Boletim Ô de Casa

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Informativo Casa da Mulher do Nordeste | Fevereiro 2012

O que você consome é essencial para sua vida? pág. 4

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Por um mundo sustentável e socialmente justo

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Papo Consciente


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Por um mundo

EDITORIAL O boletim Ô de Casa é voltado para fortalecer a comunicação em rede, em especial entre as Redes de Mulheres Produtoras do Pajeú, do Recife e Região Metropolitana e a Rede Nordeste. Este primeiro número trata do tema do consumo a partir da experiência do primeiro ano da campanha realizada pela Casa da Mulher do Nordeste — O que você consome é essencial para sua vida? Mulheres organizadas por uma nova forma de consumo. O sentido dessa campanha é mobilizar as redes, os movimentos sociais e a sociedade em geral para o debate e incidir na construção de uma nova forma de consumo consciente e solidário. Um modelo econômico que se contrapõe ao atual, capitalista, que transforma tudo em mercadoria a partir da exploração do trabalho das pessoas, dos corpos das mulheres e dos recursos naturais. Consta neste Boletim a opinião de algumas mulheres representantes das redes, assim como de outros parceiros do movimento da agroecologia, da economia solidária e do feminismo. Informações da campanha, assim como dicas para mudanças nas práticas de produzir, comercializar e consumir também são socializadas neste informativo. Desejamos que esta publicação seja uma ferramenta para o fortalecimento da autonomia das mulheres e de sua ação em rede, assim como na mobilização de movimentos sociais que lutam por uma nova forma de consumo consciente, solidário e feminista.

e socialmente justo Você já parou para pensar como o desperdício de água e de outros recursos naturais tem a ver com os problemas de seu bairro ou da cidade onde mora? O momento que o nosso planeta vive é crucial na história da humanidade. Os novos tempos chamam a atenção do ser humano para ações contínuas e participativas, para mudanças e reflexões a respeito da vida na Terra. As enchentes cada vez mais próximas de nossa realidade; as secas; as doenças causadas pelo uso abusivo de agrotóxicos nas plantações e de substâncias artificiais e conservantes na alimentação industrializada, que contribuem para o aparecimento de diferentes bactérias, vírus e doenças. O que está acontecendo? Vivemos uma crise planetária, sobretudo nos países desenvolvidos da Europa e da América do Norte, como os Estados Unidos. A crise é mundial e envolve praticamente todos os países submetidos à ordem do mercado. Há tensões econômicas e políticas, com sérios impactos ambientais na segurança e soberania alimentar dos países, em decorrência de um modelo de desenvolvimento fundamentado no capitalismo, que se alimenta de um modo de produção — produtivista voltado para a exportação — que valoriza a monocultura e utiliza a exploração do trabalho das pessoas visando ao superlucro e ao consumo inconsciente.


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A lógica dominante é a do mercado, que dita os rumos das políticas neoliberais, o estilo de vida das pessoas — o que consumir, onde morar —, que transforma tudo em mercadoria, inclusive o corpo das mulheres, que são expostos para comercializar cervejas, carros, ou seja, símbolos do desejo masculino. O que as feministas analisam é que esse modo de produção capitalista está engrenado a um sistema que se alimenta de um outro — o patriarcado, que por sua vez se alimenta do racismo, em especial no contexto histórico do Brasil. Essas engrenagens configuram a base das desigualdades sociais, econômicas, políticas e culturais da sociedade. Assistimos a uma grande quantidade de eventos climáticos extremos, seja nas zonas urbanas dos países em desenvolvimento — somados à urbanização crescente e desordenada das cidades —­, seja nas zonas rurais — com longos períodos de seca, perda da diversidade dos biomas, tão importantes para a garantia da biodiversidade. Apesar de todo esse contexto de impactos ambientais, sociais e econômicos, experimentamos muitas contradições no modo de viver da maioria da população, seja ela pobre ou rica. Estamos falando da prática de consumir, tão presente no cotidiano das pessoas, como algo natural e inconsciente. Essa prática está diretamente relacionada a todas as questões que analisamos no início, ao modelo econômico, como produzimos, como vivemos socialmente e como atuamos politicamente. Todos esses elementos vão definir um modelo de desenvolvimento.

