Guerreiros sem Armas
RELATÓRIO DA 13a EDIÇÃO
Guerreiros sem Armas Formação Internacional
Educação social de aprendizagem prática, em comunidade, para o melhor mundo.
Educação social de aprendizagem prática, em comunidade, para o melhor mundo.
Criado em 1999, o Guerreiros Sem Armas acaba de ter mais um lindo capítulo escrito! Após um intervalo de 2 anos devido a pandemia que atravessou a humanidade, o principal programa de formação de lideranças mobilizadoras do Instituto Elos retornou para completar a sua 13ª edição.
O GSA 2022 foi um misto de adaptação e superação! Em setembro de 2021, enquanto ainda lidávamos com as dores e incertezas de uma sociedade mais vulnerável do que nunca, jovens do mundo inteiro diziam SIM para a possibilidade de impulsionarem as
suas melhores versões, e com elas, também a melhoria do planeta. Durante meses, essas pessoas receberam acompanhamento e mentorias individuais da equipe Elos, com foco em desenvolvimento pessoal e de competências fundamentais para o exercício da liderança. Nos dois módulos iniciais foram beneficiadas mais de 10 mil pessoas e mobilizados mais de R$ 37 mil.
E finalmente, nos meses de julho e agosto de 2022, 41 jovens de 13 países tiveram a oportunidade de viver o módulo imersivo do
programa, realizado em Santos - SP. Foram 26 dias de muito trabalho, trocas e aprendizados pessoais e coletivos. Durante a imersão, Guerreiros e Guerreiras nutriram um ambiente seguro e acolhedor para acomodar reflexões profundas sobre como ultrapassar os maiores desafios do nosso tempo por meio do sonhar e do fazer coletivos.
Na Vila dos Criadores e na Vila Esperança, ambos territórios localizados na Baixada Santista e parceiros do programa, esta nova geração de líderes teve a oportunidade de conhecer a
Filosofia Elos na prática e, através dela, se conectar com os saberes, recursos, e principalmente, sonhos locais.
Sistematizamos e compartilhamos o que se construiu até aqui no GSA 2022, enquanto equipe, territórios e jovens lideranças participantes desta edição do programa, dão os primeiros passos no 4º e último módulo de formação: O Caminho da Expansão.
Com base em nossa própria experiência de aprendizagem, criamos um jeito diferente de despertar o potencial único de cada participante do programa GSA para uma jornada de liderança mobilizadora pautada em valores como diversidade, cooperação, participação e cuidado com as pessoas e com o ambiente.
Nosso compromisso é formar jovens com propósito, habilidades e proatividade suficientes para impulsionar mudanças positivas onde quer que estejam, seja no setor governamental, corporativo
ou atuando enquanto sociedade civil. A história do Guerreiros sem Armas (GSA) precede e dá origem à própria história do Elos, iniciada há mais de 20 anos para compartilhar o método que criamos e utilizamos desde a década de 1990.
Começamos, estudantes de arquitetura, com o objetivo de mobilizar a comunidade santista em torno da revitalização do Museu de Pesca de Santos. A experiência chamou à atenção do movimento de estudantes de arquitetura no Brasil e América Latina por engajar mais de 150
pessoas no processo, de uma forma participativa e onde o aprender e o fazer aconteciam de forma simultânea. O projeto de recuperação de um patrimônio que estava fechado há mais de 10 anos fazia parte de uma estratégia para repensar o ensino de arquitetura, que não levava em conta as questões sociais e a mobilização comunitária. A experiência tornou-se referência latinoamericana por seu caráter utópico conciliado com uma metodologia inovadora e uma grande dose de empreendedorismo e participação comunitária.
Com participantes do Chile, Argentina, Paraguai e Brasil, foi realizada a primeira edição do GSA, nesta época chamada de Universidade Aberta de Verão, em 1999.
A experiência tornou-se o Guerreiros Sem Armas, nome inspirado pelo mito Txucarramãe, trazido por Kaká Werá, responsável desde o princípio pelos Jogos Indígenas que integram a metodologia do GSA, e trabalham a conexão com os elementos da natureza.
“No caminho do guerreiro, cabe a você discernir o que foi tecido pelos fios divinos e o que foi tecido pelos fios humanos. Quando você principia a discernir, você se torna um Txucarramãe - um guerreiro sem armas. Porque os fios tecidos pela mão do humano formam pedaços vivificados pelo seu espírito. Essa mão gera todos os tipos de criação. Muitas coisas fazem parte de você para se defender do mundo externo, geradas pela sua própria mão e pelo seu pensamento. Quando você descobre o que tem feito da sua vida e como é sua dança no mundo, desapega-se aos poucos das armas, que são criações feitas para matar criações. De repente, descobre-se que, quando paramos de criar o inimigo, extingue-se a necessidade das armas.”.
- Kaká Werá Jecupé.As pessoas que vivenciam se tornam GSAs - quem cultiva a Filosofia Elos e traz dentro de si as qualidades dos 5 elementos (Terra, Água, Fogo, Ar e Nhanderekó), para transformar o mundo num Oasis e fazer florescer a vida em todos os lugares. Acreditamos que é preciso sair do transe da escassez predominante nas sociedades contemporâneas, para encontrar soluções para as inúmeras crises mundiais. As sociedades atuais apresentam complexidades e desafios, próprias de um panorama global interconectado nos âmbitos econômico, social, político, cultural e ambiental, baseado em um modelo de escassez que gera disputas sociais entre os grupos que vivem em situação de exclusão.
Formamos jovens a partir de uma visão inovadora, baseada em um modelo de abundância, para atuarem na transformação deste contexto tão complexo, e alcançarmos o melhor mundo para nós, para vocês e para todas as pessoas.
