no combate às pragas. Isso para citar apenas algumas das frentes de ações impor tantíssimas para o setor. Como Minas é o grande produtor brasileiro de café, a Faemg tem impor tante atuação no setor. O senhor pode ressaltar as principais atividades e projetos? A Faemg tem duas linhas de
31
a
elitte rural
Terra
atuação no fomento à cafeicultura mineira. A primeira delas é política, de representação dos sindicatos rurais e dos produtores mineiros, em seus interesses e demandas. Nesse sentido, a Federação atua na busca, junto aos órgãos competentes, por políticas e medidas estruturantes e emergenciais para o desenvolvimento da cafeicultura no estado. Paralelamente,
atuamos
em
uma segunda linha, de caráter técnico, com o objetivo promover a melhoria da atividade. O Sistema Faemg, por meio do Senar Minas e de programas da própria federação, oferece uma série de cursos e treinamentos para a capacitação do produtor e do trabalhador rural, visando a melhorar a gestão da produção, a redução dos custos e a otimização da produtividade com maior qualida-
também em projetos específicos
da Semana Internacional do Café.
de. Exemplo é o Café + Forte, progra-
para promoção dos cafés de Mi-
Em sua segunda edição, o evento
ma de gestão da atividade que tem
nas Gerais, criação de Indicações
será opor tunidade de apresentar-
se expandido por todo o Estado, com
Geográficas e busca da valorização
mos a realidade, diversidade, sus-
grandes resultados.
dos cafés produzidos no Estado.
tentabilidade e qualidade dos cafés
O grande destaque é a realização
de Minas Gerais e do Brasil.
Além disso, a Federação atua
32
a
O Ponto de Vista da Elitte traz ARTIGOS diversos, criados para AUXILIAR o produtor a conhecer, se informar e se ORIENTAR para trabalhar e produzir MELHOR no campo. Mais detalhes para você se inteirar estão nas PRÓXIMAS páginas...
33
elitte rural
Ponto de Vista
E A NOVA LEGISLAÇÃO FLORESTAL (NOVO CÓDIGO FLORESTAL)? E A SEGURANÇA JURÍDICA? (“URGÊNCIA” NECESSÁRIA A TODOS)
O
texto
constitucio-
numa visão tradicional, possui pila-
Florestal
nal, em seu Ar t. 225,
res que o sustentam, quais sejam:
“Novo Código Florestal” – Lei n.º
caput, impõe deveres
o pilar econômico, o pilar social e o
12.651/2012 e Lei n.º 12.727/2012
ao Poder Público e à
pilar ambiental.
– leis federais) foi alvo de ações
vigente
(denominada:
coletividade no sentido de preser-
É preciso uma salutar integra-
var e defender o meio ambiente
ção entre todos os pilares, sob
propostas pelo Ministério Público
ecologicamente equilibrado às pre-
pena de se ultrajar a própria sus-
Federal, onde há expresso aponta-
sentes e futuras gerações.
tentabilidade.
mento acerca de prováveis incons-
O desenvolvimento sustentável,
34
Nesse cenário, a Legislação
diretas
de
inconstitucionalidade
titucionalidades, pendentes, ainda,
“O meio ambiente deve ser resguardado por todos, lógico, sem que haja desequilíbrio ao desenvolvimento econômico e social
‘‘
de julgamento no Egrégio Supremo
tentável) e, à evidência, ao pró-
Tribunal Federal (STF).
prio meio ambiente.
O meio ambiente deve ser res-
Assim, tendo em vista ser o
guardado por todos, lógico, sem
meio ambiente um direito funda-
que haja desequilíbrio ao desen-
mental, de suma impor tância que
volvimento econômico e social; daí,
todos aqueles responsáveis por
a imprescindível e urgente neces-
sua tutela (inclusive, os produto-
sidade de posicionamento ime-
res) exijam a pronta e adequada
diato de nossa Suprema Cor te, no
resposta (prestação jurisdicional)
sentido de prestar uma resposta
do Poder Judiciário (no caso, do
rápida (com qualidade) e adequa-
Egrégio Supremo Tribunal Fede-
da ao caso específico (eficaz e
ral - STF), para que se definam
eficiente), a fim de se garantir a
os rumos da real concretização e
segurança jurídica aos produtores
interpretação/aplicação do direito
(colaboradores à implementação
ambiental, em especial da apon-
do efetivo desenvolvimento sus-
tada legislação florestal.
Bruno Campos Silva Advogado em Minas Gerais e Brasília. Concluiu curso de capacitação em Cadastro Ambiental Rural. Especialista em Mercado de Carbono pela Proenco-SP. Diretor Adjunto do Departamento de Direito Ambiental do Instituto dos Advogados de Minas Gerais – IAMG. Presidente da Comissão de Direito Ambiental da 14ª Subseção da OAB-MG. Membro da Associação dos Professores de Direito Ambiental do Brasil – APRODAB. Membro da Deutsch-Brasilianische Juristenvereinigung. Membro da Comissão de Sustentabilidade do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC-SP. Membro do Conselho Editorial da Revista Internacional REID do IEDC. Membro do Conselho Editorial da Revista Fórum de Direito Urbano e Ambiental - FDUA. Membro do Conselho Editorial da Revista Magister de Direito Ambiental e Urbanístico. Membro do Conselho Editorial da Revista Brasileira de Direito do Agronegócio – RBDAgro. Diretor Jurídico da Revista Elitte Rural. Coordenador e coautor de obras coletivas nas áreas do Direito Ambiental e Urbanístico. Membro do Instituto Brasileiro de Advocacia Pública – IBAP. Especialista em Direito Processual Civil pelo CEU-SP. Professor de Direito Processual Civil do Centro de Ensino Superior de São Gotardo-MG (CESG). Membro do Instituto Brasileiro de Direito Processual – IBDP. Membro da Academia Brasileira de Direito Processual Civil. Membro do Conselho Editorial da Revista Magister de Direito Civil e Processual Civil. Membro do Conselho de Redação da Revista Brasileira de Direito Processual – RBDPro. Coautor de obras coletivas na área do Direito Processual Civil. Sócio fundador do escritório “Bruno Campos Silva Advocacia”. Membro do Instituto dos Advogados de Minas Gerais – IAMG.
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elitte rural
Atuar no disputado ramo da pecuária de ELITE exige muito trabalho, INVESTIMENTO e dedicação, tanto dos criadores quanto daqueles que TRABALHAM nas pistas dos maiores leilões de gado comercial do país. Para se destacar nessas áreas, não é nada fácil, porém há também as HISTÓRIAS de sucesso É neste tom que você confere entrevista com a jovialidade do criador César Tomé Garetti e a experiência de Wagner Louwel Peroto.
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elitte rural
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Gente
César Garetti: Uma história de sucesso Com mais de 30 anos de experiência em criação de animais de raça, sendo 24 deles com pecuária de corte e seleção genética, o proprietário da marca CTG Lince, César Tomé Garetti, iniciou essa história com a produção de cavalos da raça Mangalarga, reconhecidos com destaque no cenário nacional.
A
nos mais tarde, deu um
com Elizete em 1984. O pai dela era
Mangalarga e adquiri minha pri-
passo adquirindo a fa-
diretamente ligado ao setor rural.
meira chácara. Dois anos depois,
zenda no município de
Após dois anos de casado, comecei
em 1988, comprei a segunda pro-
Costa Rica, no mato
a ter novo interesse nas minhas raízes
priedade, onde fiz o Haras Menino
grosso do sul focando em produ-
naturais. Parece que está no sangue
Jesus. Continuei com a criação de
ção de gado comercial e mais a
mesmo e por isso a área de criação
cavalos, trabalhando com a mesma
frente começou a produção de tou-
voltou a ter importância para mim.
marca CTG, no município de Monte
rinhos para cruzamento industrial.
Hoje tenho dois filhos e duas filhas,
Aprazível, no estado de São Pau-
E nos últimos dois anos se dedi-
sendo que a Natalie se formará nes-
lo. Em 1990, comprei uma pequena
ca em criação de gado PO com a
te ano em Arquitetura; o César Filho
fazenda no município de Auriflama,
raça Nelore.
administra a indústria de couro auto-
onde comecei a minha criação de
motivo; a Beatriz também se formará
gado comercial. Quatro anos mais
Revista Elitte Rural - Quem é
neste ano em Medicina, e o Matheus
tarde, em 1994, surgiu a fazenda no
César Garetti?
é formado em Agronomia e hoje tra-
município de Costa Rica, no estado
César Garetti – Minha família, por
balha em uma multinacional.
de Mato Grosso do Sul. Ela já leva-
par te de mãe, já era da área da
va o nome de Fazenda Lince. Para
pecuária e do café, desde o meu
Revista Elitte Rural - Quando
isso, vendi o haras e a fazenda de
bisavô, mas a minha formação foi
foi que decidiu investir na cria-
Auriflama, centralizando tudo no
completamente diferente. Come-
ção de gado para reprodução
Mato Grosso do Sul. Dessa manei-
cei a vida profissional no ramo de
de genética e corte?
ra, interrompi a criação de cavalos
automóveis, especificamente com
César Garetti – Foi em 1986 que
e mudamos o foco para a criação
uma loja de acessórios. Casei-me
comecei a criar cavalos da raça
de gado comercial.
41
elitte rural
Gente
Revista Elitte Rural - Sem-
nesse período, algumas doadoras.
analisamos o que nasceu e traze-
pre trabalhou com a raça
Aspirávamos aqui em São Paulo e
mos para São Paulo as receptoras,
Brahman, desde o início?
transferíamos os embriões para o
com os bezerros de 30 ou 60 dias
César Garetti – Em 1996, come-
Mato Grosso do Sul, nossa materni-
que acreditamos ter potencial para
cei a criar animais da raça Simental,
dade principal. Isso, inclusive, é feito
pista. Investimos em matrizes nas
que foi o auge do cruzamento in-
dessa maneira até hoje. Todo mês
quais acreditávamos e acabamos
dustrial. Permaneci com o Simental de fazer tourinhos para meu próprio plantel. Ainda não atuava com pistas e não existia interesse em nada disso, o interesse era estritamente a campo. No ano de 2003, veio a vontade de voltar a criar animais de elite. Então, comecei a pesquisar, e isso foi justamente na época em que o Brahman estava em uma fase crescente no Brasil. Depois de muito estudo, no ano de 2004 fui aos Estados Unidos, onde rodei por vários criatórios de Brahman, e comecei a fazer investimentos em cima dessa raça. A par tir daí veio a necessidade de ter uma propriedade aqui per to, onde eu pudesse começar a criar gado de pista. Foi quando adquiri, em 2006, a propriedade de Neves Paulista. Ficamos dois anos construindo e preparando essa propriedade para fazer do lugar o nosso espaço de criação de gado Brahman de elite. Fizemos tudo que era preciso para isso, desde as cocheiras, o curral, a par te de piquete, até o plantio para produzir alimentação, além das demais instalações. Queríamos uma propriedade bem próxima da rodovia e do meu local de trabalho e esse é o caso desta. Hoje gasto de 10 a 15 minutos do escritório até ela. Tínhamos,
42
“No ano de 2003, veio a vontade de voltar a criar animais de elite. Então comecei a pesquisar sobre isso. E foi justamente na época em que o Brahman estava em uma fase crescente no Brasil.
