Relatório Internacional de Tendências do Café Vol. 1
1.
PRODUÇÃO
O aumento do consumo de café, principalmente no segmento gourmet, surge como uma oportunidade para os cafeicultores brasileiros. As grandes empresas do setor, em decorrência das novas demandas dos consumidores por produtos diferenciados, necessitam adquirir sua matéria prima de fontes sustentáveis. Os governos dos principais países produtores de café continuam a estimular a produção do grão. As ações incluem: auxilio financeiro, disponibilização de linhas de crédito, renovação do parque cafeeiro e a assistência técnica aos produtores. Além disso, têm-se intensificado as parcerias entre empresas privadas e cafeicultores em diversos países para aumentar a produção e a qualidade dos grãos. Cresce o interesse dos países produtores em agregar valor ao produto. Em diversas localidades são observadas atitudes como o aumento da produção de grãos diferenciados, o incentivo às exportações de grãos torrados e moídos e atividades estratégicas para promover as marcas de café de cada país. O estimulo ao consumo da bebida em países produtores também é observado. O cenário favorável do café robusta, com a elevação dos preços no mercado internacional nos últimos meses, tem feito com que dirigentes de países africanos e asiáticos estimulem o plantio de novas áreas. AMÉRICA CENTRAL Haiti A Nestlé irá participar de um projeto para melhorar a renda de 10 mil pequenos produtores de café no Haiti. O auxilio tem como objetivo reabilitar as plantações e melhorar a produtividade do café, além de favorecer a transferência de conhecimento
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ao setor. O projeto é realizado pela ONG francesa Agrônomos e Veterinários Sem Fronteiras (AVSF). Com a ajuda da certificadora Rainforest Alliance, uma associação de 52 pequenos cafeicultores desenvolve o cultivo sustentável e consegue maior retorno econômico. Com a certificação, os agricultores têm desenvolvido atividades sustentáveis, dentre elas a melhor gestão dos resíduos, a proibição do desmatamento e da caça, proteção dos rios, o tratamento da água, o plantio de culturas para reduzir a erosão e o uso consciente de agroquímicos. Quando a associação se formou, há cinco anos, produzia 500 sacas por ano, já em 2011 a produção atingiu 8.000 sacas de café, aumento de 1.500% no período.
ÁSIA Vietnã A Nestlé renovou o Plano Nescafé no Vietnã e se comprometeu a apoiar mais de 20 mil famílias de agricultores que cultivam café, nos próximos cinco anos. Isso faz parte da abordagem de negócios da Nestlé chamada "Criação de Valor Compartilhado", que visa criar valor para os acionistas da empresa e para as comunidades onde atua. Para atingir a meta, a empresa irá subsidiar o aumento da produtividade do café através do auxilio aos agricultores para adotarem melhores práticas agrícolas. A empresa também distribuirá aos
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cafeicultores mudas de café de elevada produtividade e tolerantes a doenças. Além do auxilio da Nestlé para aumentar a produção de café robusta, o governo vietnamita pretende expandir a produção de café arábica. O parque cafeeiro se estenderá para áreas ao norte e ao centro do país, totalizando 44 mil hectares a mais da espécie arábica. A meta é dobrar a produção atual de café arábica até 2020. ÁFRICA Etiópia Em 2008, o governo etíope criou a Etiópia Commodity Exchange (ECX) encarregada de gerenciar os preços e o fluxo das exportações de café do país. Nos quatro anos desde que a ECX começou a comercializar café (2008/09 até 2011/12), a exportação líquida do país caiu cerca de 9%, para uma média de 2,75 milhões de sacas por ano. A média dos últimos quatro anos, antes do sistema, foi de 3 milhões de sacas por ano (2004/05 até 2007/08). 3200
Consumo
Exportação
2700 2200 1700 1200 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Gráfico: Relação entre consumo e exportação de café na Etiópia.
Este cenário pode ser atribuído ao fato do controle governamental, através da ECX, gerar distorções que o beneficie, contudo prejudicam os cafeicultores, e isto desestimula a produção do grão. Outra razão para a redução das exportações são os preços pagos pela ECX, que são menores quando comparados aos recebidos, isso é feito provavelmente para aumentar o seu próprio lucro. Além disso, a ECX não diferencia os cafés (cafés especiais e commodity), o que prejudica os produtores e compradores que negociavam os cafés de origem única.
