Setembro 2013 | Ano XIX | Nº122
Um jornal para novos tempos
Hidrelétricas em plena operação
Empresa se consolida como geradora Págs. 6 e 7
Avicultura orgânica
Livro técnico
Reflorestamento
parceria
Associados incrementam produção
Publicação retrata eólica
Começa plantio de mudas em APP
Rede de telecom será expandida
Pág. 8
Pág. 11
Pág. 9
Pág. 3
2 editorial
Uma empresa de geração A Eletrosul comemorou, em agosto, mais um importante avanço na recomposição de seus ativos de geração: a operação plena e simultânea das 14 turbinas de suas usinas hidrelétricas, que somam mais de 520 megawatts de capacidade instalada. Sem dúvida, um marco para a empresa e seus empregados, especialmente para aqueles que
acompanharam a privatização de seu parque gerador no final da década de 90. Esse fato, retratado na matéria principal desta edição, atesta a capacidade técnica e empreendedora da Eletrosul, que já se estabeleceu como uma das melhores transmissoras do País e agora se consolida como empresa geradora. Boa leitura!
EXPEDIENTE
Diretoria Executiva Diretor-Presidente Eurides Luiz Mescolotto Diretor de Engenharia e Operação Ronaldo dos Santos Custódio Diretor Financeiro Antonio Waldir Vituri Setembro 2013 | Ano XIX | Nº122
Um jornal para novos tempos
Diretor Administrativo Paulo Afonso Evangelista Vieira Conselho Editorial
Hidrelétricas em plena operação
Empresa se consolida como geradora Págs. 6 e 7
AVICULTURA ORGÂNICA
LIVRO TÉCNICO
REFLORESTAMENTO
PARCERIA
Associados incrementam produção
Publicação retrata eólica
Começa plantio de mudas em APP
Rede de telecom será expandida
Pág. 8
Pág. 11
Pág. 9
Pág. 3
Cleiton Luis Rezende Cabral Laércio Faria Luiz Ricardo Machado Ronaldo Bauer Lessa Rubem Abrahão Gonçalves Filho Gerente ACS Sandra da Silva Peres speres@eletrosul.gov.br Coordenação Jonatas Andrade jonatas.silva@eletrosul.gov.br Edição Andréa Lombardo andrea.lombardo@eletrosul.gov.br Jonatas Andrade jonatas.silva@eletrosul.gov.br Textos Anahi Gurgel Andréa Lombardo Cleusa Frese Gilberto Del Pozzo Jonatas Andrade Tatiana Lima Vivianne Nunes Edição de Fotografia Hermínio Nunes Fotos Agostinho Coan André Renato/Secom Anísio Borges Arquivo Apex Brasil Arquivo DROE Arquivo Energia Sustentável do Brasil Arquivo Companhia Hidrelétrica Teles Pires Arquivo TSBE Arquivo TSLE Arquivo UFSC Augusto Ribeiro Isara Herivelto Batista/MC Hermínio Nunes Nélio Pinto Rafael Eid Shibayama Projeto Gráfico Agenciamob Conteúdo e Projeto Editorial Giusti Comunicação Integrada
As instalações do Setor de Manutenção de Xanxerê (SC) foram ampliadas para receber a nova estrutura da Regional Oeste, que foi criada em 2003. As fotos retratam a fase final das obras, em junho de 2004.
Tiragem 4.500 mil exemplares Periódico editado pela ACS – Assessoria de Comunicação Social e Marketing Rua Dep. Antônio Edu Vieira, 999, Pantanal Florianópolis/SC CEP 88040901 Fone (48) 3231.7269 / 3231.7075 www.eletrosul.gov.br
responsabilidade social 3
Eletrosul agora - Setembro de 2013
Empreendedorismo
Aposta na avicultura orgânica Agricultores familiares de Santa Catarina, que tiveram apoio da Eletrosul para agregar valor a seus produtos, conquistam mercado sulista Atentos à tendência de crescimento no consumo de produtos livres de agrotóxicos, pequenos agricultores catarinenses têm investido na avicultura orgânica. O segmento já representa mais de 25% da movimentação da Associação dos Agricultores Ecológicos das Encostas da Serra Geral (Agreco), que tem sede em Santa Rosa de Lima (SC). Mensalmente, são produzidas 12 mil toneladas de cortes de frango, que abastecem as principais redes de supermercados do Litoral de Santa Catarina e da Grande Porto Alegre (RS).
