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Atualidade
Janeiro de 2012
Sênior
2012: mito ou ciência?
F
inalmente 2012. Para muitos um ano como qualquer outro nessa imensa jornada pelo tempo. Para outros, o final de uma era, talvez da existência da humanidade como a conhecemos e entendemos hoje, ou, literalmente, a extinção do homem e da vida na Terra. Periodicamente teorias catastofristas prenunciam o fim do mundo. Água, fogo, hecatombe nuclear, vírus planetários, epidemias; há muitas formas de acabar com a humanidade. Recentemente o ano 2000 era o limite, corrigido para 2003 (alguns alegavam problemas com o calendário gregoriano), 2005, 2009. Planeta X (12º planeta do sistema solar, em órbita elíptica com um ciclo de 3.600 anos – será visto (?) próximo da Terra daqui a 1.000 anos – a última vez que passou foi em 600 d.C.), Nêmesis (o Sol faria parte de um sistema binário de estrelas e seu equivalente escuro – Nêmesis” teria provocado o rompimento da nuvem de Oort, acarretando o impacto de cometas sobre a terra em ciclos de 26 milhões de anos), asteroides (em 1980 acreditava-se que existiam 86 asteroides próximos da Terra, número corrigido pela NASA nos anos seguintes – na medida em que outros eram descobertos – para 20.000) que surgem no horizonte galático para ame-
“Então o Coração dos Céus soprou névoa sobre seus olhos, o que lhes anuviou a visão, do mesmo modo como quando se respira sobre um espelho. Seus olhos foram cobertos e eles puderam ver apenas o que estava perto, apenas isto estava claro para eles.” (trecho do Popol Voh, mito da criação, traduzido do K’iche maia pela primeira vez em 1986) açar nosso planeta, tão minúsculo e frágil diante da natureza que ainda pouco conhecemos. A previsão do fim do mundo em 2012 é baseada nas descobertas arqueológicas ocorridas nos anos 1980 e 1990, sobre a antiga civilização maia. Dois acadêmicos, José Argüelles e
bro de 2012 (4 ajaw 3 K’ank’in) corresponde na verdade ao fim de uma era, mas é preciso lembrar que para os povos mesoamericanos, o final não significa simplesmente o término de alguma coisa. Assinala também o início de uma nova era, diferente da anterior, numa sucesFoto: INAH-México/Divulgação
Os maias eram um povo obcecado pelo tempo e seu registro Terence MacKenna atraíram a atenção popular com alegações que soavam convincentes, evocando o Calendário Mesoamericano de Contagem Longa, atribuído aos maias. Entre os monumentos daquela civilização, encontraram um dos calendários (há cerca de 24 calendários diferentes) que estipulava uma data para o fim “do calendário maia”. O dia 21 de dezem-
são infinita de ciclos que podem repetir-se diante de condições correlatas a eventos anteriores ou futuros. Eles criaram calendários baseados nos corpos celestes que observavam nos céus. Para o dia a dia criaram dois calendários, um solar e outro lunar, chamados de T’zolk e Haab, sincronizados para formar ciclos de 52 anos, chamado de calendário
circular. Eles também estipularam a data de inicio deste ciclo de 5125 anos (chamado pelos maias de 13-b’ak’tun) em 11 de agosto de 3114 a.C. no calendário gregoriano (também conhecida como 13.0.0.0.0; 4 Ahaw Kumk’u). O Calendário Maia de Contagem Longa é a chave para entender-se a doutrina maia das Eras Mundiais, encontrada no mito da criação, o Popol Vuh, que em muitos aspectos é semelhante ao Velho Testamento. Ele descreve a destruição de versões anteriores da humanidade, prevendo até mesmo os meios que serão utilizados para isto. A versão anterior foi destruída por uma enchente (muito parecida com o Dilúvio Universal e a Arca de Noé) e a atual versão será destruída por “terremotos”. È bom frisar. Não há evidência científica alguma que corrobore a opinião acadêmica destes autores e de muitos outros depois deles mesmo que, várias das crenças inseridas neste episódio encontrem similitudes com outras histórias e previsões das mais diversas culturas. Outros maianistas, estudiosos da civilização afirmam que há vários relatos e outros calendários que não falam em destruição, ou fim dos tempos, mas referem-se a esta data como término de uma era e inicio de outra, renovada e auspiciosa. Vamos aguardar para ver.
Sênior Jornal da 3ª Idade
Ano III - Número 18 - Santa Catarina - Janeiro de 2012
Cresce o fluxo de turistas em Balneário Camboriú
Perfil Alessandra
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Crônica de Leoniza Mac Ginity Vilarino: Cadê? Página 4
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Talento: Philip Glass
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Dr. Ulissses Coelho: Adquirindo sabedoria
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Foto: PMBC-SECTUR/Silvia Bomm
Utilizando a coleta de lixo domiciliar como parâmetro, Balneário Camboriú apresentou uma população flutuante de 4.339.949 pessoas durante o ano de 2010. Esse número subiu para 4.453.730, com um percentual positivo de 2,62% (a base foi de 600 g de lixo domiciliar produzido por pessoa, e em 2011, 730 g por pessoa - os índices foram fixados pelo Departamento de Planejamento do SECTUR-BC com base em estudos e pesquisas do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para cidades com até 200.000 habitantes).
Santa Inês reinicia: trauma e ortopedia Desde o dia primeiro de janeiro até o dia 10, o pronto atendimento (PA) realizou 1.502 atendimentos, destes, 1273 foram de pacientes de Balneário Camboriú. Com aporte de R$ 1 milhão do Governo do Estado, o Hospital Santa Inês estará sob intervenção até março, com o funcionamento de um pronto atendimento 24 h, dez leitos de UTI para adultos e 30 leitos de internação e suporte nas especialidades de anestesiologia, ortopedia, neurologia e cirurgia geral. Os dados são da secretaria de saúde de Balneário e anunciam nova fase do Santa Inês.
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Foto: PMBC-Secretarria de Saúde/Ariston Sal Júnior