13 EDIÇÕES DO PROGRAMA
643 PESSOAS FORMADAS
57 PAÍSES REPRESENTADOS
997 COMUNIDADES IMPACTADAS
Caminho do Sim Processo seletivo
jan - mar
GSAs
Jogo da Abundância
mar - jun
Imersão
Caminho da Expansão ago - mar
Comunidades
Seleção
jan - mar
Preparação 13 jul - 06 ago
abr - jun ago - dez
Desenvolvimento
África do Sul
Alemanha
Angola
Argentina
Áustria
Bélgica
Benin
Brasil
Camarões
Chile
Colômbia
Cuba
Espanha
Estados Unidos
França
Gâmbia
Grã-Bretanha
Guiné-Bissau
Holanda
Índia
Itália
Libéria
México
Moçambique
Palestina
Paraguai
Polônia
Portugal
Quênia
Turquia
Ucrânia
Zâmbia
Zimbabué
Destes, 222 pessoas realizaram a Rota do Autoconhecimento, 90 pessoas finalizaram o Caminho do Sim >> 45 o Jogo da Abundância >> 41 participaram da Imersão.
A jornada de cada participante do GSA começa por uma visão auto-apreciativa para seus talentos e recursos, em um processo de autoconhecimento que passa por uma avaliação para compreender habilidades e qualidades como receptividade, adaptabilidade, foco, inclusão e autonomia. Com essa primeira imersão em si, a pessoa compreende ainda mais porque escolher fazer parte do Guerreiros Sem Armas.
Esta atividade inicial permite a cada participante construir mais clareza sobre o seu estágio presente, onde deseja chegar, que qualidades precisa desenvolver e como a sua participação no programa pode apoiar este processo de desenvolvimento.
O primeiro módulo do GSA se chama Caminho do Sim, um jogo colaborativo que se apoia em três níveis de relação: eu comigo, eu com as outras pessoas, eu com o mundo. Com isso, é possível aprender a desenvolver um olhar apreciativo sobre si, sobre as outras pessoas e a valorizar o desenvolvimento de projetos coletivos. Durante 20 dias, participantes se deparam com tarefas que permitem que o processo de autoconhecimento leve à realização de uma ação no mundo real.
90 55 PARTICIPANTES AÇÕES REALIZADAS 10.401 PESSOAS IMPACTADAS
O Caminho do Sim foi desenvolvido para ser aplicado em 3 formatos: jogo on-line, workshop presencial e entrevista individual, todas as versões do jogo são marcadas pela reflexão individual e aprendizagem através da troca, como o convite para quem participa a pensar mudanças necessárias e prototipar soluções.
As primeiras atividades desta edição aconteceram antes da pandemia, em fevereiro de 2020, e em abril de 2022, uma nova rodada foi realizada, já em um mundo pandêmico que influenciou fortemente a atuação das pessoas
participantes. Nas ações realizadas durante o Caminho do Sim, participantes prototipam soluções para as crises presentes no mundo. Os casos a seguir buscam ilustrar um pouco da riqueza das 55 ações que impactaram mais de 10 mil pessoas ao redor do mundo.
O Caminho do Sim é um jogo colaborativo e, justamente por compreender isso, a candidata Isabel uniu-se às pessoas da sua cidade natal, começando pelo seu primo. Uniram a vontade dela de realizar uma ação ligada à sustentabilidade e o impulso do primo de atuar coletivamente para gerar coisas boas para a comunidade. Foi quando pensaram na horta comunitária, e receberam apoio de diversas
pessoas, ganhando tudo, desde adubos à sementes e mudinhas. A ação mobilizou 30 pessoas para revitalizar o centro comunitário com a construção da horta, que está envolvendo a escola local, jovens e viabilizando alimentos para a comunidade.
O contexto ainda de pandemia fez Juliana usar sua intuição para realizar uma ação no projeto @projetosusvivo, com a produção de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para profissionais da saúde, e doando para médicos e enfermeiros.
Inserindo-se em uma rede, com vários microempreendedores, seu projeto colocou os talentos que dispõe somados a tantos outros talentos de diversas pessoas, cada uma realizando uma atividade, que permitiu fazer modelos de equipamentos de proteção
individual para profissionais de saúde. A realização da ação produziu 1996 escudos faciais em acetato para profissionais de saúde da cidade de Bauru.
Internacionalmente, o contexto vivenciado em diversos países é de conflitos e guerras. Neste cenário, Marta usou de sua experiência em saúde bucal com crianças refugiadas para pensar em como ensiná-las sobre higiene oral e empoderá-las a ponto de se sentirem responsáveis por seus dentes. O desafio para ela foi realizar atividades em grupo com crianças, algo fora de sua zona de conforto.
Com a ação, Marta conseguiu que 18 crianças tivessem acesso
a escovas e pastas de dentes para realizarem a escovação. E adquirirem conhecimento sobre como cuidar da higiene bucal. Nesse processo, ela envolveu crianças que estavam na Espanha, que compartilharam seu cuidado com as que estavam no Líbano, em uma troca que permitiu que crianças espanholas vissem a luta e os desafios na Síria, e as crianças libanesas se sentissem cuidadas.
As pessoas que participam do Jogo da Abundância aprendem a mobilizar as suas redes e recursos para viabilizar a realização de um projeto. Este processo implica no desenvolvimento de habilidades para estruturar e apresentar bem uma ideia, e estabelecer parcerias ganha-ganha, com contrapartidas que implicam na multiplicação do aprendizado adquirido no GSA.
45 PARTICIPANTES
273.340,00 DE CAPTAÇÃO INDIVIDUAL
A primeira ferramenta que você vai usar é um MAPA MENTAL.
Ele ajuda a organizar e tornar mais visível os componentes necessários para levantar os recursos, os seus talentos, as pessoas quem poderá contar nesta jornada, os valores que estão envolvidos na sua captação de recursos e também os obstáculos que poderiam te impedir de seguir adiante.
