1
BAL. CAMBORIÚ (47) 3367 1435 BELO HORIZONTE (31) 3274 7474 BELÉM (91) 3038 1966 BRASÍLIA (61) 3364 0176 CAMPINAS (19) 3294 9444 FORTALEZA (85) 3208 2527 GOIÂNIA (62) 3093 3990 MANAUS (92) 3347 0402 NATAL (84) 2020 1525
2
PORTO ALEGRE (51) 3332 5233 RECIFE (81) 3019 1010 RIBEIRÃO PRETO (16) 3911 6745 RIO DE JANEIRO (21) 2108 6565 SALVADOR (71) 3019 8208 SÃO PAULO (11) 3897 4800 UBERABA (34) 3312 7500 UBERLÂNDIA (34) 3219 5530
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3
Foto/Zzn Peres
elitte rural
elitte
REVISTA
RURAL
NOVEMBRO / DEZEMBRO 2014 . ANO 2 . NÚMERO 6
16
Bonsmara conquista o mercado gourmet
22
Taurino Senepol prova seu potencial produtivo
26
TERRA Os impactos da seca no campo
34
PONTO DE VISTA A reeleição de Dilma e o agronegócio
47
GENTE Bate-papo com Luís Humberto Junqueira
52
Cícero de Souza e a saga do Nelore 42
58
GIRO A Expoinel e outros flashes exclusivos
83
PRÊMIO ELITTE RURAL Conheça os homenageados
4
09
10 52
62
Foto/Fábio Fatori
RAÇA Anglo-Árabe e a força do sangue campeão
Foto/Rubens Ferreira
10
Foto/EHK Tiago
58
83
91
ACONTECE Expô Nelore MS e outros eventos de 2014
99
ELITTE RURAL SOCIAL Os VIPs da temporada em destaque
106
Fotos/Reginaldo Ferreira
Foto/ZZn Peres
124
NA MESA O fino sabor do Nelore Natural
110
A chique paixão nacional: cerveja gourmet
116
NOSSAS HISTÓRIAS Roberto e Simone Bavaresco
119
O novo criador Joaquim Caravellas
124
ELITTE RURAL VISITA Fazenda São Thomáz
110 5
elitte rural
Nossos voos...
E
sta sexta edição da revista “Elitte Rural” é
rojados empreendedores, como Roberto e Simone
motivo de muita alegria para toda a nossa
Bavaresco, da RS Agropecuária; Cícero de Souza,
equipe. Em setembro de 2013, a magazine
do Nelore 42, e tantos investidores destemidos, in-
nascia, fruto de nossos sonhos e perspec-
cluindo novos criadores, como o pecuarista carioca
tivas de apresentar o agronegócio brasileiro e seus
Joaquim Caravellas, da JC Nelore.
personagens, em novo formato. Investimos na infor-
Em nossas páginas trazemos, também, um ba-
mação especializada, porém mesclando dois esti-
lanço da seca que ameaça o agronegócio e as
los do Jornalismo. Nossa meta era dar vida a um
perspectivas dos especialistas para livrar os produ-
projeto sólido com importantes fundamentações,
tores de prejuízos, a médio e longo prazo.
porém com uma roupagem leve, conforme pedem
Apresentamos, ainda, a reeleição de Dilma
os tempos modernos. Em seu primeiro ano, a “Elitte
Rousseff na análise dos representantes de várias
Rural” consolidou-se como uma das principais fon-
entidades classistas do setor. Não faltam críticas e
tes de informação e de credibilidade do segmento.
expectativas.
Para celebrar essa conquista, idealizamos o Prêmio
Confira, também, os eventos da temporada,
Elitte Rural, uma homenagem a dez criadores que
como a Expoinel, e a expectativa dos organi-
fazem história na pecuária nacional. Os troféus
zadores dos remates agendados até o Nelore
foram entregues durante a Expoinel, em Uberaba
Fest. Convidamos você para este passeio pelo
(MG), com o apoio da Fazenda Nova Trindade. Um
universo agro e para uma visita à Fazenda São
sucesso que pretendemos repetir. Os flashes da en-
Thomáz, de York Corrêa, em Maracaju (MS).
trega você confere nesta edição.
Estamos cer tos de que você irá diver tir-se conosco! Agradecemos sua companhia.
Foto/ZZn Peres
Por aqui, temos também o sucesso de outros ar-
6
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REVISTA
www.elitterural.com.br Diretores: Renata Penna - renatapenna.firstclass@gmail.com
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RURAL
Roberto De Nadai - denadai@elitterural.com.br FOTOGRAFIAS: Fábio Fatori, Renata Penna, Rubens Ferreira e Zzn Peres CAPA: Bella FIV CIAV Foto: Rubens Ferreira EQUIPE EDITORIAL: Indiara Ferreira Assessoria de Comunicação Ltda. ME Jornalista responsável: Indiara Ferreira MTB MG-6308 . (34) 8817-6145 Equipe: Breno Cordeiro, Janaína Isidoro, Letícia Morais e Michelle Rosa DIRETOR JURÍDICO: Bruno Campos Silva DEPARTAMENTO COMERCIAL: Renata Penna (34) 9990-7180 (Uberaba/MG) Marco Freitas (16) 99703-9258 (Ribeirão Preto/SP) Janaina Nunes (43) 9982-2377 (Londrina/PR) comercial@elitterural.com.br
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Av. Alexandre Campos, 55 . Jardim Alexandre Campos Fone: (34) 3321-5007 . Uberaba-MG IMPRESSÃO: Editora e Gráfica Cenecista Dr. José Ferreira - Uberaba/MG Tiragem: 5.000 exemplares RESERVA DE ANÚNCIOS: (34) 3321-5007 . (34) 9990-7180 . (17) 99111-2757 Circulação gratuita A “Elitte Rural” não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados. As matérias publicadas podem ser reproduzidas desde que citada a fonte.
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Foto/Maurício Faria
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Esta editoria é dedicada aos destaques das raças na atualidade, incluindo o rumo das pesquisas em busca do melhoramento genético, a perspectiva de cruzamentos, o sucesso das carnes nobres mundo afora e a ousadia de investimentos nos plantéis. Nesta edição, você confere a raça da África do Sul que está fazendo sucesso no Brasil, Bonsmara. Também vamos falar do Senepol, que tem origens no Caribe e registrou crescimento de 50% no ano passado. Contaremos, ainda, histórias de amor pelos cavalos da raça Anglo-Árabe. Boa leitura!
11
Foto/EHK Tiago
elitte rural
12
Anglo-Árabe,
o puro sangue campeão O diferencial da genética faz da raça uma referência internacional
E
xibindo a elegância, inte-
fortes, enquanto a frente é reta. As
torna aptos para praticar qualquer
ligência, agilidade e resis-
pernas são longas e os pulmões e
modalidade esportiva. São, tam-
tência dos cavalos árabes
o coração são poderosos. Os Anglo
bém, excelentes cavalos de sela.
e a velocidade, potência e
-Árabes têm um bom temperamento
Até hoje, o local de origem da raça
capacidade competitiva do Puro
que, aliado ao seu potencial físico, os
se mantém como um dos focos
Sangue Inglês, os cavalos Anglo da genética equina aplicada ao espor te. São excelentes galopadores e saltadores e, em muitos casos, têm desempenhos notáveis em provas de resistência. As suas características físicas e mentais tornaram a raça mundialmente prestigiada e uma referência internacio-
“Acredito que a raça está no início de um processo de popularização em nível nacional
‘‘
-Árabes representam a vanguarda
mundiais do cavalo Anglo-Árabe. O sucesso fala por si só: os vencedores do Concurso Mundial de Salto Indoor de 2003, da Medalha de Ouro em Concurso Completo de Equitação (CCE) nas Olimpíadas de 2004 e do Concurso Mundial de CCE para cavalos novos em 2005, foram todos cavalos Anglo-Árabes.
nal de proficiência espor tiva. A raça originou-se pelo cruzamento de duas das raças mais valorizadas do mundo: a Puro Sangue Árabe e a sua descendente, Puro Sangue Inglês. Os primeiros Anglo -Árabes nasceram na França, no Haras Pompadour, no ano de 1833. Desde o início, a raça resultante é ciado da genética equina. Sua aparência é mais semelhante ao Puro Sangue Inglês.
Foto/EHK Tiago
considerada um sucesso diferen-
Os ombros são inclinados e
13
elitte rural Verde e amarelo Foto/enduroonline.com.br
No Brasil, a raça Anglo-Árabe também marca presença. Existem registros de cavalos da raça desde a década de 70. Em 1992, foi criada a Associação Brasileira dos Proprietários do Cavalo Anglo-Árabe (Pro -Anglo). A criação de Anglo-Árabes brasileiros tem destaque em provas de Enduro. Além disso, em 2003, o Brasil participou na Conferência Internacional do Anglo-Árabe (CIAA), entidade reguladora para a criação da raça em todo o mundo. O presidente da Pro-Anglo, Nuri Haddad, explica que São Paulo é o em nível nacional”, espera Haddad.
valo Anglo-Árabe em todo o Brasil.
Ele adverte que o sucesso da raça
Eduardo Araújo e o amor pelo Anglo Árabe
“Acredito que a raça está no início
depende, entre outras coisas, do
Um dos criadores brasileiros mais
de um processo de popularização
investimento e do esforço dos cria-
representativos da raça Anglo-Árabe é
dores. “Existe uma abundância de
Eduardo Araújo. Consagrado intérprete
éguas inglesas da raça Anglo-Árabe
da música brasileira e com mais de 50
no Brasil. No entanto, ainda não hou-
anos de carreira, ele possui cerca de 50
ve um investimento significativo no
cavalos Anglo-Árabes no Haras Alian-
potencial desses animais”, finaliza.
ça D’jerid, em Araçoiaba da Serra (SP).
Foto/enduroonline.com.br
Estado com mais presença do ca-
O amor pelos animais foi herda-
“Existe uma abundância de éguas inglesas da raça Anglo-Árabe no Brasil. No entanto, ainda não houve um investimento significativo no potencial desses animais
‘‘
14
do do pai, o coronel Lídio Araújo. Há mais de 25 anos, Eduardo investe na criação dos exemplares da raça e ainda possui Manga-larga Marchador, bem como jumentos. “Antes de criar Anglo-Árabes, eu tinha cavalos de corrida, oriundos da Paraíba. Decidi ingressar na raça quando conheci o cavalo que até hoje é o meu preferido: o Callawahoo”, lembra o cantor. Foi a partir desse espécime que Eduardo formou, cabeça por cabeça, um dos criatórios de Anglo-Árabe
Foto/harasaliancadjerid.com.br
outros. “Uma vez, o governo francês
segundo Anglo-Árabe mais alto do
disponibilizou um cavalo para fazer
país, com 1,62 metro. Mesmo com 30
melhoramento de raça em nossa
anos de idade, ainda é maravilhoso”,
fazenda. O nome dele era Faristan.
conta Eduardo.
Ainda hoje, tenho duas éguas que
Vários outros animais notáveis
são filhas dele e já reproduziram
passaram pelo haras de Eduardo,
com o Callawahoo”, explica o cria-
como a Grande Campeã D’jerid Noel,
dor.
filha de Callawahoo; D’jerid Duches-
De acordo com Eduardo, ele é
se, também Campeã Nacional, entre
dono do cavalo que, atualmente, é
Foto/blognotasmusicais.com.br
mais importantes do Brasil. “Ele é o
o espécime Anglo-Árabe brasileiro mais importante internacionalmente – o Totum Lucky Strike, garanhão chefe do Haras Aliança D’jerid. Ele explica que os filhos dele são todos excelentes cavalos de salto. O cantor salienta o diferencial da raça Anglo-Árabe e mostra seu desejo de ver a criação nacional surpreender. “É uma lástima que a criação desta raça não seja mais desenvolvida aqui no país. Para mim, sempre será o melhor cavalo do mundo. Nunca vou parar de criar Anglo-Árabes”, promete Eduardo.
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Foto/bonsmara.org.br
elitte rural
18
Reconhecida por qualidade de carne, Bonsmara se firma no mercado gourmet
O
s cortes da raça Bons-
ne premium, mas não são resistentes
badalada boutique de carnes espe-
mara caíram na graça
ao clima tropical e não teriam espaço
ciais, na zona nobre de São Paulo.
de restaurantes de luxo e
no Brasil Central, que é muito quente, e
Por lá, os clientes já entenderam que
açougues gourmets, nos
esses animais sofreriam com o calor e
existe muito mais do que picanha e
os carrapatos”, destaca.
filé mignon quando se trata de boa
últimos anos, por causa da maciez. O fato comprova a máxima de que não
Com essa aposta, Clélia concen-
carne. “A picanha é até o menos in-
existe carne de segunda quando o
trou-se no melhoramento genético do
teressante (risos), apesar de ser mui-
boi é de primeira.
gado africano puro de origem. O resul-
to boa. O Bonsmara oferece peças
Pioneira na criação da raça no
tado já aparece nos negócios. Além de
maravilhosas, seja na parte dianteira
Brasil, a pecuarista Clélia Camargo
fornecer para os frigoríficos, a fazenda
ou traseira. Se o boi for 100% da raça,
Pacheco percebeu essa vantagem.
Santa Silvéria conquistou espaço no
tem 100% de maciez em todos os
Provou a carne numa visita à terra de
seleto cardápio da The Butcher – uma
cortes que você comprar”, conta.
onde buscava novas opções para o cruzamento com as vacas Nelore da fazenda em Piratininga (SP). A selecionadora paulista ficou apaixonada pela carne macia e suculenta, ainda mais
Foto/bonsmararubi.com.br
origem do Bonsmara, a África do Sul,
porque estava associada a um animal com grande capacidade de adaptação ao calor, excelente ganho de peso e fertilidade. Foi o suficiente para que ela tomasse a decisão e investisse na raça africana, que ainda não existia no Brasil. “O Bonsmara é um animal que vai agregar muito valor à pecuária brasileira. Outras raças europeias, como Angus, também produzem car-
19
elitte rural
A ternura garantida na genética mais na balança final. Clélia fatura 15% acima do valor da arroba do boi convencional, seja na venda dos bois ou das novilhas para abate. Já nos leilões, um touro reprodutor registrado, por exemplo, tem faturamento médio de R$ 8 mil.
Casamento ideal Os custos de produção atrativos e a excelente carne oferecida fazem do sangue Bonsmara uma alternativa
“O Bonsmara oferece peças maravilhosas seja na parte dianteira ou traseira. Se o boi for 100% da raça, tem 100% de maciez em todos os cortes que você comprar
‘‘
do taurino africano também pesa
promissora para pecuaristas interes-
Expansão no Brasil
sados no cruzamento industrial com
Mesmo com as vantagens
sidente da associação de criadores.
as tradicionais raças zebuínas exis-
produtivas da raça, o rebanho
Rubens argumenta que a en-
tentes no Brasil. É um caminho, por
Bonsmara ainda é pequeno no
trada do animal vivo ou mesmo a
exemplo, para suavizar a carne do
país. A introdução do animal no
transferência de sêmen do taurino
Nelore, desafio enfrentado por cria-
Brasil completou 15 anos, mas
africano são proibidas desde o co-
dores focados no mercado de corte.
apenas 15 mil cabeças de gado
meço das atividades, em 1997. Por
De acordo com o presidente da
P.O. estão registradas na ABCB,
isso, até hoje, os pecuaristas preci-
Associação Brasileira de Criadores de
atualmente. O ritmo lento para a
sam viajar até a África do Sul para
Bonsmara (ABCB), Rubens Forbes Al-
expansão do plantel deve-se às
monitorar os acasalamentos e trazer
ves de Lima, o segredo do casamento
barreiras enfrentadas para a im-
os primeiros embriões para insemi-
está no alto grau de heterose apresen-
portação da raça, conforme o pre-
nação. “Exatamente por essa traje-
tado pelo taurino de origem africana, potencializando na cruza as principais características comerciais existentes nas duas raças. Ele explica que, combinando o Zebu com 75% de genética Bonsmara ou mesmo num cruzamento tricross (50% Bonsmara e 25% Angus), é possível sentir, ou melhor, degustar o resultado na carne do novo animal. Por conta desse desempenho, estimase que o sangue do taurino africano já esteja presente em, aproximadamente, 500 mil cabeças de gado no Brasil.
20
A origem
No entanto, só com o fim do regi-
Criada pelo zootenista Jan Bons-
me apartheid e a abertura da África
ma, a raça foi desenvolvida para
do Sul para o comércio exterior, em
atender uma demanda do governo
1994, é que o gado adaptado espa-
sul-africano em 1937. Na época, o re-
lhou-se para os demais países do
banho da África do Sul era formado
mundo, inclusive o Brasil.
Fotofazendasantasilveria.com.br
basicamente por Afrikaners, animais que sofriam com baixa produtividade, apesar de ser extremamente adaptados ao clima tropical. Já as raças europeias não conseguiam sobreviver em condições satisfatórias no país. Diante do impasse, o governo lançou o desafio a Bonsma para criar tória e dificuldade, comparando
produtividade e resistente ao clima tro-
com outras raças que puderam
pical. A partir da solicitação, o zootec-
trazer animais direto para o país,
nista iniciou uma sequência de pes-
a quantidade de Bonsmara ain-
quisas e seleções nunca antes vista.
da não está maior. Mas a raça
O pesquisador realizou uma série
está consagrada e estabilizada
de cruzamentos do Afrikaner com vá-
no Brasil, com excelentes animais
rias raças europeias. Foram 50 anos
no plantel, porque a gente só
dedicados ao trabalho de seleção.
traz cabeceira de gado. Então, o
Depois de um detalhado processo de
rebanho deverá crescer mais a
medições e avaliações físicas, o resul-
partir de agora”, analisa.
tado foi um animal que combinava 5/8
Fotofazendasantasilveria.com.br
uma raça de gado de corte com alta
Afrikaner e 3/8 de taurinos britânicos raça, intitulada hoje por especialistas como taurino dos trópicos, aliando a rusticidade do gado local e a alta produtividade do rebanho europeu. Em 1963, foi criada a Associação
Fotofazendasantasilveria.com.br
Foto/fazendasantasilveria.com.br
(Hereford e Shorthorn). Assim, surgia a
Sul-africana de Criadores da raça. O nome Bonsmara veio em homenagem a Bonsma e, também, em referência à Estação Experimental de Mara, onde as pesquisas foram conduzidas.
21
22
23
Foto/ senepolluar.com.br
elitte rural
Taurino Senepol mostra
seu potencial produtivo
P
resente há pouco mais de 10
considerada 100% adaptada ao Brasil.
anos no Brasil, a raça Senepol
Possui alta resistência ao calor e aos
Quanto aos ganhos, destaque
vem conquistando criadores,
parasitas, um dos grandes entraves
para a heterose a pasto, que vem
de norte a sul do país. Segun-
da pecuária brasileira quando se tra-
fazendo da raça uma das novas ten-
do a Associação Brasileira dos Criado-
ta de investimento em outras raças.
dências para o cruzamento industrial.
res de Bovinos Senepol (ABCB Senepol),
Suas principais características envol-
“No cruzamento com o Senepol, a
em 2013 foram 16 mil animais registra-
vem desde a capacidade de cobrir a
desmama varia entre 220 e 260 kg,
dos, um crescimento de 50% em ape-
campo em altas temperaturas – um
quase o dobro, se compararmos com
nas dois anos, reflexo de que a raça
atributo pouco comum em taurinos, o
outras raças. Isso se deve, principal-
vem apresentando uma interessante
que coloca a raça em destaque no
mente, ao desempenho individual do
performance na pecuária brasileira.
quesito resultado – à capacidade de
animal que segue sempre acima das
Originária das Ilhas Virgens, loca-
padronização da produção, desen-
médias”, destaca o presidente da
lizadas no Caribe, a raça Senepol é
cadeada pela predominância da pe-
associação, Gilmar Goudart.
24
lagem vermelha e escura.
Raça pura Foi justamente através do uso
para esse aprimoramento estão o uso
pelo cruzamento que teve início um
do programa de melhoramento ge-
Segundo o pesquisador Deiler
dos mais tradicionais e reconhecidos
nético Geneplus/Embrapa (Empresa
Sampaio, que está à frente das ava-
plantéis do Senepol no Brasil. O cria-
Brasileira de Pesquisa Agropecuária),
liações quanto à precocidade sexual
dor Adilson Reich, da marca Senepol
utrassonografia de carcaça, partici-
dos animais da Luar, para quem vai
Luar, propriedade localizada em Ca-
pação em provas, pioneirismo no uso
selecionar, números realmente são
mapuã (MS), iniciou sua história com
da genotipagem e acompanhamento
muito importantes, pois através deles
a raça em 2001, quando apostou no
da evolução reprodutiva dos animais.
é possível enxergar verdadeiramente
cruzamento do Senepol com Nelore.
Este último acontece através de uma
a qualidade do animal.
Com resultados cada vez mais satisfa-
parceria com a Universidade Federal
“Ver só o exterior do animal é
tórios, o segundo passo foi investir na
de Mato Grosso do Sul (UFMS) e vem
muito pouca informação, e qualidade
surpreendendo pelos resultados.
raça pura. “Se estávamos obtendo re-
você só consegue vender com núme-
sultados tão satisfatórios com o gado
ros. O trabalho que fazemos na Luar é
vacas puras e, de lá pra cá, viemos importando embriões, fazendo nosso trabalho de melhoramento genético”, explica Reich. Atualmente, a fazenda investe em diversas ferramentas para a seleção da raça Senepol, buscando sempre identificar números que possam demonstrar o potencial desses animais. Entre os meios que a fazenda utiliza
de selecionar o que realmente tem de melhor. O que nos impressiona é que vem melhorando de ano para ano. No ano passado, o macho mais precoce apresentou puberdade aos 13,8 meses; este ano, já tivemos um animal mostrando essa precocidade aos 10,8 meses. Isso auxilia na formação dos acasalamentos, que dão ênfase a essas características, colocando assim a precocidade da raça em evidência”, detalha o pesquisador.
