Uma nova visão sobre Ergonomia

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Presidente do TRT5

Desembargadora Maria de Lourdes Linhares Lima de Oliveira

Vice-Presidente do TRT5

Desembargadora Débora Maria Lima Machado

Corregedor Regional

Desembargadora Dalila Nascimento Andrade

Vice-Corregedor Regional

Desembargadora Marizete Menezes Corrêa

Diretor da Escola Judicial

Desembargadora Margareth Rodrigues Costa

Coordenador Acadêmico Juiz Danilo Gonçalves Gaspar

Vice-Coordenador Acadêmico Juiz André Oliveira Neves

Conselho Consultivo da Escola Judicial Desembargadora Débora Maria Lima Machado Desembargadora Léa Reis Nunes Juíza Manuela Hermes de Lima Juiz Aloísio Cristovam dos Santos Júnior Juiz Fabiano de Aragão Veiga Juiz Anderson Rico de Moraes Nery Juiz Luciano Berenstein de Azevedo


Apresentação

A palestra “Uma nova visão da ergonomia: gestão de tempo para melhor qualidade de vida” tem como palestrante Suzi Mariño, Pós-Doutora em Design pela PUC/RJ, Doutora e Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela USP/SP. O evento traz uma nova abordagem sobre ergonomia, cujo o objetivo é contribuir para a construção de um ambiente de trabalho sadio, não só no aspecto físico, mas também emocional. A ergonomia cognitiva foca o seu estudo nos processos mentais (percepção, memória e raciocínio) e na análise comportamental das tarefas no ambiente laboral, como meios de garantir uma melhor gestão de tempo e melhor fluidez dos fluxos de trabalho. Busca-se, com isso, a redução dos níveis de estresse e a melhoria da qualidade de vida dos sujeitos judiciários, com o consequente aumento da produtividade na realização profissional. Essas questões serão abordadas na palestra. Seja bem-vindo! Carga horária: 4h. Público-alvo: Magistrados e servidores.


Sobre a Professora

Sobre a professora:

Suzi Maria Mariño concluiu Pós-Doutorado em Design pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em 2007; Doutorado e Mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo em 2005 e 2000 respectivamente. Pós-Graduada em Metodologia do Ensino Superior em 1991, em Design de Produtos em 2002 e em Atividade Física e Saúde em 2004. Atualmente é avaliadora do Sistema Nacional de Avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, consultora “ad hoc’ da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia - FAPESB, do Ministério da Educação e Cultura MEC e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq. Foi presidente da Associação de Ensino Pesquisa de Nível Superior de Design do Brasil - AEnD-BR no triênio 2002/2005 e membro da Comissão Assessora de Avaliação da Área de Design - ENADE, do INEP/MEC no período de 2006 a 2015. Professora de Ikebana (Arte oriental) da Fundação Mokiti Okada; Professora Titular da Universidade do Estado da Bahia e Professora Associada da Universidade Federal da Bahia. Professora permanente do Programa de PósGraduação em Artes Visuais - PPGAV da Escola de Belas Artes da UFBA. Professora de Ergonomia e Metodologia Cientifica em Pós-Graduações em Medicina do Trabalho, Enfermagem do Trabalho e Engenharia de Segurança. Professora de Ergonomia, Metodologia do Projeto em Design e Metodologia Cientifica em Pós-Graduações de Design Estratégico, de Moda, Produto e Interiores. Atua na área de Design, com ênfase em Ergonomia. Em suas atividades profissionais interagiu com mais de 29 colaboradores em coautorias de trabalhos científicos. Em seu currículo Lattes os termos mais frequentes na contextualização da produção científica e tecnológica são: Design de Produto, Ergonomia do Produto, Ergonomia Informacional, Ciclismo e Postura Sentada.


UMA NOVA VISÃO DA ERGONOMIA: GESTÃO DE TEMPO PARA MELHOR QUALIDADE DE VIDA EMENTA Conceituação da Ergonomia; sistema homem-tarefa-máquina; análise comportamental da tarefa; ergonomia cognitiva; erro humano x erro do sistema; níveis de processamento cerebral; inteligência emocional x inteligência racional; gestão das emoções para qualidade de vida.

