N O T Í C I A S
D A
India Vol. 6 Edição 7
Escritores, compositores recebem o que lhes é devido, finalmente P2
Uma Publicação da Embaixada da Índia, Brasília
O General Bikram Singh nomeado novo Chefe do Exército P4
UPA-II faz três anos: Com foco no crescimento inclusivo
N
o lançamento do relatório anual da Aliança Unida Progressista (UPA), no seu terceiro aniversário a 22 de Maio, o Primeiro-ministro Dr. Manmohan Singh disse que o governo iria continuar a focar-se no crescimento inclusivo. “Apesar do ambiente internacional adverso, a economia cresceu cerca de 7 por cento em 2011-12, o que está entre o mais alto do mundo”, disse. “Taxas de crescimento elevadas e sustentadas durante a posse do governo da UPA permitiram-nos manter a nossa agenda de crescimento inclusivo e equitativo”, acrescentou o Primeiro-ministro. Ele também sublinhou o declínio acentuado da pobreza como uma das conquistas do governo da UPA-II, e destacou o Maoismo e a corrupção como os maiores problemas. O Primeiro-ministro Singh lançou o relatório anual na sua residência em 7 Race Course Road, na presença do Presidente da UPA e da Presidente do Congresso, Sonia Gandhi, líderes dos partidos e aliados. Fazendo ecoar as palavras do Primeiroministro, Gandhi sublinhou a importância dos “políticos transparentes e responsáveis”. Ela disse que o governo teria que perseguir o crescimento económico inclusivo de maneira a garantir mais despesa em programas de bem-estar social. O Primeiro-ministro Singh disse que o Plano Nacional de Garantia de Emprego Rural Mahatma Gandhi chega agora a uma em cada 5 famílias no país”.
O Primeiro-ministro Dr. Manmohan Singh no lançamento do “Relatório para o Povo” no terceiro aniversário da UPA-II, em Nova Deli a 22 de Maio.
O Primeiro-ministro citou os 3,3 por cento na taxa de crescimento agrícola, o aumento nos salários rurais, o desembolso de $36 mil milhões para agricultores paralelos e pequenos agricultores, produção de alimentos de registo, nova capacidade de geração de energia de 20,000 MW, e matrículas no ensino primário da quase totalidade da população em idade escolar como outros destaques do terceiro ano da UPA-II. “Apesar destas conquistas reais, existem incertezas e uma longa e incompleta agenda perante nós”, disse. Acerca da corrupção, o Primeiro-ministro disse: “Eu gostaria de garantir ao nosso povo que estamos a trabalhar honestamente para resolver esta questão através de medidas legislativas e administrativas.
Destaques chave A taxa de pobreza diminuiu o dobro do que tinha diminuído antes da tomada de posse do Governo UPA. u Este ano tem registado uma produção recorde de alimentos em grão, ultrapassando os 250 milhões de toneladas. A taxa de crescimento agrícola aumentou para 3,3 por cento por ano no décimo “Plano de Cinco Anos”. Os salários rurais também aumentaram. u Mais de 2 triliões foram desembolsados para 27,5 milhões de agricultores paralelos e pequenos agricultores em forma de empréstimos. u A matrícula no ensino básico tornou-se u
quase universal. Abriram 51,000 escolas e foram nomeados 680,000 professores nos últimos dois anos. u O Plano Nacional de Garantia de Emprego Rural Mahatma Gandhi chega agora a uma em cada cinco famílias no país. u O Governo instalou perto de 100 milhões de novas ligações telefónicas no último ano, incluindo mais de 40 milhões em áreas rurais. u O Governo instalou uma nova capacidade de geração de energia de 20,000 MW no último ano. O que fornece 3,5 milhões de novas ligações eléctricas na Índia rural no último ano.
A língua Portuguesa pode ajudar a construir ligações: autor goês
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oa, a atração turística na costa oeste indiano, pode construir ligações globais, linguísticas e culturais, como sugere um livro lançado recentemente. O livro em Português, intitula-se Oriente e Ocidente na Literatura Goesa (East and West in Goan Literature), olha para as obras dos escritores Indo-portugueses dos séculos XIX e XX. Abrange escritores locais que se exprimiam em Português. O Português foi a língua dominante em Goa até 1961 quando foi libertada do domínio português pelas forças indianas. O autor Eufemiano de Jesus Miranda, que lançou o livro a 30 de Maio, sugere que os antigos escritores goeses eram etnicamente indianos mas, muitas vezes, eram absorvidos com traços Ocidentais,
O livro fala sobre os goeses que dominaram a língua portuguesa e levaram à criação da literatura criativa Cristãos e Latinos e também eram fortemente influenciados pelo substrato hindu “Vedic-Upanishadic”. Isto deu origem a uma pesquisa dolorosa pela “identidade própria e autodefinição”. Ele acredita que estas contribuições podem ser “um pequeno início” para ajudar países como Portugal a entender a filosofia, mitologia e a maneira de ser indianas. Por isso, o pensamento e a filosofia indianos também são populares
nos países de expressão portuguesa como o Brasil. Miranda vê o escritor indo-português como “uma pequena parte da grande tradição da literatura portuguesa”. Como vê ele o futuro da língua portuguesa em Goa, onde já foi dominante e agora é quase inexistente? “Há alguns anos diria que o português é uma língua que apenas o investigador histórico necessitaria. Agora sabemos que precisamos dela até na indústria. Por exemplo, a indústria da tecnologia de informação precisa de indianos que saibam português para trabalhar em Angola ou no Brasil.” “O livro cobre poesia, romance e contos dos séculos XIX e XX”, diz Miranda, que é atualmente o pároco em Chicalim, Goa.