O primeiro investimento na ampliação do abatedouro, feito em 2009, teve apoio da Eletrosul. Até então, a produção era mais modesta. Eram abatidos e vendidos inteiros 300 frangos por semana. Além de ampliar a capacidade de abate, a aquisição de equipamentos viabilizou ainda o beneficiamento e a separação dos cortes de frango, o que permitiu à Agreco agregar valor e melhorar o preço de venda dos produtos, lembrou o coordenador financeiro da entidade, Adilson Lunardi. Agora, a Agreco vai investir na constru-
ção de um novo e mais amplo frigorífico, com capacidade de armazenar 15 toneladas. O atual comporta até cinco toneladas. “Isso vai facilitar o atendimento aos nossos clientes e às famílias de avicultores, além de possibilitar o ingresso de outros produtores na associação”, adiantou o coordenador de produção da Agreco, José Lucas Schmidt. O casal Adenei e Ivonete Silva trocou o plantio de fumo pela produção de frango orgânico e constitui uma das sete famílias ligadas à Agreco que se dedicam a essa atividade. “Hoje, nós temos retorno garantido. A saúde também melhorou. Embora a gente trabalhe bastante, o desgaste é menor”, fala satisfeito Adenei, ao lado da esposa e dos filhos Anderson, Samara e Michael. Os principais diferenciais da produção orgânica de frangos é que as aves são criadas soltas, alimentadas com ração orgânica e tratadas com homeopatia. Os cortes de frango comercializados pela Agreco têm certificação de produto orgânico da Ecocert Brasil, empresa creditada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Renovação de parceria A Eletrosul renovou o convênio com a Prefeitura de Maringá para continuidade do Programa Hortas Comunitárias no município. A parceria possibilita a aquisição de insumos, equipamentos e outros materiais utilizados no plantio e manutenção dos canteiros. Atualmente, cerca de 90 famílias cultivam hortaliças sob as linhas da Eletrosul em quatro bairros - Cidade Alta, Cidade Canção, Jardim Universo e Jardim
Itaipu - e chegam a ganhar um salário mínimo por mês com a produção excedente. O convênio entre Eletrosul e prefeitura prevê ainda atividades de sensibilização, mobilização e engajamento social da comunidade, palestras de orientação sobre segurança sob linhas de transmissão e cursos de capacitação a exemplo do realizado, em agosto, com integrantes do programa em Joinville (SC). Com o curso de cultivo protegido ministra-
do pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), 14 moradores da zona rural aprenderam técnicas de manejo de estufas, controle de pragas e produção de mudas.
4 canteiro de obras
SETEMBRO de 2013 UHE JIRAU
3.750 MW
RO
Capacidade de atendimento: 34.100.000 habitantes
N
Vista aérea da casa de força da margem esquerda, vertedouro e casa de força da margem direita (ao fundo). No detalhe, visão interna da unidade geradora 29, que está operando em teste.
COMPLEXO EÓLICO GERIBATU
PCH JOÃO BORGES
258 MW
RS
Capacidade de atendimento: 1.600.000 habitantes
Chegaram as primeiras pás para os aeN rogeradores do Parque X. As 14 bases dos aerogeradores já estão concretadas e a previsão é de que na segunda quinzena de setembro as torres comecem a ser erguidas.
19 MW
Capacidade de atendimento: 156.000 habitantes
SC Está em andamento a construção de uma N passagem em concreto à jusante da barragem principal, que ligará as duas margens do rio Caveiras, facilitando o acesso quando houver necessidade de manutenção.
canteiro de obras 5
Eletrosul agora - Setembro 2013
canteiro de obras LT SUL BRASILEIRA
LT SUL LITORÂNEA
525 525 230
kV kV
781 km de extensão: RS N
Obras de terraplenagem da Subestação Santa Vitória RS do Palmar 525/138 kV. A unidade está sendo construída para escoamento da energia gerada pelos parN ques eólicos e distribuição de energia na região através das redes de transmissão 138 kV da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul.
