Jornal Eletrosul Nº 116 - Março 2013

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MARÇO 2013 | Ano XVIII | Nº116

Um jornal para novos tempos

Os grandes em energia eólica Brasil figura entre países que mais investiram

Pág. 6 e 7 Biogás

Megawatt Solar

Atleta do Futuro

Lazer

Aneel aprova pesquisa

Obras em andamento na Sede

Empresa renova parceria

Parques são revitalizados

Pág. 8

Pág. 9

Pág. 10

Pág. 11


2 editorial

Brasil entre os maiores em geração eólica A decisão do governo federal de incentivar a expansão da energia eólica, como estratégia de reforçar a participação das fontes complementares na matriz brasileira, colocou o País na oitava posição do ranking mundial de investimentos realizados em 2012. Foram incorporados mais de mil megawatts de capacidade instalada ao parque

gerador nacional: um aumento superior a 75% na comparação com 2011. A Eletrosul tem sido uma importante coadjuvante desse crescimento com investimentos que somam mais de R$ 2,2 bilhões. Por essa razão, o balanço do Conselho Global de Energia Eólica é o tema principal desta edição. Boa leitura.

EXPEDIENTE

Diretoria Executiva Diretor-Presidente Eurides Luiz Mescolotto Diretor de Engenharia e Operação Ronaldo dos Santos Custódio Diretor Financeiro e Administrativo Antonio Waldir Vituri Conselho Editorial Cleiton Luis Rezende Cabral Laércio Faria Luiz Ricardo Machado Renato Bunn Rubem Abrahão Gonçalves Filho Gerente ACS Sadi Rogério Faustino sadirf@eletrosul.gov.br Coordenação Jonatas Andrade jonatas.silva@eletrosul.gov.br Edição Andréa Lombardo andrea.lombardo@eletrosul.gov.br Jonatas Andrade jonatas.silva@eletrosul.gov.br Textos Anahi Gurgel Andréa Lombardo Cleusa Frese Gilberto Del Pozzo Taynara Macedo Vivianne Nunes Edição de Fotografia Hermínio Nunes Fotos

Em 2005, a Eletrosul instalou a primeira torre de medição de ventos em Sant’Ana do Livramento (RS). Hoje no município está em operação o primeiro complexo eólico da empresa - Cerro Chato - com 45 aerogeradores, potência instalada de 90 MW e capacidade de atender aproximadamente 500 mil habitantes. A primeira torre de medição de ventos instalada no Rio Grande do Sul foi no distrito de Tainhas, em São Francisco de Paula, em janeiro de 2001.

Anísio Borges Arquivo DDOM/DGI Cleusa Frese Daniel Amorim Edio Reimar Kuntz Felipe Barreiros Francieli Ribas Gomes Júnior Borba Hermínio Nunes Nélio Pinto Vivianne Nunes Projeto Gráfico Agenciamob Conteúdo e Projeto Editorial Giusti Comunicação Integrada Tiragem 6 mil exemplares Periódico editado pela ACS – Assessoria de Comunicação Social e Marketing

Era o início dos trabalhos que deram origem ao Atlas Eólico do Estado, coordenado pelo atual diretor de Engenharia e Operação da Eletrosul, Ronaldo Custódio, na ocasião engenheiro cedido para a Secretaria de Energia, Minas e Comunicações do RS (à direita na foto). No centro da foto, o então assessor da secretaria, Anderson Dornelles, que hoje é assessor especial da Presidência da República, e o estagiário de Engenharia Elétrica Rodrigo Morales.