2 FOCO Índia
NOTÍCIAS DA
Índia
Escritores, compositores recebem o que lhes é devido
A
indústria do entretenimento indiana aclamou a decisão histórica sobre a aprovação parlamentar acordada para a Lei dos Direitos de Autor (Emenda) de 2012, a qual fortalece o direito de reivindicação de músicos, escritores e todos aqueles que trabalham em campos semelhantes. A nova lei também se dirige a novas questões relacionados com o mundo digital e a internet. O Lok Sabha, a 22 de Maio, passou a lei que tinha sido aceite pelo Rajya Sabha a 17 de Maio. O Ministro do Desenvolvimento dos Recursos Humanos, Kapil Sibal, diz que mudar a lei para a Câmara dos Deputados será justo para os profissionais que têm vindo a criar canções para os filmes indianos. Disse que várias recomendações da comissão parlamentar permanente foram já incorporadas na lei. O líder da oposição Sushma Swaraj apoiou a lei e disse que vem já muito atrasada. “É um passo na direção certa para a proteção do interesse dos poetas, que criam canções maravilhosas, disse ela. Antes, ao participar na discussão da lei no Senado, o famoso escritor e membro nomeado Javed Akhtar, queixou-se que as empresas detêm os direitos sobre as canções e os escritores e os cantores não ganham muito com o sucesso comercial. “Muitas empresas ditam as condições até com artistas famosos como A. R. Rahman e outros”, disse. Akhtar disse à imprensa que teria que enfrentar a perda de trabalho por causa da posição que tomou. Enquanto Shridhar Subramaniam, da Sony Music India, disse que achava que aqueles que fazem as leis também deviam ter dado importância à questão da pirataria, o músico Vishal Dadlani pediu que fosse estabelecido um sistema próprio para tornar a lei eficaz. “É um dia histórico na arte e na música indianas, a Lei dos Direitos de Autor foi aprovada por unanimidade nas duas câmaras do parlamento. É o início de uma grande mudança na Índia. Muitos músicos, escritores e compositores brilhantes vão dar as boas vindas a esta era, mesmo do céu. A Índia vai testemunhar uma grande mudança no mundo criativo”, disse o músico Kailash Kher no Tweeter.
adas de peças literárias, dramáticas ou musicais durante cinco anos desde a primeira gravação da peça original. “As alterações irão beneficiar cada uma dos criativos da Índia – seja um autor, um compositor, um escritor, etc., que foram, até agora, privados dos seus direitos. Com esta lei os direitos de autor são confirmados e respeitados e as alterações são um passo positivo na direção correta”, dizia uma declaração da Indian Broadcasting Foundation (IBF).
Em sintonia com o mundo A lei também procura deixar as leis indianas promulgadas em 1957 em conformidade com as normas internacionais e com as diretrizes da Organização Mundial da Propriedade Intelectual. “A coisa mais importante sobre a lei é que cobre todos os músicos do país, incluindo folk, clássicos, e toda a gente que contribuiu para o cinema indiano… Esta lei vai trazer regras e regulamentos internacionais”, disse o compositor do trio Shankar, Ehsaan and Loy, Loy Mendosa. A lei corrige a Lei dos Direitos de Autor de 1957, e cria disposições especiais para aqueles cujo trabalho é utilizado em filmes ou gravações áudio (escritores ou compositores, por exemplo). Os direitos de autor desse tipo de trabalhos, quando usados nos media, que não filmes ou gravações áudio, devem permanecer com o criador e só podem ser atribuídos a herdeiros ou sociedades de direitos de autor que podem defender os seus interesses.
Música para os seus ouvidos
A lei alterada defende os autores declarantes como os proprietários dos direitos de autor do seu trabalho criativo. As emissoras vão ter de pagar os direitos aos proprietários dos direitos de autor cada vez que uma peça é emitida
Um Elvis criado na Índia
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aclamado artista indiano Jeevan J. Kang fez uma parceria com criador legendário de super-heróis Stan Lee para criar os desenhos para um novo livro de banda desenhada em honra do “Rei do Rock n’ Roll”, Elvis Presley. A nova história, escrita por Lee, co-autor de alguns dos mais famosos super-heróis (Spider-Man, X-Men, Fantastic Four, Iron Man, Daredevil, Hulk, Thor), foi lançada a 12 de Maio. A história original de Lee, foi criada como parte de uma antologia exclusiva em versão de colecionador intitulada Graphic Elvis está limitada a apenas 2500 cópias
em todo o mundo e disponível apenas em determinados vendedores online e em www.GraphicElvis.com. A Liquid Comics está agora a tornar a história disponível para milhares de pessoas, gratuitamente, como parte do Dia da Banda Desenahda Gratuita, a maior oferta anual da indústria da banda desenhada nos E.U.A. Além do livro físico, existe ainda uma aplicação digital interativa e móvel, intitulada Graphic Elvis: The Interactive Experience, que está agora disponível por $9.99 e contém todo o material do livro Graphic Elvis, com vídeos de bónus, animações e características interativas.
O músico Kailash Kher (em cima), os escritores Javed Akhtar (esquerda) e Gulzar (direita) estão entre aqueles que serão beneficiados pela alteração à Lei dos Direitos de Autor.
A lei alterada defende os autores declarantes como os proprietários dos direitos de autor do seu trabalho criativo e este direito não pode ser atribuído a produtores, como tem sido prática até hoje. Também torna obrigatório para as emissoras de rádio e de televisão pagarem os direitos aos autores cada vez que uma peça é emitida. A lei também proíbe as versões alter-
A lei deverá dar aos autores, ou aos seus representantes, o direito a indemnização por danos pela utilização do seu trabalho (enquanto sob direitos de autor). Os entendidos dizem que a nova taxa de direitos de autor será: 50 por cento para o selo musical, 25 por cento para os produtores e 25 por cento a ser dividido entre o escritor e o compositor. Atualmente, 100 por cento vai para o selo musical. Ravi Badal, proprietário da Royant Music, disse: “Acredito quando alguém cria alguma coisa, tem o direito a essa criação. Desde o início que não tem havido direitos para essas pessoas”.
