Jornal Eletrosul Nº 112 - Outubro 2012

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Outubro 2012 | Ano XVIII | Nº112

Um jornal para novos tempos

Investimentos eólicos no extremo sul Começam obras do Complexo Geribatu Pág. 6 e 7

Conscientização

Anúncio

Casa Aberta completa 22 anos

Governo quer Recuperação modicidade florestal é tarifária bem sucedida

Projeto revela novos talentos

Pág. 3

Pág. 9

Pág. 10

Usina Passo São João

Pág. 11

Ciclismo


2 editorial

Energia limpa e desenvolvimento O início da implantação pela Eletrosul de um dos maiores complexos eólicos da América Latina, no extremo Sul do País, reafirma a importante participação da empresa na expansão dessa fonte alternativa e complementar na matriz energética brasilei-

ra. O Complexo Geribatu – tema da matéria principal desta edição, além do simbolismo para a Eletrosul por ser o maior empreendimento eólico de sua carteira, com 258 megawatts, representa um marco para o crescimento econômico da região.

EXPEDIENTE

Diretoria Executiva Diretor-Presidente Eurides Luiz Mescolotto Diretor de Engenharia e Operação Ronaldo dos Santos Custódio outubro 2012 | ano XViii | nº112

Um jornal para novos tempos

Diretor Financeiro e Administrativo Antonio Waldir Vituri

Investimentos eólicos no extremo sul

Conselho Editorial

Começam obras do Complexo Geribatu Pág. 6 e 7

ConsCientiZação

anÚnCio

Casa aberta completa 22 anos

governo quer Recuperação modicidade florestal é tarifária bem sucedida

Pág. 3

Pág. 9

usina Passo são João

Pág. 11

CiClisMo

Projeto revela novos talentos

Cleiton Luis Rezende Cabral Laércio Faria Luiz Ricardo Machado Renato Bunn Rubem Abrahão Gonçalves Filho

Pág. 10

Gerente ACS Sadi Rogério Faustino sadirf@eletrosul.gov.br Coordenação Jonatas Andrade jonatas.silva@eletrosul.gov.br Edição Andréa Lombardo andrea.lombardo@eletrosul.gov.br Jonatas Andrade jonatas.silva@eletrosul.gov.br Textos Ana Cristiny Tigrinho Anahi Gurgel Cleusa Frese Fábio Ritter Tatiana Lima Umberto Petry Caletti Vivianne Nunes

Campos Novos Operários trabalham na construção da Subestação Campos Novos, no meio oeste de Santa Catarina. No dia 13 de setembro, a subestação completou 30 anos de operação e, desde então, passou por diversas ampliações. Considerada estratégica, a unidade escoa a energia das usinas Barra Grande, Campos Novos, Itá Machadinho e da PCH Ouro para grandes centros de consumo do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

Edição de Fotografia Hermínio Nunes Fotos Alexandre Mayerle André Gobara Anísio Borges Arquivo DDOM/DGI Camila Domingues/Palácio Piratini Claudio Ferreira Cleusa Frese Dalmo de Oliveira Divulgação Secretaria de Governo RS Fábio Ritter Hermínio Nunes Nélio Pinto Tatiana Lima Umberto Caletti Vivianne Nunes Projeto Gráfico Agenciamob

Itá O então presidente da Eletrosul, Paulo Afonso de Freitas Melro, e o governador de Santa Catarina na época, Pedro Ivo Campos, participam da inauguração da Subestação Itá, em setembro de 1988. A subestação, construída para reforçar a integração do sistema Sudeste com o Sul e escoar a energia da Usina de Itá, entrou em operação comercial em 20 de setembro de 1987, quando foram energizados os circuitos Salto Santiago e Gravataí.

Conteúdo e Projeto Editorial Giusti Comunicação Integrada Tiragem 6 mil exemplares Periódico editado pela ACS – Assessoria de Comunicação Social e Marketing Rua Dep. Antônio Edu Vieira, 999, Pantanal Florianópolis/SC CEP 88040901 Fone (48) 3231.7269 / 3231.7075 www.eletrosul.gov.br


