Noticias da India - Vol 5, Número 19 - 2011

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India Vol. 5 Número 19

Aeroporto de Agra vai receber vôos internacionais P5

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Uma Publicação da Embaixada da Índia, Brasília

Índia lança tablet mais barato do mundo P6

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ilhões de pessoas prestaram homenagem a Mahatma Gandhi, no memorial Raj Ghat, para comemorar o 142° aniversário do Pai da Nação indiana, no dia 2 de outubro. Muitos dos que estavam na fila de manhã cedo lembravam o poder duradouro da mensagem de verdade e não-violência do Mahatma (Grande Alma). O Primeiro Ministro, Dr. Manmohan Singh, a Presidente do Partido do Congresso, Sonia Gandhi, e o líder do partido Bharatiya Janata Party (BJP), L. K. Advani, renderam uma homenagem floral ao líder independentista, no memorial Raj Ghat, às margens do rio Yamuna. Representantes de oito religiões — budista, bahai, cristã, sikh, zoroastra, muçulmana, hindu e judaica — se reuniram para realizar um ato ecumênico no Raj Ghat. Discípulos de Gandhi se juntaram a alunos das escolas, enquanto tocavam canções devocionais como ‘Raghupati raghav raja ram’ e ‘Vaishnav jana to’, e prestaram uma respeitosa homenagem a Bapu (pai). Entre os convidados, encontravam-se a governadora de Delhi, Sheila Dikshit, e o Ministro de Estado do Desenvolvimento Urbano, Kamal Nath. Um minuto de silêncio foi observado no memorial da pedra negra com as palavras ‘Hey Ram’ (Ó Deus), inscritas pelas autoridades políticas. Uma multidão de pessoas, incluindo

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crianças de favelas e abrigos, lotaram o memorial de Gandhi, e algumas delas cantaram músicas devocionais e espalharam flores no memorial. “Vim aqui pela primeira vez e estou muito animado para celebrar o aniversário de Gandhi com os dirigentes de nossa nação. Agradecerei esta oportunidade para sempre”, disse Anoop, 13 anos de idade e morador no abrigo ‘Salaam Balaque Trust’ em Delhi. “Mesmo anos após sua morte, os ensi-

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e acordo com os curadores, a maior exposição do ano acaba de abrir suas portas no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), no Rio de janeiro. Intitulada ‘ÍNDIA!’, a mostra foi inaugurada no dia 12 de outubro e ficará disponível ao público até o dia 29 de janeiro de 2012. A exposição vai passar por várias outras grandes cidades brasileiras e oferecer um mergulho no estilo de vida indiano a um maior número de brasileiros. Realizado pelo curador Pieter Tjabbes e uma equipe internacional, o projeto ÍNDIA! pretende levar ao público brasileiro a riqueza histórica e cultural da Índia antiga e contemporânea. A exposição, que mostra quase todos os aspectos da vida indiana, é divida em quatros grandes temas — Homem, Reis, Deuses e Contemporaneidade — e reúne uma coleção fascinante de objetos da vida cotidiana como arte popular, arte visual, música, dança e, até mesmo, cinema. Uma grande escultura de Ganesh recebe os visitantes na entrada da exposição. Grandes textos em português e inglês apresentam a exposição aos visitantes e

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esclarecem as relações entre as histórias do Brasil e da Índia. No primeiro andar do prédio, um percurso sinuoso permite a descoberta de alguns espaços da exposição. A visita começa com vídeos e montagens fotográficas que retratam a vida cotidiana indiana, entremeados de uma mistura de músicas indianas pop e clássica, conduzindo às principais salas da mostra. Fotografias granuladas em preto e

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namentos de Mahatma Gandhi adquiram cada vez mais importância. Desde as instituições de ensino até a indústria de cinema, todo mundo é influenciado por ele”, salientou o servidor público, Sanjeev Gupta. Várias organizações da capital, como o Gandhi Smriti e o Museu Nacional Gandhi, organizaram exposições especiais sobre o pai da nação, a fim de sensibilizar os jovens aos ensinamentos do Mahatma e lembrar seu papel na luta

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branco, que reproduzem cenas de vida capturadas pelo famoso fotógrafo indiano Raghu Raí, são expostas ao lado da câmara de música que toca melodiosas composições clássicas e apresenta algumas imagens dos mestres da música indiana. Os retratos das famílias reais e dos monumentos históricos oferecem um olhar rápido sobre a colonização da Índia. A seção dedicada à religião introduz o

para a Independência da Índia. O aniversário de nascimento de Mahatma Gandhi foi instituído como feriado nacional, Gandhi Jayanti, na Índia. A data é também comemorada no mundo inteiro como Dia Internacional da NãoViolência. Gandhi nasceu em 2 de outubro de 1869, em Porbandar, Gujarat e desempenhou um papel fundamental na luta da Índia pela independência. Foi assassinado em 30 de janeiro de 1948. hinduísmo, budismo, jainismo e islã, principais religiões do país, e apresenta objetos de arte e instrumentos de cada grupo. As histórias dos Marajás hindus, do Império Mogol (maior império muçulmano) e das colônias portuguesas e britânicas também são abordadas. Um vasto assentamento português existe ainda hoje no belo estado de Goa e, por isso, a Índia tem uma ligação mais próxima do que a esperada com a história do Brasil. A última seção da exposição aborda o tema do cinema indiano de ‘Bollywood’, nome dado à indústria de cinema de língua híndi, situada em Mumbai, antiga Bombaim. Bollywood produz um grande número de filmes a cada ano, superando a indústria cinematográfica norte-americana de Hollywood. A magnificência da exposição é enriquecida pela presença de maravilhosos objetos de bronze e terracota que remontam a 200 a.C. Muitas das peças expostas foram emprestadas por instituições privadas e museus da Índia, bem como da Alemanha, Suíça, Holanda e, até mesmo, do Museu Histórico Nacional de Rio de Janeiro. A entrada é gratuita para todos.


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NOTÍCIAS DA

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o participar da Reunião dos Ministros das Finanças do G20, organizada em 14-15 de outubro na França, o Ministro indiano Pranab Mukherjee solicitou a troca de informações entre os diferentes países para lutar contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo. Exortou os membros do G-20 a começar a trocar, de forma automática e voluntária, informações financeiras e bancárias coletadas no passado para apurar os crimes econômicos.

Texto do discurso do Ministro indiano das Finanças, Pranab Mukherjee, na Reunião do G-20, em 14 de outubro Excelentíssimos Presidentes e Colegas, Meu colega canadense fez uma apresentação detalhada sobre o Framework. Também ouvimos o relatório do FMI sobre o estado da economia global e dos mercados financeiros. O anteprojeto de Plano de Ação de Cannes deve ser analisado no contexto destas apresentações. Por isso, vou limitar minha intervenção a três questões importantes que, em minha opinião, podem ajudar a focar nossas discussões. Primeiro, é importante encontrarmos um bom equilíbrio entre as questões políticas de curto prazo, longo prazo e as opções possíveis para recuperar rapidamente a confiança do mercado. Durante recente reunião em Washington D.C., cresceu o sentimento de que a economia mundial tinha caído numa zona de turbulência, reminiscência do pânico desencadeado pelo colapso de Lehman Brothers. Há receios de que seja interrompida até mesmo a fraca recuperação econômica que atravessam as economias avançadas. A taxa de emprego das economias avançadas nunca se recuperou completamente dos níveis da crise de 2008. Relativamente robusta, a retomada econômica, registrada nas economias emergentes, também começa a vacilar. Os mercados financeiros, que nunca se recuperaram totalmente da crise precedente, sofrem novamente um forte estresse financeiro. A crise atual tem sido incremental, por natureza, com uma série de choques locais que afetaram a economia global. Tudo isso aconteceu apesar do uso agressivo dos instrumentos de política fiscal e monetária e de nossa determinação coletiva para manter os mercados abertos. Isso é motivo de grande preocupação. Daqui para frente, temos opções limitadas para lidar com a situação de emergência. O Framework foi projetado numa época em que a recuperação global se tornava mais sólida e nossa atenção estava voltada para o reequilíbrio da economia global, visando tornar a recuperação mais forte e sustentável a médio e longo prazo. A recuperação foi devida a uma forte dose de estímulos fiscais e monetários, que foram difíceis de retirar logo após. Apesar das preocupações manifestadas em Toronto sobre os desequilíbrios fiscais, o foco em Seul foi nos desequilíbrios externos. Analisando retrospectivamente a situação, não prestamos então a devida atenção para os desequilíbrios internos, ou seja, a transferência da demanda do setor público para o setor privado. Os indicadores atuais mostram que diminuíram o consumo privado e a confiança dos investidores. Essa desconfiança atual nos obriga a transferir parte de nossa atenção para questões de curto prazo no Plano de Ação, embora ainda tenhamos que resolver dese-

