Fevereiro 2013 | Ano XIX | Nº115
Um jornal para novos tempos
Primeira usina em Santa Catarina PCH Barra do Rio Chapéu é inaugurada Págs. 6 e 7
2 editorial
O investimento em fontes alternativas
EXPEDIENTE
Diretoria Executiva Diretor-Presidente Eurides Luiz Mescolotto
A Eletrosul inaugurou recentemente sua primeira usina de pequeno porte e o primeiro empreendimento de geração em Santa Catarina, confirmando sua vocação em investir em fontes renováveis e complementares à matriz energética. As fontes consideradas alternativas – PCHs, eólica e
biomassa – são uma das apostas do País para reforçar a oferta de energia no Sistema Interligado Nacional até 2021, como já mostramos na edição de novembro. A gestão dos empreendimentos da Eletrosul tem mostrado perfeito alinhamento com essas diretrizes. Boa leitura.
Diretor de Engenharia e Operação Ronaldo dos Santos Custódio Diretor Financeiro e Administrativo Fevereiro 2013 | Ano XIX | Nº115
Um jornal para novos tempos
Primeira usina em Santa Catarina PCH Barra do Rio Chapéu é inaugurada
Antonio Waldir Vituri Conselho Editorial
Págs. 6 e 7
Cleiton Luis Rezende Cabral Laércio Faria Luiz Ricardo Machado Renato Bunn Rubem Abrahão Gonçalves Filho Gerente ACS Sadi Rogério Faustino sadirf@eletrosul.gov.br Coordenação Jonatas Andrade jonatas.silva@eletrosul.gov.br Edição Andréa Lombardo andrea.lombardo@eletrosul.gov.br Jonatas Andrade jonatas.silva@eletrosul.gov.br Textos
A então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, dando posse à nova direção da Eletrosul, em 17 de janeiro de 2003, com Milton Mendes, assumindo a Presidência, Antonio Waldir Vituri, a Diretoria de Gestão Administrativa e Financeira, e Ronaldo dos Santos Custódio, a Diretoria Técnica.
Adriana Hass Anahi Gurgel Andréa Lombardo Cleusa Frese Gilberto Del’Pozzo Tatiana Lima Umberto Petry Caletti Vivianne Nunes Edição de Fotografia Hermínio Nunes Fotos Anísio Borges Arquivo DDOM/DGI Arquivo Construtora Integração Arquivo Energia Sustentável do Brasil Arquivo UHE Teles Pires Augusto Ribeiro Isara Cleusa Frese Daniel Amorim Júnior Borba Hermínio Nunes Nélio Pinto Tatiana Lima Projeto Gráfico Agenciamob Conteúdo e Projeto Editorial Giusti Comunicação Integrada Tiragem 6 mil exemplares
Nos últimos dez anos, a Eletrosul passou por um grande processo de modernização de gestão, marcando a retomada na geração de energia. Hoje, a empresa é referência nacional na utilização de fontes alternativas, com a estratégia de negócios voltada fortemente para investimentos em energia eólica, hidrelétrica, solar e biomassa.