Como podemos contribuir para as mudanças Como evitar os efeitos danosos que estamos causando na natureza? Uma das soluções é o consumo consciente. O ato de consumir é cotidiano, mas o problema está nos excessos e nos sentidos desse consumo. Para quê? A maioria das pessoas consome sem sequer saber das suas necessidades. Hoje os padrões de consumo são insustentáveis. Estatísticas demonstram que já consumimos mais de 30% do que a Terra pode repor em recursos naturais, aos quais apenas 16% da população do planeta têm acesso, ou seja, a maior parte da sociedade não usa a maioria desses recursos. Se esse padrão de desperdício na produção e no consumo fosse estendido para os 84% da humanidade que pouco consome, seriam necessários cinco planetas para suprir essa demanda. Estamos sempre sendo motivadas e motivados a consumir, a buscar o que é mais prático, rápido, descartável e mais moderno. Tornamo-nos, de certo modo, reféns de uma cultura consumista, que nos estimula a comprar, seja pela televisão, pelos jornais ou pela internet. O ter muitos bens materiais passa a ter um valor maior do que ser uma boa pessoa. Esses padrões nos levam a pensar sobre as escolhas que fazemos ao longo da vida, os impactos no meio ambiente e nas relações sociais.

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As pessoas mais ricas do mundo acumulam mais dinheiro que 50% da população mais pobre.

70 mil pessoas morrem por dia em consequência de uma alimentação inadequada.

828 milhões de pessoas estão desnutridas.


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O objetivo da iniciativa é, também, visibilizar e incentivar o trabalho produtivo realizado pelas mulheres e, por isso, a campanha acontece em parceria com a Rede de Mulheres Produtoras do Pajeú e com a Rede de Mulheres Produtoras do Recife e Região Metropolitana.

Mulheres organizadas por uma nova forma de consumo A Casa da Mulher do Nordeste (CMN), consciente do seu compromisso em favor da construção de um projeto de sociedade pautado na igualdade entre homens e mulheres, na justiça social e na sustentabilidade ambiental, realiza uma campanha em prol de um consumo consciente e solidário. Essa iniciativa é uma das estratégias de fortalecimento da autonomia das mulheres a partir de ações educativas, tendo em vista a mudança de pensamento, postura e novas práticas de produzir, comercializar e consumir. A campanha foi lançada em abril de 2011, com o tema central Consumo Consciente e Solidário, e traz como mote O que você consome é essencial para sua vida? – Mulheres organizadas por uma nova forma de consumo. A iniciativa integra o Projeto Mulheres Tecendo um Nordeste Solidário, desenvolvido pela Casa da Mulher do Nordeste, com o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania, e do Governo Federal. “Queremos mostrar à sociedade a importância desse tema, que está intimamente ligado à vida econômica e social e que, hoje, ameaça a felicidade das pessoas por causa da cultura do consumo desenfreado, insustentável” afirma a coordenadora-geral da Casa da Mulher do Nordeste, Graciete Santos.

A campanha organizou algumas peças publicitárias e jornalísticas, como outdoor, outbus, spots para rádio, sacolas retornáveis para feiras, camisetas, aventais, panfletos, cartazes, banners, agenda, matérias em televisão e jornais e entrevistas especiais para o programa Fala Mulher (iniciativa da CMN na Rádio Pajeú, Afogados da Ingazeira). Todas as peças estão disponíveis no blog: mulheresporumconsumoconsciente.blogspot.com

DICAS PARA MUDANÇAS NAS PRÁTICAS DE CONSUMO A consumidora e o consumidor conscientes são os que buscam o equilíbrio entre a sua satisfação pessoal, a preservação do meio ambiente e o bemestar da sociedade. Muitos movimentos sociais, como o feminista, o agroecológico e o da economia solidária, apresentam outras formas e estratégias de produzir e consumir. Em várias partes do Brasil, experiências alternativas apontam para uma nova atitude de consumo, baseada em princípios de solidariedade, justiça, igualdade e cooperação. 1)Analise os impactos que os produtos que você está consumindo podem trazer para a sociedade e para o meio ambiente. Diga não à exploração do trabalho infantil. Diga não à produção que utiliza agrotóxicos, técnicas de desmatamento ou queimadas. Denuncie a violação dos Direitos Humanos e Trabalhistas.


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2) Evite comprar a crédito. Pense que os juros servem para aumentar o capital das financeiras. Valorize os bancos comunitários e os fundos rotativos solidários. 3) Preserve a água. Conserte torneiras que estiverem pingando. Isso poderá evitar o desperdício de até 45 litros de água por dia. 4) Não compre produtos piratas. Eles não pagam os direitos autorais de quem produziu e contribuem com o crime organizado. 5) Valorize as práticas da Economia Solidária: trabalho associativo, compras diretas às/aos produtoras/es, preço justo, agroecologia e autogestão.

6) Plante uma árvore. Ela proporciona sombra e bemestar. Além disso, você estará contribuindo para evitar o aquecimento global. Em média, uma árvore absorve 200Kg de carbono durante seu crescimento, evitando que haja mais CO2, o principal gás de efeito estufa, na atmosfera.

9) Seja uma/um consumidora/ dor ativa/o e exigente. Faça sugestões e críticas construtivas para as pessoas e empresas que lhe fornecem produtos e serviços.

