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Agora é para valer PERNAMBUCANO Doze equipes disputam o 2º turno de olho nas semifinais, final e título
A
s condições atípicas – apenas nove equipes disputando o primeiro turno, enquanto Sport, Santa Cruz e Salgueiro participavam da Copa do Nordeste –, fizeram o JC tomar a decisão de publicar o seu tradicional Guia do Campeonato Pernambucano Coca-Cola só agora, na véspera do início do segundo turno. Até porque a primeira etapa do certame valeu apenas uma vaga na Copa do Brasil de 2014, que ficou com o Náutico. As outras vagas na competição nacional serão dos três primeiros colocados do campeonato, que também se garantem na Copa do Nordeste do ano que vem. O formato deste segundo turno segue os mesmos moldes dos últimos três Pernambucanos. Todos jogam entre si com os quatro primeiros avançando às semifinais. A diferença é que as equipes se enfrentam apenas em turno único. Ou seja, são apenas 11 rodadas para determinar os semifinalistas (1ºx4º e 2ºx3º). Já os oito times que acabarem o segundo turno entre o 5º e o 12º lugares vão disputar um octogonal, no qual os dois últimos colocados serão rebaixados para a Série A2 em 2014. Vale a pena destacar que em todas as etapas do campeonato, a pontuação é zerada. Ou seja, se uma equipe que foi mal no primeiro turno, repetir a má campanha no
segundo, pode se salvar da queda fazendo apenas uma boa campanha no octogonal. A tabela do segundo turno foi modificada pela FPF ontem. Antes, a última rodada seria realizada no dia 31 de março. No entanto, como Sport, Santa Cruz e Salgueiro não chegaram às semifinais da Copa do Nordeste, algumas rodadas foram remanejadas do meio para o fim de semana, para que não houvesse um intervalo longo sem jogos – a fase semifinal só começa no dia 21 de abril. O detalhe é que nas sêmis, o número de cartões recebidos é um dos critérios de desempate. Outra novidade para 2013 é a possibilidade de uma partida extra para definição do campeão. Isso acontecerá no caso de os finalistas terminarem com a mesma quantidade de pontos após os dois duelos da decisão.
GUIA
Além da tabela, o Guia JC traz informações sobre as 12 equipes, com tratamento especial para Santa Cruz (atual bicampeão), Sport, Náutico, Salgueiro, Central e Belo Jardim. Tem ainda o ranking histórico de 1915 até hoje.
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Pelo tri que há muito não vem
O Santa Cruz é o único clube a disputar todas as edições do Pernambucano – 99 participações, contando com a atual. O tricolor foi campeão pela primeira vez em 1931. De lá para cá foram mais 25 conquistas, totalizando 26 troféus. Na campanha do primeiro bi, em 1932, os corais foram campeões invictos e com 100% de aproveitamento. Foram 12 jogos e 12 vitórias. Nunca mais uma
campanha tão perfeita se repetiu. Outro time que marcou época foi o de 1979, campeão balançando as redes 134 vezes – uma média de 3,5 gols por jogo, até hoje imbatível. Betinho, Ademar, Amilton Rocha Joãozinho e Jadir faziam parte da linha ofensiva. O último tri foi há 42 anos e faz parte do penta (69-73). O único tri genuíno do clube foi em 1931/33, ou seja, há 80 anos.
O TRICAMPEONATO “O Santa Cruz conquistou o bicampeonato. Por isso, é normal que o torcedor tenha uma expectativa em relação ao tri. Sabemos da nossa responsabilidade e da importância do título. O trabalho vem sendo desenvolvido para a temporada. Nosso objetivo é brigar em igualdade com todos os adversários. Não vai faltar determinação ao Santa Cruz.”
FORMAÇÃO DO ELENCO “O Santa Cruz manteve uma base do ano passado. Mas alguns jogadores não permaneceram e tivemos que completar o grupo com novas contratações, mas dentro das condições financeiras do clube. Acho que já crescemos muito. Agora, ainda falta muita coisa para chegarmos ao ideal. O mais importante é que o grupo está assimilando bem o novo trabalho.”