494 km em 525kV 287 km em 230 kV
Montagem manual de torre estaiada no trecho Rio das Antas (SC) até Itá (SC).
kV
Extensão: 487 km
UHE TELES PIRES
LINHãO DO MADEIRA
600 kV
N
Maior LT de 600 kV do mundo, com 2.412 Km de extensão
1.820 MW
Lançamentos de cabos entre as torres 2359/1 e 2359/2, no município de Meridiano (SP).
PA MT
Capacidade de atendimento: 6.500.000 habitantes
Vista do canal de entrada e das obras civis nas estruturas de controle dos túneis de desvio.
N
AMPLIAÇÃO DO COMPLEXO EÓLICO CERRO CHATO
78 MW
RS
Com o Parque Eólico Cerro dos Trindade concluído, os trabalhos de montagem dos aerogeradores se concentram no Parque Cerro Chato IV.
N
Capacidade de atendimento: 447.000 habitantes
6 ESPECIAL Operação plena de usinas
Empresa se consolida na geração Capacidade instalada das hidrelétricas atende consumo de mais de 4 milhões de brasileiros No mês de agosto, a Eletrosul registrou a Rio Grande do Sul, e mais duas na Hidrelétriplena operação comercial de cinco usinas ca São Domingos (48 MW), no Mato Grosso hidrelétricas – fato que consolida o retorno do Sul. Nas PCHs catarinenses Barra do Rio da empresa ao segmento de geração, 15 anos Chapéu (15,15 MW) e João Borges (19 MW) após a privatização de seu parque gerador. Os são duas e três unidades geradoras, respectiempreendimentos, próprios vamente. Outros cinco e em parcerias, começaram conjuntos geradores a ser construídos a partir de integram a HidreléÉ uma conquista 2008 e totalizam 14 unidades trica Mauá (363 MW), que marca o início geradoras com potência insimplantada no Paraná de uma nova talada de 522,15 megawatpela Eletrosul em partrajetória para a ts (MW), capaz de atender a ceria com a Copel. empresa mais de 4 milhões de pessoas. Para o diretor de EnEurides Mescolotto “A operação dessas usigenharia e Operação nas reposiciona a Eletrosul da Eletrosul, Ronaldo como geradora e, principalmente, como dos Santos Custódio, na privatização, além empresa de engenharia associada à gedos ativos, a Eletrosul perdeu praticamente ração hidrelétrica. É uma conquista que todo o conhecimento adquirido em décadas marca o início de uma nova trajetória de investimentos. “Reconstruímos um parpara a empresa”, ressaltou o presidente da que gerador e remontamos uma estrutura empresa, Eurides Mescolotto. de engenharia e operação, que enfrentou Em empreendimentos próprios, estão obstáculos técnicos e comerciais, formou-se em operação comercial duas turbinas na e resultou na implantação dessas usinas”, Hidrelétrica Passo São João (77 MW), no lembrou o executivo.