Foto/ senepolluar.com.br
então que, em 2004, adquirimos seis
“Em 2004, adquirimos seis vacas puras e, de lá pra cá, viemos importando embriões, fazendo nosso trabalho de melhoramento genético
‘‘
cruzado, imagine com o gado puro. Foi
25
elitte rural
Raca
Em números Esses números representam cerca
ainda entre os 13 e 15 anos de vida,
de dois meses a menos da média
mesmo tendo doado tantos oócitos e
geral da raça. De acordo com dados
formado tantos rebanhos.
divulgados no livro intitulado “Sene-
“Aqui, na fazenda, temos uma be-
pol: feito para o Brasil”, os machos
zerra de 11 meses que já apresentou
apresentam essa puberdade com
o segundo cio. Isso é a clara demons-
capacidade de cobrir a pasto a partir
tração de que a fêmea consegue re-
dos 14 meses. “Esse é um ponto cru-
passar esse e outros importantes atri-
cial para nós, aqui na fazenda, apurar
butos para os seus filhos, o que lá na
essa parte de precocidade para se-
frente se traduz na redução do tempo
lecionar aqueles animais que, de fato,
tanto para ficar prenhe como para ini-
poderão diminuir o ciclo pecuário.
ciar a monta e, consequentemente,
Essa pressão de seleção é funda-
aumenta a produtividade do animal
mental para que possamos produzir
na fazenda”, enfatiza Guilherme.
o melhor da raça, que é o nosso ob-
Tanto no cruzamento como no
jetivo final”, ressalta Guilherme Reich,
melhoramento genético da raça
a segunda geração à frente dos tra-
pura, o Senepol vem demonstrando
balhos da Luar.
o seu valor, uma alternativa viável,
Com as fêmeas, a precocidade se
com retorno em resultados e ótima
mantém a mesma. Elas podem co-
produção de carne, uma raça que
meçar a ciclar a partir dos 12 meses
cresce baseada em resultados e
e oferecer, na vida reprodutiva, pelo
que tem tudo para, num futuro pró-
menos uma cria a mais. Além disso,
ximo, se tornar a menina dos olhos
é comum ver vacas Senepol parindo
da pecuária brasileira.
A qualidade do Senepol As informações abaixo são fruto do livro “Senepol Feito para o Brasil”: Heterose: vigor híbrido destacado no choque de sangue evidenciado em crias de cruzamento com zebuínos ou em qualquer tricross. Pelo zero: impede a retenção de calor e reforça a adaptabilidade e a resistência a ectoparasitos. Caráter mocho: daí vem a docilidade da raça. Frame médio: facilita longas caminhadas no pasto. Estrutura e musculatura: ossatura firme, decorrente da movimentação na ilha de origem e das caminhadas pelos pastos, resultando em cascos fortes e bem-repartidos e musculatura evidente. Precocidade sexual e de acabamento: também por seleção natural e depois trabalhada nas seleções, novilhas que ciclam muito cedo - aos 12, 13 meses - e parem com dois anos, emprenhando logo em seguida e
Foto/ senepolluar.com.br
com ótima reconcepção. Boa habilidade materna: mães que emprenham fácil e bem, parem bezerros miúdos e amamentam muito bem, graças à influência histórica do Red Poll. Fertilidade: matrizes que ciclam cedo e parem fácil reconcebem também fácil e ainda doam em coletas um grande número de oócitos para validar muitos embriões, capacidade genética selecionada historicamente. Qualidade de carne: comprovação em abates técnicos e comparações para o exigente mercado de carne macia, suculenta e saborosa. 26
Nesta editoria, você confere o modo com que os pecuaristas diversificam seus negócios, dedicando-se às culturas do algodão, da soja, do milho e da cana-de-açúcar, buscando a sustentabilidade. Falaremos sobre os impactos da seca, já obser vados nas safras de grãos e, também, na cana-de-açúcar. Segundo especialistas, existe perspectiva: a modernização dos equipamentos e dos métodos utilizados no campo.
27
elitte rural
Seca impacta produtividade no campo
N
Chico
vou a redução nas próprias terras.
aguentou a seca deste
Ele e a família possuem fazendas
ano. Com queda em tor-
cafeeiras há 28 anos na região Sul
no de 60% na quantida-
do estado, o principal centro pro-
em
o
Velho
de de chuvas nas regiões Sudeste e
dutor do grão.
Centro-Oeste, a principal nascente do
Ao todo, Ottoni trabalha com
Rio São Francisco evaporou em Mi-
1.500 hectares plantados por ano
nas Gerais. A situação inédita é ape-
e colhia, em média, 60 mil a 65
nas uma amostra preocupante dos
mil sacas. Na última safra, porém,
problemas de abastecimento enfren-
apenas 38 mil sacas foram co-
tados no eixo central do país em 2014.
lhidas na mesma área. “Tivemos
O campo foi castigado por causa na zona urbana se deu com a falta d’água generalizada. Os impactos da seca já começaram a ser observados na safra 2013/2014. A produção nacional de café, por exemplo, caiu 8,16% devido à ausência de chuvas nos primeiros meses do ano, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Líder na produção brasileira de café, Minas Gerais colheu 18,22% a menos devido ao clima desfavorável. Cláudio Carvalho Ottoni obser-
28
“Tivemos quase 30% de redução na produtividade em relação à média histórica, por causa da seca de janeiro a março, que é o ponto de crescimento e expansão do grão de café
‘‘
da estiagem prolongada e o reflexo
quase 30% de redução na produtividade em relação à média históFoto/Secom-PB
rica, por causa da seca de janeiro a março, que é o ponto de crescimento e expansão do grão. Então, tivemos grãos miúdos e com peso menor. A situação atual continua crítica, sem água. Creio que, no próximo ano, também teremos um percentual razoável da safra comprometido”, afirma. A queda pode ser observada não só nos cafezais. A produção Foto/blogdomadeira.com.br
de cenoura, na qual Cláudio é referência nacional, também diminuiu. Sem água suficiente, o engenheiro agrônomo reduziu em 20% a área plantada nas fazendas irrigadas do Triângulo Mineiro. Além disso, ele salienta que o desenvolvimento das plantas está prejudicado, mes-
mensionadas. Isso gera um custo
mo com a irrigação. “Apesar de ter
fixo muito pesado e temos que diluir
água, a lavoura está exposta à in-
pela área plantada para compen-
solação e a temperaturas muito ele-
sar”, salienta.
vadas. Isso diminui a fotossíntese e
Com pouca água e sem previ-
o produto cresce menos”, pondera.
são de chuvas expressivas, Cláudio
Com as condições adversas
deixou de plantar soja e milho em
para o plantio, a colheita, que che-
outubro para priorizar a irrigação da
gava a 3.300 caixas por hectare,
cenoura, carro-chefe das lavouras
neste período do ano caiu para
no Triângulo. O limite técnico para
2.400, na mesma área. O resultado
o plantio da soja já foi extrapola-
está sendo compensado no preço.
do, mas ainda há esperança para
O produto, que historicamente era
o milho. “Cancelei o material mais
vendido nesta época por menos de
produtivo e vou trocar por um híbri-
R$ 10, agora chega a R$ 15 para
do com menor rendimento, que é
compensar a baixa no rendimento,
mais adequado para o plantio em
e ainda pode subir mais. “Tem toda
novembro. Desde 1986, nunca ti-
uma estrutura de produção dispo-
nha passado por uma seca como
nível, com máquinas e equipes di-
essa”, avalia.
29
elitte rural
Futuro incerto Assim como o mineiro, grande parte dos agricultores adiou o plantio de grãos em função da escassez de chuvas. É o caso dos produtores de soja do Mato Grosso, maior estado produtor da oleaginosa. Dados da Associação Mato-grossense de Produtores (Aprosoja) apontam que 735 mil hectares foram semeados até a primeira quinzena de Foto/notibras.com
outubro, enquanto na mesma época da temporada passada os produtores já estavam com 756 mil hectares de área plantada. A decisão pode interferir na produtividade e na inciPara mensurar o impacto do atraso no plantio na safra 2014/2015, a equipe técnica da Conab está desenvolvendo um levantamento. A estimativa inicial de produção é de 194 a 201 milhões de toneladas de grãos no período.
“Cancelei o material mais produtivo e vou trocar por um híbrido com menor rendimento, que é mais adequado para o plantio em novembro. Desde 1986, nunca tinha passado por uma seca como essa
Segundo o gerente de levan-
Foto/Conab
tamento e avaliação de safras do
30
‘‘
dência de doenças na lavoura.
órgão, Francisco Olavo Batista de
de climática do país permite bons
Sousa, será necessário avaliar se o
resultados a determinados estados,
adiamento no plantio poderá prejudi-
apesar da estiagem intensa obser-
car a safrinha de algodão e de mi-
vada nas regiões Centro-Oeste e
lho em 2015. “Até o fim de novembro,
Sudeste.
estamos dentro do limite técnico para
“Na safra anterior, fechamos re-
plantar a safra principal de grãos este
corde na produção de grãos e atin-
ano, mas ainda precisamos identifi-
gimos 195 milhões de toneladas,
car se o atraso não vai atrapalhar as
mesmo com os prejuízos registra-
lavouras secundárias da entressafra
dos em Minas Gerais e São Paulo.
de janeiro a março”, explica.
Não fosse a seca, poderíamos ter
Por outro lado, o gerente anali-
alcançado 200 milhões, mas ainda
sa que a produção agrícola total do
assim o resultado obtido mostra a
Brasil não deverá apresentar queda
tendência de crescimento do setor”,
drástica. Ele lembra que a diversida-
argumenta.
Equilíbrio
Gado também espera por chuvas
Estimativa divulgada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico indica
Os rebanhos brasileiros também
que a quantidade de chuvas nas regiões Centro-Oeste e Sudeste será 67%
pedem por água, ou melhor, por
da média histórica. O número contrasta com as previsões para o Sul do
pastagens. Os pecuaristas estão se
país, onde tem chovido acima da média e o índice aponta para aumento
desdobrando para contornar a seca
de 147% nas precipitações.
e assegurar alimento suficiente para evitar a perda de peso, mas ainda assim o setor enfrenta as consequências da comida escassa. O principal reflexo é a menor oferta de animais este ano, segundo o zootecnista Humberto Luiz Wernersbach Filho. A situação levou à valorização dos rebanhos em 2014. O preço do boi magro disparou em estados como no Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, apresentando
Foto/sinruralitz.com.br
acréscimo em torno de 20% no valor da arroba, se comparado ao mesmo período do ano passado. Esse fator aumentou os custos do confinamento e provocou queda no volume de animais de engorda criados em regime fechado. Com a produção menor do animal a pasto no período da seca e a oferta limitada de gado confinado, a arroba do boi gordo também registrou alta no segundo semestre de 2014, chegando a bater recorde em São Paulo. O técnico destaca que os criadores com planejamento prévio para o período de seca terão oportunidaFoto/culturamix.com
des de fazer bons negócios no atual momento econômico e até ampliar o rebanho com custos mais baixos. Por outro lado, Humberto reforça
31
elitte rural que os pecuaristas em geral vão gastar mais com medidas emergenciais para a suplementação alimentar, pois a seca teve duração e intensidade atípicas. “Parte do lucro oriundo dessa alta no preço da arroba deixa de entrar no bolso do empresário, devido às despesas extras, mas quem se preparou com antecedência sofre impacto menor”, completa. Para não perder lucratividade, o especialista em animais de grande porte orienta os produtores a um planejamento, a partir do início do período chuvoso deste ano. A expectativa é de que as chuvas cheguem ao último trimestre em volume suficiente para a recuperação das pastagens. Humberto lembra, porém, que outras ações precisam ser adotadas para otimizar a produção de capim. O zootecnista alerta os pecuaristas para começarem de imediato um programa de adubação dos pastos, prepararem reserva de pasto e implantarem outras estratégias de suplementação alimentar, fazendo em paralelo o ajuste da lotação animal da propriedade à quantidade de comida disponível. “A seca faz parte do sistema produtivo da pecuária. Não há como acertar em cheio, mas podemos estimar a média e traçar alternativas para a oferta mínima de alimento, tendo assim menos gastos emergenciais no próximo ano”, conclui.
32
Dias melhores virão? Na opinião do especialista em
O sistema incrementa a produtividade em torno de 30%”, argumenta.
gestão ambiental, o engenheiro
O engenheiro, especializado tam-
agrônomo José Sidney da Silva, o
bém em Fitotecnia (técnica de estudo
setor agropecuário deve se pre-
das plantas), afirma que a irrigação
parar sempre para o “pior cenário
pode ser ampliada, juntamente com a
possível”, a partir de agora. Segun-
agricultura de precisão, para viabilizar
do ele, a redução das chuvas e a
mais produtividade no campo. Entre
elevação das temperaturas fazem
as tecnologias disponíveis no merca-
parte das mudanças climáticas
do, ele cita sistemas inteligentes de
mundiais que vieram para ficar, por
irrigação e de adubação, que mini-
causa do aumento da poluição e
mizam a perda de água e permitem
de outras interferências ambientais,
a hidratação e fertilização do solo de
como o desmatamento da Amazô-
forma localizada, conforme a necessi-
nia.
dade de ponto da lavoura.
Para se adaptar à nova reali-
“Hoje o custo inicial é alto para a
dade, o profissional acredita que a
implantação desse sistema. Um des-
aposta deve ser a modernização
ses pivôs de irrigação custa em torno
dos equipamentos e dos métodos
de R$ 500 mil, para se ter uma noção.
utilizados no campo. “Da área to-
Então, precisamos de políticas públi-
tal de produção de alimentos, por
cas para permitir o acesso de todos
exemplo, apenas 8% é irrigada
a essa ferramenta, mas também da
atualmente. Isso é muito pouco. Te-
abertura dos produtores em moder-
mos potencial para chegar a 20%.
nizar o setor”, pondera.
Foto/Fábio Fatori
Impactos no canaviais Em função da estiagem prolongada, dez usinas já encerraram a safra 2014/2015 na região Centro-Sul, devido à menor oferta de matéria-prima este ano. No mesmo período do ano passado, apenas duas foram atingidas. Os dados foram divulgados em relatório da União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica). Conforme o levantamento, o volume de cana-de-açúcar processado por usinas da região Centro-Sul na segunda metade de setembro de 2014 foi o menor registrado nas últimas quatro safras no mesmo período. A moagem no intervalo deste ano somou 28,82 milhões de toneladas, por causa da seca, apresentando um recuo de 15,40% sobre o valor observado no respectivo momento de 2013 (34,07 milhões de toneladas). No acumulado mensal, a moagem caiu 10,90% em setembro, comparativamente ao mesmo mês do ano passado. A produtividade agrícola diminuiu em torno de 9% nos canaviais colhidos na região Centro-Sul, em setembro, comparado ao mesmo mês do ano passado, segundo números preliminares do Centro de Tecnologia CanavieiFoto/canalagricola.com.br
Foto/portalmtz.com
ro (CTC). No estado de São Paulo, esta quebra agrícola mensal supera 15%. No acumulado desde o início da atual safra até 1º de outubro, o volume processado de cana-de-açúcar alcançou 441,54 milhões de toneladas, praticamente a mesma quantidade verificada em igual data de 2013 (442,61 milhões de toneladas).
33
a
elitte rural
34
Terra
a
A visão de especialistas do agronegócio brasileiro sobre variados assuntos está em pauta. Nesta edição, a “Elitte Rural” traz os impactos da reeleição da presidente Dilma Rousseff na visão de diferentes representantes de entidades classistas e, ainda, uma análise sobre a atuação do Congresso Nacional. Você confere também a relação dos pecuaristas e agricultores com o meio ambiente e os novos investidores da pecuária, em especial no universo do Nelore PO. Agradecemos sua companhia!
35
elitte rural
O resultado das eleições para presidente e o agronegócio A “Elitte Rural” conversou com importantes representantes classistas do agronegócio brasileiro para informar ao leitor da revista qual o posicionamento deles diante da reeleição da presidente Dilma Rousseff, integrante do PT. A análise compreende as expectativas e um balanço do que foi feito e o que falta para o homem do campo Luiz Claudio Paranhos ELITTE RURAL - O que a entidade es-
ELITTE RURAL - Qual o balanço do
pera deste governo para o setor?
governo anterior?
ABCZ - O Brasil é líder global em várias
ABCZ - A ampliação da oferta de crédito
atividades, como carnes, soja, laranja,
rural foi um ponto positivo. O problema é
café, açúcar. Nossos produtos chegam
que o acesso ao crédito continua buro-
a mais de 200 países. Este é o agrone-
crático, além de ser bem mais limitado no
gócio brasileiro, um gigante que trabalha
caso de recursos destinados à pecuária
em silêncio, movimenta mais de R$ 1,5
leiteira. Ainda há um alto custo opera-
trilhão por ano e vem salvando a balan-
cional, com exigência de certidões em
ça comercial nos últimos tempos. No en-
papel e fiscalizações sem efetividade. Os
tanto, esses impressionantes indicadores
riscos e as incertezas da produção agro-
econômicos do campo nunca se transfor-
pecuária, em especial a volatilidade, têm
maram na representatividade que o se-
sido assumidos quase que integralmen-
tor merece. Historicamente, o agronegó-
te pelos produtores rurais. Nesses últi-
cio tende a ficar à margem da sociedade
mos quatro anos, tivemos que continuar
urbana. O produtor é conhecido nos
convivendo com velhos problemas que
grandes centros, invariavelmente de for-
impedem um crescimento ainda maior
ma pejorativa, como latifundiário ou ru-
do setor, como falta de infraestrutura e
ralista, mesmo que sua função principal
insegurança jurídica. Além disso, tivemos
seja a nobre atividade da produção de
um Ministério da Agricultura sem voz
alimentos. Esperamos que, em seu se-
ativa no governo, completamente des-
gundo mandato, a presidente Dilma dê
proporcional à importância do setor para
ao campo nem mais nem menos, mas a
a nossa economia, para o equilíbrio das
atenção que o agronegócio merece.
contas públicas.
36
Foto/Rúbio Marra
presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu
ELITTE RURAL - Indique o maior gargalo do agronegócio. ABCZ - O setor sofre com problemas de logística e infraestrutura, que se traduzem em maiores custos aos produtores por não conseguirem escoar rios geram insegurança jurídica, o que desestimula novos investimentos. Uma legislação trabalhista que desconhece as reais necessidades do serviço no campo trava ainda mais o setor, além da falta de mão de obra qualificada.
Antônio Mello
Foto/Raul Monteiro
facilmente a produção. Conflitos agrá-
presidente da Sociedade Nacional de Agricultura ELITTE RURAL - O que a entidade
alguma, é a falta de uma grande lide-
espera deste governo para o
rança política, de respeito e reconheci-
setor?
SNA - Considero que a política do go-
mento inquestionáveis, à frente de um
SNA - Esperamos que os planos
verno Dilma Roussef f foi positiva para
Ministério forte, prestigiado e com orça-
safra sejam plurianuais, proporcio-
o agronegócio. Os sucessivos planos
mento compatível com seus desafios.
nando ao homem do campo a pos-
safra da agricultura e pecuária, bem
siblidade de planejar suas atividades
como da agricultura familiar, foram
em um horizonte de tempo mais
adequados. O volume de recursos
longo. Também é preciso reduzir a
cresceu significativamente; algumas
burocracia de uma forma geral, em
linhas de financiamento foram cria-
particular nessa questão do crédito
das e outras, aprimoradas. As taxas
rural. Como mencionei acima, pre-
de juros foram justas. O setor sucroal-
tendemos que o seguro agrícola seja
cooleiro é um caso à par te. Por conta
ampliado e aprimorado. Esperamos
de uma equivocada política anti-infla-
maior empenho e agressividade do
cionária, os preços dos combustíveis
governo em relação à nossa política
ficaram represados, fato que preju-
comercial externa. Precisamos am-
dicou muito todo o setor sucroalcoo-
pliar e construir novos acordos co-
leiro, que passa por uma crise sem
merciais, enfatizando a promoção
precedentes. Outro aspecto positivo,
comercial de nossos produtos em
que deve ser lembrado, foi a apro-
mercados prioritários. Neste caso, é
vação do Código Florestal durante o
impor tante e saudável proporcionar
atual Governo, após diversos em-
incentivos à agregação de valor aos
bates no Congresso e a mobilização
nossos produtos de origem agrope-
de produtores e dos denominados
cuária. Conquistar novos mercados
“ambientalistas”. O resultado final foi
e aumentar a expor tação de produ-
positivo. A implantação do Cadastro
tos com valor agregado.
Ambiental Rural levará alguns anos,
Foto/Maurício Faria
Mas o maior dos gargalos, sem dúvida
mas será, no futuro, um impor tantísELITTE RURAL - Qual o balanço
simo instrumento de controle do uso
do governo anterior?
de nosso território. Demonstraremos,
37
elitte rural em bases inequívocas, que o Brasil é campeão em produção e sustentabilidade. O principal problema do atual governo tem sido a condução da política econômica e fiscal. O descontrole no crescimento dos gastos públicos e a deterioração dos demais indicadores macroeconômicos mostram a necessidade urgente de ajustes. Todos sabemos que 2015 será um ano muito difícil. ELITTE RURAL - Indique o maior gargalo do agronegócio. SNA - O maior gargalo do agroneFoto/Aprosoja
gócio é, sem dúvida alguma, o problema da infraestrutura, que não tem solução rápida. São necessários investimentos de vulto durante muitos e muitos anos para recuperar
Almir Dalpasquale
o tempo perdido. Alguma coisa tem
presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja
sido feita, mas é preciso fazer muito mais. Necessitamos dar um “choque” de infraestrutura no Brasil. O agronegócio perde muito dinheiro com a inadequação de nosso sistema de armazenagem, transpor te e exportação dos produtos de origem agropecuária. Outro problema impor tante do setor é a falta de um sistema de seguros adequado à dimensão e impor tância do agronegócio. Hoje, menos de 10% da área plantada é segurada. O produtor, além de cuidar de seu empreendimento, com todas as dificuldades que lhes são inerentes, tais como a adoção de tecnologias avançadas, a variação de custos de produção, a flutuação nos mercados de commodities e de câmbio, ainda assume os riscos climáticos, de pragas e doenças, que estão fora de seu controle.
38
ELITTE RURAL - O que a entidade es-
APROSOJA - Bom, pois atendeu o setor
pera deste governo para o setor?
de maneira exemplar em relação aos
APROSOJA - Que dê continuidade aos
governos anteriores, tais como financia-
processos hoje existentes e respeite o
mentos, investimentos etc.
direito de propriedade dos produtores rurais.
ELITTE RURAL - Indique o maior gargalo do agronegócio.
ELITTE RURAL - Qual o balanço do
APROSOJA - Logística e direito de pro-
governo anterior?
priedade.
presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar
Foto/Unica
Elizabeth Farina ELITTE RURAL - O que a entidade
desses trabalhadores que viram mudar
espera deste governo para o se-
muito seu ambiente de trabalho, pas-
tor?
sando de colheita manual para colhei-
UNICA - Nesse novo mandato, a
ta mecanizada. Nosso setor tem con-
presidente Dilma, logo depois que
tribuído, inclusive, com a questão da
recebeu a notícia da reeleição, fez
energia elétrica por meio da energia de
ELITTE RURAL - Indique o maior gar-
um pronunciamento que nos deixou
biomassa. A Presidente mencionou um
galo do agronegócio.
bastante satisfeitos, de que ela seria
apoio ao setor industrial do qual nós
UNICA - Focalizando o setor sucroener-
uma presidente do diálogo. Esse diá-
fazemos parte e, certamente, temos
gético, foi a falta de definição de regras
logo direto com a Presidente será um
a convicção de que uma política clara
persistentes que iluminassem o cami-
elemento importante para que o setor
pode gerar um ambiente favorável e
nho dos investimentos do empresaria-
supere suas dificuldades. Não houve
um investimento em que todo mundo
do neste setor. O setor sucroenergético
esse contato direto, embora muitos en-
tem a ganhar – o setor, o consumidor, o
já vinha passando por um momento
contros e uma boa interlocução com
próprio governo – com a nossa balan-
difícil, desde 2008 e 2009, com a cri-
os ministérios tenham acontecido. Ela
ça comercial. É isso que eu espero que
se financeira internacional, que pegou
também mencionou que será a Pre-
aconteça nesse novo mandato.
esse setor bastante alavancado. Digo
sidente da mudança e, nesse sentido,
alavancado pela resposta às neces-
por meio do diálogo, a gente tem cer-
ELITTE RURAL - Qual o balanço do
sidades de investimento para atender
teza de que vamos mostrar a ela como
governo anterior?
