Jornal O Berrão

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O PODER DE SER LIVRE Quer mudar o Mundo? Tem uma ideia? Quer, apenas interagir? Tudo isto é possível! Já não necessita de ocupar um banco, ou saltar do quinto andar para ser ouvido, basta que aquilo que diga ou faça seja importante para os outros e tudo isto é possível à distância de um clique.

O BERRÃO UM OLHAR ATENTO E CONTEMPORÂNEO

O LIVRO DA MINHA VIDA - HARRY POTTER... naquele mundo mágico, que é ao mesmo tempo interessante, engraçado, divertido, perigoso, encantado, misterioso, mas no fundo… maravilhoso. Eu gostei deste livro Nunca mais o vou esquecer Desta escola de magia Onde há muito a aprender.

À CONVERSA

COM ...

... eu confio nos jovens, confio nos alunos de Murça, eu apenas peço que sejam mais ambiciosos e que lutem mais pelos seus objectivos e que procurem respeitar as pessoas mais velhas, porque é uma forma de se respeitarem a si próprios ...

UM ATÉ JÁ ... As águas do rio Tinhela correm tristes porque já não ouvem a sua música são lágrimas de quem chora a sua partida.

MALES DA

ESCOLA PÚBLICA Porque estávamos, quase todos, demasiado acomodados no nosso "EU" e nos interesses particulares, relevando para segundo plano os aspectos relacionados com a função e um certo espírito de classe, não corporativo, mas sempre necessário.

PARA ALÉM DA ESCOLA Quais são as funções actuais da escola?

ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

COM GARANTIA DE SOBREVIVÊNCIA Ou temos a capacidade de nos unir no objectivo de crescer enquanto professores, enquanto alunos, enquanto pais, em suma, enquanto pessoas, ou então desbarataremos recursos e atingiremos, apenas, uma pálida imagem do que poderíamos ter sido

AGRUPAMENTO DE ESCOLS DE MURÇA


A memória e a coragem de resistir “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”- Martin Luther King “Não fomos feitos para viver como brutos, mas para seguir a virtude e o conhecimento, onde quer que nos levem e seja qual for o seu custo pessoal e social.” Dante Alighieri Tantos séculos entre estas duas frases! A permanência, contudo, desta realidade imutável e inevitável: a necessidade da busca, o querer na procura, para que nunca nos limitemos a ser rasteiros quando a elevação é possível. Por outro lado a coragem de falar, de erguer a verdade, para que nunca suje o seu manto na lama dos pobres de espírito. A necessidade de divergir da voracidade dos maus, para que a nossa voz perturbe o seu sono larvar. Quando estes espíritos nos mostram a evidência da nossa humanidade, a sua necessidade intemporal, recordo a missão da escola e a sua importância na busca do bem. Se a escola mostra o caminho e orienta a viagem, garante a nossa evolução e estrutura a nossa responsabilidade. Mas a escola somos nós e, por isso, precisa do nosso agir, da nossa constância e da nossa consciência. Por isso a memória é tão importante quanto o querer. Querer melhorar é bom, saber fazê-lo é ainda melhorar, fazê-lo com o respeito pelo esforço e pela arte dos nossos antepassados é a suprema sabedoria. Por tudo isto que, hoje e aqui, já se disse, não respeitar o passado é um acto de ingratidão e um reflexo de profunda ignorância. É incrível que Dante, escritor, poeta e político italiano dos séculos XIII/XIV- tenha sido, a essa distância, um espírito mais evoluído e completo que muitos seus congéneres do século XXI! Perante a boçalidade que hoje impera na nossa sociedade, estes homens são faróis e exemplos que nos ajudam a erguer da cloaca pútrida em que caímos ou para a qual fomos arrastados. Quando? Por quem? Cada um terá a sua resposta. O Director do Agrupamento, José Alexandre Pacheco


UM OLHAR ATENTO E CONTEMPORÂNEO

O BERRÃO

EDITORIAL Propriedade Agrupamento de Escolas de Murça http://www.avmurca.org Coordenação José Alexandre Pacheco Revisão Anabela Coelho Ana Paula Moura Humberto Nascimento Projecto Editorial e Design Rosa Pais Leonida de Sá Gonçalves Emanuel Teixeira Impressão Servimira, Lda Colaboradores Albertino Lousa; Ana Paula Esteves; António Ribeiro; Carmen Mesquita; Cátia Ribeiro; Diogo Nascimento; Emanuel Teixeira; Felisberto Fontela; Gonçalo Duarte; Jéssica Afonso; João Eduardo Lopes; José Alexandre Pacheco; José Carlos Lousa; José Pinto; Juliana Francisco; Leonida de Sá Gonçalves; Luisa Carvalho; Manuel Mofreita; Mariana Noverça; Marta Cunha; Milva Ribeiro; Mónica Alves; Pedro Azevedo; Rosa Pais; Ruben Moreira; Teresa Pinhel; Valéria Oliveira Tiragem 200 Exemplares nº 15 - Janeiro * Edição 2011

Recomeça Se puderes, Sem angústia e sem pressa. E os passos que deres, Nesse caminho duro Do futuro, Dá-os em liberdade.

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número do Jornal O Berrão que agora chega até vós, transporta alguns desafios, relativos à sua necessária e contínua actualização, com o objectivo de prestarmos um serviço cada vez mais global e efectivo, sem prescindir da precisão e do rigor. O novo grafismo e a introdução de novas secções enquadramse nessa filosofia. Um jornal escolar deve reflectir o dinamismo e a pertinência do trabalho desenvolvido nas diversas unidades educativas do agrupamento. Neste sentido se inscreve o apelo repetido que fazemos a toda a comunidade educativa para que participe neste projecto e, assim, possa Enquanto não alcances Não descanses. De nenhum fruto queiras só metade. E, nunca saciado, Vai colhendo Ilusões sucessivas no pomar. Sempre a sonhar

abrir uma janela para mostrar a realidade do que somos e do que fazemos. A nossa orientação, o nosso objectivo é a contínua melhoria. Esta relaciona-se activamente com o conceito de “escola aprendente” que defendemos como condição da própria melhoria e da sobrevivência da nossa Instituição. Todas as pessoas que participam na vida escolar devem estar receptivas ao saber e ser curiosas, devem reflectir sobre o seu exercício funcional e adoptar novas soluções/estratégias de trabalho. Este é também o enquadramento que baliza o trabalho da equipa que produz este jornal. Penso, por isso, estarmos no caminho certo. É com orgulho que reconhecemos o trabalho já feito e a existência de uma vontade firme em continuar a melhorar. O caminho nunca chega ao fim e, nele, nunca podemos ficar parados. Aproveito para desejar a professores, alunos, pais, assistentes técnicos e operacionais um bom ano de 2011, sempre com a consciência de que todos podemos contribuir para isso, através do cumprimento dos nossos deveres enquanto profissionais e enquanto cidadãos. O Director E vendo, Acordado, O logro da Aventura. És homem, não te esqueças! Só é tua a loucura Onde, com lucidez, te reconheças. Miguel Torga, Diário , XIII,27.12.77

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FICHA TÉCNICA


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MALES DA ESCOLA PÚBLICA

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á uns anos que verifico mudanças em catadupa no modelo de funcionamento da escola pública que nunca entendi claramente, mas também nunca me explicaram de forma clara e objectiva, minimamente convincente, da sua pertinência, justiça ou melhoria de qualidade. Sobre essas mudanças formei uma opinião, provavelmente polémica por ser desalinhada com umas muitas elites, pseudo conhecedoras de educação, que só sentem o pulsar da escola real em gabinetes, via ofício, fax ou telefone, ou quando muito em visitas relâmpago para uma notícia qualquer. Mas, certamente alinhada com outros tantos que estão no terreno e, por isso, sofrem com o actual pulsar real da escola, no seu dia-a-dia. E, por isso, como eu, sentem a escola pública a definhar de dia para dia. Nos últimos anos, a escola pública definha, porque se transformou numa instituição com uma imagem cada vez mais degradada, mal vista e mal amada por quase todos, porque deixou de ser uma referência positiva, enquanto espaço privilegiado de EDUCAÇÃO, onde as aprendizagens, a aquisição de competências, os princípios e valores cívicos, a vivência democrática e a responsabilidade têm sentido. A actual escola pública definha, porque deixou de ser uma referência de mérito e prestígio, por maioria de culpa dos responsáveis pelas políticas da educação, que mais não fizeram que descredibilizar a escola obrigando os professores e a escola, em geral, a fabricarem um sucesso educativo socialmente ilusório e irresponsável, ao querer

implementar, pela via legislativa, mudanças em série, qual um vendaval de papel suportando extensos normativos de fraseado bonito mas, na prática, inconsequentes para uma efectiva mudança, por incompletos, contraditórias, inexequíveis exageradamente utópicos e mesmo a roçar a inconstitucionalidade em muitos casos. Onde são evidentes gritantes constrangimentos de conhecimento factual da realidade das nossas escolas e do processo educativo em geral, onde o futuro da sociedade deve ser estruturado. Cujo resultado assenta numa, constrangedora, permanente necessidade proceder a emendas, ajustamentos e esclarecimentos, quando da implementação ao nível da aplicabilidade prática junto das escolas. A escola pública definha porque, nos últimos anos, e infelizmente hoje ainda também, a escola, em muitos c a s o s , f o i e a i n d a é , gerida/orientada/coordenada/diri gida por tecnocratas subalternizados e alinhados com uma ordem política e ideológica. Estão inebriados pela propalada ideia de que as escolas e outros espaços educativos devem obedecer objectivamente a dinâmicas de funcionamento, gestão e administração empresarial, cuja finalidade é produzir, em série e a baixos custos, um produto com as características de "objecto pessoa". Daí que tendam a transformar os professores em trabalhadores pouco pensantes face ao processo, de preferência servis e obedientes, quando não, predispostos a serem catequizados para uma ideologia política que pensa a escola como uma instituição de retaguarda, em vez de instituição de vanguarda social, vocacionada para o futuro através da melhoria das performances cognitivas, afectivas e motoras dos alunos. A escola pública, também, definha porque nós, os professores, temos tido muita dificuldade em orientar a