Rua Dep. Antônio Edu Vieira, 999, Pantanal Florianópolis/SC CEP 88040901 Fone (48) 3231.7269 / 3231.7075 www.eletrosul.gov.br


responsabilidade social 3

Eletrosul agora - Março de 2013

Nova abordagem

Empresa busca parceiros Programa Integrado de Desenvolvimento Sustentável será alternativa para dar continuidade às ações socioambientais

Desde o anúncio da Medida Provisória nº 579, em setembro de 2012, a Eletrosul vem revendo suas estratégias empresariais para se adequar às novas regras do setor elétrico, que criam um cenário favorável para o Brasil acelerar seu ritmo de crescimento econômico. Nesse contexto, o Programa Integrado de Desenvolvimento Sustentável Eletrosul, consolidado em 2011, firma-se como ferramenta para a empresa dar continuidade às ações socioambientais e otimizar o gerenciamento de seus resultados. “Diante dos novos desafios, o programa vai potencializar as ações da Eletrosul já realizadas junto às comunidades onde a empresa está

presente, uma vez que os editais de patrocínio social e institucional de 2013 foram temporariamente suspensos”, esclareceu a gerente da Assessoria de Responsabilidade Social (ARS), Denise Cristina Basílio. Para fomentar as práticas de cunho social, cultural e ambiental, a ideia é buscar parcerias externas e a integração entre todas as áreas da empresa. Essa aproximação, segundo Denise, pode inclusive melhorar a percepção e entendimento das demandas dos municípios onde a Eletrosul atua ou tem prospecção de negócios. Desde o início do ano, técnicos da ARS estão percorrendo essas regiões para fazer um mapeamento das iniciativas desenvolvidas pela empresa,

com o intuito de avaliar a necessidade de possíveis desdobramentos, como o resgate ou criação de novas ações em determinadas comunidades. “Vamos contar com a sensibilização de outros setores para o fornecimento de dados dos programas e projetos dos quais são responsáveis para então mensurar os impactos de cada um deles”, detalha. A análise será feita com base nos indicadores de desempenho e de gestão que quantificam dados referentes a investimentos, público-alvo, número de pessoas beneficiadas, qualificação profissional, inserção no mercado de trabalho, geração de renda e grau de satisfação.

Programa “guarda-chuva” Cidadão do Futuro, da Fundação Pe. Luiz Facchini, também fará parte de mapeamento social

Alinhado à política de investimento social da Eletrosul, o PIDSE é uma síntese de um processo estruturado por três eixos de atuação: socioambiental, negócio e gerenciamento de impactos e cumprimento legal com benefícios para

a sociedade. Com enfoque na inclusão produtiva e transformação social, serão englobados cerca de 40 programas, como “Patrocínios Sociais”, “Programas Estruturantes Governamentais”, “Programas e Projetos Socioambientais Próprios”,

“Direitos da Criança e do Adolescente”, “Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento”, “Programas e Projetos Socioambientais para Cumprimento Legal” e “Fóruns Relacionados aos Direitos Humanos e Políticas Públicas”.


4 canteiro de obras

Eletrosul agora - Março 2013

março de 2013 UHE SÃO DOMINGOS

Vista geral da usina, que teve a autorização da Aneel para dar início à operação em teste da unidade geradora 1.

48 MW

MS N

LINHÃO DO MADEIRA

Capacidade de atendimento: 570.000 habitantes

PCH JOÃO BORGES

600 kV

N

Fundação para instalação de uma torre estaiada de 49,5 m no município de Nhandeara (SP).

Maior LT de 600 kV do mundo, com 2.412 Km de extensão

19 Já foi concluída a cobertura metálica da casa de força, montada a ponte rolante, concretado o piso da sala elétrica e da base para colocação do gerador da unidade dois.

MW

SC N

Capacidade de atendimento: 156.000 habitantes


canteiro de obras 5

Eletrosul agora - Março 2013

canteiro de obras UHE JIRAU

UHE TELES PIRES

3.750

1.820

MW

Pelas características da bacia do Madeira, o projeto da usina prevê um vertedouro por onde serão escoados os troncos que descem pelo rio.

RO

Capacidade de atendimento: 34.100.000 habitantes

N

MW

Vista das estruturas do circuito de geração - casa de força, condutos forçados e tomada d’água.

PA MT

Capacidade de atendimento: 6.500.000 habitantes

N

AMPLIAÇÃO DO COMPLEXO EÓLICO CERRO CHATO

78 MW

RS

Equipes realizam colocação de postes para rede de média tensão (RMT).

