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MUNDO SEM AS VACINAS

o mundo sem as vacinas

RIO DE JANEIRO, 10 de novembro de 1904. A cidade, então capital do Brasil e que passava por uma reforma urbana, é tomada por agitações, enfrentamentos e protestos populares contra a lei e a regulamentação da vacinação obrigatória contra a varíola. O governo revoga a obrigatoriedade da vacina em 16 de novembro do mesmo ano. Depois do fim da Revolta da Vacina, como ficou conhecida, a cidade parecia um cenário de guerra: bondes virados, trincheiras e barricadas feitas com material de demolição, casas e lojas arrombadas, postes de iluminação quebrados. Esse foi o resultado de uma política de reforma urbana que excluía os mais pobres dos benefícios de moradia adequada, saneamento básico e, principalmente, de informações corretas sobre o imunizante. Se, atualmente, muitas pessoas têm dúvidas sobre como as vacinas são feitas e seus efeitos no corpo humano, imagine há mais de cem anos. A grande questão é que, durante o século 20, imunização, saneamento básico e antibióticos fizeram a expectativa de vida crescer e a mortalidade por doenças cair. Ter saúde é uma combinação de bem-estar físico, mental e social e ausência de enfermidades. Então, como seria o mundo sem a descoberta das vacinas?

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POPULAÇÃO REDUZIDA

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 2 e 3 milhões de pessoas são salvas por ano devido aos programas de vacinação em todo o mundo. A imunização de crianças baixou a taxa de mortalidade infantil pela metade. Até o século 19, um terço das crianças morria antes de completar um ano de vida e metade daquelas que sobreviviam à primeira infância morria antes de completar 15 anos. Muitas dessas mortes foram causadas pela varíola, que matava até 30% dos infectados, a maior parte crianças pequenas. Entre 1880 e 1980, calcula-se que a varíola tenha matado por volta de 500 milhões de pessoas. Felizmente, em 1980, a varíola foi erradicada do mundo, graças à vacina criada pelo médico britânico Edward Jenner, em 1796. Sem vacinas para doenças como varíola, febre amarela, sarampo, rubéola, poliomielite, difteria e tétano, por exemplo, o mundo seria bem menos populoso. Há 500 anos, a população mundial era de aproximadamente 420 milhões de pessoas, e praticamente dobrou em 1800, chegando a 900 milhões, em um período anterior ao saneamento básico e às imunizações. Seguindo essa taxa de crescimento, a população mundial estaria atualmente em 2 bilhões de pessoas e não em quase 8 bilhões. Apesar de despovoado, a taxa de natalidade seria muito maior do que os atuais 1,7 filho por mulher no Brasil e 2,4 no mundo. Em 1960, a taxa brasileira era de 6 filhos por mulher e a mundial de 4,9. As pessoas teriam mais filhos para algum deles sobreviver ou, como diziam os mais antigos, “vingar”. SEQUELAS FÍSICAS, CUSTOS ELEVADOS COM SAÚDE E MAIS EPIDEMIAS

Muitas vezes, doenças deixam sequelas. A varíola, além de deixar marcas na pele, causava cegueira em até um terço das pessoas que sobreviviam. Por sua vez, a pólio deixava crianças com problemas respiratórios graves devido à paralisia dos músculos, cuja sobrevivência dependia dos “pulmões de aço” (grandes ventiladores de pressão negativa que expandem a caixa torácica ajudando na respiração). A criança ficava apenas com a cabeça para fora da máquina. O tratamento melhorou apenas com a invenção do respirador artificial. A vacinação contribui para diminuir as complicações causadas pelas doenças, que podem ser crônicas. Sem imunizantes, complicações graves e até invalidez seriam muito mais frequentes, afetando, além do próprio indivíduo que não poderia exercer suas potencialidades de forma plena, as famílias, a economia e o sistema de saúde. Os gastos públicos e particulares com saúde e tratamento de sequelas também seriam maiores. O tempo de enfrentamento de uma doença é muito maior sem as vacinas, impedindo temporária ou permanentemente a pessoa de trabalhar. A população também estaria mais sujeita a epidemias e a pandemias sem as imunizações, o que levaria a mais gastos públicos. Apesar do gasto para comprar vacinas, governos e sistemas de saúde conseguem economizar em longo prazo.

