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abril 2007 :: ano 4 :: nยบ 40 :: www.revistawebdesign.com.br

AGร NCIAS a disputa pelos grandes projetos

E-mais: Dicas para portfรณlio Debate: Assinatura de projetos E D I T O R A

R$ 9,90

Entrevista: Sites de entretenimento

I SSN 1806 - 0099

9 771806 009009

00040

Tutorial: Actionscript bรกsico



4 :: quem somos

Editorial Será que a Revista Webdesign resolveu tratar das transformações

Direção Geral Adriana Melo Direção Executiva Sergio Melo

no ecossistema do planeta? Apesar da importância do tema, não. Na ver-

Direção de Redação Luis Rocha

dade, nesta edição falaremos sobre outro ambiente, mais precisamente

Criação, Diagramação e Ilustração Camila Oliveira Leandro Camacho Beto Vieira

sobre as transformações no mundo digital. A principal delas envolve o modelo de negócios no desenvolvimento de um plano de comunicação interativa. Afinal, de olho no crescimento do hábito de uso da internet, parece se tornar uma tendência gradual as empresas de grande porte direcionarem verbas cada vez mais generosas para a web. Diante disso, um dos grandes questionamentos para o futuro deste mercado é: caminhamos para uma “queda-de-braço” entre as agências

Publicidade Débora Carvalho Felipe Back Gerência de Tecnologia Fabio Pinheiro Desenvolvimento Web Cadu Sant'Anna

de publicidade e as agências digitais na conquista pelos grandes projetos

Financeiro Cristiane Dalmati

on-line? Para encontrar algumas respostas, vá até a página 30 e confira

Atendimento Luanna Chacon

a análise de profissionais de agências como Africa, AG2, AlmapBBDO, Gringo.nu, 10’Minutos e Wunderman Brasil. Além disso, a edição de abril traz uma despedida de uma colunista muito querida pelos nossos leitores: Marcela Catunda decidiu parar de escrever a Bula da Catunda e apresenta seus motivos na página 70. Apro-

Atendimento aos assinantes atendimento@arteccom.com.br Redação redacao@arteccom.com.br Anuncie publicidade@arteccom.com.br

veitamos para agradecê-la por compartilhar seu bom humor e brilhantismo ao longo desses três anos de parceria, lembrando que o espaço da revista continua aberto para as suas contribuições. Em maio, Ricardo Figueira, VP de Criação da AgênciaClick, assume o posto como novo colunista, prometendo trazer as principais novidades

A Arteccom é uma agência especializada na criação de sites e responsável pelos seguintes projetos: Revista Webdesign :: www.revistawebdesign.com.br Concurso Peixe Grande :: www.arteccom.com.br/ webdesign/peixegrande Encontro de Web Design :: www.arteccom.com.br/encontro Fórum Internacional de Design e Tecnologia Digital :: www. arteccom.com.br/find Projeto Social Magê-Malien :: www.arteccom.com.br/ong

que movimentam o mercado de publicidade on-line. Criação e edição

Boa leitura, Um abraço,

Luis Rocha.

www.arteccom.com.br

Produção gráfica www.prolgrafica.com.br

Distribuição www.chinaglia.com.br

9

:: A Arteccom não se responsabiliza por informações e opiniões contidas nos artigos assinados, bem como pelo teor dos anúncios publicitários. :: Não é permitida a reprodução de textos ou imagens sem autorização da editora.

O Leão ainda vai ser o Rei da Selva?

Equipe


menu :: 5

apresentação pág. 4 quem somos pág. 5 menu

contato pág. 6 emails pág. 6 fale conosco

fique por den tro pág. 8 métricas e mercado pág. 10 direito na web pág. 11 post-it portfólio pág. 12 agência: Sapien pág. 18 freelancer: Marcelo Baldin pág. 20 ilustração: Maikon Nery

matéria de capa pág. 22 entrevista: sites de entretenimento pág. 30 reportagem: a luta pelos grandes projetos

e-mais pág. 38 debate: assinatura de projetos pág. 44 e-mais: portfólio on-line pág. 51 estudo de caso: Moptop pág. 56 tecnologia na web: Mashups pág. 60 tutorial: Actionscript - Parte 1

com a palavra pág. 64 webwriting: Bruno Rodrigues pág. 66 tecnologia: Paulo Rodrigo Teixeira pág. 68 marketing: René de Paula Jr. pág. 70 bula da Catunda: Marcela Catunda pág. 72 webdesign: Luli Radfahrer


6 :: emails

Assunto: Despedida da Catunda

Assunto: Dicas técnicas

de outubro de 2006, o valor médio pago para um estagiário na área era

Cadê a Catunda? Quando vejo

Sou assinante da revista há alguns

de R$ 584,00. Os dados são da 20ª

a revista na minha caixa de

meses e gostaria de frisar a idéia

Edição da Pesquisa Salarial Catho

correio, corro para abrir e a

de uma seção somente com

(www.catho.com.br).

primeira coisa que eu leio (e me

códigos de exemplo, curiosidades,

divirto muito) é a Catunda... E

tutoriais abordando CSS, HTML,

olha que, em janeiro, ela já tinha

PHP e demais linguagens. A

abandonado a gente... :(

revista está de parabéns pelas

Luciana luciana@metropolis.srv.br

seções, mas está faltando a

Muito boa a edição de março,

programação web (dica pessoal

Não recebi a resposta de um

principalmente a matéria sobre

e de demais observadores da

e-mail que enviei para vocês e

“Sinfonia das Cores”. Mas o que

revista). Pensem nisto. Obrigado!

fiquei triste. Vocês sempre me

houve, não tem a matéria da

respondem. Aí, minha revista

Marcela Catunda nessa edição?

Michael Henrique michael182_659@yahoo.com.br

na web Assunto: Direito Surpresa!!!

área com demonstração da

Edson Santos ejsiteonline@gmail.com

Olá, Michel, agradecemos sua

coração quando vi meu e-mail

Edson e Luciana, infelizmente a

técnicos acabam sendo abordados

publicado. Muito obrigada!

Catunda decidiu parar de escrever a

nas seções “Tecnologia na Web”

Abaixo, está um texto que fiz

“Bula da Catunda”. Ficamos muito

e “Tutorial”. Nesta edição, por

Estive fazendo algumas

tristes, mas entendemos os motivos

exemplo, iniciamos um tutorial

pesquisas e, visitando o site

favor me avisem se quiserem

dela. Afinal, só temos a agradecê-la

sobre Actionscript básico. Vá até a

da 10’Minutos, me chamou

acrescentar, tirar ou mudar algo:

pelo tempo que contribuiu para que

página 60 e confira a novidade!

a atenção a quantidade e

“A Webdesign é a melhor revista

a Revista Webdesign se tornasse uma

variedade de prêmios da agência

da área de internet. Mas não se

publicação respeitada no mercado.

(www.10minutos.com.br/premios.

restringe a isso, sendo ótima

Nesta edição, publicamos a coluna

php). Gostaria de saber se

leitura e fonte de informação

de despedida, onde ela explica os

vocês já fizeram ou pretendem

para todos os tipos de artistas e

motivos de sua saída.

deste mês (março) chegou e quase tive um ataque do

para colocar no meu site, por

observação. Estes assuntos mais

fazer uma matéria a respeito de concursos / premiações que

designers. Diferente das outras que só mostram tutoriais e softwares, a Webdesign fala de

na web Assunto: Direito Premiações na web

ocorrem no Brasil e no mundo. nade web Assunto: Direito Cadastro portfólios

mercado de trabalho, legislação,

Sou designer e gostaria de saber

solução de problemas... Ainda

se vocês possuem algum cadastro

tem crônicas de profissionais

de portfólios a serem publicados

Um grande abraço e parabéns pelo trabalho! Guilherme Dienstmann guilhermehd@brturbo.com.br

da área, que além de ensinar e

na revista. Obrigado!

Oi, Guilherme, publicamos uma

dar dicas, são muito divertidas.

Igor Cardoso igur@globo.com

reportagem chamada “O que é

Se você ainda não conhece, dá

que esse site tem?”, na edição web Assunto: Direito Valor denaestágio

uma passadinha no site, lá tem

Igor, no site da Revista (www.

também download de modelo

revistawebdesign.com.br),

Vocês sabem me dizer o valor

de briefing, contrato, tabela de

no lado esquerdo, canto

médio que é pago para um

preços... eles pensam em tudo!”

superior, há um pequeno box

estagiário em Web Design,

Carolina carolla_ps@yahoo.ca

para você cadastrar o seu

trabalhando oito horas por dia?

portfólio (agência, freelancer

Obrigada!

Bom, Carolina, parece que a

ou ilustração). Recebemos uma

nossa pequena “surpresa” deu

quantidade considerável de

Líbini Araújo libini.araujo@gmail.com

certo! :-) Seu texto ficou ótimo,

portfólios e vamos avaliando

Líbini, na última pesquisa de média

agradecemos sua divulgação e

quais poderão ser publicados.

salarial que publicamos na seção

continue participando!

Cadastre-se e boa sorte!

“Métricas e Mercado”, na edição

fale conosco pelo site www.revistawebdesign.com.br :: Os emails são apresentados resumidamente. :: Sugestões dadas através dos emails enviados à revista passam a ser de propriedade da Arteccom.

de dezembro de 2006. Nela, apontamos as principais premiações e os critérios utilizados para se definir a qualidade de um site.



8 :: métricas e mercado

Navegação residencial por internauta - Janeiro/2007 País

Tempo médio por pessoa

Aumento acumulado no volume de campanhas de publicidade on-line, nos

233%

últimos cinco anos, segundo dados dos sistemas de gerenciamento da Predicta. Só

Brasil

21h20min

França

20h55min

EUA

19h30min

Ao todo, em 2006, a Predicta gerenciou um total de 11 bilhões

Alemanha

18h56min

de exibições (impressões) na internet.

Japão

18h31min

Fonte: Predicta (www.predicta.com.br)

Reino Unido

18h29min

Fonte: Ibope//NetRatings (www.ibope.com.br)

2,2 milhões

de visitantes diferentes

A categoria “Automotivo”, que congrega sites das montadoras de veículos, de revistas especializadas, área dos portais sobre o tema, dos revendedores de automóveis

no ano passado foram veiculadas nove mil peças publicitárias por meio da empresa.

Agências brasileiras mais desejadas para se trabalhar Nome da agência

%

AlmapBBDO

14,2

Africa

11,6

DMDDB

7,8

F/Nazca

6,4

nutos na média, por usuário. Para se ter uma idéia, o site

W/Brasil

4,7

da General Motors cresceu cerca de 160% em número de

AgênciaClick

4,3

visitantes entre dezembro de 2006 e janeiro de 2007.

Espalhe

3,7

Fonte: Ibope//NetRatings (www.ibope.com.br)

Riot

3,3

Talent

2,7

Média mundial em relação aos usuários

10’Minutos

2,5

que desistem da compra na hora de fechar

Outras

e de autopeças, foi o destaque em janeiro de 2007. Em tempo de visita, o crescimento foi de 39%, com 18 mi-

85%

Fonte: Brainstorm#9 (www. brainstorm9.com.br) / Total de 2.297 votos

38,8

negócio pela internet, segundo pesquisa realizada pela Forrester Research.

Este índice representa o aumento no

Fonte: Portal Relacionamento Digital (www. relacionamentodigital.com.br)

Você acredita na Web 2.0? Total de votos: 208 Sim - 68% Não - 32%

número de conexões banda larga no

40%

Brasil em 2006 (de 4,1 milhões para 5,75 milhões). Em apenas seis anos (2001-2006), a banda larga no país cresceu 1.639%, ou seja, mais de

5,3 milhões de novas conexões. A demanda por maiores velocidades também aumentou no período: as acima de 512 Kbps passaram de 21%, em dezembro de 2005, para 37%

acesse e participe!

em dezembro de 2006. Já os acessos superiores a 1 Mbps

www.arteccom.com.br/webdesign

saltaram de 2% para 22% no mesmo período. Fonte: Barômetro Cisco de Banda Larga (www.cisco.com.br)

Envie sugestões e críticas para redacao@arteccom.com.br


métricas e mercado :: 9

ViuIsso?

Por Michel Lent Schwartzman - michel@viuisso.com.br Site: www.viuisso.com.br

Notícias e comentários sobre comunicação digital, internet e publicidade Logos e suas histórias

em maio, e termina em São Paulo, no mês de dezembro. Serão oito capitais no total. Fique ligado aqui na revista para saber detalhes do encontro e a programação completa. PodCrer: a semana para ouvir em meia hora Neste mês de novidades, resolvi fazer a minha estréia no mundo dos podcasts. Está no ar, desde o início de

A empresa americana Logo Orange, especializada na

março, o PODCRER, progra-

criação de logos e identidade visual, criou um serviço bacana

ma semanal editado por mim

para se promover. Trata-se do “Logo Design History - Famous

e Vicente Tardin, do Webin-

Brands Glossary” (www.logoorange.com/logodesign.php),

sider. Pra ouvir o PODCRER,

uma lista bastante consistente dos logos mais famosos do

v i s i t e o e n d e r e ç o : w w w.

ocidente, com suas respectivas histórias e arquivo EPS para

podcrer.com.br.

download dos vetores.

IM Making a Difference

Em termos de quantidade de logos disponíveis, o site não

“IM (Instant Messa-

se compara ao “Brands of the World” (www.brandsoftheworld.

ging) Making a Differen-

com), porém é muito interessante ter acesso às histórias por

ce” (http://im.live.com/

trás das grandes marcas.

Messenger/IM/Home/) é

Muitos designers considerariam a Logo Orange um

o título da campanha que a Microsoft lançou para incentivar

pouco “pastelaria” (pacotes de identidade corporativa,

o uso do Windows Live Messenger, ao mesmo tempo em que

incluindo logos por menos de US$ 400), mas, sem dúvida,

promove causas sociais.

encontraram uma forma de chamar atenção para si. Resta saber se o esforço vai compensar.

A idéia é reverter parte da receita publicitária gerada pelo uso do aplicativo para algumas instituições de promoção social,

(Via UpdateOrDie.com)

como a Cruz Vermelha americana, a Unicef, o Fundo Nacional

De cara nova!

para a AIDS americano e a fundação Stop Global Warming.

O site do ViuIsso está de cara nova! Migramos para

Considerando que a maioria dos produtos lançados precisa

a p l a t a f o r m a Wo r d P r e s s e a g o r a e s t a m o s t o t a l m e n t e

de algum tipo de campanha de divulgação, incentivar esta, atra-

tableless. Pra quem vive lendo só aqui no papel, vale a

vés da ação social, me parece uma fórmula extraordinária.

visita! www.viuisso.com.br

Por enquanto, são poucas as entidades beneficiadas e o

Michel Lent on the road

programa só vale para os Estados Unidos. Mas, para aqueles

Antecipando aqui mesmo na revista, em primeira mão: tive a

que usam o MSN Messenger para papear, o incentivo para uti-

honra de ser convidado para palestrar nos EWD (www.arteccom. com.br/encontro) deste ano! A caravana começa no Rio de Janeiro,

lizar o Live Messenger é mesmo grande. (Via Marcus Cardoso)


10 :: direito na web

Propriedade de websites A quem pertence o direito autoral em desenvolvimento de websites: CONTRATANTE ou CONTRATADA? O direito autoral dá poder de propriedade sobre o website? Que poder dá o direito autoral, além de colocar a indicação no rodapé do website produzido? Renato Antunes (ocahost@ocahost.com.br)

Gilberto Martins de Almeida Advogado formado na PUC/RJ, com Mestrado na USP e cursos em Harvard e no M.I.T. Ex-

O Direito de Autor protege software,

d e s e n v o l v e d o r u t i l i z a r a l g u n s re c u r s o s

artes plásticas, textos, imagens e diversas

próprios e outros do encomendante)? Vale

outras obras, portanto o código desenvolvi-

a pena em toda situação firmar contratos,

do para um website, assim como os tons de

claros, expressos, para evitar margem a

cores, layout de frames e colunas, conteúdo

dúvidas, até porque a maioria dos casos

informativo, fotos, músicas etc. são, cada um

se apresenta com configurações bastante

por si só, protegíveis por direitos de proprie-

“misturadas” (para não dizer, confusas).

dade (no caso, propriedade intelectual).

Há que lembrar também que:

A quem pertencem tais direitos? Se-

i) os direitos sobre código derivado de

gundo a lei - tanto a do Direito de Autor,

engenharia reversa dependem de autoriza-

Lei 9.610, quanto a de Software, Lei 9.609

ção do proprietário do código original;

Gerente Jurídico da IBM, onde

-, tais direitos pertencem, como regra ge-

trabalhou por 11 anos, no Brasil

ral, ao desenvolvedor.

e nos EUA. Sócio de Martins de

ii) os direitos sobre o website não se confundem e não se estendem automatica-

Entretanto, diz a Lei de Software que

mente aos direitos sobre o nome de domí-

especializado.

se o autor pessoa física tiver desenvolvido

nio do website, ou a marcas, patentes, e

Envie sua dúvida para:

para atender uma encomenda, os direitos,

outras proteções; e

redacao@arteccom.com.br

em princípio, pertencerão ao encomendan-

iii) há situações que não caracterizam

te e não ao desenvolvedor. Portanto, para

violação dos direitos do proprietário do có-

evitar que o encomendante tenha os direi-

digo (cópia de partes que não dão margem

tos, é preciso haver contrato estipulando

à originalidade, interfaces para integração e

claramente que os direitos pertencerão ao

compatibilidade entre programas, uso não-

desenvolvedor. Essa é a moldura básica.

comercial de pequenas partes etc.).