NOTÍCIAS DA
MONITOR Media 3
Índia
Valores de Gandhi ressoam no Brasil distante
A
ocasião era o lançamento da edição portuguesa do livro do embaixador Pascal Allan Nazareth, “A Liderança extraordinária de Gandhi”. Nazareth, foi embaixador em muitos países, e vive agora em Bangalore e é o administrador gestor do movimento internacional Sarvodaya. O facto de o seu livro, disponível em várias línguas, indianas e estrangeiras, ser lançado no Brasil em português já é por si significante para mostrar o interesse universal nos pensamentos de Gandhi e mais ainda no que diz respeito à sua relevância contemporânea, que é o verdadeiro objectivo do livro. O facto de um movimento popular associado à Igreja Católica ser responsável pela publicação foi outra característica apelativa. Ao contrário de muitos outros países no mundo, não existe ligação histórica entre Gandhi e o Brasil. O Brasil era uma colónia portuguesa apenas no sentido técnico e na realidade os brasileiros não falam de luta anticolonial ou libertação para a independência, como nós falamos. Isto acontece porque devido a uma reviravolta irónica na história, a família real portuguesa teve que fugir da Europa para o Brasil em 1808 quando Napoleão tentava conquistar a região. Assim a cidade do Rio na “colónia” tornou-se na sede do “Império” com alguns membros da família real a gostarem mais do Brasil solarengo e verdejante do que do seu próprio país. O Brasil obteve a independência pacificamente em 1822, uma trajetória completamente diferente da experiência colonial indiana, combatida por Mahatma. No século XX, Goa enlameou as relações entre a Índia e o Brasil em certa medida durante os anos 60.
DE PASSAGEM
INSPIRANDO REVERÊNCIA E ADMIRAÇÃO O próprio Gandhi tinha uma posição muito clara, achando que o domínio português sobre Goa era imoral e insustentável sendo contra os princípios de autonomia ou swaraj e por isso teria apoiado a integração de Goa na Índia, caso estivesse vivo. Na altura o Brasil apoiou o poder colonial, ou seja Portugal, mas as diferenças entre a Índia e o Brasil não duraram muito. Apesar da distância geográfica e psicológica, Gandhi sempre foi uma figura inspiradora de reverência, admiração e afecto aqui. Porquê?
O livro de Nazareth fala sobre como a mensagem de Gandhi é simples, e mesmo assim universal e eterna. Está cheio de exemplos sobre como o legado de liderança de Gandhi levou à libertação e dignidade em muitas partes do mundo. Numa passagem importante Nazareth fala da ascensão de Obama ao cargo de topo numa nação que praticou a escravatura, a abolição do apartheid, a queda do muro de Berlim, a emancipação de países na Europa Oriental, a maré da primavera Árabe – todos estes exemplos validam a crença de Gandhi na liberdade e dignidade humana. O Brasil não teve uma revolução na sua história, ou violência política numa escala maciça apesar de um período de ditadura militar, mas todos os símbolos e valores representados nestes exemplos são queridos pelo seu povo. Ao observar as caras serenas e sorridentes dos jovens brasileiros à medida que ouvem com atenção o autor, começo a pensar em algumas das características proeminentes da sua sociedade e política que têm influências de Gandhi. Para começar, o compromisso para com a resolução pacífica de disputas ou conflitos, um artigo de fé para a diplomacia brasileira. Disputas são uma parte inevitável das relações humana e entre
O Presidente da República do Paraguai Fernando Lugo Mendez com o Presidente Smt. Pratibha Devisingh Patil em Nova Deli a 25 de maio.
Estados. O Brasil tem nove vizinhos com que partilha território, ou rios, ou recursos ou a imensa floresta Amazónica e assim é inevitável haver diferenças. Contudo não existem disputas territoriais e as fronteiras estão tranquilas. Uma parte será arte de governar durante o século passado, outra parte é a política da “persuasão” no presente. O ponto aqui não é que o Brasil tenha seguido conscientemente os ideias de Gandhi; é que a abordagem que tem praticado teria agradado a Gandhi. Se este aspeto é político, o próximo, o enfâse sobre ajudar os mais necessitados e vulneráveis, é uma política social da qual Gandhi teria gostado. O Brasil é quase um “case study” de sucesso sobre a redução da pobreza e ajuda diretamente dirigida aos mais necessitados, aos mais pobres, aos deficientes, aos idosos e às crianças. O livro de Nazareth reconhece justamente e aplaude o anterior Presidente Lula pelas suas políticas de inclusão social e económica. Outros dos interesses de Gandhi, muito à frente do seu tempo, era a importância do “desenvolvimento sustentável”, um termo da moda nos dias de hoje. O Brasil foi, em 1992, o anfitrião da conferência sobre o ambiente que trouxe o problema para a agenda internacional e é agora, mais uma vez, o anfitrião da Conferência da ONU em Junho chamada “Rio+20” para debater a questão sobre o que o planeta consegue realmente suportar. Para além disso, o número de ativistas ambientais, entusiastas e ONG’s está a comover e faz do Brasil um jogador chave nas questões relacionadas com os países comuns de características globais. Não admira que apesar da falta de ligação histórica ou real, a mensagem de Gandhi ressoe no Brasil. É um tributo à previdência e à amplitude da visão de Gandhi, também é um indicador para as atitudes liberais e iluminadas das grandes secções no Brasil. — Embaixador B. S. Prakash, Embaixador da Índia no Brasil
O Presidente das Maldivas Dr. Mohamed Waheed com o Primeiro-ministro Prime Minister Dr. Manmohan Singh em Nova Deli a 12 de maio.
(Publicado originalmente no arauto Deccan a 3 de Maio de 2012)
O Ministro dos Negócios Estrangeiros S.M. Krishna com Sheikh Abdullah Bin Zayed Al Nahyan, Ministro dos Negócios Estrangeiro da UAE, em Nova Deli a 18 de maio.
Anand continua a ser o rei mundial do xadrez
V
iswanathan “Vishy” Anand, o indiano campeão mundial de xadrez, manteve a sua coroa a 30 de Maio quando venceu, por pouco, Boris Gelfand numa série de jogos rápidos em Moscovo. Anand é campeão mundial de xadrez desde 2007, e esta é a terceira vez consecutiva que defende o título. “Fico simplesmente com a vida por um fio”, disse o afável Anand depois da partida. “Acaba por ser só uma questão de nervos no fim. A única sensação que tenho neste momento é de alívio. Estou tenso demais
para me sentir feliz”. Aos 42 anos, e com uma tropa de adversários de vinte e poucos anos imensamente talentosos mordendo-lhe os calcanhares, não é provável que Anand mantenha a coroa por muitos mais anos, mas o seu lugar na história do xadrez está garantido. Uma parte fundamental do seu legado é que ele inspirou um súbito desenvolvimento do xadrez na zona da Índia de onde é natural, onde dezenas de milhões seguiram a partida através da internet. A final do campeonato mundial está em progresso desde há duas semanas e os 12 jogos disputados com controlos clássicos de tempo, até seis horas por cada jogo, foram em grande parte túrgidos. Cada jogador conseguiu uma única vitória, com 10 empates, muitas vezes sem derramamento de sangue, para desilusão da audiência online. Mas os quatro jogos rápidos a 30 de Maio, onde os jogadores tinham cerca de meia hora cada um para todas as jogadas, foram dramáticos e imprevisíveis.