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Outra questão é que o sistema ECX impossibilita a rastreabilidade do café. Como resultado, a Etiópia perde a oportunidade de explorar o mercado de café de origem única. Muitos pequenos importadores e compradores de café, desde então, recorrem ao Quênia, Tanzânia, Ruanda, Costa Rica, e outros países produtores de café. Hoje, as marcas famosas etíopes, como "Sidamo", "Harar" e "Yirgacheffe" não são comercializadas por grandes redes de cafeterias, como a Starbucks. Por esta razão, a venda de café pelos cafeicultores e comerciantes em geral é mais vantajosa nos mercados locais, mas isso é ilegal. A venda de café fora de centros comerciais da ECX é contra as leis e possui uma pena de 20 anos de prisão e multa. Apesar da ilegalidade, atualmente, o café é contrabandeado para os mercados domésticos e para os países vizinhos a um ritmo mais rápido do que as exportações. Quênia O Quênia iniciou uma campanha para promover o cultivo do café na região ocidental, a fim de aumentar a produção do grão e ajudar os agricultores a diversificar as suas fontes de sua renda. O estimulo ao aumento da produção faz parte do novo plano do governo para estruturar o setor cafeeiro, que também contará com o incentivo ao consumo da bebida, o fortalecimento do mercado regional de café e incentivos para agregar valor ao produto. Além disso, os agricultores da região Oeste receberão apoio para iniciar o cultivo do café Robusta, já que uma das metas do governo é industrializar café solúvel. O incentivo ao aumento da produção será financiado pelo Fundo de Desenvolvimento do Café, uma empresa estatal vinculada ao Ministério da Agricultura. Serão disponibilizadas aos produtores linhas de crédito para o desenvolvimento agrícola, insumos agrícolas e política de estabilização dos preços do café. Outra iniciativa que também possui como objetivo aumentar o retorno Vol. 1, Nº 1 – 03/10/2012
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econômico para os cafeicultores do país é a recente parceria entre investidores chineses e os produtores de café. A iniciativa chinesa pretende favorecer o acesso dos agricultores quenianos a máquinas que realizam a torra e a moagem do café e, consequentemente, a agregação de valor ao café exportado. Com a parceria, o país pretende tirar o foco do mercado europeu e direcionar as exportações para a Ásia e mercados africanos. As duas nações têm realizado muitas transações econômicas em diversas áreas nos últimos anos. A crise econômica europeia e o aumento do interesse pelo consumo de café no mercado chinês pode significar a possibilidade de expansão dos negócios entre estes países nos próximos anos. Uganda A Autoridade de Desenvolvimento do Café de Uganda (UCDA) colocou em prática estratégias para melhorar a qualidade do café processado. A entidade se preocupa com o baixo consumo nacional da bebida, já que atualmente 98% do café produzido no país são exportados. Acreditase que o reduzido consumo no país tem relação à percepção negativa que as pessoas têm com relação ao café. Para estimular o consumo da bebida no país a UCDA tem conscientizado os consumidores sobre os benefícios do café para a saúde, além de educá-los sobre as melhores marcas e variedades e sobre como preparar uma boa xícara de café. Outra estratégia é o treinamento de pessoas como estudantes, para se tornarem torradores e baristas profissionais, para serem empregados em cafeterias e torrefadoras locais. As ações que a UCDA desenvolve auxiliam no aumento da taxa de emprego do país e agregam valor ao café ugandense.
economia é a cafeicultura. Além da ajuda financeira federal à aquisição do seguro rural, os produtores podem obter também a subvenção dos governos de São Paulo e de Minas Gerais, de acordo com as regras de cada estado. Projetos A Federação dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro lançou o Projeto "Amantes do Café", com o objetivo de fornecer conhecimento relacionado ao mundo do café aos consumidores. Com a sofisticação do consumo de café cresce a curiosidade dos consumidores e a necessidade de fornecer-lhes maiores informações sobre a bebida, formas de preparo e sobre a sua origem. A proposta é que o Projeto se expanda para mais cidades na Região do Cerrado e que no futuro alcance o cenário nacional.
As exportações de café do Peru, no período de 2008 a 2011, apresentaram crescimento de 35%.
