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India Vol. 5 Número 20
Índia torna-se um lugar melhor para fazer negócios
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Uma Publicação da Embaixada da Índia, Brasília
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iscursando na 5ª Cúpula ÍndiaBrasil-África do Sul (IBAS), realizada em Pretória, na África do Sul de 17 a 19 de outubro, o Primeiro Ministro Dr. Manmohan Singh elogiou a coordenação entre a Índia, o Brasil e a África do Sul para enfrentar o déficit de governança global. Ele também disse que o Conselho de Segurança das Nações Unidas tem de ser ampliado, a fim de refletir a realidade atual e torná-lo re-presentativo e eficaz na resposta aos desafios globais. A cúpula na capital sul-africana foi organizada pelo Presidente Jacob Zuma e foi assistida pela Presidente do Brasil Dilma Rousseff. O Primeiro Ministro participou de reuniões bilaterais e se reuniu com os dois líderes. !
“Inicialmente, gostaria de expressar minha profunda gratidão ao Presidente Jacob Zuma, ao governo e ao povo da África do Sul pela excelente organização da 5ª Cúpula do IBAS.” “Quero agradecer aos ministros e oficiais e todas as pessoas que contribuíram com seu trabalho para o sucesso deste
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encontro. Também gostaria dar as boas-vindas à Presidente Dilma Rousseff em sua primeira Cúpula do IBAS. Tenho certeza de que vamos nos beneficiar com sua visão e lide-rança no fortalecimento e na consolidação do Fórum de Diálogo IBAS. A força e influência global de nosso
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o dia 18 de outubro, Índia, Brasil, África do Sul, três países membros não permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, enfatizaram novamente a urgente necessidade de reformar o sistema e acrescentar mais membros na alta cúpula, com uma maior participação das economias emergentes. Num comunicado conjunto, emitido após reuniões de alto nível da 5ª cúpula do IBAS entre o Primeiro Ministro Dr. Manmohan Singh, a Presidente brasileira, Dilma Rousseff e o anfitrião, o Presidente SulAfricano Jacob Zuma, foi declarado que deve haver uma expansão do Conselho de Segurança para ambas as categorias de membros permanentes e não permanentes. No comunicado, oficialmente denominado Declaração de Tshwane, os três lados também discutiram a iniciativa G4 para as reformas das Nações Unidas entre a Índia, o Brasil, a Alemanha e o Japão para o apoio mútuo de suas candidaturas como membros permanentes do CSNU. “A iniciativa foi apoiada por uma ampla coalizão de Estados membros de todos os grupos regionais da ONU. Portanto, eles expressaram a opinião de que o forte apoio deverá ser considerado como a base para uma discussão mais aprofundada nas
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grupo provem do fato de que ele consiste em três grandes democracias em desenvolvimento localizadas em três continentes. Compartilhamos princípios de pluralismo, democracia, tolerância e multiculturalismo. Temos visões semelhantes no que diz respeito a muitas questões globais como a prioridade no programa de
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que o CSNU reflita a representatividade e legitimidade de que necessita para enfrentar os desafios contemporâneos, disse o comunicado conjunto. Expressaram satisfação com o papel positivo que os três países do IBAS têm desempenhado na manutenção da segurança e paz internacional durante o mandato em curso no Conselho de $ $" ! %&$" $ ! " ! ! " Segurança. Reafirmaram a vontade e a $ % !& ,$ " ' " ' capacidade para assumir maiores $ % !& " $ % "'%% ! "! $1! responsabilidades na manutenção da "! '!& #$ !% '$ !& + 3#' paz e segurança internacionais. Neste " contexto, os países do IBAS declararam negociações intergovernamentais em curso apoio às outras aspirações mútuas por sobre a reforma do CSNU, de acordo com assentos permanentes num Conselho de Segurança das Nações Unidas reformado. o comunicado. Os líderes incentivaram as coalizões dos Os líderes reafirmaram seu compromisso de aumentar a participação dos países países em desenvolvimento, dedicadas ao em desenvolvimento nos órgãos de processo de reforma do CSNU para partidecisão das instituições multilaterais. Eles cipar ativamente na aceleração das negociressaltaram a necessidade de uma reforma ações intergovernamentais em curso. Os urgente das Nações Unidas (ONU) para líderes lembraram o papel fundamental das torná-la mais democrática e coerente com organizações regionais na resolução de a realidade geopolítica atual. Eles conflitos. Eles exigiram que o CSNU traressaltaram principalmente que nenhuma balhe em estreita colaboração com eles. reforma das Nações Unidas seria completa Os líderes também se comprometeram a sem uma reforma do Conselho de continuar o trabalho conjunto em fóruns Segurança das Nações Unidas (CSNU). Tal multilaterais para melhorar a coordenação reforma é de extrema importância para de políticas macroeconômicas por um
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desenvolvimento, uma ordem internacional justa e equitativa, um mundo multipolar, um sistema de comércio internacional baseado em regras, as mudanças climáticas e a reforma das Nações Unidas. Nossa cooperação é sustentada por três pilares — consulta e coordenação política, cooperação trilateral multi-setorial e execução de projetos de desenvolvimento em países terceiros através do Fundo Fiduciário do IBAS. O modelo do IBAS é único porque vai além da interação entre governos. Ele atinge a vida dos cidadãos, facilitando o diálogo entre a sociedade civil e outros setores importantes da sociedade. O Fórum IBAS também nos ajudou no fortalecimento de nossas próprias relações bilaterais uns com os outros. Por meio de seus 16 Grupos de Trabalho e seis fóruns pessoa à pessoa, o IBAS reuniu funcionários, técnicos, representantes de empresas, intelectuais e acadêmicos. Apesar da distância geográfica entre nós, nossa cooperação tem crescido em todas as áreas. No entanto, há muito mais que o IBAS pode fazer para trazer benefícios tangíveis para nosso povo. Continuação na Página 2
*# !%." " crescimento contínuo e uma retomada sustentável. Como membros do G-20, os países do IBAS reafirmaram seu apoio para que o Grupo seja o principal fórum para a cooperação econômica internacional. Os líderes ressaltaram a importância de manter os fluxos de capital a longo prazo para os países em desenvolvimento, a fim de estimular o investimento, especialmente em infraestrutura e incentivaram os Bancos de Desenvolvimento Multilateral e de Desenvolvimento Regional a mobilizar mais recursos e encontrar modos de expandir sua capacidade de crédito para países em desenvolvimento. Os líderes pediram a rápida implementação de metas para a reforma do Fundo Monetário Internacional relativamente ao mandato, representação, escopo, responsabilidade de governança, reatividade e orientação de desenvolvimento do Fundo, a fim de garantir que o Fundo seja democrático, reativo e controlável. Eles ressaltaram que a reforma das instituições internacionais deveria ser feita de acordo com os engajamentos do G-20, visando realizar uma distribuição justa de poder de voto entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento que seja consistente com sua participação na economia mundial.