Hidrelétricas em Operação Comercial Hidrelétrica Passo São João Local: Roque Gonzalez e Dezesseis de Novembro (RS) Capacidade instalada: 77 MW (2 unidades geradoras) Atendimento: 580 mil habitantes Início da operação*: março de 2012
UHE Passo São João
PCH Barra do Rio Chapéu
Hidrelétrica Mauá Local: Telêmaco Borba e Ortigueira (PR) Composição: Consórcio Energético Cruzeiro do Sul – Copel (51%) / Eletrosul (49%) Capacidade instalada: 363 MW (5 unidades geradoras) Atendimento: 3 milhão de habitantes Início da operação*: novembro de 2012
PCH Barra do Rio Chapéu
Local: Santa Rosa de Lima e Rio Capacidade instalada: 15,15 M Atendimento: 128 mil habitan Início da operação*: fevereiro
especial 7
Eletrosul agora - Setembro de 2013
Capacidade instalada atingirá 1,8 GW A Eletrosul está investindo cerca de R$ 8 bilhões em obras de geração de energia, incluindo a participação em projetos estruturantes para o País, como a Hidrelétrica Jirau (3.750 MW), em Rondônia, e a Hidrelétrica Teles Pires (1.820 MW), entre o Pará e Mato Grosso. Entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013, a Eletrosul inaugurou as usinas hidrelétricas Passo São João, Mauá e a PCH Barra do Rio Chapéu. A previsão é de que a usina São Domingos e a PCH João Borges sejam inauguradas nos próximos meses, assim como a usina fotovoltaica Megawatt Solar (1 MW), em implantação na sede da empresa, em Florianópolis. Está previsto ainda o início da operação de mais cinco parques eólicos, com 78 MW, junto ao Complexo Cerro Chato, no Rio Grande do Sul, que já tem 90 MW de capacidade instalada e começou a operar gradativamente a
partir de junho de 2011. Em 2014, entrarão em operação outros dois complexos eólicos – Geribatu (258 MW) e Chuí (144 MW), no extremo Sul gaúcho. Juntos, os parques eólicos vão gerar 570 MW. Até 2015, prazo máximo para a entrada em operação dos empreendimentos de geração hidrelétrica, eólica e solar, a Eletrosul estará gerando 1,8 gigawatts (GW), considerando apenas a parte que lhe cabe nos empreendimentos. Essa potência é mais que o dobro da atual capacidade em operação. Ao todo, as usinas vão gerar 6,6 GW e atender a cerca de 43 milhões de brasileiros. Até a privatização, em 1998, os ativos de geração da Eletrosul somavam 3,7 GW em operação e outros 2,8 GW em construção. A Eletrosul foi autorizada pelo Governo Federal a retomar os investimentos em geração e transmissão, em 2004.
UHE Mauá
PHC João Borges
UHE São Domingos
u
Usina Hidrelétrica São Domingos
PCH João Borges
o Fortuna (SC) MW (2 unidades geradoras) ntes de 2013
Local: Ribas do Rio Pardo e Água Clara (MS) Capacidade instalada: 48 MW (2 unidades geradoras) Atendimento: 550 mil habitantes Início da operação*: junho de 2013
Local: São José do Cerrito e Campo Belo do Sul (SC) Capacidade instalada: 19 MW (3 unidades geradoras) Atendimento: 151 mil habitantes Início da operação*: julho de 2013
*início da operação comercial da primeira unidade geradora
8 geral Contribuição técnica
Publicação retrata geração eólica Livro que se tornou referência no meio acadêmico e no setor elétrico é lançado em segunda edição A publicação que, há quatro anos, ajudou a suprir a carência do meio acadêmico e técnico de referências bibliográficas sobre geração eólica no Brasil, acabou de ser lançada em uma segunda edição. O livro “Energia Eólica para Produção de Energia Elétrica” é de autoria do engenheiro eletricista Ronaldo dos Santos Custódio, diretor de Engenharia e Operação da Eletrosul. O estudioso do tema se tornou executivo e pôde concretizar o conhecimento acumulado ao longo de quase 15 anos ao coordenar o projeto e a implantação de três complexos eólicos da empresa. O lançamento aconteceu em Brasília (DF), durante evento promovido pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) e Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel), com as presenças do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e da ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira. A pri-
parque eólico e a dismeira edição havia sido produzida com tância entre as máHoje, tendo um apoio da Eletrobras, quinas para maior mercado consolidado, cuja tiragem de 5 mil eficiência da usina, a percepção de custo exemplares foi distritipos de equipamene de logística é muito buída entre universitos, custos, além de mais precisa estudos de conexão dades e empresas do Ronaldo Custódio à rede. setor elétrico. Nessa atualização O livro, que foi a do conteúdo do livro, Custódio buscou inprimeira publicação técnica na língua portuguesa sobre o tema, tem serir informações sobre a nova realidade 340 páginas e está estruturado em do mercado de energia eólica. No lança12 capítulos, que trazem parâmento da primeira edição, o segmento ainda era incipiente no Brasil. “Hoje, tenmetros técnicos objetivos para a implantação de parques eólicos. do um mercado consolidado, a percepção A publicação detalha aspecde custo e de logística é muito mais pretos a serem considerados nos cisa. Os conceitos básicos não mudaram, projetos como, por exemplo, mas a tecnologia melhorou e as questões a geografia do terreno e sua ambientais e econômicas evoluíram basinfluência no vento, a dispotante. Tudo isso eu tentei reproduzir nessição dos aerogeradores no sa segunda edição”, lembrou o executivo.