JEJUM Santa Cruz não ganha o Estadual
pela 3ª vez seguida faz mais de 40 anos
O
último tricampeonato do Santa Cruz ocorreu há 42 anos, mas ele virou o penta de 1969-73. O tri genuíno, aquele que não está englobado numa conquista maior, não vem há exatos 80 anos. O time deste ano pode repetir as conquistas de 1931-33, as primeiras do clube. A diretoria manteve o mesmo planejamento das temporadas passadas. Sem nenhuma aventura financeira nas contratações, trouxe um treinador jovem, Marcelo Martelotte, 44 anos, para o lugar de Zé Teodoro e manteve a mesma comissão técnica, com a saída apenas de Sandro Barbosa. O carioca Marcelo Martelotte foi goleiro do clube e campeão pernambucano em 1993. Portanto, conhece bem o Santa Cruz e sua torcida. A responsabilidade do time ficou bem maior depois da eliminação da Copa do Nordeste. A equipe surpreendeu na primeira fase e fez a melhor campanha geral. Mas nas quartas de final, após um empate por 3x3 contra o Fortaleza, na capital cearense, perdeu, por 2x1, no Arruda, quando poderia empatar até por 2x2. A desclassificação despertou o alerta no grupo para as dificuldades que virão pela frente no Pernambucano Coca-Cola. “É outra competição, com outras características, mas também muito difícil. O nosso grupo fez uma excelente primeira fase na Copa do Nordeste. No mata-mata, fomos eliminados. São situações que ocorrem, mas a torcida pode ficar certa de que estamos trabalhando forte, com muita vontade”, disse o zagueiro César.
Na montagem do atual elenco, vieram alguns jogadores desconhecidos da torcida, como o zagueiro Renan Teixeira, o meia Caio Tavera e os atacantes Danilo Santos e Paulo César, ex-Sporting Braga, de Portugal. Outro atacante, Philco, teve uma passagem pelo Belo Jardim, e está ganhando uma chance no tricolor. Também chegaram o lateral Marquinho, ex-Náutico, os volantes Luciano Sorriso e Tozo, enquanto Leo retornou depois de um empréstimo. A diretoria também resolveu apostar no lateral Patrick, de 19 anos, emprestado pelo Atlético Pernambucano, e no volante Everton Heleno, 22, exSport. A base, porém, foi mantida. Permaneceram os goleiros Tiago Cardoso e Fred, o lateral Tiago Costa, os zagueiros César, Vágner, William Alves e Everton Sena, os volantes Anderson Pedra e Sandro Manoel, os meias Renatinho, Natan e Jefferson Maranhão e o atacante Flávio CaçaRato. Além deles, o artilheiro Dênis Marques voltou depois de um período negociando um novo contrato. O goleador de 2012, com 27 gols, aceitou até reduzir o salário. Especula-se que era de R$ 60 mil e caiu para R$ 35 mil. Das categorias de base subiram o lateral Nininho, o atacante Netto, o goleiro Wadson, o atacante Anderson Salgueiro e o lateral-esquerdo Wallacy. Do ano passado, deixaram o clube os laterais Diogo e Marcos Pimentel, o zagueiro Edson Borges, os volantes Ramalho, Memo e Weslley, os meias Leozinho, Branquinho e L. Henrique, além do atacante Fabrício Ceará.
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Leão tenta voltar a rugir forte
Maior papão de títulos do Estadual, com 39 conquistas, o Sport levantou a sua primeira taça em 1916, logo na segunda edição do certame – a primeira em que o Leão disputava. Repetiu o feito em 1917. O clube também é o que mais pontuou (3.426), o que mais venceu (1.359) e o que mais marcou gols (4.826). Os rubro-negros conseguiram dois pentacampeonatos. O primeiro de
1996 a 2000. O segundo, de 2006 a 2010. Mas nos últimos dez anos, fez apenas um artilheiro: Ciro, em 2010, com 13 gols. Outra curiosidade: o time tem dois longos jejuns de taças, de 1939 até 48 e de 1963 até 75. Vice nas duas últimas edições, o Sport chegará ao seu maior jejum de taças nos últimos 25 anos, caso não dê a volta olímpica este ano. Antes o maior hiato aconteceu entre 1982 e 1988.