O MAPA MENTAL é uma ferramenta muito útil em qualquer planejamento que você possa vir a fazer! Se você desconhece o que é ou como usar um mapa mental, converse com outros jogadores, dê uma olhada neste exemplo e pesquise outros na internet.
Existem outras formas de visualizar seu PLANO DE CAPTAÇÃO: planilhas, textos, vídeos, escolha o modo que fique mais eficiente para mostrar onde e como pretende chegar.
A jovem carioca se dedica há 9 anos ao terceiro setor, onde construiu uma carreira no planejamento e gestão de parcerias. Reunindo a sua experiência em mobilizar recursos e comunicação, Renata desenvolveu uma estratégia baseada no fortalecimento de vínculos. Elaborou uma campanha que permitiu que seus apoiadores pudessem acompanhar de perto a sua jornada de transformação. Reuniu ao todo 102 pessoas na campanha. O valor arrecadado cobriu 100% do valor da sua participação no curso, incluindo a viagem do Rio de Janeiro para Santos.
O foco do processo está em garantir a participação de todo o grupo na imersão, sendo assim, os esforços da Renata também contribuíram com a campanha de captação de outra participante, cobrindo 43% dos custos com as passagens de Ivándra José, participante moçambicana. Essa interação viabilizou que as pessoas no Brasil conhecessem o trabalho realizado em Moçambique por Ivándra, jornalista, e que desafiouse a escrever seus primeiros livros infantis customizados, como uma contrapartida para os valores recebidos de apoiadores.
Dono de muita energia e habilidade de comunicação, Rafael já fez de tudo um pouco, sempre orientado pelo desejo de transformar o mundo e vivenciar essa transformação. O GSA fez uma escolha alinhada com o seu modo de vida e desejo de se capacitar com uma metodologia que pudesse contribuir com sua carreira gerindo projetos sociais.
O Jogo da Abundância trouxe uma estrutura que o apoiou a otimizar sua capacidade de enxergar oportunidades e visualizar a sua rede, os recursos disponíveis e criar estratégias para resolver um problema concreto: viabilizar sua participação no GSA em um momento de crise econômica no país.
A estratégia utilizada por Rafael foi mobilizar doadores Nota Fiscal Paulista (NFP)* e desta forma converter os recursos necessários para o Elos. Não foi fácil, mas Rafael superou a meta em 10%, com o total de 22 pessoas cadastradas como doadoras plenas na NFP.
A grande dificuldade que encontrou no processo foi lidar com a frustração das negativas, e para isso usou suas melhores habilidades: comunicação e resiliência, e investiu em acompanhar de perto as relações, revisar e mudar a abordagem, refinar cada vez mais a estratégia até alcançar o sucesso.
Ao ser selecionada para participar do GSA, Cássia ganhou uma oportunidade e um grande desafio, que contou com o Fundo de Bolsas do programa. Ela obteve uma bolsa de 100% para viabilizar a sua participação, mas precisava também chegar ao Brasil, vindo de Angola.
Ativista pelos direitos das mulheres, foi na sua rede de atuação que Cássia buscou e encontrou os recursos necessários para a viagem. O mais comovente deste caso foi o fato de que Cássia recebeu recursos daquelas mesmas mulheres que frequentam seus workshops e projetos em busca de apoio. A motivação delas era clara: que Cássia pudesse aprender mais para que dessa
forma pudesse contribuir ainda mais com a causa. Antes mesmo de vir ao Brasil, Cássia organizou, como contrapartida, um workshop de 3 dias para 45 mulheres sobre instrumentos regionais e internacionais de defesa dos direitos das mulheres. Ao final da sua preparação de vinda para o Brasil, Cássia recebeu as passagens por meio da parceria do Instituto Elos com a ABCAgência Brasileira de Cooperação,
e destinou o recurso que levantou para viabilizar a passagens de outras participantes.
"O jogo de abundância foi um momento de descoberta. O mapa mental deu- me uma visão geral sobre o meu potencial e isso permitiu com que eu tivesse a ideia maravilhosa de unir talentos e qualidades e construir do zero e em pouco tempo um livro personalizado infantil em que a criança era o personagem principal da história. E não era só sobre o livro mas também sobre criar o hábito de leitura nas crianças através da conexão da criança com a sua história e os desenhos que lá existiam para pintar. Foi um sucesso pra uma primeira fase e para um curto espaço de tempo. Consegui mobilizar umas 50 pessoas, uma turma de alunos do terceiro ano, e algumas outras pessoas. Não consegui chegar no valor desejado mas ajudou imenso, e esta ideia que surgiu no jogo de abundância irá seguir no meu estúdio criativo de artesanato, muitos pais gostaram e faz muito sentido continuar a produzi-los."
O módulo presencial do programa é marcado pelo encontro, pela presença e pela experiência. Na edição 2022, durante 26 dias, jovens de 13 países conviveram proximamente, dividindo refeições, espaço físico, sonhos e histórias.
É durante a imersão que participantes têm a oportunidade de conhecer e aplicar a metodologia Elos com a orientação de um time de facilitação experiente. São utilizadas tecnologias sociais como World Café, Open Space e Jogos Cooperativos, além de práticas da pedagogia indígena brasileira, realizadas na natureza. Participantes
aprendem a Metodologia Elos e recebem capacitação para aplicar o Jogo Oasis, enquanto atuam em territórios em situação de vulnerabilidade social, materializando os sonhos de pessoas reais.
A programação cria oportunidade para que as habilidades identificadas em cada participante, nas etapas anteriores, possam ser colocadas a serviço do grupo, cria também espaço para que cada participante se depare com suas dificuldades e busque estratégias para superá-las.
O desenho das atividades é orientado pelas 7 disciplinas
da Metodologia Elos: Olhar, Afeto, Sonho, Cuidado, Milagre, Celebração e Re-evolução. As atividades propiciam que GSAs e pessoas que moram nos territórios parceiros construam vínculos e fortaleçam a convivência ao ponto de serem capazes de realizar lado a lado algo utópico e desafiador.