Peru A Sociedade de Comércio Exterior do Peru (Comex Peru) divulgou dados que revelam um crescimento médio anual de 35% nas exportações de café durante o período de 2008 à 2011. Sendo que neste último ano, o valor gerado com as exportações foi de US$ 1,593 bilhão. O maior importador do café peruano são os Estados Unidos, que representam 22% das exportações de café. Em segundo lugar está a Alemanha que, apesar de uma queda nas importações de 7%, constituiu-se em 21% dos envios de café.
AMÉRICA DO SUL Brasil Seguro O Banco do Brasil lançou o seguro agrícola para as plantações de café, sujeitas a fenômenos naturais que podem trazer prejuízos a regiões onde o forte da
2. INDÚSTRIA E VAREJO Indústria A adaptação às novas tendências é um desafio para as indústrias de café, onde a
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crescente demanda e exigência por qualidade são os principais motivadores. Os investimentos têm vários destinos como a aquisição de novas plantas produtivas, maquinário e contratação de funcionários especializados. Também é crescente o interesse das torrefadoras pela busca de parcerias com outras empresas do setor ou de setores diferentes como, a eletrônica. Essas parcerias possibilitam uma expansão mais rápida de empresas de menor porte, que se beneficiam pelo mercado já conquistado pela outra. Já a formação de joint ventures entre torrefadoras e empresas de outros segmentos como a eletrônica tem possibilitado o avanço tecnológico das mesmas como, por exemplo, o desenvolvimento de máquinas de café em cápsulas. Também é grande a preocupação das companhias na divulgação de seus produtos. Desta forma, o investimento em marketing é substancial nos gastos de uma torrefadora de grande porte. Dentro do contexto de transformação das torrefadoras, o interesse por opções mais saudáveis para os consumidores é grande. Assim, as companhias buscam, como estratégia de mercado, promover os benefícios que o café oferece à saúde humana. Nessa linha, recentemente, diversas empresas passaram a utilizar extrato de café verde em muitos de seus produtos. O motivo da novidade é que, diferentemente do café torrado e moído, o extrato preserva certos ácidos presentes no café, que auxiliam na perda de peso. Varejo As grandes redes de cafeterias estão em constante expansão internacional, levando suas marcas para diversos países onde o consumo de café é crescente. Com o objetivo de atingir um público maior, essas empresas também investem na comercialização de outros produtos, como sucos, chás e bebidas alcoólicas. Essas companhias também utilizam diversas estratégias de atração de clientes, como o lançamento de aplicativos que permitem o pagamento por meio de
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celulares e a inauguração de cafeterias em locais inusitados e com intenso tráfego de consumidores. Em busca de diversificação no modo de comercialização, essas companhias investem também em formatos diferenciados, como vans e bikes. Tata Coffee Indústria A torrefadora indiana Tata Coffee adquiriu 49% das ações da empresa russa SuntyCo Holding, que é a principal companhia russa no setor de café. Atualmente, o mercado de café na Rússia está em franca expansão e diversas empresas têm investido no país. É evidente a forte expansão da Tata Coffee, que através da Tata Global têm firmado diversos joint ventures com grandes empresas. A Tata, após esta aquisição, aumenta consideravelmente sua participação no mercado mundial e já pode ser apontada como uma das grandes empresas no segmento. Green Mountain Indústria Após alguns meses em baixa, a torrefadora americana Green Mountain reestabeleceu suas vendas no terceiro trimestre no ano fiscal de 2012. A empresa, que aumentou suas vendas em 30% no período, tem na comercialização pela internet a grande responsável pelo aumento. O forte consumo das cápsulas Keurig nos Estados Unidos possibilitou o reestabelecimento da torrefadora, que detém neste produto 89% de suas vendas. Nestlé Indústria A empresa estima que o aumento do preço do café verde deverá representar um aumento de 0,5% no valor dos seus produtos no mercado europeu. Apesar de o valor não ser muito alto, o enfraquecimento econômico que a Europa enfrenta, nos últimos anos, faz com que um aumento, mesmo que mínimo, no preço tenha grande reflexo nas vendas.