IMPORTÂNCIA DO PE “Sempre deixei claro que nossa meta principal é o acesso à Série A. Porém, o Estadual tornou-se ainda mais importante por conta do insucesso no Nordestão. O jeito como nós saímos aumentou a pressão pelo PE, pois fomos eliminados de uma forma desagradável, apática. Fazer um bom Pernambucano é obrigatório para termos tranquilidade para a luta na Série B e continuarmos o nosso projeto da temporada.”
NÁUTICO OU SANTA? “O Náutico permaneceu na Série A, manteve e reforçou o elenco, não disputou a Copa do Nordeste e por isso teve tempo para retornar com calma aos trabalhos. Por isso, teoricamente, é o melhor preparado dos nossos adversários. Nós e o Santa Cruz estamos começando um trabalho. Isso é mais complicado e leva mais tempo. Mas isso é apenas na teoria. Na prática é bem diferente e tudo pode mudar.”
MISSÃO Dono da maior folha salarial de PE
há anos, Sport quer voltar a ser campeão
A
pontado como maior favorito ao título nos últimos anos, o Sport entra no Campeonato Pernambucano Coca-Cola em crise. A eliminação vergonhosa na Copa do Nordeste, caindo frente o Campinense, na Ilha do Retiro, culminou com a renuncia de toda a diretoria de futebol rubro-negra na última terçafeira. É nesse ambiente conturbado e cheio de incertezas que o Leão tentará mais uma vez o seu 40º Estadual, após dois vice-campeonatos seguidos perdendo a final para o Santa Cruz. Por sinal, caso mais uma vez fique de mãos abanando, o Sport terá o seu maior jejum de títulos nos últimos 25 anos. Isso porque a última vez que o clube ficou sem levantar o Pernambucano por mais de dois anos seguidos aconteceu entre 1982 e 1988. A saída de toda a diretoria de futebol, capitaneada pelo vice-presidente de futebol Milton Bivar, também pôs uma incógnita quanto ao futuro do técnico Vadão no clube. Afinal, o treinador foi contratado pelos, agora, ex-dirigentes e conta com o desagrado de parte da torcida. Apesar disso, o presidente Luciano Bivar garante que o comandante segue “prestigiado”, apesar de ter criticado, mesmo que de forma velada, a atuação do treinador no Regional. Além de Vadão, alguns jogadores também iniciam o Campeonato Pernambucano na corda bamba. Entre eles, alguns medalhões como o meia Hugo e o lateral-direito Cicinho, ambos com contrato se encerrando no meio do ano. Nesse grupo também estão inseridos outros jogadores co-
mo o volante/lateral-direito Moacir, o lateral-esquerdo Reinaldo e o meia Felipe Menezes. Contratações também devem pintar na Ilha do Retiro. Até porque a imagem deixada no Nordestão foi de um time sem raça. E nada irrita mais um rubro-negro do que isso. Por isso, entre as principais características procuradas pelos leoninos para as caras novas está a “pegada”. O problema será encontrar as peças certas no que há disponível no mercado. Além disso, a possível reformulação no elenco leonino também passará pelo novo homem forte do futebol. Antes reticente, o presidente Luciano Bivar confirmou que irá contratar um executivo de futebol remunerado, que irá trabalhar em parceria com o Conselho Gestor, capitaneado pelo ex-presidente Wanderson Lacerda. O último a ocupar esse cargo no clube, sem sucesso, foi o gaúcho Cícero Souza. Entre tantas turbulências, mudanças e incertezas, um das poucas seguranças rubro-negras está depositada no goleiro e ídolo Magrão, que vai para o seu oitavo Campeonato Pernambucano seguido pelo Leão. E em busca do seu sexto título. Após perder 13 partidas no Brasileirão do ano passado, devido a uma lesão muscular, o arqueiro reassumiu a titularidade na Copa do Nordeste e foi um dos poucos a se salvar do fiasco da eliminação. Porém, um paredão pode ser pouco para quem almeja voltar a ser o “Papai da Cidade”. Principalmente para o clube da maior folha salarial do Estado.