Os encontros comunitários são essenciais para o desenrolar destes afetos.
Durante os eventos abertos, participantes e comunidades anfitrionam diferentes atores da sociedade, ampliando a rede de apoio comunitária. Estudantes, representantes do poder público,
universidades e comerciantes, recebem o convite para participar e contribuir.
Após a celebração, participantes se recolhem para um processo de avaliação do que foi vivido até aqui, e de olhar para o futuro. É neste momento que GSAs desenham o seu Mapa da Reevolução, um instrumento onde identificam e nomeiam os seus objetivos e projetos para os próximos meses. O Mapa da Reevolução define a trilha individual de cada participante no módulo final do Programa, o Caminho da Expansão, quando irão materializar seus projetos, agora de volta aos seus territórios de origem.
GSA 2022
32 COMUNIDADES PARCEIRAS
ao longo de
13 EDIÇÕES DO PROGRAMA
O bairro Vila Esperança está localizado em Cubatão, município da Baixada Santista. O lugar reúne aproximadamente 30 mil pessoas. Entre este universo de casas, comércios, igrejas, margeados pela Rodovia Imigrantes e o mangue, participantes do programa tiveram a oportunidade de conhecer as pessoas que moram na região do ponto final do ônibus.
duas direções, comércio e sempre muita gente nas ruas, em uma movimentação constante. Gente criativa e esperançosa, que dá vida à comunidade desde a década de 1970, e que, há mais de 20 anos anseia por medidas de regularização fundiária e reurbanização, persiste na luta para tornar a Vila um lugar melhor.
No raio de atuação demarcado, aproximadamente 500 pessoas residentes estão organizadas com suas famílias em casas de alvenaria e barracos de palafitas. Nas casas, plantas bem cuidadas, materiais de construção na porta para fazer melhorias e plaquinhas com mensagens de boas vindas.
A comunidade é contornada pelo mangue, com alguns animais que ali habitam, como o famoso guarávermelho - um típico pássaro do litoral da América do Sul e uma das belezas encontradas por participantes. Entre as vielas e casas, um canal com o esgoto à céu aberto, e do outro lado, uma extensa linha de trem em funcionamento, ladeada pela Rodovia dos Imigrantes, um importante acesso para toda a região da Baixada Santista. A Avenida Principal está paralela a este intenso fluxo de trens e veículos, e percorre toda a comunidade, com carros parados dos dois lados da avenida, comércios, ônibus e veículos circulando nas
Vila Esperança é um território grande, com diferenças ao longo da vila, e lideranças conduzindo ações em cada região. As mulheres do local tem se fortalecido para uma atuação coletiva, com uma capacidade de mobilização, e trabalhando coletivamente principalmente no cuidado. Edite, Maria, Iraci, Eloá, Francisca, além de Antonio, Heleno, Maiko, Wanderson, são algumas das pessoas que conjugam o verbo Esperançar nessa comunidade.
“Pessoas de idades diferentes, mulheres juntas, uma bicicleta passando, música, som de cozinha, vento na minha pele... Percebi como eu estava tranquila, uma sensação de paz, e que na verdade eu poderia estar em muitos outros lugares que eu já conhecia: em uma vila na Polônia, numa cidade à beiramar. Foi emocionante lembrar que quando deixamos de ver o que nos ensinam a ver, podemos ver a beleza.”.
SHOW DE TALENTOS
70 PESSOAS RESIDENTES NA VILA
Durante o Olhar e o Afeto, participantes buscam, e encontram, belezas, talentos, histórias e recursos nos territórios: pessoas que sabem cantar, dançar, cozinhar, construir. O Show de Talentos representou a primeira grande realização coletiva do time de GSAs da Vila Esperança.
Foram cerca de 70 pessoas presentes no total, entre eles adultos e crianças, GSAs e pessoas da Equipe Elos, que realizaram uma noite memorável na Associação de Bem com o Mangue, local que ao longo da imersão acolheu as atividades do programa.
Em cada comunidade parceira, os sonhos a serem construídos são decididos coletivamente. É neste encontro que o sonho ganha a sua primeira forma, em uma maquete construída a muitas mãos. Construir a maquete envolve negociações complexas, realizadas de forma lúdica. As pessoas que vivem na Vila Esperança sonharam e projetaram duas áreas de lazer para o bairro.
- Área de lazer para as crianças com escorregador e brincadeiras pintadas na calçada, com cerca de proteção;
- Opções de lazer para jovens e adultos, com mesa de ping pong e pebolim;
- Jardim vertical, com pintura nas paredes e instalação de bancos e lixeiras;
- Geladeiroteca, com livros.
“Pra mim foi um desafio permitir que as pessoas sonhassem, porque a princípio a gente perguntava quais eram os sonhos delas, pessoais ou da comunidade, e muitas não sabiam o que responder, ou falavam que não tinham sonhos. Mas uma coisa que eu percebi é que eles tinham um sonho em comum: melhorar a comunidade e [ter] espaço para as crianças. E, ao mesmo tempo, também percebi que eles têm sonhos pessoais muito simples e muitos deles as pessoas que estão aqui também já sonharam. Por exemplo, a gente encontrou pessoas que queriam terminar a faculdade, os estudos; ou de uma menina, que o sonho dela é ser dançarina de balé ”.
- Julia Pádua - Brasil (GSA 2022)Os 3 dias de mão na massa contaram com 275 participações de pessoas trabalhando na construção do sonho coletivo. A metodologia cria caminhos para que estes sonhos sejam construídos a partir dos recursos e talentos existentes. Foram construídos os dois locais de lazer sonhados por moradores e moradoras:
Área 1
Mesa de ping-pong, jardim vertical, geladeiroteca, instalação de bancos e lixeiras, escorregador e brincadeiras pintadas na calçada para as crianças, cerca de proteção na área, pintura nas paredes, mobilização da CET para o retoque na pintura da faixa de pedestres.
