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Os desafios de conviver numa sociedade mediada pela tecnologia

Interpretação & Reflexão

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Capa Texto Thiago Basílio Ilustração Paulo Vieira Reportagem Texto e contexto Perguntas Imagine

PROBLEMAS EM REDE

O ambiente virtual está cercado de pegadinhas, embaraços e arbitrariedades, mas nossa vida depende cada vez mais dele. Por isso, precisamos falar sobre cidadania digital

EM 2019, TIVE a oportunidade de realizar um sonho antigo: conhecer a África do Sul. Durante 20 dias de férias visitei as cidades mais importantes da terra do Mandela, desbravando as paisagens, história e natureza selvagem desse lugar inesquecível. Porém, antes da viagem, naturalmente tive que me preparar. Como decidi fazer tudo por conta, pesquisei bastante todos os detalhes. Lembro que, no início desse processo, uns oito meses antes do embarque, conversei pelo WhatsApp com uma amiga, falando sobre as férias, e citei que estava só aguardando aparecer alguma promoção de passagem aérea para eu comprar a minha.

Depois disso, dei uma olhada na timeline do Facebook e, em poucos segundos, surgiu um post patrocinado de uma agência de viagem on-line que dizia em destaque: “Passagens promocionais para Johanesburgo.” Confesso que, por um instante, fiquei petrificado de agonia e perplexidade. Não sou fã de conspiracionismos, mas várias distopias vieram à minha mente naquele momento.

Acho que foi a primeira vez que me confrontei de forma tão clara com a realidade de que nossa vida tem sido cada vez mais mediada por ferramentas digitais. Essa evolução tecnológica proporcionou muitos avanços para a humanidade, mas também nos colocou diante de novos desafios éticos e questões problemáticas. Demandas que, muitas vezes, nos pegam de surpresa, envolvendo-nos em situações constrangedoras e até criminosas.

Thiago : O que a internet, esse universo digital, representa para sua vida hoje?

Joel : Então, na minha opinião, a internet tem papel fundamental, ainda mais com essa questão do “novo normal”, que a gente tem aprendido desde o ano passado. Aqui na minha escola tivemos que aprender a lidar com a plataforma E-class e com as aulas on-line. Então, ao meu ver, a internet tem sido de suma importância. Infelizmente, às vezes, ela é mal-usada, mas é algo que temos de aprender a lidar.

Yasmin : Por vezes, a internet é mal usada, como o Joel falou, e ela acaba atrapalhando nossa rotina. Sim, a internet é um bom meio, mas também atrapalha muito.

Layla : Pra mim, a internet antes da pandemia já era fundamental, pois qualquer coisa está lá. Pra você fazer marketing, pra você alcançar mais pessoas, ter um negócio, tudo agora é digital. Tanto que tem empresas que não possuem lugar fixo, é tudo home office. Se não tivesse internet agora, a situação estaria bem complicada.

Mas parece que isso é papo para aquele “tiozão do zap” que não tem nenhum filtro ou pudor na web, né? Engano retumbante. Os chamados “nativos digitais”, a galera com menos de 2 5 anos, que já nasceu com o mundo imerso na internet, parece ter domínio quase inato dessas ferramentas. Talvez por isso achem que entendem os códigos da cidadania digital. Não necessariamente. A realidade mostra outra verdade. Veja só: na pesquisa TIC Kids On-line Brasil 2019, realizada com usuários de 9 a 17 anos, 76% dos entrevistados afirmaram que sabiam mais sobre internet do que seus pais, e 71% deles acreditavam que conheciam muito mais sobre como usar a rede do que a geração anterior. Porém, olha só a pegadinha. O mesmo estudo constatou que 30% dos jovens não souberam verificar a veracidade de uma informação. “Esse dado é relevante, pois prova que o nativo digital precisa de orientação, da mediação de professores”, pondera Sassaki. Ele defende que as discussões na escola sobre a cidadania digital devem ser um debate contínuo e não apenas o foco de uma palestra ou projeto eventual. É isso que prevê a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino médio. “As competências gerais que se inter-relacionam com a BNCC são : conhecimento , autogestão , pensamento científico, crítico e criativo , repertório cultural , comunicação , cultura digital , argumentação , autoconhecimento e autocuidado , empatia e cooperação , além de responsabilidade e cidadania”, enumera Sassaki, que é mestre em Educação. Ok. Mas o cenário atual é o de que temos ainda um grande caminho para adequação e ajustes na educação formal, a fim de que o currículo QUESTÃO DE CIDADANIA escolar contemple a cidadania nas redes. Enquanto isso, o que