Fontes: A Revolta da Vacina, de Nicolau Sevcenko (Cosac Naif, 2010); “De um para todos: a importância da vacinação”, em Imune.pt, 14 de maio de 2021 (link.cpb.com.br/f50fcd); “Como seria o mundo sem vacinas?”, em Imune.pt, 8 outubro de 2021 (link.cpb.com.br/d7b1c6); Recusa de Vacinas: Causas e Consequências, de Guido Carlos Levi (Segmento Farma, 2013, link.cpb.com.br/8a9840); “Os últimos dias da varíola”, na Revista Manguinhos, 2005 (link.cpb.com.br/08adea); “E se as vacinas nunca tivessem sido inventadas?”, artigo de Fábio Marton para a Revista Superinteressante, 14 de fevereiro de 2021 (link. cpb.com.br/51e570); “Você consegue imaginar como seria o mundo hoje sem as vacinas?”, matéria do G1, 29 de outubro de 2021 (link.cpb.com.br/139b7d); “Smallpox”, em World Health Organization (link. cpb.com.br/5997d0); “Pela 1ª vez, mundo tem mais avós do que netos”, BBC News Brasil para o site da Época Negócios, 3 de abril de 2019 (link.cpb.com.br/360699); “Sequelas da Covid-19 prejudicarão saúde do brasileiro por uma década, diz especialista em UTIs”, artigo de Matheus Magenta, da BBC News Brasil em Londres, 23 abril 2021 (link.cpb.com.br/503685). MENOR DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E ECONÔMICO

Uma população mundial menor e menos saudável teria um impacto muito grande: menos pessoas significa menos ideias circulando, o que resulta em menor desenvolvimento tecnológico e inovação, prejudicando a economia mundial. Os adultos teriam que lutar pela sobrevivência e ainda cuidar daqueles que tiveram sequelas, impactando a força de trabalho. Com a economia fragilizada, os governos não teriam condições de proporcionar pensões para aqueles que não podem trabalhar devido a complicações de enfermidades. Criação e inovação demandam tempo e pessoas. Uma população mais saudável proporciona desenvolvimento para a sociedade. Com mais doenças infecciosas sem tratamento, as viagens nacionais e internacionais representariam riscos muito maiores de cadeias de contágio de doenças como febre tifoide e cólera e do surgimento de novas variantes virais muito mais potentes. A quarentena para os viajantes seria uma medida preventiva rotineira e obrigatória, prejudicando o turismo, uma fonte de renda para muitos países, e o comércio internacional, pois o consumo seria bem inferior ao atual.

Desenvolvimento social e econômico depende de pessoas saudáveis. Especialistas afirmam que, apenas com o uso de vacinas, a média de vida da população mundial aumentou em 30 anos e as pessoas passaram a adoecer menos e ter mais qualidade de vida. A vacinação também é uma forma de solidariedade entre gerações (idosos são mais vulneráveis) e entre pessoas que não podem ser vacinadas (por terem o sistema imunológico debilitado ou por alergia grave a algum componente da vacina, como o ovo), protegendo toda a população. Conhecer a história da vacina e seu processo de desenvolvimento até a aplicação no braço é fundamental. Sem vacinas, o mundo tecnológico e inovador atual não existiria.

Para assistir

“Revolução das Vacinas: Como era o mundo sem vacinação”, Episódio 1 (11 min., 2021), do canal Drauzio Varella (link.cpb.com.br/71d443); “Human population through time” (6 min., 2016), do canal American Museum of Natural History (link.cpb.com.br/ca00dc).