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Devido a esse aumento nos preços, o crescimento nas vendas da Nestlé, no primeiro semestre de 2012, nos países desenvolvidos (Europa e Estados Unidos) foi de 2,6%, enquanto o aumento nos países em desenvolvimento foi de 12,9%. Outro grave problema enfrentado pela companhia suíça tem sido o mercado americano, onde a Nestlé não consegue aumentar suas vendas, principalmente do Nescafé Dolce Gusto. Por outro lado, a empresa suíça tem obtido bons resultados no Reino Unido, onde a empresa acaba de lançar um novo tipo de café solúvel, o "Nescafé Azera". Além de novos produtos, a empresa suíça promete investir U$750 milhões no melhoramento de suas fábricas no país. Com relação à Nespresso, seu poderio está ameaçado na Alemanha, um dos principais mercados da empresa na Europa. Uma Corte regional do país deliberou que outras empresas podem vender cápsulas compatíveis com as máquinas da marca. Segundo a Corte, a Patente que a Nestlé possui se refere somente às máquinas e não às cápsulas. Dessa forma, a Ethical Coffee e a D E Master Blenders poderão continuar a vender cápsulas compatíveis com as máquinas da Nespresso como já fazem em outros países como a França, Bélgica, Holanda e Espanha com preços mais baixos. Enquanto as cápsulas destas empresas custam em média 20 centavos de dólar, as cápsulas da Nespresso custam 60 centavos.
da cápsula em questão. A Tassimo possui mais de 50 blends diferentes de cápsulas o que faz da marca uma das mais variadas. Segundo o acordo, a Tim Hortons passará a vender as cápsulas em seus estabelecimentos nos Estados Unidos e Canada. A rede também poderá utilizar a internet para as vendas que começarão em Outubro. A Tim Horton possui mais de 4 mil restaurantes na América do Norte e vende mais de 2 bilhões de xícaras de café por ano. Starbucks Indústria A companhia Starbucks firmou um acordo com a rede de varejo Selecta, para a venda das máquinas de single-cups da empresa na Suíça. A Starbucks é a fabricante das máquinas Verismo¹ que foram recentemente lançadas no mercado. A Starbucks abriu sua primeira loja na Suíça em 2001 e atualmente já possui mais de 50. As máquinas Verismo serão vendidas tanto nas lojas da companhia bem como nas lojas da referida rede.
No Brasil, a Starbucks possui apenas 45 estabelecimentos e acredita que o mercado nacional suporta até 1.000 lojas da marca.
Varejo A maior rede de cafeterias do mundo investe constantemente na diversificação de produtos. Como exemplo, tem-se a inauguração de uma fábrica, localizada na Califórnia (EUA), que produzirá as bebidas engarrafadas da marca Evolution Fresh, sua linha de sucos adquirida em novembro de 2011. A companhia também inaugurou seu novo cardápio intitulado "Starbucks Evenings" em algumas lojas de Chicago. A novidade conta com pratos e bebidas, como massas, vinhos e cervejas, a pretensão é
Kraft Foods Indústria A Kraft Foods proprietária da marca Tassimo, firmou um acordo com a rede de lanchonetes e restaurantes Tim Hortons para venda das cápsulas T-discs nos estabelecimentos da rede. As máquinas da Tassimo são de alta tecnologia e possuem um sistema chamado de T-discs que são códigos de barras presentes nas cápsulas, que permitem que a máquina faça um café com características específicas, como quantidade de água, temperatura, adição ou não de leite e etc, Bureau de Inteligência Competitiva do Café
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aumentar a frequência nas lojas durante o período noturno. A partir de uma parceria, a Starbucks oferecerá seus produtos nas lojas da Crumbs Bake Shop, rede de padarias americana. Ao viabilizar os produtos da Starbucks, a Crumbs Bake Shop acredita na atração de clientes, o que aumentará a demanda por produtos de panificação. A empresa torna-se cada vez mais presente no mundo todo. Com cerca de 11 mil lojas nos Estados Unidos e cerca de 7 mil unidades em outros países, a companhia acredita ainda ter possibilidades de crescimento global. No Brasil, a Starbucks possui apenas 45 estabelecimentos e acredita que o mercado nacional suporta até mil lojas da marca. Presente no Canadá desde 1987, a Starbucks possui 1.161 unidades em operação no país. No Reino Unido, a empresa possui 752 lojas e na França, 74 estabelecimentos. A Starbucks iniciou suas operações na Rússia em 2007 e atualmente possui 56 cafeterias. A companhia identifica grande oportunidade de expansão na Ásia. Na China, a Starbucks planeja alcançar 1.500 lojas até 2015, enquanto na Coreia do Sul planeja possuir 700 unidades ao final dos próximos cinco anos. A empresa iniciará suas operações na Índia até o final de 2012, em parceria com a companhia nacional Tata Global, e abrirá seu milésimo estabelecimento no Japão no próximo ano. A Starbucks foi considerada a principal marca na utilização de mídia social no segundo trimestre de 2012 e também obteve resultados positivos durante os Jogos Olímpicos de Londres 2012, quanto à realização de promoções nas redes socais. Mcdonald´s Varejo A rede americana de fast food disponibilizou em 30 de suas lojas na França o pagamento via smartphones ou tablets. Para efetuar a transação, o cliente deve baixar o aplicativo da rede, pagar pelos produtos através do Paypal (sistema que permite a transferência de dinheiro entre
indivíduos ou negociantes usando um endereço de e-mail) e se juntar a uma fila diferente para pegar seu lanche. Caso a estratégia seja bem sucedida, a rede poderá disponibilizar o pagamento móvel em todas suas 33.500 lojas em todo o mundo. Marley Coffee Varejo A rede de cafeterias americana investe na parceria com a BikeCaffe, franquia britânica de cafeterias que utiliza bicicletas motorizadas como principal formato de comercialização, para expandir seu negócio na Jamaica.