Eletrosul agora - Outubro de 2012

responsabilidade social 3

Conscientização e cidadania

22 anos de Casa Aberta Voluntariado Corporativo

Mais de 250 mil crianças já passaram pelo programa, levando para casa noções de conservação ambiental e de energia Uso racional dos recursos naturais e elétrica com economia e segurança, a preeconomia de energia são os preceitos servar o meio ambiente, além de receber básicos que a Eletrosul tem buscado informações sobre o processo de geração, multiplicar entre alunos do ensino funtransmissão e distribuição de energia. damental por meio do Programa Casa “O programa desperta o interesse e a Aberta que, neste mês de outubro, comcuriosidade das crianças. Elas são muito pleta 22 anos de atividades. E, entre os críticas e com essa conscientização irão pequenos, promessas de mudança de levar essas informações aos pais, famihábitos é que não faltam. “Antes eu não liares, vizinhos”, avaliou a professora Fereconomizava energia, nanda Baggio, da Escola não dava muita bola Municipal Luiz Nichele, pra isso. Depois do que aprovando a iniciativa. O programa eu aprendi aqui, vou O Casa Aberta atendesperta o interesse começar a economide, ainda, crianças que e a curiosidade das zar”, garantiu Paulo moram em localidades crianças. Fernando Kosuiresko, onde a Eletrosul tem 10 anos, aluno da Esempreendimentos em Professora Fernanda Baggio cola Municipal Luiz implantação como é Nichele, de Fazenda o caso de Chuí e Santa Rio Grande, na Grande Curitiba, que visiVitória do Palmar (RS). O programa estou a Eletrosul no último mês. treou nesses municípios em setembro. Paulo faz parte de um universo de mais “Com o Casa Aberta, conseguimos nos de 250 mil crianças atendidas pelo Casa relacionar com boa parte da população Aberta ao longo dessas mais de duas déque é atendida por serviços da Eletrosul. cadas de história. A ação envolve alunos Além disso, auxiliamos na prevenção do 5º ano do ensino fundamental de escontra acidentes domésticos e na presercolas localizadas a até 50 quilômetros vação do meio ambiente”, reforçou a gedas instalações da Eletrosul. Em visita à rente da Assessoria de Responsabilidade empresa, eles aprendem a usar a energia Social (ARS), Denise Cristina Basílio. Serviço - As escolas que quiserem participar do Programa Casa Aberta podem se inscrever no site www.eletrosul.gov.br/casaaberta e esperar o contato da empresa para agendar a visita.

Mais de 70 empregados da Eletrosul doam parte de seu tempo, trabalho e talento em prol de uma causa comunitária. Associados a entidades sociais dos estados de atuação da empresa, eles estão cadastrados no Programa de Voluntariado Corporativo da Eletrosul, criado em 2010, com o objetivo de incentivar empregados e colaboradores a se engajarem em ações de solidariedade. Dentro do programa que, em dois anos, atendeu 21 projetos, a motivação aos empregados para que desenvolvam trabalhos voluntários se dá por meio de reuniões, palestras e campanhas internas. O “Mutirão da Cidadania – Comunidade Vila Aparecida”, de Florianópolis (SC), é um dos dez projetos que vêm sendo atendidos pela empresa em 2012, com a proposta de transformar a realidade de centenas de famílias carentes. “É uma forma de colocar em prática meus conhecimentos técnicos e ajudar ao próximo. Ser voluntário nesse projeto me tornou uma pessoa mais tolerante com a família e os colegas de trabalho”, afirma o engenheiro da Eletrosul e voluntário no mutirão, Joatan Izolan da Rosa. Para fortalecer essa corrente de solidariedade, a Eletrosul convida você a participar do Programa de Voluntariado. Mais informações pelo e-mail gestaosocial@eletrosul.gov.br.


4 canteiro de obras

Eletrosul agora - Outubro 2012

outuBRO de 2012 UHE Mauá

No final de agosto, foram abertas as quatro comportas do vertedouro da Usina Hidrelétrica Mauá. No momento, como o reservatório ainda não está cheio, a água que passa pelo vertedouro serve para manter a vazão remanescente à jusante (rio abaixo) da barragem. Até então, essa vazão estava sendo liberada através de válvulas provisórias instaladas na base do maciço de concreto. O enchimento do reservatório da usina deve ser concluído em outubro.

361 MW

Capacidade de atendimento: 3.000.000 habitantes

PR N

PCH Barra do Rio Chapéu

PCH João Borges

15,15 MW

SC N

Capacidade de atendimento: 133.000 habitantes

Um dos diferenciais dessa obra é a construção de um túnel subterrâneo de 3,5 quilômetros de comprimento e 4,3 metros de diâmetro, que conduzirá a água do rio até a casa de força para mover as unidades geradoras da usina. Nessa frente de trabalho, as atividades se concentram na construção de arcos de concreto para estabilização de trechos do túnel.