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quilíbrios estruturais. Precisamos mandar um claro sinal, embora nossas opções hoje sejam muito limitadas. Por um lado, os mercados estão receosos com o aumento das dívidas públicas e a ausência de crescimento econômico, que é uma questão de longo prazo. Por outro lado, as fortes injeções de liquidez dos bancos centrais parecem ter feito pouco para estimular o crédito e os empréstimos até agora. Em vez disso, observamos as conseqüências prejudiciais dessa crise sobre os preços dos ativos e commodities que intensificaram a inflação nos mercados emergentes. Em segundo lugar, uma vez que as recentes crises globais surgiram nas grandes economias, o foco da reforma estrutural foi voltado para as economias sistemicamente importantes. Precisamos agora reconhecer que os desequilíbrios, mesmo em economias relativamente pequenas, podem ser ampliados pela integração dos mercados financeiros, especialmente através de mecanismos como as uniões monetárias. O perigo real para a economia global está no contágio rápido da crise devido à integração dos mercados financeiros mundiais. Parece assim estranho que o foco do G-20 permaneça nas mesmas grandes economias, enquanto a periferia da zona Euro se revela mais importante sistemicamente. O processo de

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reforma terá de enfrentar a realidade de grandes desequilíbrios, em economia pequena, membro de união monetária que tem o poder de desestabilizar a economia global. Nosso Plano de Ação deve encontrar uma maneira de resolver esta questão. Em terceiro lugar, vale a pena examinar se precisamos dar mais ênfase ao elemento de crescimento de nossa reforma atual. O relatório do Banco Mundial intitulado ‘Equilíbrio, crescimento e desenvolvimento: uma agenda interligada’ sugeriu que o recente desaquecimento da economia mundial exige que o G-20 preste novamente atenção no crescimento. Concordo com a opinião do banco e estou convencido de que o reequilíbrio desejado será difícil de ser atingido e mantido se o crescimento for vacilante. Neste ponto, talvez a economia mundial esteja em melhor posição do que na década de 1930. Na época da Grande Depressão, o crescimento da economia mundial era totalmente dependente dos países industrializados, abastecidos em matérias-primas pelas colônias. Estas últimas eram totalmente dependentes da demanda dos primeiros. Ambas as economias avançadas e as colônias, portanto, recuaram juntas. A situação hoje é diferente. As antigas colônias se tornaram mercados emergentes, vivendo suas próprias

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bem-sucedido foguete indiano PSLV (Veículo Lançador de Satélite Polar) superou todas as expectativas de lançamento de satélites dos últimos 50 anos e colocou em órbita quatro satélites. O foguete PLSV-C18, lançado no espaço às 11 horas da plataforma de lançamento de Sriharikota (Andhra Pradesh), carregava o satélite franco-indiano Megha-Tropiques (1.000 kg), destinado aos estudos climáticos da zona tropical. O veiculo espacial também lançou três outros pequenos satélites, com um peso total de 42,6 quilos. Desde que a Organização de Pesquisa Espacial Indiana (ISRO) introduziu o foguete PSLV em 1993, 49 satélites (23 indianos e 26 estrangeiros) foram colocados em órbita. O número subiu agora para 53. Maior fonte de faturamento da ISRO, o PSLV é um lançador de quatro estágios com propulsores alternativamente sólidos e líquidos. Os primeiro e terceiro estágios

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revoluções industriais com desenvolvimento rápido da demanda interna. Embora não possam se dissociar totalmente de um mundo integrado, os mercados emergentes se tornaram os principais motores do crescimento mundial. É a principal razão pela qual o mundo continuou a crescer, apesar da recessão que se instalou nos países avançados. Para elaborar o Plano de Ação a ser examinado pelos responsáveis políticos em Cannes, acreditamos que o reequilíbrio da demanda global não deva enfraquecer o ritmo de crescimento das fontes de demanda nos países emergentes, ao contrário, ele deve ser fortalecido. Nesse contexto, gostaria de reiterar a sugestão, feita pelo Primeiro Ministro na Cúpula de Seul: devemos aproveitar os desequilíbrios globais para corrigir os desequilíbrios de desenvolvimento. Se for preciso aumentar a demanda mundial para compensar a desaceleração nos países industrializados, talvez seja melhor expandir os investimentos na infraestrutura das economias em desenvolvimento. Esta sugestão pode ser aplicada no aumento do investimento em infra-estrutura em geral, impulsionando o fluxo de tecnologia para os países em desenvolvimento, que por sua vez, podem estimular a produção e o crescimento da produtividade em ambos os países avançados e em desenvolvimento. Permitam-me ainda acrescentar que a evasão fiscal e os fluxos ilícitos de capital colocam sérios desafios à economia mundial e às receitas fiscais dos países, destinadas a financiar o desenvolvimento. Um crescimento forte e sustentável requer uma administração fiscal eficaz, tanto em nível nacional como em termos de cooperação entre os países. Precisamos iniciar trocas automáticas de informações para melhorar o cumprimento fiscal, numa base voluntária com os países parceiros e, em seguida, instar também os outros países a fazer o mesmo. Precisamos igualmente trocar informações bancárias coletadas no passado e cooperar na arrecadação de impostos. Debateremos estes e outros assuntos relacionados na sessão de amanhã, mas abordei o tema hoje, pois acredito que deva ser um dos resultados de Cannes. Muito obrigado.”

#+ % são impulsionados por combustível sólido e o segundo e o quarto estágios por combustível líquido. A ISRO desenvolveu três variantes do PSLV. A primeira versão padrão, que pesa cerca de 290 toneladas, possui seis motores auxiliares de 11,3 metros de comprimento e uma capacidade de combustível de nove toneladas. Há duas outras versões: a PSLV Core Alone com seis motores auxiliares e a PSLV-XL com motores auxiliares de maior comprimento (13,5 metros) e capacidade de combustível de 12 toneladas de combustível sólido. Os três pequenos satélites que foram lançados pelo PSLV-C18 são: o satélite SRMSAT (10,9 kg) construído pelos alunos da Universidade SRM (Chennai); o satélite Jugnu (3kg) do Instituto Indiano de Tecnologia de Kanpur (IIT-K) e o satelite VesselSat LuxSpace (28,7 kg) do Luxemburgo, destinado à localização de navios em alto mar.