N

Capacidade de atendimento: 447.000 habitantes


6 especial Mais espaço na matriz

Eólica no Brasil cresce 75%

País é disparado o maior mercado eólico da América Latina e Caribe e deve figurar, em breve, entre os maiores do mundo O Brasil está entre os dez países que mais expandiram a ca-

cimento de cada país. “Acreditamos que o desenvolvimento da

pacidade instalada de energia eólica em 2012, segundo levan-

fonte eólica no Brasil irá colaborar para que os países vizinhos

tamento do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla

também tenham um crescimento, até porque os fabricantes es-

em inglês). Os empreendimentos, que entraram em operação no

tão aqui e poderão fornecer os equipamentos com maior com-

ano passado, agregaram mais 1.077 megawatts (MW) ao par-

petitividade”, avalia.

que gerador brasileiro - um crescimento de 75,26% em relação

As estatais, segundo Elbia, têm tido uma participação im-

a 2011. Com uma potência instalada total de 2,5 gigawatts (GW), o Brasil é disparado o maior mercado eólico da América

portante na expansão do mercado eólico brasileiro. Os

O desenvolvimento da fonte eólica no Brasil irá colaborar para que os países vizinhos também tenham um crescimento

Latina e Caribe, respon-

investimentos dessas empresas representam 14,8% de toda a energia eólica em

Elbia Melo

dendo por 71,55% da capaci-

operação e construção até 2017, com cerca de 1,3 GW.

dade de geração que é de pouco mais de 3,5 GW. O segundo país

“Trata-se de um valor expressivo para o desenvolvimento da

latino-americano que mais investiu na energia dos ventos foi a

fonte eólica e sustentabilidade da indústria”, afirmou, lembran-

Argentina, com 167 MW até 2012, o que corresponde a apenas

do que os empreendimentos irão gerar perto de 19 mil postos

6,6% da capacidade brasileira.

de trabalho.

Para a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica

As Empresas Eletrobras, junto de parceiros, estão investindo

(ABEEólica), Elbia Melo, o ritmo mais lento de expansão da eóli-

R$ 5,1 bilhões na implantação de novos parques eólicos, que

ca nos demais países da América Latina está associado ao cres-

somam 1.338 MW de capacidade.

NOVA CAPACIDADE INSTALADA EM 2012


especial 7

Eletrosul agora - Março de 2013

País ficará entre os 10 maiores

China e EUA geram 135,5 GW

Considerando os empreendimentos que devem entrar em

China e Estados Unidos foram os países que lideraram o au-

operação este ano e que somam 7,5 GW de potência, no pró-

mento da capacidade instalada mundial, em 2012, com a im-

ximo levantamento do GWEC, o Brasil já deverá figurar entre

plantação de 13,2 GW e 13,1 GW, respectivamente. As duas na-

os dez países com as maiores capacidades de geração eólica no

ções respondem, também, pela maior capacidade de geração

mundo.

acumulada. Os parques eólicos chineses somam 75,5 GW e os

“O Brasil se tornou um grande foco de investimento no se-

norte-americanos 60 GW.

tor eólico. A crise na Europa e o desenvolvimento do Brasil são

“A necessidade de investimento em fontes renováveis e lim-

fatores importantes nesse contexto, além do grande potencial

pas faz com que países com base em termelétricas tenham a

eólico e das condições favoráveis dos ventos na região Nor-

fonte eólica como foco. Porém, a necessidade de independên-

deste e Sul”, ponderou a presidente da ABEEólica, Elbia Melo.

cia energética também colabora muito para que os países com

Segundo ela, hoje, o Brasil ocupa a 15ª posição mundial em

grande demanda busquem outras fontes de geração de ener-

capacidade instalada e, até o fim de 2013, deverá chegar à 10ª

gia”, observou Elbia Melo.

posição em função dos leilões já realizados.