à demanda da nova frota de carros
o setor sucroenergético pode contribuir
UNICA - Eu diria que o primeiro manda-
flex e, também, pelos incentivos ver-
para o desenvolvimento do país, de
to da presidente Dilma não foi muito fa-
balizados pelo então presidente Lula.
uma maneira, inclusive, mais igualitá-
vorável ou foi muito pouco favorável ao
Mesmo assim, teve dificuldades, en-
ria, à medida que gera empregos dis-
desenvolvimento do setor sucroenergé-
tão, com o momento da crise financei-
seminados pelo território brasileiro. O
tico. Certamente, houve um incentivo ao
ra internacional. Parece-me que isso
setor contribui não só com a balança
consumo de combustíveis fósseis, em
está na base do maior gargalo, que
comercial e a geração de empregos,
detrimento dos combustíveis renováveis,
acaba persistindo ao longo de todo o
mas também com o meio ambien-
por meio da política de preço e por meio
mandato da presidente Dilma, em de-
te, seja na redução de emissões de
da desoneração tributária. Isso causou
corrência da própria estratégia do go-
gases de efeito estufa, seja na pre-
sérios problemas de rendimento para o
verno para enfrentar a crise financeira,
servação de nascentes, seja nos in-
setor sucroenergético e, portanto, para
em especial, na busca de controle da
vestimentos na qualificação de mão
suas necessidades de investimento.
inflação por meio da administração de
de obra. Investimos na transformação
Nosso balanço não é positivo.
preços, como o preço da gasolina.
39
Foto/EBC
elitte rural
O campo e a política
Q
uando tudo vai mal na
mentos. Foi o que aconteceu com
deputados membros da FPA foram
economia, os gover-
o secretário de Política Econômica
reeleitos e há mais 124 novos com
nantes apelam para
do Ministério da Fazenda, Márcio
afinidade com o agronegócio e,
mostrar os números do
Holland. Ele sugeriu que os brasi-
por isso, também podem integrar
agronegócio que seguram a onda
leiros consumissem mais ovos e
a Frente. Claro que, mais uma vez,
da balança comercial. A roça está
frango, deixando a carne vermelha
vão depender das ar ticulações.
totalmente ligada à política. O ho-
de lado.
Essa turma toda precisa agir rápi-
mem do campo não veste terno
Este foi um ano totalmente atí-
do: pressionar desde o começo do
e gravata, mas os números estão
pico, mas for temente movimenta-
novo governo, conquistar espaço
sempre na boca dos políticos. Às
do nos bastidores de Brasília. A
nos debates sobre infraestrutura
vezes, eles falam bobagem, prin-
frente Parlamentar da Agropecuá-
no Brasil e recursos para a comer-
cipalmente quando o assunto é
ria (FPA) já contabiliza como vão
cialização da safra. É como dizem,
inflação impulsionada pelos ali-
ficar os quadros em 2015. Os 139
o preço da soja sobe de escada e
40
desce de elevador, já os custos so-
pedindo suplemento orçamen-
51 usinas e a redução da capaci-
bem de elevador e descem de es-
tário para totalizar os recursos. A
dade de moagem em 48 milhões
cada. Por isso, a conta nunca fecha.
mensagem, então, foi publicada
de toneladas. Hoje, o setor segue
E o descaso das promessas
no “Diário Oficial” e, depois, lida
em crise, com preços baixos de
sem dinheiro no caixa? Em todo
no Congresso. Aí, vem a votação
açúcar e de etanol. É uma eterna
anúncio de safra, o governo pro-
para aprovar o projeto de lei no
queda de braço, uma política to-
mete dinheiro suficiente para ope-
Executivo e a novela só acaba
talmente equivocada do governo,
rar o seguro rural, por exemplo. Este
quando o Tesouro libera o dinhei-
que inter vém no preço da gaso-
ano, prometeram R$700 milhões e
ro. Mais uma vez, vai ficar para o
lina. Todos os economistas apon-
chegaram R$400 milhões. Os ou-
mês de dezembro.
tam que a única saída é atrelar
tros R$300 milhões dependem da
Todos os setores do agronegó-
etanol e gasolina no mercado in-
pressão política... Haja paciência!
cio estão atrelados à política. A
ternacional e deixar o livre comér-
Primeiro, a presidente enviou men-
produção de etanol, por exemplo,
cio. Tudo se acomoda, tanto para
sagem para o Congresso Nacional,
registrou em seis safras perda de
quem produz como para quem consome. Política café com leite, pão, ovos, frango, bife e – pra movimentar o carro – vai etanol. Na sopa de letrinhas dos par tidos, o que o produtor rural precisa é menos inter ferência, mais apoio e valorização de quem realmente movimenta este país.
Marcelo Lara
é jornalista desde 1992, repórter oficial do “Canal Rural”, em Brasília. Já fez reportagens na França, Bolívia, Canadá e nos Estados Unidos e ganhou três prêmios de jornalismo: CNA, em Brasília (2002), com a reportagem Protecionismo, sobre os subsídios em agronegócio nos Estados Unidos; Massey Ferguson (2003), com Agricultura familiar, e Embrapa (2005), com Brasil livre de aftosa, uma luta de todos.
41
Foto/PSDB
elitte rural
O meio ambiente e o agronegócio: uma relação necessária
E
m tempos de eleições,
O agronegócio depende de
de seu processo produtivo deve
propostas e mais propos-
uma eficaz e eficiente política am-
ser aliada à análise e à conformi-
tas foram desenhadas em
biental. Na verdade, o desenvol-
dade com as normas ambientais
relação
desenvolvi-
vimento do agronegócio deve se
aplicáveis ao seu negócio para
mento sustentável, às quais pas-
pautar em obser var e implementar
que a incorporação da variável
saram longe dos efetivos debates
as leis que regem e protegem o
ambiental sur ta efeitos práticos
democráticos empreendidos entre
nosso meio ambiente (texto consti-
positivos”, salienta Ana Luci Grizzi,
os nobres candidatos à Presidên-
tucional e leis infraconstitucionais).
no livro “Direito ambiental aplicado
cia do nosso país. Encerradas
Ressalte-se a impor tância de
as eleições, caro leitor, torçamos
se considerarem as várias e va-
Os empreendedores, ao reali-
para que o candidato vencedor
riadas variáveis ambientais (ex-
zarem os seus negócios, devem
(independentemente de qual par-
pressão utilizada por Ana Luci
ter o cuidado e a consciência de
tido for) tenha os olhos voltados
Grizzi) quando da realização de
que as normas inerentes à pro-
ao nosso crescimento quantitati-
negócios (por exemplo, nos con-
teção de nosso meio ambiente
vo e, sobretudo, qualitativo com
tratos agrários). “Não basta que o
deverão nor tear as condições da
base numa política ambiental
empreendedor internalize as ex-
negociação
que, realmente, possa atender
ternalidades ambientais negativas
exemplo: obser vância à Legisla-
aos anseios da nossa sociedade,
sem que ele também minimize os
ção Florestal vigente – áreas de
com respeito e defesa dos nossos
riscos jurídico-ambientais ineren-
reser vas legais (RLs), áreas de
recursos ambientais finitos.
tes ao seu negócio. A otimização
proteção permanente (APPs); ob-
42
ao
aos contratos”.
empreendida
(por
ser vância à legislação per tinente
financiamento. Vemos, assim,
aos recursos hídricos; obser vân-
que o termo agronegócio é de-
cia à legislação referente à Polí-
lineado pelo que chamamos de
tica Nacional de Resíduos Sólidos,
complexo agroindustrial, ou con-
e todas elas voltadas à obser vân-
junto geral das cadeias agroin-
cia do texto constitucional).
dustriais, consideradas todas as
Diante disso, pode-se concluir
empresas que produzem, pro-
que há falas em relação neces-
cessam e distribuem produtos
sária entre o meio ambiente e
agropecuários”.
o agronegócio. Para se ter uma
Ademais, é de suma impor-
pequena, mas impor tante ideia
tância, também, a valorização
do que seja o agronegócio, so-
dos aspectos econômicos e so-
corremo-nos à lição de Renato
ciais, já que o desenvolvimento
Buranello, no Manual do direito do
sustentável não se resume ape-
agronegócio: “Nesse sentido, tra-
nas e tão somente aos aspec-
mitou projeto de lei de iniciativa do
tos ambientais. Faz-se importante
Senado Federal, de n.º 325/2006,
destacar que a relação necessária
que dispunha sobre o Estatuto do
entre o meio ambiente e o agro-
Produtor e definia, em seu Ar tigo
negócio depende, ainda, de segu-
2º, o agronegócio como ‘o con-
rança jurídica, ou seja, como afir-
junto global de operações de pro-
mamos em outra oportunidade,
dução e distribuição de suprimen-
é imprescindível todos exigirem
tos agrícolas; das operações de
resposta adequada em relação
produção nas unidades agrícolas
aos questionamentos que pairam
e itens produzidos a par tir deles,
ainda sobre a Legislação Florestal
incluindo os ser viços de apoio’.
vigente, denominado Novo “Códi-
Podemos definir, então, o agrone-
go” Florestal, os quais dependem
gócio como o conjunto organizado
de um posicionamento firme do
de atividades econômicas que
Supremo Tribunal Federal.
envolvem todas as etapas com-
A exigida segurança jurídica
preendidas entre o fornecimento
equivale, sem sombra de dúvi-
dos insumos para produção até
das, à segurança dos empreen-
a distribuição para consumo final
dimentos, investimentos etc.
de produtos, subprodutos e resí-
Então, façamos a nossa par-
duos de valor econômico relati-
te, para que as nossas riquezas
vo a alimentos, fibras naturais e
ambientais não se transformem
bioenergia, também compreendi-
em obstáculo ao efetivo desen-
das as bolsas de mercadorias e
volvimento sustentável tão ne-
futuros e as formas próprias de
cessário ao agronegócio.
Bruno Campos Silva Advogado em Minas Gerais e Brasília. Concluiu curso de capacitação em Cadastro Ambiental Rural. Especialista em Mercado de Carbono pela Proenco-SP. Diretor Adjunto do Departamento de Direito Ambiental do Instituto dos Advogados de Minas Gerais – IAMG. Presidente da Comissão de Direito Ambiental da 14ª Subseção da OAB-MG. Membro da Associação dos Professores de Direito Ambiental do Brasil – APRODAB. Membro da Deutsch-Brasilianische Juristenvereinigung. Membro da Comissão de Sustentabilidade do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC-SP. Membro do Conselho Editorial da Revista Internacional REID do IEDC. Membro do Conselho Editorial da Revista Fórum de Direito Urbano e Ambiental - FDUA. Membro do Conselho Editorial da Revista Magister de Direito Ambiental e Urbanístico. Membro do Conselho Editorial da Revista Brasileira de Direito do Agronegócio – RBDAgro. Diretor Jurídico da Revista Elitte Rural. Coordenador e coautor de obras coletivas nas áreas do Direito Ambiental e Urbanístico. Membro do Instituto Brasileiro de Advocacia Pública – IBAP. Especialista em Direito Processual Civil pelo CEU-SP. Professor de Direito Processual Civil do Centro de Ensino Superior de São Gotardo-MG (CESG). Membro do Instituto Brasileiro de Direito Processual – IBDP. Membro da Academia Brasileira de Direito Processual Civil. Membro do Conselho Editorial da Revista Magister de Direito Civil e Processual Civil. Membro do Conselho de Redação da Revista Brasileira de Direito Processual – RBDPro. Coautor de obras coletivas na área do Direito Processual Civil. Sócio fundador do escritório “Bruno Campos Silva Advocacia”. Membro do Instituto dos Advogados de Minas Gerais – IAMG.
43
Foto/ZZn Peres
elitte rural
2014 atrai novos investidores para o Nelore de elite
N
o ano de 2014, observa-
no sentido de trabalhar os animais
Observamos que um leque des-
mos que novos investido-
para esses investidores, afinal, eles
ses novos investidores se abre, fa-
res foram atraídos para
não possuem a propriedade e, con-
zendo com que o nosso mercado
a pecuária. Seja pelo
sequentemente, nem têm manejo
corra de forma mais atrativa e inteli-
número de leilões exibidos na televi-
ideal. Isso é muito saudável para o
gente na hora da venda de animais.
são, pela amizade com os criadores
mercado, porque é mais um cliente,
Agora, o importante nesse contexto
e com assessores, parece que tudo
mais um comprador que nós temos.
é que esses novos investidores se-
isso fez com que empresários e ou-
Pode-se usar exemplos, como
jam bem orientados nas compras.
tras pessoas ligadas indiretamente
Eros Carraro, que tem parceria com
Eles precisam estar por dentro de
ao meio pecuário acreditassem no
a Fazenda Sabiá e com a Guadalu-
como funciona o mercado, inclusive,
Nelore de elite, no Nelore de baia e
pe. Ele é um criador novo, um inves-
sobre o prazo que se leva para a
no Nelore puro. Normalmente, são
tidor novo que aposta na raça, mas
comercialização. Geralmente, eles
atraídos pelo meio, mas por não
não tem fazenda adequada para a
adquirem a prenhez, mas desco-
terem fazenda, não terem como
criação de Nelore PO, o Nelore de
nhecem o prazo de gestação, o
trabalhar esses animais, investir em
elite. Outro caso é o Carlos Sales
prazo de criação do bezerro, até
aquisições de prenhezes e parcerias
Trindade, que possui vários animais
que o animal possa estrear em
com criadores donos de criatórios
em parceria com o Nelore Giberto-
pista. Eles devem estar orientados
renomados. Aliás, os criadores da
ni, com o Cássio Lucente (Nelore 2L),
também para o fato de que existe o
raça Nelore são muito cuidadosos,
com a Agropecuária Mafra.
momento certo de comercializar os
44
exemplares. Essa orientação deve
preender como se deve fazer essas
São Paulo. Se for um criador investi-
ser feita por assessores de leilão,
parcerias. Há uma forma específi-
dor do Rio de Janeiro, vamos indicar
por empresas de assessorias ou
ca, uma porcentagem para cuidar
os criadores de lá, do próprio estado.
por criadores, mas essa orientação
desses animais, das prenhezes, até
Essa empatia é muito importante para
é extremamente importante. A gente
o momento da comercialização. Te-
qualquer tipo de parceria.
cativa, orienta e cuida desses novos
mos vários plantéis que trabalham
A propriedade é o último ponto
investidores para que eles enten-
com parcerias: Monte Verde, Agro-
a se discutir com esses novos inves-
dam o formato deste segmento di-
pecuária Mafra entre outros.
tidores. Indicamos, primeiro, que eles
ferenciado, que é o Nelore de elite.
Os criadores devem abrir a
façam um trabalho de reconhecimen-
A gente sugere que eles procu-
mente para isso, pois é um mer-
to do mercado, do negócio em si, do
rem uma assessoria, técnicos conhe-
cado que está cada dia crescendo
prazo que se leva para comercializar,
cedores do mercado, antes de inves-
mais, atraindo mais gente. Esses
das pessoas com quem irão relacio-
tir, principalmente na compra, porque
novos investidores só vão investir
nar-se, para só depois, se realmente
são investimentos altos e, sem orien-
se indicarmos pecuaristas renoma-
pegarem gosto, podermos direcioná
tação, o prejuízo pode acontecer. Na
dos, dispostos a fechar parcerias
-los para uma possível compra de área,
função de técnicos, na função co-
boas para todos.
para que eles se tornem criadores de
mercial de assessoria – no caso, falo
Nós defendemos que a escolha
gado, criadores da raça Nelore. Temos
em nome da Premier –, temos vários
acontece pela empatia e, às vezes,
o caso do Kaká Empreendimentos, da
clientes dessa modalidade com os
pelo nome dos criadores que es-
região metropolitana de Belo Horizonte.
quais fazemos todo esse trabalho
tão vendendo. Para isso, tomamos
Ele gostou, começou a investir e, agora,
de compra e orientação, para que
alguns cuidados, como, por exem-
já está olhando para comprar fazenda e
esses novos investidores se tornem
plo: um novo investidor do esta-
se tornar criador. Temos também o José
novos criadores, novos pecuaristas
do de São Paulo, obviamente, vai
Adauto Reis, do Nelore Rezz de Ouro,
do segmento Nelore de elite.
querer ver os animais, ir à fazenda,
que investiu e acabou montando sua
então, indicamos os criatórios de
estrutura na fazenda.
Para investir, é necessário com-
Mas, também, temos casos de investidores que continuam como investidores, pois não têm interesse em se tornarem criadores. Eles querem apenas ter a parceria, gostam do ambiente de leilão, do ambiente de exposições, mas não possuem o feeling, não têm o dom de fazenda para criar; entretanto, continuam a garantir seus lucros nas parcerias.
Ademir Jovanini Augusto Filho é zootecnista e jurado do corpo de colegiado da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), sócio -proprietário da Premier Assessoria Pecuária, fundada em 2011.
45
46
elitte rural
As personalidades do agronegócio respondem às questões de ordem prática e da vida pessoal, mostrando os caminhos que os levaram ao sucesso. Nesta edição de número 6, trazemos dois olhares: a visão de um criador que se dividiu entre o universo jurídico e os desafios na criação e agora se dedica inteiramente ao melhoramento genético do Nelore e você confere a visão crítica de quem assessora e avalia o esforço dos pecuaristas nas pistas de julgamento. Conheça as trajetórias de Cícero de Souza, do Nelore 42, e de Luís Humberto Junqueira.
47
Foto/ZZn Peres
elitte rural
48
O olhar de um jurado O papel desempenhado pela experiência adquirida em anos de carreira
L
uís Humberto Junqueira respi-
mentação de animais, escrituração
janeiro de 1991. Hoje, é a raça com
ra pecuária desde criança. A
zootécnica e recuperação de ani-
que mais trabalho, por ser a mais
infância foi junto ao gado, no
mais sem documentos, bem como
criada no Brasil.
criatório da sua família, em
manejo e preparação de venda de
ELITTE RURAL – COMO SURGIU A
Iturama, no Pontal do Triângulo Mi-
gado zebuíno. Além de assessor,
OPORTUNIDADE DE SE TORNAR AS-
neiro. A propriedade abrigava um
Luís Humber to é jurado na Asso-
SESSOR PECUÁRIO?
rebanho da raça Gir, registrado na
ciação dos Criadores de Nelore do
LUÍS HUMBERTO – No decorrer dos
Associação Brasileira de Criadores
Brasil (ACNB), onde tem a opor tuni-
trabalhos técnicos de registro que
de Zebu (ABCZ). Mesmo durante
dade de mostrar seu instinto nelo-
desenvolvi,
as férias escolares, Luís Humber to
rista e os conhecimentos adquiridos
na ABCZ, foram surgindo criadores
já trabalhava na fazenda da famí-
ao longo de sua carreira.
que precisavam mais do que o sim-
lia, com seus irmãos Luís Sérgio e
enquanto
trabalhava
ples registro de gado. Assim, fui me
Luís Fernando. Assim, o percurso
ELITTE RURAL – COMO FOI SEU PRI-
aperfeiçoando em prestar o serviço
acadêmico e profissional trilhado
MEIRO CONTATO COM O AGRONE-
de assessoria no que diz respeito
no agronegócio veio naturalmente.
GÓCIO E A RAÇA NELORE?
à indicação dos acasalamentos, ao
Após se graduar em Agronomia,
LUÍS HUMBERTO – A raça Nelore en-
manejo, à escolha de animais para
na cidade mineira de Ituiutaba, ini-
trou na minha vida assim que ingres-
exposições e ao seu acompanha-
ciou sua estadia na ABCZ, enquan-
sei na ABCZ, como estagiário, em
mento. Hoje, além do conhecimento
to estagiário, em 1991. Em abril do
em genealogia e morfologia, temos
mesmo ano, foi contratado como
grandes programas de melhora-
ocupou até 2002. Depois desse período, graças à experiência e aos conhecimentos adquiridos, Luís Humber to tornou-se técnico autônomo, desenvolvendo ser viços de registro e assessoria pecuária. Fazendo uso de seu espírito empreendedor, fundou a sua empresa, Junqueira Assessoria Pecuária e Comércio, que presta ser viços de melhoramento genético, docu-
“Um bom jurado não se deixa levar por pressões externas e sempre se concentra em fazer um melhoramento diferenciado nas pistas
‘‘
técnico em genealogia, cargo que
mento genético imprescindíveis para qualquer rebanho. Um exemplo é o Programa de Melhoramento Genético dos Zebuínos (PMGZ), que é utilizado em todas as fazendas em que aplico melhoramentos. ELITTE RURAL – DE LÁ PRA CÁ, COM CERTEZA, NÃO FOI UM PULO PARA SE TORNAR UM JURADO DA ACNB. QUAL O DIFERENCIAL PARA SE SOBRESSAIR NESTE MERCADO?
49
elitte rural
LUÍS HUMBERTO – Eu sempre digo
jurado teve no decorrer do processo.
que é preciso seriedade e idoneida-
ELITTE RURAL – COMO VOCÊ AVALIA O CENÁRIO PARA O NELORE NO
de em qualquer trabalho. Um bom
ELITTE RURAL – QUAL ANIMAL PRA
BRASIL, COM A CHEGADA DE NOVAS
jurado não se deixa levar por pres-
VOCÊ É INESQUECÍVEL EM TERMOS
RAÇAS, EM ESPECIAL FORA DA CA-
sões externas e sempre se concen-
DE CARACTERÍSTICAS RACIAIS?
DEIA DOS ZEBUÍNOS?
tra em fazer um melhoramento dife-
LUÍS HUMBERTO JUNQUEIRA – A Be-
LUÍS HUMBERTO – A meu ver, todas
renciado nas pistas.
tina da Sabiá é inesquecível. Não se
as raças têm suas particularidades e
trata apenas da perfeição do animal
essa variedade é saudável. No en-
ELITTE RURAL - VOCÊ É DAQUELES
individual. Ela contribuiu de uma for-
tanto, o Nelore sempre vai ser a raça
QUE CONHECEM UM BOM ANIMAL
ma muito importante para o aperfei-
em que os cruzamentos apresentam
SÓ DE OLHAR OU PREFERE NÃO SE
çoamento da raça Nelore.
o melhor resultado. É esse diferencial
ARRISCAR?
torna o diferencial do bom profissional. Após 35 anos trabalhando com Nelore, sou capaz de indicar apenas com um olhar qual é o melhor animal fenotipicamente, ou seja, com as melhores características físicas. Mesmo assim, é impossível saber os antecedentes do animal apenas olhando para ele. Sua genética, seu comportamento, histórico, tudo isso é importante na hora de avaliar e apreciar um espécime. E esse processo requer uma observação mais aprofundada, mais prolongada.