SE Coletora Porto Velho

19 MW

Capacidade de atendimento: 156.000 habitantes

Foram colocadas as SC duas últimas turbinas N na casa de força da PCH João Borges. Dois guindastes foram usados para içar as peças, que pesam 23 toneladas cada, e as levar do pátio até o interior da casa de força. Com a montagem das unidades 2 e 3 (a unidade 1 já havia sido montada) e os demais serviços já realizados, cerca de 40% da casa de força estão finalizados. A previsão é de que a usina entre em operação no primeiro semestre de 2013.

7.500 MVA

RO N

Escoará a energia gerada pelas Usinas Jirau e Santo Antônio

A Porto Velho Transmissora de Energia S.A. (PVTE), controlada pela Eletrosul, concluiu em agosto todas as instalações da subestação, que agora depende do funcionamento de quatro unidades geradoras da Usina Santo Antônio para finalizar os testes.


canteiro de obras 5

Eletrosul agora - Outubro 2012

canteiro de obras COMPLEXO EÓLICO LIVRAMENTO

78 MW

RS N

Capacidade de atendimento: 447.000 habitantes

Concretagem da base do aerogerador 03, do parque eólico Cerro Chato VI, com os aerogeradores de Cerro Chato III ao fundo. Até o final de agosto, 75% das bases desse parque foram instaladas. No geral, 64% das obras dos novos parques do Complexo Eólico Livramento foram realizadas.

Linhão do Madeira

1.820

UHE Teles Pires

MW

PA MT

Capacidade de atendimento: 6.500.000 habitantes

N

Vista aérea da área de montagem e da área de descarga do circuito hidráulico da UHE Teles Pires. A hidrelétrica está sendo construída no Rio Teles Pires, entre os municípios de Paranaíta (MT) e Jacareacanga (PA).

UHE são Domingos O segundo bipolo do Linhão do Madeira, que escoará a energia do complexo hidrelétrico do Rio Madeira, em Rondônia, ao estado de São Paulo, começa a tomar forma. Na segunda semana de setembro, foi concluída a montagem e o içamento da primeira torre, com mais de 50 metros, da Linha de Transmissão Porto Velho - Araraquara 2, no município de Nipoã (SP). Outras 4.332 torres ainda serão erguidas.

600 kV

N

Maior LT de 600 kV do mundo, com 2.412 Km de extensão

48 MW

Capacidade de atendimento: 570.000 habitantes

MS Já foram finalizados os acabamentos interN nos da área de montagem e a concretagem dos pilares da monovia da casa de força da UHE São Domingos. Também foi realizada a montagem de painéis elétricos e peças da eletromecânica, que agora passam por comissionamento. A próxima etapa será a entrada em operação da primeira unidade geradora.


6 especial No extremo Sul do País

A descoberta da força dos ventos Eletrosul e FIP Rio Bravo dão sinal verde para início das obras de um dos maiores complexos eólicos da América Latina O dia 14 de setembro de 2012 vai entrar para

eólica em termos de potencial do País, e será,

a história de Santa Vitória do Palmar, cidade de

no futuro, uma das riquezas aqui da região”, de-

pouco mais de 30 mil habitantes no extremo Sul

clarou o diretor de Engenharia e Operação da

do Rio Grande do Sul. Eletrosul e FIP Rio Bravo

Eletrosul, Ronaldo dos Santos Custódio, ao abrir

oficializaram o início das obras do Complexo Ge-

a solenidade.

ribatu, que terá 258 megawatts (MW) de capaci-

Neste mês de outubro começam a mobiliza-

dade instalada ou o equivalente ao consumo de

ção do canteiro de obras e os serviços de aber-

mais de 1,6 milhão de pessoas, constituindo-se

tura de acessos e construção de plataforma.

no maior empreendimento eólico da empresa.