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Horta urbana

Projeto desenvolvido por estudantes na capital paranaense promove a saúde, a sustentabilidade e a solidariedade

“PLANTAR É CULTIVAR saúde! O contato com a natureza é uma forma de terapia natural. Trabalhar com a terra traz paz e tranquilidade, proporcionando bem-estar e qualidade de vida.” É assim que a engenheira agrônoma Mainara Canedo explica os benefícios obtidos pelo plantio de hortas urbanas.

Quem vive nas grandes cidades nem sempre tem esse contato com a natureza capaz de proporcionar tantos benefícios. Por entender a relevância disso, o Colégio Adventista do Boqueirão (CAB), em Curitiba (PR), desenvolve um projeto de horta urbana. Em 2021, alunos do 1º ano do ensino médio plantaram e colheram 400 pés de alfaces. Para 2022, uma “ lavoura” de milho já foi plantada e está sendo administrada pelos estudantes, que se envolvem em todas as etapas da produção agrícola. A iniciativa foi resultado das aulas de geografia e ensino religioso, que colocaram alunos como Afonso Simião, de 15 anos, para cuidar da terra, desde o preparo para receber as mudas. “Eu nunca tinha plantado nada. Foi uma experiência surpreendente que quero repetir”, garante o estudante.

Luís Halama, professor de geografia no colégio, sempre gostou de aulas interativas, levando os alunos para excursões pedagógicas e aplicando o conteúdo no dia a dia. Em 2019, ele resolveu iniciar o projeto com suas turmas. “Tínhamos um espaço ocioso e transformamos em uma horta. A partir de então, resolvemos trabalhar esse projeto de agricultura urbana”, conta.

Desde a primeira turma, há um envolvimento muito grande. Os estudantes participam ativamente das etapas, afinal, quem não gosta de ver a teoria se tornando prática? “Eles mesmos formam as equipes para regar, limpar e acompanhar o crescimento das plantinhas. Quando você se desprende da teoria e aplica o assunto estudado, eles se interessam”, o professor sublinha. “Conseguimos rever conteúdos importantes como: condições de solo para produção agrária, questões climáticas e como as estações do ano interferem na produção de alimentos”, detalha.

A horta proporcionou aplicações não só nas aulas de geografia, mas também de ensino religioso. “Tiramos várias lições na questão espiritual, aplicando especialmente as parábolas e como Jesus usava a natureza para ensinar verdades espirituais no contexto em que viveu”, conta o pastor Renato Telles, capelão do colégio.

Para o estudante Afonso Simião, o conhecimento obtido excedeu as disciplinas acadêmicas. “Eu aprendi a importância das relações que a gente cria em sala de aula e como elas podem ser convertidas em um objetivo, trazendo resultados incríveis. Parece algo simples, mas por trás disso houve um esforço de cada um de nós”, compartilha.

PROMOÇÃO DA SAÚDE

Em um mundo tecnológico, em que desde cedo as pessoas são expostas aos estímulos eletrônicos, o contato com a natureza traz alívio às rotinas tediosas. “Os cuidados com a horta são capazes de promover equilíbrio na saúde física e emocional, fazendo com que o aluno se sinta parte de um processo que beneficia não só ele, mas também a comunidade”, argumenta a diretora do Colégio Adventista do Boqueirão, Cássia Venturini May.

Ter contato com uma horta e aprender sobre o cultivo dos alimentos impacta na forma de esses alunos se alimentarem. Eles recebem o estímulo para terem uma dieta mais saudável, além do incentivo para replicar a ideia em casa, isto é, criando a própria horta.

Uma pesquisa realizada na Europa por uma organização de jardinagem e horticultura, a Royal Horticultural Society, em parceria com a National Foundation for Educational Research (NFER), apontou que alunos que participam de projetos que envolvem educação ambiental têm melhores resultados no seu desempenho acadêmico, físico e mental quando comparados aos estudantes que não têm a mesma oportunidade (acesse: link.cpb.com.br/86d579).