A Alemanha, terceiro país no ranking global de geração eóli-

“Como a participação na matriz hoje é de 2%, a fonte eólica

ca, tem 31,3 GW de capacidade instalada. Apesar da distância

ainda tem muito espaço para crescer. A expectativa da ABE-

em relação à potência dos EUA, pode-se afirmar que o país tem

Eólica é que sejam contratados pelo menos 2 GW por ano da

se esforçado para limpar sua matriz, apostando, também, na

fonte eólica nos próximos leilões”, projetou a executiva.

energia fotovoltaica. Somente em 2012, foram instalados 7,6

Levantamento da Bloomberg Energy Finance, repercutido

GW em novas plantas.

pela imprensa especializada, aponta que o setor de energia eó-

Depois do acidente com a usina nuclear Daiichi, em Fukushi-

lica brasileiro recebeu, nos últimos 12 anos, investimentos de

ma, no Japão, em 11 de março de 2011, muitos países passa-

US$ 14 bilhões, dos quais US$ 5 bilhões, ou 35%, teriam sido

ram a repensar suas fontes de energia, o que também influen-

financiados pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econô-

ciou o aumento dos investimentos em eólica. “O acidente de

mico e Social (BNDES). Esses financiamentos colocam o Brasil

Fukushima colaborou, mas o mundo tem trabalhado para pro-

como único país da América Latina com recursos próprios su-

porcionar uma matriz energética mais limpa e renovável. Nes-

ficientes para impulsionar políticas de incentivo às energias

te contexto, a fonte eólica se encaixa como uma boa alterna-

renováveis.

tiva para a geração de energia elétrica”, pontuou a executiva.

CAPACIDADE ACUMULADA ATÉ DEZEMBRO DE 2012


8 geral Energia de biomassa

Aneel aprova projeto de P&D Estudos terão parceria de seis importantes instituições do meio acadêmico e científico A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a pesquisa proposta pela Eletrosul em atendimento à chamada ao Projeto Estratégico “Arranjos Técnicos e Comerciais para Inserção da Geração de Energia Elétrica a partir de Biogás oriundo de Resíduos e Efluentes Líquidos na Matriz Energética Brasileira”. A contribuição da empresa para o avanço do aproveitamento energético de biomassa no País se dará com a implantação de uma usina de biogás em Itapiranga, no Oeste de Santa Catarina, onde já foi desenvolvido um amplo trabalho de conscientização para a destinação e tratamento adequados dos resíduos da suinocultura, por meio do Projeto Alto Uruguai. Estão previstos investimentos de R$ 9,8 milhões, durante os próximos três anos. A pesquisa envolverá cerca de 60 pesquisadores e técnicos de seis instituições parceiras no projeto. São elas, a Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade Federal de Santa Maria, Fundação Certi,

Instituto de Tecnologia Aplicada Itaipu, Fundação de Pesquisa Tecnológica Itaipu e Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa). O projeto irá envolver 12 propriedades de suinocultores. Em dez delas já existem

O projeto transforma um sério problema ambiental em dois produtos importantes: energia elétrica e biofertilizante Jorge Alves

biodigestores, que foram instalados durante o Projeto Alto Uruguai, realizado pela Eletrosul e Eletrobras. O tratamento dos dejetos suínos gera biogás. Os resíduos sólidos resultantes desse processo podem ser usados como adubo orgânico. Nas outras duas propriedades, a im-

plantação dos sistemas de biodigestão também será objeto de estudos, buscando mais eficiência no processamento dos resíduos para a obtenção de um biogás de qualidade sob o aspecto energético. “O projeto transforma um sério problema ambiental para aquela região em dois produtos importantes: energia elétrica e biofertilizante”, pontuou o gerente do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética da Eletrosul, Jorge Luis Alves. Outra vertente da pesquisa identificará a melhor alternativa técnica de canalização do biogás até a central geradora, que terá potência instalada de até 400 kilowatts (kW). A energia produzida será ligada à rede básica. “Buscamos novas soluções, tanto para o processo de biodigestão como para o transporte de gás de baixa pressão, e apresentar alternativas economicamente viáveis e adequadas à realidade de pequenos agricultores”, salientou Alves.