geral 9
Eletrosul agora - Setembro de 2013
Eletrosul e Telebras
Reforço nas telecomunicações
Parceria vai expandir PNBL e atender a demanda durante a Copa do Mundo de 2014
A Eletrosul firmou no mês de agosto no Ministério das Comunicações, em Brasília, um contrato técnico-operacional e comercial com a Telebras que vai expandir a infraestrutura de telecomunicações de ambas as empresas e acelerar a implantação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) especialmente na Região Sul, cujas redes atenderão a Copa do Mundo de 2014. A parceria vai aumentar para 400 gigabits por segundo (Gbps) a capaci-
dade do sistema de comunicação óptica de alta velocidade (DWDM) da Eletrosul, que atualmente é de 80 Gbps. Pelo acordo, a Telebras exercerá sua experiência na comercialização dos serviços e no relacionamento com os diversos agentes do mercado, enquanto a Eletrosul entrará com sua infraestrutura de telecomunicações e seu know-how em manutenção e operação de sistemas de telecomunicações. “A implementação de melhorias no
sistema da Eletrosul, em contrapartida à construção de um novo sistema de telecomunicações pela Telebras, vai proporcionar um ganho de escala grande, permitindo a ampliação da capacidade e alcance da rede para oferta de banda larga a diversos municípios”, enfatizou o presidente da Telebras, Caio Bonilha. A rede própria de fibras ópticas da Eletrosul, que faz parte do acordo, tem 4,5 mil quilômetros de extensão, distribuídos por Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Porto Velho (RO). “Essa união vai otimizar os recursos para prestação conjunta de serviços e reduzir custos com equipamentos, servindo de modelo a outras empresas do setor elétrico”, frisou o presidente da Eletrosul, Eurides Mescolotto.
Capacitação para reassentados Os reassentados rurais e urbanos da Hidrelétrica Jirau participaram de mais de 160 horas de capacitações no período de um ano. Os cursos são organizados pela Energia Sustentável do Brasil (ESBR), por meio do Programa de Remanejamento das Populações Atingidas da UHE Jirau, e têm como objetivo aumentar as oportunidades de renda e emprego dos moradores da região. As capacitações são focadas no empreendedorismo, novas oportunidades de negócio e melhoria dos serviços prestados. Aos reassentados rurais, foram promovidos cursos voltados para a produção de salgados, de derivados do leite e de mandioca, e de doces, licores, balas e bombons
produzidos a partir de frutas da época. Já os cursos aplicados aos reassentados urbanos foram direcionados ao ramo de panificação e confeitaria. As capacitações são realizadas em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). “Os cursos são desenvolvidos especificamente para aproveitar as potencialidades da região e da comunidade. Ajudam ainda na formação de empreendedores e no incremento da alimentação dos moradores. Nossa ideia é sempre desenvolver capacitações e projetos que possam
agregar conhecimento e garantir cada vez mais uma melhor qualidade de vida aos reassentados”, afirmou o coordenador de Meio Ambiente e Socioeconomia da ESBR, Marco Canedo.