Área 2
Área de lazer para as crianças com brinquedos: escorregador, balanço e gangorra; brincadeiras pintadas na calçada; pintura das paredes, incluindo restauração dos grafites, plantação de mudas de árvores e plantas; construção de rampa para acessibilidade ao local e escada, instalação de bancos e mesas.
“Quando eu cheguei aqui [no mutirão], vi uma menina saindo pra buscar pedra. Perguntei pra ela: 'você tem carro?', ela disse 'não'; você tem dinheiro?', ela disse 'não'. 'Então como você vai arrumar pedra?' E ela disse: 'não sei, mas eu vou conseguir'. Ela saiu tão determinada, nunca tinha visto isso. Daí eu fui lá, peguei a carretinha pra buscar a pedra e ajudar. Eu vou me lembrar disso pra sempre.”.
- Sebastião Ribeiro, conhecido como Zumbi, liderança comunitária (Vila Esperança)
- Área de lazer para crianças
- Geladeiroteca
- Mesa de ping-pong
- Pintura dos muros
- Cerca de proteção da área
- Parquinho para crianças
- Pintura das paredes com restauração dos grafites
- Rampa de acesso
Alguns dias após o mutirão, já era possível ler sinais dos efeitos do trabalho coletivo na Vila Esperança. A praça sob o viaduto não tinha iluminação quando o grupo de GSAs partiu no último dia do Mão na Massa. Como a energia elétrica surgiu então? O senso de pertencimento e protagonismo se revelam nos detalhes, em como por exemplo moradores e governo local se articularam para melhorar aquilo que foi construído de forma coletiva. Esta é uma evidência de que a comunidade se apropriou do que foi realizado e assumiu responsabilidade. No Encontro de Futuro estiveram presentes 60 moradores e moradoras. A energia do encontro mostrava claramente que o sonho da comunidade está sendo construído, e um dos resultados mais celebrados era a união no bairro. Neste encontro as pessoas presentes se responsabilizaram por novos sonhos a serem realizados no curto prazo:
- Espaço de cultura e lazer, uma nova praça com mais brinquedos, pista de skate, centro comunitário e espaço para eventos;
- Iluminação nos locais de área de lazer construídos no mutirão, com mais brinquedos nesses espaços;
- Horta comunitária;
- Campo de futebol;
- Reforma e construção da capela Divina Misericórdia.
- Educação e geração de renda, com cursos de capacitação, feira de empreendedorismo, projeto de música/banda, lojas.
Durante o módulo de imersão, as pessoas que residem na Vila Esperança, juntamente com participantes GSA e voluntárias, vivenciaram na prática o potencial de se unir para realizar seus sonhos. Depoimentos demonstraram a percepção de quem vive na Vila Esperança de que é possível fazer acontecer, com os recursos e talentos disponíveis, e que é importante agregar as ideias e desejos de pessoas diferentes, que moram em pontos distintos do bairro, para que de fato, sonhem um sonho coletivo.
Ao longo dos dias trabalhando em comunidade, a integração foi algo que chamou a atenção e inspirou participantes. O envolvimento foi crescente, de todas as pessoas, em especial das jovens. Esse processo fortaleceu vínculos, uma relação de confiança entre GSAs e moradores. Isso também aconteceu com as lideranças comunitárias, institucionais e afetivas.
GSAs avaliaram positivamente a realização de duas ações, em pontos diferentes, o que aumentou o grau de dificuldade do mutirão realizado na Vila Esperança, assim como também avaliaram positivamente o fato da manutenção do espaço ser realizada pela própria comunidade dias depois da ação.
O maior desafio encontrado na Vila Esperança, na avaliação de participantes do GSA, foi lidar com os diferentes grupos existentes no território, conciliando divergência de interesses, mediando conflitos, buscando promover a integração.
A dificuldade de articulação e diálogo com o setor público, essencial para o desenvolvimento das ações, trouxe um cenário com menos apoio institucional para obtenção de recursos materiais e de transporte.
No início dos anos 70, o território era o destino de todos os resíduos sólidos da cidade de Santos. Nessa época, algumas famílias viviam da coleta desses resíduos e com o passar dos anos, mais famílias foram ocupando o local, aumentando o número de habitantes, até que em 2003 instalou-se um aterro sanitário. Atualmente, vivem em média 4 mil pessoas na vila, com seu nome estando conectado com a criação de animais no local, que situa-se no bairro da Alemoa.
O território está passando por um processo de congelamento da área, para inviabilizar a expansão. Há uma decisão judicial de retirada das famílias e todo mês acontecem vistorias para controlar a construção de mais habitações.
Isso mobilizou quem mora no local para se unir ainda mais e trabalhar coletivamente. Uma potência de auto-gestão das pessoas, mais autônomas e com vários talentos, com disponibilidade para compartilhar seus conhecimentos, fortalecendo as relações locais.
Pela primeira vez na região de Santos está acontecendo uma Câmara Judicial, idealizada pela juíza Fernanda Menna com a intenção de unir secretarias do município, guarda civil, ouvidoria pública e lideranças comunitárias em reuniões mensais para a melhor tomada de decisão em relação ao processo de congelamento e destinação da área.