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Náutico quer matar a saudade
Sempre gera barulho. A maior conquista do Náutico chama a atenção por ser única: nunca nenhum time de Pernambuco conseguiu o hexa estadual. O Náutico faturou os seis títulos consecutivos entre os anos de 1963 e 1968. Fora isso, a sua maior sequência é um tricampeonato (1950-52). O clube já foi campeão 21 vezes, e o primeiro troféu foi em 1934.
O último deles é o que incomoda, pois foi no já longínquo 2004, o que garante um jejum bem inconveniente aos alvirrubros. Entre as principais curiosidades do Timbu, está a aplicação de uma das maiores goleadas em decisões do Pernambucano. Em 1966, aplicou 5x1 no Sport, na melhor de três. Meteu 21x3 no Flamengo, em 1945, maior goleada da história do Estadual.
NÁUTICO DE MANCINI “Não se trata de mexer muito. Mas nos últimos dias, optei por conhecer mais os jogadores e como se apresentavam em campo. Agora não. Vamos mudar. Para o jogo contra o Belo Jardim já coloquei Marcos Paulo e Luís Eduardo para sanar alguns defeitos que vi nos últimos confrontos, principalmente no jogo de sábado contra o Central, que perdemos por 1x0 jogando nos Aflitos.”
CASO KIEZA “Ele é um atleta que não vamos ter um igual no mercado. Se identifica muito com o clube, é um ídolo e líder dentro de campo. Nenhum outro jogador pode, a curto prazo, dar ao time o que ele dá. Por isso, faço questão de acompanhar o processo dessa transferência (Kieza tem uma proposta muito boa do futebol chinês), pensando sempre na sua permanência. Vamos fazer de tudo para ficar com ele.”
JEJUM Timbu não conquista o Estadual há
oito temporadas e pretende mudar o jogo
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Náutico é o único time pernambucano na Série A nacional e com vaga na Copa SulAmericana, mas um jejum local está incomodando. Há oito anos os alvirrubros não levantam a taça do Campeonato Pernambucano Coca-Cola. A última vez que isso aconteceu foi em 2004, no time liderado pelo ídolo Kuki. Este ano, o Timbu começou bem e já faturou o primeiro turno do Estadual, garantindo a vaga na Copa do Brasil 2014. Os dois primeiros meses do ano foram uma montanha russa de emoções na Rosa e Silva. O time começou a temporada como um dos poucos que conseguiram manter grande parte do elenco de 2012 e já deu o pontapé inicial com vantagem em relação aos principais concorrentes ao título. Mas aos poucos, o elenco foi sofrendo baixas: Araújo, Ronaldo Alves, Marlon, Souza e Rhayner foram alguns dos que deixaram os Aflitos, além do próprio treinador, Alexandre Gallo, que assumiu a seleção brasileira sub-20. Nas últimas semanas, os atacantes Kieza e Rogério protagonizaram mais alguns dias turbulentos para a direção. O primeiro é cobiçado por um clube da China, que, segundo ele mesmo, oferece salário três vezes maior ao seu atual. Já Rogério se envolveu em um episódio com empresários, não conseguiu se desvincular do Náutico e tenta reconquistar a confiança da torcida. Na contramão das polêmicas, o Náutico se reforçou. O lateral-direito Auremir voltou à casa após uma tem-
porada no Vasco. O clube cruzmaltino ainda cedeu mais um atleta, o atacante Élton, que já balançou as redes duas vezes no Pernambucano. Pela esquerda, Bruno Collaço vem tomando a vaga do jovem Douglas Santos. Também chegaram o zagueiro Luiz Eduardo, os volantes Marcos Paulo e Rodrigo Souto, o lateral Maranhão, o meia Giovanni e o atacante Jones. Mas a principal novidade ficou no banco de reservas. Depois de participar da campanha que rebaixou o Sport para a Série B, no ano passado, Vágner Mancini assumiu o Timbu, tendo como credencial a semelhança e compatibilidade com os métodos de trabalho do antigo comandante, seu amigo de infância Gallo. Dentro de campo, dadas as alterações no elenco e as polêmicas que impediram alguns nomes de atuar, o esquema oscila entre o 4-4-2 e o 4-3-3. No gol, Felipe é o titular. A primeira linha de quatro conta com Auremir, Alemão, Alison e Collaço. No meio, Elicarlos, Martinez e Vinícius Pacheco. E no ataque, Kieza, Rogério e Élton. O jovem Renato, das categorias de base, também vem sendo aproveitado por Vágner Mancini neste começo de temporada. Com mais tempo para treinar e entrosar a equipe, o Náutico – que não disputou a Copa do Nordeste – ganha mais força para acabar com o incômodo jejum. O único hexacampeão pernambucano não está para brincadeiras e chega para matar de vez a saudade de subir ao lugar mais alto do pódio no Campoenato Pernambucano.