‘‘
durante um período tendo o objetivo
tendo muito sucesso. Revista Elitte Rural - Fale um pouco dos exemplares de sucesso do seu plantel. César Garetti – Tivemos seis reser vadas Grande Campeã em Uberaba. Entre 2009 e 2010, ganhamos o Ranking da Raça Brahman. No Congresso Mundial, fizemos a Reser vada Grande Campeã e a Terceira Grande Campeã. Para se ter uma ideia, mesmo parando de fazer pista com a raça Brahman no ano passado, ainda conseguimos a Grande Campeã de 2014 com a nossa marca e fui eleito o Segundo Melhor Criador de 2013, quando
mercado brasileiro e o externo vêm exigindo desses ramos de atividade, ou seja, produção de genética e gado de corte? César Garetti – Hoje temos uma discussão constante de que Nelore de pista é uma coisa e o Nelore de pasto é outra. Acredito que quanto mais conseguirmos aproximar isso, mais resultado a pecuária vai ter. Porque, se começarmos a dividir, vai ser difícil. Sempre vejo que a pista é a responsável pelo melhoramento genético dos animais que vêm fechou o ranking. Tivemos uma boa
começaram a abrir o Mato Grosso
atrás. Sou contra essa diferenciação
etapa com o Brahman e temos ain-
do Sul, o gado que levaram para lá
e acredito que as pessoas têm de
da a criação com mais de 200 ma-
foi o Nelore, que era o mais rústico,
começar a ver o animal de um modo
trizes na fazenda do Mato Grosso
ou seja, o Brahman veio para que o
mais equilibrado, sem ser radical de
do Sul. Mas entrei no Nelore há dois
criador conseguisse produzir bezer-
um lado ou de outro. A minha opi-
anos, visualizando justamente essa
ros com tempo mais cur to de abate.
nião é de que temos condições e
área do gado de elite, porque essa
Vi a raça Brahman como uma opor-
materiais para produzir um animal
raça tem um dinamismo diferente.
tunidade de cruzamentos que não
bonito e com carcaça desejada, e
Deixamos o Brahman na criação
fugissem das características zebuí-
estamos chegando lá. Como o Nelo-
a pasto e focamos na produção
nas, mas que nos fizesse ganhar
re está há mais tempo no Brasil, tem
de touros, no qual comercializamos
tempo, pois o tempo hoje é dinheiro.
mais ferramentas que nos permite
média de 80 touros por ano. Sempre comparo gado de elite com a Fór-
fazer isso. É o que as pistas estão Revista Elitte Rural - O que o
mostrando por aí. Estamos vendo
mula 1, do qual tiramos o máximo
animais com carcaças maravilhosas
que podemos, que é quem anda
e um racial muito bonito, o que tam-
genética para que se possa passar isso a quem faz o gado de campo ter uma ótima produtividade, ou seja, melhorando o desempenho do bezerro nascido. Passamos para o Nelore devido ao montante de comercialização da raça ser muito maior. Na minha cabeça, o Brahman veio agregar valor ao Nelore, que é a raça mais antiga em criação de gado no Brasil. Quando
“Na minha cabeça, o Brahman veio agregar valor ao Nelore, que é a raça mais antiga em criação de gado no Brasil.
‘‘
na frente, testando e melhorando a
bém avalio como importante. Revista Elitte Rural - Seu plantel refinado participa de leilões e feiras... César Garetti – Bastante, sou novo criador da raça, porque dois anos é pouco tempo. Mesmo assim, tivemos a felicidade de produzir exemplares maravilhosos, como o animal Afrodite FIV da Lince nº 20. Fizemos agora a Reser vada de
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elitte rural
Gente
Bauru e Campeã de Ituverava com de uma bezerra maravilhosa que comercializamos 50% no leilão da HRO, em que a Rima Agropecuária se tornou sócia nesta aquisição. Esse animal está dando muita alegria, pois em todas as exposições tem ficado na ponta. Tive a opor tunidade de também fazer parcerias muito impor tantes. O senhor Dorival Bianchi me abriu muitas vacas dele. O Ronaldo Alves e a Fazenda Tebarro, também. Isso foi bom, porque a Afrodite nº 20 foi fruto da parceria com Dorival Bianchi; a Amaya nº 50, da parceria com a Fazenda
“Hoje temos uma discussão constante de que gado de pista é uma coisa e o gado a pasto ou a campo é outra. Acredito que quanto mais conseguirmos aproximar isso, mais resultado a pecuária vai ter.
‘‘
Amaya FIV da Lince nº 50. Trata-se
é a mesma de quando comecei no
Tebarro, e investimos ainda em al-
Brahman. Meu puxador, meu motorista, entre outros, são os mesmos. Mudamos apenas algumas pessoas que podemos substituir facilmente, mas, se o criador não tiver uma equipe focada e dedicada, não haverá nada que funcione, principalmente nos criatórios de gado de elite. Como já disse, comecei minha carreira profissional com loja de acessórios. Em 1997 nasceu uma indústria de bancos de couro para automóveis. Desde muito jovem, meu filho César participa da empresa e é quem basicamente administra a indústria. Também entrei para o ramo da construção civil.
gumas vacas de destaque. Nossa
reuniu inúmeros convidados em
Construímos apartamentos em São
primeira compra foi a Frida, no lei-
torno de seis amigos: Agropecuá-
José do Rio Preto e a construtora
lão em que fiquei sócio do Cícero e
ria Bionatos, Ronaldo Alves, Dorival
leva meu nome, mas vou dizer uma
do Zezé Di Camargo; depois, com-
Bianchi, Luiz Antônio da Mundial
coisa: a criação de gado de elite é
prei 50% da Absoluta, ficando sócio
Agropecuária, Humber to da Sá e
um dos negócios em que a dificul-
com a HRO, a qual dispensa co-
Sá e a Nelore Lince.
dade de se ter sucesso é bem maior,
mentários. Compramos ainda a Vila
porque é preciso ser muito dedicado.
II, do leilão da Abacaxi. Enfim, cita-
Revista Elitte Rural – E com rela-
Acredito também que esse segmen-
mos apenas algumas, mas fizemos
ção à tecnologia, equipe técni-
to, ou seja, o gado de elite de pista,
inúmeros investimentos em animais
ca e infraestrutura que fazem
ensina a pessoa a ter disciplina com
e prenhezes nos quais realmente
do seu plantel um dos novos
as coisas e plena dedicação. Caso
acreditamos. Então, já começamos
destaques no cenário nacional,
contrário, a pessoa não consegue
a constituir o nosso plantel e estou
o que o senhor tem a dizer?
obter sucesso. Além disso, o ramo
satisfeito, porque acredito que tem
César Garetti – Em qualquer
exige grande investimento, que deve
sido um trabalho bem direcionado.
criatório, a todo instante nasce um
ser bem direcionado. É uma área
Além do mais, fui muito bem auxi-
animal com potencial de ser cam-
em que o empreendedor pode ter
liado na criação do Nelore, através
peão. Transformá-lo em campeão
muito sucesso, mas, se ele não tiver
de pessoas com mais conhecimen-
já é outra coisa. A questão é que
foco, vai acabar gastando um bom
to. Aliás, creio que temos de ser
poucas pessoas conseguem fazer
dinheiro. O Nelore é dinâmico e tudo
bem orientados nesse segmento.
isso. Sendo assim, acredito que a
que é assim exige do criador que ele
Em outubro de 2013, realizou-se o
escolha da equipe é a par te fun-
seja rápido e faça as coisas certas,
na Chácara Lince, o Leilão União
damental do criatório. Para se ter
porque senão tanto o lucro quanto o
da Raça. Foi um grande evento que
uma ideia, a minha equipe de hoje
prejuízo serão dinâmicos.
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Gente Foto/ZZn Peres
elitte rural
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Uma vida dedicada aos bons negócios Atuar no disputadíssimo ramo de leilões não é nada fácil. Para se destacar nessa área é preciso conhecer as melhores características dos animais de cada raça, trabalhar com afinco e dedicação, mas também investir um pouco na criatividade, de vez em quando. Wagner Louwel Peroto, com quase
em Jaú, São Paulo, onde já se criava
independente quanto por meio de
30 anos de experiência com ze-
Nelore desde 1971. Nela permaneci
parcerias com outros grandes cria-
buínos, sendo 15 deles somente à
por 16 anos, conseguindo chegar
dores.
frente da SAP Assessoria Pecuária,
ao cargo de gerente-geral. Foi onde
ao lado de seu sócio, sabe bem
tive a oportunidade de adquirir co-
Revista Elitte Rural - Quem atua
o que tudo isso quer dizer. E é um
nhecimentos técnicos e comerciais
no setor pecuário sabe que
pouquinho dessa longa história de
com amigos professores, como o
a SAP Assessoria Pecuária é
sucesso na realização dos maiores
Dr. Ubaldo Oleia, o Dr. José Maria
uma das mais antigas do
leilões do país, nos quais de tempos
Goldsmicht e o Dr. Felippe, entre ou-
mercado e, por isso, também
em tempos podem aparecer as fa-
tros. Lá também tive um líder impor-
está no topo das mais con-
mosas “vacas milionárias”, que ele
tante, o Sebastião Camargo. Ele foi
ceituadas empresas realiza-
conta na entrevista a seguir.
um grande homem na minha vida
doras de leilões. Como come-
profissional e quem me ensinou os
çou essa história?
verdadeiros e corretos valores.
Wagner Louwel Peroto - Fernan-
Revista Elitte Rural - Quando e de que maneira entrou no
do Barros, um velho amigo meu e
ramo pecuário? Desde o início,
Revista Elitte Rural - Como os
parceiro de exposições e leilões,
seu dom era a seleção de va-
leilões entraram em sua vida?
havia se desligado do grupo VR,
cas para leilões?
Wagner Louwel Peroto - Como
em 1999, onde também permane-
Wagner Louwel Peroto - Iniciei
gerente da Morro Vermelho, pude
ceu por 16 anos até fundar a SAP,
meu trabalho com animais em 1985,
adquirir conhecimentos e experiên-
pioneira nesse tipo de prestação de
como administrador da fazenda
cia na realização de leilões, já que
serviço. Em 2000, ele me convidou
Morro Vermelho, que pertence ao
ela era a promotora de vários even-
para fazermos sociedade, já que o
Grupo Camargo Correa e localizada
tos importantes, tanto de maneira
mercado de leilões estava em franca
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elitte rural
Gente
expansão e carente de pessoas com conhecimentos técnicos e comerciais para organizá-los. Revista Elitte Rural - O ramo em que o senhor atua há vários anos é disputadíssimo, assim como os próprios leilões. Qual o segredo de tanto sucesso? Wagner Louwel Peroto - O sucesso nunca é resultado de um único fator, e sim de um grande conjunto de ações e pessoas. Mas, se tivesse que escolher uma só palavra para definir isso, com certeza seria comprometimento. Desde o primeiro leilão que assessoramos, ideia de que o reconhecimento somente viria depois que os criadores, que são o tronco dessa “árvore”, obtivessem êxito na sua seleção como um todo, uma vez que a venda é apenas uma das etapas do trabalho do selecionador. E estar ao lado e, ao mesmo tempo, junto deles em todas as fases e dificuldades da atividade é talvez nosso grande diferencial.
Mas de uma coisa nos orgulhamos muito, estivemos e estamos juntos dos principais criadores, responsáveis por fazer do Nelore a maior raça de corte do mundo.
‘‘
sempre tivemos como princípio a
Revista Elitte Rural - Que lei-
e colaborar com os maiores e mais importantes leilões do Brasil? Wagner Louwel Peroto - É lógico que muito nos orgulha, afinal são capítulos importantes da pecuária brasileira, para a qual pudemos dar, mesmo que pequena, uma valorosa contribuição. Porém, para que pudéssemos colaborar com esses resultados, tivemos que passar dias e dias longe de casa e da família, bem como abrir mão de muitas coisas em prol dos eventos. Enfim, es-
lões a SAP conta em seus cur-
mos e estamos juntos dos principais
tivemos comprometidos “dos pés à
rículos?
criadores, responsáveis por fazer do
cabeça” com esse trabalho.