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NOTÍCIAS DA
& $" $ " . Continuação da Página 1 O ano de 2011 teve uma importância especial por conta do fato de que hoje somos todos membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Demonstramos nossa coesão e coordenação sobre vários assuntos em discussão nas Nações Unidas, principalmente no contexto dos acontecimentos na Ásia Ocidental e no Norte da África. A visita de uma delegação do IBAS a Damasco, em agosto deste ano, e sua interação com a liderança síria demonstraram o papel político que o IBAS pode desempenhar. Devemos continuar com estas práticas. Estamos unidos em nossos esforços para resolver o déficit de governança global. O Conselho de Segurança das Nações Unidas deve ser ampliado, a fim de refletir a realidade atual e torná-lo representativo e eficaz na resposta aos desafios globais. O Fundo Fiduciário do IBAS é uma iniciativa inovadora. Por meio dele, tivemos a possibilidade de compartilhar nossa experiência com outros países em desenvolvimento no verdadeiro espírito da cooperação sul-sul. Devemos reforçar os projetos executados no âmbito do Fundo Fiduciário e trazer de volta seu foco para o que estava inicialmente previsto, ou seja, o alívio da fome e da pobreza. Poderíamos considerar novos projetos em áreas como a agricultura e agro-processamento, meio ambiente e energia, incluindo novos recursos energéticos. Isto vai ajudar os países que são nossos parceiros a enfrentar os desafios da segurança alimentar e energética. Os projetos do Fundo Fiduciário do IBAS poderiam também se focalizar na educação e no desenvolvimento de competências, que é uma exigênciachave de quase todos os países em desenvolvimento. Apesar da desaceleração
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econômica global, nossas três economias registraram uma taxa de crescimento constante. Nosso comércio intra-IBAS acumula quase US$ 20 milhões. Este é um bom presságio para a realização de nossa meta de US$ 25 bilhões até 2015, e pode ser ainda mais ambicioso. A conclusão antecipada do Acordo de Comércio Trilateral Índia-SACU-Mercosul vai dar um impulso ao comércio sul-sul. Com a conclusão deste acordo trilateral, a África poderia se tornar uma ponte ligando a Ásia do Sul e a América Latina. A crise da dívida soberana na Europa e as tendências
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de recessão nos motores tradicionais da economia global — EUA, Europa e Japão — estão enviando sinais negativos aos mercados mundiais financeiros e de capitais que se encontram em dificuldades. Os países em desenvolvimento não podem permanecer isentos dos impactos negativos destes acontecimentos. Sua capacidade em lidar com os desafios de desenvolvimento tem sido adversamente afetada. Esperamos que medidas iniciais e efetivas sejam tomadas pela Europa e pelas outras economias avançadas para acalmar os mercados financeiros e de capitais, evitan-
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ondenando uma tendência de pedir às missões das Nações Unidas para “fazer mais com menos”, a Índia exigiu uma Reforma do Setor de Segurança (SSR em inglês), visando manter estabilidade na fase de construção da paz pós-conflito. “A redução ou retirada prematura das missões da ONU contra a vontade dos países que as acolhem, antes que as instituições nacionais sejam totalmente capazes de assumir o seu papel sem riscos de recaída em conflito”, disse Preneet Kaur, Ministra de Estado das Relações Exteriores da Índia, ao Conselho de Segurança das Nações Unidas durante debate sobre a reforma do setor de segurança, 12 de outubro, informou Xinhua. “O papel das Nações Unidas na Reforma do Setor de Segurança deve ser baseado em sua força maior — imparcialidade, igualdade, e não-interferência”, disse ela afirmando que, ao seguir estes princípios, o sistema das Nações Unidas e as missões autorizadas pelo Conselho de Segurança vão manter o respeito e a confiança de todas as partes interessadas. “É também importante reconhecer que há países que possuem uma vasta experiência na implementação do desenvolvimento da capacidade do setor de segurança em sociedades multi-étnicas, multi-
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religiosas e multi-línguas, dando primazia aos direitos humanos e ao Estado de direito”, declarou a Ministra. Além dos serviços uniformizados, as Nações Unidas devem também pedir aos governos destes países um contingente de recursos humanos em todas as áreas da SSR, visto que eles possuem experiências semelhantes e relevantes para vencer os desafios enfrentados pelos países no programa do Conselho de Segurança, sugeriu a Ministra das Relações Exteriores. “A comunidade internacional deve
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demonstrar claramente seu poder de permanência e compromisso em disponibilizar recursos necessários para a plena implementação dos planos operacionais para a Reforma do Setor de Segurança”, disse a Ministra Kaur. Os planos operacionais também devem considerar fatores políticos, sócioeconômicos e culturais dos países em questão com base nos interesses nacionais das partes interessadas, disse ela. A Ministra Kaur enfatizou a importância de uma SSR eficaz para os países que se
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do assim que a economia global atinja uma dupla recessão. O G-20, do qual somos todos membros, tem desempenhado um papel importante na continuação do programa de reforma das instituições monetárias e financeiras. Devemos coordenar nossas posições no período preparatório para a Cúpula do G20 em Cannes, para assegurar que as prioridades das economias em desenvolvimento sejam devidamente consideradas. Nossa cooperação em questões ambientais e mudanças climáticas é importante. O Grupo BASIC provou ser um fórum eficaz para projetar o ponto de vista do mundo em desenvolvimento. Devemos manter a dinâmica de coordenação e consulta durante a fase que antecede Durban. Desejo à África do Sul, sob a liderança do Presidente Zuma, todo o sucesso para a Conferência de Durban. Também desejo à Presidente Dilma Rousseff muito sucesso no encontro do Rio+20 na cidade do Rio de Janeiro, em junho do próximo ano. A questão da divulgação do IBAS é um dos itens importantes em nossa agenda. O IBAS tem recebido, merecidamente, uma atenção considerável desde sua criação em 2003. É importante consolidar ainda mais nossas realizações e manter a identidade única do IBAS. Devemos preservar os princípios comuns e valores que defendemos. A Índia continua empenhada e disposta a trabalhar em estreita colaboração com seus parceiros do IBAS num esforço coletivo para aprofundar nossa cooperação. Tenho imenso prazer em convidar a todos para a próxima cúpula do IBAS na Índia, em 2013. Antes de concluir, gostaria de cumprimentar sinceramente o povo sulafricano pela preparação do aniversário para celebrar os cem anos do Congresso Nacional Africano no próximo ano. Meus sinceros agradecimentos.”
##0 # encontram no meio de um conflito ou de construção da paz pós-conflito. “Uma Reforma bem sucedida do Setor de Segurança é vital para manter uma paz duradoura e a estabilidade nos países em conflito ou numa fase de construção da paz pós-conflito,” disse a Ministra Kaur. “Por outro lado, é geralmente uma falha na SSR que faz com que alguns países continuem mergulhados em conflitos por longos períodos”, acrescentou a Ministra. Ela disse que era importante que a SSR levasse em conta as especificidades e a propriedade nacional de cada país, mesmo quando envolvem instituições internacionais como a ONU ou os países doadores. “Para uma implementação bem sucedida da reforma do setor de segurança, é imperativo reconhecer claramente, no início, que se trata de um interesse nacional de um país,” disse a Ministra Kaur. “Como tal, o processo deve ser liderado e pertencer ao estado-nação em questão,” acrescentou ela. “O processo deve ser conduzido pelas exigências nacionais e não pelas prioridades dos doadores”, disse a Ministra. A Ministra Kaur enfatizou a importância de se ter uma abordagem ampla para os aspectos operacionais da Reforma do Setor de Segurança, pois o setor ultrapassa a esfera da defesa e das forças policiais.