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CRÓNICA DE MALDIZER

nossa actuação por princípios dignidade profissional e de coerência. Por isso, acordamos demasiado tarde para a realidade da desorientação e instabilidade vivida nas escolas há uns anos atrás. Porque estávamos, quase todos, demasiado acomodados no nosso "EU" e nos interesses particulares, relevando para segundo plano os aspectos relacionados com a função e um certo espírito de classe, não corporativo, mas sempre necessário. E porque descoramos a necessidade de cada um ser cada vez melhor e ser mais rigoroso no seu desempenho, quer ao nível das competências específicas, quer na aplicação de melhores práticas pedagógicas e didácticas. A escola pública também definha porque, os professores, por outras razões menos claras, também contribuíram, de forma decisiva, para o "golpe de misericórdia" na gestão participada das escolas permitindo assim que a escola perdesse parte da sua identidade e que, sem mais, os seus representantes, de forma, para mim, pouco clara, passassem a representar a entidade tutelar dos professores, o que eu considero ser o factor mais relevante da instabilidade das escolas verificada nos últimos anos. Aqui chegados, entendo ser tempo de agir para evitar males maiores, cabendo a e qualquer professor, que disso se preze, não cruzar os braços continuando à espera que outros façam o que a cada um compete pela dignificação da função docente e resolução dos problemas que são de todos, tanto mais que o campo dos idealistas lutadores pelas grandes causas está praticamente despovoado. Neste contexto, mesmo que de forma idealista, proponho uma nova ordem para a escola pública. «Todos os PROFESSORES e suas HIERARQUIAS, dando as mãos, devem predispor-se a respeitarem-se mutuamente nos seus direitos e deveres, constituindo-se como


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CRÓNICA DE MALDIZER parceiros, criando assim um movimento colectivo coeso e pragmático, centrado na melhoria dos processos e resultados EDUCATIVOS precursores de sociedades mais justas, nem que para isso tenhamos de ser menos permissivos connosco e com todos os outros que connosco interagem." PS - Para não "abusar" da paciência de quem lê esta opinião ... , vou ficar por aqui, mas, se a liberdade de expressão não morrer entretanto, prometo voltar "uma opinião..." sobre a participação dos pais e encarregados de educação e das instituições que, também, contribuem para o definhar da escola pública, ainda que, por vezes, de forma não deliberada. José Pinto

PARA ALÉM DA ESCOLA

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os dias q u e correm um assunto c o m u m d e conversa é a crise q u e o p a í s atravessa. Muito se tem falado das dificuldades que as instituições e as famílias enfrentam em cumprir os seus compromissos, existe cada vez menos poder de compra. A este propósito, noticiava há tempos um artigo de um jornal que existem escolas que abrem as portas ao fim de semana, e até mesmo nas férias, para servirem refeições aos seus alunos. Este exemplo, muito embora possa não ser representativo de todas as

escolas do país, levanta uma questão importante. Quais são as funções actuais da escola? A escola para além de ser um espaço de transmissão dos conhecimentos científicos acumulados pelas sociedades ao longo das gerações, de educação cívica e cultural, é também um espaço de partilha, ajuda recíproca e solidariedade social. Para os que cumprem as suas funções nas escolas, esta é uma nova exigência que deve ser assumida. E deve também, na minha opinião, ser vista como uma missão honrosa, digna e apreciável, pois as pessoas só pedem ajuda a quem confiam e onde sentem segurança para expor as suas dificuldades.

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nde se pretende demonstrar que vivemos numa sociedade democrática e que afinal os nossos alunos só têm direitos Já por várias vezes me aconteceu ser confrontado pelos alunos com o facto de apenas serem mencionados os seus deveres e nunca os seus direitos. Respondo-lhes com a verdade e com a realidade democrática e após uma análise exaustiva da situação tive de lhes dizer que: 1º Estudar não é um dever, é um direito – sim a igualdade no acesso à escola/educação é um direito consagrado na Constituição da República Portuguesa e que se algum cidadão ou cidadã fosse impedido/a de estudar veria nisso uma forma de

discriminação; 2º Tratar com respeito qualquer membro da Comunidade Educativa é um direito na medida em que só dessa forma podem exigir ser tratados com respeito e consideração por qualquer membro da Comunidade Educativa que afinal são eles mesmos; 3º Trazer o Cartão de Estudante e a Caderneta Escolar é um direito na medida em que é uma forma de identificar o estudante – é importante não esquecer que todo o indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade - no caso todo o cidadão português tem direito a frequentar uma escola e o Cartão de Estudante é a prova disso mesmo; 4º Participar nas actividades escolares é também um direito, pois mais uma vez se algum aluno fosse impedido de participar em qualquer uma das actividades desenvolvidas na e pela escola, mais uma vez estaria a ser objecto de discriminação. Todo o aluno que o deseje tem o direito de participar no desporto escolar, num clube, … 5º Respeitar a propriedade dos bens – desde a declaração Universal dos Direitos do Homem em França em 1789, (1) que o direito à propriedade privada tem sido consagrado em todas as Constituições e demais legislação

dos Estados bem como das diferentes Instituições Internacionais. 6º Permanece na escola durante o seu horário – é um dos direitos fundamentais dos alunos, pois nenhum cidadão pode ser privado de frequentar uma escola. Muito mais se poderia dizer, mas não pretendemos ser exaustivos, nem maçudos, no entanto, não podemos deixar de aconselhar os alunos a consultar a legislação quer nacional, quer de alguns organismos internacionais – ONU, OCDE, UNICEF, … - e perguntar às mulheres que em alguns países árabes estão proibidas de tirar a carta de condução e de conduzir o que são direitos e deveres; aconselhamo-los ainda a perguntar às mulheres que há cem anos atrás lutavam pelo direito ao voto o que são deveres…. Ah e já agora, analisem com atenção que se passa em alguns países e pensem bem o que são deveres e o que são afinal - DIREITOS Ainda assim, importaria reflectir um pouco sobre esta problemática debruçando-nos sobre o que são de facto e de direito, direitos dos alunos…. Ah e direitos dos cidadãos. Felisberto Fontela

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Pedro Azevedo


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ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO COM GARANTIA DE SOBREVIVÊNCIA

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efendi recentemente, no processo de construção do Plano Anual de Actividades do nosso agrupamento, que a escola para além de um local de trabalho deverá ser uma unidade nuclear de formação e inovação. Sê-lo-á se houver lugar para uma aprendizagem institucional, ou seja, se o meio e as relações de trabalho ensinarem, e a organização enquanto conjunto aprender, partindo da sua própria história e memória como instituição. Na competição que se adivinha para o universo escolar, precisamos cultivar a inovação como algo ascendente, a desenvolver-se a partir da própria escola. Neste contexto e, para sobreviver, o nosso agrupamento precisa melhorar os seus resultados, ao mesmo tempo que cumpre todas as outras finalidades de raiz sóciocultural que lhe estão acometidas. A melhoria escolar não pode ser ordenada ou prescrita, porque a sua efectivação depende de factores como o

compromisso, iniciativa e implicação, que não são objecto de imposição mas de adesão ou construção partilhada no terreno. A agregação dos três factores referidos, assumidos com as nossas particularidades, permitirá a assunção da autonomia e a construção de uma identidade, da nossa identidade. É bom que seja assim, pois desta forma seremos, cada vez mais, uma “escola que aprende”, que racionaliza os seus actos e reconstrói a sua acção. Peter M. Senge (1992), que contribuiu para divulgar a expressão “organizações que aprendem”, definia-as como organizações onde as pessoas aumentam constantemente a sua aptidão para criar os resultados que desejam, onde se cultivam novos e expansivos padrões de pensamento, onde a aspiração colectiva tem plena liberdade e onde as pessoas estão continuamente a aprender em conjunto. A consciencialização do serviço público que prestamos na dupla vertente de instrução e formação de cidadãos é também o factor de união e o pólo propulsor da cultura colaborativa que nos deve caracterizar para que haja “escola”, onde antes só havia trabalho por células independentes. Isto só é possível com professores comprometidos, redesenhando continuamente os contextos laborais de forma a criar conhecimento e a utilizálo. Para além do compromisso dos

professores, precisamos de alunos dinâmicos, interessados na aquisição de informação, autónomos no seu tratamento, focalizados na busca do próprio desenvolvimento e no desenvolvimento dos seus pares. Precisamos igualmente de assistentes operacionais atentos e com um desempenho técnico irrepreensível. Finalmente precisamos de pais irmanados com a escola, colaborantes na realização de propósitos partilhados. Que fique claro: a melhoria dos resultados e a diminuição do abandono escolar de uma escola não depende unicamente do desempenho dos docentes, mas de todo um conjunto de variáveis que devem ser tidas em conta no processo de avaliação. Nestas variáveis entra necessariamente a assunção das responsabilidades parentais, quer no relacionamento familiar quer no envolvimento na escola enquanto membros da comunidade educativa. Ou temos a capacidade de nos unir no objectivo de crescer enquanto professores, enquanto alunos, enquanto pais, em suma, enquanto pessoas, ou então desbarataremos recursos e atingiremos, apenas, uma pálida imagem do que poderíamos ter sido. Isto tanto é válido para a escola como para o país. Director do Agrupamento, José Alexandre Pacheco