O consórcio construtor é formado pela fabri-

A importância do investimento para a cidade

cante de aerogeradores espanhola Gamesa, a

ficou evidente pelo grande número de pessoas

Schahin Engenharia S.A., que ficará responsá-

que prestigiou o evento.

vel pela parte civil e a ABB, que fornecerá os

Entre as autoridades presentes estavam a se-

equipamentos de transmissão.

cretária-geral de Governo do Rio Grande do Sul,

Custódio lembrou que a expectativa é que

Miriam Marroni, que representou o governador

até o final do ano seja iniciada a implantação

Tarso Genro, o secretário de Estado de Infraes-

do Complexo Eólico Chuí, também no extremo

trutura e Logística, Beto Albuquerque e o diretor

Sul gaúcho. “Estamos falando de um investi-

de Geração da Eletrosul, Valter Cardeal.

mento da ordem de R$ 1,5 bilhão (consideran-

“Descobrimos que o potencial desta ponta

do os dois complexos). É um projeto gigantes-

Sul do País é um dos maiores do Brasil. Eu me

co, um conjunto de 402 MW. Não existe nada

atrevo a dizer que é o principal local de energia

igual na América Latina.”

Complexo Eólico Geribatu em números 10 parques eólicos 4.750 hectares de área total 129 aerogeradores (rotor com 97 m de diâmetro, torre de 78 m de altura do solo até o eixo)

258 megawatts de capacidade instalada 70 quilômetros de acessos 60 quilômetros de rede de média tensão 43 mil m3 de concreto estrutural* 55 mil metros de estacas para fundações* 3.750 toneladas de aço*

Moradores e autoridades prestigiaram a solenidade de assinatura da ordem de serviço

Depoimentos "Antigamente se dizia que quem semeava vento colhia tempestade, hoje podemos afirmar que onde se semeia vento se colhe prosperidade e desenvolvimento", Beto Albuquerque, secretário de Infraestrutura e Logística do Rio Grande do Sul

* Estimativa


especial 7

Eletrosul agora - Outubro de 2012

Infraestrutura e empregos A expectativa é de que sejam gerados perto de 3 mil empregos diretos e indiretos durante as obras do Complexo Eólico Geribatu, o que terá reflexos positivos para a economia de Santa Vitória do Palmar e redondezas. Além da importância para o setor elétrico brasileiro, o empreendimento dará mais qualidade e segurança ao suprimento de energia da região, criando oportunidades de crescimento econômico.

Investimentos em transmissão Outra obra que está chegando a Santa Vitória do Palmar e Chuí é a linha de 525 kV que será construída em parceria com a Companhia de Geração e

A comunidade de Santa Vitória do Palmar terá inúmeros benefícios e ganhos em qualidade de vida Ronaldo dos Santos Custódio Além disso, o novo complexo levará mais infraestrutura para a região, uma vez que será necessário construir e recuperar perto de 70 quilômetros de estradas de acesso aos parques eólicos, que acabarão posteriormente contribuindo para a melhoria da mobilidade dos moradores da região. “A exemplo de Sant’Ana do Livramento, onde instalamos nosso primeiro complexo eólico, a comunidade de Santa Vitória do Palmar terá inúmeros benefícios e ganhos em qualidade de vida”, assegurou Custódio.

Transmissão de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE-GT). Para escoar a energia dos complexos eólicos do litoral Sul gaúcho, serão construídos cerca de 490 quilômetros de linhas de transmissão, três novas subestações e ampliada uma unidade existente. A previsão é de que as obras comecem no início de 2013. “Além da conexão dos parques eólicos, esse complexo de transmissão integrará a metade Sul do Rio Grande do Sul ao Sistema Interligado Nacional (SIN), permitindo não só o aproveitamento do potencial eólico como também o melhor aproveitamento do potencial do setor produtivo da região”, disse Ronaldo.

“Os parques eólicos trarão

“Aqui encontramos os melhores

emprego, renda e crescimento

ventos do Brasil. Ventos com

para o extremo Sul do Estado.

alta densidade, em função da

Este é um momento histórico para

umidade do ar, e neste vento a

a região. Os vitorienses terão um

energia cinética maravilhosa que

dos maiores parques eólicos da

Deus nos deixou, energia limpa

América Latina”, Miriam Marroni,

para transformar em energia

secretária-geral de Governo do

elétrica”, Valter Cardeal, diretor

Rio Grande do Sul.