Periódico editado pela ACS – Assessoria de Comunicação Social e Marketing Rua Dep. Antônio Edu Vieira, 999, Pantanal Florianópolis/SC CEP 88040901 Fone (48) 3231.7269 / 3231.7075 www.eletrosul.gov.br
responsabilidade social 3
Eletrosul agora - Fevereiro de 2013
Cozinha comunitária
Boa alimentação e qualidade de vida No espaço equipado com apoio da Eletrosul, grupo de trabalhadores de Curitiba recebe três refeições diárias Os catadores de material reciclável do Projeto Mutirão Profeta Elias, no bairro Sítio Cercado, em Curitiba (PR), estão conquistando qualidade de vida e melhoria na alimentação com a cozinha comunitária equipada com apoio da Eletrosul. No espaço, os trabalhadores recebem três refeições diárias – café da manhã, almoço e lanche da tarde. Atualmente, mais de 20 pessoas se beneficiam com a estrutura. “A cozinha é bem importante porque acaba diminuindo a despesa em casa. Na correria, a gente nem comia, passava o dia todo sem colocar um pão na boca. Agora, a gente voltou a se alimentar direito. E melhora até no serviço porque ficamos mais dispostos”, relata a presidente do grupo de catadores, Sandra Mara de Lemos (foto). A cozinha começou funcionar há
Outras melhorias O grupo de catadores do Sítio Cercado reúne 12 famílias e já existe há 10 anos. Elas trabalham na coleta, seleção, prensagem e comercialização de 32 tipos de materiais recicláveis – a maior parte deles, variações de plástico. Em 2011, a Eletrosul patrocinou uma prensa hidráulica com capacidade para 160
cerca de três meses e também é aberta aos familiares dos catadores. O espaço se transformou em ponto de encontro e socialização da comunidade. “A festa de final de ano das crianças, por exemplo, foi realizada na cozinha. Este local ajuda muito. Com esta cozinha, a gente pode fazer um almoço, um café, a qualidade de vida destas pessoas já melhorou muito”, reforçou a vice-presidente do Projeto Mutirão Profeta Elias, Rosane Aparecida Herbst Kummer. Os equipamentos patrocinados pela
Eletrosul incluem geladeira, fogão, armários, mesas, cadeiras, panelas, pratos, talheres, entre outros utensílios. Os alimentos preparados no espaço são obtidos por meio de doações. As cozinheiras são as próprias mulheres que participam do projeto e se revezam nas diversas atividades.
quilos, o que proporcionou aumento da produtividade. “Só uma prensa não dava conta de todo o material que a gente recolhia. Agora, duas pessoas podem trabalhar na
Segundo ela, só em relação ao papel comercializado, o aumento de produtividade e, consequentemente de renda, foi de aproximadamente 35%. Outra melhoria
prensagem ao mesmo tempo. E o volume de material que vendemos aumentou muito”, ressalta Sandra, ao lembrar que o grupo trabalhava com um equipamento de capacidade de processamento 50% menor.
empreendida com o apoio da Eletrosul foi a instalação de uma cobertura para o pátio da associação, onde papéis e papelões ficam armazenados, evitando perdas de material em dias de chuva.
4 canteiro de obras
Eletrosul agora - Fevereiro 2013
Fevereiro de 2013 AMPLIAÇÃO DO COMPLEXO EÓLICO CERRO CHATO
78 MW
RS
Preparação do guindaste que será utilizado para içar as peças na montagem dos aerogeradores.
UHE são Domingos
N
Capacidade de atendimento: 447.000 habitantes
UHE TELES PIRES
48
1.820
MW
Capacidade de atendimento: 570.000 habitantes
A energização da linha de transmissão, que MS liga a Subestação da Usina São Domingos a N Subestação Água Clara, da Enersul, foi realizada em janeiro, dando condições para o início dos testes nas unidades geradoras da Usina Hidrelétrica São Domingos.
MW
PA
Vista da jusante dos condutos forçados e tomada d’água.
MT N
Capacidade de atendimento: 6.500.000 habitantes
canteiro de obras 5
Eletrosul agora - Fevereiro 2013
canteiro de obras Linhão do Madeira
PCH João Borges
600 kV
Visão geral dos materiais depositados no canteiro de obras Alto Araguaia (MT). N
Maior LT de 600 kV do mundo, com 2.412 Km de extensão
19 MW
Foi concluída a concretagem dos condutos forçados, bem como, a locação dos mesmos nas unidades geradoras 1 e 2, e está em andamento o lançamento do conduto da unidade 3. A ponte rolante da casa de força está pronta para o comissionamento.
SC N
Capacidade de atendimento: 156.000 habitantes
UHE JIRAU
3.750 MW
Vista da montante da casa de força da margem esquerda, onde estão sendo montadas 22 turbinas tipo bulbo. Na casa de força da margem direita serão 28 turbinas.