A ignorância é talvez a raiz dos nossos maiores problemas so- podemos atentar para tornar o ambiente digital mais civiciais. No caso do ambiente on-line, a falta de educação digital pode lizado, justo e seguro para todos? A solução passa sempre ser a responsável pelo agravamento de muitos comportamentos por acesso à informação de qualidade. e situações que hoje enfrentamos na rede. Essa lacuna formativa pode ser responsável pela dificuldade de os usuários entenderem REPUTAÇÃO seu papel como cidadão digital na web. Tal consciência se inicia por Reputação é um ativo que você está sempre construindo. meio de um ensino formal, capaz de encarar essa realidade atual E é nessa fase da vida, por volta dos 15 anos, que sua imagem como tema urgente. Mas, afinal, o que é de fato cidadania digital? passa a ser construída de forma mais sólida e consistente.

Para Claudio Sassaki, mestre em Educação pela Universidade Nesse momento, é de suma importância entender que seus de Stanford (EUA) e cofundador de uma plataforma educacional, posicionamentos e opiniões expostos de maneira pública, “a cidadania digital é um conjunto de normas, códigos de conduta, principalmente nas mídias sociais, contribuem para formar que devemos seguir para utilizarmos a internet com responsa- a percepção que as pessoas têm de você. Aqui entra em cena bilidade, consciência, ética e segurança. Como cidadãos digitais, um conceito que muitos especialistas acreditam ser o xis da temos direitos – privacidade, segurança dos dados, respeito à questão: a percepção que as pessoas têm sobre você pode autoria das criações divulgadas – e, também, deveres”. Ou seja, valer mais que a própria realidade. funciona quase como uma constituição que baliza o que é ou não “Poxa, mas pera aí... então é só eu tentar construir uma boa adequado para o espaço digital. imagem nas redes, tomando cuidado com o que posto, curto

Thiago : Você se preocupa com sua reputação?

Yasmin : Eu me preocupo, né? É óbvio. Minha mãe diz que eu tenho que ser muito sucinta, sem querer chamar atenção. Aí , hoje eu tô dando um tempo de rede social. Mas acho que todo mundo se preocupa com a própria imagem.

Joel : No meu caso, me preocupo bastante. Até pelo fato de estar no terceiro ano, tô indo pra faculdade e penso em cursar Teologia, quero ser pastor. Vejo, por exemplo, o Instagram de alguns pastores que sigo e observo o que eles postam. Tento não chamar tanta atenção, como a Yasmin. Sou mais quietinho. Acho que é uma preocupação não só como pessoa, mas também como cristão. Tudo isso conta muito hoje em dia.

Layla : Reputação pra mim sempre foi uma coisa muito trabalhada desde a infância, pelo fato de meu pai ser pastor. Eu me preocupo principalmente com o ponto que o Joel trouxe de “ser cristão”. Pra mim, as redes sociais são basicamente uma vitrine em que a gente expõe nossa vida pra todo mundo que quer ver , e a gente vê a de todo mundo também. Não sou nenhuma influencer, não tenho grande alcance, então pra que ficar entrando em temas polêmicos, criar discussões, discórdia, sabe? Rede social é apenas pra “oi, estou aqui”, mas quem te conhece de verdade, não precisa da rede social.

