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O Dia da Expiação Antítipo No estudo da visão de Daniel 8 chegamos até o momento em que o chifre pequeno, símbolo que representa o poder da Igreja Cristã Romana, demonstrava o clímax do seu poder: ―O exército lhe foi entregue, com o sacrifício diário, por causa das transgressões; e deitou por terra a verdade; e o que fez prosperou‖ (v. 12). Esse poder não só perseguiu e matou os ―santos do Altíssimo‖, como também ―deitou por terra a verdade‖ ao distorcer o ministério intercessor de Cristo através de um falso sacrifício (a missa), um falso sacerdócio (confissão de pecados), uma falsa cabeça sobre a igreja (falsa liderança) e um falso método de salvação (pelas obras e pelas penitências). Deus permitiria que esse poder deitasse a verdade por terra eliminando-a da consciência dos homens por um espaço de tempo determinado. Ao fim deste tempo o Altíssimo restabeleceria a verdade para preparar Seu povo para o Segundo Advento de Cristo a Terra. O próprio Daniel ficou aflito em saber que os ―santos do Altíssimo‖ seriam perseguidos e a ―verdade deitada por terra‖. Porém, percebeu que seria por um espaço de tempo determinado: ―Até quando durará a visão do sacrifício diário e da transgressão assoladora, visão na qual é entregue o santuário e o exército, a fim de serem pisados?‖ (v. 13). E a resposta foi: ―Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado‖ (v. 14). O poder do chifre pequeno manteria seu domínio até perto da Volta de Cristo: ―Entende, filho do homem, pois esta visão se refere ao tempo do fim‖. (v. 17). ―A visão da tarde e da manhã, que foi dita, é verdadeira; tu, porém, preserva a visão, porque se refere a dias ainda mui distantes‖ (v. 26). Daniel não entendeu a visão e ficou preocupado principalmente com ―as duas mil e trezentas tardes e manhãs‖. Na verdade, foi só muito tempo depois, após muito jejum e oração que ele recebeu mais luz sobre aquela profecia. O capítulo 9 relata a experiência de Daniel em buscar de Deus respostas para suas dúvidas. O profeta orou fervorosamente a Deus clamando por entendimento: ―Agora, pois, ó Deus nosso, ouve a oração do teu servo e as suas súplicas e sobre o teu santuário assolado faze resplandecer o teu rosto, por amor do Senhor‖. (Dn 9:17). Em resposta a oração do profeta Deus enviou o anjo Gabriel para revelar-lhe mais luz sobre a profecia. O anjo, na verdade, esclareceu a profecia das ―duas mil e trezentas tardes e manhãs‖ com outra profecia, a profecia das ―setenta semanas‖: ―Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o santo dos santos‖. (Dn 9:24). As duas profecias, portanto, são complementares, sendo uma continuação da outra. Daniel estava preocupado porque havia pensado que só após 2.300 anos seu povo teria novamente o templo de Jerusalém restaurado. Como bom entendedor das Escrituras ele sabia que ―tarde e manhã‖ significava ―dia‖: ―Houve tarde e manhã e o