RO N
Capacidade de atendimento: 34.100.000 habitantes
6 especial PCH Barra do Rio Chapéu
A aposta nas fontes complementares Em sintonia com o planejamento energético do País, Eletrosul entrega sua primeira usina de pequeno porte A Eletrosul deu mais um passo importan-
ridades, empregados e moradores da região.
te para a recomposição de seu parque gerador
A construção da hidrelétrica é resultado do
ao entregar à operação sua primeira usina em
Acordo de Cooperação Brasil-Alemanha no Setor
Santa Catarina. A Pequena Central Hidrelétrica
de Energia, com foco em Energias Renováveis e
(PCH) Barra do Rio Chapéu, inaugurada no dia 28
Eficiência Energética, firmado em 2008. Teve a
de janeiro, reafirma o compromisso da empresa
parceria do banco de fomento KfW, que financiou
em investir em fontes limpas e renováveis de energia, atendendo ao planejamento energético do País, estruturado para esta década. “Depois de muito sacrifício, voltamos à geração no Estado de Santa Catarina, onde a Eletrosul tem sua sede. Estamos
as obras com recursos do Minis-
A Eletrosul é a subsidiária verde do grupo Eletrobras, pois além de energia hidrelétrica, investe em geração eólica, solar e até biomassa
orgulhosos por fazermos história com um empreendimento
Christoph Sigrist
tério de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha. “A Eletrosul é a subsidiária verde do grupo Eletrobras, pois além de energia hidrelétrica, investe em geração eólica, solar e até biomassa. Estamos muito orgulhosos por apoiar a expansão do seu parque gerador renovável e com isso ampliar a
aqui em Rio Fortuna, que está gerando energia
oferta de energia no Brasil”, destacou o chefe da
elétrica para o País. Essa é uma vitória de todos”,
Divisão do Setor Financeiro e Infraestrutura Eco-
declarou o presidente Eurides Mescolotto, duran-
nômica do KfW para a América Latina e Caribe,
te a solenidade de inauguração, que reuniu auto-
Christoph Sigrist.
PCH Barra do Rio Chapéu Potência instalada Energia assegurada Unidades geradoras Altura da barragem Capacidade de atendimento Localização Rio Geração de empregos
especial 7
Eletrosul agora - Fevereiro de 2013
Os benefícios do empreendimento A PCH Barra do Rio Chapéu aproveita o
movimentou a economia regional. Outros
potencial do rio Braço do Norte, entre os
benefícios que ficam para a comunidade são
municípios de Rio Fortuna e Santa Rosa
as benfeitorias secundárias como acessos,
de Lima, no Sul catarinense. O projeto
construções, ramais de eletricidade e áreas
aproveitou o relevo acentuado da região
em recuperação ambiental. A construção da
para obter mais eficiência energética com
usina permitirá, ainda, a promoção do lazer
um reservatório menor, reduzindo o im-
e do turismo por meio do aproveitamento
pacto ambiental. Represada por uma bar-
das áreas balneáveis do reservatório.
ragem a fio d’água de 107 metros de comprimento e 17 metros de altura, a água segue do vertedouro por um túnel de 3,5 mil metros de extensão e 4,5 metros de diâmetro. Dois
15,15 MW
condutos forçados em aço
8,61 MW médios
levam a água até a casa de
2
força, onde as duas turbi-
17 metros 128 mil habitantes 40,2 mil unidades residenciais Rio Fortuna e Santa Rosa de Lima (SC) Braço do Norte 520 diretos e indiretos
“Agradeço muito a
Agradeço a Eletrosul por acreditar no potencial hídrico do rio Braço do Norte e construir este grande empreendimento
nas são responsáveis pelo processo de geração da energia.