A história completa pode ser lida em: http://www.guardian.co.uk/sport/2012/ may/30/viswanathan-anand-crownedchess-champion
O Ministro Australiano do Desporto, Indústria e Inovação Kate Lundy com o Ministro do Comércio & Indústria e Têxteis Anand Sharma em Nova Deli a 2 de maio.
4 NOTÍCIAS da Índia
NOTÍCIAS DA
Índia
Gen. Bikram Singh nomeado novo chefe do Exército
O
General Bikram Singh, oficial de infantaria, assumiu o controlo como o 27º Chefe do Exército Indiano das mãos do General V.K. Singh que se reformou do serviço após o mandato de 26 meses. Ele é apenas o segundo Sikh a ser elevado ao cobiçado cargo de topo. Foi até agora o Comandante do Exército Oriental com base em Kolkata e irá fazer um mandato de 27 meses como Chefe do Exército. Comissionado em 1972 na Infantaria Ligeira Sikh, Bikram Singh, de 59 anos, marca uma mudança de geração no exército, sendo o primeiro chefe que não viu a ação numa guerra convencional. A última guerra convencional que a Índia travou foi em 1971 contra o Paquistão para a libertação do Bangladesh. Antes, talvez o mandato mais controverso de todos os Chefes do Exército Indiano terminou quando o General V.K. Singh se retirou ao fim de 41 anos de serviço. Grande parte dos seus 26 meses no
O Chefe do Exército Indiano, o General Bikram Singh
O Ex-Chefe do Exército, o General V.K. Singh
comando gastou-os lutando publicamente contra o estabelecimento civil e os seus próprios rivais militares.
Ao entregar as rédeas de um exército forte de 1,13 milhões de soldados ao General Bikram Singh a 31 de maio, o
Chefe do Exército cessante disse que o Exército Indiano se tornou mais transparente nos últimos anos e que a sua mentalidade tinha mudado. Resumindo o seu mandato como chefe do exército, V.K. Singh disse: “O que conseguimos atingir foi a mudança de mentalidade no exército”. “Temos muito apoio da parte do ministro da defesa e conseguimos atingir bons resultados, quem vier a seguir irá abordar as mudanças que estão na calha (alterações de política) e tratar do restante vazio” disse V.K. Singh aos jornalistas após colocar uma coroa em Amar Jawan Jyoti, o memorial ao Soldado Desconhecido. Ele disse que a honradez entrou no exército e tornou as coisas mais transparentes. “Por causa da transparência agora vocês (media) conseguem saber mais coisas sobre o exército. As questões que dissemos que estavam no coração do exército e qualquer um que vista o uniforme irá levar em diante”, acrescentou.
Indra Nooyi é 4ª no topo da lista Fortune 500
Diretora Executiva da Pepsico Indra Nooyi
A
Diretora Executiva de origem indiana da multinacional dos refrigerantes Pepsico, Indra Nooyi, é uma das 18 mulheres que quebraram o teto de vidro ao liderar as 500 maiores corporações da América, de acordo com o ranking mais recente da revista Fortune. Nooyi, que dirige a 41ª maior empresa na América, está listada como a 4ª entre as mulheres executivas de topo de acordo com a principal revista de negócios americana. Ela “tem acompanhado nos últimos anos a mudança no foco do mercado dos refrigerantes para o mercado menos rentável, embora saudável, dos snacks”. Outras na lista, que incluí mais mulheres Diretoras Executivas do que nunca, são Meg Whitman da Hewlett-Packard (10ª) e Ginni Rometty da IBM (19ª), ambas iniciaram funções durante o último ano. Também na lista está Patricia Woertz dos processadores agrícolas Archer Daniels Midland, Irene Rosenfeld que dirige a Kraft Foods e Ursula Burns que é Diretora Executiva na Xerox e Sherilyn McCoy na Avon. Rometty é a primeira mulher Diretora Executiva na IBM e a chefe da Xerox Ursula Burns é a primeira mulher Afro-Americana a liderar uma empresa da Fortune 500. Cerca de 10 por cento das 500 empresas de topo dos EUA, e quase 40 por cento das maiores empresas do Canadá têm mulheres nos conselhos de administração.
Indústria indiana terá avaliação azul em breve
A
Índia prepara-se para ser o primeiro país no mundo a propor avaliações azuis – nas mesmas linhas das avaliações verdes para empreendimentos amigos do ambiente – pelo melhoramento da gestão da água, transformando rapidamente um recurso escasso numa indústria. O Ministério dos Recursos Hídricos perguntou à Confederação da Indústria Indiana (CII) para enquadrar diretrizes para aumentar a eficiência hídrica nas indústrias indianas. É provável que a CII proponha os padrões de água até março do próximo ano. “O abastecimento de água não vai aumentar mas a procura está a aumentar muito e mais tarde ou mais cedo, teremos que dar importância à água. Temos que gerir o lado da procura o que significa ter de aumentar a eficiência hídrica, criar mais métodos eficientes de irrigação, e a melhor gestão da água terá que ser de confiança”, disse um oficial sénior do Ministério dos Recursos Hídricos. Ele disse que têm dado muita importância em fazer descer as emissões de carbono e em verificar as pegadas de carbono mas não sido feito nada para verificar a pegada da água. EDIFÍCIOS AZUIS “Falamos de edifícios verdes, mas porque
é que não podemos ter edifícios azuis. De facto, levámos este conceito à CII para desenvolver padrões hídricos para a indústria. As pessoas falam cada vez mais sobre edifícios neutros em carbono e nós estamos à procura de edifícios neutros em água”, disse.
