Espanhol na Universidade: pesquisas em língua e em literatura vol.2/2015

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Espanhol na Universidade: Pesquisas em Língua e em Literatura (Vol.II)

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O LÚDICO EM AULAS DE LÍNGUA ESPANHOLA DO ENSINO FUNDAMENTAL: UM ESTUDO DE CASO NUMA ESCOLA DE SÃO FRANCISCO DO OESTE – RN Antonia Patrícia Dias Chaves Edilene Rodrigues Barbosa

Considerações iniciais Nestas páginas versaremos sobre os direcionamentos e o espaço que o lúdico e seus correlatos ocupam hoje, desvencilhando-se da visão simplista do lúdico atrelado à jogos. Costumamos emprega-los para atividades em que temos presentes a diversão, o bom humor e a alegria. Alguns associam-no a sorrisos e gargalhadas. É frequente ouvirmos o emprego do termo como se fossem para diversão, basta voltarmo-nos à educação, notamos professores que planejam aulas com “jogos lúdicos”. Tal analogia está tão imbricada na sociedade que autores como Luft (2000) corrobora afirmando que lúdico é: “Relativo a jogo(s). Engraçado. Jocoso” (LUFT, 2000, p. 430) e de acordo com Sant’Anna (2011, apud ALVES, 2013, p. 33) são “ações do brincar”, assim como afirma Huizinga (1938) em seus escritos atrelando seu significa ao ato de jogar. Dessa maneira é apresentada uma definição que nos faz crer que tal terminologia é sinônimo de jogo. Há algum tempo pesquisadores vêm delimitando o sentido da palavra lúdico. Diferente do que costumamos ouvir caracterizando como uma brincadeira, um jogo ou diversão, até mesmo como atividade sem importância, pesquisadores têm ressaltado um valor que vai muito além de um mero passatempo. O lúdico está intrinsecamente ligado às diversas áreas de atuação mental, voltadas ao conhecimento humano como a psicanálise, a biossíntese, a filosofia e o ensino, que foram áreas de pesquisas de grandes estudiosos como Freud, Piaget e Boadella. Para podermos abordar o tema, nos utilizamos dos estudos de Luckesi (2005), que trata o lúdico como a experiência da vivência plena de momentos, sejam divertidos ou não, o importante é a vivência plena, e ainda outros autores que compartilham da mesma ideia, como: Filho (s/d) e Teixeira (1995) que sugerem ainda o desenvolvimento do ser humano através de atividades que contém o componente lúdico, sendo este, desenvolvido pelas emoções. Nosso intuito neste trabalho é possibilitar a outras pessoas o conhecimento e apropriação sobre o conceito de lúdico para o incentivo de sua prática em sala de aula, com consciência de que estas práticas podem estar construindo a base para termos no futuro adultos estáveis. Queremos que a própria sociedade passe a acreditar na “brincadeira” e no “jogo” que constroem o ser humano como ser independente e livre, que sabe lidar as situações do dia a dia, sejam estas boas ou não.


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