APRENDER APRENDER APRENDER


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CRÓNICA DE MALDIZER Homem é naturalmente sociabilizante, vive em regime grupal e não abdica, facilmente, da sua posição no grupo. Ao longo dos tempos, a sociedade tem evoluído, na forma como interagimos, nos sociabilizamos e na importância que cada Ser Humano tem na mudança dos paradigmas civilizacionais, é claro que desde o princípio da Humanidade que nos organizamos utilizando redes sociais, uma família, um bairro, um País, uma etnia, não são mais do que grupos que formam redes sociais de interacção e de relacionamento. Todo o Ser Humano é diferenciador e não lida bem com a normalização óbvia, logo a cada momento somos diferentes, consoante o grupo com o qual nos identificamos, isto é, se estivermos inseridos no grupo família, o nosso comportamento será diferente do que teremos quando estamos no grupo profissional, ou ainda diferente do grupo do jogo de futebol. Estas características não fazem do Homem, um Ser incoerente, mas diferenciador e adaptável. O conceito de adaptação, mais do que uma necessidade de sobrevivência e evolução, é um desejo intrínseco a cada um de Nós e resulta conjuntamente com a real necessidade de se vivenciar várias realidades em planos diferenciados, construímos pontes que nos permitem cultivar e melhorar estas nossas necessidades e desejos. Isto começou há milhões de anos a quando do início do desenvolvimento Humano e tem evoluído a uma velocidade exponencial nos últimos dois mil anos. Foram criadas estruturas que nos

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dessem afinidades, desenvolveram-se conceitos nas diversas redes sociais “reais” e surgiu a sociedade da informação. Esperemos que esta, gradualmente, se transforme no que alguns dizem que é a sociedade do conhecimento. A comunicação global, o poder de colocar informação no outro lado do Mundo, para todos os que desejem ver aparece com a Internet, mas milhões de terabytes de informação, são difíceis de consultar. Então surgem os motores de pesquisa, ferramentas que nos

colocam, nas mãos, enormes quantidades de informação que, nos impressionam, inicialmente, e nos confundem logo de seguida. Não interagimos directamente, mas cada Ser Humano tem a possibilidade de partilhar conhecimento e ideias, de forma livre e democrática, no entanto existe sempre um intermediário, o motor de pesquisa, a Google tem como premissa não influenciar as escolhas, mas há sempre esse factor e não é o utilizador que controla todo o processo. Esta ferramenta, elevou o potencial de sociabilização/interacção a níveis nunca atingidos. E, se fosse o utilizador a escolher

com quem partilha a informação, podendo criar grupos, virtuais, semelhantes aos que frequenta na realidade, mas com possibilidades infinitas, onde o tema mais estranho possa ser abordado e tratado, por quem gosta e sabe deste, sem inibições, ou preconceitos pré estabelecidos. Se pudéssemos ter expressão suficiente para mudar os que nos rodeiam e ir mais longe se fossemos nós a ditar o queremos que seja feito e percebido? Fantástico, estaríamos a criar uma nova dimensão da Democracia, onde cada um conta, não uma vez de quatro em quatro anos, mas todos os dias. Foi com esta premissa que se criaram as redes sociais virtuais e toda a Web 2.0. Quer mudar o Mundo? Tem uma ideia? Quer, apenas interagir? Tudo isto é possível! Já não necessita de ocupar um banco, ou saltar do quinto andar para ser ouvido, basta que aquilo que diga ou faça seja importante para os outros e tudo isto é possível à distância de um clique. A Web 2.0 tem aplicações como o youtube, facebook, twitter, entre outras, que nos dão o poder de interagir, partilhar e redefinir o nosso saber a cada instante. Afinal, uma rede social, não é mais nem menos que o lugar onde potenciamos todas as vivências que o mundo real nos propícia, dando-nos o verdadeiro poder de mudar o percurso da Humanidade, nada que não façamos desde o princípio desta! Para quem queira perceber como funcionam estas ferramentas, poderá visitar a página www.avmurca.org e encontrará informação sobre as aplicações supra sitadas. Emanuel Teixeira

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O PODER DE SER LIVRE


nosso objectivo é fazer com que o trapilho ganhe uma nova utilidade, um novo significado. Apelamos, assim, a todos os alunos que desfrutem desse prazer que é descobrir o que outros vossos colegas realizam e que a experiência do dia-a-dia de alunos, professores e funcionários na escola, seja sempre uma paixão.

Rosa Pais

NAPOLEÃO UMA VIDA

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apoleão Bonaparte, militar e político francês nasceu a 15 de Agosto de 1769 na Córsega. Era um homem de baixa estatura, m e d i a a p e n a s 1 , 5 8 . Era muito rigoroso em relação às suas refeições que não duravam mais de 15 minutos. Só o Domingo era uma excepção, porque eram tomadas em f a m í l i a . Foi um grande estratega no campo de batalha, mas um jogador de xadrez medíocre. Quando começava a perder uma partida recorria a lances ilegais para a virar a seu favor. Mesmo, assim, nunca era contestado pelos seus adversários que morriam de medo de

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Clube de Arte organizou o workshop “Arte de saber fazer com trapilho”, sob orientação da formadora Rita Santos, promovendo assim uma aproximação a diferentes materiais e técnicas de expressão, revelando igualmente uma aproximação a Professores e Encarregados de Educação. O Clube pretende, deste modo, criar

um projecto de intervenção criativa e artística, sem carácter permanente, no espaço da escola, utilizando o trapilho e outras fibras. Fazendo uso da expressão de um aluno - “vamos vestir as árvores”. O trapilho ou trapo são fios que resultam do desperdício de camisolas ou outros algodões que são cortados, uniformemente, e estão prontos a ser utilizados. Pensamos tratar-se da arte feminina na sua essência, utilizando o trapilho com a técnica de crochet, malha e nós. Mas o

s e r e m c a s t i g a d o s . Na maioria dos quadros que retratam o imperador, aparece com a mão na barriga, talvez porque sofria de fortes dores de estômago, causadas por um cancro ou úlcera, não se sabe ao certo. A doença agravou-se quando Napoleão c o n t a v a 4 8 a n o s . O Imperador Napoleão Bonaparte morreu praticamente só, aos 52 anos de idade, no exílio na ilha de Santa Helena. O seu corpo encontra-se sepultado no Cemitério "Les Invalides" em Paris.

Diogo Nascimento Turma Mais 6º ano

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PINTANDO A NOSSA TERRA


SAÍDA DE CAMPO AO MORRO DE SÃO DOMINGOS, PELA TURMA DE JARDINAGEM

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o dia 5.11.2010 realizou-se a saída de campo no âmbito das disciplinas de Biologia, de Técnicas de Jardinagem e Gestão e Planeamento de Espaços Verdes, ao morro de São Domingos, sob o tema “Caracterização da paisagem murcense e suas representações cartográficas”. A saída de campo teve como objectivos: 1) caracterizar a paisagem murcense a SE do Morro de São Domingos, segundo três aspectos fundamentais: o relevo e a geologia, a diversidade biológica, em particular a sua componente florística, e a actividade humana; 2) compreender a importância dos mapas topográficos como representação do real, utilizando para o efeito, a paisagem murcense.

Tendo em conta a avaliação efectuada com os alunos, pode concluir-se que a mesma foi útil e globalmente positiva os objectivos foram cumpridos -, contribuindo para o reforço das competências a desenvolver na sala de aula. Quando questionados a pronunciarem-se sobre a saída de

opinião, “foi bom o que aprenderam porque ficaram a conhecer um pouco melhor a paisagem, utilizando diversos planos, e suas características – elementos naturais, elementos físicos e elementos humanos -, a localização e orientação no espaço, através do sol e com recurso à bússola.” Esta apreciação refere-se exclusivamente ao momento da saída de campo, dado que os alunos, no âmbito das respectivas disciplinas, elaboraram dois relatórios, tendo por base as orientações do guião de trabalho divulgado previamente. Albertino Lousa e Manuel Mofreita

campo, os alunos fizeram referências positivas dado que, na sua

AUTOR E LIVRO DO MÊS

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BE/CRE dá, mensalmente, destaque a um autor e a uma das suas obras no sentido de sensibilizar, despertar a curiosidade e divulgar obras e autores para desta forma motivar para a leitura. Assim, ficam já aqui as sugestões para o segundo período, em

Janeiro será dado destaque

a Inês Pedrosa e à sua obra A Menina que roubava gargalhadas. Em

Fevereiro

será dado destaque Mia Couto e à sua obra Venenos de Deus,

Março

Remédios do Diabo. Em ,a Mário de Carvalho com Contos V a g a b u n d o s e e m

Abril

a Daniel

Sampaio e à sua obra Tudo o que temos cá dentro.