Foto/ZZn Peres
como esse é que a experiência se
“Quando se trabalha com precocidade, o resultado vem mais rápido e, assim, a produtividade como um todo aumenta
‘‘
LUÍS HUMBERTO – Em momentos
que destaca a raça e explica o seu sucesso. Quando me perguntam qual o melhor cruzamento para uma vacada comercial, respondo logo: o melhor cruzamento é com Nelore melhorado, registrado e avaliado pela ABCZ. ELITTE RURAL – QUAL O SEU CONSELHO PARA OS NOVOS PECUARISTAS: ELITE, CARNE OU LEITE? PRECOCIDADE OU PRODUTIVIDADE? LUÍS HUMBERTO – No rebanho de elite, em seu grupo contemporâneo, são escolhidos os melhores animais para ser tratados em cocheiras e com manejo diferenciado. Assim sendo,
ELITTE RURAL – O CONTATO COM O
esses animais serão julgados e os
PECUARISTA DA FAMÍLIA NELORISTA
campeões serão possivelmente os
É UM COMBUSTÍVEL, CERTAMENTE,
raçadores e melhoradores. Por outro
MAS COMO MANTER UMA RELA-
lado, carne e leite são imprescindíveis
ÇÃO HARMÔNICA QUANDO SE É
para a alimentação da humanidade.
JURADO?
As duas linhas têm que ser bem
LUÍS HUMBERTO – A sinceridade e a
trabalhadas para se obter a melhor
correção são essenciais para se ob-
produtividade. E isso só se consegue
ter e manter esse equilíbrio. O julga-
com melhoramento genético bem
mento precisa ser sincero, honesto,
feito. Quando se trabalha com preco-
sem ponderações impertinentes ou
cidade, o resultado vem mais rápido
inventadas. O importante é transmitir
e, assim, a produtividade como um
na íntegra todas as impressões que o
todo aumenta.
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51
Foto/Rubens Ferreira
elitte rural
52
Cícero de Souza, o nome forte à frente do Nelore 42 Cícero Antonio de Souza define-se como um apaixonado pela raça Nelore. ex-presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE/MS), ele nunca perdeu seu vínculo com o agronegócio
U
ma história que ultrapas-
ELITTE RURAL – QUANDO SE INICIOU
para a frente e vi as pessoas, como,
sa gerações e se per-
ESTA PAIXÃO PELO NELORE?
por exemplo, o Orestinho, que foi um
petua na fazenda Serra
CÍCERO DE SOUZA – Eu nasci na fa-
irmão nosso; o Claudio Totó e todos
Dourada,
Campo
zenda e todo mundo que nasce na
aqueles que já mexiam com o Nelo-
Grande (MS). Desde a década de 80,
fazenda acompanha os movimen-
re, e tudo que eu aprendi foi com o
Cícero de Souza investe for te no Ne-
tos dela e vai aprendendo a gostar
incentivo deles.
lore 42, sinônimo de credibilidade,
do gado, das criações que ali são
respeito e amizade no mundo da
mantidas. O Nelore chegou forte ao
ELITTE RURAL – POR QUE O NÚME-
pecuária. Para ele, o sucesso da
Brasil, na década de 70. Eu comecei
RO 42?
seleção de ponta é consequên-
a criar esse gado em 1981 e aprendi
CÍCERO DE SOUZA – Antigamente,
cia de uma alquimia: raça, ração,
a gostar do Nelore, porque é maravi-
não se usavam as iniciais dos no-
relacionamento e amor. Sempre
lhoso, muito produtivo. Recebi o Ne-
mes. Meu pai, por exemplo, tinha a
acompanhado da esposa, Lívia, e
lore como uma dádiva. É algo muito
marca 10, mas lá em casa somos
dos filhos Leda e Rodrigo, realiza
especial para quem gosta de criar,
três irmãos. Então, o meu irmão
remates dos mais bem-sucedidos.
como eu gosto.
mais velho, que nasceu em 40, fi-
em
Parceiro de Zezé di Camargo, do
cou com a marca 40; o do meio,
Nelore É o Amor, ele abre o jogo
ELITTE RURAL – QUAL O INCENTIVO
com a 41, e eu nasci em 44, mas
nesta entrevista à ELITTE RURAL e
RECEBIDO PARA SE TORNAR CRIA-
fiquei com a marca 42. Deu cer to.
fala, inclusive, sobre os cruzamen-
DOR?
Hoje, Graças a Deus, é uma marca
tos com as raças descendentes do
CÍCERO DE SOUZA – É evidente que
for te, que repercute em todo o ter-
bos taurus.
eu me espelhei em alguém. Olhei
ritório nacional.
53
elitte rural
ELITTE RURAL – COMO É FEITO O TRABALHO DE APERFEIÇOAMENTO DO NELORE 42? CÍCERO DE SOUZA – Para o aperfeiçoamento do Nelore, você precisa ter humildade. Ver o que está dando certo e o que não está. Acompanhar os outros criadores, analisar como estão sendo os cruzamentos. Você deve fazer da sua propriedade um set de experiência. O que dá certo você continua, o que não dá certo você descarta. Outra coisa importante é observar seus amigos. É a coisa mais barata no mundo. A partir da experiência dos outros, a gente tenta trazer um pouco pra gente. ELITTE RURAL – O QUE A MARCA SIMBOLIZA PARA O NELORE? CÍCERO DE SOUZA – Simboliza bastante. Nós temos um rebanho bas-
“Eu quero que esta marca sempre simbolize credibilidade, respeito e amizade. Isso é o mais importante para mim
ELITTE RURAL – COM MAIS DE 32 ANOS DE EXPERIÊNCIA E AMOR COM O NELORE, O SENHOR, CERTAMENTE, JÁ PASSOU POR DIVERSOS MOMENTOS DA PECUÁRIA. O QUE
‘‘
O SENHOR ACREDITA SER A CHAVE
não faz um amigo hoje e, amanhã,
que você realiza, leva você ao suces-
já diz que ele é teu amigo. O ami-
so. Você tem que gostar e pôr amor
ELITTE RURAL – NASCIDO E CRIA-
go se faz com o tempo. Como dizia
naquilo que faz, para que você pos-
DO EM CAMPO GRANDE (MS), O
meu finado pai: “Tem que comer
sa se aproximar da perfeição.
SENHOR JÁ DISSE SER APAIXONA-
um saco de sal, junto com você”.
DO PELA VIDA NO CAMPO E PELOS
Essa é uma expressão muito forte,
ELITTE RURAL – QUAL O SEU POSI-
AMIGOS. COMO CONSEGUE CONCI-
mas tem que ser. Ele só é seu ami-
CIONAMENTO SOBRE A RECORREN-
LIAR A VIDA DE CRIADOR E O TEMPO
go se demonstrar amizade. Isso é
TE DISCUSSÃO NO MERCADO EN-
PARA SE DIVERTIR?
muito importante. Um homem sem
VOLVENDO O GADO ELITE VERSUS O
CÍCERO DE SOUZA – Para fazer
amigos não é ninguém na vida. O
GADO DE PRODUÇÃO?
amigos, você precisa ter tempo, de-
homem tem que ter amigos, rela-
CÍCERO DE SOUZA – Algumas coi-
dicação e respeito. O amigo se faz
cionamento e, sobretudo, respeito
sas são bastante distintas. O gado de
no decorrer da própria vida. Você
pelos seus semelhantes.
produção é esse gado mais simples,
tante uniforme e coeso. Essa marca é hoje, para mim, tudo dentro do Nelore, claro, como são também outras marcas. Eu quero que essa marca sempre simbolize credibilidade, respeito e amizade. Isso é o mais importante para mim.
54
DO CRESCIMENTO DO SETOR NELORISTA? CÍCERO DE SOUZA – Primeiro, a humildade. Segundo, a dedicação e o amor. O amor faz tudo. O amor não só no Nelore, mas em qualquer coisa
Foto/Rubens Ferreira
“O amigo se faz com o tempo. Como dizia meu finado pai: ‘Tem comer um saco de sal, junto com você’
‘‘
o gado a campo. Agora, o de elite é exatamente a chave de tudo. Se você não tiver as matrizes, os touros de elite, para que se possa fazer os tourinhos, outras derivações dali ou as fêmeas, para que se possa melhorar o plantel, ficará complicado. Basta você olhar o que nós éramos há 20, 30 anos e o que somos hoje. É nítido o melhoramento genético que tivemos e esse melhoramento existe a partir do Nelore. O Nelore é a base de todo o
meio complicado. Agora, com esse calor que estamos passando, de 42 graus aqui em Campo Grande, isso não é pra qualquer raça, não. O Nelore sempre está preparado para tudo isso. Aceitamos, sim, esses cruzamentos para que possamos melhorar a carcaça, o rendimento e a precocidade, mas a célula master é o Nelore. ELITTE RURAL – DESDE 2004, O SE-
saborosa. Mas será que essa raça é
NHOR REALIZA O LEILÃO CÍCERO DE
a mais produtiva? Ela tem a maior fer-
SOUZA, QUE REÚNE NÃO SÓ A PON-
tilidade? Será que tem a melhor cap-
TA DO NELORE 42, COMO DE OUTROS
tação? São vários pontos que temos
CONVIDADOS. O QUE HÁ DE DIFE-
de somar e enquadrar para verificar
RENTE A CADA EDIÇÃO DO LEILÃO?
qual é o melhor. Eu posso até admitir
CÍCERO DE SOUZA – É a surpresa.
que existe um sabor de qualidade,
Todo ano, você tem uma novidade
mas isso depende de gosto, né?!
e isso é bom. Receber novos ami-
Como o Nelore do Brasil, ninguém
gos, novos adeptos da criação de
nunca não vai ter. Não tenho dúvidas
Nelore faz muito bem pra gente. É
disso. Agora, os cruzamentos das ra-
maravilhoso. Então, nos nossos lei-
ças puras que estão entrando hoje,
lões – já são dez consecutivos –, o
como Senepol, Angus, enfim, todas
importante é a novidade e, sobretu-
essas raças descendentes de bos
do, o encontro de amigos.
taurus, chegam ao Brasil e se adaptam mais nos cruzamentos. As raças
ELITTE RURAL – QUAIS SÃO AS ME-
puras chegam a um ponto que fica
TAS PARA 2015?
gado que temos hoje no Brasil. ExemFoto/ruralbr.com.br
plo disso é o nosso rebanho, que tem mais de 85% de gado Nelore. ELITTE RURAL – COMO O SENHOR ENCARA A CHEGADA DE NOVAS RAÇAS AO BRASIL, EM ESPECIAL, PROMETENDO UMA SUPERIORIDADE EM QUALIDADE DE CARNE? CÍCERO DE SOUZA – Para você escolher uma raça, tem que olhar vários fatores. Você não pode simplesmente falar que esta carne aqui é mais
55
elitte rural
Foto/tce.ms.gov.br
CÍCERO DE SOUZA – A cada ano subsequente, temos uma meta superior. Queremos, a cada ano, uma produção melhor. Isso é o que nos
que eu tenho em sociedade com o Zezé di Camargo; é uma vaca reconhecida em todo o território nacional e que muito nos orgulha. Temos ou-
incentiva, nos estimulando a atingir
tras sim, diversas, mas essas duas
nossos objetivos.
são diferentes.
ELITTE RURAL – POR QUE O SENHOR
ELITTE RURAL – ENTRE SUAS MILHA-
VÊ CAMPO GRANDE COMO A CAPI-
RES DE CABEÇAS PO, EXISTE ALGU-
TAL MUNDIAL DA PECUÁRIA?
MA QUE SEJA SEU XODÓ? POR QUÊ?
CÍCERO DE SOUZA – Veja bem, o
CÍCERO DE SOUZA – O xodó, xodó
Mato Grosso do Sul já foi o primei-
meu, é uma crioula minha. Ela se cha-
ro rebanho bovino do Brasil, com 27
ma Rara, filha da Oasse. Ela é o meu
milhões de cabeças. Hoje, somos o
xodó porque é muito produtiva, man-
quarto. Perdemos para Mato Grosso,
sa, tranquila, tem habilidade materna
para Minas, pela própria bacia leitei-
a capital mundial do Zebu. É sempre
e transmite uma fertilidade impressio-
ra, e para Goiás, que já passa dos 20
essa a minha comparação.
nante e com muita caracterização.
aqui no Mato Grosso do Sul por situa-
ELITTE RURAL – TENDO PARTICIPA-
ELITTE RURAL – O SENHOR ESTÁ EN-
ções econômicas de nossas terras e
DO DOS MAIORES LEILÕES DO PAÍS,
TRE OS MELHORES EXPOSITORES DO
outras atividades, como as plantações
QUAIS FORAM AS AQUISIÇÕES
RANKING. O QUE ISSO REPRESENTA?
de eucalipto, cana, enfim, mas vamos
MAIS MARCANTES PARA O SE-
CÍCERO DE SOUZA – Um estímulo,
voltar. O estado precisa promover no-
NHOR? AQUELAS QUE LHE TROUXE-
porque se nós não estivéssemos me-
vos gerenciamentos e novas gestões
RAM MAIS SUCESSO?
lhorando, com certeza, eles não iriam
para que possamos melhorar essa
CÍCERO DE SOUZA – Todas fazem
nem se lembrar do meu nome e da
quantidade e, sobretudo, a qualidade.
sucesso, mas eu tenho duas vacas
marca 42. Então, precisamos melho-
Campo Grande é a capital mundial da
que me marcaram bastante. Uma foi
rar cada vez mais. Não podemos nos
pecuária porque aqui você vende de
a Oasse, que morreu com seis anos
envaidecer e pensar que já estamos
tudo. Aqui, se você põe gado de elite,
e deixou um legado muito forte den-
no topo. O topo ninguém vai alcançar.
você vende; se põe gado de corte,
tro da minha propriedade; são mais
Na raça ninguém alcança, mas temos
vende. Os leilões de Campo Grande
de 20 filhas dela. A outra é a Marani,
que nos aproximar bastante dele.
milhões. Nós decrescemos um pouco
não podem ser comparados com região ou canto do Brasil. Não estou desfazendo dos demais estados e de outras cidades, mas Campo Grande é uma cidade cheia de vontade da pecuária. Somos, aqui, basicamente agropecuaristas, da lavoura ou da pecuária. Por isso eu disse que Campo Grande está para a pecuária mundial como Uberaba está para 56
“O topo ninguém vai alcançar. Na raça ninguém alcança, mas temos que aproximar bastante dele
‘‘
os demais, realizados em qualquer
ELITTE RURAL – COMO O SENHOR DEFINIRIA O NELORE 42? CÍCERO DE SOUZA – O Nelore 42 é um aprendizado constante. Eu quero sempre estar aprendendo, mas também quero vender genética e qualidade, para que possamos crescer entre amigos e ser bem recebidos em todos os recantos do território brasileiro.
Os principais eventos realizados recentemente no ambiente do agronegócio, incluindo leilões e feiras agropecuárias, são destaque. Fotos e as informações principais de cada evento estão em nossas páginas. Destaque para a 43ª edição Expoinel, que contou com 104 expositores, 12 leilões oficiais da raça Nelore e faturamento de R$19.581.602,84. Os leilões são as celebrações do trabalho realizado em milhares de plantéis distribuídos na imensidão deste Brasil. Faremos um Giro pela 3ª edição do Zagaia Nelo Cup, pela 9ª Expoinel GO, realizada na 51ª Expoag. Venha com a gente! 57
elitte rural
300 plantas, com valores variando entre R$500 e R$50 mil. Nas batidas de martelo, as cifras também chamaram a atenção. Ao todo, foram 12 leilões oficiais da raça Nelore, com faturamento total de R$19.581.602,84 e a comercialização de 893 lotes. A média por lote vendido ficou em torno de R$21.927,88. Em comparação à edição anterior, a Expoinel teve uma queda no número de eventos, com alta de ofer ta e queda de mais de R$3 milhões de faturamento, perdendo dois leilões, um de Cavalo Manga -larga Marchador e outro de Gir e Girolando. Em 2013, os 12 pregões de Nelore negociaram 747 lotes por R$22,833 milhões, com a média de R$30.524. Não foram realizados neste ano os remates Linhagem Favacho, Lírio do Vale, Qualidade Futurity e Terras de Kubera, que, juntos, movimentaram R$4,1 milhões. “Estamos satisfeitos com os resultados da 43ª Expoinel e com toda a par te referente à exposição, desde o início até os desfiles e o Grande Campeonato, mas não só
43ª edição Expoinel dá show em Uberaba
A
com a par te dentro da pista e dos leilões, como também com as relações, as conversas feitas durante o evento, parcerias e a troca de experiências. Ficamos muito felizes com
capital do Zebu recebeu
re Mocho, com a premiação dos
os grandes campeonatos. Os juízes
942 animais da raça Ne-
Grandes Campeões, aconteceram
julgaram com muito bom senso, de
lore, sendo 851 Nelores
os leilões oficiais, atividades para
uma forma muito equilibrada, e os
e 91 Nelores Mochos,
crianças, convenção nacional das
prêmios foram merecidos”, enfa-
de 104 expositores, em sua 43ª
associações Nelore, a 10ª edição
tizou o presidente da Associação
edição, no mês de setembro. Além
da Expobrahman e até uma Mostra
dos Criadores de Nelore do Brasil
dos julgamentos do Nelore e Nelo-
de Orquídeas de Elite, com cerca de
(ACNB), Pedro Gustavo Novis.
58
Os campeões No julgamento Nelore, o Grande Campeão foi o Kayak TE Mafra, capa da 3ª edição da Revista “Elitte Rural”. Considerado o Melhor Macho Jovem do ranking atual da ACNB, Kayak TE Mafra é um touro moderno, com características desejadas no Nelore, que agrega estrutura, possuindo musculatura, aprumos e outras
Fotos/ Zzn Peres
características importantes, que permitem o ganho de peso, sem perder a harmonia, sendo assim uma das promessas do grupo no circuito 2013/2014. O animal da Rima Agroflorestal também levou o prêmio de Campeão Touro Sênior. O título de Reservado Grande Campeão ficou com GHYJary FIV DA 3R, exposto pela Agropecuária Vila dos Pinheiros. Já no cam-
Fotos/ Zzn Peres
Fotos/ Zzn Peres
peonato das fêmeas, a Grande Campeã foi
59
elitte rural
Lawa 3 TE Porto Seguro, também da Agropecuária Vila dos Pinheiros e premiada com título de Novilha Maior. A Reservada Grande Campeã foi Bolívia FIV Amod, de Maria Fernanda Chimentão Saraiva. Antes dos grandes campeoFotos/ Zzn Peres
natos, foram julgadas dez categorias de machos e fêmeas da raça Nelore, além dos campeonatos de Progênie Jovem de Pai, Progênie de Pai, Progênie Jovem de Mãe Melhor Criador Nelore ficou com
Mocho
natos de progênies. Os títulos de
a Rima Agropecuária e o Melhor
No julgamento do Nelore Mo-
Melhor Expositor e Melhor Criador
Expositor Nelore da 43ª Expoinel
cho, o Grande Campeão foi o Egan
Nelore Mocho ficaram com Dalila
foi Agropecuária Vila dos Pinheiros.
FIV Angico, que também levou o
Cleopath Camargo Botelho de Mo-
“É com muita alegria que rece-
prêmio de Campeão Júnior Maior,
raes Toledo.
bemos, pelo segundo ano conse-
do expositor Udelson Nunes Franco.
cutivo, este prêmio. Significa que
O título de Reser vado Grande Cam-
estamos acertando, que o nosso
peão ficou com Kairos FIV da Louz,
trabalho está no caminho certo.
exposto por Lourival Louza Júnior. Já
Isso tudo é o resultado de um
no campeonato das fêmeas Nelo-
trabalho constante de toda uma
re Mocho, a Grande Campeã foi a
equipe da Agropecuária Vila dos
Parceira Da-Car, de Dalila Cleopath
Pinheiros”, destaca o gerente da
Camargo Botelho de Moraes Toledo,
Vila dos Pinheiros, Nielce Crispim.
e a Reser vada Grande Campeã foi
A Rima Agropecuária também comemorou o bicampeo-
a Esmeralda FIV da Goya, do expositor Goya Agropecuária.
nato. “Temos um trabalho rigoroso
Durante a exposição foram jul-
de seleção dos animais, que se
gadas também dez categorias para
inicia na escolha das receptoras e
o Nelore Mocho, além dos campeo-
Fotos/ Zzn Peres
e Progênie de Mãe. O título de
se estende à evolução do gado. O resultado disso é a nossa colocação na exposição como Melhor Criador de Nelore, pelo segundo ano consecutivo. O desafio agora é nos mantermos neste nível na categoria”, comemora o criador Fotos/ Zzn Peres
Ricardo Vicintin.
60
Marco Antônio Andrade Barbosa
Daniel Cecílio
Renato Perboni
Beto Mendes
Marcelo Perboni
Leilão Nelore Elite Colorado celebra 50 anos de história
M
arcelo Mendonça e irmãos celebraram 50 anos de história do Grupo Colorado, com a realização do Leilão Nelore Elite Colorado, durante a 43ª Expoinel, em setembro. Num encontro de classe, requinte e muita raça, remate movimentou R$682.080, com a comercialização de 78 lotes. A média geral atingiu R$ 8.744. O foco foi a venda de fêmeas. As bezerras, novilhas e matrizes saíram em 70 produtos à média de R$6.990, perfazendo o total de R$489.360. Os seis lotes de prenhezes movimentaram R$170.400, com preço médio na casa de R$ 28.400. O destaque ficou para o acasalamento entre o reprodutor Big Ben da Santa Nice e a matriz Beldade, que vem do raçador 1646 da MN. A venda foi fechada em R$31.200, com o criador Aguinaldo Ramos. Também se destacaram dois garrotes, negociados por R$11.160, cada um. Foi o segundo ano consecutivo que a Nelore Colorado promoveu um remate dentro da Expoinel. A grife, que vem comemorando suas bodas de ouro, tem sua produção distribuída nos municípios de Tangará da Serra, no Sudeste do Mato Grosso, e em Salles Oliveira, no interior de São Paulo, onde é realizada a seleção de animais de elite. Entre os grandes feitos conquistados por Mendonça está o título de Melhor Criador do Ranking Nacional 2010/2011, da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB). Após um período afastado de exposições, a grife voltou a levar seus animais às pistas e atualmente ocupa a 3ª posição na tabela de melhor criador do Brasil, sendo a primeira colocada na mesma categoria no Ranking Regional de São Paulo. No ano passado, a Colorado assumiu os holofotes da Expoinel ao arremater 33% do reprodutor Missoni TE Guadalupe por pouco mais de R$ 1 milhão, durante o leilão de Prenhezes EAO & Guadalupe.