Wagner Louwel Peroto - Com
Nelore a maior raça de corte do
certeza estaríamos cometendo in-
mundo. Naturalmente, aprendemos
Revista Elitte Rural - O senhor
justiças em citar apenas alguns
muito e concluímos que ainda te-
tem experiência comprovada
leilões, afinal, nesses 15 anos de
mos muito a aprender.
na realização de importantes leilões pelo país, como os que
trabalho, assessoramos algumas centenas de eventos. Mas de uma
Revista Elitte Rural - Como é ser
ficaram conhecidos pela se-
coisa nos orgulhamos muito, estive-
responsável por acompanhar
leção das famosas “vacas mi-
50
lionárias”. Quais os fatos mais
num alto grau, as qualidades fenotí-
marcantes de sua carreira.
picas da raça; ter históricos reprodu-
Wagner Louwel Peroto - Muitas
tivo e funcional eficientes; descender
vendas e eventos foram marcantes
de famílias que, comprovadamente,
nesse período. Tivemos o privilégio
já se destacaram nas pistas e nos
de presenciar alguns dos recordes
leilões; ser de uma marca de credi-
da raça. Alguns já duram mais de
bilidade, e estar num ambiente, no
uma década, mas dois eventos
caso, um leilão TOP, tanto na pro-
foram muito marcantes, pela im-
moção quanto na realização.
portância e pela história, como a liquidação do plantel elite da Mata
Revista Elitte Rural - Como foi
Velha e a liquidação total do plantel
que desenvolveu esse olhar
da J. Galera, nos quais, naturalmen-
clínico e altamente apurado
te, tivemos a merecida valorização
para encontrar entre tantos
financeira de várias matrizes.
animais aqueles que realmente podem se destacar de maneira
grande selecionador, o que faz um animal se tornar uma vaca milionária? Wagner Louwel Peroto - Para uma matriz obter uma valorização expressiva, ela precisa oferecer segurança e perspectiva de ganho ao investidor. Para que isso ocorra, a matriz deve reunir várias características, como, por exemplo, ser um indivíduo de exceção e que reúna,
“Para uma matriz obter uma valorização expressiva, ela precisa oferecer segurança e perspectiva de ganho ao investidor.
‘‘
Revista Elitte Rural - Como
espetacular nos leilões pelo Brasil afora. Wagner Louwel Peroto - Os anos de estrada facilitam muito, mas acreditamos que um dos segredos está em não se prender aos sucessos do passado e saber que, como tudo na vida, as coisas mudam. E, se desejamos permanecer competitivos, é de suma importância enxergar o que o mercado está querendo e valorizando naquele momento.
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elitte rural
Gente
Revista Elitte Rural - conhecido por ser um profissional arrojado e que sabe surpreender seus clientes. Em 2007, por exemplo, um fato inédito marcou a ExpoZebu, quando um dos leilões mais disputados na feira estava com a data marcada, mas ninguém sabia quais animais participariam. A atitude foi considerada audaciosa, uma vez que se tratava do evento em que se comercializavam as famosas “vacas milionárias”. Fale sobre essa importante característica do mundo dos leilões, no qual se destaca. Wagner Louwel Peroto - Esse
Essa ação de marketing foi criada
dentro da mais impor tante feira do
evento foi um momento muito im-
e apresentada pela Publique aos
País, nos dava margem para ser-
por tante na nossa história, afinal
promotores e, de imediato, agra-
mos audaciosos. Impor tante citar
muitos acharam uma loucura um
dou a todos nós. Sabíamos que
que isso foi um caso específico,
dos maiores leilões da raça, o Elo
tínhamos animais de grande inte-
afinal, marketing e propaganda
de Raça, não promover seus ani-
resse comercial e o fato de o even-
são fundamentais quando se quer
mais com a antecedência habitual.
to ser um dos mais tradicionais,
realizar um leilão.
“Os anos de estrada facilitam muito, mas acreditamos que um dos segredos está em não se prender aos sucessos do passado e saber que, como tudo na vida, as coisas mudam.
‘‘
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elitte rural
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Gente
Leilões são VERDADEIRAS festas onde o gado de elite é quem brilha. Veja quem esteve presente nos melhores remates da estação e prestigiou os anfitriões da PECUÁRIA nacional.
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Giro Fotos/ Zzn Peres
elitte rural
Fotos/ Zzn Peres
12ª Edição Leilão do Copa. Puro luxo! O Rio de Janeiro por si só já é um espetáculo à par te. Imagine, então, um leilão ser realizado no Belmond Copacabana Palace?! Não teve para mais ninguém. Foi assim, com muito glamour a 12ª edição do Leilão do Copa nos salões do famoso hotel carioca. O evento do Grupo Monte Verde, em parceria com a TerraMata e o Nelore Zamlutti, recebeu 300 pessoas e ofer tou 20 lotes dos melhores animais da raça Nelore. Com faturamento de R$3.334.800,00, a noite foi um sucesso de negócios. O Grupo Carthago arrematou 50% da Doadora Elektra da Sabiá, por R$480.000,00. O maior comprador do evento foi o empresário Alfredo
FELIPE PICCIANI, VALTER EGYDIO, ALFREDO ZAMLUTTI, ALFREDINHO E PAULO HORTO
Zamlutti, que desembolsou o valor de R$576.000,00, e Fotos/ Zzn Peres
a maior média foi de R$250.172,54. As atrações da noite não foram somente os belos exemplares de animais, mas também os convidados, que aproveitaram a playlist de primeira qualidade do DJ Ccel para circular pelo sofisticado ambiente. A edição deste ano foi ainda mais especial, pois presenteou os vendedores e compradores, através do Copa Eventos, com estadias no hotel 5 estrelas.
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PEDRO GUSTAVO NOVIS, BRUNO BELLO VICINTIN E PAULA
MARIA ISABEL BORGES E LUCIANA FARIA BELLI
Fotos/ Zzn Peres
Fotos/ Zzn Peres
JAIME PINHEIRO E VALTER EGYDIO, DA TERRAMATA
Fotos/ Zzn Peres
Fotos/ Zzn Peres
Fotos/ Zzn Peres
RITA E PAULO AFONSO TRINDADE
DORIVAL BIANCHI, ARNALDO MANUEL E PAULO AFONSO TRINDADE
Fotos/ Zzn Peres
JULIANA SORACE (GIULIANA HOME), ROBERTO DE NADAI, ALFREDO ZAMLUTTI
Fotos/ Zzn Peres
Fotos/ Zzn Peres
IOMAR DE CAMARGO E NOÊMIA
GIL PEREIRA, ALFREDO ZAMLUTTI, VALTER EGYDIO E MARIO FRANCO JÚNIOR
DUDA BIAGI E FELIPE PICCIANI, DO GRUPO MONTE VERDE
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elitte rural
Giro
VI Leilão FSL ANGUS ITU supera expectativa
A
sexta edição do leilão da FSL ANGUS ITU aconteceu no dia 9 de agosto, na fazenda dos promotores, Andrea e Antônio Maciel, no município de Itu, a 100 quilômetros de São Paulo. Com a presença de 250 pessoas, o leilão também foi transmitido pelo Canal TerraViva e a Remate Leilões conduziu a comercialização. Paulo Marques, presidente da Associação Brasileira de Angus (ABA), fez a abertura do Leilão. Foram ofertados 93 lotes, sendo 64 machos, 27 fêmeas, uma prenhez e um lote escolha. A média dos machos foi de R$16.000,00; das fêmeas, R$14.800,00; prenhez, R$12.000,00, e lote escolha R$50.400. O faturamento total, de R$5.278.368,00, foi superior ao de todas as outras edições. Os animais PO responderam pela soma de R$1.492.320.00, com crescimento de 23.3% sobre o montante do ano passado, e os bezerros meio-sangue Angus x Nelore atingiram R$3.786.048,00 de faturamento, com crescimento de 21% sobre o leilão de 2013. O maior preço do leilão foi o do lote 03, FSL Prestígio, vendido 50% por R$ 132 mil pelo criador Sérgio Gabardo, da Fazenda Gabardo Agro Turismo, do município de Monte Negro, do
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Rio Grande do Sul. Pelo segundo ano, a FSL ANGUS ITU ofertou 3.521 bezerros meio-sangue Angus x Nelore dos seus parceiros. Paralelamente ao leilão, aconteceu no dia 8 o Seminário Cruzamento Angus, realizado pelos promotores do leilão VI LEILÃO FSL ANGUS ITU, em Itu. Estiveram presentes para as palestras 120 pessoas, entre pecuaristas, zootecnistas, veterinários e estudantes. O foco foi a rentabilidade no cruzamento Angus x Nelore. Entre as pautas de discussão, o Programa Fomento Angus Marfrig,
com o palestrante José Pedro Crespo; Resultado Financeiro e Produtivo Angus X Nelore, com Tiago Creste Losi; Experiência de Produção de ½ Sangue Angus em Goiás, com Rafael Rosseti; Experiência de Produção de ½ Sangue em MS, com Wagner Morette; Experiência de Produção de ½ Sangue Angus em MT, com Eduardo Musa, e Angus: Rentabilidade e Mercado, com a palestra do médico veterinário Fábio Schuler, da Associação Brasileira de Angus (ABA). Mais informações no site www.fslangusitu.com.br.
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elitte rural
Giro
10º Leilão Ribeirão Embryo O dia 22 de agosto foi realmente especial para a cidade de Ribeirão Preto. Nesta data aconteceu a décima edição do Leilão Ribeirão Embr yo, dos promotores Cássio e Eduardo Lucente/Mafra Agropecuária/Clenon de Barros Loyola, no Hotel Mont Blanc. Com 32 lotes ofer tados, as 200 pessoas presentes se encantaram com a qualidade
CLENON LOYOLA NETO E CLENON DE BARROS LOYOLA FILHO
dos animais, tanto que o faturamento foi de R$1.850.000,00. O lote mais valorizado foi a prenhez da doadora Hasta RSI, por R$96.000,00, dos compradores Ouro Fino/Silvestre Coelho Filho. O destaque também ficou por conta dos animais vendidos, filhas da Hamina, Hasta e Espanhola e da prenhez Javanesa Guadalupe Grande Campeã Nacional 2014. Os empresários saíram satisfeitos com as negociações e ansiosos para a 11ª edição do Ribeirão Embr yo.
marcela martins E CARLOS MAFRA júnior
JÚNIA PRATA E SOLANGE BIAGI
JOSÉ CARLOS PRATA CUNHA E DUDA BIAGI
WAGNER PEROTO
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DANI SPINELLI, CARLOS CÉSAR SPINELLI E RODRIGO LUCENTE
ZEZÃO E ACIOLE CASTELO BRANCO
ANGELO PRATA TIBERY E LEDA GARCIA
ARNALDO MANUEL E IARA MARQUEZ
JOÃO VICTOR HORTO
LUIZ ANTÔNIO DA SILVA
HÉLIO PROPHETA E DARI BARCELLOS
NILO SAMPAIO, RENATO BARCELLOS E ANA LÚCIA MAGELA
MARCELO MENDONÇA E FERMINO
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Giro Fotos/ Zzn Peres
elitte rural
35º Leilão Anual Carpa O pecuarista Eduardo Biagi foi o anfitrião do 35º Leilão Anual Carpa, que aconteceu no dia 23 de agosto, na Fazenda Fazendinha, em Serrana, SP. Foram 24 lotes de animais e prenhezes levados pelo anfitrião e convidados especiais com faturamento de R$2 milhões e a média geral de R$83.917. Com a venda de 16 fêmeas, foram arrecadados R$1,4 milhão em negócios. Entre elas, Jala FIV Fort VR, que teve 50% de sua propriedade negociada por R$170.400 pela MTE Empreendimentos e Participações com a Agropecuária Vila dos Pinheiros. Destaque para a venda de 66% da bezerra Balla FIV Carpa, de oito meses, fechada em R$205.920. Os novos sócios de Eduardo Biagi na propriedade do animal são a HRO Empreendimentos, de Sylvio Propheta, e a Fazenda Valônia, de João Aguiar Alvarez. O único macho da oferta foi Volverine FIV Carpa, 25 meses, arrematado em 50% por R$105.600 pela Agropecuária Vila dos Pinheiros, de Jaime Pinheiro. Os embriões movimentaram R$460.800 para sete lotes, com a média de R$65.828. Confira quem compareceu em Serrana!