Valdeci Dela Justina
Deus por ter desenhado no nosso município um projeto
natural
para
possibilitar a construção dessa usina, que muito vai contribuir com o sistema de energia do nosso País. E, agradeço a Eletrosul por acreditar no potencial
hídrico do rio Braço do Norte e construir
A PCH Barra do Rio Chapéu leva o mesmo
este grande empreendimento que, além de
nome de uma comunidade rural vizinha
energia, possibilitará o desenvolvimento
à casa de força e próxima à foz do rio Cha-
da indústria do turismo e da economia da
péu. Sua construção proporcionou a gera-
região”, afirmou o vice-prefeito de Rio For-
ção de aproximadamente 520 empregos e
tuna, Valdeci Dela Justina.
8 geral Debêntures de infraestrutura
Mais recursos para
investimentos Projetos da Eletrosul e parceiros são considerados prioritários Cinco parques eólicos pertencentes às Sociedades de Propósito Específico (SPEs) nas quais a Eletrosul tem participação – as holdings Livramento e Santa Vitória do Palmar –, foram considerados prioritários pelo Ministério de Minas e Energia, por meio de portarias publicadas em dezembro do ano passado e janeiro último. Esse enquadramento é uma das condições previstas na Lei nº 12.431/2011 e no Decreto nº 7.603/2011 para que o empreendedor possa emitir as chamadas debêntures de infraestrutura. São títulos de renda fixa que contam, entre outros benefícios, com incidência de Imposto de Renda com alíquota de 0%, no caso de investidor pessoa física, inclusive por meio de
fundos de investimento criados para esse fim, para emissões realizadas até 31 de dezembro de 2015. Ao instituir incentivos para a emissão desses títulos, o governo federal cria uma nova alternativa para as empresas captarem recursos diretamente no mercado de capitais, visando o investimento pelos empreendedores em obras de infraestrutura, sem depender, exclusivamente, das fontes tradicionais de financiamento, principalmente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Funciona como uma fonte de recursos complementar ao BNDES e que pode vir a ganhar mais espaço dentre as opções de financiamento das empresas, além de permitir ao investidor, até mesmo pessoa física, o acesso a novas opções de investimento”, esclareceu o economista Rafael
Pioneirismo O parque eólico Cerro dos Trindade, em construção em Sant’Ana do Livramento, no Rio Grande do Sul, foi o primeiro projeto de infraestrutura do setor elétrico, no segmento de energia eólica, considerado prioritário pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Em seguida, outros quatro parques – Geribatu I, II, III e V, em Santa Vitória do Palmar (RS) – também foram enquadrados. De acordo com o diretor financeiro das holdings constituídas para esses empreendimentos eólicos, Fábio Maimoni Gonçalves, foi solicitada a aprovação do MME para os de-
Judar Vicchini, gerente da Coordenadoria de Avaliação Econômico-Financeira de Projetos da Eletrosul. Vicchini lembra que a conjuntura de baixo patamar da taxa de juros básica da economia em relação à sua média histórica, com a consequente redução na remuneração dos títulos públicos, pode tornar essas debêntures atrativas ao investidor frente às outras opções disponíveis, sendo suportada pelo retorno do projeto financiado. “Ao zerar a alíquota do Imposto de Renda para pessoas físicas, estima-se que parte da poupança desse universo de investidores seja direcionada para a expansão da infraestrutura. Para isso, entretanto, espera-se que gradualmente ocorra o alongamento dos prazos dos títulos, para que seja criada a compatibilidade entre prazos de investimento e financiamento pelo emissor”, reforçou.
mais parques dos complexos Livramento e Geribatu. Isso como forma de atender à legislação vigente e poder captar recursos junto a investidores. Mesmo enquadrados, no entanto, a emissão das debêntures depende, ainda, da aprovação do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Como agente financiador dos empreendimentos, cabe ao BNDES autorizar o compartilhamento das garantias prestadas com os futuros investidores. A efetiva emissão dos títulos dependerá, também, de decisão empresarial estratégica por parte das holdings e seus acionistas quanto à composição do endividamento.