Outra pesquisa, realizada pela Universidade de Sheffield, no Reino Unido, e publicada na revista acadêmica Cities, revelou que cuidar de hortas ou plantas, pelo menos duas a três vezes por semana, impacta positivamente no bem-estar, aliviando o estresse e incluindo atividade física na rotina (acesse: link.cpb.com.br/ce4450).

O estudo da Universidade de Sheffield mostra que, mesmo que os benefícios para a saúde sejam evidentes, o principal motivo para o cultivo é o prazer de cuidar e ver as plantas crescendo ao longo do tempo. Exatamente a parte preferida da estudante Júlia Vitória Tauil no projeto. “O que eu mais gostei foi ver o que a gente plantou dando resultado. Quando a gente vinha limpar, regar e via as mudas crescendo, era muito bom”, conta.

“O processo de semear ou plantar, esperar o crescimento, semana a semana, e acompanhar o desenvolvimento dessa planta ou fruto, é um exercício bem rico e gratificante, além de despertar o respeito à natureza”, afirma a psicóloga Erica Garcia.

ESTÍMULO À SOLIDARIEDADE

Além de preparar o solo, plantar e cuidar ativamente da horta, os alunos distribuíram as verduras colhidas em instituições de longa permanência para idosos já atendidas pela escola. “Os alunos também aprendem sobre responsabilidade social e se sentem realizados porque o trabalho que eles desenvolveram pode ajudar pessoas”, comenta a diretora, Cássia.

Na entrega, os estudantes demonstravam alegria e satisfação em fazer o bem ao próximo com o fruto de seu próprio esforço. Com um sorriso no rosto, Lorenzo Lopes, aluno do 1º ano do ensino médio, entregava a colheita e cumprimentava quem encontrava pelo caminho. “A gente regou e trabalhou todos os dias até chegar a hora de colher. Hoje fomos distribuir nos lares. É sempre bom ajudar e a sensação é melhor ainda ao saber que nós diretamente fizemos parte disso”, comemora.

“Percebo que eles são muito dispostos para ajudar. Eles viram na prática, por meio do contato com a natureza, o que, talvez, não observavam em sala de aula. Isso ressignifica o processo de aprendizagem”, reconhece o capelão, pastor Renato Telles.

“Projetos assim são fundamentais, para a sociedade e para a família. Atitudes como plantar, colher e, em seguida, distribuir aos mais necessitados, atua na estrutura do caráter, e em atitudes como perceber o outro, entender que as necessidades são diferentes”, explica a psicóloga Erica Garcia.

RESPEITO PELA NATUREZA

O projeto pretende estabelecer desde cedo relações saudáveis com o meio ambiente e entre as pessoas. “Formamos cidadãos capazes de assumir novas atitudes na busca de soluções para os problemas socioambientais e estimulamos a busca da melhoria da qualidade de vida e de sua relação com a natureza”, explica o professor Luís Halama, que é especialista em educação ambiental.

A horta escolar contribui para a modificação nos hábitos e atitudes quanto à percepção que os estudantes possuem da natureza. O cultivo junto às lições aplicadas molda a consciência de respeito e cuidado, ensinando a necessidade da conservação do meio ambiente e a importância dele para a sociedade.

ELA VIVIA CANSADA. Não tinha disposição para nada. Quem via, poderia pensar que Gabriela Arantes Oliveira Sousa, de 29 anos, gostava de curtir preguiça. Ledo engano. Até porque sua rotina era recheada de atividades. Mas a estudante de Pedagogia, que é mãe de duas meninas, sofria as consequências de uma vida sedentária e da alimentação incorreta. Além disso, a jovem não encontrava forças para orar nem para fazer uma leitura. Porém, no fim de janeiro de 2021, ela tomou uma decisão que mudou completamente o rumo de sua existência. Bem, ela mesma vai nos contar a história.