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o dia 2 de outubro, foi celebrado o dia do aniversário (Jayanti) de Gandhi em frente à estátua de Gandhi, no espaço Gandhi, Parque Ibirapuera em São Paulo. Participaram do evento membros do Consulado Indiano, pessoas da comunidade indiana no Brasil e convidados brasileiros que prestaram homenagem ao Mahatma (Grande Alma). A cerimônia foi organizada em parceria com a ONG Palas Athena, dirigida pela Dra. Lia Diskin, eminente discípula de Gandhi no Brasil. O Secretário para o Meio-Ambiente da Municipalidade de São Paulo, Dr. Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho, assistiu à cerimônia. Criada há 30 anos, a associação Palas Athena realiza anualmente uma semana em homenagem a Gandhi. Neste ano, em 4 de outubro, foi apresentado um programa cultural no Museu de Arte Moderna de São Paulo, com o patrocínio do Consulado Indiano. A Consulesa Geral em exercício, Abhilasha Joshi, e a Dra. Lia

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Diskin fizeram um discurso ao público reunido, seguido de um breve espetáculo do famoso ator João Signorelli. Um livro ilustrado em português sobre a vida de Mahatma Gandhi foi distribuído aos con-

US$ 2,50 ao mês, caso o governo subsidiasse o restante? Será que o Instituto seria capaz de criar um tablete simples para ensinar inglês ou matemáticas à distância, ou simplesmente acompanhar os preços das commodities por menos de US$ 50, incluindo o lucro do produtor? A resposta foi sim. No mês passado, a equipe de Kalra — liderada por dois professores de engenharia elétrica, um dos quais nasceu numa pequena aldeia sem eletricidade — apresentaram o tablet Aakash. Aakash significa céu em hindi. O tablet roda o sistema Android 2.2, com tela sensível ao toque, bateria de 3 horas de autonomia e capacidade de baixar vídeos do Youtube, arquivos Pdfs e software educacional com o Virtual Labs. O

governo deve subsidiar as conexões sem fio para os estudantes. Se os indianos pudessem comprar os tablets produzidos no Ocidente, os preços seriam tão elevados que não existiriam aqui, diz Kalra. Portanto, tivemos que reduzir significativamente o preço. Aproveitaram o mundo hiperconectado de hoje: adquiriram componentes na China e na Coreia do Sul, usaram softwares e instrumentos colaborativos de fontes abertas e lançaram mão das instalações de duas empresas ocidentais — DataXind e Conexant Systems — e da empresa indiana Quad. O tablet Aakash abre um raio de esperança para que a Índia aproveite essa tec-

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November 12, 2011 (O texto acima expressa as opiniões pessoais do autor)

Para ler o texto completo, acesse http://www.nytimes.com/2011/11/13/opinion/sunday/friedman-the-last-person.html

— Luiz Antonio da Rocha Andrade, Professor de Geografia na Escola de Educação Básica Dr. Paulo Fonte, Florianópolis, Santa Catarina.

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=&.$' * --) xiste um conceito na área de telecomunicações chamado ‘a última milha’, em referência à parte de qualquer sistema telefônico que é mais difícil de conectar à rede — desde os cabos principais até às casas das pessoas. Prem Kalra, diretor do novo Instituto Indiano de Tecnologia do Rajastão, uma das melhores instituições indianas de ensino superior, fez com que a instituição se dedicasse a superar um novo desafio: conectar ‘a última pessoa’. “Como vamos alcançar essa última pessoa?”, me perguntou Kalra durante a visita que fiz ao campus dessa universidade em Jodhpur, no deserto oriental do Thar. Na visão dele, a ‘última pessoa’ é o indivíduo mais pobre da Índia. A questão que preocupa Kalra é: “Será que a pessoa mais pobre da sociedade indiana pode conquistar um pouco mais de poder, se receber instrumentos simples possibilitando adquirir as qualificações suficientes para superar a pobreza?” Isso é um grande desafio num país onde 75% da população vive com uma renda diária de menos de US$ 2. Foi por esta razão que, há um ano, o Ministério de Desenvolvimento dos Recursos Humanos da Índia apresentou uma proposta desafiadora que somente Kalra e o Instituto de Tecnologia decidiram aceitar: alguém seria capaz de desenhar e produzir um tablete no estilo do iPad, porém bastante simplificado, com conexão à Internet sem fio, de forma que uma família indiana pobre fosse capaz de pagar o aparelho, em um ano, com prestações de cerca de

o Brasil, o olhar que temos da Índia é uma olhar parcial e ele nasce nos primeiros anos de escola. No ensino de história, relatos das grandes navegações, alguns um tanto poéticos, repletos de personagens europeus, são transmitidos às crianças. Fica de fora a história das antigas civilizações hindu. Estudamos a independência indiana sem conhecermos as raízes culturais do seu povo. Sobre os grandes pensadores, aprendemos sobre personagens da filosofia ocidental clássica como sendo a única fonte de filosofia. Pensadores da Índia antiga, quando muito, são reduzidos a sábios místicos, portadores de provérbios de auto-ajuda. O ensino das civilizações antigas é a história e filosofia dos europeus. Conhecemos a Índia não pela sua rica história, mas porque Alexandre "o Grande" chegou lá na sua aventura expansionista. O ensino religioso, que já foi obrigatório, nos fala sem propriedade da “vaca sagrada” e do sistema de castas. O ensino de geografia concentra-se no estudo demográfico, sem qualquer relativismo cultural. É enfatizado o embate entre a tradição religiosa e controle de natalidade. Devemos deixar que a Índia fale por ela. Longe das escolas, praticantes de yoga e movimentos religiosos são fontes de conhecimento místico e preservam antigos cultos. Propagam a imagem milenar e secular da Índia. Cultivam a Índia do período védico, uma Índia que talvez já não exista para muitos indianos. Fica no imaginário ocidental a Índia da literatura védica e dos grandes épicos. Um leve engano, mas justificável diante da riqueza espiritual que abunda no Oriente e se faz escassa no lado de cá. Não há dúvida de que o mundo está redescobrindo a Índia. Ela já foi descoberta na antiguidade e agora a sua redescoberta acontece em função da globalização. O mundo ainda se encanta com sua yoga, com sua medicina ayurvédica, com seus mantras, com sua dança, com sua música e com sua culinária. Mas ao lado disso, estamos descobrindo a Índia da modernidade, das tecnologias, a Índia da produção cinematográfica e a Índia da economia de mercado. Os tempos mudaram e novos meios de comunicação e informação estão rompendo velhas barreiras. Não podemos mais ensinar nossas crianças a Índia a partir da visão eurocêntrica. Devemos ouvir a Índia por ela mesma, narrada pelos seus filhos.

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vidados. Alguns exemplares foram distribuídos à Fundação Casa, uma organização ligada a jovens excluídos, para difundir a mensagem de paz e não-violência de Gandhi. nologia e forneça a 220 milhões de estudantes um instrumento com o qual poderão superar a pobreza e as deficiências do sistema educativo, mesmo que isso represente um desafio aos produtores dos países avançados. Falando em esperança, fiquei surpreso com a história que Urmila, esposa de Kalra, contou a respeito de uma conversa que teve com a empregada doméstica, depois da apresentação do Aakash, em 5 de outubro. A empregada, que tem dois filhos, comentou: “o porteiro que trabalha à noite disse que o senhor Kalra criou um computador muito barato, tão barato que até ela mesma poderia comprá-lo. O porteiro deu a ela uma foto recortada no jornal e a empregada perguntou se a história era verdade". Urmila disse que sim e que a máquina era exatamente para pessoas sem condições de comprar um computador maior. A empregada perguntou: “Quanto vai custar?” Eu respondi: “Cerca de INR 1.500” (US$ 30). Ela indagou: “15.000 ou 1.500?” Eu disse: “INR 1.500”. Ela tinha certeza que se o governo fizesse algo de bom para os pobres, haveria algo para desconfiar. “O que é possível fazer com o aparelho?”, perguntou ela. Urmila respondeu: "se sua filha for à escola, poderá usálo para fazer download de vídeos e aulas”, da mesma forma que meu filho baixa suas aulas de física todas as semanas do M.I.T. [OpenCourseWare]. — Thomas L. Friedman, The New York Times,