NOTÍCIAS DA
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os dias 18 e 19 de novembro, o Vice-Ministro indiano das Relações Exteriores, E. Ahamed, visitou a Palestina para participar da cerimônia de transferência do novo Centro Poliesportivo, financiado pelo IBAS (Índia, Brasil, África do Sul) em Ramalá. O centro poliesportivo é o primeiro projeto concluído pela Autoridade Nacional Palestina, financiado pelo IBAS. É um presente dos países do IBAS para o povo da Palestina. O Ministro Ahamed foi recebido pelo Presidente Mahmous Abbas e pelo
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Ministro das Relações Exteriores, Dr. Riyad Malki. A liderança palestina agradeceu o programa de assistência humanitária e de desenvolvimento conduzido pelos países do IBAS, bem como o apoio à Palestina para ingressar como membro pleno nas Nações Unidas e na UNESCO. A Índia, o Brasil e a África do Sul desenvolvem juntos dois outros projetos na Palestina: a recuperação do Hospital Al Quds (Centro Hospitalar e Cultural da Sociedade do Crescente Vermelho) em Gaza e a construção de um centro para pessoas com necessidades especiais na
cidade de Nablus. O Fundo IBAS foi criado em maio de 2004 para se tornar um importante mecanismo de cooperação sulsul. O fundo apóia projetos viáveis e replicáveis que, baseados nas capacidades disponíveis nos países do IBAS e em experiências bem-sucedidas, contribuem com as prioridades nacionais de países de menor desenvolvimento, principalmente os Países Menos Desenvolvidos (LDCs) ou países que emergem de conflitos. O fundo também busca contribuir para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas.
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m pouco antes da curva fechada que desce para o vale de Koottickal, paramos um instante para admirar a paisagem. E que paisagem! Além da ponta cor-de-rosa de uma torre de igreja, escondida atrás das árvores, tudo o que podíamos ver era uma exuberante vegetação tropical: noz de betel, coco e bananeiras; florestas de seringueiras emergiam do vale e das encostas das colinas de Peermade. Nuvens pairavam nas distantes montanhas Vagamon. Um par de borboletas coloridas passaram dançando. Eu podia ouvir o grito de um faisão. Depois do calor húmido das planícies plenas do Kerala, tudo parecia surpreendentemente fresco. O vale de Koottickal situa-se no coração da zona da borracha no Kerala. No sopé dos Ghats Ocidentais (gigantesca cadeia de montanhas que desce até o sul da Índia), a paisagem é composta de uma larga faixa de plantações; não apenas de seringueiras, mas também de baunilha, pimenta, abacaxi, tapioca e teca. É uma área esquecida pelos turistas. Eles apenas passam pela bem trilhada KK Road, que leva à colina acima de Kottayam até as lagoas costeiras que formam as ‘backwaters’ de Kumily, porta de entrada para o santuário da vida selvagem de Periyar. Fiz esse caminho sozinha, mas encontrei boas razões para explorar este lugar. Uma delas é o clima. Seringueiras apreciam temperaturas amenas: mais frio do que nas planícies, mas mais quente e seco do que as plantações de chá em zonas elevadas. A outra razão é a beleza das paisagens — colinas verdes, terrenos íngremes, névoas brancas de manhã subindo pelos vales dos rios. Gosto de cidades simples (Pala, Kanjirapally, Mundakayam) e das igrejas católicas estranhamente ornamentadas com torres e sinos que parecem cobertos com açúcar de confei-
teiro. Graças a um número crescente de hospedarias, comecei a gostar da vida no campo: passar as noites quentes batendo papo na varanda de um típico bangalô, como a vida que levavam os colonos ingleses há mais ou menos um século, e que não mudou muito desde então. No vale de Koottickal, meu marido e eu ficamos hospedados na casa de um bisneto de cultivadores do Kerala, George Abraham Pottamkulam, sua esposa Anju, e as duas filhas Rose e Aby, ainda bebê. Situada na propriedade de 50 acres denominada Evergreen Estate, rodeada pelas colinas Urumbi e seringueiras delgadas, a casa tem um estilo de bangalô neo-moderno — com telhado, cubos, curvas, janelas com aberturas laterais, um abrigo para carro estilo de Miami — e foi construída pelo pai de George em 1955. George dirige uma pequena agência de
viagens, Stay Homz, especializada em ‘turismo rural’. E ele acaba de escrever um livro sobre a história das plantações no sul da Índia — ‘The Path to the Hills’ à acrescentou, pelo menos, um quilo em minha bagagem. Não há muito que ele não saiba sobre seu nativo ‘país da borracha’. À medida que bebíamos uma cerveja Kingfisher gelada na sombra da varanda, ele nos contava sobre os agricultores coloniais e os missionários (Bakers, Vincents, Murphys) que ajudaram a criar as primeiras propriedades de borracha no Kerala; sobre as famílias sírio cristãs (Kurians, Pottamkulams, Kottukapallys), que agora possuem a maioria delas, e sobre seu avô, que comprou um Studebaker com assentos de pele de leopardo (“pele de leopardo real — você pode acreditar nisso?”). Muito do que se vê por aqui é típico do
Kerala: casas com telhados planos de concreto em tons fortes de frutas cítricas, ônibus enferrujados e rangentes, inúmeros estudantes uniformizados, varais amarrados em frente das portas das casas, e anúncios na beira da estrada para sedas , cimento e — novidade na Índia — fundos hedge. Porém, algumas atrações locais não são nada típicas. Numa excursão organizada para conhecer a plantação, caminhamos ao longo do caminho de terra vermelha, através das florestas de seringueiras, em que cada árvore é contornada por um tutu de polietileno para proteger o látex que escorre e é recolhido num pequeno copo amarrado ao tronco. É preciso levantar cedo — antes do amanhecer — para ver os ‘seringueiros’ com lanternas amarradas na cabeça, cortando cuidadosamente finas tiras de casca para liberar o líquido leitoso. Se estiver interessado, você pode visitar uma fábrica de látex (ah, o cheiro doce do látex e do ácido fórmico). Em Bharanaganam — nome que imita o timbre da língua local Malayalam — você também pode visitar o túmulo de Santa Alphonsa (a primeira e única santa mulher da Índia, canonizada em 2008), e se juntar à multidão de peregrinos silenciosos, e até comprar uma lembrança de Santa Alphonsa no convento da igreja. Com George, visitamos o lugar do descanso final de John Joseph ‘JJ’ Murphy, que fundou a primeira plantação comercial de borracha da Índia, em 1902. Ele foi enterrado perto de Koottickal, num cemitério em meio ao nada, perto da plantação de sua propriedade. “Temos muito que lhe agradecer”, disse George, com um tom pensativo perto do túmulo do irlandês. Para ler a história completa, acesse http://www.guardian.co.uk/travel/2011/oct/2 8/kerala-homestays-rubber-plantationskochi?INTCMP=SRCH
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ushil Kumar ganhava US$ 120 por mês como operador de computadores. Sua casa, que tem 50 anos, precisava de reformas. A família devia US$ 8.500. Mas sua vida, tão semelhante à existência difícil de tantos outros indianos, tomou um rumo diferente e bem melhor no estilo de Bollywood. A história da riqueza inesperada revelada no filme ‘Quem quer ser um milionário?’ (Slumdog Millionaire), vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 2008, se tornou realidade nesta semana quando um funcionário do governo, proveniente do leste da Índia, ganhou US$ 1 milhão num programa de TV. Kumar, o primeiro indiano a ganhar sete vezes em tal competição, tornou-se o herói instantâneo
de jovens aspirantes de todo o país que sonham em sair da pobreza. Seu feito reflete o enredo do filme, em que o personagem Jamal Malik, um rapaz que serve chá e trabalha num centro de chamadas, usa sua malandragem, aprendida na rua, para se tornar o vencedor de um jogo na televisão. Kumar, 27 anos, filho de um camponês, e sua esposa, Seema, pularam e gritaram de emoção quando receberam um cheque de INR 50 milhões, pouco mais de US$ 1 milhão, no estúdio de televisão em Mumbai durante o programa “Quem quer ser um milionário?” O casal se casou há poucos meses, um casamento arranjado. “Eu gostei dela, mas não foi amor à primeira vista”, disse Kumar, numa entrevista por telefone. “Mas ela acabou trazendo sorte para a família. Ela é nossa Lakshmi”, disse ele, referindo-se à deusa da riqueza e prosperidade. Kumar, que assistiu ao filme “Quem quer ser um milionário”, em cartaz durante um breve período em sua cidade natal, disse que pensou que ia ganhar algumas rodadas, mas nunca sonhou em levar o prêmio máximo. Nas últimas perguntas, ele hesitou por um longo tempo, eliminando uma série de opções em sua mente para diminuir as probabilidades. “Eu podia tirar algumas conclusões”, disse ele. “Eu tinha 90% de certeza e arrisquei.” “Que dia sensacional,” escreveu em seu blog o ator Amitabh Bachchan. “Uma incrível façanha.” Para ler a história completa, acesse http://www.latimes.com/news/nationworld/world/la-fg-india-slumdog20111029,0,5838569.story
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4 NOTÍCIAS Indianas
NOTÍCIAS DA
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rupia indiana, o real brasileiro, o renmimbi chinês, o rublo russo e o rand sul-africano foram identificados como as principais moedas de mercado emergentes com potencial para internacionalização, afirma um documento de trabalho do Fundo Monetário Internacional. Todas essas economias possuem importância significativa em termos regio-nais e globais, afirma o relatório de avaliação do staff do FMI, intitulado ‘Internacionalização das Moedas de Mercados Emergentes: Equilíbrio entre Risco e Prêmio’, publicado em Washington, em 19 de outubro. Apesar dos dados insuficientes, o papel das moedas dos mercados emergentes nas transações internacionais parece ter aumentado significativamente nos últimos anos, afirma o documento. Duplicou o uso da rupia e do rublo
em transações de deri-vativos de câmbio, aumentou doze vezes o do renminbi chinês e somou 50% o do real brasileiro.