Marcelo Mendonça
Fernando Mansur
Marcos Gracia
Pedro Vilela Luis Humberto Junqueira
Rodrigo David
Marcos Gracia
Paulo Kamilo
Juliano Mendonça
Diego Gracia Joaquim Vanguard
Ricardo Lima Delsique Borges Ronaldo Alves
João Faria
61
Foto/ Fábio Fatori
elitte rural
M
Foto/ Fábio Fatori
Leilão Perboni arcelo e Renato Perboni receberam neloristas de todo o país em sua chácara em Uberaba (MG),
no Leilão Perboni e Convidados. O pregão foi em 22 de setembro, durante a Expoinel, e arrecadou R$1,7 milhão com
Renato Perboni
Noilves Perboni
Marcelo Perboni
a venda de animais e prenhezes de elite. para 15 lotes. Do grupo saíram dez fêmeas, entre bezerras, novilhas e vacas, à média de R$116.850; três prenhezes, a
Foto/ Fábio Fatori
Foto/ Fábio Fatori
A média geral ficou em R$116.139
R$56.000, e dois machos, a R$ 254.400. A maior disputa foi por Paládio TE Bar, levado pelo criador Luiz Humberto Di
Renato Perboni
Martino Borges. O animal, de 13 meses,
Carla Perboni
é filho de Jeru FIV Brumado em Fragata Valdemar Perboni
Foto/ Fábio Fatori
FIV Húngaro e chegou ao pregão após conquistar os títulos de Campeão Bezerro das exposições de Araçatuba e Ituverava, ambas em São Paulo. A venda foi fechada em R$264.000 com a Nelore JC.
Marcos Gracia
Noilves Perboni
62
Romildo Antônio Costa
Foto/ Fábio Fatori
Foto/ Fábio Fatori
Luciana Gabriel Belli
João Ceolin
Felipe Picciani
Isabela Figueiredo Márcio Cecílio
José Antônio Furtado
Foto/ Fábio Fatori
Foto/ Fábio Fatori
Amado Batista
Danilo Gamba Rosana Gamba
Tata Furtado
Ronaldo Alves
Foto/ Fábio Fatori
Foto/ Fábio Fatori
Foto/ Fábio Fatori
Antônio Oscar
Felipe Picciani Waguinho Rodolfo Nunes Zenilda Duda Luz Foto/ Fábio Fatori
Aciole Castelo Branco´
Cláudia Junqueira, Joaquim Caravelas e amigos...
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elitte rural
Clenon Loyola Filho
Celso Barros Correa Filho
Flávia Loyola
Clenon Loyola Neto
Beto Mendes
Leilão Sabiá Nova Geração mostra Nelore de Capitólio
C
Daniel Belli Dorival Gibertoni
Priscilla Maria José
om a bagagem de 47 anos de seleção de Nelore, no município de Capitólio, na região dos lagos de Minas Gerais, Alber to Laborne Val-
João Maurício Dantas Leite
Silvestre Coelho Filho
le Mendes e seu filho, Rober to Alves Mendes, o Beto, receberam convidados no estande da Ouro Fino Agronegócio, no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG), para o Leilão Nova Geração Sabiá. Foi a segunda edição do evento na Expoinel. Neste ano, a ofer ta foi exclusiva de prenhezes, com 25 lotes e a média de preço de R$23.118. O maior lance foi de R$45.600, para
Carlos Batista Lúcio Cornachini
Pedro Molina
o acasalamento entre Agra FIV Sabiá e Basco de Naviraí. O comprador foi Márcio de Rezende Andrade, que ainda arrematou outros lotes, tornando-se o principal investidor da noite. A movimentação total atingiu R$566.400. As prenhezes negociadas integram o projeto Doadoras Nova Geração Sabiá, que visa a descobrir novos talentos no plantel da grif fe. 64
Nilo Sampaio
Renato Barcelos
Paulo Trindade Júnior
Paulo Trindade Júnior
Zezão
Bacalhoada destaca o sucesso na Nova Trindade
A
Carlos Eduardo Cristóvão Nunes
Reinaldo Caravellas
Paulo Trindade Júnior
sede da Fazenda Nova Trindade foi palco da apresentação do plantel dos pecua-
Paulo Trindade
Rita Trindade
ristas Paulo Trindade e Paulo
Trindade Júnior, no dia 24 de setembro. Com nove anos de trabalho em seleção de animais da raça Nelore, a dupla reuniu numa recepção amigos e admiradores da raça. Para celebrar, o prato principal foi uma saborosa bacalhoada. Na pista, o valor da dedicação à pecuária: as Pérolas do Nelore, ou seja, duas filhas da Campesina Essência III FIV FNT
Paulo Trindade
(filha da doadora Essência TE Guadalu-
Valter Egídio
pe com o reprodutor Helíaco da Java),
Soraia Belizário
que foram a remate na noite do dia 25.
João Aguiar Alvarez
Paulo Trindade Júnior
Halim Atique
Mario Pereira
Rodolfo Bilachi
Waguinho
Márcio Cecílio
65
elitte rural
Leilão Pérolas do Nelore
A
Fazenda Nova Trindade, na noite de 25 de setembro, mostrou 22 animais Nelore Elite entre doadoras e prenhezes. O
remate foi destinado à venda de fêmeas,
Marcelo Mendonça
Paulo Horto
Paulo Trindade
com 21 lotes à média de R$63.183, mas também abriu espaço para um macho, negociado por R$60 mil. O grande destaque foi Essência III FIV FNT. A doadora de quase seis anos segue inseminada do Grande Campeão da ExpoZebu 2013, Elkro FIV FNT. Com lance de
Raphael Coutinho
R$ 232.800, Sergio Ianni, da Agropecuária
Carlos Eduardo Costa
Carlos Fuser
Vila Real, arrematou o lote, da Fazenda
Amandio Salomão
Nova Trindade e a Rio Mar Agroindustrial, de Celso e Diego Mendonça. O leilão totalizou R$ 1,3 milhão, com a média de R$64.494.
Henrique Bayão
Agnaldo Ramos Valter Egídio
Rodolfo Rumpf
Ana Lúcia Magela
Foto/ Zzn Peres
Valere Batista
Duda Luz
66
Renata Penna
Marco Freitas
Patrícia Gordilho
Dudu Assis
Rodolfo Nunes
Victor Antunes Pilar Velasquez
Davi Arantes do Carmo
Adriana Vidal Gomes Paulo Piau
José Renato Gomes Heloísa Piau
Gustavo Machado
Beatris Arantes M. Carmo
João Vítor
Miguel Pinto
João Paulo Mendonça Maria Carolina Mendonça
Renata Penna Mônica Trindade
Foto/ Zzn Peres
Dennis Dias
Rita Trindade Paulo Trindade
Vanessa Quintiliano
Isabela Figueiredo
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68
69
elitte rural
5º Leilão Prenhezes EAO & Guadalupe bate recorde da Expoinel e do Nelore
C
om o maior faturamento da 43ª Expoinel, o 5º Leilão Prenhezes EAO & Guadalupe ofertou 30 lotes, em 27 de setembro, totalizando R$6.239.840,00 em vendas. O leilão é um marco entre os remates de Nelore deste ano, com o lote mais valorizado de 2014: ESPN Javanesa. Luiz Aparecido de Andrade, dono do animal, disponibilizou 67% e recebeu R$2 milhões, pagos por Aguinaldo Ramos, do Nelore Paranã. São sócios agora dessa fêmea, que carrega o título de Grande Campeã da ExpoZebu 2014. ESPN Javanesa, filha do Basco da SM com Javanesa TE Guadalupe. Com dois anos de idade, hoje vale R$3 milhões. Outra filha de Basco da SM foi arrematada num lote extra. Os 50% de Gênova Giber, ofertados por Dorival Gibertoni, foram arrematados pela Rima Agropecuária por R$600 mil. Maurício Odebrecht e Pedro Gustavo Novis comemoraram o sucesso do remate.
70
Cris Caputo
Rosália
Rivaldo Machado Borges
Alfredinho Zamlutti Alfredo Zamlutti Felipe Picciani
Lázaro Ivo Gomes
Bruno Vicintin
Mássi Vicintin Paula Vicintin
Silvana
Wilson Marques
Elizete Garetti Rodrigo Abdanur
César Garetti
Flávia Loyola
Sandra Horto
Beto Mendes
Cássio Lucente
Dari Barcelos Cícero de Souza
Clenon Loyola Filho
Leandro Fregonezi
Antônio Paulo Abate Júnior
Fabiano Fructuoso
José Carlos Grubisich
Dorival Bianchi Lilian Bianchi
71
elitte rural
Marcelo Moura
Gabriel Prata Resende
Ângelo Prata Tibery
Cláudio Carvalho Filho
Joaquim Prata Resende
Antônio José Prata Carvalho
Jaime Miranda
Jovelino Mineiro
Cristiano Prata Resende
Brumado apresenta seu legado
Bia Biagi Cristiana Musa
Leda Garcia
E
ncerrando a programação da 43ª Expoinel, os herdeiros de Rubico Carvalho receberam amigos e convidados em 28 de setembro, no tatersal que homenageia o criador da griffe Brumado, no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG), para a realização do Leilão Matrizes Brumado. A oferta foi exclusiva de animais Puros de Origem Importada (POI) e movimentou R$403.440, com a média de R$6.896 para 59 lotes. O grupo era formado por 54 fêmeas, que saíram à média de R$6.029, e quatro machos, cotados a R$18.420. A única novilha PO do pregão foi arrematada por R$7.200. A novilha, de 20 meses, Dipak FIV POI Brumado, filha do Nandam FIV POI Brumado na matriz Jatendra V POI do BR, atingiu a maior cotação do pregão ao ser arrematada por R$48.000 pela Festa Brava Agro Pastoril.
Arnaldo Prata
Rodrigo Abdanur
72
Rubikinho de Carvalho
Pedro Novis
Hermany Sangiovani
73
elitte rural
Simone Bavaresco Janaina Nunes
Thiago Salomão
Gabriela Castilho Vanessa Quintiliano
Ricardo Carvalho
Agnaldo Ramos
Clenon Loyola
Zagaia Nelo Cup agita MS
A
cidade referência mundial em turismo ecológico foi cenário do encontro da família Nelorista. Bonito, no Mato Grosso do Sul, recebeu entre os dias 10 e 13 de setembro a 3ª edição do Zagaia Nelo Cup. Ao todo, 27 expositores e 135 animais estiveram em pista, participando dos julgamentos da raça Nelore. No Grande Campeonato de fêmeas, Ohanna YC, do expositor Paulo Antônio Serra da Cruz, sagrou-se a Grande Campeã do evento. A fêmea foi também ganhadora do campeonato Fêmea Adulta. Bélgica 1 FIV CBN, de José Pedro de Souza Budib, destacouse como Reservada Grande Campeã da exposição. A fêmea conquistou, ainda, o título de Reservado Campeonato de Fêmea Adulta. Já na competição dos machos, Genial FIV da Rott, de José Pedro Budib, levou o Grande Campeonato do Zagaia Nelo Cup. O animal conquistou
74
ainda o campeonato Touro Jovem. Já o Reservado Campeonato ficou com Dimple FIV EDTO, também de José Pedro de Souza Budib. Dimple foi merecedor de outra premiação, o título de Touro Sênior da competição. Na classificação final por expositores, José Pedro Budib do Nelore Joia Rara ficou em primeiro lugar, seguido por Antônio Celso Chaves Gaiotto e Cícero Antônio de Souza, do Nelore 42. Já na classificação final Criadores, Cícero saiu na frente, seguido por York da Silva Correa, do Nelore York, e Paulo Antônio Serra da Cruz, do Nelore Três Barras. Promovido pelos criadores José Pedro Budib, do Nelore Joia Rara, e Thiago Morais Salomão, da Ribalta MSA, com o apoio da Associação Sul-mato-grossense dos Criadores de Nelore (Nelore MS), o evento reuniu criadores e famílias da raça Nelore de todo o Brasil.
M
ais de 700 animais participaram da 53ª Expo Rio Preto, entre os dias 4 e 12 de outubro, no Recinto de Exposições Alberto Bertelli Lucatto. A feira de agronegócios reúne anualmente os melhores animais das raças bovinas, que disputam o ranking estadual e nacional de suas associações. Foram mais de 500 animais expostos e julgados em turno único. Além do julgamento dos animais, a feira comercial contou com a exposição de máquinas e implementos agrícolas e equipamentos. Outro ponto forte foi a parte técnica, com a realização de palestras, simpósios e seminários destinados ao repasse de informações e transferência de novas técnicas aos produtores rurais participantes. A novilha Lawa 3 TE Porto Seguro, filha de Basco da SM com Fathina TE Port, da agropecuária Vila dos Pinheiros, consagrou-se a Grande Campeã da Expo Rio Preto.
LRS Eventos
Fotos/ruralbr.com.br
53ª Expo Rio Preto reúne 700 animais
75
elitte rural
João Maurício Diego Gracia
Silvestre Coelho Filho
Maurício Ianni Ronaldo Bonifácio
Valéria
Qualidade Premium na Expoinel GO
I
ntegrando a programação da 9ª ExpoiDiego Gracia
nel GO, realizada dentro da 51ª Exposi-
João Marcos
ção Agropecuária de Goiânia (Expoag), o 10º Leilão Qualidade Premium aconte-
ceu em duas etapas, nas noites de 21 e 23
Ricardo Lima
de outubro. Doadoras e prenhezes Nelore
Arnaldo Manuel
João Faria
de elite foram apresentados pela Nelore 2L, de Cássio e Eduardo Lucente; Nelore Mara Móveis, de Silvestre Coelho Filho; Fazenda Pedra do Ouro, de João Maurício Leite, e Nelore LG, de Diego Gracia e irmãos. Na primeira etapa, 25 lotes de animais
Vinícius Lucente
jovens e prenhezes do grupo de promotores e convidados especiais passaram pela pista do Centro de Eventos do Parque de Exposições Pedro Ludovico Teixeira. A fatura foi de R$901.600, com a média geral de R$37.057. Os acasalamentos lideraram as vendas, com
José Hermínio Cássio Lucente
17 lotes à média de R$25.411, perfazendo
Luiz Antônio
o total de R$432 mil. O destaque foi Leagro IMP do LG, levado por Diego Gracia e irmãos. O garrote, de 14 meses, é filho de Berrante Santa Marina em Londra IX FIV IMP, sendo neto materno de Bvlgari TE da Sabiá, e já soma dez títulos em exposições no estado de Goiás, incluindo o Grande Campeonato de Catalão. A venda de 50% do animal foi fechada em R$110.400 pelo Grupo Triunfo. Paulo Brandão
76
Rodolfo Jardim Rodrigo Lopes Cançado
Segunda Etapa do Premium
A
segunda etapa do pregão Qualidade Premium apresentou 20 lotes de fêmeas e prenhezes. A protagonista da noite foi Tur-
queza FIV JS da BJ, de seis anos e meio,
João Maurício Dantas Leite
filha de Big Ben da Santa Nice em Mila TE
Sâmar Azanki
JS da BJ, retirada das cocheiras da Di Fatu Agropecuária, de Ricardo Jorge Tannus. Com lance de R$129.600, César Garetti, da Nelore Lince, e Luiz Antônio da Silva, da Nelore Mundial, tornaram-se os novos proprietários da matriz, que segue prenhe do Lux Neogrego com par to previsto para janeiro. No geral, foram vendidos 15 lotes de fêmeas à média de R$ 56.413 e oito prenhezes a R$17.280. O total movimentado no dia foi de R$894.800. Na somatória das duas etapas do leilão, a receita foi de R$1,7 milhão por 45 lotes, à média de R$39.920.
Carlos Mafra
Roberto Bavaresco
Ricardo Carvalho Filho
Selma
Marcela Barbosa
Silvestre Coelho Filho
Carlos André Borges
José Antônio De Marchi
Nielce Crispim
Zezão Eduardo
Gustavo Braga
Lorianne
Bruno Abreu Leão
77
elitte rural
Dia de Campo Guzerá GL chega à 5ª edição
A
5ª edição do Dia de Campo Guzerá GL, na Fazenda Paineiras, no município de Trindade (GO), a menos de 20 quilômetros da capital, foi realizada em 25 de outubro. O evento, promovido pela família de Geisa e Luciano Bomfim, durante a 51ª Exposição Agropecuária de Goiânia (Expoag) e 9ª Expoinel GO, contou com a par ticipação de criadores de várias regiões do Brasil, como de Minas Gerais, Distrito Federal, Tocantins, São Paulo, Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul. Ponto alto da festa, que contou com almoço, foi a apresentação dos animais – novilhas, touros e matrizes – mostrando todo o potencial da Paineiras.
Robson Pádua
78
Luciano Bomfim e Geisa
Frederico Macedo Vilela
Adriano Varela Tuliane Machado Bonfim
Fausto Stephan
Robson Pádua
79
80
81
NOTÍCIAS Já tem data o 13º Leilão Valônia e com uma ótima novidade: será um dia de campo e de negócios na sede da Fazenda Valônia, em Lins - SP. O formato é shopping, leilão de matrizes e de touros. Agende e não perca a oportunidade de conhecer uma das melhores fazendas de Nelore, com mais de 12 anos de ANCP. Dia 8/8/2015.
Na foto é João Aguiar Alvarez com uma de suas Maranis - ele adquiriu de Silvio Tuma Salomão doze filhas da Marani JS que fizeram uma excelente base deste plantel que está entre os melhores do país, com grandes resultados em pista e leilões que só foram possíveis graças a um intenso trabalho de melhoramento genético da ANCP e do PMGZ da ABCZ.
Esse final de ano foi cheio de desafios para esse já rodado fotógrafo. Tive a honra de fotografar e filmar mais de 200 animais da raça Senepol na Flórida - EUA e no Brasil em Rondônia. Estou super orgulhoso do resultado - que se transformou num Banco de Imagens riquíssimo e num video institucional onde desde a fotografia, passando pelo roteiro, texto, sonorização e direção de edição foram minhas e aprovado na íntegra, com direito a aplausos da equipe de São Paulo da Nova Vida.
Aqui nessa montagem, proposta de campanha de marketing FatoRural para a Nova Vida - pioneira ao montar um laboratório de FIV em fazenda. A Nova Vida trouxe um avião de Senepol dos EUA pra Rondônia no ano 2000 e fez 1.500 prenhezes no primeiro ano. Ela é a base do Senepol no Brasil. Leilão da família Perboni, durante a Expoinel Nacional em Uberaba - MG. Na foto são os anfitriões com ninguém menos que Amado Batista, cantor das multidões e apreciador de gado Nelore de elite. O leilão, como sempre, foi um sucesso e os promotores, como se vê na foto, eram só sorrisos.
Diretoria da ABCB - Associação de Bonsmara, durante o Dia de Campo na Fazenda Santa Silvéria, em Piratininga - SP. Cacau e esposa, Rubens, Betina, Fábio Jatene (xará) e Neto Pavan da JP Agronegócios. Sede da Nova Vida em Okechobee, na Flórida, EUA. Meu anfitrião foi o Gegê (esq) que é uma baita profissional que resolve tudo na Nova Vida internacional já que é um dos sócios da empresa. Neto (dir) andou comigo até uma Central de IA na Louisianna, fotografamos e filmamos juntos na fazenda em Okechobee e depois foi na frente pra Rondônia onde enfrentamos um pouco mais de calor. Esse caras trabalham muito e são muito bons no que fazem. Mas o melhor é que sabem receber a gente e passar um entusiasmo contagiante. Posei com o chefe da Nova Vida - Ricardo Arantes - o Rick como é chamado pelos amigos, é também muito ligado no 220. Gostei muito de trabalhar com eles que deram um show de competência no vídeo que fizemos - que começa em Rondônia e fecha com a filial nos EUA.
FatoRural - o seu banco de imagens e de ideias www.fatorural.com.br Fábio Fatori - (13) 98121-0011 e (13) 3018-1291
82
Em setembro de 2013 nascia um sonho. Em seu primeiro ano, a “Elitte Rural” consolidou-se no mercado como uma das principais fontes de informação e credibilidade. Para celebrar um ano da revista, nasceu o Prêmio Elitte Rural. Uma homenagem a dez criadores que fazem história no segmento agropecuário. Parabéns a todos, mais uma vez!
83
Foto/ZZn Peres
elitte rural
Bruno Vicintin recebendo o troféu das mãos do diretor da Revista Elitte Rural, Roberto De Nadai
Rima Agropecuária
G
arantir
a
reprodução
Gerais, como Várzea da Palma, Buri-
com qualidade e quanti-
tizeiro, Augusto de Lima, São João do
dade é um desafio que
Paraíso e Entre Rios de Minas.
se impõe aos grandes
As conquistas não param para os
plantéis do país, mas esse é um
pecuaristas. A agropecuária conquis-
desafio vencido no dia a dia da
tou os principais títulos da raça e vem
RIMA. São 30 anos de tradição na
buscando o melhoramento do Nelore.
pecuária de elite, que começou
A equipe fomenta o agronegócio com
com as raças Campolina, Pampa,
genética de ponta e com os principais
Charolês, Canchi, Jumentos Pega e,
leilões do mercado. A Rima Agrope-
há oito anos, abriu as portas para
cuária possui exemplares de primei-
o Nelore. Atualmente, são mais de
ríssima qualidade, fruto do trabalho
500 animais da raça.
diferenciado. Um desses nobres ani-
A Rima Agropecuária tem unidades em várias regiões de Minas
84
mais estampou a primeira capa da Revista “Elitte Rural”: Indiara FIV.
‘‘ É um prazer para nós, da Rima, recebermos este prêmio da Revista ‘Elitte Rural’, que, ao longo deste período de um ano de estrada, vem mostrando o seu profissionalismo enquanto meio de comunicação. Firmamos uma parceria de sucesso e esperamos que muitas outras possam ser concretizadas” Marcello Bello, gerente de Marketing da Rima Agropecuária
Foto/ZZn Peres
Fazenda Valônia
A
busca incessante de João Aguiar é realmente por animais melhoradores. Ele não mede esforços para
realizar altos investimentos em ge-
João Aguiar recebe o troféu das mãos do anfitrião, Paulo Trindade
nética e tecnologia. Seus exemplares são capazes de passar para seus descendentes a alta eficiência produtiva. São 30 anos de história, sendo
Paulo Horto entregando o troféu Elitte Rural a João Aguiar
oito dedicados ao Nelore Padrão na Em 2004, o criador de Nelore Mo-
A Fazenda Valônia está situada
cho, João Aguiar, resolveu encarar um
entre os municípios de Lins e Cafe-
novo e mais difícil desafio, que foi o de
lândia, no estado de São Paulo. Tem
começar a investir com muito critério e
área de 1.674 hectares, com 20% de
rigor na formação de um plantel de
reserva legal averbada na escritura.
qualidade na raça Nelore padrão. Em
A propriedade é totalmente estrutu-
2010, a Valônia participou ativamente
rada para a criação de gado Nelore,
no leilão de liquidação do gado P.O.I.
com pastos, piquetes, baias e currais
do saudoso Rubico Carvalho, da Fa-
apropriados. João Aguiar desenvol-
zenda Brumado, adquirindo sete ma-
veu o gosto pela agricultura e pecuá-
trizes jovens para ter um importante
ria, principalmente por meio do conví-
banco genético na propriedade. Tra-
vio e das lições de seu avô, Amador
ta-se de uma unidade P.O.I. (puro de
Aguiar, fundador do Bradesco e, tam-
origem importada) dentro da fazenda,
bém, da Santa Maria Agropecuária,
para ajudar o Brasil a preservar a ge-
empresa da família, que ele adminis-
nética proveniente da Índia.
