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A História dos Impérios Antecipada Estudar o livro do profeta Daniel com o desejo de compreender a mensagem divina é recompensador. O livro está dividido em duas partes, sendo a primeira parte histórica (capítulos 1-6), e a segunda parte profética (capítulos 7-12). O profeta Daniel nasceu por volta de 622 a. C., e nos seus dias quatro nações dominavam o Oriente Médio: o Egito, a Lídia, a Média e a Babilônia. ―Entre 626 e 612 a. C. - período em que Daniel nasceu - Nabopolassar, rei de Babilônia, esmagou o que restava do Império Assírio e tornou-se o fundador do Império Neo-Babilônico. Seu filho, Nabucodonosor II, conseguiu elevar Babilônia à sua época de ouro. Nabucodonosor II é o Nabudonosor do livro de Daniel‖. 1 Por ocasião da morte de Nabopolassar em 605 a. C. ―seu filho Nabucodonor estava em campanha na Síria onde recentemente vencera os egípcios em sangrenta batalha. Ao receber a notícia da morte de seu pai, deixou as presas de guerra e os cativos, entre os quais provavelmente Daniel e seus companheiros, para seus generais levarem a Babilônia, e retornou rapidamente pelo caminho mais curto que cruzava o deserto, temendo a ação de algum usurpador. Ele havia sido educado para tornar-se o herdeiro do reino, como indicava seu próprio nome, NABU-KUDURRI-USUR, ou ‗Nabu proteja o filho‘, dado por seu pai em homenagem a Nabucodonosor I, famoso rei da segunda dinastia de Isin. Após várias campanhas para expulsar os egípcios da Síria e da Palestina, no fim do ano 598 a.C., o rei Nabucodonosor atacou a Palestina, e devido à rebelião do rei Joaquim de Judá, cercou e tomou Jerusalém em 16 de março de 597 a. C., levando para o exílio em Babilônia o rei e mais cerca de 3.000 cativos. Zedequias foi posto como rei em Judá prestando tributo a Nabucodonosor até 589 a. C. quando Jerusalém novamente se rebelou e foi sitiada durante 18 meses até ser completamente destruída em 586 a. C., e milhares de judeus serem levados para o exílio babilônico‖.2 Portanto, Jerusalém foi atacada três vezes por Nabucodonosor: em 605 a. C., quando Daniel e seus companheiros foram levados como prisioneiros; em 597 a. C., quando Ezequiel foi levado também; e finalmente, em 586 a. C., quando Jerusalém foi completamente destruída. As Escrituras registram o motivo pelo qual Deus permitiu a destruição de Jerusalém: ―Eles, porém, zombavam dos mensageiros, desprezavam as palavras de Deus e mofavam dos seus profetas, até que subiu a ira do Senhor contra o seu povo, e não houve remédio algum‖. (2Cr 36:16). O cativeiro babilônico serviria para o povo se humilhar diante de Deus e buscá-lo novamente com fervor. Deus em Sua infinita misericórdia revelou através do profeta Jeremias a duração do cativeiro: ―Logo que se cumprirem para a Babilônia setenta 1
C. Mervyn Maxwell, Uma Nova Era segundo as profecias de Daniel, p. 13. Guilherme Stein Jr., Sucessos Preditos da História Universal, 2ª ed., p. 7, nota do editor Ruy Carlos de Camargo Vieira. 2