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As maiores taxas de crescimento das economias emergentes em relação às economias avançadas, principalmente na última década, fizeram com que os países emergentes fossem responsáveis por cerca de 50% da produção mundial, contra apenas um quarto em 1971. Enquanto a importância regional da Índia cresceu modestamente nos últimos dez anos, o papel do Brasil aumentou muito em relação a seus principais parceiros comerciais do continente sul-americano. A fatia do mercado regional da África do Sul diminuiu e a da Rússia ficou estável, afirma o estudo. Porém, a forte participação das commodities nos fluxos comerciais faz soprar ventos contrários à internacionalização das moedas da Índia, Brasil e Rússia, observa o relatório.
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governo aprovou um investimento de 21 bilhões para criar 21 novos parques têxteis de infraestrutura avançada e tecnologia de última geração, declarou o Ministro do Comércio e Indústria, Anand Sharma, em 27 de outubro. As obras de construção dos 21 novos parques têxteis serão concluídas nos próximos três anos, no âmbito do programa governamental ‘Integrated Textiles Parks’. O Ministro Sharma afirmou que os novos parques têxteis devem alavancar um investimento de 90 bilhões. Seguindo o modelo de parceria público-privada, o Programa para Parques Têxteis Integrados fomenta novos projetos de investimentos no setor têxtil, a fim de criar uma infraestrutura de classe internacional para a indústria têxtil indiana. Das 21 unidades aprovadas, seis serão criadas no estado de Maharashtra, quatro no Rajastão, dois no Tâmil Nadu e em Andhra Pradesh, e uma em cada um dos estados de Uttar Pradesh, Gujarat, Tripura, Himachal Pradesh, Karnataka, Jammu e Caxemira e Bengala.
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! rinta e nove empresas do setor de aviação executiva, que representa 65% da frota aérea do segmento, formaram uma associação para definir normas do setor e estimular o crescimento dos negócios, declarou um responsável em 21 de outubro. A associação ‘The Business Aircraft Operators’ (BAOA), a primeira representação empresarial do setor, providenciará uma plataforma comum para estimular a cooperação entre as empresas aéreas,” declarou seu primeiro presidente Rohit Kapur. A BAOA é composta por importantes empresas indianas, companhias aéreas privadas e comerciais, fabricantes de motores e estruturas de avião, empresas de serviços de manutenção, conserto e revisão (MRO) e outros prestadores de serviços. Kapur salientou que as taxas de crescimento eram estimulantes e que a Índia deveria se tornar o terceiro maior mercado de aviação no mundo até 2020. “Considerando o enorme potencial do mercado e a previsão de que a Índia somará mais de 1.000 aeronaves nos próximos dez anos, há necessidade de uma entidade como a BAOA”, disse ele. O executivo salientou que a aviação executiva estimulava eficiência e a produtividade, graças ao tempo economizado, permitia acesso às áreas não conectadas pelas linhas aéreas regulares, alcançava múltiplos destinos, prestava serviços às indústrias extrativas, como minas, petróleo e gás, e ajudava a gerar empregos e rendas. Kapur, porém, acrescentou que o setor enfrentava dificuldades referentes à infraestrutura e ao quadro regulamentar, além de uma definição inadequada das normas de segurança e proteção, para a qual será solicitada a cooperação de vários ministérios. “O ritmo de crescimento da aviação executiva superou a capacidade em infraestrutura do setor,” disse. A associação BAOA será também reconhecida pelo Conselho Internacional da Aviação Executiva (IBAC em inglês), entidade que representa as empresas de aviação executiva em todo o mundo.
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emonstrando ter o segundo melhor desempenho depois do Sri Lanka na Ásia do Sul, a Índia subiu sete posições e classificou-se no 132° melhor lugar para fazer negócios, de acordo com uma pesquisa recente. A China, Índia e a Federação da Rússia encontram-se entre as 30 economias com maior destaque em termos de aprimoramento, enquanto 163 economias tornaram seus quadros regulamentares mais favoráveis aos negócios nos últimos seis anos, observou um relatório do Banco Mundial e da Corporação Financeira Internacional (CFI). “Os formulários eletrônicos compulsórios para obter certificados e pagar impostos sobre valor agregado, implementados recentemente, facilitaram o pagamento das taxas para as empresas indianas,” segundo o relatório ‘Doing Business 2012: Doing Business in a More Transparent World’, em 20 de outubro. O relatório avalia as diretrizes que regulam as atividades das empresas domésticas
e classifica as economias em 10 categorias de regulação de negócios, tais como iniciar os negócios, lidar com a falência, e o comércio entre fronteiras. O relatório revela que foi o Sri Lanka que implementou o maior número de reformas entre as oito economias sul-asiáticas, ajudando a criar um melhor ambiente para os empreendedores.
O país subiu nove lugares no ranking mundial e ocupa agora a 89° posição, mediante uma maior proteção dos investidores e a redução dos impostos sobre os negócios. Na região sul-asiática, as economias de renda baixa e média-baixa do Afeganistão, Butão, Índia e Nepal aprimoraram as regulações aplicáveis aos negócios locais, observa o relatório. O Butão, que subiu quatro lugares e ocupa agora 142a posição, lançou recentemente um serviço de crédito público e modernizou o setor das startups, enquanto o Afeganistão, que se classificou em 160ª posição, facilitou o acesso à rede elétrica para as empresas. O relatório mundial mostra que os governos de 125 economias sobre 183 analisadas implementaram 245 reformas de regulamentos aplicáveis às empresas — 13% de reformas a mais do que no ano anterior. Na África subsaariana, um número recorde de 36 das 46 economias melhoraram as disposições legais referentes aos negócios.
jovens qualificadas,” disse ele. Avaliado em US$ 9 bilhões, o plano é uma das oito missões do Plano Nacional sobre Mudanças Climáticas, anunciado pelo Primeiro Ministro Dr. Manmohan Singh em junho de 2008. Depois de concluir os trabalhos preparatórios em 2011-12, a missão Índia Verde será executada nos 12° e 13° Planos Quinquenais (2012-13 a 2016-17 e 21072018 a 2021-22).