geral 9
Eletrosul agora - Fevereiro de 2013
Obras de transmissão
Interligando fronteiras Brasil e Uruguai estão implantando a primeira interligação elétrica em extra alta tensão entre os dois países. Pelo lado brasileiro, o investimento de R$ 128 milhões prevê a construção de uma subestação de 500/230 kV, em Candiota (RS), uma linha de 500 kV com 60 quilômetros de extensão até a fronteira com o Uruguai e outra de 230 kV, com três quilômetros, que vai ser conectada à Subestação Presidente Médici, de propriedade da Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE). Já os uruguaios estão investindo na construção de uma linha de 500 kV, com cerca de 350 km, e uma estação conversora de frequência de 500 MW, em um investimento de aproximadamente R$ 300 milhões. O empreendimento nasceu de um memorando de entendimento entre os dois países, assinado em 2006. Em 2010, Eletrobras e Administración Nacional de Usinas y Transmisiones Eléctricas (UTE) assinaram um contrato para a implantação das instalações no lado brasileiro da interligação. A Eletrosul é parte integrante desse projeto. Em outubro do ano passado, a Eletrobras cedeu 40% do empreendimento para a Eletrosul, que ficará responsável pela implanta-
Investimentos na Interligação Elétrica Brasil-Uruguai somarão aproximadamente R$ 428 milhões
ção das linhas de transmissão em território brasileiro e, posteriormente, pela operação e manutenção do sistema. Tanto a subestação quanto os materiais das linhas de transmissão já foram licitados. A Eletrobras emitiu a ordem de serviço para elaboração do projeto executivo e para o fornecimento de materiais e equipamentos da SE Candiota. A Eletrosul autorizou o início das sondagens e a elaboração do projeto executivo das linhas de 230 kV Candiota-Presidente Médici (3 km) e de 525 kV Candiota-Melo (60 km). Também já estão sendo fornecidas as 1,8 mil toneladas de estruturas metálicas e as 850 toneladas de cabos condutores para as linhas de transmissão. A mobilização para início da obra depende da emissão da Licença de Instalação pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
e apresentar o novo Relatório e Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima) aos moradores dos municípios onde as obras serão implantadas. O Ibama validou a audiência, que é parte do processo de licenciamento ambiental, e emitiu a Licença Prévia do empreendimento. Técnicos da Eletrosul e Eletrobras elaboraram a documentação para ingressar com o pedido de Licença de Instalação e aguardam retorno do órgão ambiental. PARANÁ
SANTA CATARINA
Audiência pública
BRASIL
Em novembro, foi realizada, em Candiota, uma audiência pública, com a participação de representantes da Eletrobras, Eletrosul e da Geo Consultores, para expor e tirar dúvidas sobre o empreendimento
RIO GRANDE DO SUL PORTO ALEGRE
SE CANDIOTA SE PRES. MÉDICE
URUGUAI CONVERSORA MELO
SE SAN CARLOS
ENTENDA A INTERCONEXÃO URUGUAI
BRASIL 3 km
AMPLIAÇÃO
SE PRESIDENTE MÉDICE
230 kV
60 km
NOVA
SE CANDIOTA
525/230 kV
65 km
FRONTEIRA
283 km
NOVA
CONVERSORA MELO
60 Hz / 50 Hz
AMPLIAÇÃO
SE SAN CARLOS
10 ESPORTES Fora da sala de aula
Capoeira vira reforço pedagógico Projeto envolve alunos de instituições públicas no contraturno escolar Implantado no ano passado, com o apoio da Eletrosul, o projeto Capoeira: A Roda que Transforma Vidas tem ajudado 160 crianças e adolescentes, com idade entre 6 e 17 anos, de escolas públicas de Ortigueira (PR) – um dos municípios onde está instalada a Usina Hidrelétrica Mauá – a melhorar o desempenho escolar e a desenvolver outras habilidades. O projeto é coordenado pela Casa da Criança e do Adolescente Padre
Lívio Donati, onde as aulas são realizadas. Segundo a assistente social da instituição, Fabiane Alves Santana, a capoeira era novidade para a maioria dos estudantes e, rapidamente, conquistou a simpatia da criançada. “Os menorzinhos se entregaram de imediato, o que tem ajudado muito na coordenação motora nessa fase de desenvolvimento. Já os adolescentes estranharam um pouco em um primeiro momento, quando tratamos da origem e história da capoeira, mas se identificaram muito com a musicalidade e aí aderiram facilmente”, relatou.