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governo apresentou o anteprojeto de regulamento do setor de telecomunicações que determina as regras referentes à liberdade de roaming, transparência de alocação de frequências, estratégias de cobertura de zonas rurais, aumento de velocidade de banda larga e novas opções de financiamentos das operadoras. O Projeto Regulamento Nacional de do Telecomunicações 2011 foi divulgado no site oficial do Ministério do Desenvolvimento dos Recursos Humanos e da Tecnologia da Informação e Comunicação. O Ministro Kapil Sibal também prometeu uma nova lei sobre alocação e uso de bandas de frequências. Nesta perspectiva, o Ministro afirmou que o novo regulamento pretende desvincular as licenças concedidas aos prestadores de serviços da atribuição das freqüências radio, ou seja, será necessário adquirir as bandas de freqüências em leilão ou compartilhá-las com empresas já existentes. O Ministro Sibal acrescentou que o projeto final será apresentado em dezembro, após consultas das partes interessadas e da sociedade civil. O Ministro disse ainda que a tônica geral da proposta era enfatizar a necessidade de adotar uma tecnologia durável que possa superar os problemas existentes em educação, saúde, geração de empregos, inclusão financeira e outras áreas. Disse que a NTP-2011 pretende criar um quadro regulamentar para dar respostas a essas questões e melhorar a vida de todos os cidadãos. Ao formular diretrizes e objetivos claros, a NTP-2011 tenciona criar um ambiente favorável aos investidores para

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Ministro do Desenvolvimento dos Recursos Humanos e da TI e Comunicação, Kapil Sibal, apresentou o anteprojeto de plano diretor do setor eletrônico em Nova Delhi, no dia 3 de outubro. Em seu discurso, o Ministro Sibal afirmou que os equipamentos eletrônicos e as tecnologias de comunicação e informação (ICTE em inglês) tinham capacidade para traçar os futuros contornos da economia, da sociedade e do governo indiano. Seriam o exemplo perfeito do que a sociedade indiana, jovem, moderna e reformada, é capaz de realizar. O Ministério da Tecnologia da Informação e Telecomunicações está formulando um conjunto de três políticas, interdependentes e coordenadas, para os setores de tecnologia da informação, telecomunicações e produtos eletrônicos, disse Kapil. A proposta do Plano Nacional do Setor Eletrônico 2011 visa a criação de uma indústria competitiva de design e fabricação de sistemas eletrônicos (ESDM em inglês), incluindo as nanotecnologias para atender a demanda do mercado nacional e internacional. Até 2020, o projeto prevê um faturamento de US$ 400 bilhões, por um investimento de US$ 100 bilhões. Há previsão de que o setor da concepção de chips e sistemas baseados em chip movimente US$ 55 bilhões no mercado interno e US$ 80 bilhões nas exportações. O plano diretor do setor eletrônico também visa garantir 28 milhões de empregos no setor até 2020.

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que o setor capte mais recursos financeiros e, além disso, gere mais empregos em vários segmentos, disse ele. “As telecomunicações se tornaram um motor essencial do desenvolvimento econômico e social e, num cenário mundial de demanda crescente em conhecimento, a Índia deve desempenhar um papel importante,” disse Sibal, ao apresentar rapidamente o novo projeto. “A nova proposta visa garantir a liderança indiana no setor de telecomunicações e transformar o

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Aumentar a tele-densidade rural de 35% para 100% até 2020 Garantir banda larga sob demanda e acumular 600 milhões de conexões até 2020 Conceder licenças nacionais e eliminar encargos de roaming Liberar 500MHZ de espectro até 2020 para melhorar o serviço Transparência da alocação de espectro por meio de leilão Nova lei de espectro para resolver essas questões Concessão de estatuto de infraestrutura às operadoras para obter melhor financiamento Nova financiadora de projetos de telecomunicações Portabilidade do número de telefone móvel em todo o país Regras adequadas às empresas que deixam o setor de telecomunicações Novo fundo para promover a pesquisa e a fabricação nacional

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cenário socioeconômico do país por meio do crescimento rápido, justo e inclusivo, de serviços de telefonia, acessíveis e de qualidade, nas zonas rurais e isoladas”. Conforme declarou o Ministro, a nova política visa promover a convergência entre as atividades de telecomunicações, televisão e banda larga e reformar as normas existentes que segregam as operações em licenciamento, registro e mecanismos regulamentares. “A essência da reforma é seu efeito multiplicador e o impacto dos

serviços de telecomunicações sobre toda a economia. O projeto reconhece o importante papel do setor na agenda de desenvolvimento do país, particularmente, no que diz respeito à igualdade e inclusão. Também deixa claro que a prioridade da nova política é o desenvolvimento e não a arrecadação de dinheiro para o tesouro público. A geração de renda tem papel secundário,” concluiu o Ministro.

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Ministro do Desenvolvimento dos Recursos Humanos e da Tecnologia da Informação e Comunicação, Kapil Sibal, apresentou o Projeto do Plano Nacional de Tecnologia de Informação 2011, 10 de outubro. Na ocasião, o Ministro Sibal afirmou que a tecnologia da informação (TI) era uma peça fundamental da economia mundial cada vez mais voltada para o conhecimento, e que o bom desempenho indiano neste setor deve ajudar o país a tirar proveito de sua posição de liderança na TI. O Ministro acrescentou que a tecnologia da informação tinha a capacidade de transformar a sociedade indiana e oferecer enormes oportunidades econômicas. “Com investimentos na infraestrutura e medidas políticas adequadas, teremos a oportunidade de fortalecer e melhorar nossa participação no mercado global de TI. A introdução da TI em todos os setores do país vai transformar nossa economia nacional, promover a justiça social e melhorar rapidamente os índices de desenvolvimento humano da nação”, disse ele. O projeto de Plano Nacional de Tecnologia da Informação 2011 aposta num aumento das receitas do setor da TI, que devem passar de US$ 48 bilhões para US$ 300 bilhões até 2020. O Ministro também enfatizou a importante contribuição da TI à expansão da economia indiana, que registrou um taxa de 8% nos últimos dez anos. As exportações representaram 80% do faturamento total (US$ 88 bilhões) do setor em 2010-11. As recentes medidas políticas anunciadas pelo governo visam reduzir esse dese-

quilíbrio com o crescimento da demanda interna. O projeto estabelece diferentes incentivos fiscais e medidas de estímulo para atrair o investimento para grandes e médias cidades regionais. O setor indiano de TI emprega hoje mais de 2,5 milhões de

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profissionais qualificados. As prioridades do governo são o desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicação em todos os setores da economia indiana e o fornecimento de soluções informáticas para o mercado internacional.

Aumentar de US$ 88 bilhões para US$ 300 bilhões as receitas de TI em 2020. Criar incentivos fiscais e medidas de estímulo para atrair o investimento para grandes e médias cidades regionais. Promover pesquisas em tecnologias de ponta e desenvolver aplicativos em localização, serviços baseados em localização, serviços de valor agregado para dispositivos móveis, computação em nuvem, mídia social e serviço público. Conceder benefícios fiscais associados aos serviços de TI na produção de valor das PME e startups. Aproveitar as tecnologias da Internet e da telefonia móvel para desenvolver novos produtos, tecnologias e negócios. Integrar serviços de entrega, baseados em telefonia móvel e Internet, numa plataforma comum que permitirá a prestação de serviços governamentais e nãogovernamentais personalizados, seguros, generalizados e contínuos. Integrar sistema Aadhar (cadastro de pessoas físicas), serviços financeiros e localização GPS numa plataforma comum para estimular a inovação. Formar uma mão-de-obra adicional de 10 milhões de profissionais qualificados em tecnologia da informação e telecomunicações (TIC). Formar uma pessoa à internet em cada família. Ampliar o Plano Nacional de Governo Eletrônico e providenciar todos os serviços de governo eletrônico, dentro de prazos pré-estabelecidos determinados nas diretrizes da Lei dos Serviços de Entrega Eletrônica. Aumentar a transparência, responsabilidade, eficiência, segurança e descentralização do governo, particularmente nos serviços públicos. Aproveitar a TIC como fator de transformação social nos setores de educação, saúde, desenvolvimento rural e serviços financeiros para promover justiça e qualidade de vida. Permitir o acesso a conteúdo e aplicativos TIC a pessoas com competências diferenciadas de modo a acelerar o desenvolvimento inclusivo.