Gás produzido nos sistemas de biodigestão irá alimentar a central geradora


geral 9

Eletrosul agora - Março de 2013

Megawatt Solar

Sede vira canteiro de obras Trabalhos começaram pela adequação dos estacionamentos, onde serão instaladas as estruturas que sustentarão os painéis solares Desde o início do ano, máquinas e operários integram o ambiente da sede da Eletrosul, em Florianópolis (SC), para a implantação do Projeto Megawatt Solar. Cerca de 200 pessoas estarão envolvidas na construção da primeira usina fotovoltaica integrada a um prédio público no País. Até a chegada dos módulos fotovoltaicos no Brasil, prevista para o mês de maio, os trabalhos estarão concentrados na adequação da cobertura do edifício e nos estacionamentos, onde estruturas metálicas serão montadas para sustentar os painéis. Em uma área de 10 mil metros quadrados, serão instalados pouco mais de 4,2 mil módulos fotovoltaicos de silício monocristalino, com peso médio de nove toneladas, totalizando uma potência de 1.015,28 kW. O engenheiro da Divisão de Planejamento da Geração da Eletrosul, Luís Felipe Pozzatti, ressalta que foram adotados rigorosos critérios para a escolha dos módulos e dos inversores. “Como nosso projeto tem limitação na inclinação no telhado e está próximo do mar, selecionamos equipamentos adequados a essas condições, que garantam uma produção de energia minimamente impactada pelas variações de temperatura e desgastes temporais.”

A montagem dos módulos seguirá a arquitetura, disposição do edifício e arruamentos da Eletrosul, para que haja um melhor aproveitamento da radiação solar. Concluída a etapa de instalação dos módulos, inversores, transformadores e dos painéis de medição e proteção, será dada sequência ao serviço para conectar a usina à rede de distribuição convencional. Integra o Megawatt Solar, uma miniusina que servirá de base para pesquisar a geração fotovoltaica em diferentes condições. “Cada um de seus quatro geradores fotovoltaicos (8 kWp no total) será instalado em uma estrutura metálica própria, com possibilidade de ajuste dos ângulos de orientação e de inclinação. O projeto experimental será totalmente independente do Megawatt Solar e estará conectado à rede elétrica interna da Eletrosul”, detalha o coordenador do projeto, Rafael Takasaki.

Leilão e Selo Solar A energia gerada pelo Megawatt Solar será comercializada no mercado livre, por meio de leilões. Essa comercialização poderá ser associada a um Selo Solar, criado pelo Instituto Ideal, que serve como espécie de atestado do comprometimento da empresa com o desenvolvimento sustentável. O gerente da Assessoria de Comercialização de Energia da Eletrosul, Alceu Vieira

Neto, ressalta que a ideia do selo surgiu da necessidade de se criar uma estratégia para incentivar a compra da energia solar, que é mais cara em relação a fontes convencionais. “Queremos não somente comercializar um produto, mas principalmente difundir um novo conceito no Brasil, que atenda à crescente demanda da sociedade por energia renovável. A Eletrosul também será consumidora da energia

gerada pelo Megawatt Solar”, destacou. A usina solar custará cerca de R$ 9 milhões e conta com financiamento do banco de fomento alemão KfW, além da parceria com o Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal), da Universidade Federal de Santa Catarina e da Agência de Cooperação Internacional do Governo Alemão (GIZ).


10 ESPORTES Futuros atletas

Parceria para inclusão Programa do Sesi conta com apoio da Eletrosul para estimular a prática esportiva entre crianças e adolescentes