As aulas acontecem no contraturno escolar, quatro vezes por semana, sendo que cada turma participa das atividades em dois dias. Além do instrutor, outros seis educadores também participam do projeto, inclusive, praticando a arte da capoeira e auxiliando no treinamento dos estudantes. O instrutor de capoeira Marcos Antônio do Nascimento, o mestre Kako, como é conhecido, diz estar muito satisfeito com o avanço dos seus alunos. “Percebemos uma grande melhoria na coordenação motora, ritmo e equilíbrio. A capoeira também auxilia muito no desenvolvimento cognitivo.” Para a assistente social Fabiane Santana, a prática também propiciou melhora na frequência das aulas, no comportamento, atenção e disciplina desses alunos. “A capoeira é importante para desenvolver o corpo e a mente. Aprender a respeitar nossas diferenças e saber das nossas raízes”, avaliou Vitor Alencar Ribeiro, 12 anos, aluno de uma das escolas integrantes do projeto. O apoio da Eletrosul foi o pontapé inicial para a compra de equipamentos e contratação do instrutor no primeiro ano do projeto. “Agora, vamos continuar com as próprias pernas, inclusive, mantendo o instrutor. No futsal, também foi assim. Tivemos o apoio da Eletrosul nos dois primeiros anos, 2010 e 2011, e agora o ensino dessa modalidade esportiva continua com os nossos professores”, revelou Fabiane.
meio ambiente 11
Eletrosul agora - Fevereiro de 2013
Prédio Sustentável
Modelo em eficiência energética Espaço da Gestão Ambiental
Prédio da Eletrosul em Campos Novos atendeu a todos os conceitos de conservação de energia e preservação de recursos naturais
A Eletrosul construiu, em Campos Novos (SC), seu primeiro prédio comercial sustentável, que obteve a etiqueta Nível A em Eficiência Energética ao atender os critérios do Programa Brasileiro de Etiquetagem, coordenado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). A empresa já havia recebido a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) Nível A, na fase de projeto. Após inspeção pela Fundação Certi – organismo acreditado pelo Inmetro –, recebeu o novo selo, agora, com o prédio construído. O projeto do prédio que sediará o Setor de Manutenção de Campos Novos tem 560 metros quadrados de área construída, divididos em dois pavimentos. A construção, concluída em novembro de 2012, atendeu a todos os conceitos de efi-
ciência energética, conservação de energia e preservação de recursos naturais. Na construção, foi priorizado o uso de materiais que garantem melhor isolamento térmico e acústico e aproveitamento da luz natural, por exemplo. O prédio dispõe ainda de uma torre multifuncional, que reúne reservatório de água potável, sistema de coleta e reservatório de água da chuva (10 mil litros) e coletor para aquecimento solar. Para o tratamento de efluentes, foi utilizado um sistema de raízes auxiliado por uma fossa séptica de alta eficiência e um filtro anaeróbico. O objetivo da Eletrosul é tornar todas suas futuras construções referência na aplicação dos conceitos de eficiência energética, conservação de energia e de sustentabilidade.
Créditos de Carbono A Energia Sustentável do Brasil concessionária formada pela Eletrosul (20%), Chesf (20%) e GDF Suez(60%) - tem autorização da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima para submeter o projeto da Usina Hidrelétrica Jirau à apreciação da Organização das Nações Unidas (ONU) para registro como Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e comercializar os créditos de carbono que venham a ser gerados pela hidrelétrica. A energia gerada por Jirau, que tem 3.750 MW de capacidade instalada, evitaria a emissão de 6 milhões de toneladas de CO2 ao ano. A Eólicas Cerro Chato, empresa na qual a Eletrosul detém 100% do controle acionário, também está buscando a autorização do governo e posterior aval da ONU para comercializar créditos de carbono do Complexo Eólico Cerro Chato (90 MW).