10 GERAL Regional Oeste
10 anos de atuação A primeira divisão fora das capitais é responsável por 25% das linhas de transmissão Há dez anos, a Eletrosul implantou em Xanxerê (SC) sua primeira Divisão Regional fora das capitais, visando atender o Oeste de Santa Catarina e parte dos estados do Paraná e Rio Grande do Sul. A empresa já estava presente na região desde 1973, quando instalou a Subestação Xanxerê. A implantação da Divisão Regional do Oeste (DROE) deu mais agilidade ao atendimento aos serviços de manutenção e apoio à operação, e representou um marco para a empresa, pois foi uma das primeiras ações da estatal no novo cenário do setor elétrico brasileiro. “No momento em que completamos 10 anos de implantação dessa Regional, aproveitamos para renovar o nosso compromisso com a qualidade dos nossos serviços e agradecemos a todos os empregados e comunidade em geral por fazerem parte dessa história”, declarou o presidente da Eletrosul, Eurides Mescolotto. A DROE é responsável pela manutenção e operação de cerca de 25% das linhas de transmissão da Eletrosul. Também é de sua responsabilidade a manutenção de
um grande sistema de comunicação de dados, interligando o Sul do País. Entre os empreendimentos de abrangência da regional, estão 15 subestações, a Usina Passo São João – primeiro empreendimento de geração hídrica 100% da Eletrosul, após
a cisão da empresa em 1997 – e a PCH João Borges. Possui Centros Regionais de Manutenção e Apoio à Operação nas cidades de Laranjeiras do Sul (PR), Campos Novos e Xanxerê (SC), Erechim, Santo Ângelo e Roque Gonzales (RS).
Finalistas de um concurso literário promovido pela Rádio Cultura de Xaxim (SC), cujo tema foi “A Escassez da Água Potável”, visitaram instalações da Eletrosul para conhecer as práticas sustentáveis da empresa na racionalização do uso de recursos naturais e priorização de fontes limpas de geração de energia. Os 23 alunos de ensino médio, representantes de cada uma das escolas estaduais participantes do concurso, estiveram no Setor de Manutenção de Campos Novos (SC), que obteve a etiqueta Nível A em Eficiência Energética, na fase de projeto e de prédio construído, pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem, e na PCH João Borges, em São José do Cerrito (SC).
Na usina, além do vertedouro e da casa de força, o grupo acompanhou todo o processo de geração hídrica, desde a formação do reservatório, condução da água, funcionamento das turbinas e geradores, retorno da água para o leito do rio e transmissão da energia. O grupo recebeu ainda informações sobre os diferentes projetos ambientais desenvolvidos no entorno da obra e ações de responsabilidade social e ambiental da Eletrosul na região.
“A atuação da Eletrosul, não apenas na geração e transmissão de energia elétrica, mas na responsabilidade e parceria com as comunidades, é um exemplo muito positivo”, declarou a gerente da emissora que idealizou o concurso literário, Cleonice Nowaki.
De olho na sustentabilidade
MEIO AMBIENTE 11
Eletrosul agora - Setembro de 2013
APP da Usina São Domingos
Recompondo o verde
Área reflorestada com espécies nativas do cerrado sul-mato-grossense tem 170 hectares Mais de 50 mil mudas de jatobás, angicos, ipês, ingás, aroeiras, patas-de-vaca e outras espécies do cerrado sul-mato-grossense foram plantadas na Área de Preservação Permanente (APP) do lago formado na junção dos rios Verde e São Domingos, na Usina Hidrelétrica São Domingos, entre os municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, ao leste de Mato Grosso do Sul. O trabalho, que faz parte do Plano Ambiental do empreendimento, durou cerca de 40 dias. Uma nova etapa de plantio está prevista para o período de outubro deste ano a março de 2014. Segundo informações do engenheiro ambiental responsável pela supervisão do plantio, Rafael Eid Shibayama, no total, 170 hectares estão sendo reflorestados com plantas nativas escolhidas a partir de inventário florestal, referências bibliográficas
da região e consultas populares. Parte das espécies plantadas provém de campanhas de coleta de sementes, que foram realizadas na área do reservatório e cultivadas em dois viveiros de produção de mudas. Paralelamente a esse trabalho, seguem as campanhas de monitoramento da fauna local, das águas superficiais do lago.
Espécies Árvores como as aroeiras são conhecidas por suas potencialidades medicinais e chegam a medir 15 metros de altura. Já os ipês podem chegar até dez metros de altura e possuem dez tipos diferentes de espécies com cores e tonalidades diversas, bastante comuns no Mato Grosso do Sul e enfeitam as paisagens entre os meses de agosto e novembro.