“Diante da urbanização maciça e da construção de casas e infraestrutura, parques, pastos, pantanais e espaços abertos correm o perigo de desaparecer em toda a Índia. No âmbito da Missão Índia Verde, essas áreas serão protegidas,” disse Kumar. “Leis rigorosas serão decretadas para garantir uma proteção durável aos espaços abertos.” Participarão da missão 100.000 comitês da Joint Forest Management (JFM), milhares de grupos de auto-ajuda, grampanchayats (assembléias municipais) e os comitês de cidadãos,” disse Kumar. A missão visa melhorar a vida de três milhões de pessoas que utilizam os recursos da floresta para fins de subsistência. “Essa missão é a primeira iniciativa do gênero lançada na Índia, com vistas ao desenvolvimento socioeconômico das tribos e à proteção dos recursos naturais por meio de desenvolvimento da gestão participativa dos recursos naturais,” disse ele.
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Índia vai contratar 100.000 jovens qualificados para executar a ambiciosa Missão Índia Verde (GIM em inglês) visando aumentar de 20% para 33% a cobertura florestal do país em 10 anos, declarou um alto funcionário do Departamento das Florestas. O Diretor Geral do Departamento das Florestas da Índia, P. J. Dilip Kumar, disse que para poder lidar com as ameaças da mudança de clima, o governo central e os estados decidiram ampliar a cobertura florestal em até cinco milhões de hectares no âmbito da missão. Dilip Kumar, que é também Secretário Especial do Ministério das Florestas Federais e do Meio-Ambiente, viajou a Agartala para assessorar uma oficina regional sobre a GIM, em 22 de outubro. “Para facilitar o planejamento, execução e supervisão da missão no nível de vilarejos, 100.000 oficiais da guarda florestal (CCF) serão contratados nas comunidades
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o dia 19 de outubro de 2011, o Ministro das Micros, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs), Virbhadra Singh, participou da cerimônia de inauguração da conferência ‘India Global Summit on MSMEs 2011 — Changing the Indian MSME Landscape’. O Ministro declarou que o setor das MPMEs tinha contribuído imensamente para a prosperidade econômica indiana, permitindo ao país manter uma taxa constante de crescimento, apesar do colapso/declínio econômico mundial. Virbhadra Singh acrescentou que, embora tenha sido prejudicado pela depressão econômica mundial, principalmente desde 2008, o desempenho do setor foi de certa forma consistente. Ele disse que o setor das MPMEs tinha como grande desafio impulsionar o crescimento do PIB indiano no período do 12° Plano Quinquenal. Ao comentar o êxito das MPMEs, Virbhadra Singh afirmou que o setor era composto de 26,1 milhões de empresas que empregavam mais de 60 milhões de pessoas. Com mais de 6.000 diferentes produtos, o setor representa 8% do PIB, 45% da produção industrial total e 40% das exportações do país. Deve haver uma participação importante do setor no PIB indiano durante o 12 º Plano Quinquenal (201213 a 2016-17) para permitir que o país alcance a taxa de crescimento global prevista de 9%, disse ele. Organizada pela Confederação das Indústrias Indianas (CII) com o apoio do Ministério das Micro, Pequenas e Médias
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o dia 30 de outubro, o piloto Sebastian Vettel, da Red Bull, fez uma corrida perfeita do início ao fim, e venceu o primeiro GP de Fórmula 1 da Índia. Adrien Sutil da Force India ficou na 9ª posição, enquanto o piloto indiano Narain Karthikeyan conquistou sua melhor marca com a 17ª posição. Vettel venceu a 11ª corrida do campeonato mundial depois que Sachin Tendulkar, legenda do críquete indiano, agitou a bandeira quadriculada que encerrou a corrida de 60 voltas no Circuito Internacional Buddh. Jenson Button da MacLarenMercedes encerrou a corrida com 8,4 segundos de diferença com o piloto alemão, enquanto Fernando Alonso da Ferrari acabou em terceiro. “Tenho um enorme orgulho em vencer o primeiro GP da Índia,” declarou Vettel no sistema de radio transmissão da equipe. “Nova pista, novo desafio.” O companheiro de Vettel na Red Bull, Mark Webber, pressionou muito Alonso, mas chegou em quar-
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Empresas, a Cúpula proporcionou uma oportunidade singular para as MPMEs indianas que puderam demonstrar suas capacidades para uma audiência global, além de abrir novos oportunidades de parcerias, disse o Ministro Singh. O Ministro enfatizou que a única maneira para manter a competitividade das
MPMEs indianas na conjuntura atual era de adotar a inovação como estratégia de negócios. Ele acrescentou que o Conselho Nacional de Inovação foi idealizado pelo Primeiro Ministro para incentivar e promover a inovação em todos os setores da economia, principalmente no setor das MPMEs e que foi também criado um
Conselho Setorial para o setor das MPMEs, que começou a funcionar sob a Presidência do Secretário (MPME). Ao anunciar a implementação do Programa Nacional de Competitividade Manufatureira (NMCP em inglês), o Ministro acrescentou que o projeto previa o estabelecimento de salas de nova ferramentas, aumentando a qualidade do processo e do produto, reduzindo os custos através de técnicas de manufatura, design clínico, etc. O Ministro Singh expressou satisfação ao saber que programas específicos, feitos sob medida, também estavam sendo organizados para o desenvolvimento de competências dos grupos socialmente desfavorecidos. Singh disse que o setor das MPMEs era prioritário para o governo nos principais programas nacionais de desenvolvimento e garantiu à assembleia que o Ministério levaria em consideração e colocaria em prática as principais recomendações feitas durante a Cúpula. Afirmando que o governo introduziu uma gama de regimes de apoio às iniciativas das MPMEs, o Ministro incentivou os empresários a aproveitar totalmente os sistemas de apoio e esquemas que tinham sido criados. Notando que as alianças e parcerias globais assumiram importância fundamental para o crescimento das MPMEs, ele disse que o Ministério continuaria a incentivar as MPMEs indianas a participar de feiras e exposições internacionais. Ele declarou que a presença de delegados de 47 países na Cúpula foi um marco importante na direção da cooperação internacional das MPMEs.
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ta posição, perdendo a terceira colocação depois que o espanhol conseguiu ultrapassá-lo durante o segundo reabastecimento. Michael Schumacher; vencedor da Mercedes no GP de Petronas, fez uma corrida brilhante, conquistou o quinto lugar e venceu seu companheiro Nico Rosberg. Lewis Hamilton da MacLaren teve a sorte de acabar em sétimo depois de sofrer um acidente incomum com Felipe Massa da Ferrari quando Massa cruzou com o piloto inglês na curva 14
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da volta 25. Massa ganhou um penalty por ter obstruído a ultrapassagem de Hamilton antes de abandonar a corrida na volta 34 por uma quebra na suspensão, depois de atingir o meio-fio. Sahara Force India foi mais lenta do que o rival Toro Rosso quando Sutil completou a corrida obtendo o nono lugar depois de Jaime Alguersuari.
