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Profecia Confiável – Alexandre O Grande36 A profecia em Daniel 8 começa com o relato daquilo que o reino medo-persa, simbolizado por um carneiro irado, haveria de fazer. O carneiro é identificado como sendo a Medo-Pérsia (Dn 8:20). Ele é seguido simbolicamente por um bode, representando a Grécia (Dn 8:2-8, 21). Esse bode começa com um grande chifre, à semelhança de um unicórnio. Esse chifre representa seu primeiro rei ao este iniciar a guerra contra o carneiro persa. Historicamente, sabemos que esse ―chifre‖ foi Alexandre, o Grande, que reuniu seu exército e invadiu o Oriente Próximo, derrotando os persas e conquistando todo o território numa campanha relâmpago que durou apenas três anos. Críticos do livro têm argumentado que isso não foi uma profecia, mas apenas uma descrição histórica escrita mais tarde como se fosse uma profecia. Há, porém, uma interessante história nos escritos de Flávio Josefo, historiador judeu do primeiro século, que indica que essa profecia já era conhecida no quarto século a. C., portanto bem antes do tempo no qual os críticos dizem que foi escrita (segundo século a. C.). A história é a respeito da campanha de Alexandre na costa da Síria e Palestina. A caminho do Egito, ele decidiu sair da rota principal e subir para Jerusalém. Ao chegar lá, um dos sacerdotes tomou o rolo de Daniel e lhe mostrou onde ele se situava na profecia, como o grego que haveria de derrotar o império dos persas. Impressionado por essa referência profética a respeito de si mesmo, Alexandre perguntou aos líderes judeus o que poderia fazer por eles. Pediram-lhe que aliviasse os impostos durante os anos sabáticos, quando os campos eram deixados em cultivo e nenhuma colheita era possível. Alexandre teria dito que atenderia ao pedido. O relato de Josefo é o seguinte: ―E quando o livro de Daniel declarou que um dos gregos haveria de destruir o império dos persas, ele supôs que ele mesmo era a pessoa indicada; e, lisonjeado, despediu a multidão. Mas, no dia seguinte, convocou-a e perguntou-lhe que favores gostariam de receber dele. O sumo sacerdote pediu que lhes fosse permitido continuar seguindo as leis de seus antepassados e recebessem isenção dos tributos no sétimo ano. Ele fez como desejavam e quando lhe pediram que permitisse aos judeus da Babilônia e Média a também seguirem suas leis, ele imediatamente prometeu que assim o faria daquele momento em diante‖.37
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William H. Shea, Ph.D., Diálogo Universitário, Vol. 19, Nº I, 2007. "Quão confiável é a profecia bíblica? O exemplo de Daniel". 37 Flávio Josefo, História dos Hebreus, p. 274.