Moro em Brasília (DF) com minha família. Certo dia, uma amiga me convidou para participar de um programa de desintoxicação, a fim de fazer aquela faxina no corpo. No início fiquei relutante porque sabia que mexeria muito comigo. Eu estava no ápice do meu peso, com 87 quilos. Nunca havia chegado tão longe, nem nas minhas gestações.

TEORIA SEM PRÁTICA

Incomodada com a balança, relembrei quando era estudante do ensino médio. Embora satisfeita com o peso que tinha na época, não levava tão a sério a alimentação equilibrada. Fui aluna da Educação Adventista, fiz todo o ensino médio na instituição. A Educação Adventista mudou totalmente o rumo da minha história. Foi em uma semana de oração que senti minha vida sendo mudada. Ali abri meu coração e Deus fez a transformação. Senti a necessidade de mudar minhas vestimentas, mudar minha alimentação e mudar como aluna também.

As lembranças da vida escolar também me impulsionaram a aceitar o convite da minha amiga para colocar em prática, de uma vez por todas, o que eu havia aprendido na escola. Aceitei participar do desafio. Minha amiga compartilhava das mesmas crenças que eu em relação à saúde. Na verdade, eu tinha a teoria, mas precisava colocar em prática.

VIDA NOVA

Quando a desintoxicação começou, senti dificuldades. A gente fica com abstinência do açúcar, então vem a irritabilidade, a dor de cabeça, a vontade de desistir... Mas durante o processo vemos que nos transformamos, e que estamos mais dispostos. Ali entendi por que Deus nos pede a abstenção de vários alimentos.

Em 40 dias, pasmem, eliminei 12 quilos. Depois de quatro meses, 19 quilos foram embora, no total. Além de me sentir totalmente disposta, recuperei minha autoestima, vendo-me como eu queria.

Toda mudança requer esforço, mas o resultado é sempre gratificante. Conheço os desafios de quem lida com a comida em excesso. Depois de comer,

A mudança de hábitos levou uma jovem a experimentar muito mais do que a perda de peso

dá vontade de chorar por não ter tido domínio próprio. A comida sempre vai ser meu ponto fraco, mas é justamente na fraqueza que Deus nos faz vencedores!

Hoje, considero-me uma nova mulher. Faço exercícios regularmente, consigo ter comunhão com Deus e busco o domínio próprio diariamente. Sou grata à minha amiga, que me incentivou a participar do programa de desintoxicação. E se você me permite um conselho: esteja sempre com amigos que fazem você crescer e melhorar. Eles são verdadeiros anjos de Deus. E mais importante: seja essa pessoa, esse amigo.

Ao olhar a jornada pela qual passei no último ano, posso afirmar que vivo uma vida completamente diferente. Consigo ver com clareza de pensamento o mundo obscuro em que vivia, não pelo peso, porque ele foi apenas a consequência, mas pela mente. E sempre me pego pensando em como cheguei naquele estado. Eu venci a obesidade, venci o sedentarismo e sou grata por coisas simples da vida, como terminar de subir uma escada sem estar ofegante.

Por experiência própria, posso dizer que a alimentação incorreta limita nossa mente e nosso corpo. O comer demasiadamente nos deixa fracos e sem vontade de fazer nada, porque o corpo faz um esforço enorme para realizar a digestão, por isso ficamos lentos. Uma alimentação natural, integral e em pouca quantidade dá disposição para o exercício físico, deixa você mais alegre, menos doente e com suas faculdades mentais a pleno vapor. Até voltei para a faculdade depois disso! Atualmente sou uma estudante de Pedagogia.