O Ministério dos Recursos Hídricos pediu à Confederação da Indústria Indiana para enquadrar diretrizes para aumentar a eficiência hídrica nas indústrias indianas “Por exemplo, no caso das centrais térmicas – podem usar 10.000 litros ou podem usar 1000 litros – não há valor para a água. Por isso, agora queremos que haja uma referência de central térmica mais eficiente e depois avaliamos as centrais térmicas com base nessa referência”, disse. A CII irá apresentar as referências para a utilização da água na indústria. “Na Índia, cerca de 80-85 por cento da
água é usada para a irrigação, a indústria usa 5-6 por cento; o uso de água potável para consumo é de 6 por cento. Nos próximos 10 anos, a utilização de água na indústria vai subir até aos 10 por cento se mantivermos a mesma taxa de crescimento. Pois é necessário tomar consciência na indústria”, acrescentou. O Centro de Negócios Verde (GBC) Sohrabji Godrej da CII em Hyderabad entrou já no processo de formulação das diretrizes. “Tanto quanto sei, a Índia será o primeiro país a apresentar avaliações hídricas para a indústria. Tem havido muita gente pelo mundo a fazer muita coisa mas ninguém ainda fez nada como isto”, disse o Director Executivo da CII, S. Raghupathy, que está encarregue do projeto. “Há um grande potencial para poupar água na indústria indiana e o nosso objectivo é reduzir o consumo de água em 20-25 por cento nos próximos 3-4 anos”, disse Raghupathy, que dirige o GBC. Enquanto enquadra os padrões hídricos, a CII considera três aspectos – reduzir o consumo de água dentro da indústria, a pegada hídrica dos produtos manufaturados e a contribuição para a sociedade (a indústria não devia competir com a sociedade por água).
NOTÍCIAS DA
NOTÍCIAS da Índia 5
Índia
As pegadas da Índia
S
eis países, incluindo a Rússia e a China, procuraram a ajuda da Índia para copiar o Projeto Tigre, um dos programas de conservação com mais sucesso em funcionamento no país para evitar a extinção dos grandes felinos. Durante a primeira conferência de balanço feita em Nova Deli a meio de maio, organizada para rever a implementação do Programa de Recuperação Global dos Tigres (GTRP), países alvo dos tigres como o Bangladesh, Nepal, Rússia, Vietnam, Myanmar e China abordaram a Índia para os ajudar na conservação dos tigres. À exceção do Nepal, nenhum dos países fez o censo dos tigres e não tem nenhuma ideia acerca do número de tigres selvagens presentes. “A Índia tem em funcionamento um dos programas de conservação de tigres com mais sucesso desde 1973 e a maioria dos países alvo dos tigres quer que os ajudemos a copiar o programa lá”, disse Rajesh Gopal, secretário membro da Autoridade Nacional de Conservação dos Tigres (NTCA), aos media. “Este tipo de cooperação dará à Índia a oportunidade de se tornar no centro de conservação de tigres e apresentar um atlas mundial de tigres”, disse Gopal. OS SALVADORES A Índia tem 1706 tigres selvagens – a maior quantidade do mundo. Os créditos da salvação dos tigres no país vão para o Projeto Tigre do governo central, lançado em 1973. Considerando a urgência da situação, o Projeto Tigre foi convertido na NTCA, uma autoridade legal, em 2006, com mais poder e financiamento separado para a
BrEvES Centro de excelência no futebol brevemente em Goa
A
Projeto Tigre: A Índia tem 1706 tigres selvagens – a maior quantidade do mundo.
conservação dos tigres. A Índia tomou a liderança na conservação de tigres ao formar o Forum Global de Tigres (GTF), um corpo internacional estabelecido com membros de países voluntários para embarcar numa campanha global para proteger o animal. O Ministro do Ambiente indiano Jayanthi Natarajan dirige atualmente o fórum. Outros membros incluem o Bangladesh, Vietnam, Cambódia, Butão, Nepal e Myanmar. A Índia e a Rússia apresentaram recentemente uma resolução conjunta de ação consertada para proteger os tigres. LIÇÕES NA NATUREZA “A Índia tem uma boa experiência na reintrodução de tigres de um local sel-
vagem para outro, o que é uma história de sucesso no que diz respeito a planeamento, execução e monotorização. Considerando o interesse evidenciado pelo lado russo na reintrodução de leopardos e tigres, a Índia pode vir a partilhar estas experiências com a Rússia para benefício mútuo”, disse. ATLAS DOS TIGRES O Ministério do Ambiente & Florestas está no processo de desenvolver um “Sistema de avaliação de população de tigre e seu habitat” para o subcontinente indiano. O habitat assim como o estado dos tigres no país está a ser avaliado para desenvolver um censo específico de local e protocolos de monotorização.
All India Football Federation (AIFF) juntou-se ao governo de Goa para construir um centro de excelência moderno em Goa, informou o Secretário Geral da AIFF Kushal Das durante uma reunião. Das disse que o governo de Goa, que já tinha declarado o futebol como o desporto do estado, irá fornecer a localização e as infraestruturas, enquanto a federação irá contribuir com a assistência técnica. “Para além de ter dois ou três campos totalmente desenvolvidos e outras instalações que nos irão permitir tornar o local num ponto de encontro permanente de todas as equipas nacionais, o centro também vai ter as infraestruturas necessárias para cursos de arbitragem e de treinadores, disse Das.