Almeida - Advogados, escritório

Vamos agora a alguns detalhes com-

Propriedade é talvez o formato que

plicadores (ou facilitadores, conforme o

engloba mais direitos (direitos de usar, co-

interesse ou ponto de vista). Se o desen-

piar, explorar etc.), por isso ela é cercada

volvedor não tiver utilizado equipamen-

de várias hipóteses de tratamentos legais.

tos, programas, local, tempo de jornada

Por isso também que, às vezes, convém ne-

de trabalho etc., do encomendante, e se

gociar conceitos alternativos (uso perpétuo

o desenvolvimento não estiver dentro do

em vez de propriedade, preferência em vez

escopo de trabalho ou serviço que une o

de exclusividade etc.), especialmente quan-

desenvolvedor e seu empregador ou clien-

do o desenvolvedor não tenha as melhores

te, nesse caso excepcional (que também

condições de barganha na relação com o

diz respeito a estagiários e bolsistas) os

encomendante, seja ele um empregador ou

direitos pertencerão ao desenvolvedor, e

cliente. Com criatividade e bom senso há

não ao encomendante.

solução para virtualmente todo caso, o im-

Mas, e quando houver uma “mistura” de fatores (por exemplo, quando o

portante é a “customização” da negociação e redação do contrato.


post-it :: 11

entro , d r o p Fique cas, eventos ias das di e referênc undo livros vimentam o m que mo ign na web do des YouTube da Microsoft? Parece que a popularidade do YouTube (www.youtube.com) está impulsionando o mercado de vídeos na web. No final de fevereiro, a Microsoft liberou o acesso à versão beta do

que justificasse seu nome, algo realmente único. Foi quando tive

Soapbox (http://soapbox.msn.com). No Brasil, destaque para o

a idéia de fazer a interface do site simulando um aparelho de som

Videolog.tv (www.videolog.tv), que fechou recentemente uma

modular. A partir daí usei referências visuais, como o meu aparelho

parceria com a UOL.

de som de casa (todo modular) e também o software Reason. Essa

“Designers? Para quê?”

versão foi ao ar em abril de 2003.

Ainda em fevereiro, a reformulação da marca da CEDAE Companhia de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (www.cedae. rj.gov.br), executada internamente por funcionários da empresa, acabou gerando uma grande polêmica no mercado de design. Você poderá conferir os principais capítulos deste imbróglio, no blog do professor Mauro Pinheiro (www.feiramoderna.net/blog)

Arte em papel

Wd :: Que tipo de retorno você teve ao divulgar, de forma criativa, seu portfólio on-line? Mauricio :: Meu maior retorno foi o reconhecimento do mercado. Recebi muitos e-mails (não só do Brasil, mas do mundo todo) elogiando o site. Nos dois primeiros anos, o site teve, aproximadamente, 50 mil acessos. Na minha opinião, é um número bastante expressivo em se tratando de um site com um públicoalvo tão específico.

Procurando referências criativas fora do mundo tecnológico? Uma boa pedida é conferir os trabalhos realizados em papel por Carlo

Blog do mês: FatorW.com

Giovani (www.carlogiovani.com), Fwis (www.readymech.com) e

Procura novidades em termos

Fresh Pics (http://tinyurl.com/ywg85q).

de acessibilidade, arquitetura da informação, design e

Produção acadêmica no design para web

usabilidade? Um bom lugar

A dica do mês vai para a monografia apresentada por Sérgio Mari

para acompanhar debates

Junior, na pós-graduação em Comunicação com o Mercado, da

pertinentes sobre estes

Universidade Estadual de Londrina: “Publicidade on-line: como as estratégias de comunicação com o mercado se adaptam ao desenvolvimento cultural da internet” (www.infonauta.com.br/ especial.php?id=6). Se você possui ou conhece algum trabalho acadêmico interessante, envie sua sugestão para redacao@ arteccom.com.br.

assuntos é o FatorW (www. fatorw.com), de Walmar Andrade. Um dos principais destaques do blog é a série de posts “Meu Último Freela (http://fatorw.com/ ?s=MUF&paged=4)”, no qual ele apresenta toda a trajetória de um projeto que envolve a criação e o desenvolvimento de um site. Conhece algum blog interessante? Então, mande sua dica para

O retorno sobre a criatividade

redacao@arteccom.com.br.

Nas próximas páginas, mais especificamente na seção “E-mais”, você vai conferir algumas dicas sobre a montagem de um portfólio on-line. Para se ter uma idéia de como a criatividade pode trazer bons frutos, conversamos com Mauricio

Agenda de eventos 19/05 - 12º EWD - RJ (www.arteccom.com.br/encontro) 16/06 - 12º EWD - Recife (www.arteccom.com.br/encontro) 14/07 - 12º EWD - Belo Horizonte (www.arteccom.com.br/encontro) 15/07 - NDesign Floripa 2007 (www.ndesign.org.br/2007) 18/08 - 12º EWD - Brasília (www.arteccom.com.br/encontro) 15/09 - 12º EWD - Curitiba (www.arteccom.com.br/encontro)

Gouvêa, autor do One of Kind (www.1ofakind.com.br).

20/10 - 12º EWD - Salvador (www.arteccom.com.br/encontro)

Wd :: Como surgiu a idéia de publicar seu portfólio neste formato?

10/11 - 12º EWD - Porto Alegre (www.arteccom.com.br/encontro)

Mauricio :: Já tinha o domínio desde 2001 e queria montar um site

08/12 - 12º EWD - São Paulo (www.arteccom.com.br/encontro)

Participe do Post-it! Envie sugestões para redacao@arteccom.com.br.


12 :: portfólio agência - Sapien

A mistura entre emoção e razão Nos idos de 1997, apenas um grupo de estudantes de design interessados em experimentar e criar novas linguagens. Hoje, fruto do planejamento consciente de uma empresa focada na realização de projetos de comunicação on-line, que envolvem desde consultorias ao desenvolvimento de produtos para plataformas web e dispositivos móveis. Tal história resume basicamente a trajetória da mineira Sapien (www.sapien.com.br). “Este nome surgiu depois de várias conversas e reflexões. Queríamos que nossa empresa trouxesse consigo o elemento humano, que é quem cria e transforma a experiência consciente da vida. Nosso desejo era mostrar que a empresa era um misto equilibrado entre emoção e razão. Cada qual usada no momento e na dosagem certa”, revelam Gustavo Timponi, diretor de novos negócios, e Santana Dardot, diretor de produção. Um detalhe interessante sobre a agência serve como uma boa dica para quem pretende lançar uma empresa neste mercado. “Enfrentamos muitas dificuldades até conseguirmos decolar. Muitas de nossas dificuldades estavam relacionadas a problemas de administração e gestão. Como a formação de ambos os sócios é Design Gráfico, buscamos no mercado cursos capazes de eliminar essa lacuna da empresa. O Gustavo acabou realizando uma pós-graduação em gestão de negócios; eu fiz uma pós-graduação em gestão de projetos e hoje estou estudando para a certificação PMI (Project Management Institute)”, conta Santana. Além disso, um dos segredos para que toda esta engrenagem continue funcionando se materializa em sua política de recursos humanos. “Evitamos ao máximo fazer contratações de maneira leviana ou sem planejamento. Os profissionais, antes de entrar para o nosso time, passam por uma bateria de testes e entrevistas que avaliam cada perfil individualmente. Destas avaliações, os melhores perfis são selecionados e já no primeiro mês de trabalho um plano de crescimento e desenvolvimento profissional é criado pelo colaborador. Também dentro do horário de trabalho designamos algumas horas para que eles executem os seus planos de crescimento e desenvolvimento profissional. Assim, acreditamos que o estudo e o aprendizado baseado nas necessidades detectadas por cada um faz o crescimento de nosso time acelerado”.


portfólio agência - Sapien :: 13

Bread and Butter

Nestlé Magazine Online

www.bread-and-butter.ch

Disponível numa Intranet fechada

Tecnologias utilizadas: AJAX + CMS + PHP

Tecnologias utilizadas: Flash + XML

A parceria com a Bread and Butter logo renderia O desenvolvimento do novo site da agência suíça

bons frutos para a Sapien: destaque para a criação do

Bread and Butter marcou o início de mais uma parceria

design de interface e o desenvolvimento da tecnologia de

internacional da Sapien. “Essa foi a nossa primeira expe-

publicação da revista on-line da matriz da Nestlé na Suíça.

riência com eles. A solução foi criar um mix de website e

“A revista digital espelha os conteúdos de sua edição im-

blog institucional, onde o cliente pudesse controlar todas

pressa, aumentando o poder de distribuição do produto

as informações disponíveis no ambiente web”, contam

que tem como foco principal o público interno, através da

Gustavo e Santana.

intranet da empresa”.

A estrutura do website foi inspirada nos números

Dessa forma, a agência adaptou a mecânica de uma

de Fibonacci, seqüência criada pelo matemático italia-

ferramenta muito utilizada neste tipo de projeto: o fli-

no Leonardo Pisano. “Utilizamos como elemento visual

pping book. “Melhoramos sua estrutura e agregamos

o retângulo áureo e suas diversas possibilidades com-

novas ferramentas como zoom, ferramenta de pesquisa,

positivas. Optamos por um design muito limpo, com um

paginação por setas e índice geral. As novas funcionali-

trabalho grande nos detalhes de alinhamentos de blocos

dades foram agrupadas em uma barra de ferramentas,

e espaços de respiro”.

que pode ser minimizada e maximizada pelos usuários

Em termos de tecnologia, recursos de AJAX foram

no momento da leitura”.

utilizados no website e em alguns pontos do sistema

Gustavo e Santana ressaltam outro ponto interes-

administrador de conteúdo. “O objetivo era promover

sante: por se tratar de um público mais conservador,

uma navegação mais rápida e com melhores feedbacks

a animação de passagem das páginas foi fundamental

para o usuário”.

para criar o vínculo com a revista impressa e causar uma percepção de usabilidade pelos envolvidos no projeto dentro da Nestlé.


14 :: portfólio agência - Sapien

Hummer

Guardiões do Patrimônio

http://tinyurl.com/2j9gph

www.guardioesdopatrimonio.com.br

Tecnologias utilizadas: Flash + XML

Tecnologias utilizadas: Flash + PHP

A idéia foi desenvolver um ambiente virtual que apresentasse o projeto autoral criado pela Outro case internacional de destaque no portfólio da agência envolve a parceria com a agência americana Modernista! (www.modernista.com) para a produção do hotsite do Hummer H3, um modelo de jipes lançado, em 2005, pela Hummer, uma das fábricas da General Motors de maior sucesso no mercado norte-americano. “O objetivo era proporcionar uma experiência interativa do usuário com o carro. O ambiente deveria ser rico em detalhes e informações e buscar um resultado ainda mais eficiente do que seu website institucional”. O layout foi criado pela Modernista! e a Sapien ficou responsável pela estruturação da tecnologia do hotsite, que acompanha os movimentos tridimensionais do carro. “Ele foi produzido em tempo recorde. Um sistema, especialmente desenvolvido, possibilitou visitar as seções carregadas sem que fosse necessário esperar o site carregar por inteiro. Pode-se interromper o processo de uma parte e solicitar que as seções desejadas sejam carregadas antes das outras. Assim, foi possível integrar as formas de navegação com a rotação 3D do carro e o acesso às seções”, explicam Gustavo e Santana.

f o t ó g r a f a K á t i a L o m b a rd i , q u e a b o rd a a v i d a d e pessoas anônimas, com profissões por vezes pouco reconhecidas, que trabalham para manter o patrimônio histórico de São João Del Rey. “Desenhamos um website que disponibiliza os ensaios a partir do uso de uma interface minimalista, limpa e com poucos elementos. Elegemos como e l e m e n t o - b a s e a l i n h a , q u e a p a re c e s e m p re n u m movimento que remete ao balançar das cordas dos sinos das igrejas de São João Del Rey. Além das belas imagens, o site conta com áudios que foram captados pela própria autora. São registros dos próprios personagens escolhidos para os dez ensaios que compõem o site”, revelam Gustavo e Santana. Assim, o site foi desenvolvido em Flash e a utilização da programação orientada ao objeto facilitou a inclusão de imagens e de novos ensaios. “Dessa forma, o website pode crescer ou reduzir sem maiores problemas”, completam.


portfólio agência - Sapien :: 15

Helio www.heliomag.com Tecnologias utilizadas: AJAX + CMS + PHP + WAP 2.0

A Helio, uma joint-venture entre a SK Telecom (empresa de telecom da Coréia do Sul) e a Earthlink (provedor americano de internet), procurou a Sapien para resolver a seguinte questão: era preciso criar um laço entre a inovação de seus aparelhos e serviços, voltados para o mercado de tecnologia móvel, com a inovação de artistas de vanguarda da cena americana. A solução proposta? “Criamos um blog de colaboração que cobre todas as atividades e eventos da Helio, destacando os artistas envolvidos com a empresa. O uso da tecnologia AJAX deu mais inteligência ao site, além da experiência de navegação ganhar mais sabor. Outra questão importante foi o desenvolvimento seguindo os padrões definidos pela W3C. Isso significa melhor desempenho do website, aderência ao layout e funcionamento nas diversas plataformas e navegadores”, relatam. Um dos pontos altos deste projeto foi a possibilidade de a agência trabalhar com a tecnologia móvel. “Desenvolvemos uma versão do blog para celular integrado ao sistema de atualização de conteúdo do blog de colaboração da web. Assim, basta alimentar o blog somente uma vez e, automaticamente, a informação é tratada para cada plataforma de maneira diferenciada. Os vídeos, músicas e imagens, inseridos no blog, podem ser visualizados nos dispositivos móveis. É possível participar das enquetes que foram acrescentadas ao blog, enviar artigos para os amigos e incluir comentários”.


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18 :: portfólio freelancer - Marcelo Baldin

MARCELO BALDIN Contato: www.combustion.ws Site: inspired@combustion.ws

CRIATIVIDADE MUNIDA A DESAFIOS Pode não ter acontecido ainda em sua carreira, mas certamente você vai passar pelo momento no qual vai considerar seu trabalho uma grande repetição. Neste momento, o que fazer? Na vida de Marcelo Baldin, essa resposta envolve a busca contínua por desafios. “Procuro sempre estar perto do que há de novo e diferente, olhar tudo e reter o que acho bom e que vá me ajudar, para sair da mesmice. Se eu percebo que já estou confortável fazendo algo, procuro fazê-lo de um novo jeito ou fazer algo novo. Gosto de me desafiar para continuar criativo”. Além disso, essa inquietação rendeu bons frutos, como

“Utilizei cores fortes para deixar o site vivo, assim como uma tipografia mais diferenciada”

tempo que me senti seguro com o trabalho que estava desenvolvendo, vi quais eram as minhas opções e escolhi uma delas”.

a especialização na área de sound design. “Na época que

Um bom exemplo da nova fase da carreira de Marcelo

eu estava trabalhando na Grafikonstruct (www.grafikons-

está presente no projeto “Follow the Finger” (www.followthe-

truct.com.br), surgiu a oportunidade de usar o que estava

finger.com), desenvolvido em parceria com Justin Wills (www.

aprendendo sozinho em casa, em softwares de áudio, que

justinwills.com) para a Nestlé EUA. “Embora o desenvolvi-

um amigo de faculdade tinha me mostrado. A partir daquele

mento/conceito do site tenha sido melhor do que o resultado

momento, comecei a trabalhar como sound designer e web

final, conseguimos atingir o nosso objetivo, que era divertir

designer. Como isso foi bem no começo da minha carreira,

o público-alvo, mais em particular, o meio americano, o que

pude desenvolver os dois ao mesmo tempo”.

nos levou a ter que deixar o site mais simples do que o pro-

Para se ter uma idéia de como as diversas influências

posto, pois o público nessa região não é aberto a novidades.

lhe ajudaram a chegar ao que produz atualmente, ele cita

Tivemos que criar todo o conceito visual para a marca on-line,

as características marcantes em seu trabalho. “Minhas in-

tendo como foco a diversão. A única coisa que o cliente nos

fluências vêm tanto da arte gráfica, da música, da arquite-

forneceu foi o logo e a mãozinha, o resto cabia a nós. De-

tura ou da fotografia. No começo, fui muito influenciado

senvolvi diversos conceitos tendo como referência os sites

pelo estúdio inglês The Designers Republic (www.thede-

criados pela WeFail (www.wefail.com), com diversas colagens

signersrepublic.com) e pelo design suíço, todos usando o

e um ambiente caótico. A fonte principal é a ‘House Cut’,

movimento Bauhaus como base. Com o passar do tempo,

desenvolvida pela House Industries”.

fui absorvendo um pouco de diversos estilos até criar um

Fora o trabalho realizado na área, ele busca na música e

próprio. Assim, a identidade do meu trabalho pode ser per-

no cinema o relaxamento necessário para a vida de um profis-

cebida no jeito que trabalho com cores, não muito fortes,

sional. “Escutar música é quase que um vício. Meu iTunes fica

algo etéreo, mesmo que o trabalho possa conter diversos

ligado o tempo todo, só desligo quando vou trabalhar com

elementos gráficos. O que tento passar é paz”.

música, o que chega ser engraçado, parar de escutar para

O reconhecimento de seu trabalho seria imediato. Hoje,

fazer. Não leio tanto quanto deveria. Jogar futebol com ami-

ele é um dos profissionais brasileiros que empresta seu talento

gos no fim de semana era algo que estava na minha agenda,

para as agências estrangeiras. “O contato que desenvolvi ao

mas não faço isso já faz um tempo. Como estou na Europa,

longo dos anos, com a comunidade de design no mundo, me

procuro andar bastante para conhecer os lugares onde estou.

deu diversas possibilidades nesse sentido. A internet é uma

É um belo exercício. Mas o que realmente faço para relaxar é

ferramenta muito útil se você souber usá-la propriamente. No

ir ao cinema, pelo menos, duas vezes por semana”.

Para participar desta seção, cadastre seu portfólio no site da revista: www.revistawebdesign.com.br.



20 :: portfólio ilustração - Maikon Nery

Maikon Nery www.ultra-grafismo.com.br Wd :: Como define seu estilo e onde você busca as referências para o seu trabalho? Maikon :: Alguns elementos sempre permeiam meus trabalhos: mistura de técnicas, tendência ao caos, liberdade formal, uso indiscriminado da intuição e a preocupação em instigar o espectador de alguma forma e tratá-lo como ser pensante e crítico. A internet é ótima para pesquisar novas referências pelo mundo, mas também temos que tomar cuidado com a pasteurização de alguns modismos estéticos difundidos pela rede. Por isso, também busco referência nas artes plásticas, grafite, cinema, música, poesia e tudo que favoreça o desenvolvimento conceitual.