DECISÕES DIÁRIAS

Posso dizer que atribuo o sucesso da minha transformação de vida também às decisões diárias, uma vez que não basta mudar de hábitos apenas por um período. A mudança deve ser para a vida toda. Minha maior motivação é saber que Deus espera o tipo natural de alimentação para que eu me conecte melhor com Ele, sem mente embotada, obscura. Fico muito feliz em saber que consegui e posso vencer. Isso me anima muito! Eu me achava fraca quando se tratava de comida, mas veja os resultados. É totalmente possível quando a gente se dispõe a mudar.

Além da Bíblia, meu livro de cabeceira é uma obra da escritora norte-americana Ellen G. White, intitulada Conselhos Sobre o Regime Alimentar. A base da minha alimentação está escrita nesse livro.

O centro da obra inteira é Jesus. Com o livro, aprendi o real motivo da abstenção de alguns alimentos, da prática de exercício físico, do bom sono, do consumo de água. Enfim, convido você a conhecer essa nova vida, independentemente do peso que você tenha. Não se trata de ser gordo ou magro, mas de ter qualidade de vida. A mudança vai muito além de um numeral na balança, e a reforma de saúde é para todos. INFLUÊNCIA

Compartilhei minha jornada com centenas de seguidores nas mídias sociais. Diariamente, recebo diversas mensagens de pessoas que começaram a ler o livro Conselhos Sobre o Regime Alimentar depois de ver minhas postagens.

Muita gente começou a emagrecer e até a fazer exercícios após ver meu processo. Sempre digo que nunca vai ser fácil, porque tudo o que a gente faz para melhorar exige esforço. Mas vença a tentação diária, viva um dia de cada vez, literalmente. Isso deixará você mais forte. Não se autossabote ou dê desculpas. Ser verdadeiro consigo mesmo é uma das partes mais importantes desse processo. O resultado de uma vida melhor chega e isso é muito gratificante.

A SEMENTE GERMINOU

Estou muito feliz e posso afirmar que a semente que germinou agora foi plantada enquanto eu ainda era estudante do ensino médio na rede. A Educação Adventista foi o primeiro passo para tudo o que estou vivendo hoje.

Digo com toda a convicção que a Educação Adventista foi fundamental para eu me tornar a mulher que sou agora. Através dela, subi os primeiros degraus que me levaram à vida que vivo atualmente, com um marido e duas filhas e com a saúde mais forte do que nunca.

Desenvolva o hábito de orar e veja os resultados

A situação é terrível e você não consegue encontrar uma solução nem tranquilidade para pensar numa saída. Então você imagina como seria se tivesse a capacidade de se teletransportar. Mas a trilha sonora de suspense ou aquela de tristeza profunda está no ar e a situação parece ficar pior a cada segundo. Um medo sufocante toma conta de você. Tenso, né?!

Ter superpoderes à disposição em momentos terríveis como este seria ótimo. Mas isso é coisa apenas para filmes, séries ou HQs. Certo? Depende. Na verdade, podemos sim contar com um grande poder para solucionar nossos problemas.

Assim como na jornada de um grande herói, somos chamados a deixar nossa visão limitada da vida para enxergá-la através de uma lente que revela uma grande luta entre o bem e mal. E precisamos “cruzar esse portal” para enxergarmos nossa posição nesta luta – também chamada de Grande Conflito (Dn 10:1). Neste momento, algumas perguntas precisam ser respondidas: De que lado você está? Ou melhor, a forma como você vive/luta está revelando de qual lado você está? Afinal, não posso dizer ou achar que estou aliado a um exército e não usar as suas táticas de guerra, certo?

A maior arma desta grande guerra cósmica não fere, não mutila, não faz sangrar, não diminui nem menospreza ninguém. Pelo contrário, esta arma cura, restaura, transforma, empodera, conscientiza e, principalmente, nos faz enxergar quem somos diante do nosso Criador .

5 passos para criar o hábito de orar

Prepare o ambiente. Organize-o de forma que o lugar seja agradável para passar algum tempo em oração.

Estabeleça, todos os dias, um horário específico.

Leia a Bíblia. Reserve um momento para a leitura da Palavra de Deus.