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Duda biagi e solange recebem amigos para o leilão anual carpa
ADEMIR JOVANINI
FLÁVIA MARZABAL
Fotos/ Zzn Peres
Silvestre Marinho Do Carmo, PAULO HORTO E Beatris Arantes
LIGIA LUZ
Fotos/ Zzn Peres
Jaqueline Naujorks
ROSANA E DANILO GAMBA
MARIA ELVIRA E JOSÉ CARLITO DE OLIVEIRA rONAN EUSTÁQUIO E WAGNER PEROTO
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elitte rural
Giro
3º Leilão da Fazenda Eldorado No dia 30 de agosto aconteceu a terceira edição do leilão da Fazenda Eldorado, de Ronaldo Alves de Souza, em Pontalinda-SP. Foram comercializados 39 lotes de fêmeas e prenhezes com a genética J. Galera. O leilão movimentou R$3,6 milhões, com a média de R$93.111. Paulo Golin, do Grupo Golin, arrematou o animal Verdana 6 J.Galera, de seis anos e meio, por mais de R$1 milhão. A matriz é filha de Gandhi PO da NI em Jordânia XXVII FIV Pont (Legat da Sabiá) e segue prenhe do Jeru do FIV Br, parto previsto para março 2015. A negociação de duas prenhezes e onze bezerras e novilhas saiu por R$290.400, com a média de R$22.338. Também houve venda de embriões, comercializados em lote duplo por R$48.000, por Melchior Luiz Duarte de Abreu Filho. Sucesso!
CASSIO LUCENTE E RONALDO ALVES
JOÃO MAURÍCIO DANTAS LEITE E SILVESTRE COELHO
SOLANGE GALERA E A FILHA fernanda
RONALDO E ALEX LEDO
ADEMIR JOVANINI ENTRE OS IRMÃOS DE MARCHI: CARLOS ALBERTO E JOSÉ ANTÔNIO
RONALDO ALVES E A FILHA AMANDA
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aDRIANA VILELA, RICARDO CARVALHO FILHO E CASIMIRO VILELA
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elitte rural
Giro
HRO comemora Bodas de Prata
Nos dias 5 e 6 de setembro, a HRO Empreendi-
mentos e Agropecuária promoveu uma dupla de remates na sede da Fazenda Tapijara, em Arandu, no interior de São Paulo, da seleção iniciada por Sylvio Propheta, em 1989. No dia 5, aconteceu o 1º Leilão Top Ten Baby HRO, colocando à venda nove bezerras, entre animais inteiros e cotas de participação. O faturamento foi de R$1,4 milhão, com a média geral R$168.564. O des-
LUCIANA E HELIO PROPHETA
taque do dia foi a venda de 50% de Hasta 1 FIV da HRO, fechada em R$324.000 pelos criadores Alceu Rodrigues Vasone e Frank Reis Vieira. Já no dia 6, foram ofertados 18 lotes de fêmeas e prenhezes com a genética apurada pelo criatório e convidados especiais. A movimentação do dia foi de R$4,4 milhões, com a média geral de R$250.343. A maior valorização foi para a matriz Izabella FIV Fort VR, levada pela Comapi Agropecuária e Luís Otávio Botelho, da Nelore Dado. A matriz de 74 meses é filha de Enlevo da Morungaba em Enddy TE da Fort. Com lance de R$960.000, a Agropecuária Vila dos Pinheiros e os anfitriões da HRO, arremataram 33% do animal, valorizando-o em R$2,9 milhões. A receita total dos dois dias foi de R$5,8 milhões de vendas. Confira os cliques dos dois badalados leilões da HRO aqui...
FERNANDA LIMA, LUCIANA E LAÍS CASTILHO
JOÃO AGUIAR, PAULO HORTO, HÉLIO PROPHETA, HELINHO E PEDRO GUSTAVO NOVIS
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JOSÉ CARLOS PRATA CUNHA E JUNIA
MANOEL EDUARDO MACHADO BORGES, LÍVIA LEMOS E ARLINDA CRISTINA BORGES
HELIO PROPHETA E JAIME PINHEIRO
CÉSAR GARETTI, RICARDO VICINTIN E BRUNO VICINTIN
CARLOS EDUARDO E CLÁUDIO SIGNORELLI
LILIAN BIANCHI E lUIS oTÁVIO BOTELHO
MARCELO COSTA E CARLOS MAFRA
JOÃO MAURÍCIO E RICARNO BRENNER
ANA MARINA E NEUCLAIR GIBERTONI
SANDRA HORTO, BETH SARTORE E LAURA MILLA
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Giro
PAULO TRINDADE COM AMÂNDIO SALOMÃO, JOSÉ CARLITO E DORIVAL BIANCHI
LUCIANA E GABRIEL BELLI
PAULA VICINTIN E JANAÍNA NUNES
DARI BARCELOS E HELIO PROphETA
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BETO MENDES E LEDA GARCIA
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Giro
PEDRO NOVIS E MAURÍCIO ODEBRECHT
CLENON LOYOLA, ARGEU GÉO E BETO MENDES
DARI BARCELOS, HELINHO PROphETA E RONAN EUSTÁQUIO DA SILVA
rafael MARINO E BRUNO GRUBISICH
Zanilda E ACIOLE CASTELO BRANCO
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JOÃO MARCOS E GABRIEL BELLI
FLÁVIA MARZABAL, PILAR VELASQUEZ E JOÃO GABRIEL
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Criadores trabalharam com muito AFINCO para obter êxito nos julgamentos com seus animais DIFERENCIADOS. Estas páginas da “Elitte Rural” são em HOMENAGEM aos Grandes Campeões... A cada ano, a DISPUTA fica ainda mais ACIRRADA, devido ao alto padrão de QUALIDADE dos animais concorrentes. O melhor em termos de GENÉTICA, representando a EVOLUÇÃO das raças!
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elitte rural
Grandes Campeoes
Os tops da porto seguro
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A fazenda Porto Seguro, locali-
mio Júnior Menor em Uberaba, Cam-
zada no município paulista de Nova
peão Júnior Maior em Fernandópolis,
Granada, continua conquistando des-
Três Lagoas e Ituverava e ainda o pri-
taque com o selecionado plantel do
meiro prêmio ExpoZebu.
proprietário Dorival Antônio Bianchi.
Para Dorival Antônio Bianchi, a vaca
Trata-se de uma das fazendas mais
Fathina Te Port foi outro exemplar que
tradicionais na criação de nelore. En-
provou a qualidade da marca Porto
tre os destaques está Lawa 3 Te Port
Seguro. “Nas pistas ela foi muito bem
que recebeu o primeiro prêmio na
premiada e agora já se destaca como
Expo Minas em Uberaba. Foi ainda
doadora. Seus filhos também demons-
Campeã Bezerra Avaré, Reservada
tram seu bom desempenho. É o caso
Campeã Novilha Menor Passos e
de Ícone (Basco), Iramaia (Gandhi) La-
ainda Reservada Grande Campeã
ghu, que foi Reservado Campeão Be-
na Expozebu, realizada em Uberaba,
zerro de Avaré, Campeão Júnior Menor
bem como em importantes feiras de
Fernandópolis, Reservado Júnior Menor
Goiânia, Dourados, Três Lagoas, Rio
em Dourados e Ituverava, e Lawa 3
Verde e Araçatuba.
Porto Seguro, que foi Campeã Bezerra
Outro destaque do plantel da Fa-
de Avaré, Campeã Novilha Menor da
zenda Porto Seguro, é o animal La-
ExpoZebu, Reservada Grande Campeã
ghu 2 Te Port. Entre as premiações,
da ExpoZebu 2014, Grande Campeã de
Langhu recebeu o primeiro prêmio
Araçatuba, Três Lagoas, Dourados, Rio
como Bezerro de Avaré, primeiro prê-
Verde e Goiânia.
Izabella Fiv Fort VR bate recorde Os leilões da HRO foram um
mana foi de quase R$ 6 milhões.
de Vena da Zeb e conquistou o
dos mais esperados pela família
Na opor tunidade, entraram em
título de Reser vada Grande Cam-
Nelorista em 2014. E não poderia
cena grandes doadoras, como a
peã nesta edição da exposição
ser diferente, já que era a chan-
Absoluta da Verdana, que foi ofer-
em Uberaba.
ce per feita para pecuaristas de
tada 50%. O grande destaque da
Em 2014, a belíssima doado-
todo o Brasil conhecerem pessoal-
noite de arremates, porém foi a
ra fez os lances dispararem mais
mente as novas grandes doado-
reapresentação de Izabella Fiv Fort VR,
uma vez. Nelore Dado e Reinal-
ras adquiridas pela marca. Além
recordista de preço na ExpoZebu 2011,
do Ber tim abriram mão dos 33%
disso, pela primeira vez a família
quando, em uma disputa emocio-
da sociedade, cada, com a HRO
HRO, dirigida por Sylvio Propheta,
nante, 66% de sua propriedade
e Haras Vila dos Pinheiros. E os
abriu as por teiras da fazenda Ta-
foi vendida por R$ 1,52 milhão.
dois sócios, HRO e HVP, paga-
pijara, localizada no município de
Filha de Enlevo da Morungaba e
ram R$ 960 mil pela porcenta-
Arandu, no interior de São Paulo.
Enddy TE da For t VR, a premiada
gem, valorizando o animal em
O faturamento total no fim de se-
Izabella Fiv For t VR é neta materna
R$ 2,9 milhões.
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A chegada do segundo semestre MARCA nova maratona de EXPOSIÇÕES. Um roteiro com os melhores leilões da 43ª EXPOINEL, um mais especial que o outro. Tudo isso e muito mais pra quem gosta de ficar por dentro do AGRONEGÓCIO. Confira e agende-se!
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elitte rural
Agenda
Touros Vila dos Pinheiros No dia 16 de setembro tem leilão virtual da Agropecuária Vila dos Pinheiros, com os touros melhoradores da raça Nelore selecionados especialmente para este evento. A partir das 21h, promovido pela Programa Leilões.
TAJ MAHAL A chácara Taj Mahal, localizada em Uberaba-MG, recebe no dia 20 de setembro animais da raça Nelore para o leilão que leva o mesmo nome. A partir das 13h30, com trans-
1º Leilão BSB Agropecuária Acontece no dia 17 de setembro, quarta-feira, a partir das 20h, no Tatersal III do Parque de Agropecuária de Goiânia (GO). Serão disponibilizados para compra 150 reprodutores Nelore PO, 10 Touros de repasse PO, 40 Bezerras Nelore PO, e animais avaliados no PMGZ.
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Foto/ Zzn Peres
missão pelo Canal Rural.
Foto/ Zzn Peres
NOVA GERAÇÃO No dia 23 de setembro acontece no Parque Fernando Costa o leilão da melhor genética Nelore, no Leilão Sabiá Nova Geração, a partir das 21 horas.
PÉROLAS Já no dia 25 de setembro acontece na Fazenda Nova Trindade, em Uberaba (MG), o Leilão Pérolas Nova Trindade, com o melhor da raça Nelore em remate de animais de primeira linha.
COLORADO Na pista, animais Nelore PO, no grande leilão da Chácara Colorado. No local, o promotor Marcelo Ribeiro de Mendonça iniciará a apresentação dos lotes às 21 horas. Anote a data: 21 de setembro.
Tradição e Raça 2º Leilão Amigos do Nelore está programado para o dia 21 de setembro de 2014, no Tatersal da Alta Leilões – Alta Floresta – MT, a partir das 12 horas. Animais à venda: • 100 Touros Nelore PO avaliados no PMGZ/ABCZ.
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elitte rural
Agenda
EAO & GUADALUPE O remate do 5º Leilão Prenhezes EAO & Guadalupe acontece no dia 27 de setembro, a partir das 21h, em Uberaba, na Fazenda Reunidas, e leva à pista animais selecionados.
Gir leiteiro O gado de leite entra em pista no 8º Leilão Virtual São José do Can Can, com seis vacas em lactação e 60 novilhas e bezerras, além de 12 reprodutores da raça. No dia 27 de setembro, em Passos, MG.