Capricho (Janeiro/2007) Cliente: Revista Capricho - Edição 1008 - Brasil Materiais utilizados: “Colagens + nankin + hidrocor + aquarela”

Dirty Mind (Março/2006) Cliente: Fanzine Dirty Minds Edição 2 - Espanha Materiais utilizados: “Colagens + n a n k i n + l á p i s a q u a re l a ”



22 :: entrevista - sites de entretenimento

: r e z a r p m o c e u g e v ento Na m i n e t e e entr es d t i s s o a era d


entrevista - sites de entretenimento :: 23

Você percorre a internet em busca de informações sobre o lançamento de um novo refrigerante sem açúcar e acaba se deparando com um site que apresenta um “espelho mágico” (do tipo, “espelho, espelho meu, existe alguém no mundo mais belo do que eu?”), metido a consultor em moda e atitude, que procura instigar sua atenção através de um bate-papo sobre o seu biótipo. O exemplo acima é real, se refere a uma nova campanha da Pepsi (www.pepsimax. com.br), cria da agência de publicidade AlmapBBDDO (www.almapbbdo.com.br), e que reflete a maneira como o conceito de entretenimento vem sendo aplicado na criação e no desenvolvimento de projetos interativos. Sobre esse novo cenário, confira uma análise exclusiva de Raphael Vasconcellos, diretor executivo de criação da AgênciaClick (www. agenciaclick.com.br) e criador do blog Propaganda Interativa (www.propagandainterativa. com.br). Boa leitura! Wd :: Quando analisamos nos dicionários as definições existentes para a palavra entretenimento, a Wikipédia (http://pt.wikipedia. org/wiki/Entretenimento) parece nos trazer a

descrição mais interessante: “... é a arte ou técnica de entreter alguém ou um grupo, de lhe prender a atenção por um tempo determinado ou indeterminado”. Trazendo esta definição para a prática profissional na web, quais características conceituais e técnicas definiriam um site de entretenimento? Raphael :: Eu diria que um site de entretenimento é algo próximo a um “provocador de experiência de uma marca”, com o objetivo de prender a atenção pelo maior tempo possível. A comunicação na internet é diferente de tudo que estamos acostumados a ver nos outros meios, pois um site pode responder a estímulos do consumidor, como outras mídias não conseguem fazer. Como já se diz muito por aí, a comunicação na internet é uma via de mão dupla, é um diálogo e não um monólogo, onde os consumidores podem exercer o poder da escolha, de seguir adiante na experiência ou sair a qualquer momento. Encarar a comunicação como entretenimento pode ajudar a alcançar esse objetivo de criar uma experiência relevante ao consumidor. Wd :: Certamente, o crescimento na criação dos sites de entreteni-


24 :: entrevista - sites de entretenimento

criativo na internet? Os dogmas da chamada Web 2.0 seriam um dos principais fatores? Raphael :: O consumidor vive hoje em um tempo de excesso de estímulos visuais. Por onde mento envolve o retorno

quer que ande, sempre há um anúncio, uma pro-

sobre o investimento feito

paganda. Hoje em dia, tudo pode ser uma mídia.

nestas campanhas. Diante disso, quais

A internet ainda é um “ambiente” onde esse con-

são as principais métricas utilizadas para medir

sumidor ainda mantém um certo controle do que

o retorno de um site de entretenimento?

quer ver, do conteúdo que quer consumir.

Raphael :: Gostaria de reforçar que o

As campanhas focadas no entretenimento

entretenimento em um site é um recurso de

tentam se mostrar como um conteúdo atraente,

linguagem, um caminho do conceito criativo,

que vale a pena ser experimentado. É por isso

mas as métricas de desempenho de um site

que acredito que esse tipo de campanha tem

de entretenimento são muito parecidas com

encontrado sucesso, tanto entre consumidores

as métricas de qualquer outro site: taxa de

como entre anunciantes.

conversão, relação entre primeiras visitas vs. retornos e número de visitantes.

Acho que essa abordagem possui poucos pontos em comum com os dogmas da Web 2.0,

Eu diria que, além destas, o tempo de ex-

como, por exemplo, essa grande relevância do

posição da marca e a quantidade de indicações

papel do consumidor no controle da ação, mas

espontâneas sejam as métricas mais relevantes a

acho que as semelhanças acabam por aí.

serem acompanhadas nesse tipo de projeto.

Wd :: No último ano, principalmente, esta

Wd :: Nos últimos anos, a produção de

tendência começou a vingar no Brasil. Diante de

campanhas interativas focadas no conceito de

sua experiência, como você analisaria as cam-

entretenimento se tornou muito comum nos

panhas já produzidas no mercado brasileiro em

mercados americano e europeu. Quais aspectos

relação à produção internacional?

explicariam o sucesso deste tipo de conceito

Raphael :: Estamos começando muito bem, mesmo um pouco atrasados em relação aos outros mercados internacionais. Somos muito influenciados por esses trabalhos internacionais e ainda não conseguimos criar uma identidade nacional forte, mas boas iniciativas já estão aparecendo. Esse atraso possui relação direta com a maturidade do nosso mercado e, principalmente, com a maturidade dos consumidores nessa nova mídia. As agências possuem um papel fundamental na hora de inovar e propor trabalhos dessa natureza. Só assim poderemos levar o mercado para frente e manter os trabalhos brasileiros no nível dos trabalhos realizados em outros países.


entrevista - sites de entretenimento :: 25

Wd :: Na edição de outubro de

nacional de Design e Tecnologia Digital (FIND).

2006, apresentamos os detalhes envol-

Sobre a apresentação da dupla de criação

vendo a produção do hotsite da campanha

da agência AKQA (www.akqa.com), PJ Pe-

BIC Music (www.bicmusic.com.br). Segundo Heloísa

reira e Rei Inamoto, ele destacou a parte dos

Ticianelli, gerente de Marketing e Novos Negócios

cases sobre jogos on-line, que estimulariam

da EverMedia (www.evermedia.com.br), o objetivo

a interação do usuário com outras pessoas e

era “...achar pontos comportamentais do seu pú-

principalmente com o produto ou serviço a ser

blico-alvo e criar uma aproximação fundamentada

divulgado. Assim, é possível afirmar que os

nos seus hábitos e gostos a fim de fazer parte o

sites de entretenimento são uma das melhores

maior tempo possível não só da sua rotina, mas

representações do poder de interatividade

também do lazer”. Pensando nisso, podemos dizer

existente na internet?

que os sites de entretenimento representam uma eficaz ferramenta de branding na web? Raphael :: Com toda certeza, mas ainda temos

Raphael :: Acredito que sim. E, mais uma vez, devemos pensar no entretenimento como discurso, não como formato.

que amadurecer nossa visão do que é fazer um tra-

A interatividade é hoje um conceito que

balho de branding na web. Transmitir os valores de

extrapola o website e que está presente em ou-

uma marca por meio de experiências interativas re-

tras mídias, como os games. O entretenimento

quer, primeiramente, visão de longo prazo.

interativo pode acontecer em um console,

Um trabalho de branding não se resume a um site,

certo? Para mim, o formato vem sempre depois

mas ao conjunto de ações interativas realizadas em

do conceito. É uma conseqüência da busca pela

diversos formatos, ligadas por uma mesma linha de

pertinência da mensagem.

comunicação, por um determinado tempo.

Wd :: Outro ponto destacado no artigo de

Esses valores devem ser percebidos como va-

Memória foi a parte no qual Rei Inamoto “...

lores reais pelos clientes, valores que ele encontra em

ressaltava como eles tomam extremo cuidado

todos os outros pontos de contato que ele possui com

em não aplicar a tecnologia simplesmente por

a marca, não devendo haver nenhuma apropriação de

ela existir, pelo desejo de aplicá-la. Como prova

valores que não possam ser vivenciados em con-

disso, apresentaram um case da Microsoft em

tato com aquela marca.

que eles usaram um enorme e tradicional GIF

O consumidor sente de longe o cheiro de

animado no fundo da página”. Dessa forma,

mentira. Muitas vezes, vejo trabalhos muito

quais são os cuidados a serem tomados para

bem produzidos, mas que não representam

evitar exageros na criação e no desenvolvi-

a verdadeira essência de uma marca. Por

mento de sites de entretenimento?

exemplo, se a Starbucks tem a ver com tra-

Raphael :: Acho que, se mantivermos a co-

tamento personalizado em suas lojas, não

municação sempre à frente do processo, não

espero nada diferente na internet.

temos como errar. A busca pelo melhor for-

Wd :: Nesta mesma edição, trouxemos um artigo de Felipe Memória, designer da Globo.com, que abordava os principais pontos discutidos durante o Fórum Inter-

mato, pela melhor tecnologia, deve ser uma busca sem preconceitos. Já tive o prazer de trabalhar aqui na AgênciaClick com o PJ. Para mim,


26 :: entrevista - sites de entretenimento

Um site de entretenimento e´ algo

´ proximo a um provocador ^

de experiencia de uma marca não é uma surpresa ver dele um GIF animado como

Para alguns, trabalhar com internet significa

peça em 2006, anos depois dessa “tecnologia” ser

fazer qualquer coisa em um dia e publicar no outro,

considerada ultrapassada.

pelo fato de as agências interativas terem

O fato é que - para aquela peça - era o formato

todo o processo de trabalho em suas

que melhor transmitia a mensagem naquele mo-

mãos. Gostaria de ter mais tempo

mento. Quem trabalha com comunicação não pode

para testar os projetos antes de

ter preconceito com formato ou tecnologia.

lançar, corrigir pequenos pontos, para

Por outro lado, também devemos sempre estar

fazer o trabalho ficar ainda melhor.

ligados com tudo de novo que aparece por aí, testar

Wd :: Falando sobre planejamento

tudo, conhecer todas as implicações técnicas, o perfil

e produção, quais são as diferenças na hora

do consumidor que utiliza essa tecnologia. Nunca se

de se criar um site de entretenimento em

sabe quando uma tecnologia vai cair no gosto do

relação ao desenvolvimento de sites com

consumidor, temos que estar preparados sempre.

outro foco? Como ficariam a usabilidade e a

Wd :: Em termos criação, quais são os desafios na hora de se trabalhar com tais pro- jetos na internet? Raphael :: Temos alguns de-

arquitetura da informação nestes projetos, que supostamente contam com uma maior liberdade no processo de criação?

safios nesse tipo de projeto, como

Raphael :: A usabilidade e arquitetura da in-

verba para produção específica

formação são preocupações que não desaparecem,

para web, profissionais especiali-

mas que precisam ser contextualizadas na

zados e até mesmo tempo para refinar

experiência criada. Tudo deve se adequar

a produção e testar. Para fazer algo real-

para que a comunicação se sobressaia.

mente inovador, precisamos de tempo e esse recurso é muito escasso.

A navegação, por exemplo, deve estimular a experiência. Como muitos


entrevista - sites de entretenimento :: 27

desses projetos são direcionados a um público específico, muitas vezes restrito e bem definido, podemos explorar recursos que, às vezes, abrimos mão em projetos que devem atender um público mais abrangente. Por exemplo, no uso de vídeo. Em muitos projetos, temos que nivelar por baixo, pois “o cara que acessa do modem tem que ver também” e aí o vídeo é o primeiro elemento a ser cortado. O mesmo acontece com a resolução, que ainda estamos lutando para quebrar a barreira do 1024x768 pixels. Em algumas experiências, abrir o site em fullscreen é a melhor solução. Já as definições de arquitetura da informação são orientadas pela experiência a ser criada. Wd :: Para finalizar, você poderia nos apontar bons exemplos (nacionais e internacionais) de sites de entretenimento? Raphael :: No lado internacional, gosto muito dos trabalhos da Far-Far (www. farfar.se), agência que produziu a recente ação “Heidies” (www.propagandaintera-


28 :: entrevista - sites de entretenimento

tiva.com.br/2007/diesel-heidies), para Diesel, e o melhor site de turismo que eu já vi, para a cidade de Estocolmo (www.stockholmthemusical.com). Além desses dois exemplos, poderia citar o

Quem tra-

Nokia 20Lives (www.20lives.com), os sites GipsyCap Project (http://gypsycabproject.com) e Hammer &

balha com

~

comunicacao

~

´

nao pode ter preconceito com formato ou tecnologia

Coop (www.hammerandcoop.com), feitos pela CP+B (www.cpbgroup.com), e ainda os sites de futebol da Nike (http://nike.com/nikefootball). Do Brasil, gosto da recente ação contra a dengue da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul (www.propagandainterativa.com.br/2006/secretaria-de-saude-do-rs-flagra/). E, para não deixar de fora alguns trabalhos da Click, citaria o site do Idea Adventure (www.ideaadventure.com.br) e a campanha “Eu Vim em Paz para a Brasil Telecom” (www.euvimempaz.com.br). Tudo isso é entretenimento puro!



30 :: a luta pelos grandes projetos

A T U L A

S O PEL

S CEITA E R S CRIAR DA I A O E V Ã IDAD RAÇ RNET C G E I I T L M B N I A PU DUAL S DE PARA A S I C A A GRA I N R AGÊ GUIR CITÁ I E S L S A B E U A P TR TA EN SAIBA U P ? S S I I D A UMA DIGIT S A I C GÊN E AS A


a luta pelos grandes projetos :: 31

Quem trabalha com campanhas de propaganda e marke-

agências no país sobre a seguinte questão: caminhamos para

ting, ou deseja entrar neste disputado mercado, sabe que uma

uma “queda-de-braço” entre as agências de publicidade e as

das principais mudanças trazidas pela internet envolve a maneira

agências digitais na conquista pelos grandes projetos on-line?

como as marcas vão se relacionar com os seus consumidores nos próximos anos. Assim, esse novo cenário está criando uma transformação no posicionamento de dois segmentos envolvidos diretamente com este mercado: as agências de publicidade e as agências digitais. Afinal, conforme cresce o hábito das

“Atualmente, cerca de 90% dos usuários utilizam a internet como canal prioritário na escolha do próximo carro, por exemplo” (Sergio Mugnaini)

pessoas em utilizar a internet como uma ferramenta de seus cotidianos, a tendência é o aumento gradual dos investimentos

“Algumas vezes haverá, sim, queda-de-braço. Recente-

das grandes empresas em campanhas publicitárias e ações de

mente, saiu uma pesquisa da Forrester Research dizendo que

comunicação neste meio.

vários anunciantes grandes, nos EUA, já estão preferindo as

Um bom exemplo está presente no mercado automo-

agências digitais - por elas estarem mais aptas a atendê-las com-

bilístico. “Como fazer uma campanha para automóveis sem

pletamente, do que as tradicionais. Mas, no Brasil, na maioria

pensar em não colocar o meio internet como um dos veículos

das vezes, os projetos são de naturezas muito diversas e por

principais na sua comunicação? Atualmente, cerca de 90% dos

isso demandam infra-estruturas diferentes. Dessa forma, sempre

usuários utilizam a internet como canal prioritário na escolha

terá trabalhos onde será mais adequado lidar com uma agência

do próximo carro. Hoje, temos mais de 30 milhões de usuários

digital e outros tantos em que valerá mais a pena fazer dentro

na internet, tendo uma base de usuários utilizando banda larga

da própria agência de publicidade”, analisa Suzana Apelbaum,

maior que televisão por assinatura. As empresas só estão obser-

diretora de criação da Africa Publicidade (www.africa.com.br).

vando a maturidade do meio digital e investindo em algo que

Para Cesar Paz, diretor presidente da AG2 (www.ag2.

atualmente é vital para qualquer tipo de empresa. O retorno

com.br), a tendência é que as agências digitais assumam um

é praticamente garantido se colocarmos na balança o volume

papel cada vez mais estratégico, do que atuarem apenas como

de pessoas que são impactadas com o investimento feito no

fornecedores de serviço especializado na área. “As agências

meio”, afirma Sergio Mugnaini, diretor de criação da área de

digitais e de publicidade têm papéis e competências bem

internet da AlmapBBDO (www.almapbbdo.com.br).

distintas, e eventuais áreas de intersecção. As empresas, em

Para se ter uma idéia da movimentação de dinheiro na

especial as grandes corporações, deverão conviver com os dois

área, no artigo “Um raio-X da mídia on-line no mundo” (http:// tinyurl.com/ydf2qr), Marcelo Sant’Iago revelava que a previsão dos investimentos em publicidade on-line nos EUA, em 2006, envolvia um montante de 16 bilhões de dólares. Apesar de ainda

X

Inter-Meios “Iniciativa conjunta do jornal Meio & Mensagem e dos principais meios de comunicação no sentido de levantar, em números reais, o

volume de investimento publicitário em mídia no Brasil. Começou a

apresentar números mais modestos, o mercado brasileiro vem

operar em 1990 e hoje conta com a adesão de mais de 250 veículos

demonstrando um crescimento significativo: até setembro de

e grupos de comunicação, que representam aproximadamente

2006, o projeto Inter-Meios tinha registrado mais de R$ 250 milhões em gastos com mídia on-line. O total praticamente atinge o índice registrado em 2005 (R$ 266 milhões), sendo que a expectativa da IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau

90% do investimento em mídia do país.” Fonte: Projeto Inter-Meios (www.projetointermeios.com.br)

Tecnologia e criação juntas! Outro ponto destacado no estudo da Forrester Research é que “...

- www.iabbrasil.org.br) é que os investimentos, no ano de 2006,

os anunciantes hoje vêem suas agências de propaganda como as

fechem em mais de R$ 300 milhões.

menos habilitadas entre seus fornecedores quando precisam de

Diante de toda essa movimentação, a Revista Webdesign procurou a opinião de profissionais de algumas das principais

serviços de marketing envolvendo tecnologia”. Fonte: Blue Bus (http://tinyurl.com/358azc)

X


32 :: a luta pelos grandes projetos

“Uma pesquisa da Forrester Research diz que vários anunciantes grandes, nos EUA, já estão preferindo as agências digitais - por elas estarem mais aptas a atendê-las completamente, do que as tradicionais” (Suzana Apelbaum)

Como anda o mercado hoje? Pegando como exemplo as atuais campanhas envolvendo empresas de grande porte na internet, vemos que muitas delas são assinadas pelas agências de publicidade, mas todo o desenvolvimento da parte técnica fica por conta das agências digitais. “Entendo que este fenômeno acontece porque a maioria das agências digitais não investiu em aprimorar suas disciplinas de planejamento estratégico de comunicação. Elas acabam sendo

tipos de agência durante muito tempo. Como o segmento de

táticas e focadas em serviços com viés tecnológico. As agências

agências digitais está em formação, é natural que as agências

de publicidade tradicional investem em pesquisa, inteligência de

de publicidade ainda administrem verbas muito mais significa-

mercado e na diferenciação de seus serviços pelo planejamento

tivas que as agências digitais. Dependendo do tipo de negócio,

e pela criação. Elas, historicamente, delegam a implementação

principalmente àqueles que têm sua operação fundamentada em

técnica para empresas especializadas que chamam de produto-

canais eletrônicos, vemos que as agências digitais já começam a

ras. Deste modo, faz sentido para elas trabalhar com agências

assumir um posicionamento mais estratégico”, aponta.

digitais que têm foco tecnológico”, explica Adilson.