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proveitando o formidável sucesso do primeiro GP de Fórmula 1 realizado no país, os organizadores da corrida, Jaypee Sports International (JPSI), querem que o Circuito Internacional Buddh (BIC em inglês) se torne o principal centro de esporte automotivo na Ásia do Sul. O BIC foi rapidamente adotado pelas estrelas da F-1, que não vêem a hora de voltar para disputar uma outra corrida no próximo ano. JPSI investiu US$ 400 milhões para construir a infraestrutura da corrida e obter a autorização da FIA para organizar o GP. O diretor executivo da JPSI, Sameer Gaur, disse que a empresa pretende organizar várias corridas preparatórias antes da próxima competição mundial de F-1 no ano que vem. “Planejamos varias corridas nos próximos dois meses,” disse ele. O dirigente da F-1, Bernie Ecclestone, disse que a Índia deve ficar muito orgulhosa de ter organizado uma corrida tão bem sucedida. O vencedor do primeiro GP da Índia, Sebastian Vettel, disse que os organizadores fizeram um ótimo trabalho para construir o circuito em um lapso de tempo tão curto. “Foi fantástico e tenho muito orgulho de ser o primeiro vencedor aqui. Estamos ainda com fome de vitória. Não falta motivação. Gosto muito do meu trabalho e não queria que o campeonato terminasse,” disse o piloto da Red Bull.
eunidos no dia 18 de outubro, em Pretoria, os três ministros do Comércio da Índia, Brasil e África do Sul decidiram realizar uma reunião anual dos Ministros do Comércio do grupo IBAS (Índia, Brasil, África do Sul) para reforçar as trocas comerciais entre os países membros do IBAS. O Ministro indiano para o Comércio, Indústria e Têxteis, Anand Sharma, propôs a realização da primeira reunião trilateral em Nova Delhi, no início de março de 2012. As datas serão definidas oportunamente pelos canais diplomáticos. Segundo os lideres da Cúpula do IBAS, as tendências atuais indicam que a meta de US$ 25 bilhões de volu-me de comércio será superada em 2015, o que justificou o otimismo e mais ambições. Eles designaram um Grupo de Trabalho sobre Comércio e Investimento para examinar todas as questões relativas ao comércio em geral, incluindo as barreiras não tarifárias, ligações aéreas e marítimas e oportunidades de investimento. Os três ministros concordaram em buscar uma oportunidade para se reunir antes da 8ª Conferência Ministerial da OMC (MC8), no dias 15-17 de dezembro em Genebra, a fim de coordenar suas posições sobre todas as questões relativas às negociações da OMC e conversar sobre os possíveis resultados do MC8, bem como o cami-nho a seguir para avançar a rodada de desenvolvimento de Doha. Sergio Perez da Sauber classificou-se entre os dez primeiros colocados. Vettel declarou que sua vitória no primeiro GP da Índia era um dos maiores êxitos de sua carreira e que ele levaria muitas coisas de volta desse país que o inspirou tanto. “Chegar à Índia foi um motivo de inspiração. Foi uma experiência de aprendizagem única,” disse Vettel.
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Índia tornou-se presidente da comissão regional sul-asiática das Nações Unidas para o turismo. O Irã exerceu a presidência da comissão ao longo dos últimos quatro anos. O anúncio foi feito na Conferência da Organização do Turismo Mundial das Nações Unidas (UNWTO) em Gyeongiu, Coreia do Sul. Ao discursar para os países membros na Conferência da UNWTO, o Ministro indiano do Turismo Subodh Kant Sahai disse: “É um grande privilegio discursar na 19a Assembleia Geral da UNWTO, nesta bela cidade costeira de Gyeongiu, no momento em que a Índia se tornou a presidente da comissão regional sul-asiática das Nações Unidas para o turismo durante os próximos
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o dia 25 de outubro, o conselho dos ministros aprovou a Política Nacional Manufatureira que busca criar 100 milhões de empregos até 2022, desenvolver grandes zonas industriais com infraestrutura de nível internacional e elaborar normas mais flexíveis em termos de trabalho e meio-ambiente. A Comissão Ministerial para os Assuntos Econômicos, presidida pelo Primeiro Ministro Dr. Manmohan Singh, aprovou o projeto que visa aumentar a fatia do setor manufatureiro para 25% do PIB até 2022, contra 16% atualmente. De acordo com o plano, o governo deve ajudar a criar zonas de interesse nacional para investimento no setor manufatureiro e promulgar uma legislação favorável aos investimentos para estimular a produção manufatureira. “Foi isso que fizeram a
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quatro anos. Isto demonstra a confiança que os países têm na Índia e nos esforços realizados pelo governo indiano no campo
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do turismo no país, de modo responsável e sustentável em prol de um crescimento inclusivo, como no mundo inteiro.” O Ministro declarou que “Um turismo sustentável, seguro e honrável é um dos pilares da estratégia indiana e os regimes e programas criados pelo governo indiano têm como foco principal o desenvolvimento inclusivo, integrado com uma estratégia global de combate à pobreza. A estimativa para o período de 2016-17 é de que o crescimento no setor ajude a gerar novos empregos para, aproximadamente, 25 milhões de pessoas. Haverá uma capacidade adicional de 42 milhões de empregos qualificados apenas no setor hoteleiro. Com esta intenção, estamos incentivando o desenvolvimento de competências no setor,
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China, a Alemanha, o Japão e agora é a vez da Índia,” declarou o Ministro do Comércio e Indústria Anand Sharma durante a reunião ministerial em Nova Delhi. O Ministro disse que “mais de 200 milhões de pessoas devem integrar o mercado de trabalho na próxima década e o setor manufatureiro deve oferecer empregos para quase a metade delas”. O plano prevê intervenções específicas, em grande parte nas áreas do desenvolvimento da infraestrutura industrial, no melhoramento do ambiente de negócios pela racionalização e simplificação de normas, no desenvolvimento de tecnologias adequadas, principalmente em tecnologias verdes para garantir um desenvolvimento sustentável e a qualificação profissional dos jovens indianos. Reagindo à decisão do governo, o
Criar 100 milhões de empregos suplementares nos próximos 10 anos Aumentar a fatia do setor manufatureiro para 25% do PIB até 2022, contra 16% atualmente Liberalizar as regras do trabalho e do meio-ambiente Procedimento único de aprovação de todas as questões relativas às unidades industriais Criação de zonas de investimentos e de produção manufatureira
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Grandes cidades com infraestrutura de nível internacional podem se tornar mais autônomas e autoreguladas Mecanismo especial para desenvolver infraestrutura seguindo o modelo da parceria público-privada Introdução de incentivos aos estados para desenvolver a infraestrutura Incentivos às tecnologias verdes Incentivos fiscais e financeiros para as pequenas e médias empresas
Secretário Geral da Federação Indiana das Câmaras de Comércio e Indústria (FICCI), Rajiv Kumara, disse que a nova política dará o impulso necessário ao setor manufatureiro indiano. Congratulamo-nos com a proposta de criar zonas de interesse nacional para a produção manufatureira e os investimentos, de forma a conseguir economias de escala e competitividade internacional. A ênfase dada à auto-regulação nessas zonas deve diminuir significativamente a carga de conformidade para as unidades de produção,” disse Kumar. O Secretário Geral da FICCI acrescentou que o projeto deve eliminar os principais obstáculos relativos à finança, qualificação, tecnologia e regulação nas zonas de manufatura, sem prejudicar as unidades existentes. “A Índia tomou uma decisão histórica que vai revolucionar o setor manufatureiro no país,” disse Chandrajit Banerjee, Diretor Geral da Confederação das Indústrias Indianas. Banerjje acrescentou que essa medida deve estimular a confiança dos empresários indianos. “O momento da decisão também é importante e se torna ainda mais significativo tendo em vista a situação das empresas indianas e as incertezas da economia mundial. O anúncio dessa política no momento oportuno deve impulsionar o dinamismo da economia, proporcionando um impacto positivo de longo prazo no crescimento,” disse ele.