Passem pela BE/CRE para conhecer melhor estes autores e as suas obras. Boas Leituras!

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PINTANDO A NOSSA TERRA


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MUNDO VISTO POR DIA DA RESTAURAÇÃO

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nossa Escola assinalou o 1º de Dezembro de 1640, dia da R e s t a u r a ç ã o d a Independência com uma exposição de trabalhos alusivos ao tema. Ainda

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inserida nesta comemoração, a Turma do 6º A apresentou uma pequena representação teatral, onde recreou alguns momentos deste acontecimento histórico. Estas actividades decorreram

na BE/CRE e foram dinamizadas pelos docentes das disciplinas de História e Geografia de Portugal, com a colaboração de Área de Projecto do 6º A.

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Ninguém educa ninguém, ninguém se educa a si mesmo, os homens educam-se entre si, mediatizados pelo mundo» (Freire, P.1996)


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FLAGRANTES OS QUE SE VÃO DA LEI DA MORTE LIBERTANDO (1)

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muito clara do que devia ser a Escola e a sociedade, enquanto formadoras das gerações mais novas e sobretudo como forma de fazer uma sociedade mais justa onde todos, mas todos mesmo

normal. Do outro lado do Oceano trouxe a saudade e a juventude para além da permanente boa disposição. Muitas vezes incompreendido, defendia afincadamente as suas convicções, porque acima de tudo era democrata, estava sempre disposto a ouvir opiniões e ideias ainda que diferentes das suas. Sabia sempre dar uma palavra de alento e de certeza no mar de incertezas em que vivemos. De sorriso fácil, uma boa disposição invejável estava sempre pronto para o trabalho; tinha uma ideia

pudessem desenvolver as suas qualidades. Por isso, era exigente no seu trabalho e no daqueles que o rodeavam. Gostava de passar despercebido, e de desenvolver o seu trabalho de uma forma empenhada. Perfeccionista, gostava de saber como terminar aquilo que começava e acima de tudo, coisa rara hoje em dia, pensava sempre a médio e longo prazo. Muito importante o que fez, mas fica a certeza que muito deixou por fazer, pois a vida é apenas o tempo para realizarmos alguns sonhos e que,

muitos outros ficam por realizar, alguns em projectos iniciados, outros, ainda, por iniciar. Hoje tem sentido dizer que ficamos mais pobres, afinal é preciso alguém que esteja atento, alerta e ele estava, porque sempre disponível, para crescer para aprender. Os alunos perderam um grande professor, o município perdeu um publicitário, todos nós perdemos um GRANDE AMIGO, um GRANDE ARTISTA, e acima de tudo perdemos O CIDADÃO. As águas do rio Tinhela correm tristes porque já não ouvem a sua música são lágrimas de quem chora a sua partida. Sim, porque afinal como dizia Fernando Pessoa que gostava de citar, “o Tejo não é mais belo que o rio que corre” (2) junto à casa onde ele morou… As várias gerações de alunos viam nele um líder, e um exemplo a seguir pelo seu empenho e dedicação e clareza das ideias. Procurou sempre projectar a Vila e o Concelho de Murça e por isso, certamente que a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia, o Agrupamento de Escolas e muitas das Associações e Instituições do nosso Concelho com as quais colaborou lhe hão-de prestar uma justa e sentida homenagem. A família sabe o quanto sentimos a sua partida … afinal é mesmo difícil dizer até sempre, J.M. (1) Luís Vaz de Camões “Os Lusíadas” (2) Fernando Pessoa “Guardador de Rebanhos” Felisberto Fontela

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omem íntegro, de convicções fortes, era amigo, companheiro e sobretudo com uma capacidade de trabalho incrivelmente acima do


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PALADARES DIA DE SÃO MARTINHO

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o dia 11 de Novembro o Jardim - de - Infância de Fiolhoso e a escola do 1ºCEB de Vilares festejaram o São Martinho com os Encarregados de Educação. Houve sardinha e carne assada acompanhada do famoso caldo verde feito no pote de ferro. Texto colectivo 1ºciclo de Vilares No dia 11 de Novembro, comemorámos na nossa escola o dia de S. Martinho, em conjunto com o préescolar do Fiolhoso. Até ao intervalo, pesquisámos

adivinhas, provérbios, a lenda de S. Martinho em versos e fizemos jogos de provérbios. No intervalo, chegaram à nossa escola os meninos do pré-escolar. Como estava um dia muito frio e sem sol fomos para dentro da sala ver um filme ”Rei Leão”, fizemos a dramatização da lenda de S. Martinho, cantamos canções relacionadas com o S. Martinho e o Outono e dissemos provérbios. Enquanto, fizemos estas actividades estava a ser confeccionado o almoço. Comemos fêveras e sardinhas assadas

com pão e caldo verde. Seguidamente, com a ajuda das senhoras professoras, das tarefeiras e dos nossos pais, fizemos uma grande fogueira com muita caruma e colocámos lá dentro as famosas castanhas que estoiravam muito. Por fim, saltámos a fogueira, comemos as deliciosas castanhas e enfarruscámonos todos. Gostámos muito deste dia.

Teresa Pinhel

MARMELADA À MODA DA MINHA TERRA Ingredientes: 1Kg de massa de marmelo 1Kg de açúcar Água q.b. Modo de preparação: scolha os marmelos maduros com bom aspecto. Lave-os bem e retire-lhe as sementes e o meio (caroço) e alguma parte da pele que esteja escura. Coloque-os, numa panela, cortados em pequenos pedaços e ponha-os a cozer. Depois de cozidos, retire-os da água, escorra-os, e passe-os pelo passe-vite. Junte numa

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panela o açúcar e a massa de marmelo, mexa bem e deixe ferver mais ou menos 3 a 5 minutos. Retire a marmelada do lume e coloque-a em tijelas (malgas ). Modo de conservação: Exposta ao sol durante alguns dias e coberta com uma folha de papel vegetal ou congelada. Dica: se quitar à quantidade de açúcar o produto final fica com a mesma qualidade. Engrácia Gomes


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RADAR PROJECTO eTWINNING

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Turma de Francês do 10º ano (A e B) está a participar num projecto eTwinning – Geminação electrónica entre escolas. O projecto foi delineado, num encontro internacional eTwinning que decorreu de 15 a 17 de Outubro em Chantilly, França e que tinha por tema principal o desenvolvimento sustentável nas suas três vertentes, ambiental, económica e social. Partindo dessa ideia, as professoras da escola francesa e da nossa escola encontraram pontos comuns que poderiam ser abordados ao longo do ano lectivo permitindo trabalhar competências ao nível da utilização efectiva, em situação real de comunicação, da língua francesa, o que, por experiência de projectos desenvolvidos anteriormente na nossa

escola, é uma fonte de motivação ao estudo desta língua. Depois do projecto apresentado, mais duas escolas, uma romena e uma turca, se juntaram e são agora quatro as escolas parceiras. Os participantes estão em fase de conhecimento mútuo, pois cada aluno colocou na plataforma “Twinspace” a sua apresentação e uma fotografia da turma para que todos travem conhecimento. A partir de Janeiro, serão abordados assuntos como o conceito de “Desenvolvimento Sustentável” na sua globalidade; a

industria agrícola das respectivas regiões e as medidas ambientais que tomam (ou não) e o desenvolvimento sustentável na sua vertente social. Cada turma trabalha os dados dos seus meios

que depois são colocados na plataforma comum do projecto a que todos têm acesso e que permitem a troca de informação e interacção entre os alunos das quatro escolas. O projecto já foi aprovado ao nível europeu, como comprova o certificado. Vamos, agora, trabalhar e daremos notícias nas próximas edições deste jornal. Estes projectos são uma mais-valia para alunos e professores, pois proporcionam experiências e vivências extremamente enriquecedoras. Poderão obter mais informações em http://www.etwinning.net/ Fiquem com o testemunho de Odile Quintin, Directora-Geral da Educação e da Cultura da Comissão Europeia: «A iniciativa eTwinning é uma verdadeira comunidade de práticas, aprendizagem, excelência e inovação em matéria de ensino, tanto a nível europeu como mundial. Os professores participantes na eTwinning demonstraram a influência que a experiência de aprendizagem pode exercer nas crianças quando é enriquecida pela colaboração internacional e pelo intercâmbio cultural e linguístico, utilizando ferramentas do século XXI.»