Outra possibilidade seria a segmentação no mercado,

Porém, a pergunta que fica é como ficará o rumo do

tanto em termos de oferta de serviços, como na prioridade dos

mercado: as agências digitais continuarão exercendo o papel

investimentos. “A internet já representa para alguns segmentos

de fornecedores de serviços especializados de internet para

de mercado, como o de bebidas destiladas, por exemplo, o

as agências de publicidade? Ou as agências de publicidade

principal meio de comunicação. Essas constatações acabam

acabarão criando núcleos especializados na área?

colocando frente a frente agências tradicionais e digitais: elas já

“Esse é o debate mais atual na organização de uma agência

estão lutando pelo mesmo bolo de receita nestes clientes. Esta

hoje em dia. Vamos acabar seguindo o modelo de uma mega-

‘queda-de-braço’ deve ser maior nestes casos, porque estamos

agência que tem tudo in-house, ou vamos deixar a agência

diante de mudanças nos hábitos de consumo de mídias, com

controlando o conceito criativo e agenciando quem produz as

larga vantagem para a internet. Não acredito que o mesmo

peças (normalmente fora)? Há agências que trabalham de um

fenômeno se aplique a todos os casos, pois a TV ainda é o

lado ou do outro e juram que o que estão seguindo é o me-

meio de comunicação mais eficaz para marcas que necessitam

lhor caminho. Tendo a achar que a agência tem que controlar

de grande cobertura”, diz Adilson Batista, diretor de negócios,

o conceito e terceirizar as partes importantes de produção,

projetos e operações da Wunderman Brasil.

como já acontece há anos no mundo off-line. Não me lembro

“Não acho que um grupo de 15 pessoas focadas em web

de diretores de vídeo afamados que ficam sentadinhos dentro

dentro de uma agência off-line possa resolver todos os proble-

da agência esperando vir projetos de comerciais de TV. Eles

mas de um cliente. Normalmente, eles estão mais focados em

produzem os projetos que querem para um leque variado de

publicidade e não em web como ferramenta de uso cotidiano

agências”, afirma Matarazzo.

(como fazer um portal, um site de comunidades etc.). No resto

Há quem acredite na evolução do modelo adotado pelas

do mundo, as grandes contas têm suas grandes agências on-

agências digitais. “Aposto fortemente nas agências digitais que

line e ponto. Espera-se que as agências on e off conversem e

investirem em inteligência de mercado e conhecimento dos

terminem por criar soluções que partem da mesma raiz concei-

hábitos dos consumidores, pois serão cada vez mais capazes de

tual. As agências on-line, por mais bem sucedidas que sejam,

coordenar projetos de comunicação robustos e diretamente com

ainda têm um budget infinitamente menor para trabalhar. Tudo

os anunciantes. Existe a possibilidade, inclusive, dessas agências

tende a eqüalizar dentro de uns cinco anos”, argumenta André

inverterem o jogo e trabalharem com as demais como parceiras

Matarazzo, sócio da Gringo.nu (www.gringo.nu).

e não como fornecedoras”, diz Adilson. “Embora isso ainda


a luta pelos grandes projetos :: 33

aconteça bastante, não acredito num modelo que coloque as agências digitais apenas como ‘produtoras de internet’. Com um pouco mais de aculturamento do mercado corporativo, veremos as agências digitais cada vez mais respondendo pelas ‘contas on-line’ de grandes marcas”, complementa Cesar.

"Não acho que um grupo de 15 pessoas focadas em web dentro de uma agência offline possa resolver todos os problemas de um cliente” (André Matarazzo)" Em relação à atuação das agências de publicidade, a questão passa, principalmente, pelo custo de se manter um departamento especializado na área. “Todos os modelos têm sido experimentados. Há grandes agências ‘tradicionais’ que têm núcleos de produção próprios, assim como há agências de publicidade digitais atendendo diretamente e produzindo. O que costuma limitar a formação de núcleos de produção nas grandes agências é o custo fixo. Manter um funcionário dentro de um escritório (overhead) de uma grande agência é mais caro do que numa agência pequena. Portanto, a produção costuma ser mais barata quando terceirizada”, revela Michel Lent Schwartzman, sócio-diretor da 10’Minutos (www.10minutos.com.br). “Muitas agências de publicidade já tentaram montar e manter equipes de produção de internet internamente e perderam muito dinheiro com isso. E, em paralelo, o modelo de ter os criativos da agência se responsabilizando pela criação não só nas mídias off-line, mas também no on-line, já se provou muito bem sucedido. O que tem de complicado nesse sistema é conseguir se chegar num modelo de remuneração novo, que seja interessante tanto para as agências quanto para os anunciantes”, acrescenta Suzana. Um ponto fundamental nesta discussão, como ressalta Marcelo Sant’Iago, diretor de novos negócios da MídiaClick (www. midiaclick.com.br), é que as agências precisam manter em mente que o anunciante vai sempre buscar o que é melhor para a exposição de sua marca. “Aqui, no curto prazo, continuaremos vendo, na maioria das vezes, as agências e produtoras on-line adaptando para os meios interativos a estratégia de comunicação criada pela agência tradicional, até porque a penetração de web


34 :: a luta pelos grandes projetos

“Fazer internet hoje em dia dá 100 vezes mais trabalho e dez vezes menos dinheiro” (Michel Lent) na população brasileira é inferior a 20%, contra a gigantesca penetração de televisores”, afirma. Para onde vamos? As experiências lá fora Um bom caminho para descobrirmos tais rumos pode estar presente nas experiências vividas em mercados mais consolidados. No americano, por exemplo, o espaço é dividido entre dois tipos de modelo. “Existe a agência 100% interativa - com uma equipe de tecnologia tão reforçada quanto à de criação; e a agência do tipo ‘media neutral’, que está preparada para atender as demandas criativas em todas as mídias, inclusive internet. Nestas agências, assim como se pede para uma produtora externa filmar os roteiros de filmes que ela criou, conta-se também com uma produtora externa para montar os sites e campanhas criadas por ela”, diz Suzana. Sobre o modelo das digitais, os especialistas apontam que as agências internacionais apresentam um portfólio de serviços mais abrangente do que os apresentados pelas agências similares no Brasil. “São empresas robustas, que oferecem soluções que vão desde a construção de sites até grandes campanhas on-line. Estão neste grupo, AKQA (www.akqa.com), RG/A (www.rga.com) e AvenueA/RazorFish (www.avenuea-razorfish.com), nos Estados Unidos; Agency Republic (www.agencyrepublic.com), na Inglaterra; DoubleYou (www.doubleyou.com), na Espanha; Euro RSCG 4D (www. eurorscg4d.com), em vários países europeus; e FramFab (www.framfab.dk), na Dinamarca”, relata Adilson. Pensando nisso, existiria um modelo ideal a ser adotado pelo mercado brasileiro? “Não acredito que exista um modelo ideal para o mercado brasileiro e nem para nenhum outro mercado. As demandas de trabalho on-line são muito variadas e, de fato, cada agência pode procurar um caminho próprio. Cada modelo tem suas vantagens e desvantagens. O ideal é estar atento às necessidades dos seus clientes e trabalhar a metodologia na direção de atendê-las com eficiência e produtividade”, opina Suzana. “O modelo ideal é o que vem sendo construído pelos gigantes da comunicação, que é o modelo de ‘agência digital full service’, com independência das outras mídias e focada em ações digitais e interativas para


a luta pelos grandes projetos :: 35

os canais eletrônicos. Lógico que esse modelo vai atender a

Agências de publicidade sabem fazer internet?

comunicação em ambiente digital. A comunicação off-line, em

Para responder a esta questão, precisaremos dividi-la em

especial a comunicação de massa, continuará sendo atendida

duas partes que vão tratar de dois temas principais: modelo

pelo atual modelo da publicidade”, diz Cesar.

de negócios e processos criativos. Falando sobre a criação, os

Digitais e publicidade: as vantagens e as desvantagens

exemplos existentes no mercado parecem apontar uma boa

Projetando uma eventual disputa entre as agências digi-

adequação ao meio. “Hoje em dia, as agências de publicidade

tais e as agências de publicidade, certamente este embate vai

já contam em seus quadros com profissionais migrados do

trazer à tona as principais vantagens e desvantagens de ambos

mundo interativo. O domínio da internet é algo que se contrata.

os lados. Uma boa definição sobre a realidade deste mercado

Exemplos de agências com boas equipes de internet: DM9DDB

está presente na opinião de Suzana Apelbaum.

(www.dm9.com.br), no Brasil, e Ogilvy Interactive (www.ogilvy.

“A agência de publicidade tem como vantagem a exce-

com/o_interactive), nos EUA”, afirma Michel Lent.

lência criativa (envolvimento de criativos mais seniores e mais

Neste debate, não podemos nos esquecer de separar co-

qualificados), a flexibilidade para movimentar os investimentos

municação de desenvolvimento. “Algumas agências unem isso

de outras mídias para a internet (se for interessante), a garantia

de forma eficiente, como a Euro RSCG 4D, no Brasil (www.eu-

da mesma qualidade criativa das outras mídias também na inter-

rorscg4d.com.br), que tem criado e produzido projetos inovado-

net, a garantia de uma campanha verdadeiramente integrada,

res. Fora do Brasil, a Crispin Porter + Bogusky (www.cpbgroup.

um processo menos desgastante para o cliente e uma otimização

com) criou algumas das ações mais populares (e premiadas) do

interessante das verbas de produção (pelo fato de o material de

mundo. Se considerarmos apenas a parte criativa, vale lembrar

internet ser produzido junto com todos os materiais da campa-

que nos últimos dois anos quem levou o prêmio de ‘Agência

nha em outras mídias). Já a digital apresenta como vantagens a

do Ano’, em Cannes, na categoria Cyberlions, foram agências

especialidade no assunto, mais experiência, mais agilidade, um

off-line (DM9DDB e Crispin Porter + Bogusky). Porém, não cabe

custo menor, um escopo de entrega maior e uma infra tecnoló-

a elas desenvolver portais corporativos, intranets e sites de e-

gica mais qualificada. De modo geral, o que é vantagem para

commerce, por exemplo”, ressalta Marcelo Sant’Iago.

um representa desvantagem para o outro”, analisa. No final, os especialistas acreditam que vai se ressaltar quem buscar um equilíbrio das qualidades existentes em cada um destes segmentos. “As agências de publicidade não especializadas costumam ter maior ferramental de planejamento e conhecimento sobre a marca do cliente. Seriam, idealmente, boas integradoras

“Nos últimos dois anos, quem levou o prêmio de ‘Agência do Ano’, em Cannes, na categoria Cyberlions, foram agências offline (DM9DDB e Crispin Porter + Bogusky)” (Marcelo Sant’Iago)

de soluções especializadas. As digitais conhecem melhor a técnica. O ideal é um equilíbrio das duas”, resume Michel Lent.

Se por um lado as agências conseguiram desenvolver a


36 :: a luta pelos grandes projetos

“As agências digitais brasileiras crescem numa média de 30 a 40% ao ano e cada vez mais se preparam para assumir responsabilidades maiores no gerenciamento de grandes marcas na web” (Cesar Paz) parte criativa, quando falamos de modelo de negócios parece

mos citar AgênciaClick (www.agenciaclick.com.br), Wunderman

que elas ainda têm um longo caminho a percorrer. “O fato de

(www.wunderman.com.br), AddComm (www.addcomm.com.br),

elas trabalharem pouco ou mal se deve, na minha opinião, a um

TV1 (www.tv1.com.br) e 10’Minutos (www.10minutos.com.br).

interesse financeiro. Fazer internet hoje em dia dá 100 vezes

No âmbito internacional, daria para citar vários exemplos: nos

mais trabalho e dez vezes menos dinheiro. É uma alternativa

Estados Unidos, AKQA (www.akqa.com), AvenueA/RazorFish

que muitas agências ainda relutam em recomendar, mas abra-

(www.avenuea-razorfish.com), RG/A (www.rga.com) e VML

çam por exigência dos clientes”, analisa Michel. “A maioria não

(www.vml.com). Na Europa, temos DoubleYou (www.doubleyou.

soube ainda fazer receitas significativas neste mercado. Muitas

com), Agency Republic (www.agencyrepublic.com), Euro RSCG

delas abriram unidades ou departamentos ‘interativos’ visando

4D (www.eurorscg4d.com) e FramFab (www.framfab.dk). E, na

estar inseridas neste mercado e/ou com o objetivo de ganhar

América Latina, temos a StudioCom (www.studiocom.com), na

premiações internacionais de criação para elevar o status e o

Colômbia; Latin3 (www.latin3.com), na Argentina; e a Interalia

reconhecimento da agência”, completa Adilson Batista.

(http://main.interalia.net), no México”, cita Adilson.

Digitais preparadas para os grandes projetos de publicidade on-line?

Falando especificamente sobre o mercado brasileiro, o modelo adotado pela AgênciaClick parece ser unânime entre os

Da mesma forma que surgem os questionamentos quanto

especialistas. “Ela, por exemplo, é uma powerhouse que faz de

à capacidade de as agências de publicidade trabalharem com

tudo. Desde sites institucionais gigantes até minisites, banners,

a internet, as agências digitais também passam pelo mesmo

tudo”, indica André Matarazzo. “A própria AgênciaClick fez um

processo. Ou seja, elas precisam provar suas competências que

case muito bacana de publicidade on-line e mobile para Fiat

garantam a conquista de grandes projetos focados em cam-

Adventure (http://tinyurl.com/ywnv3u), onde o público podia,

panhas de publicidade e propaganda interativa. Os exemplos

dentro do cinema, escolher, via celular, o roteiro do comercial

existentes ainda são poucos, mas parecem criar uma expecta-

a ser visto”, acrescenta Suzana.

tiva otimista para o segmento.

Além disso, o ritmo de crescimento deste segmento in-

“Poucas agências digitais brasileiras estão preparadas para

dica um maior amadurecimento da área. “As agências digitais

fazer projetos de publicidade on-line relevantes, pois são, em

brasileiras crescem numa média de 30 a 40% ao ano e cada vez

sua maioria, táticas. No entanto, já é possível indicar um grupo

mais se preparam para assumir responsabilidades maiores no

que está fazendo projetos muito interessantes. No Brasil, pode-

gerenciamento de grandes marcas na web. Obviamente


a luta pelos grandes projetos :: 37

que esse é um mercado em construção fundamentado ainda em empresas médias e pequenas e que precisam amadurecer muito, especialmente na forma de gerar negócios. Vejo, pelo menos, três tipos de agências digitais: bureaus de webdesign, produtoras web e agências digitais full-service. Acredito especialmente no modelo full-service. A recente e relevante incorporação da AgênciaClick, pelo grupo inglês Isobar (www. isobarcommunications.com), retificam a tese de que esse é o caminho”, finaliza Cesar Paz.

Estrutura da AgênciaClick

X

Atualmente, é considerada a maior empresa de interatividade e propaganda on-line do Brasil, com escritórios em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília. Em 2006, foi eleita “agência de comunicação do ano”, no respeitado Prêmio Colunistas Brasil, concorrendo com todas as agências off-line e tradicionais do mercado. Acumula 16 CyberLions no Festival de Publicidade de Cannes, além de ouros, pratas e bronzes no Festival de Publicidade El Ojo, One Show Interactive, Festival Internacional de Publicidade em Língua Portuguesa, Clube de Criação de SP e o pentacampeonato no Prêmio MM Online, como Agência do Ano. Fonte: Assessoria de Imprensa (http://tinyurl.com/22sls7)

O vôo internacional da AgênciaClick Em entrevista para Alexandre Oliveira, da Revista Propaganda e Marketing, o presidente da AgênciaClick, Pedro Cabral, revelou que o negócio envolveu “US$ 31 milhões em dinheiro, mais 3,5 milhões de ações cada uma por US$ 3”. Sobre as possíveis transformações da agência, ele apontou que “...a AgênciaClick passa a ser ainda mais AgênciaClick. Cada uma das agências ligadas à Isobar, como a Far Far, Molecular, wwwins, One Digital e Glue, por exemplo, são muito independentes.” Fonte: Revista Propaganda e Marketing (www.propmark.com.br)

X


38 :: debate - assinatura de projeto

Assinatura de projeto: preservando o direito autoral da criação? A preservação do trabalho criativo é um aspecto relevante para os profissionais do mercado de design. Principalmente quando falamos da produção voltada para os ambientes digitais. Quando este assunto se torna tema de debate na área, certamente alguém vai lembrar de projetos plagiados integralmente ou de idéias e conceitos que acabaram sendo copiados em determinados trabalhos. Assim, convidamos alguns profissionais a analisarem duas questões: quem desenvolve um site deve assiná-lo? Na prática, como o profissional pode garantir o direito autoral pela criação de um projeto digital?


debate - assinatura de projeto :: 39

Diego Zambrano Diretor de arte, com passagens pela F/Nazca, AgênciaClick e Globo.com www.workforfood.nu

“Você faria uma tatuagem e deixaria o tatuador escrever

Acredito que a melhor forma de você ‘assinar’ um

‘Ghost’s Tattoo’ abaixo da tatuagem? Nessa situação, você

trabalho é fazendo do seu trabalho a sua assinatura. Quantas

é o cliente e o tatuador é o prestador de serviço. E se o

vezes você já viu um site, comentou que parecia com o

tatuador fizesse a tatuagem pela metade do preço?

trabalho de alguém e era realmente dessa pessoa?

Acredito que a decisão de assiná-lo ou não cabe ao

A melhor forma de você assinar um trabalho é ter um

cliente que paga pelo projeto e não ao profissional que

DNA criativo implícito nele, mas que, ao mesmo tempo, não

realiza. Pelo que vejo, essa prática de assinar sites é comum

interfira na comunicação do cliente. Esse DNA pode ser a

em agências/estúdios de pequeno/médio porte, mas em

sua forma de trabalhar as cores, a tipografia, de compor, de

grandes agências isso raramente acontece.

ilustrar, luz/sombra e muitas outras formas.