Fonte: divulgação O lançamento do novo formato de comercialização aconteceu na festa de 50 anos da Independência da Jamaica e, ao longo dos próximos anos, as duas empresas aumentarão o número de unidades no país. Costa Coffee Varejo A rede de cafeterias britânica assinou um acordo com o Motor Fuel Group, empresa de postos de combustível, onde todas as 48 unidades do grupo disponibilizarão, até meados de 2013, máquinas de café espresso. A empresa lançou um aplicativo que permitirá aos clientes participarem de um grupo, no qual terão a possibilidade de trocar pontos de fidelidade por produtos da marca. Ela utilizará o Facebook para oferecer aos clientes a chance de ganhar pontos por compra de produtos. Como parte de sua oferta introdutória, a rede oferecerá 1 milhão de pontos para os membros através de concursos. A companhia expande seu negócio no Sudeste Asiático, aumentando sua presença na Ásia, onde a rede abrirá lojas em
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Cingapura, Bangkok, Tailândia e Camboja até o final de 2012. A Costa Coffee possui mais de 2.200 lojas em 25 países, incluindo mais de 1.400 lojas no Reino Unido e quase 200 na China, país que a empresa espera se tornar seu segundo maior mercado até 2014. A companhia pretende ter 3.500 lojas em todo o mundo, alcançando vendas anuais de dois bilhões dólares até 2016 e também planeja aumentar sua rede de máquinas de venda automática de café para três mil unidades. Dunkin´ Donuts Varejo O uso inteligente de propagandas e marketing é uma saída importante para empresas do concorrido mercado de café. Neste contexto, a companhia americana Dunkin´ Donuts investe forte em propaganda, principalmente no mercado asiático que é
vez que este tipo de operação é mais rápida que transações em dinheiro ou cartões de crédito. A Dunkin' Donuts pretende expandir seu negócio nos Estados Unidos e procura franqueados. Esta busca é parte do objetivo da empresa em duplicar a sua atual presença de mais de 7.000 restaurantes nos Estados Unidos ao longo dos próximos 20 anos. Como estratégia de expansão, a empresa procura alinhar as oportunidades de crescimento com a necessidade dos consumidores. Dessa forma, a rede se expande com lojas únicas ou multi-unidades por franqueado, sem requisitos mínimos de unidades. A partir de uma sólida rede de cafeterias, a Dunkin' Donuts consegue controlar todo o fornecimento de matériaprima para seus franqueados. A companhia
Lançando um programa denominado "Flavor Radio", que possibilita às pessoas sentirem o cheiro de café dentro de ônibus, estimulando o consumo. muito promissor para as indústrias de café. Na Coréia do Sul, onde a empresa passa por uma forte ascensão, foi lançando um programa denominado "Flavor Radio", que possibilita às pessoas sentirem o cheiro de café dentro de ônibus, estimulando o consumo. A companhia também lançou um programa que possibilita aos clientes pagarem suas compras utilizando Smartphones, bem como enviar valepresente via e-mail ou Facebook. Desta forma, além de oferecer maiores facilidades aos clientes, a Dunkin' Donuts se torna uma das primeiras empresas na utilização desde tipo de tecnologia juntamente com a Starbucks. O principal motivo da utilização deste modo de pagamento consiste na conveniência oferecida a seus clientes, uma
também oferece conceitos flexíveis para qualquer formato de imóvel. Cafe2U Varejo A rede de cafeterias australiana, que comercializa cafés em vans, abriu sua terceira franquia nos Estados Unidos, onde a companhia pretende operar mais de mil vans. Com o propósito de oferecer conveniência aos clientes, a Cafe2U possui 200 vans que operam em países como Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos. 3. CONSUMO Brasil De acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), o consumo de