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Caçula dos times que disputam o Estadual deste ano, o Serra Talhada (fundado apenas em 2011) já começou escrevendo bem a sua história no futebol pernambucano. Com apenas sete meses de existência, faturou o seu primeiro título, o de campeão da Série A2, carimbando o passaporte para a elite. No ano passado, começou empolgando nas primeiras rodadas, mas acabou tendo que lutar para evitar o rebaixamento. Este ano, o time foi treinado por Bagé no 1º turno, mas o técnico foi contratado pelo Cianorte,
do Paraná. Com isso, o Cangaceiro contratou Pedro Manta, outra figurinha carimbada do futebol local. Os rostos mais conhecidos são os do meia Kássio, ex-Sport, e do meia-atacante Otacílio, ex-Santa Cruz. O experiente Júnior Ferrim, ex-Salgueiro, é um dos reforços para o 2º turno. Atuando no 3-5-2, o Cangaceiro tem força, sobretudo em casa. Time-base: Carlos; Alex Costa, Negreti e Ranieri; Jamesson, Enercino, Júnior Negrão, Otacílio e Kássio; Bebeto e Alyson (Júnior Ferrim).
A lanterna do 1º turno era algo até certo ponto imaginado para o Petrolina. O clube vem enfrentando sérios problemas financeiros desde a Série D do Brasileiro do ano passado. O início do ano foi tumultuado, com indefinições na presidência e no comando técnico. No final das contas, Paulo José acabou se tornando o novo mandatário; e Henrique Rocha, o treinador. No entanto, os problemas administrativos e financeiros fizeram com que o clube
entrasse para a disputa do 1º turno com uma equipe bastante jovem e inexperiente. No duelo com o Náutico, o Petrolina até que surpreendeu, mas a falta de maturidade custou a derrota, 1x0. Para o 2º turno, com mais entrosamento, a meta é melhorar, mas dificilmente a Fera Sertaneja vai lutar por uma das quatro vagas nas semifinais do Pernambucano. Time-base: Diego; Salgado, Jamaica, Rafael e Jefinho; Luiz Felipe, Allan, Jorginho e Geovane; Sousa e Joninha.
Entre os melhores de novo
META Salgueiro entra no Estadual querendo
chegar às semifinais mais uma vez
O
Salgueiro entra no Campeonato Pernambucano CocaCola pensando em repetir a boa campanha do ano passado, quando se classificou para as semifinais – foi eliminado pelo Santa Cruz, que conquistaria o bicampeonato. A terceira colocação rendeu ao Carcará uma vaga na Copa do Nordeste, competição na qual os sertanejos fizeram campanha regular. O time chegou até a última rodada com chance de avançar às quartas de final, mas foi derrotado pelo ASA, em Arapiraca, e ficou pelo caminho. Aproveitando a experiência adquirida no Nordestão, os salgueirenses se preparam para entrar forte no Estadual. A estreia será logo contra o Sport, domingo, no Cornélio de Barros. A expectativa é de estádio lotado, como vem se tornando uma rotina no novo “Salgueirão”. A derrota para o Vitória-BA fez o time perder a invencibilidade no estádio – não sabia o que era perder no local desde a sua reinauguração, no Estadual do ano passado. Mas isso não significa que os rivais terão moleza no alçapão do Carcará. Após a saída da Copa do Nordeste, os jogadores receberam uma folga durante o Carnaval. Mas voltaram a trabalhar no começo da semana passada. O treinador Marcelo Chamusca, irmão de Péricles (ex-treinador de Santa Cruz e Sport) quer muita dedicação durante o Pernambucano, o qual considera uma grande vitrine. “A Copa do Nordeste foi uma grande preparação para o Campeonato Pernambucano. Uma competição de