Abra o seu coração a Deus. “Enquanto não confessei o meu pecado, eu me cansava, chorando o dia inteiro” (Sl 32:3, NTLH).

Preocupe-se com as pessoas que você conhece e ore por elas. A sua oração poderá ajudar a restaurar alguém.

QUE ARMA É ESSA ENTÃO?

Quando Davi foi insultado pelo atrevido Golias, ele sabia quem estava ali com ele. Por isso, Davi disse ao filisteu: “Você vem contra mim com espada, com lança e com escudo. Eu, porém, vou contra você em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem você afrontou” (1Sm 17:45).

A intimidade com Deus faz coisas maravilhosas que mudam o mundo. Somos íntimos daqueles com quem passamos tempo e desenvolvemos uma relação de confiança. Quantas vezes, em um primeiro momento, não fomos com a cara de alguém e com o passar do tempo nos tornamos bons amigos. A intimidade traz isso!

Ser íntimo de alguém é poder conversar sobre tudo , sem medo de ser julgado; é poder esperar conselhos, compreensão, carinho e socorro. De Jesus podemos esperar tudo isso e um universo de bênçãos e milagres.

Momentos antes da conversa com Golias (1Sm 17:34-36), Davi contou para Saul sobre algumas das suas façanhas ao lado de Deus. Ele só derrotou um urso e um leão porque Deus nunca saiu de perto dele.

Se liga numa coisa: o tempo que Davi passava com Deus gerou confiança para enfrentar desafios cada vez maiores. Ele sabia que enfrentaria problemas, mas os enfrentaria com Deus. Não se trata de ausência de dificuldades, mas da certeza da presença divina.

Fonte: Cristiane Caxeta / Portal Adventista

Vamos fazer um rápido teste. Você precisa responder a primeira coisa que vem à sua cabeça, ok? Você perdeu uma nota de R$ 200,00 que era para comprar seu lanche da semana. O que você faz?

a) Grita para todo mundo procurar.

b) Refaz todos os seus passos olhando para todos os lados.

c) Fica parado em estado de choque.

d) Antes de qualquer coisa, faz uma oração.

Assim como quando temos uma novidade – boa ou ruim – e saímos para contar ao nosso (a) amigo (a), ter esse tipo de relacionamento com Jesus é a melhor solução para toda a humanidade.

Filipense 4:6, 7 diz: “Não fiquem preocupados com coisa alguma, mas, em tudo, sejam conhecidos diante de Deus os pedidos de vocês, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.”

Você sabia que uma grande oportunidade de desenvolvermos nossa intimidade com Deus é por meio do programa dos “10 Dias de Oração”, que é realizado todos os anos em nossas escolas no mês de fevereiro?

Num período de 24 horas, temos 1.440 minutos ou 86.400 segundos. Mesmo assim, reclamamos de falta de tempo. Agora pensa aí: será que já existiu um ser humano mais ocupado do que Jesus? Ele só precisava salvar o planeta, curar pessoas, expulsar demônios, ensinar sobre o Amor de Deus e tantas outras coisas (Jo 20:30).

Mesmo com sua agenda lotadíssima e um cansaço físico descomunal, Jesus tirava um tempo para a intimidade com Deus. Em Marcos 1:35, lemos o seguinte: “Tendo-se levantado de madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus saiu e foi para um lugar deserto, e ali orava.” Ter intimidade com Deus precisa ser importante para nós, porque só assim arrumaremos tempo para isso. O apóstolo Paulo, por exemplo, famoso por ser implacável em suas perseguições aos primeiros cristãos, teve um encontrou com o Jesus que mudou sua vida (confira essa história em Atos 9:10-16). Que tal aproveitar o contexto dos “10 Dias de Oração” (10-19 de fevereiro) para se conectar com Jesus também. Seguem aí algumas dicas de como você pode se engajar.