CLUBE ESCOLA AMIGA DO TEATRO Na sequência do trabalho dinamizado no ano passado e do sucesso que o Clube teve junto dos alunos e destes junto da comunidade escolar, as professoras responsáveis têm o prazer de informar que o Clube voltou a fazer parte da oferta das actividades extracurriculares e ocupação de tempos livres existentes na Escola e que, tal como aconteceu, no ano lectivo anterior, continua a decorrer às Quartasfeiras, das 15:30h às 17h, na sala A10. O Clube pretende continuar a criar

um ambiente de divertimento e descontracção, manifestado por vontade de alguns alunos. Este projecto tem como objectivo desenvolver o gosto pela representação e improvisação, promover momentos de espontaneidade, descoberta e criatividade, e colaborar em diversas actividades definidas pelo grupo, tais como produzir espectáculos abertos à comunidade escolar. O grupo conta com 16 elementos, que já estão a trabalhar na reformulação e encenação de uma peça de teatro a ser apresentada no segundo período!

As responsáveis do Clube: Ana Paula Esteves (Professora) Marta Cunha (Assistente Social)

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á recomeçou o Clube de Teatro!!!


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RADAR CHÁ COM LIVROS omeçou um novo ano lectivo e o Chá com Livros já nos acompanha há quatro! É um projecto gratificante onde

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alunos e professores podem interagir e partilhar as suas leituras. Este ano, o primeiro encontro do Chá com Livros realizou-se na BE/CRE quarta-feira, dia 27 de Outubro, no âmbito da comemoração do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares. Nesta edição do Chá com Livros, houve a adesão de novos leitores, o que mostra que no nosso Agrupamento os alunos demonstram cada vez mais o gosto pela leitura. O que é bom, visto que o objectivo principal deste projecto está a ser cumprido. Nesta primeira apresentação, foram divulgados livros sobre variadíssimos temas desde histórias educativas, ao romance, à fantasia, à toxicodependência até ao drama. As apresentações foram muito interessantes e muito saborosas, pois foram acompanhadas de biscoitos e chá! Valéria Oliveira Nº 17 10ºA

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Disse Goethe: "A natureza é o único livro que oferece um conteúdo valioso em todas as suas folhas."

«CINCO E SETE», MUITAS AVENTURAS desafio era “falar” do primeiro livro que me marcou. Comecei a reflectir sobre a proposta e cheguei à conclusão que não houve UM LIVRO a marcar a minha infância e por isso, não sei se estarei a fugir à proposta, mas deime conta que um período da minha vida, que começou pelos nove anos até cerca dos 14, foi marcado pela presença quase constante de Enid Blyton. Já não

aos treze anos essa foi a minha língua, mas depois dos treze passei a lê-los em português, os nomes das personagens eram diferentes (nos “Cinco” o cão Tim, em francês era (e é) Dagobert, a Zé era Claude, dos nomes da Ana, do David e do Júlio não me lembro agora), mas, numa língua ou noutra, estes livros fizeram-me viver aventuras e mistérios que me transportavam para um imaginário em que eu era, também, heroína e vivia os dramas, os medos, os perigos dos meus “amigos” de aventuras. Passados muitos anos, e já lá vão treze

sei se comecei pelo “Clube dos sete” ou pelos “Cinco” mas sei que li, se não todos, quase todos os títulos das duas colecções e ainda alguns títulos da colecção “Aventura” tudo da mesma autora. Durante este período, a preferência literária por estas aventuras era apenas entrecortada por uma ou outra obra, geralmente de leitura obrigatória ou sugerida por algum professor.

agora, voltei à secção infanto-juvenil de uma livraria para comprar livros para o meu filho então com sete anos e lá estavam “Os cinco”. Fiquei entusiasmadíssima! (eu, porque o meu filho pouco interesse mostrou!). Num breve folhear, relembrei aventuras, férias, lanches, mistérios, acampamentos, perseguições. Comprei um para lhe abrir o apetite, mas sem êxito, as suas preferências foram para o produto nacional também relato de aventuras mas por terras lusas.

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As minhas recordações destas aventuras são já bastante ténues, já lá vão alguns anos! Mas lembro-me que preencheram muitas tardes quentes das férias de verão e lembro-me porque, coisa curiosa, a escritora estava constantemente a descrever os almoços, lanches e jantares das personagens, aquilo dava-me uma fome! Com alguma frequência, interrompia a leitura para ir comer. Ainda hoje quando se fala dos “Cinco” ou dos “Sete” regresso à infância e a essas férias em que devorava lanches e livros. Uma particularidade destes livros é a sua “universalidade”, comecei a lê-los em Francês, porque até

Hoje, ao propor-me partilhar com os leitores do “Berrão” as minhas leituras, relembrei os meus heróis, os meus “amigos” de infância e foi muito bom!

Boas leituras! Dina Gomes


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RADAR O LIVRO DA MINHA VIDA - HARRY POTTER... naquele mundo mágico, que é ao mesmo tempo interessante, engraçado, divertido, perigoso, encantado, misterioso, mas no fundo… maravilhoso.

Harry foi deixado por Dumbledor, McGonagall e por Hagrid no tapete da entrada da porta dos tios (tio Vernon e tia Petúnia) ainda muito pequenino. Harry tinha de aturar as birras do seu primo Dudley e não só… Este livro descreve também o primeiro ano de Harry Potter em Hogwarts, a sua escola de magia, onde aprende muitos feitiços. Conta imensas peripécias, que o ajudaram a ele e aos seus grandes dois amigos, Ron e Hermione, a salvar a pedra filosofal das mãos do feiticeiro mais poderoso desde há 100 anos: Lord Voldmort. Gostei muito desta narrativa porque fala de uma escola normal como as outras, mas que está envolta em muitos segredos ainda por descobrir. Atraiume o mundo mágico e fantástico com muito suspense, em que se desenrola toda a trama. Só me falta ler o último livro desta colecção, e tenho intenção de o fazer brevemente, pois quando nós lemos estes livros, parece que entramos

Eu gostei deste livro Nunca mais o vou esquecer Desta escola de magia Onde há muito a aprender. Espero que este livro tenha despertado a curiosidade de muitos e que o leiam, vão ver que vale a pena . Diogo Nascimento

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Embora tenha gostado de toda a saga, o livro de que mais gostei, na minha vida, foi o Harry Potter e a Pedra Filosofal, da autora J. K. Rowling, editado pela “Editorial Presença”. Este é um dos livros mais vendidos de sempre, com mais de 400 milhões de livros vendidos. A escritora britânica que nasceu em Yate, uma cidade do sudoeste Britânico, perto de Bristol, a 31 de Julho de 1965, construiu uma saga de 7 livros (Harry Potter e a Pedra Filosofal – 1997; Harry Potter e a Câmara dos Segredos – 1998; Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban – 1999; Harry Potter e o Cálice de Fogo – 2000; Harry Potter e a Ordem da Fénix – 2003; Harry Potter e o Príncipe Misterioso – 2005 e Harry Potter e os Talismãs da Morte – 2007). A autora Desde o lançamento do primeiro volume, Harry Potter e a Pedra Filosofal, em 1997, os livros ganharam grande popularidade e sucesso comercial em todo o mundo, e deram origem a filmes, videojogos e muitos outros produtos comerciais. Estreou, em Portugal, no passado dia 18 de Novembro a primeira parte do último filme da saga - Harry Potter e os Talismãs da Morte. O meu livro preferido, Harry Potter e a Pedra Filosofal, tem 254 páginas. Comprei-o em 2009 e li-o em 4 dias, nos

primeiros tempos de férias de Verão desse ano. Retrata o início da vida de Harry na casa dos seus tios, pois os pais tinham morrido com um dos feitiços imperdoáveis lançado por Voldmort.


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RADAR À CONVERSA COM ...

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uais as disciplinas que mais gostava?