Foto/ZZn Peres
Fazenda Valônia.
‘‘
Em 1993, João iniciou a formação
lidando entre os grandes nomes do
Esse prêmio da Revista ‘Elitte Rural’ nos anima e nos impulsiona cada dia mais a primar pela nossa qualidade”
de seu próprio plantel de Nelore Mo-
Nelore no Brasil. Exemplo disso são
João Aguiar, Fazenda Valônia
cho, enriquecido em 1997 pela aqui-
os dois Grandes Campeões que a
sição do gado P.O. da Santa Maria.
Fazenda produziu – Rufo FIV da Va-
da Expoinel do Rio de Janeiro 2011.
Nos anos seguintes, incorporaram-se
lônia, que foi Grande Campeão em
Rufo foi recorde de preço do Leilão
à Valônia, grandes matrizes dos mais
Fernandópolis e Reser vado Grande
Elo de Raça 2011, quando teve 50%
renomados plantéis do Brasil, como
Campeão Nacional na Expoinel 2011,
de sua propriedade vendida para a
os de Manoel Carlos Barbosa, Carlos
e Podium FIV da Valônia, que foi
Comapi, e é hoje o Melhor Macho
Viacava, Ovídio Brito entre outros.
Grande Campeão de Araçatuba e
Jovem do Ranking ACNB 2011.
trou por 25 anos.
A Fazenda Valônia vem se conso-
85
elitte rural
Fazenda Nova Trindade
O
empresário Paulo Afon-
leilões em Minas Gerais. A amizade
pôde realizar seu primeiro leilão. O
so Frias Trindade Júnior
com criadores levou-os a entrar no
sucesso do evento abriu as portas
nem
que,
negócio. Felipe Picciani, proprietário
para a realização de muitos outros.
um dia, seria criador de
da fazenda Monte Verde, foi um de-
Pequenos sítios nos arredores da
Nelore; e premiado! Sua fazenda, a
les. Motivado pelo amigo, em março
Nova Trindade foram comprados
Nova Trindade, localizada em Ubera-
de 2005, o patriarca da família Trinda-
ao longo de cinco anos, até que a
ba (MG), a mais de 900 quilômetros
de investiu R$ 500 mil na compra dos
propriedade atingiu 532 hectares,
das praias cariocas, conquistou o título
cinco primeiros bovinos, que ficaram
quase o dobro da área original.
de Melhor Novo Criador de Gado da
ainda sob os cuidados de Picciani,
Atualmente, o grupo Nova Trindade
Raça Nelore do País, concedido pela
em sua propriedade, já que a famí-
conta com 2,5 mil hectares, onde
Associação de Criadores de Nelore
lia Trindade ainda não possuía terras.
são criados, além de 1,1 mil bovinos
do Brasil (ACNB), no ano passado.
Para a construção de toda a infraes-
Nelore, 300 vacas Gir Leiteiras e 500
O interesse dele e do pai pela
trutura da Nova Trindade, que levou
receptoras. A Nova Trindade sedia,
pecuária surgiu quando ambos co-
apenas nove meses para ficar pronta,
em média, de seis a oito leilões por
meçaram a receber convites de cria-
foram injetados mais R$ 2 milhões.
ano, alguns deles promovidos com
imaginava
Foto/ZZn Peres
dores de Nelore para participar de
Paulo Afonso Trindade Júnior recebeu o troféu das mãos da colunista social da Revista Elitte Rural, Janaina Nunes
‘‘
Em março de 2007, a fazenda
parceiros.
O agronegócio não é uma ciência exata, então, você pode fazê-lo das mais diferentes maneiras. Construímos nossa história de um modo absolutamente profissional. Ficamos felizes em receber o Prêmio Elitte Rural nessa nossa jornada curta, mas muito promissora. Este prêmio deve ser entregue muitas vezes para incentivar os que se destacam no agronegócio. É um prazer enorme receber este troféu. Também agradeço a contribuição dos profissionais que trabalham conosco” Paulo Afonso Trindade Júnior Fazemda nova trindade
86
E
m Araruama, no Rio de Janeiro,
Minas Gerais e Espírito Santo. Um ani-
está localizada a fazenda Boa
mal em especial se destaca: Dukato
Vista, berço da agropecuária
Xuab. O touro foi, por três vezes con-
Xuab. O pecuarista Amândio
secutivas, o Grande Campeão no Rio
Alves Salomão relata que sempre
de Janeiro e no Espírito Santo.
gostou dos ares da fazenda, mas
Nas terras cariocas, a Agrope-
que o seu incentivo veio de pecua-
cuária Xuab dispõe de um plantel
ristas, como do Grupo Monte Verde e
modesto de 600 animais, mas que
da Rima Agropecuária, que já enten-
esbanja qualidade genética. Todos
diam do mercado e que viram no seu
são herdeiros de campeões de pis-
interesse um grande potencial.
ta, como Basco, Maharash e Itália. O
Desde 2008, a família Xuab participa de exposições no Rio de Janeiro,
foco principal é trabalhar com o animal de pista.
‘‘ Me senti valorizado ao receber o prêmio da Revista ‘Elitte Rural’. Representa um incentivo para que o nosso trabalho continue sendo realizado de forma eficiente” Amândio Salomão, Agropecuária Xuab
Foto/ZZn Peres
Agropecuária Xuab
Amândio Salomão recebendo o troféu das mãos do diretor criativo da Revista Elitte Rural, Dudu Assis
87
elitte rural
Grupo Monte Verde
Foto/ZZn Peres
Foto/ZZn Peres
Foto/ZZn Peres
Felipe Picciani recebeu o prêmio Elitte Rural das mãos de Paulo Trindade
HVP Agropecuária Fazenda do Sabiá Beto Mendes, da Fazenda do Sabiá, recebeu o prêmio Elitte Rural do diretor comercial da Revista Elitte Rural, Marco Freitas
Zamlutti Agropecuária
Foto/ZZn Peres
Foto/ZZn Peres
Paulo Horto recebeu o troféu em nome da Zamlutti Agropecuária
Foto/ZZn Peres
Nielce Crispim, da Agropecuária Vila dos Pinheiros, recebeu o troféu Elitte Rural das mãos de Pedro Gustavo Novis, presidente do Nelore
Fazenda Guadalupe
Pedro Gustavo Novis, da Fazenda Guadalupe, recebeu o prêmio Elitte Rural das mãos de Paulo Horto
88
Foto/ZZn Peres
HRO Agropecuária
E
m 2014, o Leilão HRO com-
grande empresa de sorvetes. Ali fez
pletou 25 anos. Importantes
carreira e, depois de passar por todos
animais, grandes seleciona-
os departamentos, tornou-se diretor
dores e anfitriões de prestígio
da empresa. Na década de 60, aos
nacional estiveram na festa para
37 anos, montou seu próprio negócio:
prestigiar a família HRO. Foi a primei-
produção de refresco em pó e chicle-
ra vez que a família HRO realizou um
te de bola! O trabalho na pecuária
evento desses na Fazenda Tapijara,
começou em Paragominas, no Pará,
no município de Arandu, na região
onde fazia cria, recria e engorda de
de Avaré (SP). Abriu as portas da fa-
100 mil cabeças.
‘‘
zenda para receber amigos pecua-
Sylvio Propheta foi o primeiro pe-
ristas de todo o Brasil. Foi a chance
cuarista a produzir silagem de milho
de ver de perto grandes doadoras
no Pará. Vendeu a fazenda para se
Nelore, adquiridas nos últimos anos
dedicar à seleção de Nelore de elite,
por Sylvio Propheta.
há exatos 25 anos, na Fazenda Tapi-
A história da marca HRO começa no ano de 1989, mas muito an-
Paulo Horto entregou o troféu Elitte Rural a Hélio Propheta
jara. Nunca mediu esforços para ter os melhores animais.
tes, por volta de 1939, uma criança
Em 1994, investiu US$ 330 mil no
de nome Sylvio Propheta de Oliveira,
touro Xenugu, o primeiro reprodutor
com apenas 11 anos, foi trabalhar
mais caro do Brasil. Aos 86 anos, Syl-
em um escritório de advocacia.
vio Propheta é um exemplo de vida e
Aos 14, ele se tornou office boy de
perseverança.
“Ficamos honrados e orgulhosos por termos sido homenageados com o prêmio ‘Elitte Rural” Dari Barcelos, diretor de pecuária da HRO
89
90
Esta editoria apresenta para você os principais eventos programados do segmento. É uma agenda com um breve histórico de cada um e a expectativa do principal organizador em relação à movimentação do remate. Nesta reta final de 2014, estão em evidência a Expo Nelore MS, a Fenagro e a glamourosa Nelore Fest, considerada Oscar da pecuária nacional. Agende!
91
elitte rural
Expo Nelore MS Entre os dias 13 e 23 de novembro,
fechado, consagrando-se como a
a Associação Sul-mato-grossense
maior feira indoor da raça Nelore no
dos Criadores de Nelore (Nelore MS)
mundo, a Expo Nelore MS retornou ao
promove mais uma exposição da
Parque Laucídio Coelho e, agora, par-
raça, em Campo Grande. A Expo Ne-
te para um novo local, o Terra Nova
lore MS, anteriormente chamada de
Centro de Eventos. “Por conta das re-
Expoinel MS, promete reunir criadores
formas que acontecem no Parque
de vários estados brasileiros. “Esta-
Laucídio Coelho, em Campo Grande,
mos preparando mais uma grande
tivemos que optar por outro local e a
edição. O objetivo sempre é fortale-
escolha do Terra Nova Eventos casou
cer o Nelore e promover aqueles que
com essa nova cara da exposição,
acreditam nessa raça tão importante
de estimular e contribuir com o novo,
para o nosso estado e país. Espera-
com o crescimento de empresas que
mos que os números gerados pelo
fomentam o setor em nosso estado”,
evento sejam ainda maiores, tanto na
explica Morais.
participação dos criadores como em
O presidente ressalta que a pista
faturamento e, com o apoio e auxí-
de julgamento continua sendo o foco
lio dos neloristas, com certeza, ba-
do evento, porém, a parte técnica
teremos novo recorde de sucesso”,
abordará a importância da evolução
enfatiza o presidente da associação,
genética da raça entre outros temas,
Thiago Morais Salomão.
que serão apresentados por profissio-
A exposição também está de ce-
nais renomados do setor. Leilões con-
nário novo. Após quatro edições reali-
sagrados e rodadas de negócios tam-
zadas entre 2008 e 2011 em ambiente
bém estão entre as atrações da feira.
92
“Ao longo de todos esses anos, cerca de cinco mil animais já passaram pela exposição. No ano passado, foram 60 expositores de seis estados brasileiros e, este ano, esperamos contar com um maior número de participantes. Os leilões faturaram mais de R$17 milhões, sem contar os negócios realizados entre os criadores e a venda de maquinário agrícola. É uma exposição muito grande e, com certeza, esta edição promete” Thiago Morais Salomão, presidente da Nelore MS
Leilão Nelore Leilão Campo Grande Embryo Pintado Brasil No dia 18 de novembro (terça- dadeiro desfile de genética em O Terra Nova Centro de Eventos será palco do Leilão Nelore Pintado, às 13h, no dia 15 de novembro (sábado). O pecuarista Geraldo Carvalho e seus convidados levarão a remate as fortes características raciais do Mato Grosso do Sul: animais pin-
feira), a par tir das 20h, no Terra
prenhezes e produtos do melhor
Nova Centro Eventos, será realizado
da raça Nelore, totalizando a mo-
o 9º leilão Campo Grande Embr yo.
vimentação de R$2,065 milhões,
O Tradicional remate será promo-
com a média geral de R$62 mil. A
vido, este ano, por Carlos Eduardo
transmissão será ao vivo pelo Ca-
Naegele e Agropecuária Zamlutti.
nal Rural, com a realização da Pro-
Em 2013, foi realizado um ver-
grama Leilões.
tados de vermelho e de preto. Animais de curiosa beleza de pelagem e que podem alinhar todas as principais qualidades da raça, como produtividade, precocidade, fertilidade, rusticidade e conversão alimentar. A transmissão será ao vivo pelo Canal Rural, com a realização da Programa Leilões.
“O Campo Grande Embr yo tem essa inspiração. Os resultados do ano passado foram reconhecidos e expressam nossas ações no trabalho com Nelore. Neste ano, vamos superar” Carlos Eduardo Naegele, promotor do Campo Grande Embryo
Leilão Cícero de Souza Elite “Sempre investimos em melhoramento genético, o que vem nos dando importantes conquistas no trabalho com a raça Nelore, estando entre os melhores criadores do estado. E neste leilão que está sendo preparado não será diferente” Geraldo Carvalho, organizador do remate
Agendado para 19 de novembro
o que há de melhor no Nelore 42 e de
(quarta-feira), às 21h, no Buffet Golden
seus convidados. A transmissão será
Class, o Leilão Cícero de Souza Elite. O
ao vivo pelo Canal Rural, com a reali-
remate, promovido desde 2004, reúne
zação da Programa Leilões.
“A genética que está nesse leilão, tanto do Nelore 42 como dos nossos convidados, que não mediram esforços para participar, está muito boa. Estamos oferecendo matrizes, fêmeas campeãs, enfim uma excelência em genética” Cícero de Souza, do Nelore 42
93
elitte rural
Romanelli MS e Convidados
Leilão Nelore RS Produção
O Leilão Elite Romanelli MS e Con-
vidados, vão ofertar doadoras com
vidados está previsto para 21 de no-
comprovação Geneplus e Novilhas
vembro (sexta-feira), no Terra Nova
de pista. A transmissão será ao vivo
O Terra Nova Eventos tam-
Centro de Eventos. Os promotores do
pelo Canal Rural, com a realização da
bém receberá o Leilão Nelo-
remate, José Carlos Romanelli e con-
Programa Leilões.
re RS Produção, no dia 22 de
“O trabalho da Agropecuária Romanelli é feito com muita responsabilidade e consciência. A nossa seleção genética é muito bem feita, por isso, estamos preparando o que temos de melhor em nossos plantéis e o resultado poderá ser conferido na pista” José Carlos Romanelli, organizador do remate
novembro (sábado), às 13h30. A Nelore RS está preparando um remate com 110 lotes de fêmeas, animais, bezerras, doadoras e mais de 60 reprodutores. A transmissão será ao vivo pelo Canal Rural, com a realização da Programa Leilões.
Leilão Rima MS No dia 23 de novembro (domingo),
de fêmeas e prenhezes PO e, ainda,
às 13h, o Terra Nova Centro de Even-
outros animais de produção. A trans-
tos será palco do Leilão Rima MS. O
missão será ao vivo pelo Canal Rural,
remate vai apresentar uma variedade
com a realização da Programa Leilões.
“Buscando sempre contribuir com o melhoramento genético da raça Nelore, a Rima Agropecuária oferece, em todos os remates de que participa, o que há de melhor em genética de seu criatório e, neste leilão, não será diferente” Cláudio Signorelli, superintendente do grupo Rima Agropecuária
94
“Vamos ofertar o alto padrão da genética RS neste leilão” Roberto Bavaresco, da RS Nelore
ANTONIO RONALDO RODRIGUES DA CUNHA APRESENTA:
LEILÃO VIRTUAL
Mega Matrizes PO Aliança 16 DE NOVEMBRO 2014 . DOMINGO Das 10 às 13h e das 14 às 19h TRANSMISSÃO CANAL RURAL Foto: JM Matos
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elitte rural
Fenagro A Feira Nacional da Agropecuária, Fenagro, a principal do Nor teNordeste e uma das cinco maiores do Brasil em volume de vendas de animais, encerra o calendário de feiras agropecuárias da Bahia. A expectativa é de atrair mais de 300 mil pessoas para o Parque de Exposições de Salvador, entre os dias 29 de novembro e 7 de dezembro. Integrando a programação de remates, será realizado, em 3 de dezembro, o tradicional Leilão Ouro Bahia, às 20h, no Parque de Exposições Agropecuárias de Salvador. No ano passado, o evento teve faturamento superior a R$1 milhão.
“Meu foco não é o retorno financeiro; a melhor recompensa é ter tantos amigos reunidos por um único propósito, a valorização do Nelore” Wilson Marques, pecuarista Ouro Bahia
96
Nelore Fest Tradicional Nelore Fest, conhecida como Oscar da Pecuária, acontecerá no dia 11 de dezembro, no Leopoldo Itaim, na capital paulista. Promovida pela Associação de Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), a festa reúne os principais representantes da pecuária. A cadeia produtiva da carne bovina contará com selecionadores de genética, criadores, recriadores, invernistas, confinadores, frigoríficos, assessores pecuários, consultores de campo, técnicos e pesquisadores. Também
do Nelore, Incentivador da Raça, Família
participam do evento personalida-
Nelorista, Criador Modelo, entre outras.
des, grandes empresários e inves-
Também serão entregues troféus ao
tidores do mercado agropecuário e
Melhor Criador e ao Melhor Expositor
de capitais.
dos Rankings Regionais e aos três Me-
A festa marca o encerramento
lhores Criadores e Expositores das Co-
do calendário anual de atividades
pas Inter-regionais, juntamente com a
da raça Nelore e valoriza os criado-
premiação dos Campeões do Ranking
res, profissionais e personalidades
Nacional Nelore e Nelore Mocho, com
que se destacaram ao longo do
as homenagens do Oscar da Pecuária
ano. Entre as categorias que serão
e a premiação dos vencedores da 12ª
premiadas estão: Excelência no
edição do Circuito Boi Verde de Julga-
Agronegócio, Nova Geração, Amigo
mentos de Carcaças.
“A expectativa para a Nelore Fest 2014 é de atingir novamente a capacidade máxima da casa, ou seja, 400 convidados. Quanto às premiações entregues no evento, teremos pela primeira vez a entrega dos troféus aos vencedores da Liga dos Campeões e da Super Copa do Ranking Nacional, segmentações de disputa instituídas no ano calendário 2013/2014, encerrado em setembro. Entre as homenagens, pretendemos destacar pessoas com atuação relevante nos 60 anos da ACNB” Pedro Gustavo Novis, presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB)
2014
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As mais badaladas personalidades do agronegócio estão em evidência nestas páginas da “Elitte Rural”. Gente que se diverte mundo afora e compartilha de suas alegrias com a família de criadores espalhada pelo Brasil inteiro. São viagens e celebrações, como o tour de Ludmila Loyola e Paula Florentino pela China; o chá-bar surpresa para Lilian Bianchi e Fernando Rotger, realizado com o aniversário de Dorival Bianchi; o requinte das bodas de Larissa com Paulo Henrique Carvalho Pinto. E você vai conferir também a paixão eterna de Leda Jorge de Souza pelos cachorrinhos da raça Pug. Fique por dentro de tudo o que acontece com os VIPs! P OR JA N A IN A NUNE S
99
elitte rural
Dois em um A família e os amigos fizeram uma surpresa para Lilian Bianchi e Fernando Rotger, no dia 25 de outubro. Foram realizados um chá-bar country e, ainda, a comemoração de aniversário de Dorival Bianchi. Requinte marcou as duas celebrações, na casa de Sueli e Norton, em São Paulo, capital. Estiveram presentes os neloristas e padrinhos dos noivos, Luís Otávio Botelho e Valter Egídio. A decoração ficou a cargo da Fascination Eventos, de Thaysa Rossi. Um dos destaques foi o bolo personalizado, com sapatinho Louboutin e botinha de cowboy, elaborados por Flávia Ribeiro Andrada. Também chamaram a atenção os cookies de botinhas, entregues como lembrancinhas – cookies for fun! As barraquinhas com as deliciosas comidinhas do Onofre fizeram o evento ainda mais especial. O ponto alto da festa foi a participação da dupla sertaneja Tony & Kleber, de São José do Rio Preto (SP), interpretando muitas músicas de raiz.
100
Fotos/ Bruna Guerra
As bodas de Larissa e Paulo Henrique Carvalho Pinto Os noivos Larissa Ricciardi Jacobucci e Paulo Henrique Carvalho Pinto receberam seus familiares e amigos, em 27 de setembro, na Basílica Menor Nossa Senhora Conceição Aparecida, em São José do Rio Preto (SP). Os pais deles, Miguel Pinto de Santana Filho e Rita de Cassia Carvalho Pinto, Dilson Cesar Moreira e Jacobucci Stela Ricciardi, recepcionaram 300 convidados em uma bela festa no Villa Conte, que teve decoração de Roni Vieira. Muitos integrantes da família nelorista prestigiaram os noivos, que seguiram viagem de lua de mel para Ilhas Maldivas, Dubai e Abu Dabhi.
101
elitte rural
Um giro pela Ásia As sócias Ludmila Loyola e Paula Flo-
estiveram em toda a China, para elas, foi a
O próximo ponto no roteiro turístico foi
rentino decidiram fazer uma das melhores
Muralha da China, a 40 minutos da capital
a moderna, iluminada e linda Shanghai.
viagens de suas vidas. O destino? Chi-
chinesa. Ludmila e Paula realizaram essa
Na linda cidade as viajantes foram rece-
na! Um tour de 18 dias pelos arredores
visita em um dia superagradável e vazio.
bidas no aeroporto pelo pessoal da Ouro
de Hong Kong, Beijing e Shanghai. Após
“A sensação que tivemos ao nos deparar
Fino, na pessoa de Joamyr Júnior.
22 horas de voo, aterrissaram em Hong
com tamanha grandeza foi de arrepiar!”
Assessoradas por um nativo da Chi-
Kong, segundo elas, uma cidade moder-
As duas aproveitaram para jantar, qua-
na, chamado Brian, elas não perderam
na, com trânsito um tanto conturbado,
se todos os dias, no Cai Yi Xuan, no hotel
a chance de percorrer vários pontos tu-
mas repleta de shoppings e mercados gi-
Four Seasons, e amaram! E, claro, visitaram,
rísticos, como o templo de Buda e o Yu
gantescos. “Uma tentação a cada esquina
também, a Wangfujing, a rua muito gosto-
Garden. Houve espaço, ainda, para a tra-
para nós, mulheres!”
sa para compras e com muitos restauran-
dicional visita à Torre de TV, de onde se
Entre os pontos turísticos, o que mais
tes, mas muito lembrada pelos famosos
avista toda a cidade. E por falar em visual
agradou foi o The Peak (Pico Victoria). “A
espetinhos de insetos da China (besouros,
incrível, para comemorar o aniversário de
vista incrível e o complexo de lojas e res-
gafanhotos, escorpiões) e de cavalos-mari-
Paula, elas foram ao restaurante M on the
taurantes são perfeitos, em especial para
nhos. Ludmila e Paula não tiveram coragem
Bund, no topo de um prédio no canal. “A
curtir o lindo pôr do Sol!”
de experimentar, mas tiraram muitas fotos
vista é de tirar o fôlego. Sentamos no terra-
e fizeram vídeos para eternizar diferenciada
ço, pois a noite estava linda. O restaurante
experiência.