de Geração da Eletrobras


8 geral Patrimônio sólido

SE Campos Novos e SE Itá

Responsáveis pelo escoamento de grandes blocos de energia e pela ligação entre o Sul e o Sudeste do País, as subestações (SEs) de Campos Novos e Itá, localizadas em cidades com o mesmo nome, no meio oeste de Santa Catarina, completaram, em setembro, 30 e 25 anos de operação comercial, respectivamente. Esses empreendimentos da Eletrosul têm importante peso no Sistema Interligado Nacional (SIN), pois, direta e indiretamente, dão suporte ao desenvolvimento econômico de diferentes regiões do Brasil. Nesses 30 anos, a SE Campos Novos passou por várias transformações e aumento de potência para chegar, hoje, entre as mais rentáveis da estatal. Com potência instalada de 2.466 megawatts (MW) a SE telecontrola além de Campos Novos outras oito subestações de transmissão: Barra Grande, Machadinho, Itá, Passo Fundo, Xanxerê, Tapera 2, Santo Ângelo e Missões e transmite energia

para grandes centros, a exemplo as cidades de Caxias do Sul, Porto Alegre (RS), Florianópolis, Blumenau e oeste catarinense, transformando-se em um centro de controle regional, com capacidade de abastecer 20 milhões de consumidores. A SE Itá foi construída, inicialmente, para reforçar o abastecimento de energia elétrica no Rio Grande do Sul e planejada, estrategicamente, para escoar a energia gerada pela Usina Hidrelétrica de Itá, que começou a operar em 2000. Atualmente, essa subestação é interligada a outras quatro unidades de transmissão da Eletrosul – Salto Santiago (PR), Nova Santa Rita, Santo Ângelo e Caxias (RS). Por ela passam, também, quatro linhas, que interligam as usinas de Itá, Salto Santiago e Machadinho e uma linha que faz a conexão com a Argentina, por meio da Conversora Garabi. Em breve, a SE Itá passará por novas ampliações para comportar um segundo circuito de transmissão entre Salto Santiago e Nova Santa Rita.

As obras vistas de cima

Há tempo o aeromodelismo deixou de ser apenas um hobby para se tornar uma ferramenta útil, por exemplo, para levantamentos topográficos e monitoramento de lavouras. Por economia e praticidade, a Eletrosul decidiu apelar, também, a esse recurso para o acompanhamento das obras da Usina Hidrelétrica São Domingos. As imagens aéreas que compõem os relatórios técnicos da obra são feitas com auxílio de um mini-helicóptero. A câmera fotográfica é acoplada na ponta da pequena aeronave, que alcança uma velocidade média de 80 quilômetros por hora e atinge cerca de mil metros do chão. Programado para disparar automaticamente, o equipamento chega a produzir 2 mil imagens por dia. Para o engenheiro residente da obra, André Batistela Ribeiro, o resultado tem sido positivo. “A qualidade das imagens é a mesma e o custo bem menor (em relação à locação de aeronaves convencionais)”, afirmou. As fotos são necessárias, segundo ele, para o registro da obra e acompanhamento das etapas. O fotógrafo Dalmo de Oliveira, contratado para o trabalho, conta que a ideia de usar um aeromodelo para fotos aéreas surgiu depois que ele acompanhou, pela televisão, imagens feitas em uma corrida de Fórmula 1 em que a produção usava esse recurso. Uma vez por mês, ele segue viagem de Campo Grande até a divisa de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, onde está sendo erguida a Usina São Domingos, para a sessão de fotos.


geral 9

Eletrosul agora - Outubro de 2012

Renovação das concessões

MP propõe modicidade tarifária Eletrosul adota medidas para se adequar às novas resoluções do governo para o setor elétrico

A presidenta Dilma Rousseff assinou, no dia 11 de setembro, a Medida Provisória (MP) 579, que propõe a renovação, por até 30 anos, das concessões de geração, transmissão e distribuição do setor elétrico, que vencem entre 2015 e 2017. Junto à renovação, as medidas anunciadas para o setor envolvem também reduções nas tarifas de energia, a partir de 2013, que variam de 16,2% para consumidores residenciais e de 18% a 28% para grandes consumidores. A diretoria da Eletrosul apoia integralmente as medidas, que trarão um grande benefício à sociedade e se somam a outras ações do governo para reduzir os custos e tornar o País mais competitivo, além de

Essa é uma medida necessária para aumentar a competitividade do setor produtivo brasileiro e promover a geração de emprego e renda. Eurides Mescolotto continuar o processo de reformulação do setor elétrico, iniciado em 2003. De acordo com o presidente da estatal, Eurides Mescolotto, este é o momento do setor elétrico se reestruturar e adequar sua gestão a um novo modelo de eficiência operacional, co-

laborando para a implementação da modicidade tarifária sem diminuir a qualidade de seus serviços ou trazer prejuízos aos empregados e investimentos. “Embora sejamos afetados pela redução tarifária e consequente perda de receita, essa é uma medida necessária para aumentar a competitividade do setor produtivo brasileiro, promover a geração de emprego e renda, garantindo assim o crescimento econômico do País”, afirmou Mescolotto. Diante desse novo cenário, a empresa está tomando algumas medidas, visando a redução de custos como forma de compatibilizar os investimentos em curso e o impacto da perda de receita.