A Eletrosul renovou a parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi) de Santa Catarina para o Programa Atleta do Futuro, que incentiva crianças e adolescentes com idade entre 6 e 17 anos à prática esportiva em várias modalidades. As atividades, que são realizadas no contraturno escolar, foram iniciadas em fevereiro e irão envolver 360 alunos de Xanxerê e da Grande Florianópolis ao longo do ano letivo. As

associações de empregados da Eletrosul em Xanxerê e na capital emprestam suas instalações para os treinos. “Reconhecemos no programa uma oportunidade para facilitar o acesso de crianças e adolescentes à iniciação esportiva, estimulando o gosto pela atividade física, a adoção de estilo de vida saudável e o surgimento de novos talentos. Além disso, o programa contribui com a formação do caráter e desperta a cultura cidadã com disciplina e responsabilidade”, destacou a gerente da Assessoria de Responsabilidade Social da Eletrosul, Denise Basílio. Para participar do programa, as crianças e adolescentes devem frequentar a escola na educação básica, ser dependentes de trabalhadores da indústria ou integrar fa-

mílias que vivem próximas às instalações da Eletrosul. O programa, além de seu viés de inclusão social, trabalha desde o desenvolvimento motor, principalmente entre crianças de 6 a 8 anos, até a iniciação e especialização esportiva entre os adolescentes. Para Altamir Rossatto, pai de Allan, 9 anos, que participa do programa na modalidade de futebol em Xanxerê, o Atleta do Futuro auxilia as famílias na educação dos filhos. “Estamos satisfeitos com o desempenho do nosso filho, pois percebemos o quanto ele se dedica, não esquece o horário, preocupase em não atrasar e a não faltar nos treinos. Está muito motivado e aproveita as oportunidades do programa, entre elas, a de jogar em outras cidades e de crescer por meio do esporte.”


meio ambiente 11

Eletrosul agora - Março de 2013

Compensação ambiental

Parques de MS são revitalizados Importantes espaços de conservação, cultura, prática esportiva e lazer da capital Campo Grande são beneficiados com reformas

Espaço da Gestão Ambiental

Sustentabilidade empresarial A Eletrobras é uma das três empresas do setor elétrico brasileiro incluídas pela Dow Jones no índice de sustentabilidade criado especialmente para países emergentes: o Dow Jones Sustainability Emerging Markets Index. Foi avaliado o desempenho das 800 maiores empresas de 20 países emergentes, como Brasil, China, Rússia, África do Sul, Índia e Malásia. Apenas 69 atenderam os requisitos estabelecidos no novo índice, das quais 15 são brasileiras. Esse índice vem se juntar aos demais indicadores regionais de sustentabilidade que existem para Europa, América do Norte e Ásia, além do índice global Dow Jones Sustainability World Index, o mais importante do mundo. Ao lado da Eletrobras, mais duas companhias de energia elétrica brasileiras estão na lista – a Cemig e a CPFL. A exemplo de outros índices, o DJSI Mercados Emergentes oferece aos investidores uma ferramenta para medir o desempenho de empresas reconhecidas como líderes em comparação com seus pares em termos de

A Eletrosul repassou mais de R$ 1 milhão ao governo de Mato Grosso do Sul para revitalização de dois importantes pontos turísticos de Campo Grande: o Parque Estadual do Prosa – um refúgio de várias espécies animais nativas – e o Parque das Nações Indígenas – um dos principais espaços de lazer da capital. A iniciativa faz parte das compensações ambientais pela construção da Usina Hidrelétrica São Domingos, na região leste do Estado. No Parque Estadual do Prosa foram reformados os espaços destinados às onças e às aves, construído um recinto para antas e restaurados os decks e pontes que levam até a nascente do córrego que deu nome ao parque. Nos 135 hectares de área

está instalado o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, para onde foram levadas as espécies resgatadas durante o enchimento do reservatório da usina. O parque dispõe, também, de espaço para eventos, que vem sendo usado para aulas de educação ambiental aos alunos do município. No Parque das Nações Indígenas, a rede de iluminação foi totalmente refeita, incluindo a área ao redor do lago. Os 119 hectares são uma extensão do Parque Estadual do Prosa. Além dos espaços para prática esportiva, há local para apresentações culturais e três museus: do Índio, de Arte Contemporânea e de História Natural. É considerado um dos maiores parques do mundo em área urbana.

sustentabilidade empresarial. Essa conquista, aliada à inclusão da holding, pelo sexto ano consecutivo, no Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa (ISE-Bovespa), é o resultado do desenvolvimento de diversas ações implementadas pela Eletrobras e suas controladas no sentido de conduzir a gestão e os processos de maneira embasada nos quesitos da sustentabilidade empresarial.