7) Faça uma autoanálise sobre a sua postura de consumidora/ dor. O Consumo Consciente Solidário é uma escolha, você também é responsável.

11) Diga não às empresas que exploram o trabalho de mulheres e que utilizam seus corpos como mercadoria nas suas propagandas. Diga não à qualquer tipo de violência contra as mulheres!

8) Avalie o lixo que você está produzindo diariamente. Tente consertar produtos que ainda podem ser reutilizados, ao invés de comprar novos; separe o seu lixo e veja o que é possível ser reciclado.

10) Consuma alimentos da estação e dê preferência aos agroecológicos, que não utilizam agrotóxicos. Assim você cuida da sua saúde e do meio ambiente.

12) Reflita e organize-se antes de comprar. Só compre o que é realmente necessário para o seu bem-estar e o que está dentro do seu orçamento.


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O QUE PODEMOS FAZER JUNTAS? A campanha pretende ter um sentido mais amplo. Esperamos que ela contagie, sensibilize, articule, faça repensar, compartilhar, e que você inicie um plano de sustentabilidade dentro de sua casa, rua, bairro, escola, empresa, universidade, chamando a atenção para o nosso meio ambiente, o planeta Terra. VEJA ALGUNS DEPOIMENTOS SOBRE O ASSUNTO “O consumo consciente mudou não só a minha vida, como também a dos meus três filhos, principalmente com relação à saúde. Em vez de comprar salgadinhos — a maioria dos fabricantes não tem preocupação com alimentação saudável —, estou comprando legumes e frutas em feiras agroecológicas. Também na alimentação, deixei de comer frango e optei pela galinha caipira. Estou diminuindo, em casa, o uso de sacolas plásticas. Como faço parte das multiplicadoras, na comunidade, fazemos um trabalho de conscientização, e o meu grupo já está trabalhando com o ecossabão, recolhendo óleo de cozinha de empresas, restaurantes e reutilizando-o na fabricação de sabão. Hoje, o grupo de que participo já vende para a comunidade e para os conhecidos. Só acredito na mudança do outro a partir da nossa. Temos que começar a partir da nossa casa.” Vilma Maria Silveira da Silva, Artesã, há dois anos faz parte do Grupo Mulheres em Ação do Conjunto Habitacional Miguel Arraes.

“Compro produtos das produtoras locais, o artesanato principalmente. Com relação à feira, evito guloseimas. Iogurtes e produtos de limpeza, sempre compro em litro, já pensando na redução do número de plásticos. Calças jeans viram sacolas e bolsas. No grupo de que faço parte, estamos pensando em fazer bolsas retornáveis, as conhecidas ecobags. Também trabalhamos com a produção de sabão, reutilizando o óleo de cozinha, que é gordura vegetal.” Veneranda Bulhões, Rede de Mulheres Produtoras do Recife e Região Metropolitana.

Um dos destaques dessa campanha é ter as mulheres à frente. A importância está em a mulher protagonizar, ser a grande mentora e a grande pensadora. A mulher, por suas histórias de luta, sabe muito bem multiplicar.”

“O consumo consciente, responsável e solidário faz você refletir sobre o que precisa para viver bem. Nessa forma de consumo, o ser humano se coloca dizendo que não é uma mercadoria, mas que pensa, age, tem desejos e necessidades. Quando se faz isso, se está divulgando a economia solidária, que é buscar fazer com que as pessoas tenham consciência, para que não se tornem, simplesmente, mais um produto na mão do mercado.”

Rejane Pereira, Secretaria Especial da Mulher da Prefeitura do Recife.

Rosana Pontes, Fórum Pernambucano de Economia Popular Solidária e Fórum Brasileiro de Economia Solidária.


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Papo Consciente homens, jovens e crianças, que vivem no campo e nos centros urbanos, tenham mais conhecimento sobre Um bate-papo com o a importância de consumir coordenador-geral da ONG alimentos saudáveis, de ter Centro Sabiá, Alexandre Henrique uma vida com mais saúde Pires, que há 18 anos trabalha e de preservar os recursos com consumo consciente e naturais ainda disponíveis no agroecologia. planeta. Esse conhecimento gera reflexão sobre as práticas Casa da Mulher do Nordeste: Como o Sabiá vem trabalhando a cotidianas de produção e questão do consumo consciente consumo, e essa reflexão, por sua vez, gera uma maior com os/as agricultores/as? consciência das pessoas frente ao mundo. A agroecologia Alexandre: O conceito de consumo não existe somente para quem consciente é trabalhado sob vive no campo, mas também a perspectiva da soberania e repercute seus princípios para segurança alimentar e da geração de renda. Trabalhamos, em oficinas, quem vive nas cidades, hoje principalmente por meio das encontros, intercâmbios e reuniões feiras agroecológicas. realizadas com os agricultores, a ideia de que o alimento produzido CMN: Como avançar nas pela própria família tem mais valor, questões da conscientização por ser livre de agrotóxicos e adubos da população? químicos e por ter a decisão da Alexandre: Bom, para família sobre o que produz. avançar na conscientização da CMN: Qual a contribuição da população sobre o consumo agroecologia na prática do consciente, precisamos consumo consciente? entender que nossa população Alexandre: A agroecologia é diversa e, por isso, temos tem contribuído para que ter estratégias diferentes. que mulheres, Primeiro, entender que essa