1 Faça uma lista com os nomes das pessoas pelas quais você vai orar (1Sm 12:23). Encontre uma forma de dizer que está orando por elas. Envie um “zap”, uma mensagem, um áudio, um vídeo ou uma carta. Escrever com a sua própria letra a oração que você fez e entregar à pessoa por quem orou também pode fazer muita diferença. Quem recebe não esquecerá desse gesto.

2 Busque apoio dos colegas e dos professores para criar na sua sala uma caixa de pedidos. Providencie papel colorido e peça que cada aluno escreva um pedido de oração e coloque na caixa. Todos os dias, no início das aulas, a turma pode orar por alguns pedidos.

3 Cada escola pode colocar uma cruz no pátio, preparar post-its coloridos e possibilitar que os alunos escrevam seus pedidos e os coloquem na cruz.

4 Paralelamente, pode ser feita uma escala de oração por turma, para que cada uma se reúna em volta da cruz e ore por todos os pedidos.

5 Outra ideia é a do “telefone de oração”. Com o apoio e orientação da direção da escola e dos professores, também pode ser organizado um momento em que os alunos que desejarem possam ligar para seus familiares apenas para orar (uma oração de 40 segundos e pronto).

6 Que tal produzir stories com orações curtas e divulgar nas suas mídias sociais? Compartilhe orações curtas e convide seus seguidores a deixar seus pedidos no post. Depois, ore por eles e retorne com uma mensagem no DM. Esses conteúdos podem ser compartilhados posteriormente nos canais da unidade escolar.

7 Turmas do ensino médio podem, acompanhadas pela Orientação do colégio, passar pelas salas do ensino infantil, fundamental I e II e fazerem uma oração pela turma e entregar algum cartão sugestivo de oração.

8 Cada escola pode criar um momento no intervalo das aulas, no qual pessoas possam contar seus testemunhos de oração.

9 Tente espalhar pelo colégio cartazes com frases que estimulem maior intimidade com Deus por meio da oração.

10 Não se limite à data. A oração precisa se tornar um hábito, assim como estudar e praticar exercício físico.

Saiba de uma coisa, a amizade com Deus é possível e maravilhosa, mas Ele não força a barra, não invade seu espaço ao ponto de retirar de você a decisão de ter um tempo com Ele. Se você quiser, Ele prometeu: “Derramarei água sobre o chão sedento e torrentes sobre a terra seca” (Is 44:3). Todos os que têm fome e sede de justiça, que anelam a Deus, podem estar certos de que serão satisfeitos. Mas o coração tem que estar aberto à influência do Espírito; caso contrário não poderá ser obtida a bênção de Deus.

Espaço Maker

Saiba como um internato adventista tem unido aprendizagem, criatividade e diversão

APOSTO QUE VOCÊ já sabe dos benefícios de malhar o corpo, mas no Espaço Maker do Instituto Adventista Pernambucano de Ensino (IAPE) os alunos são estimulados a malhar a mente. Tudo começa com o GUGALAB, laboratório de jogos e experiências de aprendizagem. Nele os estudantes aprendem a criar jogos educativos, que são utilizados por outros alunos e servem como ferramenta de ensino.

Outro destaque é o projeto Ideas, uma competição de palestras que transforma alunos em oradores de alta performance. Eles são treinados em oratória, expressão corporal e roteirização. Depois se apresentam diante de um público com uma palestra de cinco minutos sobre qualquer tema pelo qual sejam apaixonados.

Já no IAPE Jury Trial, os alunos fazem as vezes de advogados, investigando casos embasados em fatos reais, montando estratégias de defesa e duelando em um júri simulado dentro do modelo americano.

Por fim, no Politké, os alunos elaboram uma campanha política na íntegra, que vai desde a escolha do candidato até a participação em comícios e debates.

Com o protagonismo do aluno e a preocupação em exercitar a mente, a cultura Maker do IAPE é um exemplo de como se pode unir aprendizagem, criatividade e diversão.

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