As sete inteligências de Gardner Segundo Gardner (1995), numa visão tradicional, a inteligência é definida operacionalmente como a capacidade de responder a itens em teste de inteligência, que comparam respostas de sujeitos diferentes idades, isso corrobora a noção de que a faculdade geral da inteligência não muito com a idade ou com o treinamento ou experiência. Ela é atributo ou faculdade inata do indivíduo. O autor relata que uma das principais regras na psicologia é não comparar os indivíduos entre si. Cada um tem um ritmo, tem seus pontos fortes e fracos, tem seu jeito de aprender. Ele apresenta a teoria das inteligências múltiplas e diz que existem vários tipos de inteligência e que estas sempre funcionam combinadas. Por isso, cada indivíduo tem seu próprio ritmo e sua própria forma de aprender. Gardner et alli (2010), ressalta que as pessoas não são idênticas. Cada um de nós tem um conjunto de recursos e potenciais diferentes de outros. O potencial de um estudante não é simplesmente superior ou inferior, mas, talvez, esteja em diferentes dimensões em relação ao outro. Cada um de nós pode contribuir para nossas culturas de diversas formas, e os papéis que uma cultura proporciona são bastante variados. •

Musical: (...) a música desempenhou um importante papel unificador nas sociedades (paleolíticas) da Idade da Pedra. (...) a noção musical oferece


um sistema simbólico acessível e lúdico. (... ) é aquele que permite a uma pessoa produzir, recordar e estabelecer sentido em diferentes padrões de som. A sensibilidade musical se manifesta ao ouvir, cantar, compor e tocar instrumentos; •

Corporal-cinestésica: a evolução dos movimentos especializados do corpo é uma vantagem óbvia para as espécies (...) o movimento corporal passa por um programa desenvolvimental claramente definido nas crianças. O “conhecimento” corporal-cinestésico satisfaz muitos dos critérios de uma inteligência. (...) capacidade de usar o próprio corpo (e seus movimentos) para solucionar problemas ou criar produtos. É a mais requisitada, por exemplo, nos craques de futebol, nos ginastas, nos bailarinos e nos artistas em geral;

Lógico-matemática: o raciocínio lógico-matemático proporciona a principal base dos testes de QI. [...] foi imensamente investigada pelos psicólogos tradicionais, e é o arquétipo da “inteligência pura” ou da faculdade de resolver problemas que encurtam significativamente o caminho entre os domínios;

Linguística: o dom da linguagem é universal, mas algumas pessoas têm mais facilidade de lidar com palavras. Essa inteligência permite analisar informações e desenvolver produtos de linguagem escrita e oral (...) É bastante requisitada (e apreciada) na escola, já que a maioria das provas e exercícios é por escrito;

Espacial: os indivíduos que possuem esta inteligência têm habilidade para reconhecer espaços e pensar em termos de cores, formas e medidas (...) a solução de problemas espaciais é necessária na navegação e no uso do sistema nacional de mapas. (...) as artes visuais também utilizam esta inteligência no uso do espaço;

Interpessoal: esta inteligência está baseada numa capacidade nuclear de perceber distinções entre os outros; em especial, contrastes em seus estados de ânimo, temperamentos motivações e intenções. (...) permite que o adulto perceba as intenções e desejos de outras pessoas, mesmo


que elas os escondam. (...) Ela é útil na hora de estudar em grupo, por exemplo, ou de gerenciar uma equipe; •

Intrapessoal: (...) o conhecimento dos aspectos internos de uma pessoa: o acesso ao sentimento da própria vida, à gama das próprias emoções, à capacidade de discriminar essas emoções e eventualmente rotulá-las como uma maneira de entender e orientar o próprio comportamento. (...) a pessoa com boa inteligência intrapessoal possui um modelo viável e efetivo de si mesma.

ATITUDE MENTAL (OKADA, 1950) Existe um único ponto de vital importância: é a forte vontade de crescer e expandir custe o que custar. Essa atitude é fundamental. O pior pensamento a seu próprio respeito é pensar “não tenho capacidade”. Pense assim: “eu também sou um ser humano. Se aquela pessoa está fazendo, eu também serei capaz de fazer”. Aquele que nunca desiste, com uma forte determinação para realizar o seu trabalho – mesmo cometendo falhas ou sendo ridicularizado pelos outros – certamente crescerá bastante. Eu próprio trabalho com essa atitude. Entretanto, aqueles que desistem após o primeiro fracasso não servem, de fato, para o trabalho.