bom nível, em que enfrentamos grandes times, como Vitória (Série A), ASA e América-RN (ambos da Série B). E mesmo com tantas dificuldades chegamos na última rodada com chances de classificação. Claro que queríamos ter chegado ao mata-mata, mas o que passou passou. Agora é levantar a cabeça e trabalhar forte, até porque teremos uma ‘pedreira’ logo na estreia”, finalizou o treinador Marcelo Chamusca. Em relação ao time, o técnico tem praticamente o mesmo elenco à disposição. Dois jogadores deixaram o clube. O atacante Júnior Ferrim se transferiu para o Serra Talhada, enquanto o volante Sideval foi para o Guarani de Juazeiro-CE. Em compensação, chegaram o lateral-direito Gil Baiano, que veio do Juazeirense e mais dois atacantes: Josemar (exConfiança) e o baiano Ronaille Calheira, que jogou cinco temporadas no futebol peruano. Seu último clube foi o León de Huanuco. Sobre o time titular, a base foi mantida. No gol, Luciano. Nas laterais, Marcos Tamandaré e Peri. Na zaga, Cléber Carioca e Ricardo Brás. Pio, Moreilândia e Vitor Caicó fazem a proteção de zaga, enquanto Clebson é o responsável pela criação. Na frente, uma modificação: Marciano ganha a vaga de Elvis e passa a formar a dupla ofensiva com Fabrício Ceará. Para o ataque, Marcelo Chamusca ainda conta com o nigeriano Yerien, que se saiu muito bem em alguns jogos da Copa do Nordeste – fez, inclusive, o gol da vitória por 1x0 sobre o ASA, na abertura do torneio.
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Acostumado a ser uma “pedra no sapato” dos times da capital, o Porto fez uma campanha fraca no 1º turno. Conseguiu apenas uma vitória e terminou na vice-lanterna. O treinador Adelmo Soares foi para o Atlético de Cajazeiras-PB. Para o seu lugar foi contratado Luiz Müller, ex-atacante do Sport e que foi auxiliar de Roberto Fernandes durante um bom tempo. Como treinador, teve experiências em times do interior de São Paulo, como São Bento e São José. No 2º turno, o Gavião aposta no trabalho de Müller para
recuperar o tempo perdido. “Infelizmente, o trabalho com Adelmo Soares não deu certo e tivemos que realizar uma mudança”, explicou o gerente de futebol, Borges Carvalho. Mas Muller não vai contar com o meia Tarciano, de 17 anos, revelação do clube, que sofreu uma lesão grave no joelho. O Porto contratou o lateral Ademar (ex-Sport e Náutico) e “repatriou” Jefferson Renan, que estava no sub-20 do Inter. Time-base: Emanuel; Evandro, Renato, Fabrício e Ademar; Cosme, Renan, Vágner Rosa e Jefferson Renan; Lalá e Joélson.
Desde 2005 disputando a elite, o Ypiranga virou “osso duro de roer” em seu reduto, o estádio Otávio Limeira Alves. A melhor campanha foi em 2006, quando o time esteve muito perto de faturar o 1º turno, mas Júnior Amorim desperdiçou um pênalti no jogo final com o time ficando um ponto atrás do Santa Cruz. Contudo, a Máquina de Costura não vem tão “afiada” em 2013. Assim como o Petrolina, o Ypiranga enfrentou muitas dificuldades para arrumar recursos para
disputar a Série D nacional no ano passado. Isso causou reflexo na montagem do elenco para o Estadual deste ano. A troca na presidência também atrapalhou. Após um fraco 1º turno, a diretoria corre atrás de reforços. O meia Beto, com passagem pelo futebol argentino, já acertou. O atacante Neto Alagoano está na mira. Time-base: Jaílson; Diogo, Bruno, Hugo e Lincoln; Jeferson Piauí, Dácio, Guilherme e Beto; Assis e Paulo Krauss.