Como clientes de pequeno/médio porte subvalorizam

Em resumo, as pessoas gastam muito tempo pensando

suas agências, e essas precisam ganhar dinheiro e conquistar

como vão assinar os seus trabalhos e como vão garantir

novos clientes, elas embutem no orçamento baixo seu

os seus direitos autorais e pouco tempo criando algo que

pequeno logo no rodapé raramente visto e clicado. Esse

realmente mereça algum interesse das pessoas saberem

desconto ‘forçado’ acaba sendo uma compra de mídia

quem foi que fez.”

indireta por um espaço de qualidade duvidosa.

“A melhor forma de você assinar um trabalho é ter um DNA criativo implícito nele, mas que, ao mesmo tempo, não interfira na comunicação do cliente”


40 :: debate - assinatura de projeto

“Devemos tomar muito cuidado em não misturar a profissão de designer com a de artista. Sou um pouco suspeito para falar deste assunto, pois sou mais conhecido como artista gráfico do que designer e os meus trabalhos sempre são encaminhados e encomendados pelo lado artístico e impacto visual do que simplesmente pelo conceito que um trabalho comercial necessita. Allan Szacher Designer e editor do portal Zupi www.zupi.com.br

Há alguns dias estava pensando justamente se precisaria assinar ou não a criação de um site. Qual a diferença de um site e uma obra de arte? O primeiro, normalmente usado comercialmente, deve levar em consideração o público, o produto ou serviço e o conceito da campanha ou identidade da empresa. No segundo, o que importa são as idéias e os conceitos que o artista criar, podendo ou não ser utilizado comercialmente. Felizmente, a lei de direitos autorais de 1998 dá para o artista, mesmo sem registro, a proteção dos direitos autorais e patrimoniais de uma obra, enquanto um trabalho comercial tem que se preocupar em não utilizar o trabalho de um artista sem a autorização do mesmo para reprodução de sua obra. Normalmente, eu assino simplesmente o nome de minha empresa no rodapé do site com um link para o site do meu estúdio (como muitas empresas o fazem), mas se o cliente não quiser não me preocupo muito, pois o que importa é a indicação que o cliente faz para outras empresas e o que coloco no meu portfólio. Porém, quando é um trabalho artístico, faço questão de assinar e não deixo nenhum cliente questionar a colocação de meus créditos.”

“Devemos tomar muito cuidado em não misturar a profissão de designer com a de artista”


debate - assinatura de projeto :: 41

“Os direitos autorais e morais, associados a qualquer obra intelectual, garantem a seu autor a propriedade legal e a prerrogativa de divulgação de autoria. A assinatura de um projeto pode ser considerada parte desse direito. Mais do que isso, assinar um projeto, exibi-lo como portfólio ou inscrevê-lo em concursos são ações importantes na autopromoção do designer ou escritório de design, aspecto que não pode ser deixado de lado. Na prática, Daniel Sansão Sócio da Contágio Criação

no entanto, vale o bom senso e a negociação entre o designer e o cliente. Eventualmente, um cliente pode se opor à assinatura e, principalmente, à exibição

www.contagiocriacao.com.br

de um projeto em portfólio ou concursos. Isso acontece por uma série de motivos, sendo mais comum quando o projeto contém informações sigilosas. Intranets, extranets, ações de endomarketing ou interfaces de sistemas internos, por exemplo, podem conter informações estratégicas sobre a estrutura e os processos da empresa que não devem ser abertas para o público em geral. Para evitar qualquer tipo de problema é sempre bom oficializar por escrito os direitos e deveres de cada um. Coloque em sua proposta ou contrato uma cláusula que assegure a permissão para a assinatura e a divulgação do projeto, incluindo a utilização de telas ou até mesmo do case no seu portfólio e peças de autopromoção (site, folder etc.). Não esqueça de incluir também a permissão para inscrever o projeto em concursos de design. Caso haja qualquer objeção do cliente a esta cláusula, a solução é negociar. Chegar a um acordo logo no início do projeto é o melhor jeito de evitar surpresas desagradáveis no final.”

“Para evitar qualquer tipo de problema é sempre bom oficializar por escrito os direitos e deveres de cada um”

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42 :: debate - assinatura de projeto

Farid Sarsur Diretor de criação da Graffikpix Media Design www.graffikpix.com.br

“Quem desenvolve qualquer trabalho intelectual ou artístico deve assinar. Sites são produtos que envolvem esforço, história pessoal e criatividade. A assinatura mostra que há uma equipe que pensou, planejou, criou e desenvolveu aquele projeto. Existe uma grande burocracia para garantir o direito autoral de um site. Para isso, é preciso fazer uma cópia de cada página e registrá-las no INPI, o que demanda altos custos e dispêndio de tempo. Mesmo com esse processo, para que se possa provar algum plágio ou cópia de um trabalho de criação de site, é necessário um advogado, processos judiciais, ou seja, mais tempo e dinheiro. Outro fator é que sites são produtos de alto dinamismo. Isso significa que, eventualmente, há trocas de layout e estrutura. O registro de um site não impede que uma pessoa se inspire ou tire idéias de um trabalho que ficou bem elaborado e criativo. Ao desenvolver qualquer trabalho que envolva criatividade, a idéia é o que tem mais valor. Uma boa idéia pode e deve ser absorvida, mas jamais copiada da forma que foi concebida. Infelizmente, não é o que acontece na prática. Vale lembrar que estamos falando de internet, um mercado mundial que tromba com diferenças legislativas que inviabilizam a garantia de que um direito autoral seja, de fato, legítimo. Dessa forma, infelizmente, registrar um site num ambiente tão vasto pode ser pouco útil.”

“Existe uma grande burocracia para garantir o direito autoral de um site”


debate - assinatura de projeto :: 43

Participação dos assinantes

gan

par he

tici pe prê e mio s!

Até onde o briefing deve ser considerado como um limitador da criatividade do designer? Observação: devido ao grande número de respostas, repetimos a pergunta da edição passada, premiando novos participantes!

Guilherme Dienstmann guilhermehd@brturbo.com.br

O briefing é apenas um molde, um mapa que aponta a direção a ser seguida. Ele deve ser visto de maneira extremamente positiva, como elemento de inserção dentro da visão e realidade do cliente, constatando problemas e oportunidades a serem exploradas da melhor maneira possível com toda a criatividade e qualidade dos profissionais.

vencedor! Danilo Fiocco eu@danilofiocco.com

O briefing só é um limitador da criatividade quando ele é mal elaborado. Se o designer não souber exatamente como desenvolver um layout, há uma perda de tempo e raciocínio consideráveis apenas para definir o perfil do job que deve ser desenvolvido, além do risco do mesmo não sair como o cliente esperava. Já com um briefing bem elaborado, o designer sabe exatamente como desenvolver, dando mais tempo para explorar sua criatividade focada neste perfil do que para tomar decisões de como o trabalho deve ser feito.

Rodrigo Mota atendimento@ahan.com.br

Acredito que o briefing nunca deva ser considerado um fator limitador, pois “limites” impostos pelo briefing devem funcionar como combustível para a busca da melhor solução/criação para o cliente em questão. Além disso, um briefing bem feito trará ainda mais idéias para o designer bem preparado.

Mario Junior pme@piccolimedia.com.br

O que limita a criação não é o briefing em si, mas o briefing mal feito. Só podemos considerá-lo como limitador de criatividade, se quem o realiza não possui a experiência suficiente em direcioná-lo para ser uma ferramenta eficiente e suplementar ao processo de criação.

Fernanda Ruas fernanda.ruas@sebraemg.com.br

O briefing é um facilitador para o designer ter uma linha de pensamento a seguir. A criatividade fica por conta de cada um.

Se você é assinante, participe desta seção pelo site www.arteccom.com.br/webdesign/clube.

O autor da melhor resposta ganha prêmios.


44 :: e-mais - portfรณlio on-line

Como montar um portfรณlio on-line?


e-mais - portfólio on-line :: 45

“Sinto muita falta em portfólios on-line de uma explicação detalhada da função exercida em cada projeto” (Alexandre Estanislau) Você sabe que seu trabalho apresenta, por exemplo,

que aprofundem o conteúdo disponível. É interessante

um bom domínio em termos de combinação cromática,

apresentar um panorama geral sobre o trabalho e permitir

além de uma aplicação criativa de famílias tipográficas.

que o visitante possa, em etapas, chegar a informações

Mas qual seria a melhor forma de demonstrar esse seu

mais detalhadas de cada projeto. Os trabalhos devem falar

talento ao mercado? A resposta está presente na criação

por si, porém dados como: data, tipo, contratante, con-

de um portfólio on-line.

ceito, tamanho e material utilizado (no caso de projetos

“Ele possibilita ao designer estar continuamente dis-

gráficos ou objetos construídos) etc. são fundamentais

ponível para o mercado de trabalho. Em qualquer momen-

para auxiliar o visitante a compreender o que está exposto.

to onde se deseje travar contato com o profissional, seu

É importante relembrar que o ciberfólio é avaliado sem a

endereço on-line é amplamente acessível, permitindo que

presença do autor”, orienta Joy.

o autor disponibilize o que for de seu interesse ao eventual

Além disso, ela recomenda que sejam destrinchados um

visitante”, explica Joy Till, mestre em design pela PUC-Rio,

ou dois projetos maiores. “É uma boa solução para o enten-

com a dissertação “Ciberfólio - a apresentação profissional

dimento da metodologia de trabalho do designer. Desde a

na internet” (www.joytill.com.br).

requisição do cliente até o resultado final obtido: qual foi a

Ela destaca ainda que o portfólio on-line é uma ótima

solicitação do cliente, qual o conceito proposto, porque foi

ferramenta para o profissional demonstrar suas habili-

escolhido aquele caminho, como se chegou àquela solução

dades em dominar aquele espaço, de se comunicar com

apresentada... Além disso, é fundamental que fi que claro a

seus visitantes. “Ele tem a função de mostrar, não apenas

participação nos projetos: se foi o único autor ou qual o seu

o conjunto dos trabalhos de seu autor, mas especialmente

papel, no caso de trabalhos em equipe. Um ponto extrema-

de representá-lo no ciberespaço. Este site tem que ser

mente negativo é se apresentar como o responsável exclu-

atraente, gerando a curiosidade sobre quem está por trás

sivo de um determinado trabalho e não fornecer os créditos

da interface, fazendo com que o visitante tenha vontade

devidos aos outros profissionais envolvidos”.

de aprofundar o conhecimento sobre aquela pessoa. Mais

Sobre esta última questão, o alerta se torna ainda

do que um resumo dos trabalhos, o ciberfólio encarna seu

mais pertinente, quando ouvimos a opinião de quem está

autor: é a sua representação numa situação onde ele não

acostumado a avaliar profissionais na área. “Sempre pro-

pode estar presente fisicamente”.

curo informações sobre a participação daquele candidato

Assim, na hora de criar seu portfólio na internet, con-

no trabalho, pois sinto muita falta em portfólios on-line de

sidere esta tarefa como uma espécie de quebra-cabeça,

uma explicação detalhada da função exercida em cada pro-

onde o encaixe de cada peça terá uma função específica

jeto. Pode ser que aquela pessoa fez apenas um pequeno

para formar uma imagem final que será a sua representação

pedaço no projeto, ou que tenha feito tudo e esta infor-

profissional na rede. A seguir, saiba quais são os passos

mação é muito importante. Até mesmo para avaliar a ética

necessários na montagem deste tipo de projeto.

daquele profissional quanto ao trabalho dele e de outros

O que deve ser divulgado?

da equipe”, revela Alexandre Estanislau, sócio-fundador

Uma das grandes vantagens de um portfólio on-line

da Bolt Brasil (www.bolt.com.br).

está na possibilidade de se trabalhar com as informa-

“Não é nada ético colocar no portfólio, um trabalho

ções em três vertentes: visuais, audiovisuais ou textuais.

onde você teve apenas uma pequena participação, sem

“Através do uso do hipertexto podem ser criadas camadas

descrever exatamente o que você fez. É importante, em


46 :: e-mais - portfólio on-line

casos como este, colocar a ficha técnica do trabalho. Por exemplo: imagine que você tenha recebido um job para fazer a parte em Flash, onde todos os layouts já foram entregues prontos. Se você não descrever exatamente qual foi a sua parte no trabalho, quem visitar o portfólio

“Procuro reconhecer como a pessoa equilibra a questão técnica com a criatividade” (Sung Hean)

vai achar que você fez tudo, inclusive os layouts. E aí temos uma falha grande de comunicação, pois se alguém

mento cultural, percepção e capacidade de solução de

contrata você (achando que você faz design, Flash, PHP

problemas, criando expectativa quanto a características

etc.) pode acabar se frustrando depois. É melhor ser bas-

pessoais como versatilidade, especialidade, aptidão, con-

tante honesto neste momento, sempre se valorizando,

fiabilidade. É importante definir também métodos para

porém sendo sincero e deixando claro até onde vão suas

classificação e indexação dos itens - ano, cliente, tipo de

experiências”, ressalta Ludmilla Rossi, diretora geral da

projeto etc. - e quais suportes utilizar: fotografias, anima-

Mkt Virtual (www.mktvirtual.com.br).

ções, vídeos, arquivos digitais... Fotografar um produto

Critérios e cuidados na seleção dos trabalhos

gráfico junto a algum objeto como uma caneta, por exem-

Definidas as informações a serem veiculadas, o próxi-

plo, dará uma noção de escala e permitirá uma identi-

mo passo é selecionar os trabalhos que serão publicados

ficação imediata do tamanho do impresso, facilitando a

no portfólio on-line. Neste momento, o profissional deve

compreensão do material apresentado”, afirma Joy.

ter em mente alguns critérios. “Os projetos escolhidos

Outro ponto está no tipo de foco dos trabalhos apre-

devem refletir criatividade, habilidade, talento, conheci-

sentados, pois eles devem representar os segmentos que


e-mais - portfólio on-line :: 47

“Os projetos escolhidos devem refletir criatividade, habilidade, talento, conhecimento cultural, percepção e capacidade de solução de problemas” (Joy Till) o profissional deseja atuar. “Ao definir o conteúdo do ci-

características fundamentais a serem apresentadas em um

berfólio, deve-se procurar selecionar o que o autor mais

portfólio on-line. A primeira delas está na construção da

gosta, o que acha realmente muito bom e que esteja dentro

identidade que o profissional pretende passar.

do que quer trabalhar: não adianta colocar um desenho em

“Procuro ver se o candidato tem uma identidade mui-

aquarela feito há anos se atualmente ele não tem esta habi-

to marcante ou se tem facilidade de atuar em várias ver-

lidade ou desejo de produzir com tal técnica. É importante

tentes, pois na Bolt temos clientes que vão desde moda,

a inclusão de projetos que tenham sido desenvolvidos aca-

passando por varejo e contas institucionais. Então, é im-

demicamente. Eles têm um conteúdo autoral, o que vai de-

portante que o profissional seja bem versátil para atuar em

monstrar a criatividade e a capacidade de gerar soluções.

vários estilos. Nesta parte, olho a quantidade de projetos

Consultar um colega ou um profissional mais experiente

pessoais em relação a projetos profissionais. É importante

para opinar sobre o material traz um olhar externo, o que

que tenha alguns experimentos, isto mostra que ele está

é sempre muito útil”, explica.

sempre pesquisando novas formas. Porém, se tiver somen-

Para quem está iniciando na área, a dica é apostar

te trabalhos pessoais, isso pode demonstrar que aquele

em projetos experimentais. “Aqueles que são novatos no

profissional tem pouca ou nenhuma experiência a trabalhar

mercado e ainda não têm um grande volume de projetos

com clientes reais e prazos apertados, ou seja, a realidade

podem gerar conteúdo desenvolvendo material para clien-

da vida”, diz Alexandre.

tes imaginários, como uma identidade visual para uma em-

Outra questão avaliada envolve a atenção com os

presa, um cardápio para um restaurante, uma papelaria

detalhes. “Procuro reconhecer como a pessoa equilibra

para um profissional liberal. Porém, ao apresentar estes

a questão técnica com a criatividade. Depois disso, você

trabalhos, é interessante identificá-los como estudos ou

precisaria saber os detalhes específicos de cada projeto,

projetos experimentais”, indica Joy.

que nem sempre é descrito. Mas é importante saber quais

Além disso, uma das principais questões avaliadas por

foram as dificuldades e as soluções apresentadas para

quem analisa portfólios é o uso correto da ortografia e

cada projeto (se foi uma solução adequada ao cliente/job

gramática. “É fundamental utilizar, pelo menos, um bom

ou não), assim como a função exercida pelo profissional

corretor ortográfico. Como muitas vezes, o texto entra

no trabalho”, aponta Sung Hean, sócio diretor de criação

como imagem, o ideal é pedir a alguém que revise o site, antes de sua publicação final. Muitas oportunidades se perdem por textos com erros absurdos, que muitas vezes passam despercebidos por quem está ‘mergulhado’ no projeto”. O que as agências avaliam em um portfólio Nada melhor do que ouvir a palavra de quem está acostumado a avaliar profissionais, para descobrirmos as


48 :: e-mais - portfólio on-line

“Quanto mais bacana for a experiência que o contratante tiver ao visitar o portfólio, mais chances o candidato tem de se dar bem” (Ludmilla Rossi) da Binatural (www.binatural.com.br).

os trabalhos para se tirar uma média geral da qualidade do

“Observo os fundamentos do design: se ele sabe

que está sendo apresentado, somando ao capricho com

trabalhar com tipografias, cores, imagens, composição e

que o portfólio foi projetado. Quanto mais bacana for a

outros elementos. Nesta fase, observo o cuidado com de-

experiência que o contratante tiver ao visitar o portfólio,

talhes. Uma imagem bem cortada, um gráfico com curvas

mais chances o candidato tem de se dar bem. É exatamente

suaves. Isso demonstra o cuidado com os detalhes. Um

o mesmo princípio que os designers devem ter no seu dia-

ponto que diz muito sobre isso são os projetos em Flash.

a-dia”, relata Ludmilla.