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Detestava Matemática, porque até ao 5º ano, que é o actual 9º ano, eu tive Matemática e a partir daí é que íamos para letras ou ciências, não havia os cursos tecnológicos, não havia nada disso que hoje há. Eu já detestava Matemática, acho que nunca acertei um problema na minha vida, sou um péssimo exemplo. Tirava com alguma frequência 0 nos testes. Tive péssimos

professores, tive professores de Matemática com o equivalente ao 12º ano, eram ex-alunos, e portanto não me faziam entender aquilo. Gostava muito de Português, História, porque desde os 6/7 anos, segundo os meus pais, eu dizia que ia ser professor de História,

uma vocação muito prematura, mas desde muito novo que eu me orientei para essa área. História, Português e Filosofia eram as minhas áreas preferidas. Sente saudades de dar aulas? Sinto. Eu podia, estando aqui, dar aulas a uma turma, só que poderia acontecer que, muitas vezes, não pudesse dar a aula, porque teria de atender um telefonema ou receber um pai, e os meus alunos seriam prejudicados, em

Escola? Foi uma decisão difícil, e as decisões difíceis nunca são tomadas por uma só pessoa. Houve um desafio de um grupo de professores da Escola que me “empurrou” para aqui. E forçou-me, motivou-me e impulsionou-me para aceitar a ideia de criar uma Escola diferente da outra que existia, uma Escola que dá mais mecanismos aos alunos, uma Escola que tenta criar mais respostas, um clima em que as pessoas

relação a outros alunos com outros professores de História. Portanto, eu optei por não prejudicar os meus alunos, daí não ter nenhuma turma. Mas tenho saudades. Eu gosto de ser professor. O que levou a ser Director desta

se sintam bem, mas também de responsabilização daqueles alunos que não se portam bem. Portanto, a minha ideia era, de facto, criar uma Escola mais interessante com melhores resultados e julguei que não podia


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RADAR À CONVERSA COM ... professores possam e devam ensinar cada vez melhor, compete também aos alunos estudar cada vez mais. Porque eu vejo alunos de escolas do litoral a trabalhar muito mais do que os alunos que trabalham em Murça. E espero que os alunos aproveitem as oportunidades que têm (como, por exemplo, a sala de preparação para os exames), para melhorar os resultados. Quando os alunos não têm bons resultados a escola sofre. Não só os alunos, mas também a escola! Temos menos possibilidade de fazer contratos de autonomia e de ir buscar mais dinheiro. O que gostaria que os alunos fizessem para melhorar os seus resultados? Gostaria que trabalhassem mais, que aproveitassem as oportunidades que têm e que se esforçassem mais, pois uma pessoa quando pode ter um 20, não fica por um 12. Falta a ambição, vocês têm de ser ambiciosos. A crise afectou ou pode vir a afectar a Escola? Pode, com certeza. Nós temos

a”promessa” de entrar na 4ª fase da parte escolar e termos uma escola nova. E, nesse sentido, foi-nos prometido que seríamos contactados e ainda não fomos. Portanto, o meu receio é que a crise retire dinheiro à parte escolar. Gostaria de deixar uma mensagem aos alunos desta Escola? Gostaria, uma mensagem muito simples: eu confio nos jovens, confio nos alunos de Murça, eu apenas peço que sejam mais ambiciosos e que lutem mais pelos seus objectivos e que procurem respeitar as pessoas mais velhas, porque é uma forma de se respeitarem a si próprios e de passarem uma imagem de pessoas educadas.

Cátia Ribeiro Nº6 Jéssica Afonso Nº11 Milva Ribeiro Nº13 10ºA

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dizer que não a esse desafio. Quais são as principais funções de um Director de Escola? São muitas e variadas! A gestão da escola, a motivação das estruturas educativas intermédias, dos coordenadores de departamento, dos coordenadores de ciclo, dos directores de turma, dos professores, da componente disciplinar e uma outra intervenção: eu tenho de presidir às reuniões do Conselho Pedagógico. Eu tenho que estar nas reuniões do Conselho Geral. Enfim, toda a parte da direcção administrativa, pedagógica, disciplinar compete ao Director. Acha que a escola pode vir a melhorar em alguns aspectos? Espero que sim! Espero bem que sim! Eu tenho motivado muitos os professores da escola, para que os alunos de Murça não tirem piores notas que os alunos de outras escolas. Mas, também, tenho uma grande esperança que os alunos assumam mais responsabilidades, porque embora os


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RADAR NATAL - ENCONTRO DE DEUS COM OS HOMENS

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este mundo de egoísmo, de i n d i f e r e n ç a , d e insensibilidade, de agressividade e violência, o que falta é o amor; falta o amor nas famílias, falta o amor/solidariedade, o amor fraterno, que sente e alivia as tristezas e as carências amargas dos outros. Quando se convencerá toda a gente responsável de que para consertar e melhorar este mundo desorganizado é preciso cuidar do homem, reconhecendo-o como centro da criação? Só consertando o homem com a alimentação, a habitação, a assistência médica dignas e educação cuidada é que se consertará este mundo. Ainda bem que, por esse mundo além,

vão surgindo oásis, fecundos de esperança, de solidariedade e fraternidade, de fé e oração, de

Emanuel (Deus-connosco), sentindo o calor de um gesto ou de um sorriso, trazido pelas mãos de uma criança.

reconciliação e paz. Em todo o mundo cristão, o tempo de Natal é precedido de um tempo (Advento) de esperança, de expectativa, de alegria e de preparação para a celebração do nascimento de Jesus. Neste período, ao contrário do mundo consumista que usa e abusa do espírito e da magia de Natal para propagandear as prendas e os presentes ideais, os cristãos tomam consciência da necessidade de promover a fraternidade e a paz. O Natal é muito mais do que uma data, é mais do que a vivência de tradições; o Natal é o acontecimento em que Deus se faz homem e abraça a vida humana com todas as suas limitações, erros e lutas. Por isso vivemos a experiência do

Nestes dias, em que a crise económica nos preocupa, a melhor forma de reflectir o amor do Deus Menino do Presépio é o amor que podemos dar, em expressões variadas de solidariedade, a quem precise de ajuda material ou moral. Tal como o amor divino (do Presépio), que abraça o mundo, também o encantamento do Natal deverá passar pela criação de um elo de ligação com aqueles que estão tristes. Desta forma, viveremos o espírito de Natal! Um Santo Natal para todos. António Ribeiro


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RADAR A FESTA DE NATAL DO AGRUPAMENTO

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o dia 22 de Dezembro de 2010, o jantar de Natal do Agrupamento de Escolas de Murça decorreu de forma animada, no fim houve troca de prendas.

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o dia 17 de Dezembro de 2010, decorreu, no Auditório Municipal de Murça, a festa de Natal do Agrupamento de Escolas de Murça, onde reinou a harmonia, o convívio e a alegria partilhada entre todos os intervenientes em sintonia com o espírito natalício.


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RADAR EQUIPA DO SPO

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equipa do Serviço de Psicologia e Orientação é constituída por:

Psicólogo: Pedro Azevedo Assistente Social: Marta Cunha Psicóloga: Mariana Noverça Mediadora Educativa: Juliana Francisco O facto de termos uma equipa multidisciplinar permite-nos acompanhar os alunos ao longo do seu percurso escolar contribuindo para identificar os seus interesses e aptidões, intervindo em áreas de dificuldade que possam surgir na relação de ensino-aprendizagem e facilitando o desenvolvimento da sua identidade pessoal e a construção do seu próprio projecto de vida. É nosso objectivo contribuir para o sucesso educativo e para a aproximação entre a família, a escola e

o mundo do trabalho. Neste sentido, trabalharemos para fomentar o equilíbrio afectivo e emocional das nossas crianças e jovens e para que a educação escolar e extra-escolar dos mesmos se possa desenvolver da forma mais significativa possível. Para isso, contamos com o contributo de todos os elementos da Comunidade Educativa, principalmente dos Pais e Encarregados de Educação. O que fazemos? Para o presente ano lectivo propomonos trabalhar de acordo com os seguintes objectivos: · Prestar apoio psicológico a todos os alunos e famílias que necessitem; · Disponibilizar um espaço e um tempo onde as famílias possam encontrar apoio e resposta para as

suas preocupações; · Permitir que os nossos alunos consigam obter melhores resultados escolares e que não abandonem a escola; · Acompanhar os nossos alunos incentivando-os para o investimento nos estudos ou para a entrada no mundo do trabalho; · Orientar os alunos para que encontrem o melhor caminho tendo por base as suas motivações e interesses, no que diz respeita à ida para a Universidade ou para o início de um percurso profissional; · Tornar a Escola um espaço significativo para os alunos. Ficamos a aguardar sugestões para o desenvolvimento de outras actividades, tendo sempre por base a ideia de que este é um espaço de todos nós. A vossa opinião conta!

DIA DA LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA - 15 DE NOVEMBRO

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ara assinalar este dia e no sentido de alertar para a diferença, a BE/CRE, através da Dr.ª Juliana Francisco membro da equipa, visitou as salas onde estavam a decorrer aulas de línguas para apresentar aos alunos mais uma língua – a Língua Gestual em português, francês, inglês e espanhol. Cada visita começou com a apresentação de uma canção interpretada em língua gestual portuguesa, numa primeira fase, sem som para sensibilizar os alunos para o mundo da surdez. Os alunos tiveram dificuldade em identificar a canção por não dominarem a língua gestual tal como os surdos têm dificuldade em entender o mundo dos falantes. Viram novamente a canção, desta vez com som para se aperceberem da complexidade

desta língua. Seguiu-se uma breve introdução ao dicionário de língua gestual, onde os alunos puderam ver como manipulá-lo em português e nas diversas línguas estrangeiras que ele já contempla. Sugeriram palavras e visionaram a sua tradução em língua gestual portuguesa e outras para se aperceberem das diferenças, pois cada palavra tem um gesto específico conforme a nacionalidade, tal como o português é diferente do francês também as palavras em língua gestual destes dois países são diferentes.

Finalmente foi-lhes apresentado o alfabeto da língua gestual portuguesa (Dactilologia Portuguesa) e, para terminar a sessão, os alunos puderam expressar algumas letras e palavras em língua gestual portuguesa. Esta iniciativa agradou especialmente aos alunos, foi visível o seu entusiasmo. Esperamos tê-los sensibilizado para a diferença. Aos alunos foi oferecido um marcador de livros com Dactilologia Portuguesa.