Expoinel MT No Mato Grosso, a Expoinel acontece no dia 10 de outubro, com julgamento e mostra dos melhores animais, promovida pela associação de neloristas do estado.
InterConf 2014 Conferência Internacional de Confinadores é um evento aberto aos pecuaristas para discutir o tema, do dia 15 ao dia 18 de setembro, em Goiânia (GO). Serão abordados assuntos como a economia brasileira e as barreiras impostas por mercados consumidores, além de orientação aos produtores rurais sobre as mudanças macroeconômicas, tributárias, comerciais e a adoção de técnicas mais produtivas e melhor gestão da fazenda para garantir ao produtor uma rentabilidade satisfatória.
Expo rio preto De 4 a 12 de outubro acontece a Expo Rio Preto, que entra para o circuito de melhores exposições nacionais. O Recinto de exposições da cidade recebe shows sertanejos, leilões e julgamentos de diversas raças.
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elitte rural
Agenda
Expoinel e ExpoBrahman:
mais um ano de parceria, mais vantagens para a pecuária de corte Em setembro termina o ano-
A expectativa é de que cerca de
experiências entre os pecuaristas e
calendário 2013/2014 da Associa-
mil animais da raça Nelore partici-
o fomento da raça Nelore no Brasil”,
ção dos Criadores de Nelore do
pem da feira. Nas pistas, o resulta-
comenta Marcos Pertegato, gerente
Brasil (ACNB), com a realização da
do é para o fechamento do Ranking
do Ranking Nelore.
43ª Expoinel, no Parque Fernando
Nacional da ACNB. “A 43ª Expoinel
A data base da exposição,
Costa, em Uberaba (MG). A exemplo
marca o final do ano-calendário
quando serão realizados a pesa-
do sucesso do ano passado, a feira
2013/2014 do Ranking Nacional Ne-
gem e o diagnóstico de gestação
acontece juntamente com a 10ª Ex-
lore. Todos os criadores e exposito-
das fêmeas, é 19 de setembro.
posição Internacional de Brahman, a
res foram muito bem até agora e a
O julgamento acontece entre os dias
ExpoBrahman. O evento é realizado
disputa está acirrada. A expectativa
21 e 28 de setembro para Nelore e
entre os dias 18 e 28 de setembro
da associação para o próximo ano-
de 26 a 28 de setembro para Nelore
e reúne criadores e expositores das
calendário é de que aumente a par-
Mocho, conduzido pelos jurados do
duas raças, que se mantêm unidos
ticipação dos criadores nas exposi-
colégio de jurados da ABCZ e ACNB.
para fortalecer o mercado da pe-
ções do primeiro e segundo turnos,
Atualmente, nos primeiros luga-
cuária de corte brasileira.
o que possibilita a maior troca de
res do Ranking para criadores estão
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os nomes de Rima Agropecuária, Fazenda do Sabiá e Marcelo Mendonça. E os melhores expositores
Tratadores Os tratadores de animais que
300 profissionais. Também serão
vão trabalhar durante a 43ª Ex-
disponibilizados banheiros exclusi-
poinel e a 10ª ExpoBrahman se-
vos para tratadores, com ser viço
rão muito bem recepcionados
de limpeza contínua. Os dormitó-
pelas entidades organizadoras.
rios e banheiros são separados
Em atendimento às orientações
em alas masculina e feminina. Ha-
do Ministério Público do Traba-
verá, ainda, uma praça de alimen-
Leilão Ventres Vips Matinha, Leilão
lho e do Ministério do Trabalho,
tação para atender essa equipe.
Elite Nelore Colorado – edição Ex-
a ACNB e a ACBB, com o apoio
Outra novidade neste ano na
poinel 2014, Leilão Perboni e Convi-
da Associação Brasileira dos
43ª Expoinel, válida para o Nelore
dados, Leilão Virtual Nova Geração
Criadores de Zebu (ABCZ), mon-
e Nelore Mocho, é a obrigatorie-
Sabiá, Leilão Lírio do Vale & Convida-
taram uma estrutura completa no
dade do uniforme oficial da ACNB
dos, Leilão Pérolas do Nelore, Leilão
interior do Parque Fernando Cos-
(kit tratador) para os apresenta-
Liquidação Elite Pinguim, Leilão Terras
ta, em Uberaba (MG), para aco-
dores de animais e assistentes
do Nelore 2014, Leilão Joias da Raça,
modar bem esses profissionais,
atuantes na pista de julgamento
5º Leilão Prenhezes EAO & Guadalu-
durante a exposição, assim como
do Parque Fernando Costa. Cada
pe e Leilão Matrizes Brumado.
aconteceu na 80ª ExpoZebu.
expositor inscrito na 43ª Expoinel
Foram contratados e instalados
receberá gratuitamente uma peça
alojamentos provisórios, que te-
de cada item do uniforme, com-
rão capacidade para receber até
posto por uma camisa e um boné.
até agora são: Agropecuária Vila dos Pinheiros, Rima Agropecuária e Maria Fernanda Chimentão Saraiva, respectivamente. O evento conta com 13 leilões oficiais, sendo eles: Leilão Taj Mahal, 11º Leilão Alianças e Convidados,
Troféu Melhor Expositor Regional A Expoinel 2014 vem com uma novidade que deverá agradar muito aos criadores de várias regiões do país que apresentam condições e peculiaridades para a atividade da agropecuária. Os melhores expositores regionais da raça Nelore serão premiados com um troféu exclusivo da feira. A finalidade é valorizar o trabalho realizado pelos empreendedores da raça nas diversas regiões. Ao todo, serão distribuídos quinze prêmios para criadores inscritos na 43ª Expoinel, sejam eles das regiões do Acre, Bahia, Brasília, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Nordeste, Nor te do Brasil, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e de Tocantins.
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elitte rural
Agenda Brahman a campo A exposição em parceria com a ACNB já coloca os criadores de Brahman em excelente posição no cenário nacional e no calendário das mais importantes exposições do país. Em 2014, a diretoria da ACBB, por meio do seu presidente, Alexandre Coccapieller Ferreira, anuncia uma novidade: o julgamento do Brahman a Campo. Essa nova modalidade julgará animais geneticamente superiores, criados e preparados a campo, demonstrando ainda mais a funcionalidade e o excelente desempenho dos animais Brahman no principal ambiente de produção da pecuária brasileira. O tradicional julgamento de pista com animais de argola também acontecerá nos padrões usuais e será promovido pela ACBB com o mesmo empenho e a dedicação de sempre. Haverá uma categoria especial que julgará o “conjunto fazenda”. Nessa classe serão apresentados no mínimo quatro e no máximo seis animais, buscando apresentar o sistema de produção da fazenda, a homogeneidade
Gado e orquídeas de elite
e a qualidade do processo de seleção de cada criador.
E em 2014, a Associação dos Criadores de Nelore do Brasil conta com uma
Outras atividades
parceria inédita, a Orchid Brazil e Orquí-
No Museu do Zebu, as crianças receberão orientações so-
deas Terra. “Pensamos em trazer mais
bre a carne vermelha, com oficinas lúdicas, com ênfase nas ra-
atrações para o evento e, como a pecuá-
ças participantes da feira. Trata-se do projeto Um dia no Parque,
ria de elite tem um público muito próximo
entre os dias 24 e 27 de setembro. Já o projeto Nelore Solidário,
ao que aprecia as orquídeas de elite, re-
em parceria com o Grupo Marfrig, tem como objetivo arrecadar
solvemos investir nessa parceria e ter um
carne bovina para doação em entidades beneficentes de Ube-
espaço no interior do Parque onde essas
raba. É a oitava edição do projeto, que já atendeu mais de nove
plantas estariam em destaque”, afirma
mil pessoas na cidade. Durante a Expoinel, acontecerá ainda a
Marcos Per tegato.
30ª Mostra Mundo Vasto Mundo do Zebu, no Museu do Zebu,
Esse espaço ficará ao lado do Brazilian Cattle, próximo à pista de julgamento, e estará aber to ao público nos dias 25, 26 e 27 de setembro. Nele, o público poderá conferir, de per to, cerca de 300 plantas de três espécies diferentes: Cattleya walkeriana, nobilior e amethystoglossa. Estarão expostos exemplares cujos valores variam de R$ 500,00 a R$ 50 mil. Orquidófilos experientes estarão de plantão para dar explicações ao público.
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e o 3º Workshop de Fotografia Rural “Natural Photo”, ministrado pelo fotógrafo Fábio Fatori, da “FatoRural”. Fontes: ACNB, ACBB e ABCZ.
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al nim
A
PEROBA I FIV PB
LUDY DE GARÇA x PEROBA II TE CTJ (NOBRE TE DA PRIM. x PEROBA TE DA JATOBÁ) Nasc.: 22/05/2005 RG: PORT 206 Sexo: Fêmea
PEROBA I PB, mãe da KALINI 2 TE J. GARCIA, Reservada Campeã Bezerra da Expoinel Uberaba 2011, vendida no Leilão É o Amor por R$ 360.000,00. Considerada a melhor Matriz da Exposição de Ituverava 2014, com 305 animais em pista. Melhor Matriz do Ranking Paraná 2014. Ocupa a posição de 14º do Rancking ACNB.
Peroba I PB
Twist x Peroba DC TE - Progênie Campeã!
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Twist Mundial - Filho
PREMIAÇÕES: Mãe da KALINI 2 TE J. GARCIA, reservada Campeã Bezerra da Expoinel Uberaba 2011. Vendida no Leilão É o Amor por R$ 360.000,00. • LONDRINA 2014 Mãe do Reservado Grande Campeão TWIST DA MUNDIAL • EXPOUMUARAMA TWIST DA MUNDIAL foi Reservado Campeão Júnior Menor • ITUVERAVA 2014 TWIST DA MUNDIAL Campeão Júnior Maior • EXPOLONDRINA 2014 Campeã Progênie de Mãe • UMUARAMA 2014 Campeã Progênie de Mãe Mãe da Grande Campeã de Umuarama PEROBA DC TE • ITUVERAVA 2014 PEROBA DC TE Reservada Campeã Fêmea Adulta •EXPOPARANAVAÍ Grande Campeã: PEROBA DC TE Campeão Júnior Menor: TWIST DA MUNDIAL • EXPOINGÁ Campeã Progênie de Mãe Reservada Campeã Novilha Maior: MAJOARA FIV J. GARCIA • ETAPI 2014 Campeã Progênie de Mãe Reservada Fêmea Jovem: PEROBA DC TE Reservado Júnior Menor: TWIST DA MUNDIAL • EXPOINEL MS 2013 Reservada Campeã Novilha Menor: PEROBA DC TE • EXPOVEL 2013 Grande Campeã: PEROBA DC TE • XXIX FICAI 2013 Campeã Novilha Maior: PEROBA DC TE Melhor Matriz ExpoItuverava 2014 com 305 animais em pista Melhor Matriz do Ranking Paraná 2014
à venda no
50%
À V E N DA
26.09 / Sex. / 21h
Peroba DC TE - Filha
Peroba II TE CTJ - Mãe
Peroba da Jatobá - Avó
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Glamour
O Poder das Jóias nos Leilões
O
s diamantes são os melhores amigos das mulheres. Eles exercem de um jeito simples o efeito hipnótico que é natural das verda-
deiras joias. Todas sucumbem – a eles. As jóias seguem em sua jornada de glamour e foram parar nos tapetes vermelhos, palcos, bailes de gala e em outras ocasiões especiais... como nos poderosos leilões. Hoje, atrizes, cantoras, celebridades e mulheres ricas se transformaram em verdadeiras embaixadoras de grandes joalherias e garantem que diamantes, rubis, esmeraldas e outras pedras preciosas continuam a brilhar. Mulheres poderosas e jóias exuberantes marcam os grandes
PILAR VELASQUEZ usa brinco de argola cravejado de rubis
e luxuosos leilões da temporada. Venha se inspirar nas criações e preciosidades acima das tendências e que desafiam o tempo por Vanessa Quintiliano Jóias referência na haute joaillerie! Convidamos você a obser var a elegância, a sofisticação e o toque de modernidade resumidos em pequenas maravilhas. Para ver, se apaixonar à primeira vista e confirmar a máxima de que os diamantes são mesmo eternos!!!