Voltar a ser a 4ª força é o objetivo TRADIÇÃO Clube mais conhecido do
interior, Central quer voltar a incomodar
N
ão faz muito tempo que o Central era considerado o principal time do futebol pernambucano depois dos três grandes da capital, Santa Cruz, Sport e Náutico. Os confrontos contra a Patativa, no estádio Luiz Lacerda, Lacerdão, continuam cercados de cautela por conta da força demonstrada pela equipe caruaruense. Contudo, a Patativa ficou um pouco ofuscada com o crescimento do Salgueiro nos últimos anos. Mas agora a promessa é de recuperação para o Pernambucano Coca-Cola 2013. No primeiro turno, o alvinegro ficou em segundo lugar. O início da competição já mostrou que o Central está bem diferente do time que teve uma campanha pífia no Estadual do ano passado, quando terminou na 10ª colocação. Segundo o presidente Sivaldo Oliveira, nesta temporada o clube não teve que se preocupar tanto com outros fatores além de contratações. “No ano passado tivemos de reestruturar o clube, praticamente refazer tudo, como reformas no estádio e gramado. Ninguém resolve tudo do dia para a noite. Quando assumi, não tinha jogador no Central. Agora temos uma estrutura de base em todas as categorias”, declarou Sivaldo, que vai para seu segundo ano de mandato à frente da equipe alvinegra. Ainda de acordo com o dirigente, com as categorias de base funcionando o clube pôde aproveitar atletas da casa. “Do sub-20 aproveitamos seis jogadores, alem dos melhores do ano passado. Com isso, contratamos 16 jo-
gadores e formamos um elenco mais forte para disputar o Pernambucano”, disse Sivaldo. As contratações na Patativa foram feitas por intermédio da presidência e do gerente de futebol Adriano Coelho, que foi atleta do juniores do clube na década de 80. Entre os nomes que têm funcionado, destaque para o setor ofensivo, que conta com a dupla de Jonathans – o Fumaça e o Goiano. Além deles, o meia Tallys também é destaque. O trio foi responsável por 64% dos gols da equipe no primeiro turno, tendo marcado, juntos 9 dos 14 tentos. Dentro de campo, o time funciona no esquema 3-5-2, armado pelo técnico Ricardo Oliveira, que teve passagens por Confiança, Guaratinguetá, CRB, CSA e Ceilândia-DF. Ele assumiu no lugar de Marcelo Rocha, que teve um começo arrasador com duas vitórias, mas depois viu a equipe sofrer um empate e uma derrota. Sob o comando de Ricardo Oliveira, o time conquistou quatro vitórias. O presidente centralino discorda sobre o fato de o Central não ser mais a quarta força do Estado. “Nunca deixamos de ser. O Salgueiro está muito longe de ser a quarta força. É só olhar nosso histórico no site da Federação Pernambucana. Fora a questão de estruturas e conquistas. Caruaru também é uma cidade maior”, argumentou. A folha salarial do clube para a temporada 2013 beira os R$ 160 mil. E ainda teve um bônus de R$ 50 mil prometido pela conquista do primeiro turno, que não se concretizou.
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As dificuldades do Pesqueira na sua estreia na elite do Estadual vão além das quatro linhas. Sem poder jogar em seu estádio – o Joaquim de Brito não foi liberado pela FPF por conta da falta de estrutura –, a equipe se supera para se deslocar de uma cidade para outra. No 1º turno, o Pesqueira mandou os seus jogos no Sesc-Mendonção, em Belo Jardim. No 2º turno, o Gigante do Agreste, em Garanhuns – cidade sem representantes na competição –, vai receber os jogos da Águia do Agreste. “Estamos sem campo para
jogar e também para treinar. Mesmo assim, a avaliação até agora foi positiva e a nossa meta é ficar entre os seis melhores do campeonato”, afirmou o técnico Humberto Santos, ex-zagueiro de Náutico, Santa Cruz e Central. Para o 2º turno, o Pesqueira tenta a contratação do meia-atacante Rosembrik (ex-Sport e Santa Cruz). Já o zagueiro Bebeto (outro ex-Santa Cruz) foi dispensado do elenco. Time-base: Geday; Fabinho, Deivid, Stanley e Jhonny; Jânio, Franklin, Laércio e Dada; Jonathan e Théo.