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café no Brasil foi de 20 milhões de sacas, no período entre abril de 2011 a abril de 2012, representando um aumento de 3% no consumo nacional quando comparado ao período anterior. O país é o maior produtor mundial de café e segundo maior consumidor, consumindo cerca de 40% do que produz. A indústria nacional espera que o país ultrapasse em pouco tempo o maior consumidor, os Estados Unidos. Marcos Reis Maia, diretor de Pesquisa e Informação da ABIC, afirma que os brasileiros estão consumindo mais xícaras de café por dia e diversificando o formato de consumo do produto, como café espresso, cappuccinos e outras combinações com leite. Estes novos formatos estão aumentando a demanda por café de alta qualidade, principalmente pela classe média emergente, que adquire gosto por grãos de qualidade superior que são oferecidos em lojas refinadas por todo o Brasil. A associação estima que em 2013 o consumo seja de 21 milhões de sacas. Segundo a ABIC, o consumo per capita brasileiro é de 6,18 kg de café em grão ou 4,94 kg de café torrado por ano, um aumento de 1,2% em relação aos 12 meses anteriores. Coréia do Sul De acordo com a Reuters, agência britânica de notícias, o número de cafeterias na Coréia do Sul aumentou 54% no último ano, passando de 8.038 estabelecimentos em 2011 para 12.381 em 2012. No mesmo período, as vendas passaram de US$ 1,4 bilhões para US$ 2,2 bilhões, aumento de mais de 57%. O café instantâneo representou 64,2% do consumo total de café no país no período, enquanto as cafeterias foram responsáveis por 7,8%. Contudo, este cenário muda rapidamente, com as cafeterias ganhando cada vez mais espaço no mercado. A demanda por um café de qualidade superior aumenta no país, impulsionada também pela presença da Starbucks, que difundiu o consumo dos cafés especiais e criou valor para o consumidor, deixando-o disposto a pagar mais pelo produto. Isto beneficiou todo o segmento de cafeterias do
país, já que mesmo os estabelecimentos independentes puderam investir em bebidas de qualidade superior e cobrar um preço maior por isso. Grécia Segundo survey conduzido no país, existem cerca de 1.000 cafeterias na Grécia, sendo que a companhia líder deste segmento de mercado é a Coffee Conection, também conhecida como Coffeeway, com 4% de market share. Nestle (com a marca Loumidis Coffee) e Sara Lee (Bravo Coffee) dominam 80% das prateleiras dos supermercados no país, oferecendo grande variedade de produtos embalados. Os gregos consomem cerca de 25 toneladas de café (equivalente a 417 sacas de 60kg) por ano, número muito baixo se comparado com outros países consumidores de café. Dentre a população grega, 10% demonstra preferência por café espresso, 15% por café filtrado, 25% por café instantâneo (solúvel) e o restante por café grego. 4. REDES SOCIAIS De acordo com a Nation's Restaurant News (NRN), que criou um índice que mede a influência de uma empresa no mundo digital, a Starbucks foi considerada a principal marca de mídia social no segundo trimestre de 2012. A empresa analisa o engajamento da marca nas mídias sociais e seu crescimento em redes como Facebook, Foursquare, Google+, YouTube e Klout. A Socialbakers, empresa especializada em marketing social, mediu as estratégias utilizadas pela Starbucks e Costa Coffee durante os Jogos Olímpicos de Londres 2012, nas lojas do centro da cidade e buscou monitorar o acesso a redes sociais das companhias, o engajamento no Facebook e as promoções realizadas. A Starbucks possui 248 lojas na
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localidade, enquanto a Costa Coffee possui apenas 30 unidades. Durante os Jogos, a Starbucks teve um aumento de acessos a suas redes sociais de 36%, principalmente pela internacionalização da marca. As comunidades do Facebook das duas marcas no Reino Unido são de dimensão semelhante - Costa tem mais de 698 mil e Starbucks tem mais de 877 mil. Em relação ao Twitter, ambas as empresas utilizaram a rede social para divulgar promoções com a intenção de atrair clientes para suas lojas. Em uma pesquisa realizada pela Allegra Strategies, a Starbucks foi considerada a marca mais popular das Olímpiadas, fato que pode explicar a superioridade sobre a Costa Coffee em termos de popularidade nas redes sociais.