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PAULA VICINTIN com brinco de gotas vazado com Muitos diamantes e safiras
LUCIANA Propheta exibe brinco gota de esmeralda com diamantes negros e o charme do acabamento em ródio negro
SANDRA HORTO usa brinco ouro 18k com diamantes coloridos, MIX PERFEITO!
Laís nunes exibe brinco de rubis e diamantes e anel de rubis com acabamento em ródio negro
maria júlia belinatto mostra brinco de esmeralda e diamantes
KÁTIA GRUBISICH usa brinco gota de diamantes amarelo e chocolate
PAULLA PACHECO exibe brinco coração de safira e diamantes
RITA TRINDADE exibe brinco de diamantes e rubis, grande tendência na joalheria
LUCIANA faria BELLI usa brinco cascata de esmeraldas e diamantes . anel de esmeraldas com acabamento em ródio negro
SAMAR AZANKI mostra brinco gota safira com diamantes
VANESSA QUINTILIANO
designer de joias
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Um casamento que foi um verdadeiro ícone em sofisticação e per feição, em São Paulo. Aniversários que reinaram absolutos na temporada. Batizado em dose dupla. Anfitriões de primeira em leilão inédito. Celebração de vida... Eles abriram para nós o melhor de seus MOMENTOS par ticulares... VEM ver!
P OR JA N A IN A NUNE S
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elitte rural
Social
Fotos/ Bruna Guerra
O chique casamento de Bianca Grubisich e Jeferson Pereira José Carlos Grubisich e Katia Regina Pereira Grubisich casaram sua filha Bianca Grubisich com Jeferson Pereira. Ele é filho de Maria Cristina e Aldo Leandro Pereira. A cerimônia religiosa aconteceu no dia 30 de agosto, na bela Igreja de Nossa Senhora do Brasil, em São Paulo. Após a cerimônia, os noivos receberam 800 convidados em uma noite maravilhosa na Casa Fasano. Neloristas e ilustres empresários de todo o país marcaram presença. Uma noite inesquecível!
Katia e JosÉ Carlos Grubisich
Bruno Grubisich
Cristina e Aldo-Pereira
NELSON JOBIM E ADRIENE
ANA E FÁBIO BARBOSA
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Alessandra e Wesley Batista
BrunA Grubisich
Fotos/ Bruna Guerra
LATINO
DJ ZÉ PEDRO
Josy AraÚjo e Junior Batista
Bete e Marcos Arbaitman
Guilenia Bogosian
Paulete e Pedro Eberhardt
Thereza Collor e Gustavo Halbreich
Philippe de Rothschild e Cris
LaÉrcio Vasconcelos e Rosângela Lyra
Anderson Birman E Maythe
Washington Olivetto E PATRÍCIA
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elitte rural
Social
1
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Gente VIP 1 - O Pequeno Davi Arantes do Carmo, filho de Beatris Arantes e Silvestre Marinho do Carmo, da Programa Leilões, completa um ano no dia 18 de setembro. O Rei Davi será o tema da festinha do charmoso bebê, tudo preparado por Beatris com muito carinho para receber a família do baby. 2 - A Paixão é tanta pelo trabalho, que Paulo Horto sacrifica até o dia do seu niver, 3 de setembro, realizando mais um leilão. Mas a data não passou em branco. A esposa, Sandra, e os filhos anteciparam para o dia 1º a comemoração, com direito a jantar em família na residência do casal. A Revista
3
Elitte Rural deseja toda felicidade ao grande empresário! 3 - Julia Monteiro de Carvalho batizou Maria Laura, filha de sua irmã Maria e de Alexandre Colombo. A cerimônia foi realizada no sábado, dia 6, no Outeiro da Glória, no Rio. O padrinho é o irmão de Alexandre, Celso Colombo, casado com a atriz Lavinia Vlasak. E esse menino fofo na foto é Karim, filho de outra irmã das moças, Ana, e do libanês Nadim Razzouk. Nour, a caçulinha do casal, também foi batizada na ocasião, com a prima. Depois, todos seguiram para a casa do vovô, Olavo Monteiro de Carvalho, em Santa Teresa, para comemorar em dose dupla. Felicidades! 4 - Guilherme Bumlai e Almir Sater realizaram seu primeiro leilão da raça Senepol, dia 25 de agosto, no Restaurante Pobre Juan, em São Paulo, o sucesso começou pelos convidados presentes, que prestigiaram os promotores, as celebridades, como Michel Teló, Thais Fersoza, Jads e Jadson, Léo, da dupla Victor e Léo. Criadores e empresários abrilhantaram o leilão, que superou todas as expectativas. O clima superagradável, aliado à descontração e à música ambiente, envolveu os convidados até as três horas da manhã. A Revista “Elitte Rural” conferiu de perto esse sucesso!
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4 Alfredo Zamlutti, Leo, Almir Sater, Jefferson e Guilherme
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elitte rural
Indica Social
Os 3 anos de Valentina Zamlutti Sônia Zamlutti deixou um pouco de lado os leilões e partiu no dia 14/08 para Orlando, nos Estados Unidos. A viagem foi para comemorar o aniversário de 3 anos da Neta Valentina Zamlutti. Apaixonada pela Disney, Sônia voltou a ser criança com Valentina!
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Nada mais brasileiro que a cachaça. Descubra por que essa bebida faz sucesso no exterior e traz tanto orgulho para os brasileiros. Outra grande sugestão nossa é o prato escondidinho, que pode se revelar uma culinária simples ou mesmo sofisticada. Basta escolher os ingredientes cer tos e voilá, bom apetite!
105
w
elitte rural
Na Mesa
Escondidinho:
Segredo desvendado!
106
O
prato tem origem eu-
toque especial do lugar. Por isso,
ropeia, mas foi no
a receita faz tanto sucesso nos al-
nordeste
Brasil
moços em família e restaurantes. A
que ele ganhou fama.
carne de sol pode ser substituída
Com ingredientes típicos da culi-
por frango desfiado, bacalhau, car-
nária brasileira, quem experimen-
ne moída ou camarão.
do
ta aprova a mistura. “Escondidinho
A receita tradicional do escon-
ou hachis parmentier, em francês, é
didinho é com carne moída refoga-
um prato feito com purê de batata
da, cober ta com purê de batatas e
gratinado, cobrindo uma camada
gratinada antes de ser vir. “Acredito
de carne moída. O prato foi nomea-
que, apesar de utilizarmos outros
do por causa do seu criador, Antoine
tubérculos para fazer o purê, como
Augustin Parmentier, um farmacêu-
mandioquinha
tico francês, nutricionista e inventor,
mandioca, inhame, entre outros, o
que no século 18 promoveu a ba-
que não pode faltar é sempre o
tata como um tubérculo comestível”,
purê de batatas”, aconselha Tiago.
(batata-baroa),
Chef Tiago Caparroz O interesse do chef Tiago Ca-
E, como todo bom chef de co-
parroz pela cozinha e por comer
A delícia já conquistou os pa-
zinha tem escondido na manga
bem vem da infância, quando se
ladares mais apurados no Brasil e,
o “pulo do gato” ou, como dizem
sentava no chão da cozinha para
também, entre os estrangeiros que
os franceses, tour de main (giro
tomar leite puro antes de dormir.
visitam o país. O legal é descobrir
na mão), segundo o chef Tiago, o
Aos 17 anos, saiu pela primeira
qual é o ingrediente “surpresa” da
segredo é sempre gratinar bem o
vez do país para vivenciar novas
receita, que é feita por camadas.
purê antes de ser vir. Dica mais que
culturas, e aos 19 se formou em
Há versões dos mais variados ti-
bem-vinda. Agora é só colocar a
Hotelaria. Foi então que se deu
pos e cada região acrescenta um
mão na massa e bom apetite!
conta de que culinária era sua pai-
explica o chef Tiago Caparroz.
xão e que gostaria de dividir a boa comida com as pessoas que compartilham dessa mesma paixão. Aos 22, chegou a Paris para cursar a Escola Superior de Cozinha Francesa - Ferrandi, onde pôde vivenciar a verdadeira gastronomia francesa. Na França, trabalhou com grandes nomes da gastronomia local, passando por vários restaurantes. Atuou também nos Estados Unidos e em Londres, estagiando nos mais renomados restaurantes. Atualmente, é chef dos restaurantes “Flor de Sal Bistrô”, nas cidades de São José do Rio Preto e Ribeirão Preto. 107
elitte rural
Na Mesa
Escondidinho de carne desfiada com polenta Ingredientes: Recheio: . 2 colheres (sopa) de óleo de milho . 1 cebola média . 3 dentes de alho bem picados . 4 tomates picados sem pele e sem sementes . 1 kg de fraldinha cozida e desfiada . Sal e pimenta a gosto . 1/2 xícara (chá) de azeitonas verdes picadas . 4 colheres (sopa) de cheiro-verde picado Polenta: . ¾ 3/4 de xícara (chá) de fubá
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.11 ½ /2 xícara (chá) de água fria . 2 colheres (sopa) de óleo de milho . 2 dentes de alho picados . 2 xícaras (chá) de caldo de legumes . 1 colher (sopa) de manteiga . 4 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado Modo de preparo: Recheio: Doure no óleo a cebola e o alho. Junte o tomate, a carne e refogue até o tomate desmanchar. Tempere com o sal e a pimenta. Adicione a azeitona e o cheiro-verde. Misture e reserve, mantendo aquecido.
Polenta: Em uma tigela pequena, misture o fubá com a água fria. Reserve. Em uma panela de pressão, aqueça o óleo e doure levemente o alho. Junte o caldo de legumes e deixe ferver. Com uma escumadeira, coloque o fubá molhado, aos poucos, no caldo fervente, mexendo sempre. Tampe a panela e, assim que começar a ferver, conte 15 minutos. Retire do fogo e deixe sair a pressão. Incorpore a manteiga e o queijo. Distribua metade da polenta em um refratário. Recheie com a carne e cubra com a polenta restante. Polvilhe mais queijo ralado e sirva.
109
elitte rural
Na mesa
CACHAÇA:
“Marvada”? Que nada! Brasileiro adora, para tomar pura ou na caipirinha. Gringo, então, ama. Estamos falando da famosa cachaça. Tornou-se uma das bebidas preferidas por aqui. Com suas peculiaridades para a produção, é preciso ser “valente” para degustar sua total pureza. Acompanhada, pode revelar sabores surpreendentes para qualquer bom paladar.
A
cachaça é uma bebida
são nomes dados à aguardente de
ganhado status de bebida chique e
de grande impor tância
cana, bebida alcoólica tipicamente
requintada, tanto que uma garrafa
cultural, social e eco-
brasileira. É obtida com a destilação
pode chegar a R$400,00, depen-
nômica para o Brasil e
do caldo de cana de cana-de-açú-
dendo do trabalho na fabricação e
está relacionada diretamente ao
car fermentado. Sem deixar a his-
do tempo de armazenamento.
início da colonização por tuguesa
tória de lado, a cachaça já foi mar-
Para se ter uma ideia, as mais
do país e à atividade açucareira,
ginalizada devido ao baixo valor e
caras são envelhecidas em barris
que, por ser baseada na mesma
ser consumida pelas classes mais
de carvalho francês, por 12 anos, en-
matéria-prima da cachaça, possi-
baixas (primeiro, os escravos, e de-
quanto a cana, colhida manualmente,
bilitou a implantação dos estabe-
pois, os pobres e miseráveis). Mas
vai para o moinho em no máximo 24
lecimentos cachaceiros.
isso é passado. Com o reconheci-
horas. Está explicado o valor! A be-
mento internacional, a bebida tem
bida também pode ser envelhecida
Cachaça, pinga, cana ou canha
110
em tonéis de carvalhos americanos e europeus ou em barris de bálsamo. Algumas são tão raras que quase se tornam mitos e quem tem uma garrafa dessa preciosidade só a oferece aos mais chegados, assim dizendo. Se antes você tinha receio em consumir a bebida, com cer ta moderação a cachaça pode se tornar o ingrediente principal de qualquer comemoração especial, seja com os amigos ou a família.