“Todas as pessoas que a gente falava na comunidade hoje não traziam histórias tristes, sempre histórias muito alegres. Ao conversar com essa senhora sobre de onde a gente vem e o modo de como fomos criados, o modo como ela cria os filhos dela, foi muito parecido com aquilo que eu já vivi. Era muita coisa. Tivemos que voltar no período da tarde. Ela abriu a sua casa, ofereceu presentes. O que vivemos foi muito profundo. Eu venho de uma sociedade muito machista e a demonstração de afeto, dar e receber afeto não é característica de muito homem. E à medida que fomos compartilhando as histórias, eu fui percebendo que estava dando e recebendo afeto. O que eu aprendi e vou levar pro resto da vida é que dar o afeto não me torna vulnerável. ”
- Katró Inácio Unjila - Angola (GSA 2022)
SHOW DE TALENTOS
62 PESSOAS
Entre adultos e crianças, 62 pessoas presenciaram o show, que teve 11 apresentações, incluindo dança, culinária, artesanato e capoeira e momentos de transformação com cabeleireiros.
As pessoas que residem na comunidade conseguiram colocar os sonhos em uma maquete e decidiu, no encontro, que seria realizado um Centro Comunitário, com parquinho e praça. O espaço significa o fortalecimento do pertencimento da população ao local, promovendo união e compartilhamento de conhecimento.
Local da intervenção: Rua A, altura 390.
Sonhos Realizados:
- Construção da fundação da obra do Centro Comunitário, além de 3 fiadas de bloco por parede do centro;
- Pintura nos muros laterais no terreno do Centro Comunitário e da quadra existente no bairro;
- Parquinho e instalação de dois bancos e mesas;
- Jardinagem, com cerca, horta vertical e um jardim comunitário;
- Portal de entrada e placas.
“Nós entendemos com a chegada dos GSAs, pessoas de diferentes países que vieram, que eu não preciso saber tudo, mas posso sim compartilhar o meu conhecimento. Eu trouxe o meu, o outro amigo trouxe o conhecimento da construção, dona Lenir trouxe o conhecimento dela de fazer comida e aí a gente fez sonhos acontecer. Quando cada um doa o que tem, a gente chega num sonho coletivo. Cada um deu o que tinha e a gente fez acontecer com muito respeito. Espero que a gente não perca isso com a saída do GSA. Ninguém é melhor do que ninguém e podemos fazer juntos, só depende de nós.”.
SONHOS REALIZADOS
- Estrutura de fundação do Centro
Comunitário
- Pintura dos muros
- Parquinho
- Jardim e horta vertical
- Portal de entrada e placas
Os sonhos de curto, médio e longo prazo de quem vive na comunidade gerou compromissos durante o encontro.
No curto prazo, foram definidos:
- Terminar a construção do centro comunitário;
- Adequar o acesso ao campo;
Médio Prazo
- Funcionamento do centro comunitário, com cursos profissionalizantes, biblioteca, cinema comunitário mensal e jantar solidário.
Longo Prazo
- Regularização fundiária;
- Reforma da quadra;
- Urbanização;
- Policlínica;
- Saída de carro para a avenida.
“Da lama que saem grandes joias. A maneira de ser lapidada de cada pedra, depende de nós. Depende de cada um daqui da comunidade. Ouvi uma música domingo que me chamou muita atenção: sozinho não fazemos nada. Não quero ser andorinha sozinha não, quero estar em bando fazendo com todo mundo. Eu aprendi a dominar meus demônios. Eu quero me tornar um Guerreiro Sem Armas. Façam a parte de vocês.”.
- Antônio Carlos, morador da Vila dos Criadores
No início da imersão, foi obtida autorização judicial para construção do centro comunitário em alvenaria, solicitado pelas lideranças, o que fortalece a autoestima e a luta pela permanência no território.
Ao longo da imersão, foi o diálogo que tornou possível construir coesão e união para realizar o centro comunitário, sonho antigo de mais de 10 anos.
Estabelecimento e restabelecimento de relações comunitárias estremecidas ou inexistentes; novas formas de se relacionar dentro dos casais/famílias e a possibilidade de sonhar com novas atividades no âmbito comunitário, agora que existirá um espaço para isso.
Questões geradas a partir dessas experiências, como quais grupos de trabalho surgirão após a finalização da construção do centro comunitário; como se dará a gestão do espaço e seguir construindo e fortalecendo diálogo e coesão com as diferentes lideranças comunitárias e grupos.
Inserido na programação do GSA, o Diálogos Elos é um momento em que buscamos experiências inspiradoras para potencializar as reflexões sobre diferentes caminhos para transformar. A programação prevê, além daqueles encontros realizados nos territórios, momentos de reflexão e aprendizagem, quando trazemos convidados que apresentam temas que se relacionam diretamente com a realidade e os desafios encontrados nas comunidades. Essa troca dá mais consistência às ações, além de fortalecer o senso crítico e coerência de quem participa do GSA.
Em 2022 o Diálogos Elos criou espaço para a discussão de como as questões raciais estão intricadas nas questões sociais, e o poder curativo de atividades regenerativas em territórios vulneráveis. Escutar as pessoas convidadas, refletir sobre as diferentes realidades representadas no grupo de participantes, trocar impressões e experiências, foi o que marcou este encontro, gerando aprendizados profundos.
Educadora popular e militante do Núcleo UNEafro Brasil Ilda Martins na Fazenda da Juta. Também é artista e pesquisadora da Coletiva Emana que constrói arte e ações educativas baseadas no feminismo interseccional em Sapopemba. Integra o Conselho Consultivo da Casa Sueli Carneiro e é CoVereadora da Mandata Coletiva QUILOMBO PERIFÉRICO na Câmara Municipal de São Paulo.
Integra o coletivo sócio educativo Resenha Poética da Várzea e participa da Frente Nacional de Mandatas e Mandatos Coletivos. Ex-educador popular da Incubadora Municipal de Economia Solidária de São Paulo. Empreendedor Social da SPeriferia Economia da Cultura, Criativa e Solidária. Foi articulador cultural na agência Solano Trindade e na Rede Juvesol - Juventudes e Economia Solidária, produtor do Festival Percurso.