Ex.mo Senhor Director Do Zoo “Amigos entre os animais”: Sou o delegado da turma 6º H da Escola Napoleão Bonaparte, no centro de Paris. O assunto da carta é o seguinte: O nosso professor de Ciências da Natureza, Alberto Pereira Silva Teixeira dos Santos, propôs-nos, à turma, ajudar os animais em vias de extinção, pela época do Natal. E aceitámos o desafio, de dizer «não à coinquinação florestal» e ajudar estes animais. Queremos que o dia hesterno acabe e comece um outro, brilhante e alegre para estes seres. O que agora nós estamos a pedir é que nos deixem alimentar e visitar, no dia de Natal, e em todos os dias dezanove de todos os meses, estes seres residentes em Leiria, Portugal. Também pedimos a colaboração do Zoo para a elaboração de cartazes e panfletos alertando para a importância da preservação das espécies. Agradecemos uma resposta rápida do mais exemplar Zoo de espécies ameaçadas do mundo. Com os melhores cumprimentos, Diogo Nascimento P.S. Se nos quiser contactar ligue para o número 977 459 200, ou então, envie-nos as suas respostas para o e-mail: desnexprotectanimals_diogoh_11@diogo.desn.du

Aquarium, 1º de Dezembro de 50 a.C Avé Júlio César! Digníssimo Imperador, escrevo esta carta para o informar que a aldeia gaulesa continua irredutível. Perdemos mais uma batalha. Estes bárbaros gozam com o poder romano. Os nossos soldados ficam cheios de medo e quando atacam ficam todos pisados e com as armaduras amolgadas. Penso que, para os destruir devemos capturar o druída deles e roubar o segredo da poção mágica. Peço-lhe que me envie mais dinheiro e homens para a guerra. Só, assim, conseguirei preparar uma nova batalha para destruir aquela aldeia. Os gauleses que mais nos atormentam dão pelo nome de Astérix e Obélix, que se fazem acompanhar por uma fera selvagem. Viva Roma! Com as devidas vénias, o vosso humilde centurião,

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Claudius Venenus

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ESCREVENDO ...

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RADAR


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RADAR ACRÓSTICOS

A ESCRAVATURA

Dia da BE/CRE vamos festejar Informações vamos buscar Até podemos estudar

padre António Vieira visitou uma “sanzala” de um “engenho”* de açúcar no Brasil, onde estavam escravos provenientes de Angola. Depois, dirigiu-se à “casa grande”* acompanhado por um “capitão-domato”* para falar com o senhor do “engenho”*.

Biblioteca é onde Invenções podemos fazer, Brincar com jogos, Livros podemos ler e Imaginem!... Os textos podemos ler! Encontramos Computadores que podemos usar Até tocar para entrar. Escolas vamos ajudar e o Silêncio respeitar CD´s vamos usar Outubro é um mês especial Lembranças vamos deixar Aqui com estes textos para Relembrar mais tarde Gonçalo Duarte nº 12 Rúben Moreira nº 16

Padre António Vieira: Senhor, estive agora na “sanzala”* e vi como tratam os escravos. O seu “Capitão-doMato”* estava a chicotear um deles, só porque parou de trabalhar para ir beber água. É um tratamento desumano. Vivem acorrentados, não se alimentam e não descansam. Deus ama todas as suas criaturas e não irá perdoar quem assim trata os seus filhos! Senhor do Engenho: O Senhor padre acha que estes são filhos de Deus? O senhor acha que estes selvagens conhecem o sinal da cruz?

Senhor do Engenho: Lá esta o senhor Padre com as suas teorias, mas aqui o que interessa e a produção de açúcar. Eu vim para este fim do mundo para fazer fortuna. Deixei a minha família no Minho e só quero enriquecer para voltar a Portugal. Acha que estou preocupado com estes selvagens? Padre António Vieira: Senhor, lembrese que a vida na terra é passageira. Deus verá com bons olhos se o senhor libertar os seus escravos. Pense nisso! O dinheiro não e tudo na vida! *Sanzala – alojamento dos escravoa; *Casa-grande – casa do dono do Engenho; *engenho – nome dado a uma propriedade agrícola destinada à produção de açúcar; *capitão –do-mato – empregado encarregado de castigar e capturar os escravos fugitivos; João Eduardo Lopes Turma Mais 6º ano

Padre António Vieira: Mas senhor, essa é a nossa missão. JESUS veio ao mundo para nos salvar. Nos também devemos salvar estas almas. Devemos torná-los cristãos! Senhor do Engenho: Oh senhor Padre, estes animais não são como nós….acha que viviam melhor no mato? Padre António Vieira: Mas porque é que os tem presos? Deus fez todas as suas criaturas livres! Senhor do Engenho: Tem de ser assim, um escravo quando se revolta é capaz de nos comer vivos. E depois sabe como é, se estiverem livres fogem para o mato e ninguém os consegue apanhar. Padre António Vieira: Eu estive bastante tempo ao pé dos escravos e são homens bons. Eles só fogem porque são maltratados.

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DVD's podemos Assistir

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RADAR CONCURSO QUIZ DA CIÊNCIA 2011 especial relevo o Concurso Quiz da Ciência (CQC), edição 2011, a relançar no presente ano lectivo. O CQC é um instrumento fundamental para a estratégia do departamento porque contribui, a par de outras acções, para cultivar nos alunos o gosto pela descoberta, pela ciência e pela investigação científica em geral, estratégia definida para a melhoria dos resultados escolares. Além disso, o CQC, sendo integralmente planeado, executado e avaliado pelos docentes do DMCE, constitui-se como uma oportunidade para a promoção da articulação curricular intradepartamental, para o trabalho cooperativo entre os docentes e para estimular novas abordagens das ciências. Perspectivado para os alunos dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e do ensino

secundário, pretende-se integrar as áreas curriculares de Matemática, Ciências Físico-Químicas, Ciências Naturais e Informática. Além disso, e atendendo a que 2011 é o Ano Internacional da Química e da Floresta, pretende-se, de igual modo, relevar essas temáticas no CQC. Neste momento, está um grupo de trabalho do DMCE a organizar o regulamento do CQC, perspectivandose, assim, que o CQC 2011 possa ter o seu início em meados do 2º período. Na expectativa de que o CQC 2011 possa despertar interesse junto dos jovens da Escola Básica e Secundária de Murça, divulgaremos oportunamente mais informação sobre o assunto. Estejam atentos e boa sorte! Albertino Lousa

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abordagem de assuntos de natureza científica, sobretudo quando aplicados a situações do real, desperta na generalidade dos alunos elevado interesse e motivação acrescida. Veja-se, por exemplo, o que acontece quando, dentro ou fora da sala de aula, são simuladas ou desenvolvidas actividades experimentais, criadas actividades práticas ou jogos que envolvam a resolução de problemas ou, ainda, quando, em situação de visita de estudo ou saída de campo, os alunos são chamados a observar e a explicar determinados fenómenos. Ciente da importância do ensino das ciências para os nossos jovens, o departamento de Matemática e Ciências Experimentais (DMCE) definiu um conjunto de acções para o corrente ano lectivo. Entre elas, assume


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RADAR SE EU FOSSE UM BANDEIRANTE

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viagem mais aventureira, que nunca vou esquecer, foi a visita à actual Teté, na Amazónia. A viagem de Portugal ao Brasil decorreu normalmente. Quando desembarquei meti pés ao caminho até à Amazónia. Esta viagem demorou dois anos e cento e vinte e seis dias. Chegámos ao destino ao fim de 1547 paragens em locais muito rochosos, mas sem encontrarmos rigorosamente nada! eu e os meus cento e vinte e cinco homens. No início, parecia estar tudo calmo, mas

las para um saco feito de linho. De repente, apareceram milhares e milhares e milhares de serpentes que deitavam as suas ameaçadoras línguas bifurcadas cá para fora; fazendo uma estimativa, eram à volta de 500.000. Pensámos e logo nos surgiu a solução: como as cobras têm medo da luz despejámos o saco de meia arroba de pedras brilhantes e, passados alguns minutos começaram a fugir para todos os lados. No dia seguinte, saímos rapidamente

quando escureceu, aí pelas dez horas da noite, eis que de repente apareceu um cão enorme todo pelado, com aguçados dentes caninos, designado por chupa-cabras. Peguei num pau, mergulhei-o numa colmeia e fiz lume o que espantou o canídeo, que se pôs em fuga. Na manhã seguinte, fomos até um monte cheio de pedras brilhantes, mas não valiosas, mesmo assim, recolhemo-

do local. Passados 3 quilómetros de intensa marcha, encontrámos um lago cheio de jacarés e outras coisas que nem se podem imaginar… construímos uma jangada de paus grossos para atravessar o Amazonas, defendendonos como podíamos dos “ditos cujos” que cruzavam o nosso caminho: - Pumba! - Pimba!