Vaz de Melo Vasconcelos, fabricante de cachaça “Por volta de 1946, logo após meu casamento, comecei a observar meu sogro, que era proprietário rural e fabricava cachaça por puro prazer. Nessa época, aprendi as técnicas para produzir a cachaça artesanal. Quase que por diversão, em 2003 resolvi colocar em prática aquele aprendizado. Assim, cumprindo todas as regras da legislação, fiz o registro de uma cachaça com o nome de ‘Louva-Deus’. Passei a produzir dois tipos da bebida, ambos artesanais. O diferencial do nosso produto é que ele é absolutamente isento de qualquer corante ou sabor artificial. Além disso, na fabricação do fermento só uso produtos naturais, ou seja, milho e farelo de arroz. Toda a produção é envelhecida em tonéis de madeira Carvalho europeu e jequitibá-rosa. Assim, obtenho uma cachaça amarelada e levemente amadeirada e outra que mantém a cor branca e um leve sabor da cana. As cachaças que estou engarrafando atualmente estão nos tonéis de jequitibá-rosa e têm aproximadamente sete anos. Aliás, esse é um grande diferencial também. Quanto aos locais de comercialização, a bebida pode ser encontrada em vários restaurantes e no comércio da cidade. A sede da empresa é em Uberaba e o alambique está instalado em Delfinópolis (MG), no entorno da Serra da Canastra”.
111
elitte rural
Na mesa CACHAÇA MATA VELHA “A cachaça Mata Velha é um negócio de família que começou em 1970, por meu tio. Era feita em Esmeraldas/MG, com o nome de Samburá. Em 1999, mudou o nome para Mata Velha e, também, de cidade, vindo para Uberaba. Na década de 90, nós fazíamos para amigos a Samburá
Engenho Dom Tápparo O Engenho Dom Tápparo começou por iniciativa do Sr. José Tappa-
envelhecida em tonéis de carvacolaboração da terceira geração da
lho com o nome de MV. O dife-
família Tapparo.
rencial da nossa cachaça é um
ro, que em 1978 resolveu produzir
Com o crescimento houve tam-
processo antigo de alambicagem
cachaça para o consumo próprio
bém a criação de duas cachaça-
e o não uso de química. O merca-
e para presentear alguns amigos.
rias, uma em São José do Rio Preto
do da cachaça continua forte, com
A cachaça ficou tão boa que co-
e outra em Bady Bassit, no estado
a exportação em alta.
meçaram a querer comprá-la. Foi
de São Paulo. O diferencial da ca-
Embora álcool e açúcar te-
então que José Tapparo viu nessa
chaça Dom Tápparo é que a produ-
nham processos parecidos com a
atividade uma opor tunidade de
ção é toda feita na propriedade da
cachaça, os seus mercados pas-
negócio. Com o passar dos anos
família, desde o plantio da cana-de
sam por crises diferentes, pois um
e a entrada dos filhos Ademilson
-açúcar, moagem, destilação e enve-
é combustível e o outro, commodi-
e Carlos no engenho, a empresa
lhecimento à produção de derivados.
ty. A cachaça é uma bebida nacio-
cresceu e produz vários tipos de
Outro diferencial é o envelhecimento
nal que nos últimos anos vem mu-
cachaças, coquetéis alcoólicos e li-
das cachaças em barris de carvalho
dando sua qualidade e pureza e
cores. Hoje a empresa conta com a
europeu, amburana e amendoim.
com isso sendo conceituada como
Os clientes analisam a qualida-
bebida premium.” destaca, Renato
de, a embalagem e as caracterís-
Barcelos, pecuarista e empresário.
ticas do produto. Quando vão ao engenho, têm a opor tunidade de degustar os produtos. A melhor maneira de conser var a cachaça é deixando a em um local fresco e com temperatura ambiente. E para quem é amante da boa caipirinha, Engenho Dom Tápparo inovou e lançou recentemente a caipirinha, já pronta para o consumo, podendo ser servida gelada ou com gelo.
112
Trajetória de sucesso só pode ter no passado uma HISTÓRIA de destaque. CELSO GAIOTO revela sua paixão pela raça NELORE. Pecuarista JOÃO GABRIEL mostra um pouco desse universo da criação de CAVALOS e fala de outras atividades AGROPECUÁRIAS que ele desenvolve na Estância Santa Maria.
113
elitte rural
Nossas historias
Nelore Gaiotto: paixão pela raça
O
gado de elite no Bra-
então veterinário da Sete Estrelas,
sil tem conquistado
facilitou a concretização do negó-
espaço nas pistas de
cio. Alguns dias depois, adquirimos
julgamentos e leilões
cinco doadoras da Sete Estrelas,
devido ao grande empenho de ho-
apar tadas com alguns poucos
mens que dedicam seu tempo e in-
palpites meus e com minha abso-
vestem no melhoramento genético
luta confiança no conhecimento,
de animais, que são considerados
então empírico nesse segmento
os mais promissores na cadeia da
do gado de elite; do Elvis Rezen-
pecuária nacional. Um exemplo é
de Garcia, vulgo “Boca”, meu fiel
o Nelore Gaiotto, rebanho de tra-
escudeiro há quase vinte anos e
dição, que começou com o sonho
a quem eu devo muito do êxito
de menino de Antônio Celso Cha-
que temos conseguido alcançar
ves Gaiotto, que ele agradece em
na atividade pecuária”.
primeiro lugar a Deus por tê-lo rea-
Celso começava a frequentar os
lizado. “A semente de tudo foi um (Antônio e Terezinha Gaiotto), que me deram 20 vacas Nelore PO do gado que criavam no Paraná. Esse gado veio para Mato Grosso do Sul e foi meu grande estímulo”, conta. Depois
de
bastante
tempo,
como informa ele próprio, em um passeio pelo Parque de Exposições de Campo Grande com as filhas, Ana Carolina e Maria Clara, foi estimulado pela minha irmã Vânia a comprar uma bezerra num shopping da Sete Estrelas Embriões. “A minha amizade com Leonardo,
114
A semente de tudo foi um presente de meu pai e minha mãe (Antônio e Terezinha Gaiotto), que me deram 20 vacas Nelore PO do gado que criavam no Paraná. Esse gado veio para Mato Grosso do Sul e foi meu grande estímulo
‘‘
presente de meu pai e minha mãe
leilões de gado de elite, a convite de outro amigo estimado por ele, José Fernando Costa, conhecedor de gado Nelore. “Foram o Zé Fernando e o Leonardo que nos levaram (eu e o Boca) para Uberaba pela primeira vez. Lá, fomos apresentados pelo Zé ao João Marcos Cruvinel Machado Borges (Ipê Ouro Acessoria) e ao “Nilsão”. Daí nasceu uma amizade que muito me honra e que, seguramente, “asfaltou” nosso caminho na criação de gado de elite”, enfatiza.
As atividades na fazenda A fazenda Santo Antônio, locali-
bém com quem lida com os animais.
ção diuturna do “BOCA” e ao talen-
zada no município de Terenos (MS),
“A participação da fazenda Santo
to extraordinário do João (João Vitor
dedica-se à engorda de animais
Antonio da Conquista nas pistas de
de Melo Júnior), grande conhecedor
para abate e procura realizar um tra-
julgamento e o êxito dessa “aven-
de “gado de pista”. Márcio e “Gor-
balho voltado para a produção de
tura atrevida” se devem fundamen-
do” estão na retaguarda da parição
touros melhoradores, adaptados a
talmente ao trabalho incansável dos
e Eduardo, sobrinho querido de Cel-
pasto e com grande potencial para
“meninos” tratadores Anísio, William
so, é o responsável pela escrita e
produzir animais aptos ao incremento
e Cau, ao pragmatismo e à dedica-
Meire. Esses são os verdadeiros res-
de melhorar e aumentar a produção
ponsáveis pelas conquistas. Mas as
de carne em menor tempo. Nessa
melhores conquistas são as alegrias
dade, ao potencial de fornecimento de leite nas fêmeas e à precocidade com peso e acabamento de carcaça nos machos. Esse objetivo é buscado com o incremento e a utilização de material genético provado e direcionado para alcançar esses fatores, utilizando-se as tecnologias disponíveis no mercado. Por lá, a preocupação é tam-
Nessa diretriz, a equipe atenta-se à fertilidade, ao potencial de fornecimento de leite nas fêmeas e à precocidade com peso e acabamento de carcaça nos machos.
‘‘
diretriz, a equipe atenta-se à fertili-
partilhadas no caminho”, lembra Celso. Para ele, uma grande satisfação foi a recente compra de um garrote, o Shankar, adquirido na última edição do leilão da Fazenda Ribalta, em Dourados (MS), e que hoje é animal expoente da fazenda Santo Antônio. Celso garante que a satisfação não se deve apenas às extraordinárias qualidades do animal, mas à parceria na aquisição. Trata-se de
115
elitte rural
Nossas historias
Édson José Bernardes “GRANDE”, um amigo muito querido, por quem ele tem profundo sentimento de gratidão. De acordo com Celso, ele é um dos mais competentes produtores rurais do Brasil. Sobre os títulos e participações em feiras, Elvis Rezende Garcia afirma que, no ano de 2012, eles participaram de diversas exposições, dentre as quais a 1ª Exposição de Figueirão (MS), onde ele e Celso tiveram a oportunidade de adquirir um animal do criatório de Rubens Catenacci –
O Nelore e a agropecuária
um universo sem limites. “Segura-
o bezerro GHYJARY FIV DA 3R –, que
Na opinião de Celso Gaiotto, o
mente, o Brasil já é um celeiro pro-
aos poucos começou a se destacar
potencial da pecuária produtiva no
dutor de alimento para o mundo.
no criatório da Nelore Gaiotto, com
país é imensurável. Grandes exten-
E não só pode como deve se des-
a conquista de diversos prêmios nas
sões de terras fér teis, clima tropical,
tacar ainda mais nesse cenário.
Exposições por onde passou.
qualidade e melhoria genética bovi-
O que o produtor rural precisa é
“Percebemos, também, que o
na que não para de crescer e se su-
ser reconhecido pelos governantes
GHYJARY FIV DA 3R, ao longo de
perar. Tudo isso aliado à coragem e
como grande colaborador do PIB
seu desenvolvimento, destacou-se
ao empreendedorismo do produtor
nacional, e esse reconhecimento
por sua beleza racial, seu aumento
rural brasileiro, que o faz vislumbrar
precisa vir na forma de estímulo.”
de peso, comprimento de carcaça e seus aprumos corretos, sustentados por uma ossatura muito forte. Touro
Agradecimentos
que acreditamos que irá ajudar mui-
“Eu gostaria de agradecer imensamente de ter recebido o con-
to na melhora genética do rebanho
vite para par ticipar desta edição da revista ‘Elitte Rural’. É uma
brasileiro”, pondera. Tanto que des-
honra imerecida conferida a um criatório pequeno e modesto.
de a primeira visita feita pelo amigo
Quero agradecer, por derradeiro e publicamente, à minha mulher e
“Nilsão”, na Fazenda Santo Antônio
companheira, Mara Gaiotto, que me apoiou e acompanhou heroi-
da Conquista, ele se encantou com
camente nessa jornada, e à minha mãe amada, Terezinha Gaiotto
esse touro. E hoje, por todas as qua-
– sinônimo de obstinação e coragem –, que me mostrou o lado
lidades citadas acima, o animal se
risonho da vida. Ao meu pai, Antônio Gaiotto, homem honrado,
encontra no time de pista da Agro-
que hoje já navega em outras dimensões, ofereço como home-
pecuária Vila dos Pinheiros (líder ab-
nagem o que toca nessa empreitada, que pelas minhas inúmeras
soluta do ranking Melhor Expositor
limitações considero vitoriosa.”