Aurea Regina de Sá, jornalista especializada em media trainer: É muito valioso que vocês tenham consciência disso agora, ainda mais por causa da força das mídias sociais. É importante saber que a exposição de nossas ações e palavras podem gerar algum tipo de arrependimento no futuro. Mas não é difícil fazer essa gestão. Na verdade, nem chamaria de “gestão da reputação”. Chamaria de gestão do #comportamento. A reputação vai ser uma consequência, o resultado desse comportamento.

Felipe Lemos, jornalista, mestre em Comunicação pela Universidade Católica de Brasília e gerente de comunicação da sede adventista sul-americana: Muito importante sua colocação, Aurea. Vale lembrar também que a reputação é um processo de construção da imagem ao longo de um tempo. É um processo que exige coerência. Por ex emplo, se você diz que gosta de conversar, dialogar, mas frequentemente é flagrado falando mal dos outros sem base, então tem alguma coisa errada. Essa incoerência é que costuma abalar as #reputações. e compartilho, que minha imagem já está bem posicionada?” Não é bem assim. Na atualidade, é difícil separar a vida “real” da “virtual”. “Não basta só dizer coisas positivas acerca de si mesmo. É importante ser, de fato, uma pessoa coerente”, pondera o jornalista Felipe Lemos.

Nesse contexto, tem também o outro lado. Do mesmo jeito que você pode construir sua boa reputação, você também pode destruir a reputação alheia, disseminando mentiras, potencializando problemas, desconsiderando outras percepções, enfim, agindo de maneira injusta e covarde. O ponto é que tudo isso é muito difícil de reverter.

“Se colocar no lugar do outro, e aí entra a prática da empatia, é também uma ação interessante para que a palavra que pode ser dita ou um comentário danoso que pode ser redigido não se concretize. Dessa forma, fica fácil gerenciar o comportamento, se você está se percebendo e constantemente refletindo sobre seus atos e palavras”, alerta Aurea.

Em resumo, esteja sempre atento ao seu comportamento, tanto no ambiente digital quanto no “analógico”, pois ele pode determinar, por exemplo, a abertura ou o fechamento de portas ao longo da vida. Então, pare sempre e reflita naquela sabedoria comunicada por um meme há alguns meses: “Quer postar? Posta. É de bom-tom?”. Bem, talvez não seja.

SEGURANÇA DE DADOS

O exemplo pessoal que dei no início desta reportagem, sobre a oferta de passagem para a África do Sul que recebi, foi apenas uma das diversas situações em que fui “perseguido” pelos algoritmos, aquelas fórmulas matemáticas que, a partir da mina de ouro que são nossas pegadas digitais, montam um perfil de quem somos e o que queremos.

A ética em torno da captação e uso dos dados é hoje uma grande preocupação. Entre os principais problemas está o risco de nossas informações pessoais serem vendidas para empresas do mundo inteiro e o baixo nível de proteção de nossas contas nas mídias sociais, aplicativos financeiros e plataformas diversas. O que está em jogo é a exposição de nossa privacidade, prejuízos financeiros e arranhões em nossa imagem pública.

Thiago : Você toma cuidado com a privacidade dos seus dados?

Yasmin: Vou contar uma experiência que tive. Em 2018, eu criei um perfil no Instagram. Aí simplesmente hackearam minha conta, pegaram todos os meus dados e começaram a me subornar. Só que eu não falei nada pra ninguém, até porque eu nem tinha tanta coisa assim naquela época. Serviu de alerta! Faz um tempinho que estou sem Instagram, Twitter, sem TikTok, sem isso tudinho aí.

Joel: Ao meu ver, ainda tenho a percepção de que é melhor prevenir do que remediar. Sempre que aparece aquela questão de salvar senha, eu não aceito. Fui aconselhado a não fazer isso. Tanto eu quanto meus pais, que antes faziam isso mais do que eu. Uma hora ou outra infelizmente vai acontecer. Mas, ao meu ver, o máximo que conseguirmos evitar já representa alguma segurança.