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aproveitando a infraestrutura do setor educacional e de formação pública e privada do país. Também incentivamos nossos institutos acadêmicos a criar MoUs em parceria com outros países, a fim de desenvolver níveis acadêmicos de excelência,” disse o Ministro. “Quero pedir a UNWTO que intensifique seus esforços e providencie apoio aos países membros, desenvolvendo um quadro de desenvolvimento de competências baseado nas melhores práticas em todo o mundo. A Índia incentiva a promoção de um turismo responsável e sustentável e vai estabelecer Critérios para um Turismo Sustentável na Índia, juntamente com indicadores para o setor de hospedagem e operadores de turismo,” disse Sahai.
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Comissão de Concorrência da Índia (CCI) vai criar regulamentos de capacitação necessários para a reforma dos investimentos diretos estrangeiros nos próximos seis meses. A decisão foi tomada numa reunião de alto nível presidida pelo Primeiro Ministro Dr. Manmohan Singh para discutir as políticas de FDI no setor farmacêutico e de medicamentos. A reunião, deliberada pelo relatório do comitê Maira, seguiu a decisão da Comissão do Gabinete sobre questões econômicas por uma maior transparência na questão das políticas do governo em fusões e aquisições de FDI no setor farmacêutico. Ao mesmo tempo em que busca um equilíbrio entre os interesses relativos à saúde da população, ela visa fortalecer a capacidade de produção doméstica. Foi decidido que a Índia vai continuar a permitir FDI sem limites (100%) e sem aprovação prévia para novos investimentos no setor farmacêutico. Isto vai facilitar o acréscimo da capacidade de produção, aquisição de tecnologia e desenvolvimento. No que diz respeito aos investimentos existentes no setor farmacêutico, FDIs serão permitidos por meio da aprovação do Conselho de Promoção de Investimentos Estrangeiros por um período de até seis meses.
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om a proposta de reativar a indústria da seda e criar oportunidades de emprego para os jovens, o governo de Jammu e Caxemira resolveu oferecer terras não cultivadas para o cultivo de amoras. O Ministro da Agricultura e Sericultura Ghulam Hassan Mir disse: “Há muitas questões envolvendo terras no estado de Jammu e Caxemira, por isso, decidimos utilizar o que ainda está disponível. A ideia é utilizar as terras próximas das
rodovias, à margem das estradas ou qualquer outro lote de terra onde se possa plantar amoreiras, nas quais se instalam os casulos do bicho da seda.” De acordo com Mir, o departamento vai formar vários grupos compostos por jovens de vilarejos e oferecer-lhes lotes de terra. “Eles vão receber sementes de amoreiras, bem como apoio para o plantio.” Rehmat Ali, recém-formado, está animado em participar nesta iniciativa. “Tenho certeza de que este pequeno início vai nos trazer muito sucesso. Talvez os jovens envolvidos nesta operação possam valorizar ainda mais a seda da Caxemira,” disse Ali da cidade de Badgam Magam. O ciclo de vida do bicho da seda tem quatro fases — o ovo, o verme da seda, a pupa e a mariposa.
O bicho da seda se alimenta de folhas da amoreira e forma uma capa em torno da qual secreta uma substância de tipo proteína através de sua cabeça. Esta fase é denominada casulo, o estado ideal para os produtores de seda. Os casulos criados pelos fazendeiros são entregues na fábrica, denominada dobadoura, onde a seda é desatada dos casulos e os fios são recuperados em meadas. O departamento pretende comprar o produto destes jovens e fazê-los ganhar dinheiro. “A ideia de criar empregos para os jovens é inovadora. O departamento começou esta iniciativa no km 24 da estrada para Tangmarg,” disse o Ministro. Gradativamente, o departamento planeja usar a terra à margem das estradas e nas divisas do estado. “Precisamos de mais fo-
lhagens para criar os casulos e espero que essa ideia nos ajude a desenvolver mais esta iniciativa,” observou o Ministro. Um grupo de 30 homens já começou a plantar as amoreiras. Riaz Ahmad, diplomado em ciências, é um deles. “Fico feliz em fazer parte deste projeto. Mesmo com um pequeno rendimento no início, é muito melhor do que ficar sentado em casa e se tornar um fardo para os pais. disse Ahmad. Mir declarou que “este projeto vai empregar 150 homens”. “Isto vai ajudar a aumentar a produção da seda e também a criar empregos para os jovens.” Há uma grande necessidade de reativar a indústria da seda no estado que enfrenta um período nada fácil.” A seda da Caxemira é conhecida internacionalmente por sua excelente qualidade.
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s t ecidos técnicos são o setor nascente na indústria têxtil indiana, com um volume de mercado atual de INR 570 bilhões e uma taxa de crescimento prestes a decolar e passar dos atuais 11% para quase 20% durante o 12o Plano Quinquenal. A Índia tem tudo o que é preciso para aproveitar este setor de tecnologia orientada e proporcionar uma grande oportunidade, tanto como destino de investimento, quanto como um mercado robusto para tecidos técnicos. Nos últimos três anos, plenamente consciente do potencial do setor, o governo tomou várias iniciativas como a implementação do Regime de Crescimento e Desenvolvimento de Tecidos Técnicos (SGDTT), inclusão de máquinas grandes para têxteis técnicos modificados TUFS por 10% de capital de subsídio, etc. Um estudo de base do setor foi concluído com êxito, e mais de 60 programas de conscientização foram organizados em todo o país entre 2007-08 e 2010-11. Quatro Centros de Excelência (COEs): BTRA Mumbai Geotech, SASMIRA Mumbai Agrotech, NITRA Ghaziabad Protech e SITRA Coimbatore Meditech foram estabelecidos com serviço completo para Tecidos Técnicos com o apoio financeiro de INR 433,1 milhões. Nos últimos três anos, a Indústria têxtil indiana registrou várias transições passando de uma recessão global à volatilidade de preços sem precedentes. Durante os dois anos de desaceleração econômica, a indústria mostrou uma resiliência significativa na retomada de uma recuperação rápida, assistida por uma série de estímulos fiscal e regimes de plano do governo. O Regime Reestruturado de Fundos de Atualização de Tecnologia (TUFS) recebeu uma contribuição de INR 154,04 bilhões, quase o dobro dos INR 80 bilhões originalmente aprovados para o 110 Plano Quinquenal. O regime para Parques Têxteis Integrados (SITP), projetado para atender as necessidades da Índia no desenvolvimento de infra-estrutura de classe mundial, atraiu novos investimentos de INR 35 bilhões e gerou emprego para 350 mil trabalhadores têxteis. O Regime Integrado de Desenvolvimento de Competências (ISDS) do Ministério dos Têxteis visa formar 2,6 milhões de pessoas no período de cinco anos, para suprir as lacunas de competências em diversos segmentos da
cadeia de valor têxtil. Vários outros regimes do Ministério comprovaram o compromisso do governo para o crescimento deste setor. No entanto, apesar das iniciativas do governo, ainda há áreas críticas e lacunas que precisam ser supridas. Tendo isso em mente no início deste ano, o Ministério dos Têxteis lançou a Missão de Tecnologia em Tecidos Técnicos (TMTT), com duas mini missões para cinco anos, com um desembolso de INR 2 bilhões. No quadro desta Mini-Missão I, quatro Centros de Excelência (CoE) adicionais em matéria de não-tecidos, tecesporte, tec-indústria e compósitos foram aprovados com instalações como centros de incubação, suporte às despesas correntes para a contratação de especialistas internacionais, etc. Estes quatro centros são: DKTE College em Ichalkaranji, Maharashtra em não-tecidos; PSG College em Coimbatore em tec-indústria; ATIRA em Ahmadabad em compósitos e ICT em Mumbai em tec-esporte. Os COEs existentes também serão atualizados de acordo com os novos centros. Mini-Missão II vai se focalizar no