2013/2014) e é a grande aposta para a Expoinel de Uberaba de 2014.
116
Criar nelore é uma arte...
Com bons parceiros, certeza de excelentes negócios!
H
á uma década se dedicando à Fazenda São Luiz, o empresário, de coração pecuarista, Luiz An-
tônio da Silva investe pesado na seleção Nelore Mundial e hoje tem um plantel com 50 doadoras de grande qualidade genética. O grande destaque desta história de sucesso são as parcerias sólidas que surgem de grandes amizades. Cássio e Eduardo Lucente da Nelore 2L são grandes visionários, e vem se despontando em todos os leilões, encerrando as rodadas de negócios de maneira sempre diferenciada. Silvestre Coelho Filho da
gócios e já gerou bons frutos. Na 4ª
por Cássio e Eduardo Lucente da Ne-
Nelore Mara Móveis, é um grande
edição do Leilão Nelore Mundial, no
lore 2L, Silvestre Coelho Filho da Nelore
empreendedor e tem feito uma exce-
espaço Villa Conte, em São José do
Mara Móveis e Luiz Antônio da Silva
lente seleção genética e investimen-
Rio Preto, SP, a doadora Graddy FIV
da Nelore Mundial, por R$ 223.200,00.
tos de grande porte na raça nelore. A
Fort VR, levada por Dorival Bianchi, da
O que se viu nessa parceria, endossa
parceria feita entre esse trio, só trou-
Fazenda Porto Seguro, teve 75% ar-
o que estamos falando.
xe satisfação e certeza de bons ne-
rematada pelo condomínio formado
A vida profissional desses três, inspira. A união e amizade entre eles e o orgulho de ser nelorista está tão intenso, que faz com que eles se juntem para adquirir animais de genética comprovada. Não medem esforços, nem dinheiro para ter os melhores animais, estão realizando um trabalho respeitado, que já é referência. Com certeza esse trio serve de estímulo, uma grande parceria de sucesso que está só no início de grandes e poderosos negócios!
117
elitte rural
Nossas historias
Tradição de família
A
história da JG Agrope-
“Foi então que o padrinho de meu
Rural”, Muladeiros, retrata com fide-
cuária, que leva as ini-
pai, um português chamado Luiz
lidade a trajetória do saudoso pai
ciais de João Gabriel,
Ferreira, decidiu levá-lo para ajudar
de João Gabriel. Eles desciam de
teve início na Fazenda
nas lidas de doma e transporte de
trem até o Rio Grande do Sul, onde
tropa”, conta o pecuarista.
compravam mulas e burros, oriun-
Caixa d’água, pertencente ao avô materno, coronel João Quintino de
Uma matéria exibida no “Globo
Almeida Primo e deixada como e Madalena Almeida Gabriel. Foi o lugar onde residiram e criaram os cinco filhos. “Sou a quarta geração de criadores de muares e jumentos. Meu pai, desde menino, esteve às lides com tropa”, lembra. Naquela época, os fazendeiros buscavam animais para o custeio das fazendas, principalmente de muares para o trabalho na lavoura.
118
chegando a totalizar 700 cabeças.
Sou a quarta geração de criadores de muares e jumentos. Meu pai desde menino esteve às lides com tropa
‘‘
herança aos pais, Trajano Gabriel
dos da Argentina e do Uruguai, A volta era por terra, numa viagem de meses até alcançar a sede da fazenda, em Taquarituba (SP), onde descansavam alguns dias. Dali seguiam para Sorocaba e entregavam os animais em São Paulo, Santos e cidades circunvizinhas. Outra rota que eles faziam era do Rio Grande do Sul a Campo Grande (MS), numa jornada mais difícil, pois no caminho se deparavam com índios na
ciação” para que a viagem prosseguisse tranquila. “Assim, em meio a muito trabalho, meu pai arrumou recursos para comprar suas éguas e buscar no estado mineiro os primeiros jumentos, vindos da famosa criação Lagoa Dourada”, informa. Com o falecimento do ídolo e pai, João Gabriel assumiu o que ele chama de gloriosa missão de dar continuidade à criação de muares e jumentos e toca hoje a Estância Santa Maria. Ele próprio diz: “agora, sem a importância histórica de outrora, mas com a mesma paixão
“Assim, em meio a muito trabalho, arrumou recursos para comprar suas éguas e buscar no estado mineiro os primeiros jumentos, vindos da famosa criação Lagoa Dourada.
‘‘
mata fechada e havia uma “nego-
que embalou esses pioneiros, face
chado, suave e progressivo, aliado
à necessidade de desbravar esse
à boa índole e bela conformação.
Brasil”. “Criamos muares e jumen-
A JG Agropecuária mantém
seleção de muares. As éguas dele,
tos utilizando os melhores reprodu-
éguas próprias, além de uma par-
com base genética do Grande
tores nas melhores matrizes puro
ceria com criadores de Manga-lar-
Campeão Nacional Dendico Gar-
sangue Manga-larga, Manga-larga
ga de primeira grandeza, como o
cia Manga-larga, Dárdano OJC e
Marchador e Quarto de Milha”. A fi-
primo e médico José Luiz Mota de
Cobalto do Gerezim, têm dado óti-
nalidade é produzir mulas e burros
Almeida, que, como João, herdou
mos resultados. Outra grande par-
de excelência, de andamento mar-
do avô o gosto e a dedicação pela
ceria é com o médico cardiologista
119
elitte rural
Nossas historias
Demétrio Dauar, que adquiriu a seleta tropa Manga-larga do saudoso e grande criador Eurides Martins Mendonça, a griffe Santa Ernestina. Os animais também são encaminhados ao competente Centro de Treinamento Professor Paulo Cunha, onde são domados e adestrados, sob a supervisão clínica de Renato Cunha e com o trabalho de Jeferson Cunha, Kenny Cunha, grandes campeões brasileiros. Os garanhões são da linhagem MAAB, Fazenda Certeza, criatório Bagres e Aliança (leia-se Maria Araújo, tropa Mocó). João Gabriel também tem parceria nos reprodutores com a Fazenda Bergafaz, de Daniel Bergamini, que têm papel importante na seleção de muares para uso nas próprias fazendas, além de participação no leilão. O resultado é apresentado em fevereiro, no leilão da JG Agropecuária, quando são comercializados animais de andamento e temperamento fantásticos.
120
DIVERSIFICAÇÃO
éguas Paint Horse, linhagem
João Gabriel ainda mantém
fechada de trabalho Dr. Sunny
o criatório de gado Nelore PO
Pep, para dar um colorido espe-
e 40 fêmeas da raça Brahman
cial na tropa. E ainda mantém
Vermelho para a produção de
uma criação de cães Australian
tourinhos, que são comerciali-
Cattle Dogs, linhagem do amigo
zados diretamente com criado-
Fred Bezerra e dos estimados
res da região.
amigos Diogo e Luiz Tordilho, do
Nos animais Quar to de Mi-
Canil Australian Bull, de Brasília.
lha de apar tação ele inves-
“Quem quiser me dar o pra-
te em cober turas de grandes
zer da visita, as por teiras da
garanhões impor tados e tem
Estância Santa Maria estarão
como chefe padreador o ani-
aber tas, pois tenho sempre um
mal Campeão de Apar tação e
carneiro à soga, uma leitoa à
sangue quatro vezes Doc Ole-
peia e um frango debaixo do
na, Smar t Lena Moon.
balaio, prontos para começar a
Possui
ainda
algumas
festa”, convida.
Conheça a belíssima Fazenda Santarém, de Olavo Monteiro de Car valho, em Três Rios, no Rio de Janeiro. O lugar data do século XIX e já par ticipou do apogeu do café. Atualmente, a fazenda é reduto da criação de gado Nelore. Confira!
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Fotos/Dudu Assis
Toda a beleza da
Fazenda Santarém A história da Fazenda Santarém começa em meados do século XIX, QUANDO as fazendas da época possuíam estrutura aristocrática – terras concedidas por serviços prestados à Coroa, com sedes grandes, que abrigavam diversos trabalhadores. A fazenda do senhor José Mariano e DE dona Isabel, proprietários na época, era a mais desenvolvida e totalmente autossuficiente.
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Fazenda Santarém participou do apogeu do café. As terras pertenciam à família Barroso Pereira, sendo uma das maio-
res concentrações de propriedades territoriais na área do Médio Paraíba. Somente no século XX, no início da década de 80, a Fazenda Santarém foi vendida por dona Léa (DÉA) Werneck para Olavo Monteiro de Carvalho, permanecendo seu filho Luís Carlos Werneck como administrador da propriedade, por mais de 20 anos. Móveis de época mobilham a sede da Fazenda, que possui também estoque de instrumentos musicais e belos padrões de papel de parede importados. Além disso, carruagens do século XVIII e XIX mantidas na propriedade são frequentemente alugadas pela produção de TV e cinema para novelas, minisséries e filmes de época. Logo após a compra da Fazenda, Olavo fundou o Haras Itajoana, transformando a criação de cavalos Manga-larga Marchador. Em 1997, fundou o Instituto Marquês
Fotos/Fábio Fatori
de Salamanca para atuar no desenvolvi-
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mento social dessa comunidade de colonos e nas comunidades do bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Em 2003, por influência de alguns amigos, o empresário Olavo iniciou o trabalho com o gado Nelore na Fazenda. Comprou um lote de matrizes com genética da Fazenda Mata Velha e da Baluarte, dos criadores Jonas Barcellos e Ronan Eustáquio, e dois embriões da grande matriarca Espanhola, da Fazenda Santa Bárbara, que originou a Catalã, uma das importantes doadoras da Fazenda Santarém. Em 2004, o empresário realizou outro sonho e mandou construir uma pequena igreja, que foi consagrada a N.S. das Graças, em homenagem a Beatriz Monteiro de Carvalho, avó de Olavo e grande devota da Santa.
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A Fazenda Santarém possui outras importantes doadoras e o plantel é composto de animais das mais significativas famílias da raça, como a Betina, Eclusa, Libra, Fada, Fairani, Kotti, Flor de Liz, Riyaza, Bilara, Recordação e Hierarca, entre outras. Os animais são acompanhados, desde o nascimento, por técnicos e consultores. A equipe de tratadores foi formada na própria Fazenda Santarém e recebe, frequentemente, cursos e treinamento com os profissionais mais renomados do mercado. A pretensão é fazer do Nelore Santarém uma referência na raça, através de trabalho sério e duradouro, participando ativamente de exposições, leilões e eventos com uma marca de credibilidade, igual à que acompanha o Haras Itajoana.
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EDIÇÃO 5 . ANO 2 . SETEMBRO/OUTUBRO 2014 . R$ 10,00
Capa
Nossa capa traz a imagem do glorioso representante da Nelore Gaiotto: GHYJARY FIV DA 3R É um excelente exemplar da raça, apresentando suas principais características, como a elevada longevidade reprodutiva e a masculinidade acentuada. O pecuarista e expositor Antônio Celso Chaves Gaiotto, proprietário da Fazenda Santo Antônio da Conquista, de Terenos (MS), orgulha-se de mostrar o animal GHYJARY FIV DA 3R, filho de RIMA FIV CAPOLAVORO2 e ANDIRA DA ADES (BITELO DA SS), que tem conquistado os primeiros lugares nas principais exposições do país. GHYJARY mos-
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tra a melhor genética Nelore, com potencialidades incríveis, como a precocidade. Somente em 2014, que ainda nem encerrou, o touro já conquistou vários campeonatos. Entre os títulos: Grande Campeão da 76ª Expogrande, recebendo o mesmo título na 11ª Expojardim, além de Reservado Grande Campeão da Grand Expo Bauru e Campeão Touro Sênior da 36ª Expocam. O animal recebeu, ainda, o título de Reservado Campeão Touro Jovem, na Expoinel MS, em 2013. Data de nascimento: 10/11/2011.
Fotos/ Rubens Ferreira
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