Layla : Vou te dizer que eu sou completamente leiga. Eu lembro quando começou esse bafafá com o Mark Zuckerberg [CEO do Facebook], então pensei: “Caramba! Complicada a situação, hein! ?” Mas, assim... eu sei que os algoritmos usam esses dados pra vender mais. Aí , às vezes , quando eu vou aceitar os termos, eu penso : “eles não vão colocar nada contra os direitos humanos, né?!” Estou vivendo perigosamente (risos).

Rodolfo Avelino, mestre em TV Digital pela Unesp, consultor em segurança da informação e professor do Insper : Pois é , Layla! Hoje, os dados pessoais são a matéria-prima das grandes corporações. E, quando falo “grandes corporações”, quero dizer as plataformas americanas, como #Facebook e #Google. No caso do Facebook, por exemplo, quase 98% do faturamento da empresa estão relacionados à forma como tratam nossos dados pessoais, fornecendo informações para empresas direcionarem seu marketing digital para os usuários.

Como sabemos, a internet é um ambiente experimental. Ou seja, ainda estamos descobrindo muitas situações e potenciais problemas trazidos por essa sociedade em rede. É por isso que, diante do aumento de casos de violação, falta de critério e ausência de regulamentação sobre os limites das empresas na utilização dessas informações, foi criada, em 2018, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Essa lei estabelece os direitos e deveres de forma clara, tanto para o usuário quanto para as organizações que captam e armazenam nossas informações.

“Essa lei permite que a gente tenha algum controle sobre nossos dados que estão nas mãos de uma empresa, seja porque fornecemos essas informações por meio de preenchimento de um formulário ou de uma pesquisa. É seu direito questionar, perguntar quais dados a instituição têm sobre você. Em alguns casos, você também pode pedir que suas informações que estão na base de dados da companhia sejam retiradas ou apagadas”, explica Rodolfo. Vale lembrar que as empresas têm até agosto deste ano para se adequarem plenamente às diretrizes estabelecidas.

E, pelo jeito, os brasileiros estão realmente atentos a essa pauta, já que a pesquisa global de Fraude e Identidade 2019 da Experian revelou que 84% dos brazucas consideram a segurança dos dados o aspecto mais importante na experiência on-line, acima dos 74% da média global. Portanto, muito cuidado com as senhas (trocando-as com frequência, não anotando, e utilizando diferentes caracteres na composição), atenção com os sites nos quais você registra algum dado e, claro, no caso de alguma violação, reclame por seus direitos garantidos na lei.

CULTURA DO CANCELAMENTO

O que torna possível que anônimos cancelem até mesmo famosos é o respaldo de um segmento social que tem a mesma opinião. “Isso gera na pessoa que cancelou ou que começou esse cancelamento uma massagem no ego, um senso de pertencimento, de validação”, complementa Karin. Essa validação, somada ao “distanciamento” geográfico, fazem com que esses canceladores deem ordens como se fossem monarcas que, ainda que distantes do campo de batalha, autorizem o massacre de seus adversários.

É interessante observar que esse comportamento foi potencializado pelo fortalecimento do “mundo digital”. No passado, quando alguém era flagrado fazendo algo inadequado ou condenável, o rechaço podia ocorrer, mas era algo mais pontual e de menor proporções. Contudo, com a popularização da rede, o fenômeno ganhou uma dimensão exponencial

Thiago : E o que falar sobre a cultura do cancelamento?

Joel : Realmente essa cultura de cancelamento veio pra estragar. Infelizmente, hoje em dia você não pode falar um “a” que praticamente já é cancelado. Então a gente tem que tomar muito cuidado com isso. Não é que eu vivi algo assim na pele, mas vi de perto como isso funciona. E sei o quanto é ruim você ser mal compreendido por algo que realmente não fez.