10 ESPORTES Uma escola em cada campo

O esporte a favor da cidadania Projeto envolve 450 crianças e adolescentes de Mato Grosso do Sul

Quem conhece hoje o estudante José Augusto Galan, de 13 anos, não imagina que, há sete meses, ele era um adolescente rebelde em casa, sem muitas amizades e com dificuldades na escola. “Depois que comecei a jogar futebol conquistei mais amigos e minhas notas melhoraram”, orgulha-se. José Augusto participa do projeto Uma Escola em Cada Campo, realizado pelo Esporte Clube Ubiratan com patrocínio da Eletrosul, no município de Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande (MS). A iniciativa envolve 450 crianças e adolescentes carentes, de 8 a 16 anos, matriculados na rede pública de ensino, que têm aulas de futebol de campo. O projeto, iniciado em março deste ano, é desenvolvido em oito núcleos da cidade, sendo dois instalados em aldeias indígenas das etnias Bororó e Guarani-Kaiowá, onde são atendidas,

ainda, mais 30 meninas com idade entre 14 e 27 anos. “Para participar do projeto, os alunos devem apresentar bom desempenho escolar e não faltar aos treinos, o que os mantêm focados, longe das drogas e da criminalidade”, acredita o presidente do clube, Joaquim Soares.

Descobrindo novos talentos Com menos de dois anos de existência, a Escolinha da Associação de Mountain Bike de Guarapuava, na região Centro-Sul do Paraná, já vem revelando novos talentos no ciclismo. A atleta Ana Caroline de Oliveira, 14 anos, é um exemplo disso. Mostrou seu potencial ao conquistar, recentemente, o título de campeã paranaense de Mountain Bike, na categoria feminino não-federados, e é uma das apostas do treinador e também ciclista Marcos Cruz, idealizador do projeto, que tem o apoio da Eletrosul. Apaixonado pelo ciclismo, o paranaense Marcos Cruz – tricampeão brasileiro de Mountain Bike na categoria Master (de 30

a 34 anos) – decidiu incentivar a prática do esporte entre crianças e adolescentes de famílias de baixa renda de Guarapuava. Além de treinar duro para conseguir bons resultados nas mais de 20 competições das quais participa anualmente, é o treinador da escolinha que, hoje, reúne cerca de 20 atletas, de 8 a 17 anos. Para o ciclista, a prática esportiva abre novas perspectivas para essas crianças e adolescentes. “São crianças carentes, que veem no esporte uma oportunidade para mudar de vida. E eu sou um exemplo disso. Foi com ele que eu aprendi muita coisa e que eu voltei a estudar, por exemplo. Agora, repasso tudo isso às crianças”, afirmou Cruz.

Até a conclusão do projeto, em dezembro deste ano, os estudantes participam, a cada dois meses, da Taça Integração, quando são realizadas competições esportivas e palestras sobre violência doméstica, segurança no trânsito, sexualidade e prevenção ao uso de entorpecentes.

A ciclista Ana Caroline é uma das apostas do treinador Marcos Cruz


meio ambiente 11

Eletrosul agora - Outubro de 2012

Reposição florestal

Eletrosul recupera área verde

Mais de 1 milhão de mudas de espécies nativas foram plantadas e monitoramento da floresta prossegue por mais três anos

Os resultados do trabalho de reposição florestal da Área de Preservação Permanente (APP) e do antigo canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Passo São João, no Rio Grande do Sul, pela Eletrosul, já são evidentes. As primeiras espécies nativas plantadas estão bastante desenvolvidas e dão uma ideia de como ficará aquela extensa área verde, nos próximos anos. A recuperação da área envolveu o plantio de

Espaço da Gestão Ambiental Fabricantes e importadores de lâmpadas incandescentes de uso geral, com potências de 150 e 200 watts, têm até o dia 31 de dezembro de 2012 para vender seus estoques. Essas lâmpadas, que não atendem exigências mínimas de eficiência energética, deixaram de ser produzidas e importadas no Brasil no dia 30 de junho deste ano. A medi-