conscientização da população camponesa significa prosseguir nas estratégias e metodologias de assessoria aos/às agricultores/as e suas organizações, numa perspectiva agroecológica para o desenvolvimento. Segundo, entender que, para a população que vive nos centros urbanos, a consciência sobre o consumo consciente passa por uma mudança estrutural de hábitos e práticas de consumo, muito mais difíceis que para a população camponesa, uma vez que nas grandes cidades há uma maior influência dos meios de comunicação. E, por último, dizer que há uma estratégia que deve ser mais utilizada pelas organizações e pelos movimentos sociais, que é ter campanhas permanentes, como: O que você consome é essencial para sua vida?, da Casa da Mulher do Nordeste, ou Junte-se a nós, plante mais uma árvore para um mundo melhor, da Diaconia, do Caatinga e do Centro Sabiá, que geram processos de mobilização e reflexão na população.


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OPINIÃO “Eu acho essa campanha fundamental. O papel da mulher nessa luta é essencial, porque a mulher tem uma força preponderante na sociedade. Elas estão cada dia mais organizadas e com muitas lutas vitoriosas. E essa luta contra os agrotóxicos, que na realidade é uma luta de nós todos, se conduzida pelas mulheres, tem muito mais chances de ser vitoriosa, porque as mulheres estão na raiz da sociedade. Elas são mães, trabalhadoras e podem perfeitamente contagiar a sociedade com esse espírito de luta, para que o agrotóxico saia da nossa vida e saia da nossa mesa. Eu confio plenamente nessa ação e acho que ela é fundamental.” Silvio Tendler,

Documentarista brasileiro, recentemente lançou o filme O Veneno Está na Mesa.

ESTÁ NA WEB: www.mulheresporumconsumoconsciente.blogspot.com – Campanha Consumo Consciente e Solidário www.asabrasil.org.br – Articulação no Semi-Árido Brasileiro www.agroecologia.org.br - Articulação Nacional de Agroecologia www.justicaambiental.org.br/_justicaambiental - Rede Brasileira de Justiça Ambiental www.aba-agroecologia.org.br/aba - Associação Brasileira de Agroecologia www.fbes.org.br - Fórum Brasileiro de Economia Solidária marchamargaridas.contag.org.br – Marcha das Margaridas www.articulacaodemulheres.org.br – Articulação de Mulheres Brasileiras www.sof.org.br/marcha - Marcha Mundial das Mulheres www.mulheredemocracia.org.br - Rede Mulher e Democracia mmtrne.org - Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste www.mmcbrasil.com.br - Movimento de Mulheres Camponesas www.cirandas.net – Campanha da Lei sobre Economia Solidária

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DIVULGUEM OUTRAS BOAS INICIATIVAS Campanha 1 Milhão de Árvores – Para as pessoas que desejam fazer algo em prol do meio ambiente, uma boa dica é se unir à campanha 1 Milhão de Árvores, desenvolvida pelas organizações não governamentais Centro Sabiá, Diaconia e Caatinga. A campanha surgiu em junho de 2010 e, até o momento, já foram cultivadas pouco mais de 100 mil árvores em diferentes regiões do Estado. No blog plantemaisarvores.wordpress.com, há um contador que registra o número de árvores plantadas, além de informações, fotos e materiais de divulgação da campanha. Documentário O veneno está na mesa – O filme do cineasta Silvio Tendler traz à tona a discussão sobre o modelo de produção de alimentos no Brasil. O documentário mostra os danos gerados pelo uso de agrotóxicos à saúde da população e ao meio ambiente; discute como o modelo de desenvolvimento que tem sido adotado no País beneficia grandes empresas transnacionais, como a Monsanto, Syngenta, Bayer, Dow, DuPont, em detrimento da agricultura familiar.

EXPEDIENTE Este boletim é uma realização da Casa da Mulher do Nordeste. Produção de Texto: Graciete Santos e Emanuela Castro (DRT-4060). Edição de Texto: Emanuela Castro e Ana Célia Floriano (Pingos nos Is – Sistematização e Comunicação). Projeto Gráfico: Via Design Criação Estratégica Gráfica: Provisual Tiragem: 2.000


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