Lições indianas sobre as eleições
‘Experiência indiana impressionante’
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Índia é uma experiência impressionante, diz o skateboarder Sandro Dias que visitou a Índia para atuar no país pela segunda vez, acrescentando que espera regressar em breve. “A Índia é uma experiência impressionante. Havia uma multidão maravilhosa, foi uma experiência extraordinária”, disse Dias que tinha atuado antes em Bangalore em Abril na extravagância do desporto extremo, Mountain Dew Xtreme Tours. A 5 de Maio, Dias e outros 9 skateboarders, e profissionais do BMX (corridas de bicicletas) e FMX (freestyle motocross) encantaram a audiência com os seus números arriscados em Noida, perto de Nova Deli. “Eu quero voltar de certeza”, disse Dias que tem ganho inúmeras medalhas, de ouro inclusive, nas várias edições dos X Games, dos LG Action Sports World Championships e da ASA Action Sports World Tour. Apelidado “The Pitbull”, Dias é, de facto, um entre uma mão cheia de skaters que conseguiram fazer um 900, uma revolução 2,5 (900 graus) com rotação aérea feita numa rampa. Enquanto está no ar o skateboarder faz duas voltas e meia à volta da seu eixo longitudinal, acabando de frente para o lado contrário ao inicial. Este é considerado um dos truques mais exigentes a
A
Skateboarders, e profissionais do BMX (corridas de bicicletas) e do FMX (freestyle motocross) encantaram a audiência com os seus números arriscados em Noida, perto de Nova Deli a 5 de Maio. (Em cima) Skateboarder Sandro Dias
nível técnico para um skateboard. Fazendo suas as palavras de Dias, o piloto de FMX Jimmie McGuire, que já competiu em 11 países e em 48 dos 50 estados dos EUA. “Eu adoro Bangalore. As multidões na Índia são fantásticas. É realmente emocionante. Quero voltar”, disse McGuire que já venceu sete títulos AMA SX entre 1993 e 200 e foi colocado no top cinco dos Australian X Games. Entre outros profissionais que participaram no espetáculo em Noida estava o pro do skateboard e medalhista pela 21ª vez dos X-Games, Andy MacDonald, skaters lendários como Eito Yasutoko e
Takeshi Yasutoko, a estrela do BMX, Simon Tabron e os pros do FMX Tommy Clowers, Dustin Nowak, Myles Richmond e Mike Mason. A Mountain Dew Xtreme Tour também vai viajar para Ludhiana, Jaipur e Lucknow; juntamente com workshops para o consumidor, liderados por atletas especiais em Hyderabad, Kanpur, Gurgaon, Delhi e Chandigarh.
Comissão de Eleições da Índia assinou a 17 de maio um Memorandum de Entendimento com a Fundação para Sistemas Eleitorais (IFEIS) com base em Washington para desenvolver e fortalecer as instituições e processos democráticos. O objectivo do MoU é tornar disponível o conhecimento e a experiência da ECI aos gestores de eleição e praticantes de todo o mundo através da Comissão do Instituto Internacional Indiano para a Democracia e Gestão Eleitoral (IIIDEM). A IFES está envolvida na assistência eleitoral e promoção da democracia em cerca de 100 países espalhados pelo mundo. O MoU foi assinado pelo Dr. S.Y. Quraishi, Comissário Chefe de Eleitoral, e William Sweeney, Presidente e CEO da IFES.
6 NOTÍCIAS da Índia
NOTÍCIAS DA
Índia
Prémios Nacionais de Cinema: Cinema regional domina
O
s talentos indianos da indústria, de $2 mil milhões, do cinema indiano receberam do Vice-presidente Hamid Ansari os prémios do 59º National Film Awards em Nova Delia 3 de Maio. O ator veterano Bengali, Soumitra Chatterjee, também foi premiado com o prémio Dadasaheb Phalke, o mais alto prémio do cinema indiano na gala. O cinema regional dominou a entrega dos prémios enquanto Bollywood se manteve discreto este ano. Os prémios de topo, incluindo o melhor filme, melhor realização e melhores atores, foram varridos por talentos regionais enquanto a estrela arrojada de Bollywood, Vidya Balan, manteve a indústria cinematográfica indiana às escuras ao receber o troféu de melhor atriz no filme The Dirty Picture. A cerimónia, apresentada pelos atores Vinay Pathak e Saumya Tandon, contou com atuações de Anand Bhate, que ganhou o troféu de melhor cantor com Balgandharva, e Roopa Ganguly, que ganhou o mesmo troféu na categoria feminina com o filme Bengali Abosheyshey. O compositor de Bollywood Amit Trivedi e o escritor Amitabh Bhattacharya também ocuparam o palco para representar “Agar zindagi”, com o qual o último ganhou o prémio de melhor escritor. A canção é do filme I Am. O troféu de melhor filme foi partilhado pelo filme de Marathi, Deool, e o Kannada, Byari, enquanto o troféu de melhor realização foi para Gurvinder Singh com o seu filme Punjabi Anhe Ghorey Da Daan, que também ganhou o prémio de melhor cinematografia. O ator Marathi Girish Kulkarni subiu ao palco para receber o seu prémio de melhor ator pela sua atuação como um simplório com bom coração em Deool. Os troféus de melhor ator e melhor atriz secundários foram atribuídos a Appu Kutty pelo filme Tamil Azhagarsamiyin Kuthirai e
DESTAQUES u Melhor
filme: Deool (Marathi) e Byari (Kannada) u Melhor realização: Gurvinder Singh com Anhe Ghorey Da Daan (Punjabi) u Melhor ator: Girish Kulkarni em Deool u Melhor atriz: Vidya Balan em The Dirty Picture u Melhor cantor: Anand Bhate, Balgandharva u Melhor cantora: Rupa Ganguly, Abosheyshey escritor: u Melhor Amitabh Bhattacharya, com Agar Zindagi (do filme I Am) u Melhores canções: Neel Dutt em Ranjana Ami Ar Ashbo Na (Bengali) u Melhores créditos finais: Mayookh Bhaumik para Laptop (Bengali) O Vicepresident Mohd. Hamid Ansari a apresentar o prémio Rajat Kamal de Melhor Atriz a Vidya Balan pelo seu papel em The Dirty Picture em Nova Deli a 3 de Maio.