Espaço da Gestão Ambiental
Inventário de GEE A edição 2012 do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa das Empresas Eletrobras, publicada este ano, foi assegurada pela empresa KPMG Risk Advisory Services, uma das mais conceituadas do mercado, com o objetivo de atestar a qualidade e credibilidade dos dados, por uma terceira parte independente. O processo de asseguração, além de melhorar a cotação da Eletrobras nos principais índices dos quais já participa, poderá contribuir para seu ingresso na Bolsa de Valores de Nova York (DJSI), além de melhorar as práticas de gestão dentro das subsidiárias e aumentar a credibilidade das mesmas junto ao público externo. A verificação das emissões ocorreu em três fases distintas. A primeira foi o conhecimento da metodologia e ferramentas utilizadas para a obtenção dos dados e para o cálculo das emissões. Nas outras duas etapas, foram realizadas visitas às empresas Amazonas Energia, Chesf, Furnas, Eletronorte e CGTEE (por amostragem e relevância) e, por fim, checagem da convergência das informações. A cada edição, o conteúdo inventariado vem sendo ampliado, na medida em que novas fontes passam a ser incorporadas. Neste ano, foram incluídas as emissões de gases de refrigeração e de estações de tratamento de esgoto (ETEs), além de um relato das iniciativas de reflorestamento. Embora não entrem nos cálculos desse inventário, essas ações são um importante passo para a compensação das emissões de GEE das empresas Eletrobras. O Inventário de Emissões de GEE das Empresas Eletrobras e a Carta de Asseguração dos Auditores Independentes podem ser acessados no site www.eletrosul.gov.br.
12 especial Barco solaR
Nova alternativa de transporte na Amazônia Iniciativa inédita da Universidade Federal de Santa Catarina com apoio da Eletrobras poderá ser estendida a outras regiões do País Aplicar uma fonte de energia alternativa e com baixo custo de operação no transporte escolar e nas atividades produtivas é a proposta central do Projeto Barco Solar Amazônia, desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com apoio técnico da Eletrobras. A embarcação foi construída para atender a comunidade Santa Rosa, na Ilha das Onças, no município de Barcarena, no Pará. Os testes finais estão sendo feitos na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, e a previsão é de que o barco seja entregue aos ribeirinhos até o final do ano. O barco solar tem capacidade para transportar 22 pessoas e será utilizado, principalmente, no transporte escolar de crianças e adolescentes, feito hoje em 40 pequenas embarcações a diesel, que poluem os rios e estressam os animais devido ao ruído. Como suporta meia tonelada de carga, o veículo será aproveitado, também, para levar
suprimentos aos moradores de regiões mais afastadas e para escoar a produção local, como pescado, açaí e outros alimentos perecíveis, possibilitando a geração de renda. Adequado às condições climáticas e geográficas da Amazônia, o catamarã (embarcação de dois cascos) de 12 metros de comprimento por 3 metros de largura, possui 18 módulos solares fotovoltaicos com potência instalada de 4 quilowatts-pico (kWp), instalados na cobertura, e banco de baterias para armazenar a energia, com autonomia para quatro horas de navegação. Conta com dois conversores de energia e dois motores elétricos responsáveis pelo sistema de propulsão, com sistema de refrigeração a água (30% mais leves do que os similares com refrigeração a ar).
Investimentos Os investimentos no projeto totalizam R$ 580 mil, incluindo uma oficina solar, com 16 kWp, a ser construída no atracadouro da escola. Essa estrutura deve ser concluída em 2014 e, além de abrigar equipamentos elétricos para fabricação de gelo e purificação de água, terá um terminal para carregamento rápido das baterias do barco. “A intenção em desenvolver um transporte fluvial e alternativo é contribuir socialmente com as comunidades amazônicas”, explica o coordenador do projeto pela UFSC, Ricardo Rüther. Segundo ele, o objetivo é fabricar outros barcos que poderão ser uma opção barata de transporte em outras regiões do Brasil. O projeto foi financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e tem apoio institucional de instituições como a Universidade Federal do Pará e Instituto Ideal.