1.065.640 mudas, entre outras ações, como de educação ambiental junto aos vizinhos da APP para tê-los como aliados na conservação da área. Segundo informações do Departamento de Engenharia Ambiental (DEA) da Eletrosul, o plantio foi iniciado em 2009 e concluído ano passado. O trabalho junto à APP segue, agora, com a reposição das mudas que não se desenvolveram e monito-

ramento constante, o que inclui cuidados como roçada ao redor das mudas, controle de formigas e adubação. O monitoramento terá continuidade por mais três anos para as mudas plantadas em 2010 e 2011. Esse é o tempo estimado para que todas as plantas estejam desenvolvidas. Para chegar à fase adulta, de produção de semente, a maioria das espécies cultivadas leva cerca de 10 anos.

Eficiência Energética da do Ministério de Minas e Energia, expressa na Portaria n° 1007, de 31 de dezembro de 2010, visa reduzir a quantidade de lâmpadas incandescentes e elevar a participação de unidades mais eficientes, como as fluorescentes compactas e as halógenas, evitando desperdício de energia e proporcionando benefícios ao meio ambiente.

A Eletrosul já tem por prática o uso de lâmpadas fluorescentes que, após o término de sua vida útil, são encaminhadas à empresa especializada na segregação de seus componentes e reutilização pela indústria. Um desses componentes é o mercúrio que, se não for descartado adequadamente, pode contaminar o solo e lençóis freáticos.


12 ESPECIAL Acampamento Farroupilha

Uma celebração à cultura gaúcha Centenas de pessoas passaram pelo galpão da Eletrosul onde puderam conhecer um pouco mais sobre as atividades da empresa Pelo quarto ano consecutivo, a Eletrosul marcou presença no Acampamento Farroupilha, de Porto Alegre. O maior evento tradicionalista do Rio Grande do Sul aconteceu na Estância da Harmonia, às margens do Lago Guaíba, e contou com a presença de mais de 200 Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) de todo o Estado. Para este ano, a Divisão Regional do Rio Grande do Sul decidiu fazer uma programação dife-

Segundo a patroa do galpão da empresa,

dos, este ano, participaram mais. É cansa-

Arenilse Felini, a participação dos empre-

tivo elaborar uma programação que o pes-

Os trabalhos de montagem do galpão

gados foi maior em relação ao ano passado.

soal goste, mas ver o nosso galpão cheio

da Eletrosul no acampamento come-

“Eu estou muito feliz porque os emprega-

compensou todo esforço”, afirmou.

rente, que mesclou cultura e tradição.

çaram em agosto. Foram praticamente duas semanas de trabalho que resultaram em um amplo espaço com churrasqueira, fogo de chão e pista para os bailes. A partir de 1º de setembro, seguindo as regras do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), responsável pela organização, a estrutura estava pronta para receber a programação. Os almoços e jantares reuniram centenas de pessoas, entre empregados, aposentados, amigos, familiares e contratados. Arroz de carreteiro, costela assada e leitão assado no fogo de chão integraram a variedade gastronômica do galpão. A maior movimentação se deu nos dois bailes organizados. Com direito à porteira aberta, o público que circulava pela Estância da Harmonia pôde entrar e dançar ao som de chamamé, vanera, vanerão, rancheira e outros ritmos gaúchos.

Mostra fotográfica Um dos diferenciais do galpão da Eletro-

nhã, almoçaram o arroz de carreteiro feito

sul, este ano, foi a montagem da mostra

pelas professoras. “Todo ano nós visitamos

fotográfica “Outros Olhares do Pampa Gaú-

o acampamento. É muito bom para as crian-

cho”, do fotógrafo Antenor Tatsch Júnior. A

ças ter esse contato com a nossa cultura”, dis-

exposição, que já percorreu diversos estados

se a vice-diretora.

brasileiros, reúne imagens que retratam a cultura e a rotina do gaúcho. As crianças também se fizeram presentes no galpão da Eletrosul. Aproximadamente 40 estudantes do 1º ao 5º ano da Escola Estadual Fabíola Pinto Dornelles, de Porto Alegre, almoçaram no espaço da empresa. Numa iniciativa da diretora da instituição, Maria Tessele, e da vice-diretora, Miriam Gonçalves, os pequenos passearam pelo Acampamento Farroupilha, aprenderam um pouco mais da cultura gaúcha e, no final da ma-


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