- Catrapumba! E lá passamos a tarde naquilo…! viajámos noites e dias, Vivemos acontecimentos e perigos mil e deles nos safámos por uma “unha roxa”. Só nos faltava aparecer à frente um “bicho pão de cinco cabeças”! Então, certo dia, quando já estávamos no coração da Amazónia, apareceu-nos um “homem-touro”: o Minotauro. Pés para que te quero! Diria que estávamos a correr a mais de 350 Km/hora, mas, com o susto, mexemo-nos apenas meio milímetro. Por incrível que parecça o Minotauro, ou lá o que era, acabou por desaparecer. Só sei que, de seguida, veio um tornado que perfurou a zona. - Sabem o que havia lá no fundo? - Toneladas e toneladas de diamantes… transportámos os pedras numa espécie de carros. O barco levou - os até ao reino. Quando apresentaram os diamantes ao Rei soaram as trombetas, abriram as cortinas, mas em vez de diamantes, estavam lá, nada mais, nada menos, que um conjunto de jacarés congelados num bloco de gelo que tinha derretido durante a viagem! Foi a barafunda total, até os homens mais valentes e bem armados do reino fugiram… Passaram muitos anos e os jacarés acabaram por voltar para a Amazónia, local onde ainda se encontram hoje… por isso, quando virem jacarés de 3 ou 4 metros de largura e 11 de comprimento têm de… fugir e bem rápido! Esta é uma história espantosa que nos dá uma valente moral: «O dinheiro não é tudo!». Diogo Emanuel Sampaio Turma Mais 6º ano


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RADAR A VIDA É FEITA DE ESCOLHAS ...

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vida é feita de escolhas?

Sim. Crescemos e temos as nossas vivências. Fazemos escolhas sem pensar. Seguimos sempre o caminho mais fácil, e, por vezes, esse não é o mais correcto. Há quem olhe para trás e não veja nenhum erro, nem em si, nem nos outros. Impossível! Todos erram, ou melhor, todos erramos. Erros pequenos, médios e

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ara assinalar o dia Mundial Contra a Violência Doméstica (dia 25 de Novembro), os elementos da equipa do Serviço de Psicologia e Orientação realizaram sessões de sensibilização com os alunos do Ensino Secundário nos tempos lectivos de Assembleia de Turma. Esta sensibilização teve como objectivo

grandes. Há para todos os gostos. Os que afectam as pessoas, os que magoam, os que insultam e os que não têm perdão. Metade dos nossos erros, na vida, nascem do facto de sentirmos, quando devíamos pensar - e pensarmos quando devíamos sentir. Existe um remédio para qualquer culpa: reconhecê-la, tal como existe para o erro. Admiti-lo. Bom, mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com

paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve, a quem arrisca e a quem luta por ele! A quem escolhe ser feliz, e a quem escolhe perdoar. E a vida é "muita" para ser insignificante…

alertar os jovens para a problemática da violência doméstica, particularmente nas relações de namoro. Para este efeito, começámos por abordar o conceito de violência, explorando os vários tipos de violência, bem como as suas dinâmicas. Por fim, procurámos debater com os alunos alguns mitos que continuam

associados à violência nas relações amorosas. Do balanço desta actividade salientamos o forte envolvimento dos alunos ao longo de todas as sessões, especialmente no debate.

Mónica Alves

(curso EFA- NS)

Juliana Francisco e Mariana Noverça (SPO)

Contactos úteis: APAV - Associação Portuguesa de Apoio à Vitima Serviço de Informação a Vítimas de Violência Doméstica 800202148

Linha Nacional de Emergência Social 144

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707200077 - 259375521 (APAV de Vila Real) www.apav.pt - apav.vilareal@apav.pt


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omo é sabido a actividade física e desportiva assume particular importância na dimensão da saúde, ajudando ao desenvolvimento de práticas e estilos de vida mais saudáveis, hoje ainda mais importante face ao problema do excesso de peso e da obesidade nas faixas etárias mais baixas. Assume também importância na dimensão cívica: a actividade física e desportiva permite aos jovens um contacto directo com elementos da cultura desportiva essenciais para lá das fronteiras do desporto e da escola – a aprendizagem das regras da cooperação e da competição saudável, dos valores da responsabilidade e do espírito de equipa, do esforço para atingir metas desejadas ou da importância de cumprimento de objectivos individuais e colectivos. Como já tiveste oportunidade de verificar a Nossa escola, no presente ano lectivo vai dar continuidade ao projecto do Deporto Escolar, oferecendo a possibilidade de te inscrever numa das 5 modalidades existentes: Futsal, Natação, Dança Rítmica Expressiva, Ténis de Mesa e Atletismo, além de muitas outras actividades a nível interno que fazem parte do plano anual de actividades do grupo de Educação Física, que se irão desenvolver ao longo do presente ano lectivo. Algumas considerações sobre as modalidades do Desporto Escolar que daremos continuidade na próxima edição:

actividades físicas, pois praticamente todas as estruturas musculares e esqueléticas são trabalhadas, além do grande benefício cárdio-vascular. O objectivo de uma competição de natação é determinar qual o nadador mais rápido. A regra básica separa o modo pelo qual o atleta ganha impulso na água em quatro estilos diferentes: crawl (nado livre), costas, bruços e mariposa. Cada um desses estilos tem especificações sobre o posicionamento do tórax do atleta e o movimento de pernas e braços. A natação desportiva começou tornarse popular a partir do século XIX. A piscina oficial de competições mede 50 metros. Deve conter 8 pistas, cada uma de 2,5 metros de largura. A profundidade deve ser igual ou superior a 1,35 metros. A temperatura de uma piscina oficial não deve exceder os 21º uma vez que é mais difícil a respiração se a água estiver a uma temperatura muito alta. FUTSAL O Futsal é uma modalidade desportiva relativamente nova comparada por exemplo, ao voleibol, ao basquetebol e ao futebol de campo. Há duas versões para o seu surgimento. A primeira refere que o futsal surgiu na década de

OENÂROPMETNOC E OTNETA RAHLO MU

NATAÇÃO A Natação é mais do que um desporto, é a arte que o ser humano e outros animais conseguem realizar dentro da água. É considerada uma das melhores

1940, pela dificuldade de alguns associados conseguirem campo para a prática do futebol, improvisando o jogo em campos de basquetebol, com um número menor de jogadores. A outra versão refere que foi criado na década de 1930, por Juan Carlos Ceriani. Chamava-se inicialmente futebol de salão, sendo fundido, na década de 1990, com o “futebol de cinco”, prática reconhecida pela Fédération Internationale de Football Association (FIFA), chegando ao futsal actual. O Brasil possui vários títulos em âmbito mundial, sendo reconhecido como um dos principais países a praticar o futsal. A sua difusão deve-se à Educação Física

escolar, que desenvolveeu nas suas áreas curriculares, principalmente pela existência de campos em quase todas as escolas. Futsal ou Futebol de Salão? São dois nomes para a mesma coisa? Na verdade, há diferenças entre futsal e futebol de salão e não é uma simples abreviação. O termo futsal, actualmente usado pela FIFA, foi inicialmente usado pela FIFUSA (Federação Internacional de Futebol de Salão) e passou a ser utilizado pela FIFA a partir de uma fusão entre o futebol de salão, praticado pela FIFUSA e o futebol de cinco, implantado pela FIFA, em 1990, com regras ligeiramente diferentes.

O Coordenador do Desporto Escolar Prof. José Carlos Lousa

OÃRREB O

MENTE SÃ EM CORPO SÃO


IV DINASTIA Assim D. João IV Novo rei de Portugal, Duque de Bragança, Seria governante leal. Espanhóis não acharam justa Esta situação Com um ataque castelhano Guerra da Restauração. Em Lisboa em 1755 Um grande terramoto ocorreu Marquês de Pombal Mandou cuidar dos vivos E enterrar a gente que morreu. Descobrem-se no Brasil Importantes minerais, Que permitiram construir Edifícios históricos monumentais. Imperador Francês ordenou Fechar portos aos navios Ingleses Mas com isto não respeitou O povo e o interesse dos Portugueses. Perante as ameaças A rainha e o seu filho fugiram, Mas Portugal lutou E os franceses derrotou. Em 1821 regressou a Portugal O restaurador D. João VI, Vindo pela revolução Liberal! Diogo Nascimento

REINADO DE D. JOÃO V Era um reino rico De diamantes preciosos Sob lustres reluzentes E tapetes valiosos. Quadros e terrinas, centros de fruta E também mobílias sem fim Mesas luxuosas E tecidos de cetim.

Nobres bem vestidos Cabeleiras sem igual E pinturas faciais Que são feias e fazem mal! Coches com talha dourada Touradas, óperas e diversão… O café, o chocolate e o rapé Não podiam faltar na hora da refeição. E acaba aqui este poema Onde falo do reinado do quinto D. João. Um reinado muito rico E com muita animação! Diogo Nascimento


OÃRREB O OENÂROPMETNOC E OTNETA RAHLO MU

... o nosso objectivo é a contínua melhoria. Esta relaciona-se activamente com o conceito de “escola aprendente” que defendemos como condição da própria melhoria e da sobrevivência da nossa Instituição. Todas as pessoas que participam na vida escolar devem estar receptivas ao saber e ser curiosas, devem reflectir sobre o seu exercício funcional e adoptar novas soluções/estratégias...

AÇRUM ED SLOCSE ED OTNEMAPURGA


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