“Apoio ao desenvolvimento do mercado doméstico e das exportações de têxteis técnicos”. Numa estratégia inovadora para ajudar os novos investimentos no setor, será prestado apoio pelo governo a empresas recémcriadas, principalmente no setor de MPME. Incentivos também serão fornecidos para a pesquisa de contrato; encontro de compradores e vendedores e para a participação em exposições internacionais/seminários sobre tecidos técnicos. Reconhecendo a necessidade crítica de normas regulamentares em áreas como tec-medicina para saúde e higiene; geotêxteis para rodovias e outras infra-estruturas; tec-proteção para normas de segurança industrial, etc., também serão realizados estudos/pesquisas por essa missão para explorar a possibilidade de implementar medidas de regulação. O Ministério dos Têxteis está em contato com os cinco principais Ministérios usuários, ou seja, Ministério da Saúde e Bem-Estar Familiar, Ministério do Transporte Rodoviário e Estradas, Ministério da Administração Interna, Ministério da Defesa e Ministério da Agricultura para a introdução de medidas de regulamentação para o uso de tecidos técnicos. O Gabinete do Comissário Têxtil constituiu uma comissão para formular normas para agrotexteis, geotêxteis, tecidos médicos e tecidos de proteção. Padrões estão sendo preparados pela comissão e, consequentemente, até agora, cinco relatórios, contendo mais de 14 projetos de normas sobre os segmentos acima, foram enviados ao Bureau of Indian Standards (BIS) para aprovação e notificação. O BIS está em processo de finalização de normas. Com o reconhecimento dos tecidos técnicos como sendo uma área fiável,
todas as principais máquinas necessárias para os tecidos técnicos foram enquadradas na lista de concessões de taxas aduaneiras de 5%. Além disso, no quadro do TUFS Reestruturado, máquinas têxteis técnicas específicas receberam um benefício adicional de 10% de capital de subsídios, além de 5% de reembolso de juros. Até o momento, 487 unidades foram regis-tradas no escritório do Comissário Têxtil como unidades têxteis técnicas de produção para aproveitar o subsídio de capi-tal no quadro do TUFS, com um investimento total de INR 25,5 bilhões. Produtos têxteis técnicos específicos também foram incluídos no Regime de Produto Foco. Neste regime, as exportações desses produtos são autorizadas com direitos de certificado de crédito equivalentes a 2% de Free on Board (FOB) no valor das exportações. O Ministério também oferece uma grande oportunidade para a articulação de iniciativas no setor de Tecidos Técnicos com outros regimes. No quadro do regime de Parques de Têxteis Integrados (SITP), o governo presta assistência de até INR 400 milhões para criar a infra-estrutura desses parques. As unidades de tecidos técnicos podem ser configuradas em qualquer parque ou podem ser reunidas como um parque separado. Há cerca de 25 unidades envolvidas na fabricação de produtos têxteis técnicos como tecido de lona, geotêxteis e têxteis médicos, etc. No quadro do Regime Integrado de Desenvolvimento de Capacidades (ISDS) do Ministério dos Têxtil, 22.000 pessoas serão treinadas em tecidos técnicos durante 2010-11 e 2011-12, com um esforço financeiro de INR 183 milhões. Há muitas unidades que estão investindo agressivamente em tecidos técnicos, como M/s Welspun India Ltd. que está criando um novo projeto para produtos especiais, com um investimento de INR 1,25 bilhões em Anjar, Gujarat; Alok Industries assinou um acordo para investir quase INR 2 bilhões na fabricação de tecidos técnicos. A Corporação Nacional de Têxteis (NTC) pretende investir no campo de tecmedicina e geo-tec. Assim sendo, é evidente que as oportunidades são enormes no setor de têxteis técnicos. — Rita Menon, Secretaria dos têxteis, Government of India. (Cortesia: Press Information Bureau)
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m breve, os milhares de turistas que chegam em Matheran, a pequena estação de inverno perto de Mumbai, vão viajar em novos e sofisticados vagões do ‘trem de brinquedo’ — com uma visão em 3D das colinas, das florestas e da fauna selvagem. Os novos vagões, pintados de branco e azul-imperial vão oferecer poltronas reclináveis, apoios para os braços, inte rior agradável, enormes janelas e um teto transparente. Ao contrário, os antigos vagões, feitos de madeira e metal, tinham bancos desconfortáveis e faziam com que a viagem de três horas fosse cansativa, especialmente para os idosos. Um responsável da Central Railway disse que, após os bem-sucedidos testes e provas, serão produzidos mais vagões, com o custo de INR 2,25 milhões por vagão. Até agora, a oficina ferroviária de Kurduwadi produziu oito vagões. Outros serão fabricados dentro de um ano. As pessoas que viajam para Matheran por via rodoviária, a cerca de 90 km de Mumbai no distrito de Raigad, devem estacionar seus veículos e percorrer alguns quilômetros, a pé ou a cavalo, até a estação de inverno. Descoberta pelos britânicos em 1850 e desenvolvida, posteriormente, Matheran está situada a cerca de 800 metros acima do nível do mar, com vegetação exuberante e clima frio durante o ano todo. Dizem que o período das monções na área é ‘mágico’. Foi em 1907 que o industrial Sir Adamjee Peerbhoy de Mumbai construiu a ferrovia em Matheran. Em 2009, a ferrovia recebeu a visita de uma delegação da UNESCO com vistas à inclusão na lista de patrimônio mundial. O relatório da visita está sendo aguardado. O funcionário disse que, após um maior número testes de segurança, a Central Railway pretende introduzir mais vagões no início de 2012, a fim
de transportar mais passageiros na rota Neral-Matheran-Neral. Embora os novos vagões proporcionem mais conforto e espaço para as pernas, a capacidade total vai ser reduzida. Por exemplo, na versão antiga, a primeira e a segunda classe tinham uma capacidade de 24 e 30 passageiros. Na nova versão, ela será reduzida para 20 e 24, respectivamente. No entanto, existem planos para acrescentar um ou dois vagões em cada comboio para compensar a redução da capacidade de cada vagão. Hoje, quatro comboios percorrem diariamente os 20 km na bitola de calibre estreito. Nos fins de semana, o número aumenta para cinco visando atender a demanda de passageiros. Os novos vagões são equipados para recarga de telefones celulares. Os vagões de primeira classe têm ventiladores, poltronas com capas e cortinas para adicionar o conforto aos passageiros. No próximo ano, Central Railway espera oferecer serviços com, pelo menos, dois conjuntos de novos comboios, cada um com seis vagões. A estrutura tarifária para os trens com novos vagões ainda não foi finalizada. “A prioridade é oferecer às pessoas uma viagem confortável neste belo trecho”, disse um funcionário da ferrovia.
Declaração de Exoneração de Responsabilidade: Notícias da Índia reúne conteúdos de fontes diversas e as visões expressas em entrevistas e artigos publicados não representam necessariamente as visões da Embaixada ou do Governo da Índia. Impresso e Publicado pela Embaixada da Índia, SHIS QL 08, Conj. 08, Casa 01, Lago Sul, Brasília-DF 71620-285, Brasil Tel: 55-61-3248 4006 Fax: 55-61-3248 5486 E-mail: indemb@indianembassy.org.br Website: www.indianembassy.org.br
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