As marcas mais bem sucedidas em número de seguidores, "curtir" e comentários são a MTV e a Starbucks, com mais de 750.000 seguidores, enquanto apenas 15 outras marcas conseguiram superar a marca de 10.000 seguidores. Segundo a Simply Measured, o crossposting (compartilhadas também via Twitter ou Facebook) é popular, mas seu impacto é limitado: 45% de todas as fotos são compartilhadas por meio de outras redes, mas o engajamento via Twitter ou Facebook representa menos de 1% do total do Instagram. Isto mostra que, apesar da aquisição desta rede pelo Facebook, o Instagram é utilizado de forma independente pelas companhias, possivelmente por suas funções limitadas de compartilhamento. SOBRE O BUREAU
5. INSTAGRAM Segundo a Simply Measured, empresa que analisa o engajamento de consumidores de diversas companhias em redes sociais, o Instagram tem sido cada vez mais usado por diversas organizações, sendo que as 10 mais bem sucedidas apresentam 96% de engajamento de seus consumidores. Entre elas, estão a MTV, a Burberry e a Starbucks.
O Bureau de Inteligência Competitiva do Café é um projeto financiado pela Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) com interveniência da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Os trabalhos são desenvolvidos dentro do Centro de Inteligência em Mercados (CIM) da Universidade Federal de Lavras (UFLA). O principal objetivo do Bureau é produzir inteligência competitiva para transformar o Brasil na mais dinâmica e sofisticada nação do negócio café no mundo.
De acordo com Adam Schoenfeld, "as marcas estão reconhecendo claramente que o Instagram é uma rede viável para o marketing e agora procuram maneiras de entender melhor os dados por trás da plataforma". Para ele, o sucesso da rede social é notável, uma vez que é exclusiva para celulares e permite apenas o compartilhamento de fotos. O Instagram já possui 80 milhões de usuários e sua utilização por empresas deve se tornar cada vez mais frequente, à medida que são disponibilizados novos recursos administrativos que permitem maior controle das marcas sobre suas contas. Bureau de Inteligência Competitiva do Café
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EQUIPE
CONTATO
Coordenador do Centro de Inteligência em Mercados: Prof. Dr. Luiz Gonzaga de Castro Junior. Coordenador do Bureau: Eduardo Cesar Silva. Equipe de Analistas: Elisa Reis Guimarães, Érica Aline Ferreira Silva, Felipe Bastos Ribeiro, Giselle Figueiredo Abreu, Larissa Carolina da Silva Viana Gonçalves, Marco Túlio Dinali Viglioni, Pedro Henrique Abreu Santos.
O Bureau de Inteligência Competitiva do Café está disponível aos interessados em conhecer melhor as atividades desenvolvidas. Os contatos podem ser feitos por telefone, e-mail, correspondência ou presencialmente (com agendamento de visita). Endereço: Centro de Inteligência em Mercados, Departamento de Administração e Economia, Universidade Federal de Lavras, Bloco I – Campus Universitário. CEP: 37200-000. Telefone: (35) 3829-1443 E-mail: cim@dae.ufla.br REFERÊNCIAS Relatório seguintes sites:
elaborado
com
informações
dos
Benzinga, Business Recorder, Capital.gr, Chicago Tribune, Franchise India, Franchising.com, Greek Reporter, Guardian Media, Kam City, kypost.com, Marketing Week, Red Eye Chicago, rjkoehler.com, Sys-con Media, The Berkshire Eagle, The Daily Meal, The Drum, The Sacramento Bee, The Seattle Times, The Star, The Topeka Capital-Journal, Yahoo Philippines, Standart Media, How we made it in Africa, Viêt Nam News, Triple Pundit, The Economic Times, Agra-net, 2 Merkato, The Jakarta Post, Nation, The Star, Infosun Roy, Costa Rica Star, Scand Asia, New Vision, Coast Week, All Africa, Coffee Break, Café Point, Conilon Brasil, Cenário MT, Pcmag, Business Review, Vending Times, New York Times, Economic Times, The Wall Street Journal, Irish Times, Insider Media, Muncie Free Press, Food Business News.
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