a Leishangthem Tonthoingambi Devi pelo filme Manipuri Phijigee Mani, respetivamente. Na categoria da música, o compositor Neel Dutt ganhou o troféu de melhores canções com o musical rock Bengali ‘Ranjana Ami Ar Ashbo Na’. Mayookh
e Sanjay Suri vieram receber o prémio do filme. I Am foi nomeado o melhor filme Hindi do ano. Chillar Party foi considerado o melhor filme para crianças e também recebeu a honra de melhor argumento. As 10 crianças artistas de Chillar Party acrescentaram inocência e
O troféu de melhor filme foi partilhado pelo filme de Marathi, Deool, e o Kannada, Byari, enquanto o troféu de melhor realização foi para Gurvinder Singh pelo seu filme Punjabi Anhe Ghorey Da Daan Bhaumik reteve a honra da melhor pontuação pelo filme Bengali, Laptop. Apesar de serem poucos na lista dos vencedores, os filme Hindi fizeram com que a sua proeminência fosse sentida através da presença dos seus atores e realizadores no evento. A equipa de I Am, Onir
entusiasmo ao evento e mostraram respeito por Ansari pois a maioria tocou nos seus pés antes de receber o prémio. Amitabh Bhattacharya recebeu o troféu de melhor letra por AAgar zindagiAde I Am. RA.One levou o prémio para melhores efeitos especiais e a melhor coreografia foi
atribuída a Bosco-Caeser em “Senorita” de Zindagi Na Milegi Dobara. O troféu de melhor guarda-roupa foi partilhado entre Niharika Khan em The Dirty Picture e Neeta Lulla em Marathi film Balgandharva. Outro dos prémios partilhados foi o de ator infantil. Foi recebido em conjunto por Partho Gupte pela atuação em Stanley Ka Dabba e pelo grupo de 10 crianças pela atuação em Chillar Party. Vikram Gaekwad venceu o prémio de melhor artista maquilhador pelo seu trabalho em The Dirty Picture assim como em Bal Gandharva. Os três prémios na categoria de audiografia foram rematados por filmes Hindi. O título de melhor gravação no local foi para Beylon Fonseca pelo seu trabalho em Zindagi Na Milegi Dobara. Foi dada a honra a Game nas categorias de designer de som e gravação da mistura da faixa final.
O troféu Dadasaheb Phalke vai para Soumitra Chatterjee
O
ator veterano Soumitra Chatterjee, protagonista em 14 clássicos de celuloide de Satyajit Ray, é o vencedor do mais elevado prémio do cinema indiano, o Troféu Dadasaheb Phalke deste ano. Chatterjee, de 77 anos, diz que ter sido nomeado para o Troféu Dadasaheb Phalke é o reconhecimento do seu trabalho árduo dos últimos 53 anos e exprimiu gratidão para com os realizadores como Satyajit Ray, Tapan Sinha e outros por honrarem as suas capacidades de ator. Chatterjee disse que este era um “momento emocional” para ele ao receber o prémio em nome dos decanos da indústria cinematográfica de Bengali cuja orientação o ajudou a evoluir como ator. “Estou muito feliz. É um momento emocional para mim. Agradeço a todos. É o reconhecimento de trabalho árduo que fiz nos últimos 53 anos. As pessoas do meu país reconheceram o meu esforço”, disse Chatterjee. O vencedor do prémio Padama Bhushan exprimiu a sua gratidão para com os realizadores como Satyajit Ray,
Fotografia de Apur Sansar
Tapan Sinha e atores veteranos como Chabi Biswas e Tulsi Chakraborty por honrarem as suas capacidades de ator. “Gostaria de agradecer a muita gente velha desta indústria como (os realizadores lendários) Satyajit Ray e Tapanda,” disse. “Agora a minha mente está em modo flashback. Gostava de agradecer aos
Soumitra Chatterjee
atores como Chabi Biswas e Tulsi Chakraborty. Teria sido fantástico se lhes pudesse ter dado o troféu a eles. É em seu nome que recebo esta honra”, disse. Chatterjee lamentou que o trabalho sublime de atores como Biswas e Chakraborty não tenha sido premiado. Um dos atores mais talentosos da
Índia, Chatterjee, fez a sua estreia em 1959 com o filme sensação de Ray Apur Sansar . O filme foi a plataforma necessária e nunca mais teve que olhar para trás. Chatterjee tornou-se rapidamente o favorito de Ray, e desempenhou os papéis principais na maioria dos clássicos do realizador incluindo Sonar Kella, Charulata, e Ghare Baire. À exceção de Ray, o vencedor do prémio Padma Bhushan tem trabalhado com realizadores aclamados internacionalmente, incluindo Mrinal Sen, Tapan Sinha, Tarun Majumdar, Aparna Sen, Goutam Ghose e Rituparno Ghosh. Alguns dos seu notáveis filmes são Jhinder Bandi, Koni, Kaapurush, Akash Kusum, Aranyer Din Ratri, Joy Baba Felunath, Teen Bhubaner Pare, Ganashatru e Sakah Prashakha. Para além dos filmes, Chatterjee também é conhecido pela sua paixão pelo palco onde já atuou e dirigiu peças. Também recebeu o “Officier des Arts et Metiers”, o mais alto prémio das artes em França e um Lifetime Achievement Award em Itália.
NOTÍCIAS DA
TENDÊNCIAS na Índia 7
Índia
EMPRESAS GLOBAIS VIGIAM
Mercado indiano do equipamento de construção
C
ada vez mais empresas globais estão interessadas em entrar no mercado incipiente indiano da terraplanagem e da construção através de subsidiários ou parcerias para ganhar dinheiro com as oportunidades no setor crescente das infraestruturas, dizem os entendidos da indústria. “Com o governo a projetar um grandioso investimento de $1 trilião no sector das infraestruturas durante o 12º Período do Plano (2012-17), várias empresas estrangeiras estão a ponderar criar subsidiários próprios ou joint ventures para manufaturar e comercializar o equipamento de construção e componentes no mercado indiano”, disse o Presidente da Associação da Indústria ECE Indiana, Glenville da Silva. Apesar dos jogadores globais como JCB da Grã-Bretanha, Hitachi, Kobelco e Komatsu do Japão, Volvo da Suécia e
A participação do sector privado no desenvolvimento de infraestruturas não vai aumentar para os 40 por cento em 2020 dos atuais 25 por cento, diz um estudo
Construídas a um custo de $31.5 biliões, as oito faixas do Rajiv Gandhi Sea Link em Mumbai foram abertas ao trânsito em 2010.