Assim como o Pesqueira, o Chã Grande não pôde jogar em casa no seu debute na elite estadual. Com o estádio Ewerson Simões Barbosa vetado pela Federação Pernambucana de Futebol, o time teve que levar todos os seus jogos para o Carneirão, em Vitória de Santo Antão, que também não conta com clubes na competição. E os problemas não pararam por aí. O mau começo causou a demissão do técnico Paulo Júnior, que vinha de bons trabalhos à frente do América, Serra Talhada e do
próprio Chã Grande – subiu esses três para a Série A1. Para o seu lugar, a diretoria contratou Maurílio, ex-atacante do Palmeiras e do Santa Cruz. Ele já comandou Salgueiro, Acadêmica Vitória e estava no Alecrim-RN. O Chã se reforçou para o 2º turno. Da Paraíba, veio o atacante Cláudio, que estava no Botafogo. De Alagoas, chegou o meia Danilo, egresso do Corinthians local. Time-base: Davi; Celso, Eliezio, Italo e Roni; Aguimeron, Jaíldo, Júnior e Bia; Cláudio e Caiçara.
Calango animado para turno BELO JARDIM Equipe foi bem no 1º turno e
quer repetir a dose no returno do certame
O
Belo Jardim apostou em Edson Leivinha para comandar o time no Pernambucano Coca-Cola. Ex-treinador das divisões de base do Sport e do Náutico – dirigiu também a equipe profissional do alvirrubro –, Leivinha tem história no clube. Foi contratado no ano passado para salvar o time do rebaixamento à Série A2 e conseguiu. Começando o trabalho desde o início do campeonato desta vez, o treinador vem fazendo outro bom papel. O Calango chegou à última rodada do 1º turno com chance de ser campeão. Precisava vencer o Náutico e torcer por uma derrota do Central para o Ypiranga. A combinação de resultados não ocorreu, mas o terceiro lugar gerou uma boa expectativa para o desempenho da equipe no 2º turno. Vale a pena lembrar que Sport, Santa Cruz e Salgueiro entram na competição a partir de agora, o que aumenta o nível, mas ao mesmo tempo eleva a visibilidade. “A ideia é não parar por aí. A nossa intenção é fazer um grande segundo turno e lutar por uma vaga nas semifinais da competição”, destacou o presidente do Belo Jardim, Jonas Torres. Essa é a terceira vez que o Calango disputa a Série A1 e, de longe, é o melhor desempenho. Em 2007, foi rebaixado. Ano passado, lutou apenas para evitar o rebaixamento para a Série A2. Uma das principais forças do Belo Jardim no 1º turno do Estadual foi a defesa. Até o jogo contra o Náutico, o time tinha sofrido apenas três gols
em sete partidas. E dois de pênalti. Um dos responsáveis pelo bom desempenho é o experiente goleiro Romero, ex-Porto, Ypiranga, Petrolina e Salgueiro. Na zaga, o técnico Leivinha deslocou Eduardo Ere, que no Náutico jogava de volante ou lateral, para o setor, que ainda conta com Alenílson. Para dar mais experiência à proteção de zaga, o clube contratou o volante Júnior Maranhão, que já vestiu a camisa do Santa Cruz e a do Sport e é dono de um potente chute de fora da área. No setor de criação, o time conta com o talento de Yannick, que veio do futebol paulista, e de Douglas, revelado pelo Náutico e que teve uma boa passagem pelo Porto de Caruaru. No ataque, a aposta é Müller e André Recife. O primeiro é “cria” do Santa Cruz, enquanto o companheiro de ataque veio do Nacional da Ilha da Madeira, de Portugal. André é o artilheiro do Belo Jardim no Estadual, com três gols. No elenco, Leivinha ainda conta com Fábio Recife, experiente volante que foi campeão pernambucano pelo Náutico em 2004, na última conquista local do alvirrubro. Para o ataque, o rápido Candinho é uma boa opção para o contra-ataque. Outro ponto positivo do time é o entrosamento. O elenco conta com 10 jogadores que disputaram a Série A2 pela Cabense, ano passado, além do próprio Leivinha. Sete deles tinham vestido a camisa do Belo Jardim pelo Pernambucano do ano passado.
Recife | 22 de fevereiro de 2013 | sexta-feira
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Recife | 22 de fevereiro de 2013 | sexta-feira