AS VANTAGENS INTELECTUAIS DE UMA BOA RISADA SÃO IMPRESSIONANTES Deste que venho estudando sobre didática e metodologia de ensino, há mais de 35 anos, que os autores são unânimes em dizer que fazer o aluno rir, tornar as aulas divertidas e o ambiente de ensino mais descontraído, aumenta em 90% a eficiência do processo ensino-aprendizagem. Sempre concordei com tais afirmativas, mas queria saber mais o porquê de forma mais técnica, ou seja, como isso influenciava diretamente no intelecto.


Nas minhas mais recentes pesquisas sobre Neurociência, Inteligência Emocional e Design Emocional, tive essa resposta em trecho do livro de Goleman (2012), em um item do Capítulo 6 – A aptidão mestra: Alta ansiedade, baixo desempenho (pags. 107, 108) [...] Os estados de espírito positivos, enquanto duram, aumentam a capacidade de pensar com flexibilidade e mais complexidade, tornando assim mais fácil encontrar soluções para os problemas intelectuais ou interpessoais. Isso sugere que uma das maneiras de ajudar a alguém a solucionar um problema é contarlhe uma piada. O riso, como a euforia, parece ajudar as pessoas a pensar com mais largueza e a fazer associações de forma mais livre, percebendo relações que de outro modo poderiam ter-lhe escapada – uma aptidão mental importante não apenas na criatividade, mas para reconhecer relacionamentos complexos e prever as consequências de uma determinada decisão. As vantagens intelectuais de uma boa risada são impressionantes quando se trata de resolver um problema que exige uma solução criativa. Um estudo constatou que as pessoas que assistiam a um vídeo de humor depois resolviam com facilidade um quebra-cabeça que foi durante muito tempo utilizado por psicólogos para testar pensamento criativo. [...] Muitas pessoas que recebem problema entram em “fixidez funcional”, pensando em usar os objetos de forma mais convencional. Mas os que assistiram ao filme cômico, comparados com os outros que assistiram a um filme sobre matemática ou fizeram exercícios, tinham mais probabilidade de ver um uso alternativo para a caixa de percevejos, e como isso davam a solução criativa: pregar a caixa na parede e usá-la como castiçal. Mesmo ligeiras mudanças de humor podem dominar o pensamento. Ao fazer planos para tomar decisões, as pessoas têm um desvio perceptivo que as leva a ficar mais expansivas e positivas no pensar. Isso se deve, em parte, ao fato de a memória ser específica de um estado de espírito, de modo que, quando estamos num bom estado de espírito, lembramos de coisas boas; ao pensarmos os prós e os contras de uma linha de ação quando estamos nos sentindo bem, a memória desloca nossa avaliação dos sinais para os que apontam para o lado positivo, tornando mais provável que façamos alguma coisa ligeiramente aventureira ou arriscada, por exemplo. Da mesma forma, um estado de espírito negativo prejudica a memória, tornando mais provável que nos fixemos numa decisão medrosa, excessivamente cautelosa.


As emoções descontroladas tolhem o intelecto. Mas [...] podemos colocá-las sob controle; essa capacidade emocional é a aptidão mestra, facilitando todos os outros tipos de inteligência. [...] as vantagens de esperança e otimismo, e os momentos sublimes em que as pessoas se superam.






REFERÊNCIAS BAMPI, M. L. F. Efeito de um Programa para Desenvolvimento da Criatividade na Escrita. Dissertação de mestrado em Psicologia Escolar, Puccamp: Campinas, 1995. BUNGE, Mario. La ciencia: su metodo y su filosofia. Buenos Aires: Siglo Veinte, 1975. ARNOLD, Rosinha Meister; SILVIO, Marcos. Criatividade no Processo de Aprendizagem. Fundação Catarinense de Educação Especial. Santa Catarina, 2016. BROWN,Tim. Uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias: Design thinking. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 249 p. DENÓFRIO, Darcy França. Cora Coralina: melhores poemas. Global Editora, 2004, 358 p. GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas ao redor do mundo. Porto Alegre:


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Projeto Gráfico e Editoração Aléxia Corujas Impressão: Mídias Gráficas/TRT5

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