Terapeuta social, educador físico, neuropsicopedagogo, pedagogo de emergência e do trauma com foco em violência sexualizada. Cofundador da Associação da Pedagogia de Emergência no Brasil, esteve em Janaúba e Brumadinho, e como membro e coordenador pedagógico das intervenções do time internacional, em locais como Quênia, Filipinas, Faixa de Gaza e Iraque.
Guerreiro Sem Armas 2017, foi o mediador da mesa de diálogo. Graduou-se em Engenheira de Produção e atua na Imaginable Futures, uma organização de filantropia que investe em educação no Brasil, Quênia, África do Sul e EUA. Foi coordenador de políticas públicas na Educafro, coordenador nacional do Movimento Acredito e coordenador de diversidade e inclusão na Tribo.
Samuel EmílioAs atividades abertas para todas as pessoas interessadas em conhecer o Elos e o programa GSA são uma oportunidade de trocar experiências com 41 jovens de 13 países, além de conhecer de perto os territórios, as pessoas que vivem lá e os sonhos que as movem.
ENCONTRO DE SONHOS
124 PESSOAS
Com o objetivo de estimular a capacidade de sonhar, representantes de territórios que se aproximam das realidades vividas nas comunidades, são convidadas a compartilhar seus projetos e o que planejam para o futuro que permitirá transformar o mundo no lugar que sonhamos. A apresentação é seguida por rodas de conversa, onde surgem muitas perguntas sobre como foi possível realizar tudo aquilo, quais os desafios enfrentados, por onde começaram. O resultado: uma sensação crescente de que "nosso sonho também pode ser realizado".
Acolhemos, reconhecemos e celebramos com alegria a contribuição de todas as pessoas na conquista coletiva. Em cada cultura, a celebração marca os ciclos e acontecimentos da vida, e fortalecer esses rituais é um convite para valorizar a vida. É quando as pessoas envolvidas podem compreender de forma viva o poder da materialização dos sonhos coletivos.
Para aprofundar a reflexão sobre o mundo em que vivemos, e aprofundar a abordagem pedagógica do programa, foi convidada uma série de profissionais para dar vivências e oficinas práticas.
André Moraes - Música do Círculo
Rodolpho Martins - Jogos Cooperativos e Musicooperação
Kaká Werá - Jogos indígenas
Ita Gabert - Comunicação & Confiança
Hermes de Sousa - Unidiversidade da Quebrada, NUA
Giselle Paulino - Unidiversidade da Quebrada, NUA
Samara Faustino - presidente da Associação dos Cortiços do Centro (Paquetá, Santos-SP)
Vilma Martins - Mulheres do GAU
Aladje Mané - Centro Educacional Amizade São Paulo, de Guiné Bissau
Braima Embaló - Centro Educacional Amizade São
Paulo, de Guiné Bissau
Lassana Mané - Centro Educacional Amizade São
Paulo, de Guiné Bissau
Mariama Baldé - Centro Educacional Amizade São
Paulo, Guiné Bissau
Tony Marlon - GSA 2009
Sérgio Luciano - GSA 2014
Priscilla Pereira - GSA 2014
Felipe Ferreira - GSA 2014
Raphael Schmidt - GSA 2014
Gestão financeira GSA 2022
COMPONENTES DO ORÇAMENTO:
1
PLANEJAMENTO E GESTÃO
equipe de desenvolvimento e produção do programa, captação de parcerias e mobilização de recursos, relações institucionais, design gráfico do conteúdo metodológico e assessoria de imprensa.
R$216.260,00
4
IMERSÃO GSA
despesas administrativas, alimentação, hospedagem, telefone, internet, kit saúde, adequação do espaço, transporte, materiais de papelaria, eventos externos, equipe de facilitação do processo e consultorias externas contratadas, impressão de material pedagógico e de comunicação.
R$528.455,00
2
CAMINHO DO SIM divulgação, desenvolvimento e realização dos materiais de comunicação, atração de participantes, processo seletivo virtual e acompanhamento de participantes.
R$105.255,00
3
JOGO DA ABUNDÂNCIA
criação e disponibilização do conteúdo do jogo em plataforma virtual e acompanhamento na captação individual de cada jovem que chega a esta etapa.
R$60.300,00
5
CAMINHO DA EXPANSÃO manutenção da plataforma do Caminho, acompanhamento virtual de participantes e presencial das comunidades por 6 meses.
R$87.730,00
6
DESPESAS EXTRAS
apoio na busca de passagens, passaporte, deslocamentos de participantes.
R$70.000,00
TOTAL: R$1.078.000,00
20% GESTÃO
8% CAMINHO DA EXPANSÃO
6% JOGO DA ABUNDÂNCIA
10% CAMINHO DO SIM
7% DESPESAS EXTRAS
49% IMERSÃO
Viabilizar o módulo de imersão em 2022 foi um lindo sonho coletivo, que se tornou realidade. Faz parte do jeito Elos de ser buscar parcerias que estejam alinhadas ao nosso propósito e de nossos programas. No Guerreiros Sem Armas não é diferente, e é por isso que ficamos muito felizes em dar destaque às organizações que nos apoiaram a tornar essa edição real!
Um agradecimento especial a todas as instituições que contribuíram para que isso fosse possível, acolhendo as atividades nas Vilas Esperança e dos Criadores: Associação de Bem com o Mangue, Capela Divina Misericórdia, moradoras que abriram as portas de suas casas para o GSA 2022 e Guias de turismo na Praia Itaguaré.
TV A Tribuna
Revista Nove
Perfil Instagram de Frá Pinho
Perfil VegMag Brasil
Direto da Fonte - Gilberto Amendola
Bloco de Notas - Lideranças
Cubatão Notícias
Tv Câmara Cubatão
A divulgação do programa GSA 2022 trouxe fortemente a narrativa de que o propósito do Elos ao realizar este ano a 13ª edição é uma resposta para um mundo em crise. O Programa está cheio de histórias de afeto, de cuidado e de milagre.