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ientistas indianos anunciaram que vão desenvolver um ‘nariz eletrônico’ capaz de detectar tuberculose no hálito dos pacientes, oferecendo uma possibilidade de diagnóstico rápido para salvar a vida de centenas de milhares de pessoas. O dispositivo portátil, operado por bateria e chamado ‘E-Nose’, é similar aos bafômetros da polícia, usados para flagrar motoristas embriagados. O paciente sopra no equipamento e os sensores captam os biomarcadores de tuberculosenas nas gotículas de saliva e permitem um diagnóstico quase instantâneo e muito preciso da doença. O nariz eletrônico foi desenvolvido em parceria pelo Centro Internacional de Engenharia Genética e Biotecnologia de Nova Delhi e pela companhia californiana Next Dimension Technologies. “Esperamos completar um protótipo para testes clínicos em outubro de 2013”, declarou o pesquisador Ranjan Nanda. A cada ano, a tuberculose mata 1,7 milhão de pessoas no mundo e os cientistas apostam que o nariz eletrônico pode salvar 400 mil vidas ao ano, nos países em desenvolvimento, graças a um diagnóstico precoce e à conseqüente redução das transmissões. Hoje, a doença é detectada com testes de secreções que são caros e demoram vários dias. O projeto recebeu US$ 950.000 da Fundação Bill e Melinda Gates e de Grands Challenges Canada, organização sem fins lucrativos que trabalha em questões de saúde no mundo em desenvolvimento. “Nossa pesquisa também demonstrou que essa tecnologia é capaz de detectar outras doenças pulmonares como o câncer do pulmão,” disse o pesquisador indiano à AFP. Cada ‘nariz eletrônico’ custará de 20 a 30 dolares. O tamanho do aparelho e a autonomia da bateria tornam o equipamento acessível às comunidades rurais com distribuição limitada ou inexistente de eletricidade, como é o caso na Índia. A cada dia, cerca de 1000 pessoas morrem de tuberculose no mundo e a Índia lidera o número de vítimas. “Nosso objetivo é fazer com que o nariz eletrônico seja facilmente obtido pelas comunidades pobres e remotas, onde se propaga a tuberculose que devasta tantas vidas”, disse Nanda. A tuberculose é uma infecção bacteriana contagiosa que se propaga pelo ar. Se a doença não for tratada, cada pessoa com tuberculose ativa pode infectar entre 10 e 15 pessoas por ano, informa a OMS.(O texto acima expressa as opiniões pessoais do autor) AFP via The Australian, November 08, 2011.

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o dia 7 de novembro, a Índia conquistou o título de ‘Melhor Destino Mundial’ de turismo na ocasião do World Travel Market 2011. O país também ganhou o prêmio de ‘Melhor Conselho de Turismo’. O Ministro indiano do Turismo, Subodh Kant Sahai, que recebeu o prêmio das mãos de Graham E. Cooke, fundador e presidente de World Travel Awards, anunciou que cinco milhões de turistas já tinham visitado a Índia neste ano e que o objetivo do governo era atrair cinco milhões de visitantes suplementares nos próximos dois ou três anos. Isso deve gerar 25 milhões de empregos. Subodh Sahai afirmou que a Índia estava determinada a alcançar o sucesso, apesar do desenvolvimento tardio do turismo no país. Os esforços para impulsionar o turismo incluem a retirada das restrições de visto de entrada, que impedem os turistas de revisitar o país num intervalo de dois meses, após a primeira visita. “O problema está sendo resolvido”. Sahai disse que o objetivo é aumentar de 0,6% para 1% — um bilhão de passageiros — a fatia indiana

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nas chegadas de turistas internacionais, até o final de 2016. “O setor do Turismo será reconhecido como um setor de infraestrutura. Precisamos de dois milhões de quartos de hotel para hospedar esses cinco milhões de turistas suplementares. O desenvolvimento

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funcionário do Ministério da Aviação Civil. De acordo com o funcionário, a instalação de um sistema de pouso por instrumento (ILS), que permite operações de pouso e decolagem à noite, foi um dos principais argumentos a favor da autorização para vôos internacionais. “Apesar das dificuldades ainda não foram superadas, como o terminal e o estacionamento, os problemas mais importantes de pouso à noite e de serviços de emergência foram solucionados pela Autoridade Aeroportuária da Índia. Esperamos que as obras continuem para tornar o aeroporto um hub turístico de nível mundial.

*) elétrica também será duplicada para atingir 2000 megawats. "Considerando as tendências atuais, uma meta de 10.000 megawatts é viável", afirmou Bhargava. A capacidade indiana de geração de energia solar chegou a 125 megawatts no final de outubro deste ano, disse ele. Isso representa mais do que o dobro dos 50 megawatts instalados em junho. Terceiro maior consumidor de energia da região asiática, o país oferece excelentes oportunidades aos fabricantes de

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painéis solares, numa conjuntura de desaceleração e queda de margens. As empresas que desenvolvem projetos de geração de energia solar na Europa, o maior mercado mundial de energia solar, não conseguem atualmente os financiamentos bancários para construir novas usinas solares. A demanda recuou 10% aquém das expectativas, disse Ole Enger, diretor executivo de Norway's Renewable Energy Corp Ole Enger. Na Índia, a demanda de desenvolvimento de usina solar ultrapassou mais de sete vezes a capacidade ofer-

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da infraestrutura turística será financiado pelo governo central e os estados, seguindo o modelo de participação público-privada”, disse ele. — Hasan Suroor (O texto acima expressa as opiniões pessoais do autor) The Hindu, 9 de novembro de 2011.

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número de turistas estrangeiros deve disparar na cidade do Taj Mahal neste inverno, após a aprovação pelos Ministérios indianos da Defesa e da Aviação Civil da liberação dos vôos internacionais no aeroporto Kheria, base da Força Aérea da Índia. O executivo Rajiv Tiwarin declarou: O Ministro e o Secretário da Defesa tomaram uma decisão positiva e autorizam agora os vôos charter a usarem a pista de decolagem. Enviamos também outras propostas para dar mais conforto aos passageiros e construir um corredor seguro para a pista de aviação da Força Aérea.” Apesar de críticas repetidas contra a falta de conectividade aérea e as múltiplas restrições, o aeroporto Kheria já recebeu mais de 800 vôos charters no ano passado, de acordo com o diretor do aeroporto Kuldip Singh. O número de turistas em Agra ultrapassou cinco milhões. O Ministério da Aviação Civil afirmou que o aeroporto de Agra atende a todos os pré-requisitos técnicos e industriais exigidos para a autorização de operações internacionais. “O Ministério analisou vários pontos técnicos e questões industriais antes de conceder a autorização,” confirmou um alto

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Índia espera ter uma capacidade instalada em energia solar de 10 gigawatts até 2017, duas vezes mais do que previsto, devido à aceleração da produção industrial. O Ministério das Energias Novas e Renováveis planeja conceder licenças para centrais de energia solar interligadas à rede elétrica para instalar uma capacidade de 10 mil megawatts, superando a meta inicial de 4.000 megawats, anunciada na Conferência de Hyderabad. A meta para centrais solares não-conectadas à rede

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O Ministério da Defesa, que aprovou os vôos charter planejados, rejeitou a sugestão de adiar as obras e trabalhos de manutenção das pistas de pouso, incluindo a maior de todas que permite o pouso de grandes aviões. Fontes da Força Aérea anunciaram a conclusão das obras até o final de março. O setor do turismo em Agra afirmou que, com a mudança, haverá mais de 10 milhões de turistas por ano na cidade do Taj Mahal. “Se fosse contabilizar os ingressos gratuitos, os menores de 15 anos e os devotos que rezam nas sextas-feiras, no dia do aniversário da morte de Shah Jahan e nos outros feriados, o número de visitantes poderia chegar a 10 milhões,” disse Sandip Arora, ex-presidente da Associação dos Restaurantes e Hotéis de Agra. “Se analisarmos objetivamente a questão, não é oportuno para os turistas estrangeiros pousarem no aeroporto de Palam e perderem a metade do dia para ir à Agra por via terrestre. Se o turista chegar diretamente ao aeroporto Kheria, situado a apenas 10 quilômetros do Taj Mahal, ele vai economizar tempo e dinheiro e, talvez, visitar outros monumentos além do Taj Mahal,” afirmou o gerente de hotel em Agra, Surendra Sharma.