Caterpillar e Terex dos E.U.A. terem entrado no mercado indiano durante a última década, o renascimento da indústria ECE com cerca de 30 por cento de crescimento em 2010 atraiu muitas empresas da China, Finlândia, Alemanha, Itália, Coreia do Sul, Espanha e Turquia que planeiam instalações de montagem e manufatura no país. “Como o potencial para investimento em
infraestruturas e sectores aliados é imenso, o lucro da Indústria ECE Indiana está programado para crescer seis vezes mais até aos $23 biliões em 2020 partido dos $3.3 biliões em 2010 com um CAGR (taxa de crescimento médio acumulado) de 21 por cento contra a CAGR de 18 por cento registada nos últimos cinco anos (200610) para reduzir o défice e corresponder à procura crescente das áreas urbanas e rurais”, disse Silva. De acordo com a empresa
de consultoria de gestão global com base em Londres, Off-Highway Research, a dinâmica do crescimento global da indústria ECE está a mudar para mercados emergentes como a Índia e a China vindo de mercados amadurecidos (Américo do Norte e Europa) onde as finanças se tornaram escassas e a confiança nos negócios é baixa devido ao crescimento lento e à crise da dívida soberana. “Enquanto a indústria por todo o mundo demonstrou uma recuperação modesta em 2010 do impacto da recessão global em 2008 e 2009, as regras do jogo mudaram durante os últimos três anos com a Índia, a China e o Brasil a compensaram o crescimento em declínio dos países desenvolvidos”, disse do Diretor-gerente da OffHighway Managing Diretor, David C. Philips, na conferência do comércio. Para além de corresponderem às necessidades do mercado indiano crescente, as empresas japonesas estão à procura da arbitragem de custos de criação para estabelecerem uma base de exportação para os mercados do Sul da Ásia com o mantra da “tecnologia japonesa a custo indiano”. “Ter uma base de manufatura na Índia vai trazer a vantagem de vender os nossos produtos e serviços a baixo custo aos consumidores locais assim como a empresas japonesas a operar nos países sul asiáticos”, disse o Diretor-Geral Adjunto da Organização de Comércio Externo Japonesa (JETRO), Osamu Taki. Observado que a Índia estava a emergir como um dos mais excitantes mercados do mundo, Philips disse que o défice de infraestruturas transversal a todo o país iria forçar os governos centrais e estatais assim como as partes interessadas a modernizar o setor para atrair investimentos domésticos e estrangeiros na construção e expansão de estradas, autoestradas, barragens, portos, aeroportos, centrais eléctricas e habitação.
8 Viagens & TURISMO NOTÍCIAS DA
Bekal é o próximo destino em
‘GOD’S OWN COUNTRY’
Índia
INFORMAÇÃO LOCALIZAÇÃO u
Na Autoestrada Nacional 17 — 70 km a sul de Mangalore
GRANDE ATRATIVO u
O Forte de Bekal foi construído pelos portugueses em 1640, tem vista sobre o Mar da Arábia e uma vasta praia de areia dourada, com barcos de pesca parados no horizonte. u Os fortes de Hosdurg e Chandragiri, vilas piscatórias, canais e estações de montanha. u Templos antigos e mesquitas, artesanato de metal e atuações de dança Theyyam e artes marciais Kalaripayattu. ALOJAMENTO u
D
epois de colocar estações como Kovolam e Kumarakom firmemente no mapa do turismo global, o governo de Kerala escolheu Bekal — uma cidade idílica de praias e canais como o próximo destino dos visitantes de “God’s Own Country”. “Bekal é o próximo destino incrível para o turismo em Kerala. Os nossos esforços que começaram há 17 anos começaram agora a dar frutos. A nossa prioridade é melhorar as ligações por estrada, caminhos-de-ferro e ar.” disse o Ministro Oomen Chandy. Ele referia-se à Corporação de Desenvolvimento de Resorts de Bekal, gerida pelo estado que foi criada em 1995 com a tarefa específica de capacitação e desenvolvimento de infraestruturas em Bekal. “Em que outro lugar podemos encontrar praias, canais e montanhas à distância de poucos quilómetros?”, perguntou o ministro, referindo-se à variedade de opções oferecidas por esta cidade, a qual tem configurações parecidas com as de Goa. “Bekal recebeu cerca de 320,000 turistas no ano passado. Gostaríamos que os números subissem acima dos 600,000 até 2015. Esse é o nosso alvo, esse é o nosso objetivo.” O ministro também disse que este destino turístico era o quinto a aparecer sob a vontade do Governo de Kerala em promover turismo sustentável e responsável — depois de Kovalam, Kumarakom, Wayanad e Thekkady. Por outro lado na Autoestrada Nacional 17, a menos de 10 km de Kasaragod, no norte de Kerala, Bekal também está facilmente acessível através da rede de caminhos-de-ferro, a oito quilómetros de distância. O aeroporto mais próximo é em Mangalore em Karnataka, a uma distância de cerca de 70 km a norte.
Vivanta by Taj e o Lalit Resort e Spa; moradias residenciais.
Além do majestoso forte de Bekal, há muitas praias deslumbrantes, canais e estações de montanha em Bekal e nos arredores.
Existem negociações a decorrer com o governo central atualizar a estação de caminhos-de-ferro, melhorar a autoestrada e construir uma pista de aviões. Para desenvolver os resorts foram adquiridos 230 hectares e parte deles foi alocada a seis projetos privados. “A partir de agora, dois resorts já foram criados – Vivanta by Taj e o Lalit Resort e Spa. Outros quatro projetos estão em vários níveis de desenvolvimento”, disse Rani George, Diretor do Turismo de Kerala. “Cerca de outras 50 propriedades na área oferecem à volta de 1000 quartos. Também existem moradias residenciais e centros Ayurvedic. O alojamento será expandido e os investimentos serão bemvindos, especialmente em hotéis de baixo preço” disse George. Ao descrever as atrações principais em Bekal e nos arredores, ela não só referiu o majestoso Forte de Bekal como também falou dos fortes de Hosdurg e de Chadragiri. Espalhado ao longo de 40 hectares, o Forte de Bekal foi construído pelos portugueses em 1640. “Também existem muitas praias maravilhosas, zonas de canais e estações de montanha em Bekal e nos arredores”, acrescentou. Templos antigos e mesquitas, artesanato de candeeiros, utensílios e curiosidades feitas de metal, e a preservação de uma cultura rica como a forma de dança Theyyam e as artes marciais Kalaripayattu são outras atrações, disse George. “Muitos dos destinos turísticos estão perto de centros urbanos e por isso, superdesenvolvidos. Bekal, por outro lado, ainda é virgem e primitivo”, disse.
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