Nossa divulgação aconteceu prioritariamente no Instagram (@elosbrasil), principal veículo de comunicação das pessoas que participam e de interessadas em conhecer mais do programa, de modo conceitual e também permitindo que as pessoas acompanhassem a rotina da etapa de imersão. O Facebook do Instituto Elos (www.facebook.com/Institutoelos), compartilhou o conteúdo do Instagram, com repostagem na página do (www.facebook.com/GuerreirosSemArmas)
Foram publicados 16 posts exclusivos sobre o Guerreiros Sem Armas. O diferencial desta edição foi a publicação de vídeos em formato reels, funcionalidade do app do Instagram. Foram produzidos 8 vídeos reels, que alcançaram um total de 34.520 visualizações.
16 POSTES
Coordenação Geral
Mariana Gauche Motta
Núcleo de Gestão
Mariana Gauche Motta
Natália Torres Dittmar
Rodrigo Rubido Alonso
Núcleo Pedagógico
Daniella de Souza Dolme
Jamerson Mancio
Natália Torres Dittmar
Natasha Mendes Gabriel
Rodrigo Rubido Alonso
Financeiro
André Pascoal
João Luiz Agapito
Yasmin Nascimento
Captação de Recursos
Bruna Bellandi Perchiavalli
Rodrigo Rubido Alonso
Infraestrutura
Mariana Gauche
Natália Torres Dittmar
Rebeca Alonso
Silvana Contreras
Comunicação
Ariane Lopes Mates
Bruno Matinata
Daniela Corrêa e Castro
Felippe Cordeiro
Henrique Neves
Lia D’Amico
Sawara Santos Silva
Val Rocha
Tradução e interpretação
Hannah Needleman
Lia D´Amico
Facilitação do Caminho do Sim
Jamerson Mancio
Natália Torres Dittmar
Apoio:
Francina Buonanotte
Mariana Felippe
Mirian Fonseca
Rodrigo Rubido Alonso
Val Rocha
Facilitação do Jogo da Abundância
Francina Buonanotte
Jamerson Mancio
Mirian Fonseca
Natália Torres Dittmar
Apoio:
Bruna Bellandi Perchiavalli
Lara Rolim Schlittler
Facilitação da Imersão GSA
Aline Bento
Daniella de Souza Dolme
Francina Buonanotte
Hannah Needleman
Jamerson Mancio
Mariana Felippe
Mirian Fonseca
Natasha Mendes Gabriel
Rodolpho Martins
Registro fotográfico
Paulo Pereira
Registro de vídeo
Caio Fiuza
Alimentação
Ana Macedo Avelar GSA 2012 e Ana Luize do projeto @sagradonutrir foram responsáveis pela alimentação de todo o programa Guerreiros Sem Armas 2022.
O foco principal dessa cozinha é o AFETO!
Prezam por um alimento que seja belo, saboroso e nutritivo.
Acreditam e gostam de compartilhar a biodiversidade, valorizando produtores locais e de agricultura familiar.
O cuidado com as necessidades individuais e com os alimentos que respeitam a Terra estão presentes no
trabalho dessas Mulheres, que através do alimento expressam seu amor ao próximo e a nossa terra.
Todo esse CUIDADO e AFETO é um processo educativo para criarmos uma cultura de Nutrir e ser Nutrida com respeito, amor e paz.
Ana Macedo Avelar
Ana Paula Garcia Luize
Barbara Marques Prado
Davi Macedo Avelar
Liana Rodrigues Batista
Rhauna Nemer Damous
Stella Melo Oficinas
Aline Bento - Compostagem
Ana Macedo Avelar - Culinária
André Ebert de Moraes - Música do Círculo
Ariane Lopes Mates - Artes Manuais
Felipe Denz - Culinária
Francina Buonanotte - Artes Manuais
Izabela Caldeira - Música do Círculo
Laura Alonso - Artes Manuais
Mirian Fonseca -de Artes Manuais
Paulo Farine - Compostagem
Rosane Teixeira - Artes Manuais
Sawara Santos Silva - Artes Manuais
Silvana Contreras - Artes Manuais
Rodolpho Martins
Danças Circulares
Aline Bento
Jogos Indígenas
Kaká Werá
Workshop de Comunicação e Confiança
Ita Gabert
Diálogos Elos
Alex Borges Barcellos
Débora Dias
Reinaldo Nascimento
Samuel Emílio
Encontro dos Sonhos
Aladje Mané
Braima Embaló
Giselle Paulino
Hermes de Sousa
Lassana Mané
Mariama Baldé
Samara Faustino
Vilma Martins
Encontro de Re-evolução
Felipe Ferreira - GSA 2014
Paulo Farine - Instituto Elos / GSA 2009
Priscilla Pereira - GSA 2014
Raphael Schmidt - GSA 2014
Sérgio Luciano- GSA 2014
Tony Marlon - GSA 2009
Festa de Celebração
Rodolpho Martins
Apresentação Musical
Coletivo Antirracista Ojú Obá:
Andrew Lee
Deivson Santana
Dyego Costa
Kaike Bernardes Sena
Karine Macedo
Mariana Felippe de Oliveira
Rafael Souza Vieira
Agradecemos a todas as pessoas e organizações que nos apoiaram a tornar essa edição real e impulsionar o movimento de fazer acontecer já o mundo que sonhamos!
FICHA TÉCNICA
Realização da publicação e projeto
editorial
Instituto Elos
Coordenação
Mariana Gauche Motta
Fotografia
Paulo Pereira
Projeto e produção gráfica
Ariane Lopes Mates
Texto e edição
Daniela Corrêa e Castro
Revisão
Val Rocha
Natália Torres Dittmar
INSTITUTO ELOS
Rua Marechal Hermes, 37 Boqueirão, Santos - SP, Brasil
CEP: 11025-040
institutoelos.org
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