Layla : Bem, eu nunca tive um caso assim próximo que nem o Joel, mas já segui uma influenciadora que foi cancelada. Acho que essa cultura do cancelamento está sendo usada de forma errada, pois , às vezes, as pessoas interpretam de forma equivocada o que foi dito, pegam coisas que a pessoa falou em 2013 ou 2015, em outro contexto. Aí o pessoal fala: “É nisso que a pessoa acredita!” Acabam julgando com base num passado de muito tempo atrás.

Yasmin : Outro caso também é de um reality show a que assisti. Muitas pessoas saíram do programa com altíssimas rejeições por causa de certas ações que tiveram lá dentro. Duas participantes, por exemplo, foram alvo de mutirões e mutirões pra saírem com 100% de rejeição. O namorado de uma delas aqui fora estava falando que não era para as pessoas fazerem isso, pois a participante não é o que estavam pensando. Na minha opinião, realmente não tinha motivo pra elas serem canceladas daquela forma.

Karla Caldas Ehrenberg, jornalista, doutora em Comunicação pela Umesp e professora do Unasp : Vi que todo mundo conhece uma história sobre cancelamento, né? Isso acontece atualmente, pois a estrutura de pulverização, de capilarização da rede impulsiona esse potencial do cancelamento. Uma pessoa começa a ser #cancelada num âmbito menor e, de repente, ela “boom”, já é cancelada por um país inteiro, por um mundo inteiro. e sem precedentes, que não se limita à web. “Não existe mais on-line e off-line, tudo é coexistente, mixado, junto e misturado. Ou seja, um cancelamento que começa num movimento dentro das mídias sociais, obviamente vai reverberar para fora delas”, salienta a professora Karla.

Claro que é muito injusto, cruel e até covarde destruir a reputação das pessoas por meio do cancelamento digital. O convívio nas redes pede uma ética baseada na compreensão, colaboração e no direito de defesa e espaço para o contraditório, sem deixar também que temas relevantes, sensíveis e condutas condenáveis passem despercebidos ou sejam conveniente- mente disfarçados.

São diversas as questões que se relacionam com a construção de uma cidadania digital, com uma formação que realmente crie um ambiente mais seguro, generoso e socialmente justo para todos os usuários da web. Layla acredita que “tudo tem por base a educação”; Joel observa que “se você não quer que uma pessoa faça algo de errado, então não faça pra ela também”; já Yasmin aposta que, “acima de tudo, as pessoas têm que ter respeito e empatia”. Concordo com a opinião deles e acrescento um último pedido direcionado aos “robôs” das mídias sociais e sites de busca: por favor, que ao colocar ponto final nesta reportagem, eu não seja bombardeado por todos os lados com ofertas de materiais sobre etiqueta na internet. Obrigado pela compreensão!

Karin Knoener, psicóloga, especialista em Terapia Cognitiva e mestranda em Desenvolvimento Humano e Psicologia Escolar pela USP : E essa conduta, Karla, utiliza a internet exatamente porque os usuários estão escondidos atrás de um computador, de uma tela. Por isso, não ficamos sujeitos ao contato físico, de encarar a pessoa e dizer o que a gente pensa. Isso faz com que tenhamos um #empoderamento ainda maior para opinar. Nesse sentido, acredito que, quanto mais liberdade de expressão a gente tem, menos, talvez, estejamos sabendo utilizá-la. Manual

Como diminuir, monitorar ou até mesmo deletar suas pegadas digitais? Como validar identidades on-line? Quais são os serviços mais seguros e como continuar aprendendo e aplicando princípios de segurança da informação? O Guia de Privacidade Para Adolescentes, uma cartilha digital do Instituto Vero é muito útil para tempos de maior exposição pessoal e ameaça à privacidade dos usuários. Disponível em institutovero.org.

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