Em geral, o loading do projeto é deixado de lado e feito

Para finalizar, lembre-se que desenvolver um portfólio

depois, mas julgo um ponto importante no design, pois

criativo está longe de representar apresentações reche-

é o tempo em que o usuário está a fim de ver o projeto

adas de técnicas desnecessárias. “Muitos portfólios são

e ele fica carregando, carregando... Então, a tela deve

complexos e destinados a demonstrar uma técnica ou idéia

ser interessante para que ele não fique tão entediado”,

que a pessoa ainda não teve oportunidade de testar. O que

complementa Alexandre.

é interessante e recomendado. Cuidado apenas para não

Além disso, as pitadas de criatividade são fundamen-

forçar demais, não bolar navegações mirabolantes que pre-

tais para atrair a atenção de quem pretende contratar

judiquem a navegação, afinal um portfólio é apenas mais um

o trabalho daquele profissional. “Quando recebemos o

job onde o cliente é você, veja se a solução adotada é a me-

portfólio de um candidato, procuramos sempre ver todos

lhor para o target do projeto. Então, vale a pena ficar atento como se quer ser percebido como designer e refletir isso na apresentação dos trabalhos on-line”, orienta Sung.


e-mais - portfólio on-line :: 49

Bons exemplos Confira alguns (bons) portfólios indicados pelos profissionais consultados nesta reportagem.

- Nando Costa

- Ana Quartin

www.nandocosta.com

www.anaquartin.com “Apresenta um portfólio plasticamente muito atraente, em cores

“É simples e rápido: temos logo acesso aos projetos, com uma

pastéis e imagens suaves. Tem versões em inglês e português.

boa descrição sobre cada um deles.” (Alexandre Estanislau)

Em cada trabalho, apresenta uma ficha técnica descrevendo o cliente, sua participação, outros trabalhos desenvolvidos, links relacionados e mais detalhes. Em todas as telas fica disponível o link para informações sobre a autora.” (Joy Till)

- Tiziana Haug www.inthehabit.com

“É um site bacana pela forma simples da apresentação dos

- Thibaud

projetos. O feeling é interessante. Mas, principalmente, os

www.thibald.be

trabalhos são bem apresentados, o que ajuda para destacar ainda mais o site.” (Sung Hean)

“É fácil de usar, a disposição é criativa e a apresentação do profissional idem.” (Ludmilla Rossi)

- Kenzo Mayama www.kenzomayama.com.br

- Andy Gugel www.32round.com

“Tem seu ciberfólio em HTML, com imagens grandes e de boa qualidade. As informações básicas estão objetivamente

“A navegação é simples e objetiva, facilitando a visualização

dispostas, equilibradas na interface inicial, de forma que, se

dos trabalhos. Em cada um, ele descreve as funções executadas

o visitante quiser, pode imediatamente resgatar o que for do

no projeto, o que ajuda a compreender exatamente qual foi o

seu interesse.” (Joy Till)

papel do designer nos projetos.” (Sung Hean)


50 :: estudo de caso - Moptop


estudo de caso - Moptop :: 51

“Sempre gostei mais da representação gráfica do rock dos anos 60, 70 e 80. Na hora de desenvolver o design da minha banda foi natural usar elementos dessas décadas” (Rodrigo Curi) Se não bastasse o talento para a música, o Moptop conseguiu expandir suas veias criativas para o design na web. A prova disso está presente no site da banda (www.moptop.com.br), um dos mais inovadores do meio musical brasileiro. Para se ter uma idéia do sucesso do projeto, ele foi finalista da premiação americana “SXSW Web Awards 2006” (http://2007.sxsw.com/interactive/web_awards) e vencedor, na categoria “Melhor website”, do “MTV VMB 2005” (http://mtv.uol.com.br/vmb2005/hotsite). Nesta entrevista, Gabriel Marques (voz e guitarra), responsável pela parte do design para web, e Rodrigo Curi (guitarra), que assina o design gráfico do site, explicam os detalhes desta mistura que envolve muito design e rock’n’roll. Wd :: Falando sobre MP3 e distribuição de música pela internet, durante debate ocorrido no programa Sem Censura (www.tvebrasil.com.br/semcensura), da TVE Brasil, o rapper BNegão revelava que a rede possibilitou que sua música chegasse em lugares inimagináveis, abrindo novas possibilidades para que seu trabalho fosse apresentado em países da Europa e da Ásia. No caso do Moptop, como a internet ajudou na divulgação do trabalho da banda? Gabriel :: Antes mesmo do primeiro show oficial da banda, já tínhamos colocado nossas músicas na rede para download. Com isso, já tínhamos “fãs” cantando nossas músicas logo na primeira apresentação da banda. Além disso, trabalhamos muito no desenvolvimento do nosso site, que tem sido uma das principais ferramentas de divulgação do nosso trabalho. Wd :: O site da banda foi produzido por dois de seus integrantes. Como surgiu o interesse de vocês pela área de design? E como a música influenciou no processo de criação do site? Rodrigo :: Começamos a estudar design e programação bem antes de existir a possibilidade de viver de música. Aliás, começamos a tocar juntos só depois de formados. Eu sempre gostei de criar escutando música. Para mim, já é normal ter o resultado final do trabalho gráfico com alguma influência do que estou escutando no momento. No site do Moptop, fiz questão de escutar muita música dos anos 80. Wd :: Na divulgação oficial, o som do Moptop é definido como a emanação da “...simplicidade do rock dos anos 50 e 60, amplificada pela estética punk”. De que forma vocês procuraram transparecer a filosofia da banda dentro da criação do site? Rodrigo :: Sempre gostei mais da representação gráfica do rock dos anos 60, 70 e 80. Na hora de desenvolver o design da minha banda foi natural usar elementos dessas décadas. Tento sempre trabalhar com um “pezinho” nos elementos bregas e esquecidos dessas épocas, principalmente quando o assunto é anos 80. Wd :: A página inicial do site parece ter sido inspirada nas interfaces dos jogos do Atari, principalmente pela imagem do topo e pela família tipográfica utilizada. Por que vocês decidiram utilizar este conceito?


52 :: estudo de caso - Moptop


estudo de caso - Moptop :: 53

Rodrigo :: Com tanta ferramenta de última geração disponível, achamos que seria mais interessante andar um pouco na contramão da evolução e reutilizar os clássicos gráficos serrilhados dos anos 80. Wd :: Boa parte da criação foi baseada na combinação de diversas imagens. Quanto tempo a pesquisa, o tratamento e a escolha das imagens levaram dentro do processo de desenvolvimento do site? Rodrigo :: Ah... pode botar aí uns dois anos. Demos o “start” no projeto depois que usamos o programa Reason para editar as baterias da nossa primeira demo. Desde então, comecei a pensar nos detalhes para compor o design e a programação do site.

dor. Como vocês trabalharam o desenho da interface do site do Moptop? Rodrigo :: Já trabalhei muito usando o papel, antes de jogar minhas idéias no computador. Mas, hoje em dia, é tão automático mexer em alguns softwares gráficos, mouse e teclado, que o monitor acabou virando o meu papel. Wd :: Podemos dizer que o site da banda ficou divi-

Reason

X

"A invasão do Reason revolucionou os conceitos de criação sonora porque, muito mais que um sintetizador, o software é um estúdio completo que possibilita a criação de música eletrônica, pop, rock e até mesmo erudita. Embora seja um programa para

dido em duas partes: a primeira envolve a visualização de informações mais recentes (agenda de shows e notícias sobre o dia-a-dia de cada integrante) e a segunda apresenta o material musical já produzido pela banda.

edição - não grava - o Reason oferece tudo o que é preciso para se

Por que vocês decidiram estruturar a arquitetura da in-

fazer música digital hoje em dia: sintetizadores, samplers, bateria

formação desta forma?

eletrônica, efeitos, seqüenciador multipistas, além de uma mesa de som para se ouvir tudo isso tocando ao mesmo tempo.” Fonte: IATEC (www.iatec.com.br)

Gabriel :: O site existe desde 2003. Em sua primeira versão, não havia essa primeira seção. Decidimos criar essa página inicial em 2005, quando percebemos que nossos fãs não visitavam o site com muita freqüência, preferindo vi-

Wd :: Outro aspecto da página inicial envolve a disponibilização de agenda e blog dos integrantes da banda. Como vocês planejaram a atualização de conteúdo e quais ferramentas vocês utilizam? Gabriel :: Como estamos sempre viajando, projetamos o site de forma que todo o seu conteúdo seja atualizável remotamente. Precisamos apenas de uma conexão de internet para atualizar o conteúdo do blog, da agenda e das áreas de fotos, vídeos, rádio, downloads, clipping e links. Essa ferramenta de administração de conteúdo foi desenvolvida por nós mesmos, usando PHP e MySQL. Wd :: Em palestra realizada durante a edição paulista do 11º Encontro de Web Design, Fabio Couto, designer do Estúdio Colletivo (www.colletivo.com.br), revelou que muitos de seus trabalhos são rascunhados primeiro em papel para somente depois finalizá-los no computa-

sitar a nossa comunidade no Orkut (www.orkut.com/Community.aspx?cmm=112636) e nosso fotolog (www.fotolog. com/_moptop_). Essa mudança estrutural trouxe dinâmica e frescor ao site, aumentando muito a sua visitação. Wd :: Falando sobre o design da segunda parte do site, a interface apresenta vários elementos que fazem referências a objetos utilizados durante a década de 80 (Fita VHS, Starvision, amplificador, mixer etc.). De que forma vocês escolheram os elementos para a composição do cenário e quais foram os desafios na hora de modelar a interface? Rodrigo :: Tentei imaginar como estariam nos dias de hoje, todos aqueles objetos que, de alguma maneira, fizeram parte da minha infância. Fiz questão de incluir a ação do tempo, como tinta descascada, curto-circuito e alguns botões quebrados. Enfrentamos vários desafios desenvolvendo esse site.


54 :: estudo de caso - Moptop

Um deles, que me lembro bem, foi desenhar aquilo tudo de uma maneira que ficasse leve para rodar no Flash. Eu fazia quase tudo no Corel e o Gabriel ia montando no Flash. Lembro que fiz muitos desenhos que foram totalmente modificados por conta dos bytes exagerados ou incompatibilidade entre os dois programas. Tive que reaprender a desenhar, eliminando todos os recursos do Corel que não funcionavam no Flash. Wd :: Ao entrar na segunda parte do site, o usuário tem disponível todo o conteúdo de trabalho da banda disponível para audição, sendo que seu carregamento é extremamente rápido. Como vocês conseguiram atingir tal performance tecnológica? Gabriel :: Dividimos o trabalho em três partes: primeiro, priorizamos as ilustrações vetoriais no design do site, minimizando o uso de JPEGs, GIFs e Bitmaps. Depois, “quebramos” o site em vários pedaços que carregam de acordo com a necessidade do usuário. Por último, testamos milhares de formatos de compressão nas músicas e nos vídeos até chegar as configurações atuais. Wd :: Um dos detalhes mais interessantes no site é a possibilidade de assistir vídeos com material da banda, através da simulação de uma antiga televisão Technicolor. Quais foram as etapas necessárias para que esse recurso ficasse disponível no site? Gabriel :: Pesquisamos na rede e achamos alguns scripts prontos para publicar vídeos dentro do Flash. Modificamos um pouco esses códigos para simular a idéia de uma televisão antiga. Wd :: A navegação pelo site se baseia muito na intuição diante dos objetos ali apresentados. Tal escolha foi baseada na estética visual adotada na interface do site? Gabriel :: Projetamos o site para funcionar de forma lúdica e intuitiva. Somos uma banda de rock. Logo, não temos compromisso com a funcionalidade, mas sim com a diversão dos nossos fãs. Acho até que o site é bem funcional, mesmo com toda a informação visual que ali se apresenta.

www.moptop.com.br


estudo de caso - Moptop :: 55

Origem do nome Moptop “Denominação criada pela imprensa britânica para caracterizar o corte de cabelo que marcou a imagem do rock inglês no início dos anos 60. Foi trazido da França para Hamburgo pelos ‘exis’ (existencialistas) alemães. Entre eles, Astrid Kirchherr, fotógrafa, artista plástica e amiga dos Beatles ainda em início de carreira. Foi logo adotado pelo quinto beatle, Stuart Sutcliffe. Em uma viagem a Paris para visitar seu amigo alemão Jürgen Vollmer, John Lennon e Paul McCartney pediram a ele um corte igual ao seu.” Fonte: Assessoria de Imprensa - Moptop

Referências musicais na web - NME (www.nme.com) - Metacritic (www.metacritic.com) - SobreMúsica (www.sobremusica.com.br) - URBe (www.gardenal.org/urbe) Fonte: Gabriel Marques (Moptop)


56 :: tecnologia na web

Tecnologia na web Mashup: traduzindo a filosofia de desenvolvimento na Web 2.0 Já dizia a expressão popular que “novos tempos tra-

site pode buscar informações de outros sites e apresentar

zem novos desafios”. Quando esta realidade é analisada

toda essa mistura em um só lugar. Hoje, existem sites que

do ponto de vista de quem trabalha com o mercado de

combinam mapas do Google com imagens do Flickr, por

internet, é certo afirmar que os profissionais precisam

exemplo, permitindo que você veja imagens reais de um

estar sempre preparados para mudanças em um curto es-

determinado local. Tudo isso ‘misturado’ no mesmo site.

paço de tempo.

Aliás, a expressão ‘mash-up’, em inglês, quer dizer ‘fazer

A última delas envolve a chamada Web 2.0, que marca

um purê’. Bem apropriado”, acrescenta Danilo Medeiros,

o surgimento de novos conceitos e novas tecnologias para

diretor de planejamento da 32BitsT Criações Digitais e um

a criação e o desenvolvimento de ambientes digitais. Para

dos criadores do Wasabi (www.wasabi.com.br).

Newton Fleury, gerente de produtos sênior da Globo.com,

Criando um mashup: as etapas

é importante ressaltar que uma das filosofias por trás de tal

Se você está disposto a se aventurar neste universo, a

movimento está no fato de que passamos a considerar a in-

primeira dica dos especialistas é saber exatamente o que

ternet como uma grande plataforma de desenvolvimento.

deseja desenvolver. “Os mashups mais legais começaram

“A partir do momento em que componentes de sof-

com os desenvolvedores tentando resolver um problema

tware abertos são abundantes na internet, o desenvolvedor

deles. Só depois perceberam que isso poderia ser útil para

pode criar valor simplesmente ‘encaixando’ um no outro.

outras pessoas”, aponta Newton. “É fundamental conceitu-

Ou seja, o desenvolvedor não precisa se preocupar em

ar o seu mashup. O que ele vai fazer? Misturar imagens do

desenvolver todas as partes do sistema, podendo se con-

Flickr com receitas de bolo? Misturar imagens de satélite

centrar nos aspectos mais específicos do seu negócio e

do Google com endereços de torcedores do Flamengo?

se beneficiando da cada vez mais robusta infra-estrutura

Defina bem o seu mashup que tudo fica mais fácil”, com-

de serviços abertos, providos por empresas como Google,

plementa Danilo.

eBay, Yahoo! e uma infinidade de conteúdos sindicalizados via RSS”, explica.

Na etapa seguinte, o especialista da Globo.com relata que será preciso saber quais são os serviços e os conteúdos

Na prática, a possibilidade de trabalhar com o de-

que podem ser combinados para se atingir o objetivo, além

senvolvimento de novas aplicações, a partir da combina-

de checar se eles estão abertos para reuso. “A partir daí,

ção destes serviços abertos, acabou sendo denominada

é estudar as documentações, desenvolver a aplicação que

de mashups. “Fazer um mashup nada mais é do que criar

conecte os dois serviços e construir a interface, que deve

um serviço na web (pode ser um site ou um pedaço do

respeitar, claro, as restrições dos serviços utilizados. Por

site) a partir da integração de dois serviços e/ou conteúdos

exemplo, se você usar o Google Maps (http://maps.google.

abertos e disponíveis na internet, como o Google Maps ou

com) no seu site, terá que construir sua interface de forma

qualquer feed de RSS”, afirma Newton.

a recebê-lo como ele é, pois você não terá muita flexibili-

“Quando você tem padrões de intercomunicação, um

dade para mexer na sua forma de exibição”.


tecnologia na web :: 57

“Fazer um mashup nada mais é do que criar um serviço na web a partir da integração de dois serviços e/ou conteúdos abertos” (Newton Fleury)

API

X

"Um conjunto de rotinas e padrões estabelecidos por um software para utilização de suas funcionalidades por

po para que os mashups fiquem mais acessíveis, se não para todos, ao menos para usuários com conhecimentos mínimos de HTML e outras ferramentas web”, analisa Newton.

programas aplicativos. Isto é: programas que não querem

Quando incluir um mashup?

envolver-se em detalhes da implementação do software, mas

Até agora tais aplicações parecem ser muito interes-

apenas usar seus serviços.” Fonte: Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/API)

santes de serem trabalhadas. Assim, isso se tornaria sinônimo de que devemos aplicá-las em qualquer tipo de pro-

Nesta caminhada, certamente você vai ficar familiarizado com a sigla API (Application Programming Interface ou Interface de Programação de Aplicativos). “É importante conhecer bem as APIs dos sites. Muitas delas são bastante simples e podem ser acessadas facilmente em PHP ou mesmo Javascript. Para encontrar a documentação das APIs, basta procurar por ‘Flickr API’, ‘Google API’ e assim por diante. Programar um mashup não é uma das tarefas mais complicadas do mundo, mas dá trabalho. Principalmente porque as APIs ainda em sua maioria são instáveis e, às vezes, não fazem o que prometem”, alerta Danilo. Conhecimentos necessários para criação de mashups Segundo Danilo Medeiros, o profissional que deseja se aprofundar neste assunto precisa necessariamente entender de programação. “Especialmente para compreender as APIs oferecidas pelos sites”, cita. Porém, a tendência é que esse cenário seja modificado em um futuro não muito distante. “Ainda não chegamos no

jeto? “Devemos incluí-los sempre que desejamos utilizar dados ou métodos de outros sites com o objetivo de gerar algum resultado a partir disso. Por exemplo, se você deseja mostrar um itinerário de como chegar na sua empresa, você pode fazer um mashup com o Google Maps traçando o trajeto até o endereço correto”, exemplifica Fabio Seixas, sócio do Camiseteria.com. Ou seja, os parâmetros para tal decisão devem passar pela sua relevância dentro do projeto. “A internet está se tornando uma grande plataforma, repleta de componentes prontos para serem integrados ao site. Se você precisar geo-referenciar informações, por exemplo, por que criar um serviço de mapas ao invés de utilizar o Google Maps? A idéia dos mashups é recriar serviços a partir do serviço de outros, ou seja, evitar que os desenvolvedores gastem tempo para criar novamente o que já está pronto, libertando-os para criar coisas novas e mais focadas do que componentes genéricos”, argumenta Newton.

nível de tecnologia em que um usuário comum consiga fazer um mashup de forma transparente, sem conhecimentos de programação. O Yahoo! lançou recentemente o Y!Pipes,

Dicas de leitura

serviço que tem exatamente esse objetivo: permitir que o usuário comum consiga fazer seus mashups sem ter conhecimento de programação. Entretanto, o serviço (em beta, como tudo na Web 2.0) está longe de atingir seus objetivos e mesmo para usuários avançados ainda é bem difícil de fazer alguma coisa interessante. Mas é um primeiro passo na direção desse caminho e tenho certeza que é questão de tem-

- Dion Hinchcliffe (http://web2.wsj2.com) - Programmable Web (www.programmableweb.com) - Ten Best Flickr Mashups (http://tinyurl.com/fef9y) - What is web 2.0 (http://tinyurl.com/743r5) - Yahoo! Developer Network (http://developer.yahoo.com) Fontes: Fabio Seixas e Newton Fleury


58 :: tecnologia tecnologia na na web web

nível avançado

Bons exemplos de aplicação de mashups

www.housingmaps.com

- Housing maps

- Virtual Places

“Serviço que plota ofertas

“Um mashup de fotos, bus-

de imóveis do site de clas-

ca blogs, mapas, shopping

sificados Craig’s list (www.

e clima com dados do Alexa

c r a i g s l i s t . o rg ) n o G o o g l e Maps. O site não tem nenhu-

Web Search, Amazon E-comhttp://apps.nikhilk.net/VirtualPlaces

merce, FeedMap, Flickr, Mi-

ma funcionalidade a não ser a junção desses dois serviços

crosoft MapPoint, Microsoft Virtual Earth e Windows Live

complementares.” (Newton Fleury)

Search.” (Fabio Seixas)

ww.simplyhired.com

- Simply Hired

- Wasabi

“Fez um mashup com o

“Usamos um mashup para

L i n k e d i n ( w w w. l i n k e d i n .

buscar imagens do Flickr

com), rede social com foco

para os grupos que um usuá-

em conexões de trabalho: para cada oferta de empre-

rio cria.” (Danilo Medeiros) www.wasabi.com.br

go, ele traz um botão (‘who do you know’), que busca em sua rede de contatos quem pode ajudar você a conseguir a vaga.