! ta nos leilões indianos, disse Bhargava. O Ministério recebeu 218 pedidos para construir uma capacidade de geração de 2.500 megawatts. O Ministério deve atribuir apenas 350 megawatts no segundo leilão encerrado em novembro. Os vencedores da rodada devem assinar os acordos de comercialização de energia, até o final de dezembro para concluir as obras até janeiro de 2013. — Natalie Obiko Pearson (O texto acima expressa as opiniões pessoais do autor) Bloomberg, November 10, 2011


6 NOTÍCIAS Indianas

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o dia 5 de outubro, visando terminar com a divisão digital do país, a Índia lançou Aaakash, o tablet mais barato do mundo, no valor de INR 2.250. Cerca de 100.000 estudantes indianos terão um melhor acesso ao mundo digital, graças a este dispositivo. Desenvolvido pelo Instituto Indiano de Tecnologia (IIT) do Rajastão e a empresa britânica de tecnologia da informação DataWind, o tablet Aakash suporta conexões e serviços internet via tecnologia Wifi. O tablet será fornecido aos estudantes indianos com o preço subsidiado pelo governo indiano de US$ 23 por unidade. O governo quer reduzir ainda mais o preço do dispositivo em até US$ 10, declarou o Ministro indiano do Desenvolvimento dos Recursos Humanos e da Tecnologia da Informação e Comunicação, Kapil Sibal. “Aakash vai criar uma mudança de paradigmas na educação” enfatizou o Ministro Sibal. O dispositivo beneficiará não apenas os estudantes indianos, mas também os estudantes de todo o mundo, acrescentou. Os coordenadores do projeto afirmaram que esse dispositivo de baixo custo deve permitir que os alunos das áreas rurais acessem a tecnologia digital do século 21. “Diziam que era impossível fazer isso com a mão-de-obra indiana na Índia. Aceitamos o desafio e conseguimos,” disse Suneet Singh Tuli, Diretor Executivo de DataWind. O Diretor do IIT do Rajastão, Prem Kalra, afirmou que os estudantes participaram do projeto de protótipo de dispositivo móvel de baixo custo. O Aakash roda o sistema Android 2.2 e apresenta uma tela sensível ao toque de sete polegadas, wifi e pode servir como E-book para fornecer acesso a material didático e pesquisas on-line. Os dispositivos móveis semelhantes, lançados por outros fabricantes, são vendidos por mais de INR 11.000 no mercado indiano. O Ministro Sibal comentou que o desafio era agora a criação de conteúdo de qualidade por profissionais informáticos. Lançou um apelo à indústria do hardware para produzir o dispositivo em parceria com o governo indiano. Paralelamente, DataWind, que produz

Índia

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o Aakash, anunciou o lançamento, em novembro, da versão comercial do produto no mercado indiano. Conforme declarou Tuli, o preço do modelo de varejo será maior, mas ele se recusou a dar mais detalhes. “O preço será um pouco mais alto, mas ainda muito competitivo em relação a todos os outros tablets vendidos no mundo inteiro.” O objetivo da empresa é uma base de 100.000 novos clientes por mês para a versão comercial do tablet. "Esperamos uma média de cerca de 100.000 clientes por mês para o tablet que será vendido entre INR 2.000 e INR 3.000”, disse ele. Tuli acrescentou que a fábrica de DataWind em Hyderabad deve aumentar a capacidade de produção de 21.000 unidades para cerca de 100.000 unidades por mês. A empresa também procura um sitio alternativo de produção. Ao comentar o potencial de exportação do computador, Tuli disse: “É claro que é um ótimo produto. Nossa prioridade é torná-lo disponível na Índia e, em seguida, no mundo inteiro.” A empresa manifestou o desejo de comercializar um novo tablet, por cerca de US$ 10, com mais componentes locais.

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“Precisamos de mais componentes locais. Dado o aumento previsto da produção, acreditamos que os fabricantes indianos de componentes aproveitarão a oportunidade para ajudar a reduzir os preços. Cerca de 35% dos componentes eletrônicos do tablet são produzidos na Coreia do Sul, 25% na China, 16% nos Estados Unidos, 16% na Índia e o restante em outros países. Executivos da empresa afirmaram que a versão para estudantes será comercializada em parceria com a operadora indiana de telefonia móvel Aircel, que fornecerá os cartões Sim que permitem o acesso à Internet pela rede 3G. O projeto Aakash faz parte da ‘Missão Nacional para Educação via Tecnologia da Informação e Comunicação’ (NME-ICT em inglês), lançada em fevereiro de 2009 pelo Ministério do Desenvolvimento dos Recursos Humanos, com orçamento de INR 461 bilhões. A Missão Nacional para Educação é composta de 48 diferentes componentes, baseados basicamente na elaboração de conteúdo, acessibilidade e desenvolvimento de dispositivos eletrônicos de baixo custo para acessar o mundo digital.

ara aproveitar o melhor da ciência internacional na área da segurança alimentar e tornar o país um centro de produção agrícola para a região sul-asiática, o governo indiano anunciou em 5 de outubro a criação de três institutos Borlaug. No dia 30 de dezembro, o gabinete do governo indiano aprovou a proposta do Ministério da Agricultura e do Departamento de Pesquisa e Educação Agrícola para autorizar a implantação, pelo Centro Internacional de Melhoramento de Trigo e Milho (CIMMYT), de um Instituto Borlaug da Ásia do Sul (BISA em inglês) com centros em Ludhiana (Punjab), Pusa (Bihar) e Jabalpur (Madhya Pradesh). O BISA será dotado de personalidade jurídica internacional no âmbito da Convenção sobre Imunidades e Privilégios das Nações Unidas de 1947.

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este inverno, o número de turistas estrangeiros deve disparar na cidade do Taj Mahal, após a aprovação da liberação de vôos internacionais no aeroporto Kheria, uma base da Força Aérea da Índia, pelos Ministérios indianos da Defesa e da Aviação Civil. Apesar das críticas quanto às restrições e à falta de conectividade aérea, o aeroporto Kheria de Agra recebeu mais de 800 aviões-charters no ano passado, de acordo com o diretor do aeroporto, Kuldip Singh. O número de turistas em Agra ultrapassou cinco milhões. O Ministério da Aviação Civil afirmou que o aeroporto atende a todos os prérequisitos técnicos e industriais necessários para a autorização de operações internacionais. “O Ministério analisou vários pontos técnicos e questões industriais antes de conceder a autorização,” confirmou um alto funcionário do Ministério da Aviação Civil.

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o discursar no Diálogo Ministerial sobre ‘Economia Verde e Crescimento Inclusivo’, a Ministra indiana do Meio-Ambiente e das Florestas, Jayanthi Natarajan, apelou para que os países possam elaborar suas próprias estratégias de desenvolvimento, de acordo com as prioridades nacionais e os respectivos níveis de desenvolvimento. O Diálogo foi organizado pelo Ministério do MeioAmbiente e das Florestas da Índia e a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. A Ministra lembrou alguns dos grandes princípios diretores que podem contribuir para conseguir um acordo e pôr em prática as linhas de ação. Reafirmou os princípios da conferência Rio+20, inclusive o princípio de responsabilidades comuns, porém diferenciadas.