12 ESPECIAL Março: mês da mulher

Um novo universo feminino Cresce participação das mulheres em ambientes de trabalho tradicionalmente masculinos

Comitê de Gênero fortalece participação feminina na empresa

Nos últimos dez anos, a participação fe-

Shirlei Cardoso, lembra que diante desse

Gagliotti, 35 anos de empresa, atribui esse

minina no corpo funcional da Eletrosul au-

novo cenário, a Eletrosul optou por aderir,

avanço feminino a uma poderosa união.

mentou 38%: um crescimento significativo

em 2006, ao Programa Pró-Equidade de Gê-

“As mulheres, cada vez mais preparadas e

se comparado ao aumento no número de

nero e Raça do governo federal, que tem o

competitivas, encontram na Eletrosul um

homens, que foi de 16%. Em 2003, de um

objetivo de valorizar a diversidade social, o

ambiente livre de barreiras, empenhado

total de 1.297 empregados da Sede e regio-

respeito às diferenças e maior igualdade de

em identificar potencialidades e atender

nais, 194 (15%) eram mulheres. Hoje, entre

oportunidades entre homens e mulheres.

demandas específicas de adaptação aos

os 1.546 profissionais, 268 (17%) são traba-

“As práticas de combate aos preconceitos e

mais diversos postos de trabalho”, avalia.

lhadoras que desempenham atividades nas

à resistência ao desrespeito têm contribuí-

áreas administrativas e técnicas. Proporcio-

do para um processo de transformação or-

nalmente, a presença das mulheres ainda é

ganizacional, apoiado pelos investimentos

pequena. No entanto, considerando o per-

da empresa em capacitação, estrutura físi-

fil da empresa, fica evidente que a mulher

ca e aquisição de vestimentas apropriadas

tem conquistado mais espaço no mercado

para as mulheres que atuam em campo”,

de trabalho.

constata.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia

A técnica de manutenção de proteção,

e Estatística (IBGE) comprovam que esse

controle e apoio à operação, Isadora Giriard

avanço na empresa reflete uma tendência

Machado, de 34 anos, é a única mulher lota-

nacional. O Censo 2010 indica que, em dez

da na unidade de Joinville (SC), onde traba-

anos, o percentual de mulheres no mercado

lham aproximadamente 30 pessoas. Há 15

de trabalho – entre o universo feminino em

anos na empresa, ela vem acompanhando

idade economicamente ativa – saltou de

de perto as adaptações feitas para receber

35,4% para 43,9%, enquanto que o dos ho-

o novo e crescente público feminino. “Na-

mens foi de 61,1% para 63,3%.

quela época, não existia banheiro exclusi-

Uma das explicações é a participação cada

vo para mulheres em algumas instalações

vez maior do não mais “sexo frágil” em car-

onde, até então, apenas homens haviam

gos e funções tradicionalmente masculi-

atuado. Não enfrentei dificuldades de acei-

nas. Na Eletrosul, além de escritórios, elas

tação e tenho percebido mudanças, desde

atuam em linhas de transmissão, torres de

o fornecimento de roupas de trabalho até

telecomunicações, aerogeradores, usinas,

a valorização de nossas habilidades profis-

oficinas, subestações e canteiros de obras.

sionais”.

A coordenadora do Comitê de Gênero,

A assistente administrativa Nádia Clasen

Pesquisa de percepção Mais da metade dos empregados da Eletrosul reconhece o impacto positivo da implantação do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. Uma pesquisa realizada com 800 pessoas, no período de 11 a 31 de dezembro de 2012, aponta que 70,81% dos entrevistados percebem a relevância dada pela empresa às questões de gênero e raça. Em relação à percepção das oportunidades de ascensão para as mulheres na empresa, o índice atinge 60,53%. Hoje, de 90 cargos de gerência na Eletrosul, 12 são ocupados por empregadas.


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