- Y!Pipes

De novo, o site juntou vários serviços de oferta de emprego a uma rede social corporativa, criando valor a partir de dois

“É o início de uma nova era

serviços complementares, sem ter que construir tudo do

na web, onde qualquer pes-

zero.” (Newton Fleury)

soa vai poder fazer mashups sem precisar digitar código. http://pipes.yahoo.com

- Wallpapr

“Um mashup que utiliza dados e fotos do Flickr.” (Fabio Seixas) www.marcogomes.com/wallpapr

A coisa ainda está no início,

mas vale a pena experimentar.” (Danilo Medeiros)



60 :: tutorial

Actionscript - Parte 1 Erick Souza Desenvolvedor web desde 2001 e instrutor com o foco em RIA. Mantém um blog pessoal (http://blog.ericksouza.com) sobre Actionscript e correlacionados.

Quando se busca mais interatividade no desenvol-

9.

<titulo>edição janeiro - nº 37</titulo>

vimento de aplicativos e websites, sem dúvida alguma o

10. <texto>Saiba como as Leis da Gestalt podem ajudar

Flash e o Flex são as melhores opções, dado a facilidade no

no trabalho de criação e desenvolvimento de sites.</texto>

desenvolvimento e na manutenção de projetos. A linguagem de programação usada no Flash e Flex

11. </edicao> 12.

é o Actionscript, que evoluiu muito desde seu surgimento

13. <edicao>

e hoje já se faz necessário profissionais para trabalharem

14. <titulo>edição dezembro - nº 36</titulo>

exclusivamente na programação.

15. <texto>Confira as agências e os profissionais free-

Com o Actionscript você pode criar sistemas totalmente dinâmicos e personalizáveis, que por meio de uma

lancers vencedores do Selo Peixe Grande 2006.</texto> 16. </edicao>

base de dados (ex. TXT ou XML), você pode alterar textos, cores e até mesmo animações, sem que haja a necessidade de alterar e compilar um novo SWF.

O arquivo XML é formado por tags hierárquicas como no HTML, porém no XML as tags são definidas por você.

Exemplo: A linguagem proporciona muitas possibili-

Importante: use sempre a codificação UTF-8, padrão

dades. Utilizando algumas classes como a BitmapData, é

do Flash, para não causar erros nas acentuações usadas nos

possível criar um jogo de basquete, ou futebol, e interagir

textos. Quando você for salvar o arquivo XML, em algum

via webcam, marcando cestas e gols realizando apenas mo-

editor de textos como o Bloco de Notas, na caixa “Codifi-

vimentos frente a webcam.

cação”, selecione a opção UTF-8.

O XML é uma das opções mais simples e flexíveis para se manter um sistema baseado em um banco de dados.

NO FLASH O Actionscript abaixo deve ser inserido no primeiro

O ARQUIVO XML

quadro da timeline.

Abaixo, você pode observar a estrutura de um arquivo XML. Note que as informações são armazenadas em um

1.

//declara o objeto XML

padrão, e organizadas através de tags.

2.

var objXML:XML = new XML();

3. 1.

<?xml version=”1.0” encoding=”UTF-8”?>

2.

4.

//Elimina os espaços em branco, para que

5.

//o arquivo possa ser lido corretamente. objXML.ignoreWhite = true;

3.

<edicao>

6.

4.

<titulo>edição fevereiro - nº 38</titulo>

7.

5.

<texto>Saiba quais são as características fundamen-

8.

//Inicia o carregamento do arquivo XML

9.

objXML.load(“edicoes.xml”);

tais da internet que influenciam no webdesign.</texto> 6.

</edicao>

11. //Assim que o arquivo for completamente carregado,

7. 8.

10.

<edicao>

12. //o evento onLoad da classe XML executará a fun-


tutorial :: 61

no XML, o código fica da seguinte forma:

ção especificada. 13. objXML.onLoad = xmlCarregado; 14.

1.

function xmlCarregado():Void

15. //função a ser executada assim que o arquivo for

2.

{

3.

completamente carregado. 16. function xmlCarregado():Void

4.

//acessar o título do primeiro nó

17. {

5.

trace(this.childNodes[0].childNodes[0]);

18. //exibe o conteúdo completo XML.

6.

19. trace(objXML);

7.

//acessar apenas o conteúdo do título primeiro nó

20. }

8.

trace(objXML.childNodes[0].childNodes[0].

childNodes); 9.

No exemplo acima, todo o conteúdo do XML foi retor-

10. }

nado na janela Output. Para se obter informações específicas do XML, o acesso deve ser feito por níveis, utilizando

Nota: os valores começam em zero, por isto que no

o método childNodes da classe XMLNodes. Por exemplo, para acessar o primeiro nó de edições

acesso do primeiro nó foi usado o número zero. Experimen-

Weberê Lutando por um mundo melhor Música: Água Composição: Mestre Bode Não deixe água parada, em casa ou no quintal. Você vai criar mosquito, que pode lhe fazer mal.

Eh! Eh! Eh! Ah! Com o foco da dengue, nós vamos acabar.

Eh! Eh! Eh! Ah! Com o foco da dengue, nós vamos acabar.

Mas o berimbau tocou, a dengue negaceou. Com o capoeira unido, até a dengue vai dançar. (refrão)

A dengue está matando aqui em todo lugar. Mata rico, mata pobre, criança, homem, mulher.

Magê-Malien - Crianças que Brilham Faça parte você também deste projeto. Para doação de alimento entre em contato: arteccom@arteccom.com.br Informações: www.arteccom.com.br/ong

Eh! Eh! Eh! Ah! Com o foco da dengue, nós vamos acabar.


62 :: tutorial

te trocar os valores por 1 ou 2. Para que não restem dúvidas, confira abaixo mais alguns exemplos de acessos independentes no arquivo XML. 1.

function xmlCarregado():Void

2.

{

trace(“Título 2 - “ + objXML.childNodes[1].

childNodes[0].childNodes); 6.

t r a c e ( “ Te x t o 3 - “ + o b j X M L . c h i l d N o d e s [ 2 ] .

childNodes[1].childNodes);

A estrutura de repetição for funciona da seguinte maneira: for(valor inicial, condição, incremento)

O valor inicial é verificado apenas no primeiro loop, e enquanto a condição for verdadeira, o loop continuará. A condição é - i menor que objXML.childNodes.length. A propriedade length retorna o número de filhos no nó especificado, no exemplo usado aqui, são 3 nós, portanto a condição é verdadeira enquanto i for menor que 3. O valor

7. 8.

19. }

trace(“Título 1 - “ + objXML.childNodes[0].

childNodes[0].childNodes); 5.

18.

1.

3. 4.

17. }

}

de i está sendo incrementando a cada loop (i++), logo, em três loops a condição se tornará falsa e o loop finalizará.

Agora, vamos exibir os dados formatados em uma

Na continuação deste tutorial, vamos aprofundar mais,

caixa de texto. Para exibir as informações em uma caixa de

e ver como estruturar o XML e o Actionscript para um site.

texto será utilizada uma estrutura de repetição. Crie uma

Abraços.

caixa de texto dinâmica no palco e a instancie como texto. 1.

function xmlCarregado():Void

2.

{

3. 4.

//configurações para a caixa de texto

5.

texto.multiline = true;

6.

texto.wordWrap = true;

7.

texto.html = true;

8.

texto.autoSize = true;

9. 10. for(var i:Number = 0; i < objXML.childNodes. length; i++) 11. { 12. 13. texto.htmlText += “<b>” + objXML.childNodes[i].childNodes[0].childNodes + “</b>”; 14. texto.htmlText += objXML.childNodes[i].childNodes[1].childNodes; 15. texto.htmlText += “<br>”; 16.



64 :: webwriting

Bruno Rodrigues Guilhermo Reis Autor do livro “Webwriting - Redação & Informação para a web”, da editora Brasport. É consultor de Especialista em Arquitetura de Informação e Usabilidade. É autor do Kit de Conhecimento AI informação para a mídia digital da Petrobras e titular da primeira coluna sobre Webwritingsobre do mundo, (http://tinyurl.com/p4j6w). Atualmente, é responsável por coordenar projetos e manutenções nos hoje veiculada na revista on-line “Webinsider”. Ministra treinamentos de Webwriting e websites do da Banco Real. Arquitetura Informação no Brasil e no exterior. reis@guilhermo.com bruno-rodrigues@uol.com.br

Descompliquem a web! Uma das minhas principais missões como consultor é esclarecer dúvidas sobre o mercado, em especial sobre novidades. E como a área em questão é comunicação digital, não faltam conceitos novos para apresentar, idéias a expor que possam acrescentar alguma melhoria (de fato) a um projeto e - acredite - muitos termos esquisitos para explicar. Como bem sabemos, a web deixou de ser, há anos, um reduto de nerds e acadêmicos, e hoje é uma mídia de longo alcance. Era de se esperar que o assunto “internet” se tornaria praticamente auto-explicativo. Que nada. O que deveria ser um ambiente em que tanto seu filho pequeno quanto sua mãe poderiam entender e *acompanhar* sem problemas, virou puro sânscrito. Quando eu aponto este “nó” de comunicação na web, não me refiro ao simples ato de navegar pela Rede, mas sim em compreender sua evolução. Por isso, grifei o verbo acompanhar no parágrafo acima - navegar é fácil, difícil é não se perder em um mar de novidades e “sopa de letrinhas”. Comece pelo mais fácil: faça uma retrospectiva dos dois últimos anos e confira como web já mudou, e muito: do Orkut ao YouTube, do jornalismo colaborativo à música digital. Fossem transformações que afetassem apenas o mercado de tecnologia, ou seja, o funcionamento da web - e não o seu uso -, sem problema. Não é assim que a banda toca, contudo. A Rede caminha a passos largos e juntos precisamos entender o que há de novo para não perder o bonde da Comunicação. Isso vale para você, como profissional, mas para seu filho e sua mãe, também. Não é difícil explicar para uma criança de nove anos o que é uma rede de relacionamentos como o Orkut - isso se ele não já souber - ou mostrar à sua mãe como assistir o vídeo da apresentação de capoeira do neto no YouTube ou baixar músicas via internet. São aulas que não vão durar mais que alguns minutos. Agora, quando a mídia começa a falar em “Web 2.0”, “Web 3.0” e assim por diante, o cano entope e o pobre receptor da informação engasga. É como sua mãe fosse tomada de um súbito acesso de tosse ou seu filho engasgasse com uma bala: Web o quê??? Como eu entendo do riscado e, portanto, tenho autoridade para tocar na ferida, conclamo tevê, jornais e revistas a facilitar a vida dos reles mortais. Meu filho não precisa saber o que é “Web 3.0”, mas o que está por trás deste conceito. É como ele aprende na escola - o importante é entender, não “decorar”. Sua mãe também não precisa esbarrar com termos como “Web Semântica” nas revistas semanais. Ela precisa é saber que, dentre em pouco, vai encontrar muito mais fácil o que procura na Rede, e que ela pode colaborar “catalogando” o que põe na internet - e só. Desde 1997, quando a web “explodiu” e tomou conta do mundo, uma penca de pro-


webwriting:: 65

"Junte-se a nós, os que querem simplificar a Rede! E não demore, “É preciso criar as casas, os prédios, as praças e principalmente as placas de sinalização.”

porque falta muito pouco para alguém batizar algo de Web 4.0"

fissionais - que inclui o colunista que vos escreve -, especialistas em Comunicação Digital, ou até mesmo quem divulga e traduz este universo para o público em geral, têm sido perfeitos em não misturar o acadêmico, o comercial e o público. Parece, infelizmente, que esta fase acabou. Badalar termos como “Web 3.0” é vender - o que deveria ser feito apenas para empresas - um conceito - do tipo bem acadêmico - para o meu filho, a sua mãe e quem você puder imaginar, que terá toda a razão de achar que é tudo sânscrito, inatingível e até mesmo incômodo. Em suma, são assuntos para “olhar”, nunca para “usar”. Deixem os usuários da web respirar, gente. É a velha história de que o que vale é o conteúdo, não a embalagem. Valorizem o sabor do suco, e não o processo de fabricação - isso é detalhe, é o que vem depois, e só para quem se interessar. Sabe por que estou encabeçando esta campanha? O tempo que eu gasto ceifando as interrogações que afogam meus clientes e os mostrando que não é preciso ter medo (ou pior, desprezo) pelo o que é novo na web, eu poderia estar trabalhando para melhorar a comunicação das empresas na internet. Junte-se a nós, os que querem simplificar a Rede! E não demore, porque falta muito pouco para alguém batizar algo de “Web 4.0” e a novela recomeçar - aposta quanto?


66 :: tecnologia

Paulo Rodrigo Guilhermo ReisTeixeira Especialista Paulo Rodrigo emTeixeira Arquitetura é especialista de Informação em marketing e Usabilidade. na internet. É autor Édo professor Kit de Conhecimento de pós-graduação sobre eAI (http://tinyurl.com/p4j6w). escreve para o blog Marketing Atualmente, de Buscaé(www.marketingdebusca.com.br). responsável por coordenar projetos Tem e manutenções também o blog nospessoal websites www.webpaulo.com. do Banco Real. reis@guilhermo.com webpaulo@yahoo.com.br

Você é invisível? Todo mundo conhece o Google. Se você quer saber algo e não sabe onde encontrar, lá está o Google para responder as nossas dúvidas. Tal como você e eu, as pessoas procuram por produtos, serviços, pelo seu nome, da sua empresa e tudo que você possa imaginar. Agora, imagine se você não aparece no Google. Já ouvi até falarem que se não está no Google é porque não existe. Então, como fazer para aparecer no Google? O jeito mais fácil é utilizar os links patrocinados. Eles são aquelas propagandas que aparecem na página de resultados das buscas no lado direito ou no topo à esquerda em fundo azul. Depois de configurado o serviço, o anúncio aparece rapidamente. O problema dos links patrocinados é que eles são pagos e as pessoas costumam clicar mais nos resultados naturais das buscas, aqueles que ficam do lado esquerdo. Dessa forma, como podemos fazer para aparecer nestes resultados naturais? Para aparecer no Google é necessário que ele saiba que você existe. Para isto, existem dois caminhos. O primeiro é submeter o seu site ao Google. Acesse www.google.com/addurl e inclua a URL. Eles não garantem com isto que sua URL será incluída e nem informam quanto tempo demora para que ela apareça. A outra forma de aparecer no Google é através de links. A web é feita de links que interligam páginas. O Google tem um robô chamado Googlebot, que varre a web procurando conteúdo nos sites que ele já tem em sua relação. Se aparece um link para uma página que ele não tem em sua base, ele guarda este link e passa a varrer esta página também. Depois de analisada pela ferramenta, ela passa a fazer parte do banco de dados do Google e a figurar nos resultados. O problema é que ela pode não aparecer logo na primeira página. Como são definidas quais páginas aparecem na frente? Antigamente, os resultados de uma busca eram ordenados alfabeticamente. Nesta época, existiam apenas os diretórios web que eram sites que organizavam diversos links por assuntos. O mais famoso deles é o Yahoo!, que nasceu como um hobby de duas pessoas: David Filo e Jerry Yang. O hobby cresceu a tal ponto que hoje ele é uma das maiores empresas do mundo de internet. De lá para cá muita coisa mudou nos sites de busca. Atualmente, os resultados das buscas retornam resultados conforme a relevância com as palavras buscadas. Estes termos de busca são chamados de palavras-chave. Não adianta mais ter um site começando com a letra A para aparecer na frente. Para definir como seriam organizados os resultados de uma busca, sites como o Google e o Yahoo! começaram a estudar fórmulas que retornassem resultados que atendessem as palavras-chave buscadas. Com isto, eles deixariam seus usuários felizes em obter rapidamente a informação que procuravam. A fórmula ou algoritmo mais conhecido para determinar a relevância dos resultados é o PageRank. Criado pelo Google, ele utiliza o link como um voto. Por exemplo, se o site A coloca um link para o site B, significa que o site B recebeu um


tecnologia :: 67

"Não adianta ter um começando a letra A paraas placas “É preciso criarmais as casas, os site prédios, as praçascom e principalmente aparecer na frente" de sinalização.”

voto do site A. Quanto mais votos o site B receber, mais importante ele será. Porém, existe outro fator no voto. Quanto mais importante é o site, maior o peso do voto. O PageRank é medido em uma escala de 0 a 10, onde o maior é o que tem mais peso. Por exemplo, um link de um site com PageRank 4 tem peso maior que três links de sites PageRank 0. Ou seja, não importa a quantidade de links, mas quem te “linka”. Assim, o Google consegue determinar fontes mais confiáveis de informação e entregar resultados melhores. O PageRank é atualizado de tempos em tempos, pois ele tem que varrer novamente a web inteira para recalcular o PageRank. O período que o PageRank é recalculado é conhecido como PageRank Update e por alguns como Google Dance, já que os resultado costumam variar de posição durante este período. Normalmente, a periodicidade do Google Update é mensal, mas já aconteceu de, no mesmo mês, acontecerem duas atualizações e meses em que não ocorre atualização. Para consultar o PageRank de um site, você tem duas maneiras: ou instala a toolbar do Google, ou utiliza um serviço pela web como o www.marketingdebusca.com.br/pagerank. Mas não é apenas o PageRank que define qual será a posição de uma página. Existem outras centenas de fatores para determinar o posicionamento. Para evitar que os resultados sejam manipulados, os sites de busca não divulgam seus algoritmos. Mesmo assim, as empresas e os donos de sites começaram a estudar quais os fatores que levam determinados sites a aparecer nos primeiros resultados de buscas. Deste conhecimento surge o SEO. Do inglês, Search Engine Optimization, ele consiste de estratégias internas e externas de um site para conseguir ser melhor interpretado pelos robôs de busca e, por conseqüência, ficar com melhores posições nos resultados de uma busca. No próximo artigo, pretendo escrever sobre as técnicas SEO e palavras-chave, mas como esta é uma revista sobre web, entre em contato e diga sobre o que você quer ver nos próximos artigos, afinal web é interatividade! Quem faz o profissional é você. Sucesso e até a próxima pessoAll.