é demais”, diz Ludmila.
Numa das noites, Ludmila e Paula pegaram um ferry boat e foram passear em Macau. A cidade é cheia de cassinos
Para quem vai a Beijing, segundo elas,
Na bagagem de volta, emoções, sen-
e fatura mais do que os cassinos de Las
um destino certo e incomparável no mun-
sações e muita cultura! “Finalizamos esse
Vegas. Elas se hospedaram no belíssimo
do é o Mercado das Pérolas e das Sedas!
passeio, que acabou deixando um gosti-
hotel-cassino Venetian, que imita o canal
“Simplesmente incrível!”
nho de quero mais!”
de Veneza, na Itália. As sócias “superindicam” o passeio para quem gosta de fazer compras e de clima de cassino. Depois de cinco dias em Hong Kong, as duas seguiram num voo para Beijing. Lá, desfocaram das compras dos primeiros dias para curtir os passeios e a cultura chinesa. Foram à Praça Celestial, à Cidade Proibida e ao Templo do Céu. “Tudo é incrível e com histórias antigas pra lá de interessantes!” Um dos lugares mais lindos onde já
102
Foto/Azeide Marcondes
Uma paixão eterna Desde criança, Leda Jorge de Souza
melhoramento genético, ano após ano.
cachorrinhos, sendo cinco fêmeas e
tem paixão pelos animais. Ela passou
Leda conta que, nesse tempo, conquista-
dois machos (Dada, Lili, Juju, Amy, Nina,
toda a infância na fazenda e, desde
ram grandes parcerias e amigos dentro
Duke e Willy)”, conta a laçadora. Segun-
muito nova, já mexia com pecuária; pri-
da raça Nelore, que hoje praticamente fa-
do Leda, é uma raça dócil, companhei-
meiro com cavalos, depois com gado Ne-
zem parte da família. Todos os anos, eles
ra e amigável, além de engraçada, por
lore. Durante 12 anos, Leda praticou laço
se encontram nos leilões da marca 42
seus barulhos, e estabanada, como se
cumprido, esporte tradicional no Mato
para contemplar a raça e celebrar essa
tentasse se compor tar como nós, seres
Grosso do Sul. A laçadora consagrou-se
longa amizade, em uma grande festa,
humanos. A criadora tem muito respeito
Campeã estadual por três vezes. A pai-
realizada em Campo Grande (MS). Este
pelos animais e procura conscientizar as
xão pelo Nelore foi aumentando com o
ano, no dia 18 de novembro, o remate vai
pessoas de que eles são extremamen-
passar do tempo. Inspiração veio do pai,
fazer um almoço na fazenda Serra Dou-
te impor tantes em nossas vidas: “são
Cícero de Souza, que começou a investir
rada, e no dia 19, acontecerá o grande
anjos que Deus nos enviou para cuidar
na raça Nelore, em 1982. São 32 anos de
Leilão Nelore 42, onde, junto aos convida-
de nós”, diz Leda. Ela integra grupos que
muito amor e dedicação à pecuária e ao
dos, será ofertado o que há de melhor na
se solidarizam na ajuda aos animais e
Nelore, raça que, aos olhos de Leda, é a
genética da raça.
acredita que chegará o dia em que todo
melhor do mundo.
Em 2009, Leda ganhou do marido,
homem conhecerá o íntimo dos animais
A família começou no mundo dos
Renan Contar, um presente maravilho-
e, nesse dia, qualquer crime contra um
leilões, em 2001, com touros Nelore e,
so, uma cachorrinha da raça Pug. “Co-
animal será considerado um crime contra
depois, de fêmeas, sempre em busca de
meçou com a Dada e, hoje, são sete
a humanidade.
103
104
Chefs e pecuaristas apresentam os segredos das carnes nobres, ensinando suas deliciosas receitas. Nesta edição, a suculenta e diferenciada carne Nelore natural. É a qualidade do boi criado a pasto refletida na mesa. Vamos falar, também, de outra paixão nacional: a Cerveja Gourmet. Confira todo o charme do produto ar tesanal com o leque de opções para encantar o consumidor!
105
w
w
elitte rural
Nelore Natural: deliciosamente saudável
A
preocupação com a se-
oferecendo ao mercado um produto
o Brasil”, afirma o presidente da As-
gurança alimentar tem
diferenciado, por sua padronização e
sociação dos Criadores de Nelore do
sido debatida entre os
qualidade controlada.
Brasil (ACNB), Pedro Gustavo Novis.
integrantes do setor pro-
O programa contemplava quatro
No Programa de Qualidade Nelore
dutivo brasileiro e ganha força nas
estados brasileiros (MT, MS, GO e RO)
Natural, os técnicos da ACNB visitam
gôndolas dos supermercados, por
e, agora, chega a São Paulo, amplian-
as propriedades e acompanham des-
meio de selos de qualidade. O con-
do a parceria com a Marfrig Global
de o início da produção até a classi-
sumidor hoje leva em consideração,
Foods. “Queremos expandir cada vez
ficação dos animais no momento do
além do sabor, conceitos como bem
mais o programa e levar carne de qua-
abate. No frigorífico, as carcaças pro-
-estar e sustentabilidade.
lidade para os consumidores de todo
venientes das fazendas par ticipantes
De olho neste nicho de mercado Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) criou e desenvolveu o Programa de Qualidade Nelore Natural (PQNN), com um conjunto de normas e procedimentos para garantir o padrão de carcaças bovinas, sistemas de cria, sistemas de engorda e reprodutores da raça Nelore,
106
“Queremos expandir cada vez mais o programa e levar carne de qualidade para os consumidores de todo o Brasil
‘‘
politicamente correto e saudável, a
do PQNN são avaliadas. Aquelas que apresentam idade inferior aos limites máximos e que, de acordo com o sexo, se enquadram nos padrões de peso e de acabamento são embaladas com o rótulo da linha Mar frig Nelore Natural. E o produtor recebe uma premiação pela qualidade do animal. “Como uma empresa que está voltada para o segmento Premium,
w
DO PRATO PARA AS PÁGINAS O chef Paulo Ramos tem tanta experiência que resolveu compartilhar em larga escala. Em parceria com a ACNB, lançou o livro “Dicas de Receitas Naturalmente Deliciosas”. “Bem dentro do programa PQNN, começanós, da Mar frig, consideramos fun-
rados ambientes amplos e sombrea-
ram as ações de cursos de Culinária
damental os avanços que o Progra-
dos e profissionais capacitados para
Nelore Natural, nos pontos de venda.
ma de Qualidade Nelore Natural tem
manejar o rebanho durante procedi-
Surgiu, então, a ideia de se fazer um
proporcionado, com melhorias signifi-
mentos que possam causar estresse.
livro de culinária, com dez receitas,
cativas em termos de rendimento de
Para o consumidor final, esse con-
carcaça, por exemplo”, comenta o di-
junto de regras representa menos gor-
retor de Compra de Gado da Mar frig
dura total, menos gordura saturada,
Global Foods, José Pedro Crespo.
mais vitamina E, riboflavina, vitamina B, cálcio, magnésio e potássio e, ainda,
SEM ESTRESSE E COM MAIS SABOR
mais Ômega 3 do que Ômega 6. A
procurando mostrar pratos básicos e seguindo regras simples do dia a dia das pessoas, mas que são verdadeiras delícias com a carne”, conta o chef. Ele explica que, antes de chegar à mesa, é preciso saber o tipo ideal de corte bovino para cada prepa-
Suculenta, rica em proteínas, com
carne Nelore Natural é extremamente
ro. É comum uma pessoa chegar
coloração padronizada e, ainda, na-
magra em sua porção vermelha, pois a
a um ponto de venda e pedir uma
tural. Essa é a qualidade do alimento
gordura que contribui para o sabor está
carne para bife. Segundo Paulo, aí
que chega à mesa de milhares de
localizada na porção extramuscular.
está um dos erros mais comuns
consumidores do Nelore Natural. A
Isso significa que o consumidor pode
no processo de compra de carne.
base do sustento dos animais é ca-
fazer a separação da gordura no mo-
O desconhecimento dos cortes pe-
pim e sal mineral. Para que a carne
mento do preparo ou no próprio prato.
las pessoas faz com que, muitas
esteja macia, saborosa e de acordo
“Boi bem criado no pasto, quali-
vezes, elas nem sempre comprem
com exigências de bem-estar, os pe-
dade alimentar na mesa”, garante o
um corte correto para a preparação
cuaristas são orientados a fornecer
chef de cozinha Paulo Eduardo Cal-
desejada. “Por esse motivo, nos
água fresca e limpa, bem como co-
deira Ramos, convidado para par-
mida à vontade, através de uma die-
ticipar do PQNN e responsável por
ta que possibilite ao bovino ter vigor
cursos de culinária que ensinam os
e boa saúde. Também são conside-
consumidores a escolher o cor te.
cursos de Culinária Nelore Natural, procuro orientar as pessoas a comprar o corte adequado para o prato que elas desejam preparar. Faz toda a diferença”, assegura. 107
w
Foto/Maurício Farias
elitte rural
MÚSCULO NELORE NATURAL COM ABÓBORA E MILHO Ingredientes - 1 kg de músculo Nelore Natural cortado em cubos - 1/2½ kg de abóbora madura sem casca, cortada em cubos - 2 xícaras de milho verde (400g) - 1 pitada de pimenta-do-reino branca - 4 dentes de alho espremidos - 4 colheres (sopa) de óleo - 1 litro de água - Sal a gosto
DICAS DO CHEF - Comprar sempre carne que tenha origem, selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) municipal ou estadual, órgãos que certificam que esses animais foram abatidos dentro de frigoríficos autorizados, e não sofreram abates clandestinos. - Sempre que comprar uma peça de carne para congelar, dependendo de seu peso e tamanho, devemos congelá-la em porções a serem usadas de uma única vez. Uma vez congelada, a carne não pode voltar para a geladeira ou freezer, pois perde qualidade e, muitas vezes, fica imprópria para o consumo. - Carnes podem ficar armazenadas em geladeira por até três dias. - No caso do freezer, esse período se estende por até 12 meses. - O corte da carne deve ser sempre no sentido contrário da fibra, pois o corte feito sobre ela vai fazer com que perca a sua elasticidade e maciez.
108
Modo de Preparo Tempere a carne com sal, pimenta e alho. Reserve. Em uma panela grande, aqueça o óleo em fogo alto. Junte a carne temperada e frite-a,
virando de vez em quando, até dourar e secar todo o líquido acumulado no fundo da panela. Adicione água e tampe. Quando ferver, abaixe o fogo e cozinhe por cerca e uma hora. Junte a abóbora e o milho e tampe novamente. Cozinhe mexendo de vez em quando até a carne e os vegetais ficarem macios. Sirva a seguir. Se preferir, conserve na geladeira de um dia para o outro, em recipiente tampado, e reaqueça no momento de servir. Valor calórico: 317 calorias por porção. Substituições: o músculo pode ser substituído por coxão duro, patinho, maminha ou fraldinha.
w
O chef Paulo Ramos
FILÉ MIGNON NELORE NATURAL COM BRÓCOLIS ½ Ingredientes - 1 kg de filé mignon Nelore Natural - amido de milho - 2 colheres (sopa) de óleo - 1 maço de brócolis cortados em flores (150g)
Em uma frigideira, aqueça duas colheres de óleo e frite os brócolis. Tampe a frigideira e deixe cozinhar rapidamente até que fique crocante. Reserve.
Para o molho - 4 colheres (sopa) de molho de soja ½- 1/2 colher (chá) de óleo de gergelim - 1 pitada de açúcar - 1 colher (sopa) de amido de milho - 2 colheres (sopa) de cebolinha verde picada em rodelas
Molho Em uma vasilha, misture o molho de soja, o óleo de gergelim e o açúcar. Dissolva o amido de milho em ½ xícara de água e adicione ao molho. Mexa e acrescente a cebolinha verde. Em uma frigideira, coloque o molho e cozinhe até ferver e engrossar. Misture a carne e os brócolis, aqueça e sirva rapidamente.
Modo de preparo Corte o filé em fatias finas. Passe as fatias no amido de milho e frite em óleo quente até dourarem. Deixe escorrer em papel absorvente. Reserve.
Rendimento: 4 porções. Valor calórico: 464 calorias por porção. Substituições: O filé mignon pode ser substituído por contrafilé, patinho ou maminha.
“Ainda me recordo de como as minhas avós e tias cozinhavam bem e, quando fecho os olhos, consigo sentir o cheiro apetitoso vindo das panelas, que no fogão a lenha produziam deliciosas refeições”, relembra o chef Paulo Ramos. Para o especialista em cortes do Nelore Natural, tudo começou assim, quando ele ainda era uma criança. Aos 12 anos, o interesse era tamanho que até queria fazer algumas receitas compartilhadas com a avó, mas não foi tão simples assim. A cozinha era um ambiente dominado inicialmente somente por mulheres. Os homens entravam a princípio como apreciadores e depois como alquimistas. Paulo enfrentou o preconceito nas décadas de 70 e 80, quando demonstrou mais interesse pela culinária e decidiu que gostaria de ser um chef de cozinha. O apoio veio da família, em especial, dos pais. Foi um pontapé importante no processo de busca e descobrimento dos segredos da culinária brasileira. O chef graduou-se pelo Senac Minas e tornouse sócio-proprietário da empresa Chef Duá Gastronomia Ltda. Por meio dela, Paulo presta consultoria e cursos de culinária a várias empresas. “Tive a oportunidade de trabalhar com muitos chefs de cozinha, ser chef em muitos restaurantes e hotéis e de participar de vários festivais, como o Tiradentes, um dos mais tradicionais de Minas Gerais”, conta. Convidado pela Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) para participar do Programa de Qualidade Nelore Natural (PQNN), desde 2001, ele conta segredos de como se comprar e preparar a carne bovina de Nelore Natural da forma correta.
109
elitte rural
A nobre paixão nacional Paixão nacional, a cerveja é presença confirmada no happy hour com amigos, no churrasco da família brasileira e até nos leilões de elite. A BEBIDA Não distingue evento e tem público certo, no entanto, o cardápio não se resume mais à tradicional loira gelada. Novos estilos têm ganhado espaço na mesa dos apreciadores mais exigentes, oferecendo uma variedade de cores, sabores e aromas
T
ermos complicados, como
e curiosos em boas experiências
Pale Ale, Stout, Dunkel e
gastronômicas.
todos os tipos de paladar. Mestre cervejeira de uma fábrica
Weissbier, passaram a fa-
Diferente das marcas industriais, a
artesanal em Ribeirão Preto (SP) – a
zer parte do vocabulário
cerveja gourmet dispensa o uso de
cervejaria Colorado –, a engenheira
de quem gosta mesmo de cerveja.
outros cereais, como o milho e o ar-
de alimentos Bianca Franzini explica
Tudo graças à difusão do concei-
roz, para baixar os custos de produção.
que o freguês pode escolher entre
to de bebida premium no merca-
A fórmula da bebida artesanal tem
bebidas com maior ou menor teor al-
do nacional, onde já existem mais
100% malte, combinado com ingre-
coólico, encorpadas ou não, amargas
de 200 cervejarias registradas que
dientes escolhidos a dedo, como café,
ou doces, claras ou escuras. Essa va-
produzem artesanalmente receitas
rapadura, mandioca, mel, castanha-do
riedade de estilos permite casar a cer-
especiais para atender um núme-
-pará e até chocolate. O resultado são
veja gourmet em diferentes ocasiões
ro cada vez maior de especialistas
sabores inusitados e com opções para
e cardápios, assim como o vinho.
110
“Aliado ao cuidado na produção, qualidade da receita e ingredientes superespeciais, o produto artesanal oferece um leque de opções gustativas e isso acaba encantando o consumidor, pois as marcas industriais no Brasil estão todas dentro de um mesmo estilo e não têm diferença de sabor”, ressalta. Foto/Cervejaria Colorado
Entre as queridinhas dos cervejeiros, um dos destaques atualmente é India Pale Ale ou IPA. A bebida amarga, perfumada e com coloração âmbar-avermelhada tem conquistado adeptos em todo o mundo, inclusive no Brasil, sendo um bom pedido para acompanhar desde queijos fortes e doces, como crème brûlée, até carnes vermelhas com molho ou mesmo um churrasco caprichado. “Depende do gosto do apreciador. É importante estar aberto a provar novos produtos para descobrir o que agrada mais ao
Foto/Cervejaria Colorado
seu paladar”, orienta a especialista.
O inconfundível trigo Já para quem deseja experimentar pela primeira vez uma
[cerveja clara comum], que é mais aguada e rala”, afirma.
cerveja premium, a dica é come-
O gosto pelas cervejas gourmet
çar por bebidas tipo Weiss, feitas à
vem sendo aprimorado há dois
base de trigo. Bianca afirma que a
anos e, agora, o desafio é descobrir
escolha é garantida para os inician-
novos sabores para desafiar o pa-
tes porque essas cervejas são con-
ladar. Com essa missão, Caio reúne
sideradas de verão, com sabor leve,
os amigos semanalmente em uma
que faz a preferência do brasileiro.
cervejaria da cidade de Goiânia
Amante das receitas à base de
para a sessão de degustação.
trigo, o pecuarista Caio Eduardo
A loja oferece mais de 300 rótu-
Fonseca aposta na cerveja escu-
los de diversos países. Indepen-
ra Dunkel Weizen para harmonizar
dentemente do tipo de cer veja, o
uma carne de caça na refeição
segredo é consumir a bebida na
ou mesmo para saborear uma
temperatura cer ta. A medida ideal
picanha assada, na fazenda Bom
é entre 4º a 7 graus. “Nada de
Sucesso, em Rio Verde (GO). “É a
bebida estupidamente gelada ou
minha bebida favorita, porque a
você inibe as papilas gustativas
filtragem menor dá um sabor mais
e perde todo o sabor”, ensina a
encorpado. Diferente da Lager
mestre cervejeira Bianca. 111
elitte rural
Apaixone-se pelos sabores diferentes Robust Portes: Cerveja de coloração escura, malteada e robusta, com sabor marcante de tostado. É feita da combinação de água, malte de cevada, lúpulo, levedura e café, sendo o último responsável também pelo seu singular aroma. Combina com queijos gorgonzola e Stilton, carnes secas e de cordeiro. Imperial Stout: Feita com malte, lúpulo e rapadura queimada. Tem elevada longevidade e evolução de sabores com o tempo. Por isso, recomenda-se mantê-la em local escuro, fresco e consumi-la a temperaturas entre 12 e 16 graus. É ideal para acompanhar carnes de caça, queijos duros bem maturados, presunto cru e sobremesas caramelizadas, como crème brûlée e pudim de leite. India Pale Ale (IPA): É brasileira, apresenta coloração âmbar clara e aroma que combina notas cítricas com delicioso caramelo tostado. Seu teor alcoólico está em torno de 6,5%. No paladar, uma cerveja saborosamente amarga, de final seco e que
112
faz bonito quando acompanha uma
cialmente as mais leves e claras, de
bela carne! Harmonização perfeita
teor alcoólico menos elevado, que se
com carne assada, embutidos, co-
apresentam mais refrescantes e, por
mida mexicana, empanados, falafel,
isso, são fáceis de beber. A harmo-
hambúrguer, pato, pizza de calabre-
nização interessante é com frutos do
sa, salmão, cheddar.
mar, saladas, frios, embutidos, pra-
Dunkel: A cerveja artesanal de tri-
tos leves e queijos de sabores me-
go escura, natural da Bavária, na
nos intensos.
Alemanha. Apresenta cor castanho-
Weiss: Combina com as saladas le-
caramelada, espuma generosa e
ves, peixes, frutos do mar, omelete,
persistente, líquido turvo, aroma fru-
quiche de queijo, petiscos fritos, so-
tado intenso e sabores marcantes
bremesas à base de banana.
de banana e cravo. Vai muito bem
Witbier: cerveja de trigo, que leva
com pratos mais condimentados e
como ingredientes também cascas
picantes, carne vermelha com molho
de laranjas, semente de coentro e
agridoce, goulash e lentilha, haddock
outras especiarias. Bebida refres-
assado, ovos com bacon, pato assa-
cante, frutada, picante nos aromas,
do, salmão defumado, truta e vitela.
leve e com espuma abundante. Cai
Lager/Pilsen: As cervejas de baixa
bem com saladas, ricota, peixes e
fermentação (Lager) são as compa-
risotos cítricos.
nhias perfeitas para o verão. Espe-
Quem entende indica A Colorado Uma das pioneiras na fabricação de cervejas artesa-
“Indico a cerveja Colorado Appia para quem está começando. É uma cerveja de
nais no país, a Colorado está completando 18 anos, acu-
trigo que usa favos de mel
mulando prêmios internacionais e atingindo também a
na fermentação e, por isso, é
maioridade no sabor, na produção e na distribuição. Uma
mais adocicada. Bem refres-
fórmula que conquistou o Brasil, ultrapassou fronteiras e
cante, ideal para o verão. Vai
hoje é exportada para a França e os Estados Unidos.
bem com queijo brie, pernil e
Desde a sua fundação, em 1996, a Cervejaria Colora-
massas leves”.
do mistura sabores brasileiros. O malte e o lúpulo rigoro-
Caio Fonseca, da fazenda
samente selecionados são combinados com ingredientes
Bom Sucesso (GO)
especiais, escolhidos a dedo, como café, rapadura, manFoto/Cervejaria Colorado
dioca, mel e castanha do Pará, formando sabores inusitados e mundialmente brasileiros. Desde o início, a Cervejaria Colorado utiliza a água do aquífero Guarany – uma das maiores e mais puras reservas de água doce do mundo – na fabricação das cervejas e dos chopes. A originalidade está nos detalhes, inclusive nos rótulos, que são premiados no mundo inteiro. Seus idealizadores garantem: “a receita do sucesso é não ter receita pronta. É acreditar nos sabores e na identidade brasileira para produzir cervejas interessantes, emocionantes e deliciosas, como o Brasil”. “Recomendo a India Pale Ale para harmonizar uma boa carne nobre suculenta. Uma Pilsen também pode ser boa pedida para um churrasco entre amigos em lugar mais quente”. Bianca Franzini, da cervejaria Colorado, Ribeirão Preto (SP) “Para relaxar e ter um final de dia tranquilo em casa, não pode faltar uma Baden Baden Heller Bock ou Backer Pale Ale. São cervejas concentradas, fortes e amargas. Ótimas
Foto/Cervejaria Colorado
combinações com frios e embutidos, como queijo ou o salaminho”. Nelorista AntÔnio Oscar Gonçalves Falcão, da fazenda Santa Mônica, em Betim (MG)
113
elitte rural
Um hobby com bom gosto O empresário de Barretos (SP) Frederico Sanchez Resende conheceu a cer veja gourmet há 20 anos, quando morava nos Estados Unidos. Desde então, sempre procura os melhores rótulos por onde passa. A paixão pelo sabor da bebida ar tesanal o inspirou a desenvolver a própria receita caseira, há três anos. As primeiras garrafas foram distribuídas, este ano, em mercearias de amigos na cidade paulista. Sanchez criou uma adaptação da India Pale Ale (IPA), a preferida dele entre as cer vejas especiais. A bebida caseira mantém o amargor, o toque cítrico no sabor e aroma, mas com teor alcoólico menor, para ser apreciada pelo consumidor local até mesmo no calor do
114
verão do Brasil Central. Para o fabricante, a IPA é um su-
mais for te dá um toque especial na refeição”, conta.
cesso para ser ser vida com carnes
Mas, para quem ainda não tem
de molho picantes ou com um típi-
intimidade com a cartela de cervejas
co churrasco. “Se você tomar uma
especiais, o empresário indica come-
cer veja padrão, a carne não vai ter
çar testando uma Lager ou uma Wit-
qualquer realce no sabor, porque é
bier. São bebidas leves e caem bem
uma bebida muito fraquinha. Ago-
com saladas, peixes e queijos frescos
ra, um bife na brasa com a cer veja
para os dias mais quentes do ano.