12 ESPECIAL Projeto Básico Ambiental
Indígenas aprimoram cultivo agrícola
Projeto modelo
Comunidades vizinhas à Hidrelétrica Mauá receberam assistência técnica e insumos para ampliar produção, que deve chegar a 80 toneladas
O Projeto Básico Ambiental da Usina Mauá é considerado por especialistas na questão indígena como um exemplo a ser seguido nos empreendimentos em energia elétrica. Ele foi construído com base em estudos feitos por especialistas e muita discussão, tanto com os indígenas quanto com órgãos como a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Ministério Público Federal. O antropólogo Paulo Góes, que coordenou o trabalho, conta que o diálogo com os indígenas começou, efetivamente, com a realização de oficinas – 34 ao todo –, nas quais foram explica-
O Programa de Apoio às Atividades Agrope-
nha e Pinhalzinho. O engenheiro agrônomo
dos o projeto da usina e o processo de
cuárias – ação integrante do Projeto Básico
Gilberto Shingo, que coordena o trabalho,
licenciamento. A equipe contou com
Ambiental (PBA) da Usina Hidrelétrica Mauá
conta que a definição das culturas foi feita
o auxílio de professores bilíngues. As
para a questão indígena – já está mostran-
pelos próprios indígenas, em oficinas reali-
oito terras indígenas são das etnias
do seus primeiros resultados. Em fevereiro,
zadas em todas as comunidades.
Guarani, Kaingang e Xetás.
será iniciada a colheita das safras de feijão,
O consórcio forneceu as sementes e con-
Uma das próximas ações do consór-
milho e arroz nas oito comunidades vizinhas
tratou equipamentos e mão-de-obra, que
cio dentro do PBA Indígena será a en-
ao empreendimento, no Norte do Paraná.
incluiu pessoas das próprias terras indíge-
trega de tratores, vans, automóveis,
A expectativa é de que a produção alcance
nas. “Foram utilizados métodos orgânicos
motos e ambulância para as comu-
aproximadamente 80 toneladas, que serão
de produção agrícola com o objetivo de
nidades – veículos que serão usados
destinadas à alimentação das famílias e à
melhorar as condições de saúde e nutrição
no desenvolvimento dos programas.
formação de um banco de sementes, além da
das famílias”, acrescentou o agrônomo.
Os indígenas que serão condutores
comercialização do excedente.
Cada terra indígena formou um comitê
desses veículos já passaram por cur-
Desde o preparo do solo para o plantio, ini-
gestor para acompanhar o trabalho e apli-
sos de habilitação. Além disso, serão
ciado em outubro de 2012, o trabalho foi co-
car, nas próximas safras, as orientações
construídos barracões, escritórios e
ordenado por uma equipe de antropólogos
técnicas recebidas.
salões de festas.
e engenheiros agrônomos contratada pelo
O PBA inclui outros programas como o de
Os programas do PBA terão conti-
Consórcio Energético Cruzeiro do Sul, for-
articulação de lideranças indígenas, vigi-
nuidade pelos próximos cinco anos
mado pela Eletrosul e Copel para a implan-
lância e gestão territorial, recuperação de
e contarão com o apoio permanen-
tação da usina. São cerca de 340 hectares
áreas degradadas e proteção de nascentes,
te de antropólogos e engenheiros
plantados nas oito terras indígenas: Moco-
melhoria da infraestrutura, fomento à cul-
agrônomos. O PBA Indígena da UHE
ca, Queimadas, Apucaraninha, São Jerôni-
tura e às atividades de lazer, monitoramen-
Mauá pode ser consultado no site
mo, Barão de Antonina, Posto Velho, Laranji-
to da fauna e da qualidade da água.
www.usinamaua.com.br.