68 :: marketing

René de Paula Jr. Diretor de produtos do Yahoo Brasil. É profissional de internet desde 1996, passou pelas maiores agências e empresas do país: Wunderman, AlmapBBDO, AgênciaClick, Banco Real ABN AMRO. É criador da “usina. com”, portal focado no mundo on-line, e do “radinho de pilha” (www.radinhodepilha.com), comunidade de profissionais da área. rene@usina.com

O que os kicos tem a ver com isso? Se os teus kikos marinhos nasceram, cresceram e foram felizes para sempre, não me conte. A menos, claro, que no teu aquário em se plantando tudo dá. Se você nunca ouviu falar de kikos marinhos, porém... Nem me diga, senão vou morrer de inveja :) Ok, ok, estou exagerando, o trauma não foi assim tão... Traumático. Passou. Mas algo aconteceu ali: perdi minha virgindade mercadológica. Ainda me lembro da embalagem: uma família feliz e sorridente de kikos marinhos, desenhada com esmero e alegria, enchia de vida e esperança aquele pó cinza dentro do saco plástico. Pó? Que nada! Aquilo era um milagre científico ressuscitando criaturas pré-históricas: Tu és pó e do pó nascerás! Depois do leite em pó, do Nescau e do Nescafé, finalmente... Amiguinhos em pó! Just add water! Que criança resistiria? Quem não pagaria com a alma para ver aquele pó bobo ganhar vida e virar papais, mamães e filhinhos kikos marinhos? Well... A pergunta é: que criança viu isso? Eu não vi nada. Só vi a água do aquário estragando, estragando, enquanto meus olhos aflitos buscavam sinais de bebês jurássicos. Adiós, inocência. Mas que cargas d’água essa minha história aquática tristíssima (snif) tem a ver com nosso ofício? O que tem os kikos a ver com nossos micos? E que história é essa de citar Pero Vaz de Caminha em vão? Simples: muita gente está prestes a perder a inocência. E a fé. E a crença em internet. Tudo por conta... De promessas em pó. Alguém já disse que tecnologia um dia vai parecer mágica, mas daí a acreditar em milagres é outra história. Web 2.0? AJAX? Comunidades? Conteúdo gerado pelo usuário? Lindo, encantador, mas será que é a pedra filosofal? A resposta para todas as perguntas? Unissex? One-size-fits-all? All-you-caneat? Em comunidades em se plantando tudo dá? Ou há contra-indicações e posologia na bula? Caríssimos, a resposta é simples. Como diria Bob Dylan, the answer is blowing in the wind. Traduzindo para bom português: cuidado com pastel-de-vento. O recheio de qualquer coisa, na internet ou fora dela, é... Carne. Carne e osso e mentes e coração e sonhos... De gente. Gente é a resposta e gente é também a maior das perguntas. Como fazer gente feliz? O que é relevante para gente? Por que a gente colabora? Por que a gente não colabora? A gente quem, cara-pálida? Um exemplo: blogs. Bárbaro, não? Você pode incluir blogs na sua proposta e cantar loas às maravilhas do citizen journalism, da folksonomia, do long-tail , do crowdsourcing e demais buzzwords que só a Wikipédia é capaz de explicar. O cliente vai ficar boquiaberto. Quero ver, porém, a cara dele quando adicionar o pó mágico ao seu próprio aquário/ site, o tempo passar e passar... E não brotar nada. Blog não era para ser algo explosivo, revolucionário, uma desconstrução de paradigmas, blá-blá-blá-blogs? Well, lá se foi a inocência de mais um. O mesmo vale para comunidades. Conteúdo gerado por usuários. Virais. Colaboração. Parece só questão de adicionar água e mexer um pouco, mas, na verdade, a química é muito mais complexa. Na verdade, a questão é mais culinária do que química: há que se ter uma certa mão, um certo talento, um certo tempero


marketing :: 69

"Conteúdo gerado por usuários. Virais. Colaboração. Parece só questão de adicionar água e mexer um pouco, mas, na verdade, a química é muito mais complexa"

especial, a temperatura e o tempo ideais pra transformar farinha e água em um magnífico croissant. Croissant precisa de fermento? Tem que sovar a massa? A massa tem que repousar? Se abrir o forno, a massa desanda? Qualquer farinha serve? Tem que peneirar? E o tamanho, importa? As mesmas perguntas valem para ambientes sociais: comunidades precisam de um empurrãozinho? Tem que incentivar a colaboração no começo? As pessoas precisam de muito tempo para se ambientarem? Se você se intrometer na comunidade, ela desanda? Todas as pessoas e perfis de gente têm o mesmo potencial de comunidades? Vale a pena filtrar antes? Até que tamanho uma comunidade pode crescer? As perguntas são inúmeras e todas elas absolutamente fundamentais. E a resposta para todas é a mesma: depende. Não há nunca um caso idêntico a outro. Aquilo que foi um case no Azerbaijão, pode ser um mico no Uzbequistão. Aquilo que floresce e dá frutos na Bósnia, azeda e murcha na Sérvia. Tudo depende e, como diria Gilberto Gil, merece consideração. Por exemplo: meus kikos marinhos nunca vingaram. Já os seus... Ok, ok, nem me conte!


70 :: bula da Catunda

Marcela Catunda Trabalhou na TV Globo, TV Bandeirantes, TV Gazeta, Manchete e SBT. Foi redatora da DM9DDB e Supervisora de Criação de Mídia Interativa da Publicis Salles Norton. É sócia do site Banheiro Feminino, está no Orkut e trabalha como autônoma. blog - http://pirei.catunda.org marcelacatunda@terra.com.br

Coluna de despedida Marcela Catunda continua Marcela Catunda e seu e-mail continua o marcelacatunda@terra.com.br Dona Maria, Obrigada, mas eu vou embora. Um abraço. ps. Suas filhas são uns “angos”. E foi assim que a Luzia se despediu da moçada lá de casa após alguns anos trabalhando e cuidando da gente. Adeus Luzia e seus anjos com G. Nunca mais me esqueci dela e nem dessa carta deixada na porta do quarto com uma fita adesiva amarela. Que trash! Queria eu também poder agora escrever uma coluna de despedida com apenas duas linhas que resumisse os anjos que foram todos vocês que me acompanharam ao longo desses anos. Obrigada! Agradeci também a Adriana, ao Leandro, Luis, Cris e todos da Revista. Todo mundo foi sempre muito legal comigo. - Ponte Preta x Flamengo: coluna um. - Santos x São Paulo: coluna dois. - Marcela x Webdesign: coluna de despedida. Juro que vejo a zebrinha olhando pra mim e dizendo isso. É! Viajei total. Mas é louco escrever uma coluna de despedida. O pior é que a idéia foi minha, a idéia não, as idéias: primeiro a de sair da revista e depois a de deixar uma coluna de despedida na edição de abril. - Mas você volta quando, Má? - Isso não tem mais importância pra você. Não sou mais sua namorada. Isso eu também já fiz. Terminei um namoro e me mandei pros Estados Unidos sem data pra voltar. Crueldade! Mas eu era uma menina de pouco mais de dezenove anos. Imatura, boba e chata. Claro que a vida já me deu o troco e em um monte de moedinhas. Já paguei tudinho. E como estamos em abril, cantemos às águas de março fechando o verão. É pau, é pedra, é o fim desse caminho por hora. Nossa! Hoje eu tô me superando! (risos). Toda vez que eu fico muito nervosa eu falo m**** (pi). Não haveria de ser tão diferente hoje. Claro! Eu tô nervosa. Não é sempre que a gente se despede de tantos amigos. Não serei mais a dona da bola, quer dizer, da Bula. Por hora, eu só consigo pensar se vou me arrepender disso. Olha o que é uma pessoa louca. Ela mal saiu da revista e já tá com medo de se arrepender. Mas é que é fogo achar que não vou sentir falta de estar por aqui. Mas sentir falta é uma coisa, arrependimento é outra. Tudo que eu fiz nesse tempo por aqui valeu à pena. Pra mim, valeu. Será que eu tô me justificando? Será que tô dando uma de BêBêBê? Tô fora daquela Analy! Cruzes! Daí me perguntaram por que eu ia sair da Revista e eu tentei explicar dizendo que acre-


bula da Catunda :: 71

"Ai! Ai! Buááááá!"

dito no ciclo das coisas e que fiquei bastante tempo. É como quando vamos à casa de alguém que gostamos muito, mas tem uma hora que precisamos ir embora por mais gostoso que o papo esteja. Alguns amigos nos obrigam a contar aquelas mentiras ridículas: - Mas já vai? Por quê? (reclama a amiga) - Menina! E eu não tenho aniversário de uma tia. (essa sou eu) - Mas agora as três da manhã? (pergunta ela) - Gente! Deixa eu correr ou não pego o parabéns! (cara de pau) Outros simplesmente se despedem e nos deixam ir, sem maiores explicações. Gosto da segunda opção, mas eu jamais poderia deixar esse espaço sem agradecer muito, muito, muito, muito o carinho de vocês comigo e a paciência. Foram muitas Vidas de Freela e Bulas. Acho que tô a mais de dois anos por aqui. É tempo. Se pensarmos como araras não, mas se pensarmos como palavras é bastante. Mas eu não vou sumir não. De jeito nenhum. Vou continuar no meu blog (http://pirei.catunda.org) escrevendo minhas coisas, dando palestras (contrate), fazendo roteiros (experimente!), freelando (peça o seu orçamento agora) e escrevendo, escrevendo, escrevendo livros. Por favor, comprem meus livros e, se der, leiam. Que abril seja lindo como maio, junho, julho, dezembros, 2008 e daí pra muito mais. Sorte! Sucesso! Muita grana, realizações, peptídeos vibrantes, pensamentos positivos, livros de auto-ajuda, brigadeiros e tudo mais que nos ajude a sermos mais felizes do que fomos ontem. Ai! Ai! Buááááá! Beijos.


72 :: webdesign

Luli Radfahrer PhD em Comunicação Digital, já dirigiu a divisão de internet de algumas das maiores agências de propaganda e de alguns dos maiores portais do Brasil. Hoje, é Professor-Doutor da ECA-USP, Diretor Associado do Museu de Arte Contemporânea e consultor independente. Autor do livro ‘design/web/ design:2’, administra uma comunidade de difusão do conhecimento digital pelo País. luli@luli.com.br

Webdesigner? Tem de monte por aí Diretor de arte? Também. Ilustrador? Nem te conto. “Flasheiro”? Vixe. Planejador? Ihhhhh... Consultor? Tsk, tsk, tsk. Produtor? Uma dúzia. Desenvolvedor? Ú. Não há como negar nestes dias que, apesar do “renascimento” da indústria digital, o mercado não está exatamente fácil. Agências, produtoras e clientes parecem ter finalmente percebido que há um excedente de mão-de-obra e que a maioria dos trabalhos não demanda muito mais que noções elementares deste ou daquele programa ou ferramenta de desenvolvimento. O resultado vê-se por aí. O que muitos se apressam em definir como uma nova “estética” digital nada mais é que uma pobreza de idéias sem par. Mesmo com verbas cada vez maiores, a experiência do usuário não melhora. E o usuário se vinga. De blogs a Flickr; de feeds de RSS a mashups; de Skype aos novos games, é cada vez mais difícil chamar e prender a atenção, mesmo que as idéias sejam boas. O meio digital está gasto, e agora que a Web 2.0 dá ao tipo comum a capacidade de criar seus próprios mundos on-line, para que depender dos outros? Não seria uma má notícia, se você não fosse um desses “outros”. Todos os profissionais da cadeia de produção de conteúdo digital (deveria dizer “geração de experiência” digital?) estão, de certa forma, envolvidos em uma possível crise futura, em que tudo aquilo que aprenderam perde seu valor e eles passam a competir com uma “molecada” atualizada. Não que isso seja novidade, já que os mesmos profissionais um dia fizeram parte da tal “molecada”. Para citar alguns exemplos, Orkut, YouTube, MSN e os grupos de discussão por e-mail do Yahoo foram maciçamente usados antes de serem “descobertos” como oportunidades de mídia pelas agências de propaganda. E o que elas fizeram? Colocaram BANNERS neles? Colocaram seus comerciais de TV no YouTube? Desenvolveram ações “virais”? Criaram videonovelas para o celular? Ridículo. Mesmo algumas coisas efetivamente novas iniciativas estão tão preocupadas em usar uma determinada tecnologia que, muitas vezes, encomendam soluções mirabolantes e se esquecem de uma idéia criativa por trás. A situação seria hilária, se fosse com outra categoria profissional. Para sobreviver às constantes e freqüentes mudanças do mercado que, segundo especialistas, tendem a ser cada vez mais intensas, o profissional de comunicação digital precisa se desapegar das tecnologias que conhece e das experiências que teve e deram certo para prestar atenção no que está acontecendo à sua volta. Mais do que julgar se algo é “bom” ou mesmo se “vai pegar” ou não, é preciso manter-se curioso e buscar entender, em cada nova proposta, o que ela traz de novo e relevante. Não para si, mas para seu público-alvo. Para ampliar a visão criativa é preciso, acima de tudo, informação. Já que não é mais


webdesign :: 73

"Mais do que julgar se algo é bom ou mesmo se vai pegar ou não, é preciso manter-se curioso e buscar entender, em cada nova proposta, o que ela traz de novo e relevante. Não para si, mas para seu público-alvo"

necessário (nem possível) conhecer a fundo todas as etapas, é fundamental saber avaliá-las. Como um regente de orquestra, o novo diretor de criação para mídias digitais deve conhecer bem cada instrumento, identificar os mais relevantes e trazê-los à ação quando necessários. Pena que poucos se dêem conta disso. Já que não é preciso ficar martelando a lengalenga da importância do design, coloco outras dez questões que podem ajudá-lo a fazer a diferença no mundinho: 1.

Você realmente sabe adaptar uma mensagem jornalística ou publicitária para um formato que só possa

ser usado on-line? E em telefones celulares? Ele é interessante, relevante e divertido para quem o utiliza? Vale a pena interagir com ele? Até que ponto? 2.

A agência de propaganda não tem verba para desenvolver material exclusivo para você. Dá para

“reciclar” o conteúdo usado em mídia de massa e mesmo assim transmitir uma nova mensagem? Como? 3.

Você não tem verba para desenvolvimento. Para piorar, o prazo é negativo e parece que, tanto no

cliente como na agência, ninguém entrou no século XXI. O que fazer? 4.

Já que a inovação não é mais novidade, quais são suas fontes de informação para acompanhar as

mudanças e se antecipar a elas? 5.

Se você for apresentado a uma ação grande, daquelas com uma boa verba e diversos canais, o que

colocaria na web, o que em celulares, o que em games? Como seria distribuído seu digital mix? 6.

Está na moda falar em conteúdo gerado pelo usuário. Todos sabemos, no entanto, que a maioria do

que os usuários produzem é puro lixo. Como administrar esse equilíbrio tão delicado? 7.

Para a minha tia, aqueles powerpoints com fotos de bebês são “virais”. Como separar o efetivo do

amador? Como garantir que sua mensagem seja multiplicada por quem a recebe? 8.

Você chegou à desejada posição de “diretor de criação”. Parabéns e meus pêsames. Agora como

você vai dirigir sua nova equipe, composta por profissionais multidisciplinares de variados níveis, muitos deles trabalhando à distância e em horários esdrúxulos? 9.

Vamos falar do seu portfólio. Como você organiza suas peças de forma a torná-las interessantes para

quem as analisa? Como chegar a essas pessoas? 10. Por mais que você não goste daqueles carinhas de terno e gravata, sabe muito bem que eles conseguem pilotar como ninguém uma planilha de cálculo. Você tem que falar com eles, como vai transformar sua idéia criativa em um case? Como convencer seu cliente a investir uma grana em um mercado mutante? Pois é, não é mole. O novo profissional de criação digital precisa, acima de tudo, ser uma interface entre os novos públicos e os velhos clientes de idéias enlatadas. Se você for um deles, dê a si mesmo os parabéns, pois já deve saber que vale ouro. Mas se não o for...


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