Ousadia, paixão e razão compõem esta editoria. As verdades de pecuaristas, agricultores e especialistas do Brasil que se destacaram no universo rural. Nesta edição, você, nosso leitor, acompanha as trajetórias de empreendedorismo de Roberto e Simone Bavaresco, da RS Agropecuária, e do pecuarista carioca Joaquim Caravellas, da JC Nelore. O que eles têm em comum: o faro para os bons negócios e a persistência na realização de seus sonhos. 115
elitte rural
Roberto e Simone Bavaresco, uma parceria de sucesso “Cumplicidade, perspectiva de melhorar a cada dia e a nossa realização. Esses são muito importantes para os nossos negócios. Sem dúvida, a Simone é o ponto de equilíbrio”. A declaração do empresário e pecuarista Roberto Bavaresco traduz a parceria absoluta com a esposa, Simone, que originou a marca Agropecuária RS. “O Roberto é mais ousado e eu sou a mais pé no chão. Foi assim que deu certo, essa mistura dos dois”, completa Simone
R
oberto chegou a Curitiba
investiram juntos em um pequeno
Após seis meses, veio a oportu-
(PR) ainda muito jovem
comércio, no Bairro CIC, em Curiti-
nidade de ampliação. “Foi uma
e conheceu Simone, por
ba. Depois de três anos de traba-
oportunidade de adquirirmos três
meio de amigos incomuns.
lho e luta para crescer, adquiriram
lojas e nós a abraçamos”, ressalta
Começaram um namoro, que durou
uma loja de supermercado de mé-
Roberto.
cerca de dois anos, até que veio o
dio porte, em Paranaguá, litoral do
Em 2008, pensando estrategica-
casamento, em 1995. Simone traba-
Paraná. Em 1999, os negócios pros-
mente no marketing, a rede passou
lhava em uma loja de roupas infan-
peraram e surgiu a primeira loja da
tis e Roberto já tinha uma peque-
rede Supermercados Bom Preço.
Foto/Juliane Rocha
na mercearia. Com o matrimônio,
116
quantidade. Foram gerados 177 no-
varesco. Este ano, os empresários
vos empregos diretos e 120 indiretos,
conseguiram inaugurar a primeira
preferencialmente para moradores
de suas lojas totalmente projetada
da região de Paranaguá. O Bava-
e construída por eles, do alicerce
resco Mais conta, também, com
ao acabamento. Com 8.300 metros
serviços como farmácia, café, loja
quadrados, a quinta loja da Rede
de perfumaria e cosméticos e salão
Bavaresco, chamada de Bavaresco
de beleza.
Mais, funciona no modelo de Ata-
Ao todo, são cinco lojas, uma na
carejo (Atacado e Varejo), que dá
região central e outras quatro nos
descontos para compras em maior
bairros de Paranaguá.
Foto/Juliane Rocha
a se chamar Supermercados Ba-
De olho no campo O casal visionário tem faro para
Simone apoiou a aquisição da
os negócios e, motivado pelo so-
fazenda Agropecuária RS, no Mato
nho de Roberto, abraçou mais uma
Grosso do Sul. O novo empreendi-
oportunidade, mas, desta vez, no
mento carrega a força dos nomes
ramo da pecuária. “Criar gado sem-
deles. Em 2001, começaram com a
pre foi um sonho desde menino e
cria do gado de engorda. “Na épo-
que foi possível tornar realidade”,
ca, era tudo novo. A minha vontade
conta Roberto.
veio da vontade do Roberto. Nunca
Um sonho que começou na in-
fui de campo, mas hoje gosto muito.
fância. O menino do interior de Águas
Acho que foi o melhor investimento
de Chapecó, aos 11 anos, mudou-se
que a gente fez”, revela Simone.
meiras fêmeas do seu plantel foi a
para Rondônia com o irmão Osmar
A atração pelo Nelore veio logo.
Cartagena, adquirida no Leilão VR.
Bavaresco. Os dois sempre cruzavam
Surgiu especificamente quando um
“Fui adquirindo alguns animais, fa-
as estradas do Mato Grosso. “A gente
amigo convidou Roberto para parti-
zendo coleta de embriões e assim
ia e voltava muito, então, eu via gran-
cipar de um leilão, em Dourados, na
montei o primeiro time da marca RS,
des fazendas e aquilo me atraía, cha-
Fazenda Ribalta. “Participei do leilão
em 2009”, conta o criador.
mava minha atenção”, conta Roberto.
e adquiri dois animais, que ficaram
Naquele mesmo ano, a Agrope-
hospedados na central, em Doura-
cuária RS estreou nas pistas pesa-
dos, porque eu ainda não tinha hos-
das de julgamento Nelore e mos-
pedagem para animais de elite”.
trou que estava mais do que pronta:
“Criar gado sempre foi um sonho desde menino e que foi possível tornar realidade
Em 2006, Roberto investiu e al-
conquistou a liderança no ranking
terou toda a estrutura da fazenda.
do ano de Melhor Criador do Mato
Começou a fazer aquisições con-
Grosso do Sul. “Foi muito gratificante.
tando com a assessoria de Ricardo
Significou a coroação de um trabalho
Carvalho, da Ribalta. Uma das pri-
bem feito”, alegra-se Roberto.
117
‘‘
elitte rural
Sucesso nos remates Sempre arrojados, em 2010, Simone e Roberto prepararam o 1° Leilão da Agropecuária RS. O evento foi realizado no Castelo do Batel, em Curitiba. Foram ofertados 34 lotes entre prenhezes e fêmeas de elite. Naquela noite, o destaque foi a venda de 50% da Viçosa da RS, filha do Big Ben da SN com a Valiosa da Cabaçal. “O primeiro leilão a gente nunca esquece. Fiquei com aquele frio na barriga, uma ansiedade, mas foi o pontapé inicial, seguido de muitos que vieram”, comenta Roberto. Com o sucesso alcançado, em 2012, aconteceu o primeiro leilão na sede da Agropecuária RS e outra versão foi realizada no ano passado. Este ano, o leilão será em Campo Grande, durante a Expo Nelore MS (Expoinel MS). “Realizar os leilões virou uma paixão do Roberto. Fico à frente de tudo na parte financeira, inclusive da fazenda, então, não me envolvo na organização dos leilões”, conta Simone. Para o casal empreendedor, no cenário atual do Nelore, é difícil escolher um animal que represente o sonho de consumo, pois, quando se fala em melhoramento, a todo momento surge um exemplar diferenciado no mercado, que “abala as estruturas dos criadores”, mas eles sabem que a estrutura que têm é diferenciada. “Hoje, possuímos vários animais reconhecidos nacionalmente, mas inesquecível, com certeza, é a Cartagena, a mãe da Liaka”, revela Roberto.
118
A agricultura na vida dos Bavaresco O casal parece não temer os
ta pela Torrefação Bavaresco, cinco lo-
desafios e, também, realizou in-
jas de supermercado e a Agropecuá-
vestimentos no segmento da agri-
ria RS. Nesta jornada de sucesso, o
cultura; adquiriu uma torrefação de
casal afirma que a dinâmica, o aper-
café. “Um amigo sempre comentou
feiçoamento e a busca constante são
sobre esse ramo e me senti atraído.
seus diferenciais. “Conciliar esses seto-
Passei uns três anos observando e
res tão diferentes – o supermercadista,
aprendendo sobre o mercado, até
da pecuária e da agricultura – não é
adquirir a torrefação”, conta Roberto.
fácil, exige muito trabalho, mas, com o
A Torrefação Bavaresco trabalha
tempo, fomos formando profissionais
com a produção de um dos cafés
e buscando quem já tinha experiência
mais vendidos do litoral paranaense,
para nos auxiliar”, revela Roberto.
o Café Mulatinho. Além desse pro-
Roberto e Simone não escondem
duto, a torrefação investe na marca
a garra, perseverança, o otimismo e
DuBom e prevê o lançamento da
a fé com que regem seus negócios.
marca República 1889.
Para o futuro, desejam perpetuar a
Atualmente, Simone e Roberto cuidam da rede Bavaresco, compos-
trajetória de sucesso familiar com um simples ingrediente: a união.
A trilha de sucesso de um novo criador
O
carioca Joaquim Caravellas, da JC Nelore, integra a nova geração
Foto/RM Nelore
A nova fase da vida de Joaquim CaravelLas no mundo do Nelore
de criadores de Nelore
que investe no arrojado universo do Nelore de elite. O tino para os negó-
cios é uma herança de família. Desde os 14 anos de idade, Joaquim trabalhava nos negócios de mineração e construção civil do seu avô, de quem herdou o nome, no Rio de Janeiro. A decisão de mudar a vida veio após uma triste sequência de
localizada na capital do Zebu, Ube-
eventos. “Foram a morte do meu
raba (MG). Antes de se instalar no
Em apenas três meses, a fazen-
avô, em 2012, e a do meu pai, Carlos
Triângulo Mineiro, Reinaldo atuava
da de Valença foi totalmente recu-
Alberto, em 2013, que me instigaram
na propriedade do município de Va-
perada e revigorada e seus pastos
a começar um capítulo novo”, revela
lença (RJ). A parceria com Joaquim,
estão aptos a receber novas crias. E
Joaquim.
em agosto, fez com que a fazenda
não é só isso, a parceria com a RM
carioca se tornasse a sede da JC
Nelore mostra outros frutos. “Duran-
Nelore.
te a Expoinel, em setembro, adquiri
Para iniciar em um mercado do qual conhecia relativamente pouco,
modestamente na raça”, conta.
Joaquim pôde contar com o apoio
“O início é bastante difícil, uma
algumas matrizes com a RM e uma
do seu tio e padrinho, Reinaldo Ca-
vez que nunca entendi muito sobre
com a Vila dos Pinheiros. O meu de-
ravellas, proprietário da RM Nelore,
o Nelore, mas, graças ao apoio do
sejo é caminhar, em breve, sozinho,
meu tio e à assessoria do Fernando
com uma sede em Uberaba ou aqui
Oliveira, gerente da RM Nelore, me
mesmo, em Valença”, diz Joaquim.
sinto seguro para ingressar e investir
O criador também possui prenhezes da empresa de seu tio, cujo nascimento está previsto para maio de 2015. “Acima de tudo, estou otimista. Ingressei como novo criador, visando um trabalho sério e honesto com a raça Nelore. O que mais quero é aumentar o plantel o mais cedo possível”, afirma Joaquim. 119
elitte rural
Nossas historias
Mafra consagra, mais uma vez, seu sucesso na Expoinel
O
s julgamentos da etapa nacional da Expoinel 2014, no Parque Fernando Costa, em
Uberaba (MG), mostraram o potencial genético da Mafra Agropecuária. Kayak TE Mafra foi consagrado o Grande Campeão da 43ª edição da feira. Com o título, o touro é Bicampeão Nacional em 2014, já que também conquistou em maio o Grande Campeonato durante a ExpoZebu, além de liderar as etapas estaduais da Expoinel em Minas Gerais e São Paulo. Kayak TE Mafra é de propriedade da Mafra e Rima Agropecuária e faz par te da bateria Cor te Zebu da ABS Pecplan. “Os prêmios só reafirmam o touro como uma excelente opção para o melhoramento genético da atualidade. Filho do Basco em Matriz Heliaco da Java, o Grande Campeão é um animal de muita beleza racial, aliando raça e biotipo moderno, com costelas compridas e muito arqueadas, além de ótima musculatura e aprumos corretos”, descreve o gerente de Produto Cor te Zebu da ABS Pecplan, Gustavo Morales.
120
O resultado da Expoinel 2014 também contemplou outros seis animais da Mafra: - Maharani II Te Mafra - Primeiro prêmio Bezerra Categoria 8 a 9 meses; (50% Mafra Agropecuária e 50% Murilo Gonçalves); - Lua Te Mafra - Primeiro prêmio Novilha Maior de 22 a 24 meses; - Layla Te Mafra - Segundo prêmio Novilha Menor de 13 a 14 meses; - Lituania Te Mafra - Terceiro prêmio Novilha Menor de 15 a 16 meses; - Madallene Te Mafra - Quinto prêmio Novilha Menor de 13 a 14 meses; - Larulli Te Mafra - Primeiro prêmio Novilha Menor de 15 a 16 meses.
Um giro pela Mafra Agropecuária
presentou o marco de uma nova
O empreendimento teve início
de no criatório.
no ano de 2000, com a aquisi-
Com dois títulos conquistados
ção da Fazenda São Joaquim,
na Expoinel 2009 e 2010, Cam-
às margens do Rio Paranaíba, no
peonatos Bezerro e Júnior Me-
município de Santa Vitória, em
nor, seguidos de um Reser vado
Minas Gerais. Graças aos recur-
Grande Campeão, a Agrope-
sos naturais da fazenda: Abun-
cuária Mafra consagra-se, hoje,
dância de água, sombreamento
entre os dez melhores criadores
das pastagens, ofer ta de capim
do Ranking Nacional da Asso-
o ano inteiro e manejo a campo,
ciação dos Criadores de Nelore
a fazenda transformou-se num
do Brasil (ACNB).
modelo de criação de Nelore P.O.
Todos esses resultados são
O ano de 2002 foi de grandes
frutos de muito trabalho e de-
conquistas. Teve início a marca
dicação, em que tudo é feito
Agropecuária Mafra, com um tra-
com amor e critério, priorizando
balho de melhoramento genético
funcionalidade e produtividade.
na raça Nelore. E neste mesmo
Com muito respeito, a Agrope-
ano nasceu a sua principal doa-
cuária Mafra vem conquistando
dora, simplesmente um presente,
o mercado seletivo e comercial
a Bruxelas TE da Mafra, que re-
desta grande raça, o Nelore.
Foto/Jadir Bison
fase de prosperidade e qualida-
Os prêmios só reafirmam o touro como uma excelente opção para o melhoramento genético da atualidade
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Nossa equipe apresenta, em detalhes, criatórios impor tantes do agronegócio brasileiro. Nesta sexta edição, as belezas da fazenda São Thomaz, no sudoeste de Mato Grosso do Sul. Esse é o lugar escolhido para acolher o legado da família York, há mais de 100 anos. A propriedade sofreu as ações do homem e do tempo, mas manteve o glamour da tradição, adequando-se à modernidade. Tudo em nome do melhoramento genético da raça Nelore.
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elitte rural
O moderno e o antigo se encontram na
Fazenda São Thomáz Legado dos York, no Mato Grosso do Sul, mantém a tradição nos detalhes, mas com foco na modernidade, amparada pelo melhoramento genético da raça Nelore
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o sudoeste de Mato Grosso do Sul está situado o município de Maracaju, localizado a 160 quilômetros de Campo Grande.
A cidade tem pouco mais de 40 mil habi-
Fotos/Reginaldo Ferreira
elitte rural
tantes e a economia é baseada na agropecuária. Maracaju passou de 12ª para 6ª maior economia do estado e registrou um crescimento recorde no Produto Interno Bruto (PIB), superior a 516%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neste próspero município, 4.250 hectares dão vida à centenária Fazenda São Thomáz. Desbravada pelo produtor rural Manoel Olegário, bisavô de York da Silva Correa, a principal atividade atual é a formação de reprodutores Nelore, capazes de multiplicar uma genética forte na precocidade para o abate e fêmeas com maior fertilidade e habilidade materna. Chegando a São Thomaz, é possível avistar uma figueira frondosa, símbolo antigo, considerada árvore sagrada, por con-
Fotos/Reginaldo Ferreira
ta dos frutos que por ela são produzidos.
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Fotos/Reginaldo Ferreira
Fotos/Reginaldo Ferreira
elitte rural
O grande tronco, cuja base é de uma seringueira, forma um verdadeiro portal na propriedade; porta de entrada para as belezas e as riquezas cultivadas no local. A casa sede guarda os traços da arquitetura da primeira década do século XX, em torno de 1900, quando Manoel Olegário e o filho York Olegário da Silva trabalhavam a terra. Atualmente, todo o legado está resguardado pelo herdeiro York da Silva Corrêa. “Tivemos algumas reformas na fazenda, mas fizemos questão de manter o que foi deixado pelo meu bisavô e pelo meu avô, como, por exemplo, as construções da sede, cuja base é de aroeira, uma madeira de boa densidade e que dura a vida toda”, conta York Corrêa. A casa foi toda construída com taipa de mão. Ao entrar na sede, pode-se comprovar o que diz o pecuarista. Na sala, uma antiga bica d’água em madeira compõe a decoração. A água é natural e vem das terras da São Thomáz. A iluminação é composta por arandelas artesanais de ferro. Os móveis em madeira se multiplicam em cadeiras, mesas e aparadores, ajudando a compor o cenário que mescla o simples e o sofisticado. O requinte da decoração contou com o toque de bom gosto da nutricionista Milena Palhares Correa, esposa de York Corrêa. No jardim, arbustos, coqueiros e alguns pinheiros rodeiam a sede, mas também o receptivo, a varanda, seguindo até a cocheira. A cocheira fica bem de frente para a varanda. É possível apreciar de perto todo o trabalho de melhoramento realizado na pro128
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Foto/Guilherme Molento
Foto/Guilherme Molento Foto/Guilherme Molento
elitte rural priedade. A construção, em formato
todos com DEPs positivas (Diferen-
Nacional da Associação dos Criado-
de um trapézio, tem traços de moder-
ça Esperada na Progênie), avaliados
res de Nelore do Brasil (ACNB).
nidade, em especial pela iluminação,
pelo Programa de Melhoramento Ge-
Os troféus misturam-se à decora-
mas não perde as características do
nético ABCZ/Embrapa e examinados
ção, marcada por objetos que lembram
campo.
por marcadores moleculares confiá-
os detalhes da trajetória dos York: os
veis”, relata York.
berrantes, a máquina de escrever an-
No receptivo está cravada, em
tiga e até um gramofone – invenção
de trabalho do Nelore York: funcional,
os frutos desse trabalho. São as pre-
alemã que servia para reproduzir som
melhorador, rústico, de carcaça forte
miações do plantel da São Thomáz. A
gravado em discos. “Falar da Fazenda
e moderna. “Os trabalhos na pro-
seleção diferenciada do Nelore York é
São Thomáz, sem dúvida, é falar da mi-
priedade são sempre voltados para
representada por exemplares diferen-
nha vida e das minhas referências, da
a produção de animais geneticamen-
ciados da raça, como Fairani FIV YC,
minha história. Esse lugar representa
te superiores, campeões de pista e
Fillara YC, Calapur, Polônia, Chilara XX
toda a minha história de vida, onde
touros que possam agregar valor aos
YC, Vushala, Fenômeno YC, entre ou-
tudo começou e onde eu continuo
plantéis dos criatórios de todo o país;
tros animais de destaque no Ranking
dando continuidade”, destaca York.
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Fotos/Reginaldo Ferreira
A estante de madeira de lei mostra
Fotos/Reginaldo Ferreira
vermelho e preto, a marca dos anos
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Foto/Guilherme Molento
Fotos/Reginaldo Ferreira
A bela Campeã Bezerra Expozebu 2014 será destaque no Leilão Vila dos Pinheiros.
Bella FIV CIAV
Basco da SM x Izabella FIV Fort. VR (Enlevo da Morung.) Nasc.: 10/08/2013 Reg: CIAV 655
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50% Ă venda
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elitte rural
Bella FIV CIAV a quinta geração de excelência
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Foto/Rubens Ferreira
bezerra Nelore Bella FIV CIAV é a encarnação da tradição de qualidade da pecuária de elite brasileira. Nascida da segunda prenhez da Izabella, comprada pela família Pugliese, e filha do mesmo reprodutor que sua irmã Ametista FIV CIAV, Bella dá continuidade ao sucesso alcançado pelas bezerras de sua genealogia há quatro gerações. Com apenas oito meses e cinco dias, Bella pisou na pista de julgamento da ExpoZebu 2014. Uma das mais jovens entre as 170 bezerras par ticipantes ganhou, com unanimidade, como Campeã Bezerra da ExpoZebu 2014. Foi apenas o início de um percurso brilhante. Após a vitória em Uberaba, Bella consagrou-se Campeã Bezerra em Goiânia, Três Lagoas, Dourados, Araçatuba e Rio Verde. Na Expoinel, foi declarada a melhor da categoria dela, na categoria Novilha Menor. É a manifestação em carne e osso do diferencial Nelore. Nos dias 7 e 8 de novembro, Bella terá mais uma opor tunidade para mostrar a que veio. No decorrer do
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Grandioso Leilão da Agropecuária Vila dos Pinheiros, em Indaiatuba (SP), serão ofer tados 50% da Bella FIV CIAV. Além disso, a empresa Geneal, laboratório de referência, desenvolve neste momento três clones de Bella. É a genética de elite deixando sua marca e se preparando para perpetuar a qualidade Nelore para o futuro.
Está no sangue O sucesso de Bella quase não surpreende. Suas antecessoras representam a elite da raça Nelore desde a década de 60. Jarina da Zebulândia VR, sua tataravó, foi a primeira Grande Campeã Nacional da marca VR, em 1960. Vena, sua bisavó, é mãe do Campeão Nacional Domani, da Fortaleza VR, e de inúmeras doadoras consagradas da VR. Sua avó, Enddy, foi recordista no Leilão Elo de Raça 2013, quando foi valorizada em, apro-
ximadamente, R$ 1,5 milhão. Já sua mãe, Izabella, está avaliada hoje em R$ 3 milhões. Grande Campeã Nacional da ExpoZebu 2011, recordista do Leilão Noite dos Campeões, Izabella tornou-se uma doadora Nelore de referência e incorpora toda a excelência associada à raça. Suas prenhezes são sinônimos de sucesso. Como tem sido provado, Bella não é exceção.
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