A Ministra indiana defendeu a intensificação da cooperação internacional para acelerar o desenvolvimento sustentável, incluindo o acesso dos países em desenvolvimento a linhas de crédito adicionais e o combate ao protecionismo verde, em nome da economia verde. Ao comentar os recentes avanços indianos em matéria de economia verde, a Ministra Natarajan disse que havia três dimensões no processo de desenvolvimento: o rápido crescimento econômico com ênfase na infraestrutura e meios de vida, a prioridade à pluralidade e redução das disparidades sociais e a importância das preocupações ambientais nos programas e políticas setoriais”. Em relação às recentes medidas institucionais, políticas e legislativas tomadas pelo governo indiano, ela assinalou a ‘Lei de Direito do Acesso à Informação de

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2010’, que estabelece um tribunal verde para promover o acesso à justiça ambiental, e o ‘Plano Nacional de Ação sobre Mudanças Climáticas’ com oito missões temáticas, abrangendo áreas como energia solar, eficiência energética, agricultura sus-

tentável e conhecimento estratégico. A Ministra manifestou também preocupações em relação ao desafio do desenvolvimento de energias mais limpas, agravado pelo acesso limitado a tecnologias verdes com preço acessível.”


NOTÍCIAS DA

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TENDÊNCIAS Indianas 7

Índia

mercado indiano de transporte aéreo doméstico triplicou nos últimos cinco anos e tem o crescimento mais rápido no mundo, revela um relatório da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). A Índia é o nono maior mercado de transporte aéreo no mundo, revela o relatório ‘Indian Aerospace Industry Analysis’ da empresa global de pesquisa e análise de mercado RNCOS. A política de liberalização do transporte aéreo, adotada pelo governo indiano, atraiu muitas empresas estrangeiras e o setor está crescendo, tanto em termos de número de linhas aéreas como de aviões. Graças aos bons resultados, o mercado de aviação civil deve registrar uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de mais de 16% no período 2010-2013. O tráfego aéreo doméstico indiano ocupa a segunda posição mundial e só perde para o Brasil, de acordo com dados compilados pela IATA em junho de 2011. O mercado doméstico de tráfego aéreo subiu 14% na Índia, enquanto aumentou 15,1% no Brasil. As linhas aéreas nacionais continuam avançando com um ritmo elevado, registrando um aumento de 22,3% do tráfego de passageiros em julho de 2011. Os embarques nacionais e internacionais cresceram 18% anualmente e encerraram o ano de 2010 com 90 milhões de passageiros. Com a maior taxa de crescimento mundial, o mercado indiano de aviação deve ingressar no grupo dos cinco maiores mercados e ocupar a terceira posição em termos de mercado nacional, depois dos Estados Unidos e da China, em 2020. Em julho de 2011, as empresas aéreas indianas transportaram cinco milhões de passageiros, registrando um período de 11 meses consecutivos de crescimento de dois dígitos, de acordo com os dados da Direção Geral da Aviação Civil (DGAC), em 12 de setembro de 2011. Em julho de 2011, as companhias aéreas indianas transportaram 1,3 milhão de passageiros internacionais, um salto de 8,5% em relação ao ano anterior, segundo a DGAC. Os embarques de passageiros em vôos domésticos aumentaram 18,6%, acumulando 39,63 milhões de janeiro a agosto de 2011 contra 33,41 milhões no mesmo período do ano anterior. O setor deve ultrapassar a marca dos 450 milhões de passageiros domésticos até 2020. As frotas aéreas quadruplicaram nas últimas décadas. O número de aeronaves operadas em vôos nacionais e internacionais passou de 100 para 435 hoje. As companhias aéreas comerciais antecipam um lucro total de US$ 350-450 milhões para o exercício fiscal 2011-12, afirma o relatório 'Perspectivas do Setor

de Aviação', publicado pelo Centre for Asia-Pacific Aviation (CAPA). Há previsão de que a capacidade de transporte doméstico cresça 12-14% no mesmo período. A Índia assinou um Acordo Bilateral de Segurança Aérea (BASA) com os Estados Unidos. A partir de abril de 2012, as operações de controle do tráfego aéreo serão administradas por uma nova entidade. Hoje, é a empresa pública Airports Authority of India (AAI) que está encarregada dos aeroportos e da navegação aérea. O governo já aprovou várias medidas para reformar a infraestrutura indiana de transporte aéreo e vai apresentar novas iniciativas políticas para liberalizar o setor e incentivar parcerias público-privadas (PPP). O governo autoriza 100% de investimento direto estrangeiro (IDE) nos projetos de construção de novos aeroportos, sem qualquer aprovação prévia. Nos casos de aeroportos já existentes, os investimentos estrangeiros são limitados a 74% mediante aprovação direta e 100% mediante aprovação especial. Os investidores privados são autorizados a construir novos aeroportos co-merciais

com pistas exclusivas de pouso se for mantida uma distância de 150 quilômetros dos aeroportos existentes. Uma isenção total de impostos é concedida por dez anos. No segmento dos vôos charters, os limites máximos de investimentos sem aprovação prévia são de 49% para os estrangeiros e 100% para os indianos não-residentes (NRI). No transporte de carga e nos vôos não-programados, os investimentos diretos estrangeiros não podem ultrapassar 74%. A estatal AAI assinou um Acordo de Desenvolvimento e Gerenciamento das Operações com a empresa Delhi International Airport Ltd (DIAL) para administrar e desenvolver o Aeroporto Internacional Indira Gandhi (IGI). A abertura do novo Terminal 3 (T3) marcou o fim da primeira fase de obras de desenvolvimento do aeroporto IGI. A instalação recebe 34 milhões de passageiros ao ano (mppa) e tem capacidade para se tornar um hub internacional. AAI anunciou que buscará a autorização do governo para emitir US$ 1,04 bilhão em títulos de infraestrutura, destinados ao desenvolvimento de 15 outros aeropor-

O governo do estado do Maharashtra elaborou um vasto projeto, avaliado em cerca de US$ 18,05 bilhões, para melhorar a conectividade entre o Aeroporto Internacional de Navi Mumbai e o Aeroporto internacional de Mumbai. A primeira fase das obras será lançada em 2015. A estatal Air India receberá seu primeiro Boeing 787 Dreamliner no final de 2011, declarou Dinesh Keskar, presidente de Boeing India. A previsão do fabricante Boeing é de que a Índia receba 1.320 novos aviões, acumulando um valor total de US$ 50 bilhões nos próximos 20 anos. Air India vai aumentar a freqüência de vôos entre os países do Golfo Pérsico e a Índia, bem como inaugurar vôos diretos entre Mascate e três novos destinos no estado do Kerala, a partir do final de 2011. Mahindra Pvt Ltd (MAPL) vai investir US$ 59,37 milhões para construir uma nova fábrica de 12 hectares nos arredores de Kolar, 40 km de Bangalore. A empresa iniciará as operações de produção de componentes e subconjuntos dentro de 12-18 meses e, progressivamente, a produção de aeronaves, tanto na Índia como nos Estados Unidos.

tos no país. A estatal lançou recentemente um projeto de modernização de 35 aeroportos regionais e dois aeroportos internacionais, Kolkata e Chennai. O tráfego doméstico de passageiros vai continuar a crescer, somando 30% de vôos suplementares em outubro de 2011, em relação a outubro de 2010, com a maior taxa de crescimento do setor. Na temporada de inverno, o tráfego deve chegar a 14.750 vôos por semana, depois que as linhas aéreas aumentaram o número de rotas e horários domésticos, particularmente no sul da Índia. “O mercado das grandes e médias cidades regionais ainda não foi explorado pelas companhias nacionais", disse um executivo da companhia aérea Spice Jet. A estatal AAI já apresentou várias propostas

O mercado aeroespacial indiano, que deve encomendar cerca de 1.100 jatos comerciais nos próximos anos, num valor total de US$ 130 bilhões, vai se tornar um dois mercados mais lucrativos do mundo para os grandes fabricantes de aviões comerciais, revela um relatório da consultoria Deloitte Touche Tohamatsu. Referindo-se às recentes encomendas das empresas aéreas Indigo (180 Airbus A-320) e GoAir (72 Airbus A-320 Neo), o documento afirma que a Índia é o mercado aeronáutico com o maior crescimento no mundo. Um investimento de US$ 2,44 bilhões da empresa European Aerospace and Defence Systems (EADS) faz parte dos muitos projetos recebidos e aprovados pelo estado do Karnataka para a zona econômica especial (SEZ) de Bangalore. O governo estadual investiu US$ 3,02 bilhões para desenvolver um projeto de SEZ de 100 hectares, em Devanahalli, ao norte da cidade, disse o Vice Secretário da Infraestrutura, Manajula Geetha. A companhia aérea low-cost Indigo assinou um contrato de US$ 16 bilhões com Airbus para adquirir 180 aeronaves de corredor único. A oferta definitiva de compra de 150 aeronaves Airbus 320neo e 30 Airbus 320 continua, conforme o memorando de entendimento que foi assinado com o fabricante europeu em janeiro de 2011. SpiceJet encomendou uma nova frota de aeronaves Bombardier Q400 para operar suas linhas aéreas regionais, a partir de 21 de dezembro de 2011. SpiceJet tem a opção de encomendar 15 aeronaves Q400 Nextgen.

para aumentar a conectividade aérea das cidades menores. A aviação civil é um dos principais motores econômicos para impulsionar a prosperidade, o desenvolvimento e a geração de empregos. O país tem mantido investimentos importantes na infraestrutura aeroportuária, levando à construção de aeroportos de nível internacional que se tornaram o símbolo da prosperidade indiana. O crescimento de 18% do tráfego doméstico deve contribuir à criação de 2,6 milhões de empregos na próxima década, afirma Dr. Nasim Zaidi, Secretário da Aviação Civil. Segundo o Ministério da Aviação Civil, o novo plano Vison 2020 idealiza a construção de uma infraestrutura que possa atender 280 milhões de clientes. (Cortesia: India Brand Equity Foundation)


8 Viagem e TURISMO

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NOTÍCIAS DA

adakh é um dos lugares mais altos no mundo e continua a ser o melhor lugar para conhecer a verdadeira beleza dos Himalaias. Prensado ao norte entre as cadeias de montanhas de Karakoram e ao sul pelos Himalaias, Ladakh significa ‘terra dos passos altos’. A paisagem árida e montanhosa, com o rio Indus percorrendo um caminho sinuoso, possui mosteiros antigos, vilarejos pitorescos e um dos lagos mais espetaculares do mundo — o Pangong Tso. Todos estes aspectos fazem com que o Ladakh seja uma experiência única. Após passar um dia se aclimatando com a altitude do Ladakh, meu amigo e eu estávamos ansiosos para começar a viagem de 160 km entre Leh, a principal cidade do Ladakh, e Pangong Tso, o lago mais alto do mundo, situado a 4.350 metros. Deixamos nosso hotel em Leh, logo após o café da manhã. Nosso primeiro táxi nos levou até o escritório do Comissário Adjunto para obter as autorizações necessárias (obrigatórias para visitar a região, se for a Pangong Tso, Chang La e Vale do Nubra). Depois, começamos a subida pela rodovia que liga Leh a Manali. Nosso motorista nos informou que a rota atravessaria os belos vilarejos de Shey e Thiksey antes de chegar ao Vale do Indus, passando por Chemrey e Sakti. Desde o início, a viagem parecia uma ocasião ideal para conhecer e explorar lugares desconhecidos. O vilarejo de Thiksey possui vários mosteiros situados no alto das montanhas. Mas, fomos pegos de surpresa pela visão de três ciclistas na estrada. Encontramonos novamente quando pararam para

respirar um pouco e descobrimos que eles vinham de Israel. O líder do grupo era um veterinário de 45 anos de idade, que convenceu o sobrinho de 25 anos e seu amigo para pedir licença no trabalho e visitar a Índia explorando o Ladakh em bicicleta! Na cidade de Karu, encontramos alguns turistas brasileiros e coreanos. Almoçamos com eles na cidade e conversamos sobre a viagem na Índia. De lá, continuamos na estrada até o vilarejo de Shakti. Alguns quilômetros depois, começou a subida para Chang La. Quando faltavam poucos quilômetros para a subida, constatamos os esforços feitos pelo exército indiano na construção de uma rodovia naquela altitude. Graças a estas estradas, os vilarejos mais remotos das montanhas áridas agora têm acesso a alimentos e bens essenciais de Leh e a vida se tornou um pouco mais fácil para os habitantes da região. Foi somente quando nos deparamos com alguns habitantes da região, que consumiam uma tradicional

cerveja de cevada, que percebemos as difíceis condições de sobrevivência no local. Chegar ao topo foi uma experiência desafiadora e memorável. Cada vez que saíamos do carro para tirar fotografias, parecíamos pequenos pontos fixados nas enormes e áridas montanhas. Sentimos que a temperatura diminuía de forma constante. De todos os passes em Ladakh, Chang La é o mais íngreme. A fase final da subida foi a mais difícil, devido às estradas em péssimas condições e aos freqüentes deslizamentos de terra. Não é à toa que é conhecido como o 'poderoso Chang La'. Numa altitude de 5.360 metros, é também o segundo maior passe no Ladakh. Há um posto avançado do exército em Chang La, onde servem chá grátis para os visitantes. Neste ponto, fazia um frio intenso e respiração se tornava difícil. Certamente não é divertido para o exército permanecer nesta região glacial e vigiar uma paisagem estratégica. Já era a hora da descida e as estradas começavam a ficar ainda

Índia

piores — cheias de buracos e com curvas mais acentuadas. Mas, fomos recompensados por prados intercalados com riachos, pastagens e iaques. A esta altura, estávamos sem fôlego com a perspectiva de chegar ao lago de Pangong Tso. E lá estava ele! Uma verdadeira beleza. Brilhante com os raios do sol poente. Quando nos aproximamos do lago, nos deparamos com sua real dimensão. O Pangong Tso tem mais de 130 km de comprimento e 5 km de largura na parte mais ampla. Está situado entre picos áridos e elevados. Tranquilo, claro, com uma extensão aparentemente interminável. É um dos maiores lagos da Ásia. Situado entre a Índia e a China. Um símbolo evidente da habilidade da natureza. O fascinante lago nos fez esquecer o cansaço da viagem e o baixo nível de oxigênio no ar. O lago também parecia mudar de cor — passando de uma coloração esverdeada para o azul, o roxo e finalmente o dourado, mudando à medida que desapareciam os raios do sol. Estávamos simplesmente hipnotizados. Às margens do lago, vimos barracas e cabanas ecológicas. Olhamos em volta procurando um lugar para passar a noite, e encontramos uma casa de família. Na manhã seguinte, foi a vez de admirar uma outra faceta do lago. Estava muito frio para ver aves da Sibéria, mas encontramos patos e gaivotas. As cores do lago que mudavam com a luz do sol, eram ainda mais fortes de manhã; as águas cristalinas refletiam faixas em tons de azul, verde, roxo, violeta, laranja e vermelho. E aquelas horas nas margens do lago tornaram-se inesquecíveis. — Neelanjana Banerjee

Notícias da Índia reúne conteúdos de fontes diversas e as visões expressas em entrevistas e artigos publicados não representam necessariamente as visões da Embaixada ou do Governo da Índia. Impresso e Publicado pela Embaixada da Índia, SHIS QL 08, Conj. 08, Casa 01, Lago Sul, Brasília-DF 71620-285, Brasil Tel: 55-61-3248 4006 Fax: 55-61-3248 5486 E-mail: indemb@indianembassy.org.br Website: www.indianembassy.org.br


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